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Com a presença de representantes de mais de vinte entidades do setor da produção de proteína animal, no Seminário de Elaboração do Plano para Avanço da Condição Sanitária em Febre Aftosa, ocorrido nos dias 4 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), foram traçados oito objetivos e definidas ações e os responsáveis para atuar na erradicação da Febre Aftosa no Estado.

As metas estabelecidas tratam do fortalecimento dos cadastros agropecuários no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), da revisão e atualização da legislação e procedimentos operacionais, da avaliação e aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, e do fortalecimento do sistema de vigilância e medidas de prevenção da Febre Aftosa. Além disso, na ocasião, foi proposto o estabelecimento de estratégias de educação em saúde animal e comunicação social, capacitação do Serviço Veterinário Oficial e atores envolvidos, e a instituição e manutenção das relações interinstitucionais regionais, nacionais e internacionais.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pelo suplente de diretoria da entidade, Nereu Francisco Selli. “O seminário foi um momento em que a Secretaria (Agricultura, Pecuária e Irrigação) uniu forças para que se alcance o status de zona livre de Febre Aftosa”, afirmou. “O plano traçado, com as ações e responsáveis, está num bom caminho”, afirmou, destacando o seu otimismo com a proposta. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou do evento.

Durante o seminário, os representantes das entidades foram divididos em quatro grupos de trabalho para debater pontos como Cadastro e Legislações, Aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, entre outros, para, ao final, elaborar o documento com as orientações. As novas atividades traçadas serão colocadas no calendário do estado com prazos para seu cumprimento, segundo Selli. “Todas as ações desenvolvidas dentro do seminário são vistas com bons olhos pelo Sindilat. Estamos dispostos a ajudar em todos os pontos para que os objetivos da secretária sejam cumpridos com êxito”, concluiu. 

Foto: Thais D'Avila

Porto Alegre, 06 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.636

 

Sindilat: posse da diretoria reeleita ocorre nesta quinta-feira

Reeleita para a gestão 2018/2020, a diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tomará posse nesta quinta-feira (7/12), durante o tradicional jantar de confraternização que ocorre a partir das 20h, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Alexandre Guerra, atual presidente da entidade e também diretor da Cooperativa Santa Clara, permanecerá à frente da entidade.

"O novo mandato é a consolidação de um trabalho de três anos, feito pela diretoria em parceria com todos os associados. Temos a missão de buscar a competitividade no setor e alcançar o mercado externo para nossa indústria", declarou Guerra. Sobre a festa de final de ano, o dirigente ressalta que é um momento para comemorar. "Apesar do ano difícil, a expectativa é que, com a retomada da economia e o crescimento do PIB, 2018 seja um ano positivo", disse.  

Como 1º vice-presidente, permanece Guilherme Portella, diretor de Comunicação da Lactalis, enquanto o presidente da CCGL, Caio Vianna, assumirá como 2ª vice-presidente. A diretoria ainda conta com Ângelo Sartor, da Rasip, como secretário, e Jéferson Smaniotto, da Cooperativa Piá, como tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Renato Kreimeier, Nádia P. Penso Bergamaschi e Adalberto Martins de Freitas.

Além da posse, durante o evento também ocorrerá a entrega do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que reconhecerá os melhores trabalhos veiculados na imprensa, e o troféu Destaques, que premia pessoas e instituições que atuaram em prol do setor lácteo em 2017.

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020
PRESIDENTE:
Alexandre Guerra VICE-PRESIDENTES: Guilherme Portella dos Santos Caio Cézar Fernandes Vianna DIRETOR-SECRETÁRIO: Ângelo Paulo Sartor DIRETOR-TESOUREIRO: Jéferson Adonias Smaniotto SUPLENTES: Alexandre Santos Nereu Franscisco Selli Cláudio Hausen de Souza CONSELHO FISCAL TITULARES: Renato Kreimeier Nádia P. Penso Bergamaschi Adalberto Martins de Freitas SUPLENTES: José Baldoíno França Ricardo Augusto Stefanello Amilton Strelow 
DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS: TITULARES: Alexandre Guerra Guilherme Portella dos Santos SUPLENTES: Renato Kreimeier Ângelo Paulo Sartor (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Entidades desenvolvem plano de ação contra Febre Aftosa

Com a presença de representantes de mais de vinte entidades do setor da produção de proteína animal, no Seminário de Elaboração do Plano para Avanço da Condição Sanitária em Febre Aftosa, ocorrido nos dias 4 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), foram traçados oito objetivos e definidas ações e os responsáveis para atuar na erradicação da Febre Aftosa no Estado. 

As metas estabelecidas tratam do fortalecimento dos cadastros agropecuários no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), da revisão e atualização da legislação e procedimentos operacionais, da avaliação e aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, e do fortalecimento do sistema de vigilância e medidas de prevenção da Febre Aftosa. Além disso, na ocasião, foi proposto o estabelecimento de estratégias de educação em saúde animal e comunicação social, capacitação do Serviço Veterinário Oficial e atores envolvidos, e a instituição e manutenção das relações interinstitucionais regionais, nacionais e internacionais.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pelo suplente de diretoria da entidade, Nereu Francisco Selli. "O seminário foi um momento em que a Secretaria (Agricultura, Pecuária e Irrigação) uniu forças para que se alcance o status de zona livre de Febre Aftosa", afirmou. "O plano traçado, com as ações e responsáveis, está num bom caminho", afirmou, destacando o seu otimismo com a proposta. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou do evento.

Durante o seminário, os representantes das entidades foram divididos em quatro grupos de trabalho para debater pontos como Cadastro e Legislações, Aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, entre outros, para, ao final, elaborar o documento com as orientações. As novas atividades traçadas serão colocadas no calendário do estado com prazos para seu cumprimento, segundo Selli. "Todas as ações desenvolvidas dentro do seminário são vistas com bons olhos pelo Sindilat. Estamos dispostos a ajudar em todos os pontos para que os objetivos da secretária sejam cumpridos com êxito", concluiu. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Pesquisa de bioativo em queijo é premiada

A pesquisa que identificou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares venceu na categoria Tecnologia de Alimentos entre diversos trabalhos de todo o País. A Epamig Instituto de Laticínios Cândido Tostes conquistou o primeiro lugar no 11º Prêmio Saúde 2017, da revista Saúde, da Editora Abril. A pesquisa que identificou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares venceu na categoria Tecnologia de Alimentos entre diversos trabalhos de todo o País.

A solenidade de premiação aconteceu no último dia 28, em São Paulo. O chefe do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Cláudio Furtado Soares, recebeu o troféu, representando a equipe de pesquisadores Denise Sobral, Renata Costa, Junio de Paula, Vanessa Teodoro (UFJF), Gisela Machado e Elisângela Miguel. O trabalho foi avaliado por comissão julgadora do prêmio, formada por profissionais especializados na área de tecnologia de alimentos e também por voto popular no site da revista.

"O Prêmio Saúde/Nutrição representa muito para toda a equipe. Temos o compromisso de aplicar o conhecimento para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e, nesse sentido, a pesquisa exige que estejamos sempre voltados a identificar as demandas e necessidades das pessoas e de que forma podemos contribuir para isso", ressalta a pesquisadora Denise Sobral.

Queijo prato - De acordo com os estudos, o queijo prato pode ser mais um aliado na prevenção de doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, que chega a causar cegueira em pessoas com mais de 65 anos. A utilização de corantes bioativos na fabricação do produto, como a luteína em substituição ao urucum, foi testada pela Epamig Instituto de Laticínios Cândido Tostes com resultados positivos.

"Substituímos o corante de urucum, tradicionalmente utilizado durante a fabricação do queijo prato, por corante luteína, com propriedades antioxidantes que evita essas doenças. Os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína em cada 100g de queijo, quantidade necessária para uma dieta diária de reposição dessa substância no organismo; e o melhor, sem alterar o sabor do produto", revela a pesquisadora, que desenvolveu o projeto durante três anos.

Denise explica que o queijo prato é o segundo mais consumido no Brasil e a utilização da luteína pode trazer benefícios à saúde, sem alterar os hábitos da população. A luteína é um dos principais pigmentos maculares contidos na retina humana, sendo responsável por duas funções fundamentais: proteger a mácula contra o estresse oxidativo e filtrar a luz azul de alta energia, melhorando a acuidade visual. Por meio desses mecanismos, acredita-se que a substância possa contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de catarata e de degeneração macular relacionada à idade.

Como a luteína não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. A dose mínima de luteína a ser ingerida para que tenha efeitos benéficos à saúde é de 6mg diárias. Com informações da Epamig. (Diário do Comércio/Guilat)

Coca-Cola pesquisa produtos no México

O inverno ainda não chegou, mas o frio da manhã, que bate nos 6 o C, já faz os mexicanos saírem às ruas de botas e casacos. No meio do dia, o sol ajuda quem come na rua, nos "puestos" de tacos ou quesadillas. Para acompanhar o lanche rápido, um refrigerante, uma água gaseificada cor de rosa e de outras cores alegres, ou um suco em caixinha de papelão. A Coca-Cola segue sendo a bebida mais procurada, mas Alfredo, dono de um "puesto" no bairro de Polanco, de classe média alta, diz que a venda da água colorida vem crescendo e que quem quer economizar compra a Red Cola de 600 ml por 10 pesos mexicanos, pouco mais de meio dólar -- três pesos a menos do que a Coca-Cola. A maior fabricante de refrigerantes do mundo acompanha com lupa o comportamento dos mexicanos, os maiores consumidores de refrigerantes e bebidas açucaradas do mundo - 163 litros por ano, 45 litros além do que bebem os vizinhos nos Estados Unidos. 

