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06/11/2017

 
 

Porto Alegre, 06 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.617

 

Brasil obtém aprovação para exportar leite e produtos lácteos para o Japão

A Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), recebeu na quarta-feira (1º) comunicado da abertura do mercado japonês para o leite e produtos lácteos do Brasil. A negociação demorou dois anos até a aprovação do Certificado Sanitário Internacional. Pelo certificado poderão ser exportados os produtos das áreas livres da febre aftosa com e sem vacinação. A confirmação foi oficializada pelo adido agrícola da embaixada do Brasil em Tóquio, Marcelo Mota. 

O Japão é o sétimo maior importador mundial de lácteos. Em 2016, o país asiático importou cerca de 62 mil toneladas de soro de leite em pó, 13 mil toneladas de manteiga, 258 mil toneladas de queijos e 201,5 mil toneladas de outros produtos lácteos (leite em pó desnatado, caseína, caseinatos, lactose, entre outros). Em 2016, o mercado japonês importou cerca de US$ 1,2 bilhão de produtos lácteos. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, "para o setor de lácteos, que está iniciando sua entrada no mercado internacional, o Japão é um cliente muito importante pelo grande potencial de consumo e pelo grau de exigência que tem, demonstrando a capacidade do Brasil de atender estas exigências". (MAPA)


Cepa probiótica em iogurte ajuda a aliviar a infecção respiratória aguda em idosos e pessoas de meia idade

Iogurtes contendo certas cepas probióticas podem reduzir o risco e a incidência de infecções agudas do trato respiratório superior (URTI) nos idosos e em pessoas de meia idade, de acordo com o RCT chinês. As infecções respiratórias agudas são especialmente perigosas para crianças, adultos mais velhos e pessoas com distúrbios do sistema imunológico. Os idosos podem ser mais suscetíveis devido, em parte, à imunossenescência, isto é, a deterioração gradual do sistema imune como resultado do envelhecimento. 

O processo altera os órgãos e células imunes, bem como moléculas imunes e "aumenta a susceptibilidade a várias doenças, como doenças cardiovasculares, doenças autoimunes e infecções". Em um estudo feito pela Universidade de Sichuan, os pesquisadores dividiram aleatoriamente 205 voluntários com idade igual ou superior a 45 anos em dois grupos: o grupo controle não recebeu suplementação probiótica, enquanto o grupo de intervenção recebeu diariamente 300 ml de iogurte suplementado com uma cepa probiótica, Lactobacillus paracasei N1115.

Menos diagnósticos, menor risco
Após 12 semanas de tratamento, verificou-se que, no grupo de intervenção, o número de pessoas diagnosticadas com URTI aguda, bem como o número de eventos URTI, diminuiu consideravelmente quando comparado ao grupo controle. O estudo também informou que o risco de URTI no grupo de intervenção foi "avaliado como 55% do grupo controle" e que a "alteração na porcentagem de células CD3 + no grupo de intervenção foi significativamente maior do que no grupo controle". No entanto, quando se tratava de níveis totais de albumina, pré-albumina, proteína e globulina, as diferenças entre os dois grupos eram insignificantes.

Estimulação da imunidade
Os pesquisadores formularam a hipótese de que a cepa probiótica utilizada no iogurte ajudou a reduzir o risco de URTI aguda no grupo de intervenção, estimulando a defesa imune natural das células T, protegendo o grupo de intervenção da infecção. Eles acrescentaram que "a função imune do iogurte foi gerada através não apenas da via imunomoduladora dos probióticos, mas também da melhoria do estado nutricional a partir de macro/micronutrientes". O estudo afirmou que a intervenção dietética com iogurte contendo a cepa probiótica Lactobacillus paracasei N1115 poderia ser uma maneira de melhorar a função do sistema imunológico e a saúde geral em pessoas de meia-idade e idosos", o que poderia ter importantes consequências clínicas, de saúde pública e econômicas". No entanto, concluiu-se que, como estava "limitado a um teste de controle em branco, um estudo melhor projetado e controlado por placebo é necessário para esclarecer claramente o efeito imune da cepa N1115 no futuro". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Até 2018, empresa quer mais de 100 ordenhadeiras robôs instalados no Brasil

A maioria dos produtores de leite que fazem as atividades de campo tem uma rotina mais ou menos parecida: acordar bem cedo para ordenhar os animais. Mas um equipamento desenvolvido pela empresa sueca DeLaval tem mudado isso e substituído o trabalho mecânico, tão comum nessa cadeia, pelo gerencial.   O nome da tecnologia é Voluntary Milk System (VMS), algo como Sistema de Ordenha Voluntária, em português. Nele, é o próprio animal que decide a hora em que será ordenhado. E esta é a primeira grande diferença para o equipamento tradicional, que funciona na hora em que o produtor quer e depende totalmente do auxílio deste. Com o VMS, o pecuarista apenas liga a máquina e acompanha o processo. Após entrar no equipamento, o animal é identificado por meio do chip implantado nele. Uma câmera instalada não rdenhadeira reconhece a vaca e a teteira é colocada automaticamente. 

