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Porto Alegre, 18 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.658

 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de janeiro de 2018 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Dezembro de 2017 e a projeção dos preços de referência para o mês de Janeiro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,51 e 3,60% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 8,61 e 8,70% de sólidos não gordurosos, entre 451 e 500 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O leite abaixo do padrão é aquele que contém 3,00 a 3,05% de gordura, entre 2,90 e 2,95% de proteína, entre 8,40 e 8,50% de sólidos não gordurosos, no máximo 600 mil células somáticos/ml e no máximo 600 mil ufc/ml de contagem bacteriana. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Faesc)

 

Argentina - Crise fecha 500 fazendas de Santa Fe, entre 2016 e 2017

Produção/AR - A crítica situação do setor leiteiro por falta de rentabilidade atingiu 500 fazendas entre 2016 e 2017 na província de Santa Fe. No final de novembro passado, o presidente Mauricio Macri recebeu os produtores, mas, a resposta do mandatário aos produtores foi desconcertante.

"Reduzam os custos", lhes disse o presidente, como se fossem os produtores que definissem as tarifas de energia elétrica ou o preço dos combustíveis. O presidente da Câmara dos Produtores de Leite de Santa Fe, Marcelo Aimaro, explicou a El Ciudadano que o produtor recebe atualmente 5,70 pesos argentinos por litro de leite, [R$ 0,98/litro] - US$ 0,30 - (6,80 pesos argentinos, [R$ 1,16/litro], é o preço final com IVA). Para que a atividade seja rentável, devem receber 7 pesos por litro, [R$ 1,20/litro], sem IVA, (US$ 0,37/litro), levando em consideração que o preço na gôndola está perto de 30 pesos argentinos, [R$ 5,14/litro], (US$ 1,6 ou 46 pesos uruguaios).

Segundo Aimaro, os custos de produção subiram 50% em 2017. "Só podem ser trabalhados os custos próprios. Mais da metade do leite da Argentina é produzido em terras alugadas. Os produtores estão descapitalizados e o investimento é nulo", disse o dirigente leiteiro. Além do aumento dos custos, os produtores enfrentam a queda do mercado interno em decorrência da redução do poder aquisitivo dos assalariados. "Historicamente, o que sustenta o setor lácteo é o mercado interno, e agora está fraco. Perto de 80% do leite produzido é vendido no país, exportando 20%", lembro o líder.

Como se fosse pouco, as inundações no princípio do ano causaram estragos na bacia leiteira. O governo nacional, através do então ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaille, prometeu 250 milhões de pesos para ajudar os produtores. "Só conseguimos liberar 50 milhões na reunião com Macri", contou Aimaro. E esclareceu que o governo da província assumiu 150 milhões naquela ocasião. (Tardaguila - Tradução Livre: Terra Viva)

Crescimento do mercado é suficiente para absorver a produção extra

Produção mundial - A média diária da captação de leite nas principais regiões produtores foi perto de 4% em novembro em comparação com o último ano. O crescimento contínuo da produção nos 28 países da União Europeia (UE-28), juntamente com o crescimento sazonal na Nova Zelândia, está empurrando a oferta mundial.

No entanto, na comparação de um ano com o outro é um pouco distorcida em decorrência da queda na captação no último trimestre de 2016. Fazendo a comparação da oferta acumulado no ano, o crescimento foi de 3,5 bilhões de litros, ou 1,2%. As estimativas da FAO sugerem que a demanda continuará crescendo 1,7% para 2,1%, pelo que o aumento anual da produção de leite não deve cria um desequilíbrio no mercado mundial. (AHDB - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Chile - Preço pago em novembro sai do prejuízo, mas, não aumenta captação
Preços/Chile - O preço médio ponderado do leite interrompeu a tendência de baixa e ficou em $221,68/litro, [R$ 1,18/litro], o que equivale a um incremento de $3,12, [R$ 0,02/litro], em relação a outubro passado de $20,36, [R$ 0,11/litro], se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Desta forma, o preço médio pago ao produtor a nível nacional no décimo primeiro mês do ano interrompeu a baixa que vigorou por cinco meses consecutivos, e que fez o preço cair $21,52 por litro, [R$ 0,11/litro]. Ao analisar de janeiro a novembro de 2017 a média do preço pago ao produtor é de $226,90, [R$ 1,21/litro], o que representa incremento de $17,46, [R$ 0,09/litro], por litro em relação ao ano precedente. Rodrigo Lavín, presidente da Fedeleche (Federação chilena dos produtores de leite) assegura que a recuperação observada nos preços pagos aos produtores veio tarde, e toda vez que "a primavera já passou" o aumento não se traduz em aumento de captação de leite, simplesmente porque "não houve aumento de preço, este não serviu para estimular a produção de leite". (Expolac - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.657

 

América Latina é mercado potencial no segmento de lácteos

Segundo o estudo 'Dairy in Latin America', da consultoria Euromonitor International, o consumo de lácteos na América Latina está significantemente atrás de outras regiões do globo. Com um consumo per capita de US$ 99, a população da América Latina gasta menos que a metade que a Europa Ocidental e América do Norte.