Não por acaso, a empresa instalou na Cidade do México um centro para desenvolver produtos novos, o sexto no mundo. Os engenheiros que trabalham no prédio, não muito longe da barraquinha de Alfredo, têm um objetivo bem definido: renovar as opções de refrigerantes da companhia, impulsionar outros tipos de bebidas e aumentar o portfólio de laticínios e proteínas. No centro, dotado de um laboratório de análises químicas e de uma minifábrica de bebidas, há uma sala onde consumidores experimentam produtos e dizem se gostam ou não. 

Ernesto Arreola, responsável por aprovar as novas bebidas, diz que de agosto de 2016, quando as pesquisas começaram, até agosto deste ano, foram propostas mil fórmulas; 386 receberam sinal verde para ir ao mercado. Duas delas estão sendo lançadas no Brasil: a água gaseificada Crystal nos sabores tangerina e capim-limão, sem adição de açúcar. A marca de sucos Del Valle, também da Coca-Cola, lança em breve, mas apenas para os mexicanos, uma versão que mistura ervilha, grão de bico e soja, adoçada com stévia, e a "Smoothies", um tipo de bebida com frutas batidas, sem açúcar. Bebidas menos doces, com adoçantes ou sem açúcar são um ponto central da estratégia da CocaCola no México. A população aprecia sabores adocicados, mas os hábitos alimentares e o sedentarismo fazem com 64% esteja hoje acima do peso, segundo a FAO, braço da ONU para alimentos e agricultura. A média na América Latina é de 58%. No Brasil, 54%. Mais preocupante são as crianças mexicanas menores de 5 anos: 9% têm sobrepeso. A média mundial é de 6%. 

Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a governos que taxassem bebidas com açúcar, para desestimular o consumo. Elogiou o México, que adotou esse imposto há três anos. Nos EUA, cidades como Chicago e Filadélfia adotaram um sistema similar. O Reino Unido vai taxar refrigerantes em 2018. E no Brasil, a discussão já chegou ao Congresso. A OMS diz que o imposto, para ser eficaz, deve elevar o preço do produto em pelo menos 20%. A Coca-Cola refuta essa argumentação. "O problema da obesidade afeta o México, afeta o mundo. O sedentarismo provoca doenças e quem vai pagar a conta? É mais fácil cobrar imposto do que educar as pessoas", diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Segundo ele, depois de um ano pagando imposto no México, o consumo de açúcar não caiu. "As pessoas compram refrigerante sem açúcar e põem açúcar em casa". Segundo o Ministério de Saúde do México, 66% dos mexicanos consomem açúcar em quantidade além da recomendada pela OMS. 

O peso da Coca-Cola no México é grande. Com seus engarrafadores, ela compra de 10% a 12% da produção local de cana de açúcar. Seu impacto no PIB é calculado pela empresa em 1,4%. Um presidente seu, Vicente Fox, comandou o país no início dos anos 2000. Mas, apesar de sua força econômica e política, o governo mexicano tem mantido a cobrança do imposto sobre as bebidas açucaradas. Testar produtos usando consumidores e profissionais com paladar e olfato apurados para identificar aromas e sabores é algo feito pela Coca-Cola há anos, inclusive no Brasil. A diferença é que o cenário vem mudando cada vez mais rápido. O consumidor, em geral, reduz a compra de refrigerantes e busca outros tipos de bebidas e alimentos, com menos açúcar, menos calóricos. Quer algo diferente. A Coca-Cola, que há 131 anos vende refrigerantes, entendeu isso. "Temos mais de 500 marcas. A Coca-Cola é só uma delas. A estratégia mudou", diz Pratts. "Não somos mais um grupo que quer vender o produto que inventou. Os consumidores dizem o que querem beber e nós tratamos de produzir." Na fábrica-piloto do centro de inovação, o engenheiro Alexandro Esposito diz que o maior desafio é fabricar em larga escala bebidas naturais. Arreola, que aprova as fórmulas, diz que há 400 projetos em andamento direcionados ao mercado latino-americano. (Valor Econômico)

Mapa reconhece o Estados de Amazonas livre de aftosa, com vacinação
Em Manaus, o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), assinou nesta segunda-feira (4), em conjunto com o governador Amazonino Mendes, o documento que reconhece o Estado do Amazonas como zona livre da febre aftosa, com vacinação.  O ministro Blairo Maggi ressaltou a importância do documento de reconhecimento porque é um marco da libertação econômica do Amazonas de sua principal fonte de receita, a zona Franca de Manaus. "O Amazonas, assim como os demais Estados da federação brasileira, hoje se coloca com a mesma possibilidade de exportação de carne bovina, suína, e outras carnes". Blairo Maggi contou que em conversa com Amazonino Mendes historiou o trabalho de erradicação da febre aftosa no Estado, que começou há tempos, em mandatos de governos estaduais anteriores."Já comuniquei ao governador", disse ainda o ministro, "que até 2023 o Brasil será livre de febre aftosa sem vacinação. Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Pará serão os primeiros estados brasileiros liberados para exportação de carne para qualquer parte do mundo, sem mais esse problema da febre aftosa. O produto da região será muito valorizado, a pecuária terá plenas condições de progredir e crescer como uma atividade rentável. O rebanho da região Norte atualmente soma 48 milhões e 240 mil cabeças, entre bovinos e bubalinos. (As informações são do Mapa)

Reeleita para a gestão 2018/2020, a diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tomará posse nesta quinta-feira (7/12), durante o tradicional jantar de confraternização que ocorre a partir das 20h, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Alexandre Guerra, atual presidente da entidade e também diretor da Cooperativa Santa Clara, permanecerá à frente da entidade.

“O novo mandato é a consolidação de um trabalho de três anos, feito pela diretoria em parceria com todos os associados. Temos a missão de buscar a competitividade no setor e alcançar o mercado externo para nossa indústria”, declarou Guerra. Sobre a festa de final de ano, o dirigente ressalta que é um momento para comemorar. "Apesar do ano difícil, a expectativa é que, com a retomada da economia e o crescimento do PIB, 2018 seja um ano positivo”, disse.

Como 1º vice-presidente, permanece Guilherme Portella, diretor de Comunicação da Lactalis, enquanto o presidente da CCGL, Caio Vianna, assumirá como 2ª vice-presidente. A diretoria ainda conta com Ângelo Sartor, da Rasip, como secretário, e Jéferson Smaniotto, da Cooperativa Piá, como tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Renato Kreimeier, Nádia P. Penso Bergamaschi e Adalberto Martins de Freitas.

Além da posse, durante o evento também ocorrerá a entrega do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que reconhecerá os melhores trabalhos veiculados na imprensa, e o troféu Destaques, que premia pessoas e instituições que atuaram em prol do setor lácteo em 2017.

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020

PRESIDENTE:
Alexandre Guerra

VICE-PRESIDENTES:
Guilherme Portella dos Santos
Caio Cézar Fernandes Vianna

DIRETOR-SECRETÁRIO:
Ângelo Paulo Sartor

DIRETOR-TESOUREIRO:
Jéferson Adonias Smaniotto

SUPLENTES:
Alexandre Santos
Nereu Franscisco Selli
Cláudio Hausen de Souza

CONSELHO FISCAL
TITULARES:
Renato Kreimeier
Nádia P. Penso Bergamaschi
Adalberto Martins de Freitas

SUPLENTES:
José Baldoíno França
Ricardo Augusto Stefanello
Amilton Strelow

DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS:
TITULARES: 
Alexandre Guerra
Guilherme Portella dos Santos

SUPLENTES:
Renato Kreimeier
Ângelo Paulo Sartor


Foto: Carolina Jardine

Porto Alegre, 05 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.635

 

 gDT 

O resultado final do gDT de hoje é de quase estabilidade. No entanto, não reflete a variação ocorrida entre os produtos e períodos. A manteiga, que com a queda de hoje acumula perda de US$ 1.451/tonelada em relação ao valor recorde do ano de 19 de setembro, teve queda acentuada de 24,3% para os contratos de janeiro de 2018, e volta aos níveis de preços de janeiro de 2017. Ainda assim é um preço acima dos valores verificados em dezembro dos dois últimos anos. A boa notícia vem dos dois outros produtos mais negociados, o leite em pó desnatado (SMP), +4,7%, e o leite em pó integral (WMP), +1,7%, interrompendo a tendência de queda que vinha desde outubro. As cotações dos dois produtos, no entanto, estão bem abaixo dos valores negociados um ano atrás. (globaldairytrade/Terra Viva)

CNA defende criação do Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite

Um dos pontos discutidos dentro da proposta do plano nacional foi a Instrução Normativa 62 do Ministério da Agricultura, de 29 de dezembro de 2011.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta quarta (29), em reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a institucionalização do Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite e a análise e divulgação dos dados do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL).

"A CNA sempre defendeu a qualidade do leite, mas a forma de aferir essa qualidade tem que avançar. O Ministério tem que fazer a parte dele como órgão que normatiza e fiscaliza. É preciso também ter ações integradas do produtor com a indústria e o governo," destacou Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA.