Tudo assim robotizado e sem intervenção nenhuma da mão humana. Mas essa tecnologia vai além da extração de leite. Em tempo real, identifica mastite, faz controle de células somáticas, informa a produção por animal e a qualidade de cada quarto. São ao todo mais de 20 informações à disposição do pecuarista, enquanto as ordenhadeiras tradicionais fornecem em média cinco.  Outros equipamentos iguais a este estão instalados em mais de 30 propriedades leiteiras no Brasil, mas a fabricante quer chegar a 55 até o final deste ano e para 2018 pretende dobrar o número. No mundo são mais de 16 mil unidades em operação. (Canal Rural)

Leite em pó 

O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, esteve reunido ontem com o ministro de Relações Exteriores, Aloísio Nunes, e com o coordenador do Mercosul, Paulo Mesquita, em audiência marcada pelo deputado Heitor Schuch.  O motivo da reunião foi retomar a pauta das importações de leite em pó do Uruguai e os problemas do Mercosul também com arroz, trigo e vinho. Participaram o vice-presidente da CONTAG, Alberto Broch, e representantes do IRGA e da Federarroz. "Eles têm conhecimento dos problemas causados pelo Mercosul aos agricultores familiares, sabem do que está ocorrendo, mas até agora não tomaram nenhuma medida. Cobramos a garantia de salvaguardas para o Mercosul ou que sejam criadas políticas compensatórias para o setor agrícola que está sendo diretamente penalizado", afirmou Joel.

Ao mesmo tempo, o deputado Schuch disse que "infelizmente se confirmou o que já imaginávamos: o governo está absolutamente perdido no assunto. Apesar de manifestar a intenção de estabelecer cotas de importação, na prática não sabe como fazer. Foi o que ficou claro na audiência com o Itamaraty. É preciso decisão política para rever esse assunto dentro do Mercosul. Não é possível que a produção agrícola siga sendo prejudicada por acordos comerciais que beneficiam outros setores. O que o ministro sugeriu, e concordamos é que, se não tem como decidir a questão de imediato que, pelo menos, o governo adote outras medidas urgentes, como a compra de leite suficiente para enxugar o mercado interno", observou. O governo segue com a missão no Uruguai, que investiga a realização ou não de triangulação de leite (prática proibida), a busca de meios legais para a criação de cotas de importação ou mesmo barrar a aquisição de leite do Uruguai, bem como a adoção de medidas protecionistas ao produtor. "Seguimos com a porta aberta no Itamaraty em busca do amparo legal aos agricultores", completou Joel. (Fetag/RS)

Investigação sobre a falta de manteiga
Manteiga - A metade do suprimento de manteiga desapareceu das prateleiras, uma situação inédita. A causa, a prova de força entre a indústria e a distribuição. A tensão fica estampada nas gôndolas de manteiga dos supermercados franceses nos últimos dias. A taxa de ruptura atingiu nível recorde de 48% entre os dias 23 e 30 de outubro, segundo os últimos dados divulgados pela Nielsen. Está claro que a metade da oferta sumiu das prateleiras. Na semana anterior o índice era de 30%, revelando uma situação inédita. A palavra Escassez, intensamente utilizada na mídia, soa entre os consumidores que fazem compras de precaução. Surge uma bolha de neve. Prova disso foi a reação de um jovem casal neste final de semana diante de uma prateleira de manteiga na cabeça de gôndola em uma loja do Carrefour, no Boulevard Saint-Marcel à Paris. Constatando os produtos existentes, com algumas lacunas, ela diz para o marido. "Olha, é a escassez". E começa a escolher uma marca para levar, quando o marido diz: "nós temos manteiga em casa". Ela responde, "nunca se sabe". Esse é um exemplo típico do comportamento dos franceses, que se tornam, de repente, acumuladores de manteiga. "Não existe escassez de manteiga, mas uma divulgação "falsa" dos supermercados", disseram os agricultores mobilizados regionalmente pelo sindicato agrícola FNSEA e os Jovens Agricultores (JÁ) no dia 03 de novembro. Segundo o JA "a distribuição, diante da alta do preço da manteiga, se recusa a fazer pedidos", tornando reféns os consumidores. Para Benoît Rouyer, economia do Centro Nacional de Economia Leiteira (CNIEL), "houve uma operação teatral orquestrada pela grande distribuição". Uma crise única na Europa Esta crise da manteiga, única na Europa, é sintomática das tensões na cadeia láctea francesa, abalada desde o final das quotas de leite, em 2015. (Le Monde - Tradução Livre: Terra Viva)

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