Segundo a gerente de pesquisa de alimentos embalados da Euromonitor International, Pinar Hosafçi, embora os leites e queijos façam parte da alimentação dos latino-americanos, a maioria dos países, particularmente nas áreas rurais, consomem os lácteos no formato artesanal ou não industrializado. "Isto apresenta tanto desafios quanto oportunidades para a indústria de alimentos embalados. A conveniência e a uma vida útil mais prolongada nas prateleiras são incentivos para os consumidores fazerem a troca pelos produtos industrializados. Contudo, as condições macroeconômicas difíceis colocam pressão nos custos e aumentam os desafios para as versões embaladas dos produtos", comenta Hosafçi.

Movimentando US$ 25 bilhões no varejo, o Brasil é o país líder na América Latina em relação ao consumo de lácteos, segundo dados da Euromonitor International. O mercado de lácteos brasileiro é ditado pelo consumo de leite, que representou 40% das vendas no varejo em 2017. Diferentemente do Brasil, o queijo é o produto lácteo mais consumido no México, Argentina, Chile e Colômbia. No México, as vendas de queijos ultrapassaram às de leite em 2013.

"Ao contrário dos mercados da Europa Ocidental e do Norte da África, onde as marcas próprias representam grande parte das vendas, o segmento lácteo na América Latina continua bastante fragmentado, sendo que as marcas próprias quase não possuem presença na região. No Brasil, um terço do mercado é dominado por pequenas empresas. Isso é quase o mesmo que as cinco maiores marcas representam. Contudo, consolidação está se tornando algo mais pronunciado, particularmente no Chile e Colômbia", comenta Hosafçi. (As informações são da Revista News)

Produção catarinense de leite aumenta 82% em dez anos

A produção de leite vem numa crescente em Santa Catarina. Em dez anos, o estado ampliou em 82% a sua capacidade produtiva, chegando a 3,1 bilhões de litros produzidos em 2016. No mesmo período, a produção brasileira aumentou em 32%. As expectativas são de um crescimento ainda maior para os próximos anos, focado principalmente no mercado externo.

De 2006 a 2016, Santa Catarina saltou de 1,7 bilhão de litros produzidos para 3,1 bilhão de litros - fazendo do estado o quarto maior produtor nacional de leite. E as estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) já apontam para uma produção ainda maior em 2017 - o estado pode ter produzido 3,4 bilhões de litros e o país a 35 bilhões de litros de leite.

O leite é a atividade agropecuária que mais cresce em Santa Catarina e envolve 45 mil produtores em diversos municípios do estado. A grande bacia leiteira catarinense é a região Oeste, que responde por 75% de todo leite produzido - quase 2,4 bilhões de litros. "O setor leiteiro é um grande destaque de Santa Catarina e vem passando por grandes transformações, com o investimento em pastagens, tecnologias e genética. Ainda temos muitos desafios pela frente para que o nosso leite seja competitivo para exportação", ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.

A produção catarinense é bem maior do que o consumo estadual, mais da metade da produção é destinada ao abastecimento de outros estados. A tendência é que a produção estadual continue crescendo nos próximos anos, o que deve aumentar a participação estadual no mercado interno e ampliar as possibilidades de o estado alcançar também o mercado externo.

Valor Bruto da Produção
O leite é o terceiro produto no ranking de Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária catarinense. O faturamento do setor passou de R$ 3,5 bilhões em 2017 e representa 13% de toda receita do agronegócio catarinense.

Lembrando que o Valor Bruto da Produção Agropecuária não considera o faturamento com os insumos agrícolas, transporte, agroindústrias e serviços. ( AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA)

 

Com avanço de 13% nas exportações em 2017, superávit do campo vai a US$ 82 bi

Puxadas pelos embarques de soja e carnes, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 13% em 2017, para US$ 96 bilhões. Apesar do avanço, a participação do setor nas vendas externas totais do Brasil caiu para 44,1% - havia sido de 45,9% no ano anterior. As importações do agronegócio também cresceram, 3,9% para US$ 14,1 bilhões no período. Mas isso não impediu um novo aumento do superávit setorial, que subiu 14,8% em relação a 2016, para US$ 81,8 bilhões, o segundo maior da história, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), compilados pelo Ministério da Agricultura. A maior parte dos produtos da pauta de exportações do setor teve crescimento nas vendas externas. 