Um dos pontos discutidos dentro da proposta do plano nacional foi a Instrução Normativa 62 do Ministério da Agricultura, de 29 de dezembro de 2011. Segundo Alvim, se o Brasil não seguir os padrões estabelecidos pela IN 62, o País não terá condições de exportar. 

"Precisamos ampliar mercado. Somos os maiores no agro em vários setores como café, carne, laranja e poderemos ser do leite também se fizermos o dever de casa. A CNA é favorável e luta para alcançarmos essa qualidade e temos a certeza que esse plano nacional faz parte de um contexto obrigatório para termos competitividade para exportar."

O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) foi desenvolvido pela Embrapa e vai reunir milhões de dados referentes aos resultados de análises do leite produzido no País que serão, acredita Rodrigo Alvim, ferramentas de gestão para o setor. A plataforma já está pronta e deve entrar em funcionamento no início do ano que vem. 

Em relação ao preço do leite, que atualmente está em baixa, Alvim reforçou que a institucionalização do plano nacional de qualidade deve trazer melhorias. 

"Enquanto toda a indústria brasileira não entender que qualidade tem um preço e que produto com qualidade significa maior rendimento industrial e maior vida de prateleira dos produtos, não vamos avançar. A velocidade da melhoria desse processo de qualidade é tão maior quanto mais indústrias pagarem e remunerarem a qualidade do leite." 

Na reunião, ficou definida a criação de grupos que vão estabelecer comitês para tratar os gargalos do setor, tendo como pontos iniciais a serem abordados já no início de 2018, a revisão da IN 62 e a adequação da plataforma do SIMQL, de forma que seus dados sejam acessíveis. (Assessoria de Comunicação CNA/SENAR)

O que a Coca-Cola quer no negócio do leite?

No setor de bebidas não alcoólicas, lácteos são a última grande fronteira que começa a ser desbravada pela Coca-Cola no Brasil. De uma empresa que até o final dos anos 90 vivia na monocultura dos refrigerantes, a Coca-Cola se transformou numa especialista em todo tipo de bebida não alcoólicas no país - da água ao café, dos chás aos néctares, passando pela proteína vegetal, sucos e bebidas esportivas. Hoje, produz 152 produtos entre sabores regulares e versões zero ou de baixa caloria.

Curiosamente o leite de vaca, uma bebida ancestral da humanidade, foi a última fronteira conquistada no Brasil, em abril deste ano, quando a multinacional comprou a Campo Verde, um laticínio de Lavras, Minas Gerais. A Campo Verde vinha se destacando com a marca Lacfree, a primeira a oferecer produtos com zero lactose no país, no início da década.

"Somos pato novo no lácteo, ainda fazemos mais perguntas do que respondemos", disse o diretor de Negócios Emergentes da empresa no Brasil, Egon Barbosa, durante palestra no encontro internacional Dairy Vision, em Curitiba, na última semana. Modéstia à parte, o executivo da Coca-Cola sabe bem onde a empresa quer chegar ao entrar numa cadeia produtiva que faz girar 35 bilhões de litros de leite por ano e mobiliza cerca de um milhão de produtores. "Para todo lado, a gente só vê oportunidade. Os produtos lácteos têm características culturais fortes, conforme cada região do país. O desafio é capturar valor para cada mercado em que a gente atua", destaca.

Confira a entrevista de Egon Barbosa, concedida durante o Dairy Vision
- Porque o leite é um bom negócio para a Coca-Cola?
O leite é um bom negócio não só para a Coca-Cola, mas, primeiramente, é um bom negócio para as pessoas. Leite é uma categoria de altíssimo valor nutritivo, totalmente natural, e que efetivamente tem contribuições para o bem estar das pessoas. A Coca cola tem uma visão e posicionamento de ser uma companhia total de bebidas, que visa o bem-estar de seu consumidor. A gente não tinha em nosso portfolio, até há pouco tempo, nem café nem leite. Resolvemos entrar nessas 2 categorias justamente para capturar um valor de mercado, um incremento de negócio, mas, principalmente, para levar o consumidor um completo portfolio, incluindo lácteo, que é absolutamente muito benéfico para o ser humano.

- E a cadeia do leite tem espaço para inovações?
Sem dúvida. O que acontece no Brasil é que a maioria das inovações ainda são incrementais. Existe espaço para inovações mais disruptivas do mercado. Queremos que mercado lácteo dê um salto de valor, principalmente.

- Que mentalidade a Coca-Cola traz para o leite?
A Coca-Cola traz fortemente o tema de nutrição a partir do leite. Cada vez mais o mundo tem déficit nutricional. A responsabilidade de quem efetivamente chega em massa à mesa das pessoas é levar toda uma gama de produtos que promovam o bem-estar. Esse é o foco. O nosso posicionamento mundial agora se chama Beverages for Life, então, nossa missão é ter um portfolio de bebidas para que a vida de todo mundo seja cada vez melhor.

- Vocês já identificaram segmentos em que é possível crescer?
A maior ocasião do lácteo é o café da manhã, mas é um paradigma que pode ser quebrado. Você tem outras ocasiões de consumo ao longo do dia que uma série de produtos lácteos pode atender. E talvez atender melhor que categorias que já existem hoje. De forma mais saudável, mais sustentável. Durante o trabalho, por exemplo, nas suas pausas você pode consumir um natural whey protein (extraída do soro do leite), para te dar efetivamente um boost de energia, para ativar a mente e tudo o mais. Se a gente mapear todos esses momentos de consumo ao longo do dia, o leite como ingrediente pode ter uma contribuição efetiva, tem bastante oportunidade para crescer.

- Como é possível driblar a resistência que alguns apregoam hoje, dizendo que os seres humanos não foram feitos para consumir leite de vaca?
Seja um comportamento de nicho ou não, qualquer coisa que o consumidor verbalize e que sinta, é importante e a gente tem que considerar. Eu trocaria a palavra driblar pela palavra dialogar. E o diálogo passa pela segurança do que você está oferecendo. Todos os produtos que oferecemos têm um nível de segurança alimentar, são aprovados em todos os órgãos brasileiros, no FDA americano, nos organismos europeus e asiáticos. Muitos dos nossos indicadores de qualidade são superiores ao que as regulações da legislação impõem, justamente por acreditarmos que temos que levar sempre a melhor qualidade para o consumidor. E, no final, oferecer escolhas. Então, se você tem problema com açúcar, nós temos uma série de produtos sem açúcar. Se você quer algo mais refrescante ou divertido, pode tomar um refresco. Se quer algo mais nutritivo, pode tomar um suco 100% da fruta. Você tem também a opção aos lácteos, já que recentemente a gente comprou a Ades (bebida à base de soja) da Unilever. Então, tem alternativa láctea vegetal também. A ideia é oferecer ao consumidor sempre altíssima qualidade, e que ele possa escolher, conforme suas restrições ou desejos.

- Durante décadas, esse mercado de não viu muitas inovações. Nos últimos anos parece que a coisa acelerou. Por quê?
A cadeia de alimentos e de bebidas exige cuidados muito grandes para inovar. Não é um produto que você usa, é um produto que você engole, que põe para dentro do seu corpo. Então, o nível de cuidado em inovações é triplicado para trazer alguma coisa para a mesa. Isso significa impacto na indústria. As linhas de produção, toda a parte de assepsia, de processo e de qualidade, precisam ter um nível de sofisticação e, portanto, um custo elevado. Não dá para mover isso todo ano, são ações caríssimas. Agora, alternativas tecnológicas estão surgindo a cada dia. Você tem cadeias mais curtas, de novos equipamentos, novos processos, ingredientes mais saudáveis que surgem, ano a ano, então você começa a ter uma velocidade e potencial de inovação muito mais rápidos. O que dirige isso, basicamente, é o comportamento do consumidor que, nos últimos dez anos, mudou radicalmente. A gente passa de uma cultura de monocategoria, no final dos anos 90, para mais de 20 categorias dentro do portfolio. Isso significa atender ao que o consumidor está demandando, e a indústria precisa se ajustar, de forma cada vez mais veloz.

- Qual deve ser o impacto da entrada da Coca-Cola no setor lácteo?
A Coca-Cola vai estender as mãos para desenvolver e trazer valor ao setor. E isso significa valor para o consumidor. O setor não vai ter crescimento de valor se o consumidor não receber e não quiser pagar por isso. Olhando para o consumidor, o que ele pode esperar é que vamos trazer cada vez mais novidades para a mesa, novidades saudáveis, sustentáveis, que sejam boas para o consumidor, para a indústria e para o planeta. (GAZETA DO POVO/Agrolink)

RS: dia de campo na área leiteira acontecerá em Vila Oliva, diz Emater

A propriedade rural de Marcelo e Marta Camêlo e família, no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, irá sediar um Dia de Campo sobre Bovinos de Leite, na próxima quinta-feira (07). A propriedade da família tem como atividade principal a produção leiteira, além do cultivo de uva e de uma agroindústria de queijo, e faz parte do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR).

O objetivo do dia de campo é demonstrar aos produtores de leite tecnologias de produção, visando o aumento da produção e produtividade, a diminuição da penosidade do trabalho e a gestão da propriedade rural, tendo como consequência o incremento da renda e o bem-estar das famílias.

O evento inicia a partir das 9h e terá quatro estações, que serão conduzidas por profissionais da Emater/RS-Ascar, UCS, Senar e Inspetoria Veterinária. O tema da qualidade do leite será tratado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, João Carlos Reginato, que vai explicar os cuidados simples para que o produtor tenha animais sadios e um produto de qualidade, evitando perdas na produção, que incluem desde medidas de higiene e limpeza até o melhoramento genético dos animais.

