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01/12/2017

Porto Alegre, 01 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.633

 

  Rótulos 

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência mostra que 67% das pessoas, ou seja, cerca de 7 em cada 10 entrevistados, preferem o semáforo nutricional, contra 31% que declaram preferir o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. A proposta que utiliza cores (verde, amarelo e vermelho) para traduzir as informações sobre o teor de açúcares, gordura e sódio dos produtos - conhecida como Semáforo Nutricional Quantitativo - é considerada a mais clara e didática para 65% dos entrevistados.

"Embora os dois modelos sejam bem avaliados pela população na avaliação individual, ela tem uma preferência. Quando perguntamos qual deles gostariam de encontrar na parte frontal das embalagens, a maioria indica o modelo semáforo nutricional", afirma Patricia Pavanelli, diretora de contas do IBOPE.

A nova proposta de rotulagem nutricional frontal, que vem sendo discutida pela sociedade, tem o objetivo de trazer as informações sobre o teor de nutrientes contidos nos alimentos para a parte da frente das embalagens. A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e o de advertência, ambos apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como propostas para rotulagem frontal no Brasil. O tema é prioritário na agenda regulatória da Agência.

Comparação de modelos
A pesquisa ainda revela que 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência. Além disso, 47% avaliam a facilidade de leitura e compreensão das informações com nota 9 ou 10, contra apenas 26% da avaliação do modelo de advertência.

Mais um argumento favorável ao modelo de semáforo nutricional quantitativo é o fato de a relação entre as cores verde, amarela e vermelha já ser algo comum para o brasileiro, enquanto outras propostas apresentadas se baseiam em modelos de advertências, com mensagens escritas em fundo preto, que não informam a quantidade dos nutrientes destacados.

O brasileiro quer informação
A população já tem por hábito consultar informações nas embalagens, mas ressalta a necessidade da adequação e revisão de alguns itens. Aproximadamente 3/4 da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. A tabela nutricional é o terceiro item mais buscado:
o Prazo de validade ou data de fabricação: 45%
o Preço: 24%
o Tabela nutricional/ Informação nutricional: 21%
o Advertências relacionadas à saúde (diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc): 18%
o Marca ou fabricante: 13%
o Lista de ingredientes: 10%
o Quantidade: 7%

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros, vindo ao encontro da proposta apresentada pela indústria. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

O estudo foi solicitado pela Rede de Rotulagem, que reúne associações das indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas. "A realização desta pesquisa foi muito importante para obtermos a opinião da população brasileira. Os dados coletados mostram uma clara preferência pelo modelo de rotulagem frontal com semáforo quantitativo proposto pelo setor, uma vez que ele é informativo e educativo, além de ter fácil entendimento para toda a população", afirma Daniella Cunha, diretora de Relações Institucionais da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação).

A informação por cores demonstra ter apelo popular, proporcionar comunicação instantânea e ser acessível a todos. Além disso, apresenta-se como um recurso didático, a fim de educar novas gerações e pessoas com baixa escolaridade. O modelo semáforo mostra-se ainda capaz de proporcionar uma rápida identificação no momento da compra e de permitir comparação entre alimentos, o que favorece a decisão do indivíduo e sua soberania na escolha.

"O modelo do semáforo demonstrou ser o que mais desperta o interesse das pessoas pela busca de informações nutricionais. Isso é fundamental quando pensamos em garantir eficiência a uma política pública como esta em discussão. O que adianta os rótulos serem fontes seguras de informação, se elas não forem percebidas pelas pessoas? Hábitos saudáveis são resultados de escolhas equilibradas, não se desenvolvem por imposição", afirma Pablo Cesário, gerente executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Outros números da pesquisa revelam que os brasileiros procuram e querem ter acesso às informações nutricionais, mesmo que não compreendam na totalidade os dados da tabela nutricional. O modelo com cores se revela uma proposta que cumpre a função de comunicar, de modo didático, lúdico e com empatia, essas informações. Ademais o levantamento indica que o modelo teve a preferência até de quem declara "raramente ler" as informações da tabela.

"A indústria acredita que qualquer modelo de rotulagem, sozinho, não é capaz de substituir uma ação ampla de educação alimentar e nutricional, que oriente a população a entender as informações nos rótulos dos alimentos e saber como compor uma alimentação saudável e equilibrada, aliada à prática de atividade física", Alexandre K. Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR). (Newtrade)

Produção leiteira 

A produção de leite no Brasil deve aumentar 1,8% em 2018, para 23,98 milhões de toneladas ante as 23,55 milhões de toneladas esperadas para o total de 2017, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A elevação da produção tende a ser impulsionada pelas exportações de lácteos, como o leite condensado, principalmente para o mercado africano, e o leite em pó.

Outro fator que influencia neste aumento é a suspensão das importações de produtos lácteos do Uruguai. O USDA destaca que, em 10 de outubro, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as compras do país vizinho e solicitou comprovante de rastreabilidade, para verificar se 100% do produto vindo do Uruguai era, de fato, daquele país.

