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07/11/2017

 
 

Porto Alegre, 07 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.618

 

 gDT 

O índice GDT realizado hoje, 07 de novembro de 2017 caiu 3,5% em relação ao evento anterior, acompanhando as quedas das cotações que ocorreram na Europa. 

A contradição fica por conta da elevação nas cotações do leite em pó desnatado, produto que está com bastante estoque na União Europeia (UE), e que foi cotado no mercado holandês no início de novembro, a US$ 1705/tonelada. A cotação da manteiga e do leite em pó integral ficaram abaixo dos valores negociados na Europa na última semana. (Terraviva/GDT)


 

Nova queda nas importações

Dados da balança comercial brasileira de lácteos referentes a outubro mostram desaceleração do comércio internacional brasileiro. Nas importações, o Brasil internalizou 9.162 toneladas de produtor lácteos, volume 53% inferior ao mesmo mês em 2016. Ao mesmo tempo, as exportações registraram 2.392 toneladas de produtos lácteos, com queda de 58% no total embarcado ante outubro de 2016. De forma geral, o grande volume de produção local e a menor competitividade do produto importado têm reduzido o interesse pelas importações este ano. 

Em outubro, a importação de leite em pó integral foi 83% menor (7,5 mil toneladas) quando comparada a outubro 2016. Já no caso do leite em pó desnatado, há uma conjuntura atual de preços internacionais muito competitivos em relação ao preço interno, o que resultou em importação 25% maior em outubro desse ano, totalizando um saldo de cerca de 700 toneladas a mais de leite em pó desnatado internalizado vs. outubro de 2016. 

Os queijos, por sua vez, seguiram a tendência do leite em pó integral: também apresentaram queda na sua importação de outubro desse ano, na ordem de 53%, com saldo que representa 2,39 mil toneladas a menos do produto no Brasil em relação ao mesmo mês de 2016. Observe na tabela 1 o resumo dos dados de exportações e importações. (As informações são do MDIC, elaboradas pela Equipe MilkPoint)

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: MDIC

 

Espaço aberto para debater o Susaf/RS

O conselho gestor do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf-RS), mecanismo que permite a venda de produtos fora do município de origem, teve apenas uma reunião nos últimos três anos. Entidades reclamam que a falta de encontros do grupo é uma das razões para a baixa adesão. São 22 municípios desde a regulamentação, em 2012, o que representa menos de 5% do total.

- Tem muita informação distorcida lá na ponta do sistema. Está faltando esse diálogo, porque tem entidades de assistência técnica e universidades no grupo - pontua Jocimar Rabaioli, assessor de política agrícola e coordenador das feiras de agricultura familiar da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS).

Mário Nascimento, coordenador técnico da Famurs concorda que é preciso conversar:

- Para os municípios é um tema prioritário, precisa ser tratado.

Diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Antônio Aguiar confirma que houve uma reunião no atual governo, mas garante que os encontros dependem da solicitação dos integrantes:

- É um conselho consultivo. Tinha uma demanda inicial, que era a formatação da normativa que regulamentou o Susaf. A partir daí, vai se reunindo por pedido das entidades.

Segundo Aguiar, a secretaria deve realizar nova reunião ainda neste mês, provavelmente no dia 29. Ele discorda, no entanto, de que a falta de encontros justifique a pequena quantidade de municípios que têm Susaf-RS:

- Há municípios onde existem muitas indústrias satisfeitas com a venda no comércio local e não demandam à prefeitura a adesão. Claro que 22 municípios estão aquém do que deveria, mas quando assumimos eram só cinco.

Hoje, 10 técnicos da secretaria fazem as vistorias às agroindústrias, etapa importante do processo. Mas eles não atuam exclusivamente nesta função.

- Há grande demora por falta de corpo técnico da secretaria - confirma Rabaioli.

Seja por um motivo ou por outro, o sistema ainda tem muito a avançar para ter o efeito desejado na vida das agroindústrias.