Já a irrigação das pastagens será abordada pela engenheira florestal da Emater/RS-Ascar, Adelaide Ramos, que falará sobre a importância da irrigação e as políticas públicas disponíveis, juntamente com acadêmicas do curso de Agronomia da UCS, que irão apresentar um experimento que comparou uma área com irrigação e outra sem e os resultados em termos de produtividade das forrageiras e leiteira.

Os outros dois assuntos, criação correta da terneira e novilha e sanidade do rebanho leiteiro, serão abordados pelo Senar e Inspetoria Veterinária, respectivamente. A abertura oficial acontece às 12h30, seguida de almoço campeiro. No local, haverá também exposição de máquinas, equipamentos e insumos para a atividade leiteira.

A promoção é da Emater/RS-Ascar, Agrimar, Prefeitura, UCS, Juntos para Competir (Sebrae/Senac/Farsul), Divisão de Defesa Sanitária e Sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais, com patrocínio de diversas empresas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 54 3201-1208, do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. O dia de campo deverá reunir em torno de 300 pessoas de Caxias do Sul e municípios vizinhos.

Mais atividades na região
Também no dia 07 de dezembro, o escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Veranópolis irá promover um dia de campo sobre plantas medicinais, com início às 14h, no Horto da Fepagro.

Na programação, extensionistas da Emater/RS-Ascar da região irão explicar sobre as plantas medicinais e condimentares e seus benefícios, jardinagem e cultivo de orquídeas, plantas comestíveis e práticas sustentáveis de produção para agricultura doméstica. (Fonte: Emater/RS)

Queijos/Uruguai
A China reduzirá tarifas alfandegárias no regime de "Nações Mais Favorecidas (NMF)" para 187 produtos importados, incluindo os queijos uruguaios, o que beneficiará os países que não têm Tratado de Livre Comércio (TLC) com o país asiático, como o Uruguai. Esta medida que entrou em vigor no dia 1º de dezembro representa redução da diferença de tarifas alfandegárias diante dos países que têm TLC com a China, destacou o Instituto Nacional do Leite (INALE), com base em informações da embaixada do Uruguai na China. A redução de tarifa alfandegária abrange as seguintes variedades: Queijo ralado ou em pó (tarifa passada de 12% para 8%); queijo fundido (tarifa sai de 12% para 8%), queijo azul (tarifa de 15% para 8%), e outros queijos (tarifa passa de 12% para 8%). Esta queda reduzirá a diferença entre as tarifas do Uruguai e os principais concorrentes, como Nova Zelândia e Austrália, que contam com TLC em vigor, com a China", diz o Inale. As exportações do Uruguai para a China, são, principalmente, de queijos fundidos. Em 2016 o Uruguai foi o sexto maior fornecedor de queijo fundido para a China, ficando atrás da Nova Zelândia, França, Austrália, Estados Unidos, e Dinamarca. Atualmente, as exportações da deste produto da Nova Zelândia para China, são livres de tarifas alfandegárias. Já a Austrália enfrenta uma tarifa preferencial de 8,4%, que em 1º de janeiro de 2018 passará para 7,2%, e irá diminuindo progressivamente, até chegar a 0 em 2024. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 04 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.634

 

Gestão na produção leiteira: o exemplo da Nova Zelândia

A Nova Zelândia está entre os principais países produtores de leite do mundo. Segundo dados das companhias locais que atuam no setor, a produção de leite no último ano foi de 21 milhões de toneladas. Além da alta produção, o país também se destaca pelo elevado padrão de qualidade do produto, com baixos índices de CCS e CBT.

Visitando fazendas no país, durante quatro meses, pude observar alguns segredos de todo esse sucesso. E o que mais me surpreendeu nessas visitas foi que me deparei com vários ensinamentos que já tinha aprendido no Brasil, por meio do Sistema MDA (Master Dairy Administration, sistema de gestão desenvolvido pela Clínica do Leite). Isso porque a principal diferença entre os produtores do Brasil e os da Nova Zelândia está relacionada à gestão da propriedade.

No Brasil, a maior parte dos produtores de leite ainda não consegue enxergar a fazenda como um negócio e, por isso, não têm como prioridade um sistema de gerenciamento realmente eficiente. Essa carência de gestão piora as crises que ocorrem em momentos de baixa nos valores de pagamento do leite, como aconteceu recentemente. Somente com um sistema de gestão adequado se torna possível reduzir custos e aumentar o lucro da fazenda. É o "litro produzido a mais" que gera a rentabilidade e a sobrevivência do negócio!

Nas fazendas neozelandesas, encontrei vários princípios, ferramentas e práticas sugeridos pelo Sistema MDA. Um deles é a liderança, evidente nas propriedades em que visitei. Nelas, a maior parte dos donos das fazendas está presente, diariamente, acompanhando as atividades dos funcionários. E grande parte deles está todos os dias na ordenha. 

Também pude perceber uma dos fatores mais importantes para a boa qualidade do leite: o treinamento dos empregados e a existência de procedimentos operacionais para as atividades que eles realizam. É comum encontrar, nas fazendas, quadros de avisos sobre as atividades que devem ser realizadas durante a semana, bem como de procedimentos que precisam ser lembrados.

Outra prática que chama a atenção na Nova Zelândia é a rotina fixa de atividades. Durante todos esses meses em que fiquei observando a ordenha, a alimentação dos bezerros, o tratamento das vacas, a higiene, entre outros, reparei que tudo sempre é feito do mesmo jeito. Existem protocolos definidos, que não são alterados. Não se muda a dieta, o tratamento das vacas ou o fluxo de trabalho. Assim, por exemplo, existe um procedimento a ser seguido para cada doença que surge na propriedade, de modo que o funcionário já sabe como proceder caso a vaca apresente alguma enfermidade. 

Mais uma vez, vem à tona um dos ensinamentos mais importantes do MDA: a padronização. Afinal, não é possível saber onde se está errando caso haja formas diversas de executar as tarefas e, como consequência, variação nos dados coletados na fazenda. Somente por meio da padronização dos processos que poderemos reconhecer a causa da variação de indicadores. As fazendas produtoras de leite da Nova Zelândia comprovam que esse é o caminho para a melhoria contínua da produção.

 

As crises enfrentadas pelo agronegócio brasileiro exigem que nos espelhemos em países que apresentam eficiência no setor. Embora a realidade desses países seja diferente da brasileira em vários aspectos - do clima à regulamentação - existem medidas simples, que independentemente do contexto, são perfeitamente aplicáveis em nosso país. A maioria delas está relacionada à gestão. Assim, só será possível melhorar a produção e a qualidade do leite no Brasil se o produtor estiver consciente de que sua fazenda é um negócio, como qualquer outra empresa do país e que, como tal, necessita de um gerenciamento adequado para sobreviver e prosperar. (Janielen da Silva, Pesquisadora da Clínica do Leite, Doutoranda em Ciência Animal e Pastagens - ESALQ/USP /MilkPoint - https://www.milkpoint.com.br/mypoint/clinicadoleite/p_gestao_na_producao_leiteira_o_exemplo_da_nova_zelandia_gestao_mda_nova_zelandia_leite_clinica_pessoas_6297.aspx)

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA

A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. Na sexta-feira, a China reduzirá a tarifa sobre as importações de queijo dos EUA dos atuais 12% para 8%. Como parte dos esforços da China para aumentar a oferta e a acessibilidade dos produtos disponíveis aos consumidores, a China também reduzirá as tarifas em duas categorias de produtos que contém ingredientes lácteos. As importações de fórmula de proteínas hidrolisadas para pessoas com necessidades nutricionais especiais se tornarão isentas de impostos - atualmente, a tarifa é de 20%. A tarifa sobre alimentos infantis pré-embalados vai cair de 15% para 2%.

As mudanças melhorarão imediatamente a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos de competir por exportações na China, particularmente para queijos e produtos que contenham soro do leite e leite em pó. A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. As importações chinesas de queijo foram recordes nos últimos quatro anos.

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA
Em 2016, as importações de queijo atingiram 96,93 milhões de quilos, um aumento de 133% em relação ao ano anterior. As importações de queijo da China provavelmente marcarão um novo recorde neste ano; até agora nesse ano, as importações de queijos foram 19,3% maiores do que os volumes de janeiro a outubro de 2016. Em outubro, as exportações de queijo dos EUA para a China aumentaram 44,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de queijo para a China, depois de Nova Zelândia e Austrália, e os Estados Unidos representaram 11% das importações de queijo da China até agora neste ano. Isso é superior a uma participação de 9,2% em 2016, mas abaixo de 15,4% em 2015 e 17,6% em 2014.

A nova estrutura tarifária poderia ajudar os Estados Unidos a recuperar parte da participação de mercado que perdeu para a Nova Zelândia e para a Europa. Essa é uma notícia muito bem-vinda, considerando o tamanho do estoque de queijos dos EUA e uma produção implacavelmente robusta.