A maior produção doméstica do setor e a demanda mais amena resultaram em importações limitadas de leite em pó.Sobre o mercado interno, o relatório ressalta que o consumo da bebida tende a permanecer em volumes baixos no ano que vem, em linha com o desempenho de 2017.

"O cenário é derivado do excesso de leite no mercado e da fraca demanda dos consumidores, mesmo que indicadores mostrem que a situação econômica do Brasil está melhorando gradualmente", diz o documento. Com isso, as empresas do setor estão apostando nos derivados em vez da matéria-prima em si. Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas. (Globo Rural)

Mercosul x UE 

Esta semana ocorrerá uma nova reunião de negociações Mercosul x União Europeia (UE), que possivelmente será definidora. Até agora "os lácteos continuam excluídos das negociações", ressaltou à Conexión Agropecuaria Mercedes Baráibar, economista do Instituto Nacional de la Leche (Inale), que viajará para Bruxelas, com a delegação negociadora. 

Na primeira reunião que ocorreu em Brasília, no mês de setembro, o Uruguai chegou com a firme postura de excluir os lácteos do acordo. A novidade é que a UE pediu formalmente uma consulta pública, com o objetivo de conhecer a opinião da população e fornecer informações para que os negociadores sobre os possíveis conflitos de nomes que estavam entre as Indicações Geográficas europeias e os nomes que utilizados no Uruguai para alguns queijos.

"Quem se sentir vulnerável em seus direitos porque a UE se apropria de determinado nome terá que enviar um e.mail para ( consultapublicaigdo@miem.gub.uy). As informações serão processadas pelo escritório nacional de propriedade intelectual e enviadas ao chefe da equipe de negociadores para que na semana que vem esteja na mesa de trabalho, a quantidade de oposições ou objeções feitas", explicou Baráibar. Esta semana serão negociados produtos e na próxima as indicações geográficas, acrescentou.

O reconhecimento pedido pela UE é de exclusividade de certos nomes. Uma vez firmado o acordo, os países do Mercosul não poderão utilizar os nomes nas etiquetas de queijos se eles não procederem dos países mencionados na lista. Isto quer dizer, que o Uruguai não poderá utilizar os nomes, nem para suas vendas internas, nem para as vendas no mercado externo. A maior informação em relação a possíveis conflitos com os nomes nacionais, proporcionará aos negociadores do Uruguai maiores elementos para debater a lista. A consulta pública terá duração de 30 dias, a partir de 20 de novembro. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Demanda fraca aprofunda queda das cotações do leite

O preço médio do leite ao produtor brasileiro voltou a cair em novembro, refletindo a oferta crescente da matéria-prima devido ao período de safra, mas a retração superou a expectativa de analistas. No mês passado, os produtores receberam, em média, R$ 1,041 pelo litro do leite entregue em outubro, um recuo mensal de 1,6%, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. "A expectativa era de uma queda menor", disse Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Isso porque os preços do leite longa vida no atacado haviam esboçado reação em outubro. No entanto, segundo Ribeiro, a tentativa dos laticínios de melhorar suas margens não foi bem-sucedida uma vez que a demanda no varejo continuou fraca. Diante disso, os preços do leite longa vida no atacado voltaram a recuar em novembro, assim como no varejo. 

Segundo o levantamento da Scot, no mês que se encerra, o longa vida caiu R$ 0,05 no atacado paulista, para R$ 2,13 o litro. No varejo, o recuo foi de R$ 0,04, para R$ 2,81 por litro. Considerando que a demanda doméstica por lácteos segue fraca e que o pico da safra de leite ainda deve ocorrer em dezembro nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, a tendência é de novas quedas nas cotações ao produtor até o fim do ano, avalia Rafael Ribeiro. Em janeiro, estima, a produção de leite deve começar a se estabilizar no Brasil. Segundo o Índice Scot de Captação de Leite, a produção de leite na média do país subiu 1,1% em outubro sobre setembro, e dados parciais indicam novo aumento, de 0,9%, em novembro sobre outubro passado. 

Para Ribeiro, neste fim de ano, o consumo interno de leite longa vida deve seguir patinando, mas a demanda por outros produtos lácteos, como creme de leite e leite condensado, deve crescer em função das festas de fim de ano. A expectativa, segundo ele, é que a demanda doméstica por lácteos comece a melhorar em 2018, mas, inicialmente, ainda em ritmo lento. (Valor Econômico)

 

Súmulas do TST
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, já marcou uma data, em fevereiro, para que a corte reveja o conteúdo de aproximadamente 35 a 40 súmulas do tribunal, com o objetivo de readequá-las à nova legislação trabalhista. De acordo com membros do tribunal, a sessão de fevereiro pode resultar na extinção de algumas dessas súmulas, devido à disparidade entre seus conteúdos e o que está previsto na reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro. "Temos mais de 400 súmulas no tribunal, porque a CLT era omissa", explicou o ministro Alexandre Agra Belmonte. "Algumas delas precisam de readequação. Precisam ser adaptadas em razão da reforma, porque a súmula diz uma coisa e a reforma diz outra." (Valor Econômico)

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