Nada como um mês após o outro. Outubro foi de reação para as cotações da soja. Além da desvalorização do real frente ao dólar, o que favoreceu o preço no mercado interno, os valores na Bolsa de Chicago também registraram alta.

- Houve uma mudança de ventos em Chicago. O mercado ficou o tempo todo esperando safra recorde nos Estados Unidos, mas a produção cresceu só 3%. Ou seja, a safra não é tão grande como parecia - observa Carlos Cogo, consultor em agronegócio.

Ao mesmo tempo, começaram as pressões em relação ao clima na América do Sul, com problemas e especulações sobre o La Niña. Na largada do plantio, houve atraso e todo esse estresse fez o preço subir na bolsa americana, acrescenta o consultor.

Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que em outubro a soja alcançou o maior patamar dos últimos três meses. O Indicador Cepea/Esalq Paraná avançou 2,3%, com média de R$ 66,48 a saca.

- Essa reação de preço chegou, tardiamente, em outubro - completa Cogo. (Gisele Loeblein/Zero Hora)

 

Começa nesta terça consulta pública sobre Indicações Geográficas da UE

A partir desta terça-feira (7) está disponível para consulta pública de empresas e instituições brasileiras lista de Indicações Geográficas (IGs) da União Europeia publicada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). o O INPI deverá elaborar parecer técnico para fundamentar negociações no âmbito de acordo a ser fechado entre o Mercosul e a União Europeia, baseado em eventuais manifestações de oposição em relação a denominações contidas na lista.

As condições para essa manifestação estão definidas na Instrução Normativa nº 79 do INPI, do último dia 25. O processo é gratuito. O prazo para apresentar argumentos e justificativas encerra-se em 6 de dezembro. O email para o envio de contestações é subsidios@inpi.gov.br. 

As Indicações Geográficas identificam produtos de determinada localidade em que a sua reputação, característica ou qualidade esteja essencialmente atribuída à região de origem. A legislação de países do Mercosul e da União Europeia diferem na forma de proteção das IGs. Por isso, os dois blocos econômicos negociam acordo de preferências comerciais para reconhecimento e a proteção de Indicação Geográfica, de acordo com preceitos de propriedade industrial que regulam patentes de invenção, depósitos e registros de marcas no âmbito da Organização Mundial da Propriedade Intelectual.

Da mesma forma que a lista europeia está sendo submetida ao crivo de produtores brasileiros, a lista do Brasil é analisada igualmente na UE.

Mercosul e União Europeia já apresentaram, na condição de blocos, suas listas de Indicações Geográficas que pretendem reconhecer e proteger diretamente por intermédio do acordo. A lista da União Europeia contém 347 nomes e a do Mercosul, 200.

Exemplos de oposição

Casos mais frequentes em que as empresas e instituições brasileiras podem contestar a lista de Indicações Geográficas:

  • Se a denominação entra em conflito com a de uma variedade vegetal ou raça animal, confundindo o consumidor sobre a origem do produto.
  • Se alguma instituição ou empresa entender que a concessão de Indicação Geográfica interfere em direitos adquiridos. É preciso apresentar informações que demonstrem eventual interferência.
  • Denominação idêntica ou semelhante já registrada ou com registro em tramitação para o mesmo produto ou similar, que pode confundir o consumidor.
  • Nome genérico ou de uso comum em produto brasileiro. É preciso demonstrar que o nome foi usado de boa fé e comprovar-se a data de início da produção. (MAPA)

 

 

Leite UHT
Na tentativa de recuperar suas margens, a indústria elevou novamente o preço do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo. As informações são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Entre 30 de outubro e 3 de novembro, as cotações do derivado registraram alta de 1,15% frente à semana anterior, com média de R$ 2,11 por litro. Foi a quarta valorização consecutiva do produto. Já os preços do queijo muçarela recuaram (após três semanas em alta), devido à menor demanda. Entre 30 de outubro e 3 de novembro, o valor do derivado caiu 0,9% frente ao período anterior, com média de R$ 14,12/kg. (Canal Rural)

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