 
Em 2016, os EUA exportaram apenas 5,2% do queijo produzido e 14,2% de todos os sólidos do leite. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, da sigla em inglês) estima que, para manter um crescimento forte e amplo na indústria de lácteos, o país precisará aumentar as exportações de produtos lácteos para cerca de 20% da oferta de leite até 2020. (Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Aprendendo a vender leite e iogurtes

A estratégia de ampliar o portfólio levou a Coca-Cola a comprar, em parceria com os engarrafadores locais, duas empresas de derivados de leite na América Latina: a mexicana Santa Clara, há cinco anos, e a brasileira Verde Campo no ano passado. Antes disso, tinha comprado a Leão, que produz chás e café no Brasil. "Os lácteos são um negócio diferente pois vendemos bebidas a vida toda", diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Ele diz que a empresa está aprendendo a vender leite, iogurtes, queijos e sorvetes. Em Pachuca, cidade ao norte da capital mexicana, a uma hora e meia de carro, a Santa Clara está recebendo neste mês 800 mil litros de leite por dia de 17 criadores de gado leiteiro. Isso inclui os 35 mil litros da família Gomez, que fundou a Santa Clara há 90 anos. Quase 90% é transformado em leite ultrapasteurizado UHT, que não necessita ser transportado em caminhão refrigerado e pode ser distribuído ao varejo na frota que leva outros produtos da Coca-Cola. O restante é dividido entre leite fresco, queijos, creme de leite fresco e sorvetes. 

A Coca-Cola enfrenta a francesa Danone, que domina o mercado mexicano de iogurte, e a Lala, que comprou a Vigor no Brasil e é a maior empresa de laticínios do México. "Mas estamos crescendo rápido. Em leite UHT, estamos quase igual à Lala", diz Francisco Javier Muñoz, engenheiro de alimentos, há 30 anos na Santa Clara. Grandes redes de varejo recebem o leite da Santa Clara, mas os sorvetes, queijos e iogurtes são mais facilmente encontrados nas 255 lojas da empresa. A Coca-Cola vê grande potencial no mercado de lácteos. O consumo per capita de leite no México é de cerca de 3 litros, metade do recomendado pela FAO, o braço de alimentos e agricultura da Organização das Nações Unidas. O desafio é fazer um produto de qualidade a um preço acessível, já que 40% dos mexicanos são pobres, segundo o Fundo Monetário Internacional. (Valor Econômico) 
 

Garantia de preço pauta encontro com empresas
A insatisfação com os valores pagos pela indústria motivou a discussão sobre a adoção de uma garantia de preço ao produtor de leite, por meio da formalização de contratos entre as partes. A ideia é defendida pela Fetag, que amanhã irá tratar do assunto em reunião com a empresa Lactalis, em Porto Alegre. No dia 19, haverá um encontro com a direção da Nestlé. Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, o objetivo é possibilitar que o produtor possa planejar seus custos e tenha condições de saber antecipadamente quanto irá receber. Ele afirma que, no modelo atual, a relação entre as partes se dá de maneira informal. O produtor, conforme Langer, somente sabe quanto irá receber no dia 15 de cada mês, quando o pagamento geralmente é efetuado. A Fetag defende que o produtor receba o pagamento até o quinto dia útil. Embora reconheça que seja difícil fixar um preço por um período de vários meses, Langer diz que a Fetag defende a elaboração de uma "metodologia que dê condições de o produtor se organizar". Em novembro, o preço de referência do Conseleite ficou em R$ 0,8653 pelo litro. O assunto divide opiniões. Para o professor Marco Antonio Montoya, do curso de Ciências Econômicas da UPF, estabelecer contratos entre as partes é interessante para garantir parceria de fluxo constante de mercadoria e apoio tecnológico. No entanto, pondera que as cotações são reguladas pelo mercado. "Poderá resultar no aumento da qualidade e, por consequência, melhoria de preço, mas fica difícil determinar valores antecipadamente". O secretário- executivo do Sindilat, Darlan Palharini, considera que a discussão é válida, mas complexa. Ele alerta para a possibilidade de que a medida possa "engessar" o mercado. "Não sabem até que ponto a formalização vai atender ambas as partes, já que existem diversos sistemas de produção", diz. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 01 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.633

 

  Rótulos 

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência mostra que 67% das pessoas, ou seja, cerca de 7 em cada 10 entrevistados, preferem o semáforo nutricional, contra 31% que declaram preferir o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. A proposta que utiliza cores (verde, amarelo e vermelho) para traduzir as informações sobre o teor de açúcares, gordura e sódio dos produtos - conhecida como Semáforo Nutricional Quantitativo - é considerada a mais clara e didática para 65% dos entrevistados.

"Embora os dois modelos sejam bem avaliados pela população na avaliação individual, ela tem uma preferência. Quando perguntamos qual deles gostariam de encontrar na parte frontal das embalagens, a maioria indica o modelo semáforo nutricional", afirma Patricia Pavanelli, diretora de contas do IBOPE.

A nova proposta de rotulagem nutricional frontal, que vem sendo discutida pela sociedade, tem o objetivo de trazer as informações sobre o teor de nutrientes contidos nos alimentos para a parte da frente das embalagens. A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e o de advertência, ambos apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como propostas para rotulagem frontal no Brasil. O tema é prioritário na agenda regulatória da Agência.

Comparação de modelos
A pesquisa ainda revela que 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência. Além disso, 47% avaliam a facilidade de leitura e compreensão das informações com nota 9 ou 10, contra apenas 26% da avaliação do modelo de advertência.

Mais um argumento favorável ao modelo de semáforo nutricional quantitativo é o fato de a relação entre as cores verde, amarela e vermelha já ser algo comum para o brasileiro, enquanto outras propostas apresentadas se baseiam em modelos de advertências, com mensagens escritas em fundo preto, que não informam a quantidade dos nutrientes destacados.

O brasileiro quer informação
A população já tem por hábito consultar informações nas embalagens, mas ressalta a necessidade da adequação e revisão de alguns itens. Aproximadamente 3/4 da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. A tabela nutricional é o terceiro item mais buscado:
o Prazo de validade ou data de fabricação: 45%
o Preço: 24%
o Tabela nutricional/ Informação nutricional: 21%
o Advertências relacionadas à saúde (diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc): 18%
o Marca ou fabricante: 13%
o Lista de ingredientes: 10%
o Quantidade: 7%

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros, vindo ao encontro da proposta apresentada pela indústria. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

O estudo foi solicitado pela Rede de Rotulagem, que reúne associações das indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas. "A realização desta pesquisa foi muito importante para obtermos a opinião da população brasileira. Os dados coletados mostram uma clara preferência pelo modelo de rotulagem frontal com semáforo quantitativo proposto pelo setor, uma vez que ele é informativo e educativo, além de ter fácil entendimento para toda a população", afirma Daniella Cunha, diretora de Relações Institucionais da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação).

A informação por cores demonstra ter apelo popular, proporcionar comunicação instantânea e ser acessível a todos. Além disso, apresenta-se como um recurso didático, a fim de educar novas gerações e pessoas com baixa escolaridade. O modelo semáforo mostra-se ainda capaz de proporcionar uma rápida identificação no momento da compra e de permitir comparação entre alimentos, o que favorece a decisão do indivíduo e sua soberania na escolha.

"O modelo do semáforo demonstrou ser o que mais desperta o interesse das pessoas pela busca de informações nutricionais. Isso é fundamental quando pensamos em garantir eficiência a uma política pública como esta em discussão. O que adianta os rótulos serem fontes seguras de informação, se elas não forem percebidas pelas pessoas? Hábitos saudáveis são resultados de escolhas equilibradas, não se desenvolvem por imposição", afirma Pablo Cesário, gerente executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Outros números da pesquisa revelam que os brasileiros procuram e querem ter acesso às informações nutricionais, mesmo que não compreendam na totalidade os dados da tabela nutricional. O modelo com cores se revela uma proposta que cumpre a função de comunicar, de modo didático, lúdico e com empatia, essas informações. Ademais o levantamento indica que o modelo teve a preferência até de quem declara "raramente ler" as informações da tabela.

"A indústria acredita que qualquer modelo de rotulagem, sozinho, não é capaz de substituir uma ação ampla de educação alimentar e nutricional, que oriente a população a entender as informações nos rótulos dos alimentos e saber como compor uma alimentação saudável e equilibrada, aliada à prática de atividade física", Alexandre K. Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR). (Newtrade)

Produção leiteira 

A produção de leite no Brasil deve aumentar 1,8% em 2018, para 23,98 milhões de toneladas ante as 23,55 milhões de toneladas esperadas para o total de 2017, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A elevação da produção tende a ser impulsionada pelas exportações de lácteos, como o leite condensado, principalmente para o mercado africano, e o leite em pó.

Outro fator que influencia neste aumento é a suspensão das importações de produtos lácteos do Uruguai. O USDA destaca que, em 10 de outubro, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as compras do país vizinho e solicitou comprovante de rastreabilidade, para verificar se 100% do produto vindo do Uruguai era, de fato, daquele país.

A maior produção doméstica do setor e a demanda mais amena resultaram em importações limitadas de leite em pó.Sobre o mercado interno, o relatório ressalta que o consumo da bebida tende a permanecer em volumes baixos no ano que vem, em linha com o desempenho de 2017.

"O cenário é derivado do excesso de leite no mercado e da fraca demanda dos consumidores, mesmo que indicadores mostrem que a situação econômica do Brasil está melhorando gradualmente", diz o documento. Com isso, as empresas do setor estão apostando nos derivados em vez da matéria-prima em si. Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas. (Globo Rural)

Mercosul x UE 

Esta semana ocorrerá uma nova reunião de negociações Mercosul x União Europeia (UE), que possivelmente será definidora. Até agora "os lácteos continuam excluídos das negociações", ressaltou à Conexión Agropecuaria Mercedes Baráibar, economista do Instituto Nacional de la Leche (Inale), que viajará para Bruxelas, com a delegação negociadora. 

Na primeira reunião que ocorreu em Brasília, no mês de setembro, o Uruguai chegou com a firme postura de excluir os lácteos do acordo. A novidade é que a UE pediu formalmente uma consulta pública, com o objetivo de conhecer a opinião da população e fornecer informações para que os negociadores sobre os possíveis conflitos de nomes que estavam entre as Indicações Geográficas europeias e os nomes que utilizados no Uruguai para alguns queijos.

"Quem se sentir vulnerável em seus direitos porque a UE se apropria de determinado nome terá que enviar um e.mail para ( consultapublicaigdo@miem.gub.uy). As informações serão processadas pelo escritório nacional de propriedade intelectual e enviadas ao chefe da equipe de negociadores para que na semana que vem esteja na mesa de trabalho, a quantidade de oposições ou objeções feitas", explicou Baráibar. Esta semana serão negociados produtos e na próxima as indicações geográficas, acrescentou.

O reconhecimento pedido pela UE é de exclusividade de certos nomes. Uma vez firmado o acordo, os países do Mercosul não poderão utilizar os nomes nas etiquetas de queijos se eles não procederem dos países mencionados na lista. Isto quer dizer, que o Uruguai não poderá utilizar os nomes, nem para suas vendas internas, nem para as vendas no mercado externo. A maior informação em relação a possíveis conflitos com os nomes nacionais, proporcionará aos negociadores do Uruguai maiores elementos para debater a lista. A consulta pública terá duração de 30 dias, a partir de 20 de novembro. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Demanda fraca aprofunda queda das cotações do leite

O preço médio do leite ao produtor brasileiro voltou a cair em novembro, refletindo a oferta crescente da matéria-prima devido ao período de safra, mas a retração superou a expectativa de analistas. No mês passado, os produtores receberam, em média, R$ 1,041 pelo litro do leite entregue em outubro, um recuo mensal de 1,6%, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. "A expectativa era de uma queda menor", disse Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Isso porque os preços do leite longa vida no atacado haviam esboçado reação em outubro. No entanto, segundo Ribeiro, a tentativa dos laticínios de melhorar suas margens não foi bem-sucedida uma vez que a demanda no varejo continuou fraca. Diante disso, os preços do leite longa vida no atacado voltaram a recuar em novembro, assim como no varejo. 

Segundo o levantamento da Scot, no mês que se encerra, o longa vida caiu R$ 0,05 no atacado paulista, para R$ 2,13 o litro. No varejo, o recuo foi de R$ 0,04, para R$ 2,81 por litro. Considerando que a demanda doméstica por lácteos segue fraca e que o pico da safra de leite ainda deve ocorrer em dezembro nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, a tendência é de novas quedas nas cotações ao produtor até o fim do ano, avalia Rafael Ribeiro. Em janeiro, estima, a produção de leite deve começar a se estabilizar no Brasil. Segundo o Índice Scot de Captação de Leite, a produção de leite na média do país subiu 1,1% em outubro sobre setembro, e dados parciais indicam novo aumento, de 0,9%, em novembro sobre outubro passado. 

Para Ribeiro, neste fim de ano, o consumo interno de leite longa vida deve seguir patinando, mas a demanda por outros produtos lácteos, como creme de leite e leite condensado, deve crescer em função das festas de fim de ano. A expectativa, segundo ele, é que a demanda doméstica por lácteos comece a melhorar em 2018, mas, inicialmente, ainda em ritmo lento. (Valor Econômico)

 

Súmulas do TST
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, já marcou uma data, em fevereiro, para que a corte reveja o conteúdo de aproximadamente 35 a 40 súmulas do tribunal, com o objetivo de readequá-las à nova legislação trabalhista. De acordo com membros do tribunal, a sessão de fevereiro pode resultar na extinção de algumas dessas súmulas, devido à disparidade entre seus conteúdos e o que está previsto na reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro. "Temos mais de 400 súmulas no tribunal, porque a CLT era omissa", explicou o ministro Alexandre Agra Belmonte. "Algumas delas precisam de readequação. Precisam ser adaptadas em razão da reforma, porque a súmula diz uma coisa e a reforma diz outra." (Valor Econômico)

Porto Alegre, 30 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.632

 

  Gasto com proteção social no país é o maior das Américas, afirma OIT

O Brasil é o país que mais gasta em proteção social nas Américas, com as aposentadorias representando grande parte dessas despesas. É o que mostra o "Relatório Mundial sobre a Proteção Social 2017-2019", publicado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O levantamento da agência da ONU calcula que os gastos públicos com proteção social no país (excluindo saúde) equivalem a 13,2% do PIB, comparado a 10,7% nos EUA, 9,8% no Canadá, 9,1% na Colômbia e 8,1% no México. Essas despesas incluem Bolsa Família, licença-maternidade, seguro-desemprego, ajuda a deficientes, aposentadorias e outros programas. A porcentagem da população que recebe pelo menos um tipo de cobertura social no Brasil é de 59,8%, comparado a 99,8% no Canadá e 45% na média global. Segundo Fabio Duran-Valverde, um dos principais assessores da área de proteção social na OIT, o Brasil tem investimento muito alto na área social e conseguiu aumentar de forma significativa tanto a cobertura das pessoas que pagam quanto das que recebem benefícios. "Mas temos que lembrar que isso aconteceu durante a expansão da economia", observou o assessor. "Agora o cenário econômico mudou, e o país tem o desafio da consolidação fiscal, pensando na sustentabilidade do sistema de Previdência, introduzindo os ajustes necessários no sistema, no nosso ponto de vista respeitando as convenções internacionais." 

Brasil, Chile, Uruguai, EUA e Canadá encabeçam a lista dos países com maior cobertura e gastos sociais nas Américas. Brasil, EUA e Uruguai são os que têm a maior fatia das despesas com aposentadoria, bem acima de 50% do total. A distribuição é mais equilibrada em países como Canadá, Chile, Bolívia e Paraguai, com mais ênfase no fornecimento de proteção social para pessoas em idade de trabalhar. Na Argentina, o benefício social para essa categoria é de 5,1% do PIB, comparado a 2,6% no Brasil. O relatório considera que a decisão do governo Temer de congelar por 20 anos os gastos públicos deve "ter impacto social negativo e afetar progressos em direitos humanos". A OIT insiste ser importante que "ajustes de curto prazo" não minem progressos já alcançados e que o corte de gastos sociais não é inevitável em período de ajustes. Na apresentação do relatório, o Valor indagou ao diretor-geral da OIT, Guy Ryder, se ele considerava que a proteção social estava em risco no Brasil no rastro das reformas trabalhista e previdenciária. "Reformas normalmente melhor conduzidas, e que alcançam os melhores resultados, são aquelas feitas por meio do diálogo. Sem diálogo, é uma preocupação", disse Rider. "Vimos importantes progressos no Brasil, reduzindo pobreza e desigualdades. Espero que esses ganhos não sejam perdidos." Para ele, a reforma da Previdência "deve ser desenhada de forma a que avanços não sejam perdidos". 

"As reformas em curso no Brasil visam aprofundar a inclusão social e garantir a sustentabilidade da proteção social, inclusive pela via do aumento do emprego formal", reagiu a embaixadora brasileira junto às agências da ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo. Em meados do ano, a diplomacia brasileira contestou, e conseguiu tirar da lista de 2017, uma iniciativa da OIT de examinar o que era ainda o projeto de lei da reforma trabalhista. Para o Brasil, a agência interferiu num diálogo democrático que a própria OIT diz favorecer. Agora, com a reforma em vigor, aparentemente o exame será feito no ano que vem. (Valor Econômico)

 

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA

Na sexta-feira, a China reduzirá a tarifa sobre as importações de queijo dos EUAdos atuais 12% para 8%. Como parte dos esforços da China para aumentar a oferta e a acessibilidade dos produtos disponíveis aos consumidores, a China também reduzirá as tarifas em duas categorias de produtos que contém ingredientes lácteos. As importações de fórmula de proteínas hidrolisadas para pessoas com necessidades nutricionais especiais se tornarão isentas de impostos - atualmente, a tarifa é de 20%. A tarifa sobre alimentos infantis pré-embalados vai cair de 15% para 2%.

As mudanças melhorarão imediatamente a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos de competir por exportações na China, particularmente para queijos e produtos que contenham soro do leite e leite em pó. A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. As importações chinesas de queijo foram recordes nos últimos quatro anos.

 

Em 2016, as importações de queijo atingiram 96,93 milhões de quilos, um aumento de 133% em relação ao ano anterior. As importações de queijo da China provavelmente marcarão um novo recorde neste ano; até agora nesse ano, as importações de queijos foram 19,3% maiores do que os volumes de janeiro a outubro de 2016. Em outubro, as exportações de queijo dos EUA para a China aumentaram 44,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de queijo para a China, depois de Nova Zelândia e Austrália, e os Estados Unidos representaram 11% das importações de queijo da China até agora neste ano. Isso é superior a uma participação de 9,2% em 2016, mas abaixo de 15,4% em 2015 e 17,6% em 2014.

A nova estrutura tarifária poderia ajudar os Estados Unidos a recuperar parte da participação de mercado que perdeu para a Nova Zelândia e para a Europa. Essa é uma notícia muito bem-vinda, considerando o tamanho do estoque de queijos dos EUA e uma produção implacavelmente robusta.

Em 2016, os EUA exportaram apenas 5,2% do queijo produzido e 14,2% de todos os sólidos do leite. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, da sigla em inglês) estima que, para manter um crescimento forte e amplo na indústria de lácteos, o país precisará aumentar as exportações de produtos lácteos para cerca de 20% da oferta de leite até 2020. (As informações são do Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Governo articula linha de crédito para estocagem de lácteos com recursos do BNDES

Como parte de um pacote de incentivo à cadeia produtiva de lácteos prometido pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi para compensar a recente retomada das importações de leite em pó do Uruguai, o governo articula a criação de uma linha de crédito para investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para laticínios financiarem a estocagem do produto.

Esse financiamento terá como fonte recursos livres, ou seja, não contará com subsídios bancados pelo Tesouro Nacional como ocorre com as operações de crédito rural no âmbito do Plano Safra. Portanto, não depende da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), só de uma regulamentação interna do BNDES, que já está sendo preparada.

A linha, que pode ser operada por bancos oficiais como Banco do Brasil e também por privados, será voltada para armazenagem e refrigeração de produtos lácteospor laticínios a taxas de juros de 10,7% ao ano, com prazo de 12 anos para pagamento.

"O BNDES já nos avisou que está prestes a colocar a linha à disposição das indústrias", disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. "Estamos com bastante problemas no setor, diminuição do consumo interno, enxurrada de leite vindo de outros países, então o governo procurou atuar em todas as frentes", afirmou.

Geller disse que, além da nova linha de crédito rural, o Ministério da Agricultura também deve incluir o leite na cesta de produtos agropecuários que são contemplados pela Política Geral de Preço Mínimo (PGPM), o que envolve leilões públicos para intervenção de preços no mercado interno. Ao mesmo tempo, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar (ex-Ministério do Desenvolvimento Agrário) já garantiu R$ 40 milhões para compras públicas de leite em pó de produtores por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é operado pela Conab.

Na semana passada, o Banco do Brasil já havia anunciado a prorrogação do prazo de pagamento das parcelas de custeio e investimento que já venceram ou ainda vão vencer em 2017 para produtores de leite. Os pecuaristas que tiverem parcelas de custeio e investimento vencendo este ano poderão prorrogar os pagamentos até 2018, porém apenas 50% do valor das parcelas devidas. A outra metade terá que ser paga em 2017.

"Essas medidas estão longe de atender todas as nossas demandas, mas já vão começar a reconstruir uma cadeia que está destruída", disse Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Brasil e Irã iniciam entendimentos para aumentar parceria comercial

Na primeira reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Irã, em Brasília, na semana passada (23/11), as partes avançaram nas negociações para assinatura de dois memorandos de entendimento. O primeiro, na área vegetal. O segundo, na cooperação em pesquisas agropecuárias. O Irã é o 5º maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro. "Trabalhamos para facilitar os negócios entre os dois países", disse Odilson Ribeiro e Silva, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). "Esperamos que, em breve, o resultado dessa reunião se reflita no comércio Brasil-Irã. Vamos precisar discutir ainda alguns temas para finalizar a assinatura." Presidida pelo vice-ministro da Agricultura, Mohammad Ali Javadi, a delegação iraniana é composta por 9 técnicos.  Na pauta da primeira reunião do Comitê foram discutidos procedimentos para exportação de carne bovina, exportação de gado vivo e material genético bovino e avícola. Os representantes brasileiros e iranianos se comprometeram a realizar ações de promoção de produtos do agronegócio com os setores privados interessados na exportação, a partir de 2018. E ainda no próximo ano haverá uma nova rodada de negociações. Em 2016, o Irã importou US $ 2,1 bilhões, principalmente milho, soja em grãos e carne bovina in natura. Agora há interesse de exportar para o Brasil ureia, frutas secas e amêndoas . (As informações são do Mapa)
 

 

 

Leite/EUA

A indústria de laticínios dos Estados Unidos da América (EUA) espera que a produção de leite chegue a 98,4 bilhões de toneladas em 2017, um novo recorde. De fato, nos últimos cinco anos, os EUA vêm acumulando recordes, ano após ano. O número de vacas chegou ao nível recorde de 9,4 milhões, e a produção por vaca aumenta, entre 2% e 3%, ano após ano. As exportações de produtos lácteos saltaram de 13% para 14% da produção. Ainda que o dólar norte-americano tenha apresentando ligeiro declínio no final do verão em relação a outras moedas dos principais sócios comerciais, a expectativa para o futuro é de que o dólar se mantenha forte e tenha elevação significativa nos próximos cinco anos. Se o Banco Central aumentar a taxa de juros em dezembro, o dólar ficará ainda mais forte. É preciso lembrar que os estoques de queijos nos Estados Unidos estão em níveis, historicamente, elevados, e o volume extra de produtos lácteos é um fator de redução dos preços ainda por algum tempo. A estrela atual da indústria de laticínios é a manteiga. O consumo per capita de manteiga pelos norte-americanos subiu 20% desde o ano 2000. Esta demanda interna de manteiga tem ajudado a manter o preço do leite nos Estados Unidos, em tempos de baixas exportações. Depois de um ano de perda de produção na Austrália, Argentina, Nova Zelândia e União Europeia, tanto a Argentina, como a União Europeia começaram a recuperar suas produções de leite, sendo, junto com os Estados Unidos, os principais exportadores de lácteos do mundo. (Todo El Campo - Tradução livre: Terra Viva)

Entidades ligadas ao setor lácteo gaúcho entregaram, nesta quarta-feira (29/11), ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), Edegar Pretto, projeto de lei que altera o Fundoleite. A proposta construída entre as entidades, é referente aos recursos do fundo. Com o projeto, 10% seriam destinados ao instituto, 20% iriam para projetos que visam o desenvolvimento do setor, que poderiam ser apresentados por qualquer entidade representativa, e 70% da arrecadação seria aplicada em assistência técnica aos produtores de leite.

"A aplicabilidade de 70% em assistência técnica aos produtores rurais é fundamental, pois são eles que precisam do suporte técnico para se manterem em sua atividade", pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ainda afirmou que se faz necessario aprovar o projeto na íntegra. "Esse consenso demonstra a vontade que temos de avançar na produção do Estado", acrescentou, ressaltando a importância da proposta para o desenvolvimento do setor lácteo.

Na ocasião, o presidente da Assembleia elogiou o trabalho feito em conjunto pelas entidades. "Sei que não é fácil chegar num consenso assim. A casa é política e precisa de construção política", afirmou Pretto, agradecendo pela presença dos representantes. "Esse setor, em especial, está precisando de unidade", afirmou. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, reafirmou que o projeto é resultado de entendimento e união do setor. "A construção política em conjunto é o primeiro passo para fazer enfrentamento às dificuldades da cadeia do leite".

Além do Sindilat, estiveram presentes a Apil, AGL, Fetag, Fetraf Sul, Famurs, Ocergs e Fecoagro.

Reunião do Grupo de Trabalho debate o assunto

Deputados encaminharão ao secretário da Casa Civil, Fábio Branco, o pedido de revogação do decreto 53.059, que trata do regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e internacional. A decisão foi tomada a partir de discussão feita ainda pela manhã, no salão Alberto Pasqualini, na Assembleia Legislativa, durante reunião do Grupo de Trabalho a respeito da importação do leite em pó do Mercosul (GTL). Além disso, foram debatidas questões referentes ao projeto de alteração do Fundoleite e medidas para a importação de leite em pó uruguaio. Os deputados Zé Nunes, Elton Weber, Edson Brum e Sérgio Turra estiveram presentes na ocasião.

O Sindilat esteve representado pela gerente administrativa, Julia Bastiani e pelo coordenador do setor de leite da Languiru, Fernando Staggemeier.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, em entrevista à TV Assembleia sobre a entrega da alteração na lei do Fundoleite. Foto: Vitorya Paulo

Porto Alegre, 29 de novembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.631

 

  Projeto que altera o Fundoleite é entregue ao presidente da Assembleia Legislativa

Entidades ligadas ao setor lácteo gaúcho entregaram, nesta quarta-feira (29/11), ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), Edegar Pretto, projeto de lei que altera o Fundoleite. A proposta construída entre as entidades, é referente aos recursos do fundo. Com o projeto, 10%  seriam destinados ao instituto, 20% iriam para projetos que visam o desenvolvimento do setor, que poderiam ser apresentados por qualquer entidade representativa, e 70% da arrecadação seria aplicada em assistência técnica aos produtores de leite. 

"A aplicabilidade de 70% em assistência técnica aos produtores rurais é fundamental, pois são eles que precisam do suporte técnico para se manterem em sua atividade", pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ainda afirmou que se faz necessario aprovar o projeto na íntegra. "Esse consenso demonstra a vontade que temos de avançar na produção do Estado", acrescentou, ressaltando a importância da proposta para o desenvolvimento do setor lácteo.

Na ocasião, o presidente da Assembleia elogiou o trabalho feito em conjunto pelas entidades. "Sei que não é fácil chegar num consenso assim. A casa é política e precisa de construção política", afirmou Pretto, agradecendo pela presença dos representantes. "Esse setor, em especial, está precisando de unidade", afirmou. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, reafirmou que o projeto é resultado de entendimento e união do setor. "A construção política em conjunto é o primeiro passo para fazer enfrentamento às dificuldades da cadeia do leite".

Além do Sindilat, estiveram presentes a Apil, AGL, Fetag, Fetraf Sul, Famurs, Ocergs e Fecoagro. 

Reunião do Grupo de Trabalho debate o assunto
Deputados encaminharão ao secretário da Casa Civil, Fábio Branco, o pedido de revogação do decreto 53.059, que trata do regulamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e internacional. A decisão foi tomada a partir de discussão feita ainda pela manhã, no salão Alberto Pasqualini, na Assembleia Legislativa, durante reunião do Grupo de Trabalho a respeito da importação do leite em pó do Mercosul (GTL). Além disso, foram debatidas questões referentes ao projeto de alteração do Fundoleite e medidas para a importação de leite em pó uruguaio. Os deputados Zé Nunes, Elton Weber, Edson Brum e Sérgio Turra estiveram presentes na ocasião. 

O Sindilat esteve representado pela gerente administrativa, Julia Bastiani e pelo cooerdenador do setor de leite da Languiru, Fernando Staggemeier. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Vitorya Paulo

Expectativa é de retomada do consumo de leite, avalia presidente do Sindilat-RS

A queda no preço do leite fez o setor enfrentar grave crise neste ano. Produtores e empresas tiveram dificuldades diante da redução de consumo. Garantir a competitividade do segmento é um dos desafios de Alexandre Guerra, reeleito nesta terça-feira (28), por unanimidade, para novo mandato à frente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS). A projeção é de um 2018 melhor. Confira trechos de entrevista à coluna.

Depois de ano de crise, com queda acentuada no preço, como será 2018?
A expectativa é de que, com o crescimento do PIB, possamos retomar o consumo. Neste ano, houve diminuição de 5% no Brasil. O grande problema, além da importação, foi a queda no consumo. E o aumento de 5% na produção. A indústria trabalhou quatro meses no vermelho. Em novembro, houve reação no valor do UHT, nos primeiros 10 dias. De forma gradativa, o setor pode ter melhor situação ano que vem. 

Por que quando a indústria tem alta no preço, esse repasse logo chega ao consumidor, e quando baixa, não há recuo na mesma velocidade?
Essa baixa chega ao consumidor. Neste ano, teve muita oferta de leite UHT. O supermercado coloca o leite longa vida como ponta de gôndola (oferta), para atrair consumidores. A população está buscando muito condição de preço. 

Que ações tornariam a atividade sustentável no Rio Grande do Sul?
Precisamos trabalhar a competitividade. Para sermos fortalecidos, temos de ter produtor produzindo mais, indústria em escala, inovando e dando assistência, e o governo fazendo a parte dele, dando isonomia fiscal e desburocratizando. (Zero Hora)

NZ: produtividade das vacas leiteiras registra recorde

O rebanho leiteiro da Nova Zelândia pode estar encolhendo, mas, ainda está produzindo volumes recordes de leite. Os últimos dados do New Zealand Dairy Statistics mostram que a vaca média produziu mais litros de leite (nos 12 meses - até junho - em níveis recordes) e também, com mais quilos de sólidos. Esse animal produziu 4.259 litros de leite, contendo um total de 381 kg de sólidos do leite, em comparação com 4.185 litros e 372 kg de sólidos do leite em 2015-16.

Tanto o número das vacas leiteiras quanto o do rebanho caíram pelo segundo ano consecutivo; os últimos dados eram de 4,86 milhões de vacas a nível nacional, abaixo dos 4,99 milhões em 2015-16, enquanto o número de rebanhos caiu em 170, para 11.748. Esse declínio refletiu as condições difíceis da primavera e dois anos de altos números de abates após os baixos preços do leite. Enquanto os rebanhos leiteiros da Ilha do Sul representavam 27,4% do total nacional, continham 40,4% de todas as vacas em lactação. A maioria estava na região de Waikato (23%), seguido por North Canterbury (13,8%), Southland (11,6%) e Taranaki (9,7%).

Otago tinha 439 rebanhos, que incluíam 256.497 vacas, constituindo 5,3% do rebanho nacional, enquanto Southland tinha 989 rebanhos, com 563.017 vacas. Apesar do declínio no número de vacas, as empresas leiteiras processaram quantidades de leite muito similares - 20,7 bilhões de litros de leite contendo 1,85 bilhão de quilos de sólidos do leite em 2016-17. A estação anterior foi de 20,9 bilhões de litros de leite (1,86 bilhão de quilos de sólidos do leite).

O economista sênior da DairyNZ, Matthew Newman, disse que a tendência de aumentar a produção de leite por vaca mostrou que os produtores optaram por animais que eram mais eficientes em converter pastagem em leite com relação ao ano anterior.  "Estamos produzindo quantidades de leite similares a partir de menos vacas, em parte, porque estamos criando melhores animais e os alimentando bem", disse ele. O rebanho médio é agora de 414 vacas, abaixo de 419 em 2015-16. Foi o nível mais baixo de vacas ordenhadas desde 2012. O número de vacas da Ilha do Norte diminuiu em 90.000 para 2,89 milhões, enquanto o número da Ilha do Sul caiu em 46.000 para 1,97 milhão.

O gerente geral de mercados da Nova Zelândia da Livestock Improvement Corporation (LIC), Malcolm Ellis, disse que as estatísticas refletiram uma mudança na indústria. "Os produtores estão reconhecendo que, como uma indústria, se eles não estão ordenhando um maior número de vacas, precisam ordenhar as melhores".

As mudanças nas raças leiteiras continuaram. Os cruzamentos das raças Holstein-Friesian/Jersey agora compreendem 48% das vacas, acima dos 40% em 2010-11. Holstein-Friesians constituem 33,5% do rebanho nacional e as Jerseys, representam 9,3%.

As estruturas de propriedade das fazendas mudaram ao longo das últimas estações, com 27,3% dos rebanhos leiteiros da Nova Zelândia operando sob um acordo de sharemilking (o sharemilker é responsável por operar a fazenda em nome do proprietário, mas não possui a terra e, em contrapartida, recebe uma parte dos rendimentos da venda de leite e qualquer outra coisa produzida fora da terra, como por exemplo, silagem) em 2016-17, contra 32,4% em 2014-15. Os rebanhos nas mãos de proprietário-operador aumentaram em 188, para 8.503 rebanhos em 2016-17. (As informações são do Otago Dairy Times, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai: receita bruta dos produtores de leite aumentou em US$ 118 milhões até setembro
O setor de lácteos uruguaio está abandonando lentamente uma das piores crises dos últimos tempos. Alguns fatores externos e outros que não podem ser manipulados, como os preços dos produtos no mercado mundial e o clima, jogaram a favor do produtor e permitiram um aumento na renda bruta das empresas. No final do terceiro trimestre do ano (janeiro a setembro), as empresas de lácteos faturaram US$ 445 milhões. Isso significa um crescimento de US$ 118 milhões em relação ao mesmo período do ano passado - que somou US$ 337 milhões - informou Rafael Tardáguila, diretor da Tardáguila Agromercados. Apesar desta recuperação, as empresas de lácteos estão longe da receita obtida em 2014 e 2015, antes da crise no setor no país. O analista disse que o aumento da receita bruta se deve a dois fatores: aumento nos volumes produzidos e no preço médio recebido em dólares por litro de leiteenviado à indústria. Em comparação com 2016, Tardáguila comentou que o volume deste ano aumentou 7,1% e os produtores receberam US$ 0,7 a mais por litro enviado. (As informações são do Portal Lechero, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e diretor da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, foi reeleito na tarde desta terça-feira (28/11) para comandar a entidade na gestão 2018/2020. A eleição foi por unanimidade e contou com 51 votos de indústrias que respondem, juntas, por mais de 80% da produção do Rio Grande do Sul. A diretoria para o triênio 2018/2020 ainda terá Guilherme Portella (Lactalis), que segue como 1º vice-presidente, e Caio Vianna (CCGL), que assumirá a 2ª vice-presidência. O grupo ainda conta com Ângelo Sartor (Rasip) como secretário e Jéferson Smaniotto (Cooperativa Piá) como tesoureiro. A posse ocorrerá no dia 7 de dezembro, às 20h, durante celebração de fim de ano no Hotel Plaza São Rafael.

Segundo Guerra, a reeleição reconhece a força do trabalho realizado nos últimos três anos, que incluiu projetos inovadores como o Fórum Itinerante do Leite, o Pub do Queijo e as agendas internacionais. Entre suas metas para os próximos anos está trabalhar para abrir novos mercados para os produtos lácteos do Brasil no exterior por meio de participação em eventos e comitivas internacionais. “Trabalharemos para criar condições para que os associados ganhem em competitividade de forma a acessar novas oportunidades comerciais”, frisou Guerra.

À frente das batalhas em defesa da produção, disse ser importante contar com o apoio de todos os associados nos próximos anos. “Precisamos estar juntos para superar o cenário adverso. É importante contar com as indústrias não apenas na formação da diretoria, mas nos eventos e nas negociações que envolvem o setor”.

Entre os principais desafios pela frente, citou Guerra, estão as mudanças na contribuição sindical, que exigirão empenho por parte das empresas associadas para manter a atividade do Sindilat. “Dentro da modernidade, as entidades têm que existir por sua importância”.

Alexandre Guerra é reeleito presidente do Sindilat. Foto: Carolina Jardine