"Temos espaço no mercado mundial, mas queremos vender mais e bater nossa meta de aumentar de 7% para 10% a participação dos produtos do agronegócio no comércio internacional de alimentos", disse ontem o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, ao divulgar os resultados da balança comercial em 2017. Para que as exportações continuem a avançar, o ministro prometeu uma grande "mobilização" contra a aprovação no Congresso da Proposta de Emenda Constitucional 37/2007, que prevê o fim da Lei Kandir, que desde 1996 concede isenções de ICMS a exportações de commodities agrícolas. "

 

Se isso vier a cair (as isenções), automaticamente haverá redução da produção em função de que o produtor não terá competitividade para continuar. É uma ameaça muito grande, e o governo deve prestar atenção", defendeu o ministro. Entre os itens mais exportados, mais uma vez o destaque foi o complexo soja (grão, farelo e óleo), cujas vendas externas cresceram 24,8%, para US$ 31,7 bilhão em 2017. As exportações de soja em grãos bateram recorde, e subiram 33%, para US$ 25,7 bilhões. Os embarques de carnes também tiveram alta relevante em 2017, de 8,9% em relação ao ano anterior, para US$ 15,4 bilhões, apesar da Carne Fraca - operação da Polícia Federal, deflagrada em março de 2017, que revelou um esquema de corrupção entre fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura e frigoríficos. 

O destaque foi a carne de frango, cujos embarques representaram 46% de todas as exportações de carnes em 2017, com alta de 5,5% nas receitas externas, para US$ 7,1 bilhões. As exportações de carne bovina aumentaram 13,7% para US$ 6 bilhões. E as de carne suína subiram 9,7% para US$ 1,6 bilhão, um recorde histórico. As vendas externas de milho também foram recorde. Somaram US$ 4,5 bilhões, com alta de 25% sobre o ano de 2016. No caso dos produtos florestais, as exportações subiram 12,6% em relação a 2016, para US$ 11,5 bilhões. Já as vendas externas do segmento sucroalcooleiro (açúcar e etanol) avançaram 7,8%, para US$ 12,2 bilhões. Durante a divulgação dos números ontem, Maggi revelou que o Ministério da Agricultura pode solicitar em breve à Câmara de Comércio Exterior (Camex) que retire a taxação sobre o etanol importado, que exceder a cota de 600 milhões de litros por ano sem tarifa. A declaração derrubou as cotações do açúcar em Nova York (ver acima). Uma fonte do governo admitiu que a decisão é um aceno para que os Estados Unidos -- principal origem do biocombustível importado pelo Brasil -- volte a importar carne bovina in natura brasileira. (Valor Econômico)

Para o fim do mês
Está prevista para 29 deste mês assinatura do termo de cooperação entre Secretaria da Agricultura e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado (CRMV-RS) para aplicar a lei que permite a inspeção privada de indústrias de origem animal. A secretaria aguarda ainda aguarda documentação do CRMV-RS. O texto do termo de cooperação já foi analisado pela entidade. - Depois da assinatura, começaremos as ações, com curso de qualificação profissional - afirma Air Fagundes, presidente do CRMV-RS. O ato ocorrerá após retorno do secretário Ernani Polo, que está de férias. A expectativa é de que a partir de março seja possível estar com o novo modelo de inspeção rodando. (Zero Hora) 

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.656

 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 16 de Janeiro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2018 é de R$ 2,1215/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

GDT

O resultado final do GDT de hoje surpreendeu, não apenas por ter apresentado elevação em um momento de muitas incertezas, mas, pelo fato de ter aumento por todos os produtos e períodos, exceto os contratos do leite em pó desnatado para fevereiro. Houve valorização de 4,9% no índice GDT em relação ao evento 203 de 02 de janeiro de 2018. A maior recuperação ocorreu com a cotação da manteiga, 8,8%. O leite em pó desnatado que vem sendo responsabilizado pela queda do leite ao produtor em decorrência dos elevados estoques mundiais, apresentou o segundo maior reajuste no leilão, 6,5%. O leite em pó integral voltou a superar os US$ 3.000 a tonelada. (globaldairytrade/Terra Viva)

 

Lácteos direcionam ano recorde de exportações da Irlanda

Os lácteos ficaram no topo da lista de exportações irlandesas de alimentos e bebidas em 2017, de acordo com o novo relatório do Bord Bia (Irish Food Board). Falando no lançamento do relatório da "Export Performance and Prospects 2017-2018", do Irish Food Board Bord Bia, o ministro irlandês da Agricultura, Alimentação e Marinha, Michael Creed TD, declarou que o valor das exportações irlandesas de alimentos, bebidas e horticultura aumentou em 13% em 2017, atingindo 12,6 bilhões de euros (US $ 15,4 bilhões) pela primeira vez. O setor de lácteos foi o mais significativo, com um valor exportado de € 4,02 bilhões (US $ 4,92 bilhões) - representando um terço de todas as exportações de alimentos e bebidas - um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Falando no lançamento, a CEO do Irish Food Board, Tara McCarthy, disse que o valor das exportações de manteiga da Irlanda aumentou em 60% apenas em 2017, atingindo € 879 milhões (US $ 1,07 bilhão).

"Este crescimento representou mais da metade do aumento total das exportações de produtos lácteos", disse McCarthy.

Além do Reino Unido, as exportações para outros países da União Europeia (UE)  aumentaram em 16% para mais de € 4 bilhões (US $ 4,89 bilhões), principalmente impulsionadas pelas fortes exportações de produtos lácteos, que aumentaram em mais de 40%, para € 1,2 bilhão (US $ 1,46 bilhão). Os lácteos representam 45% de todas as vendas para mercados internacionais, sendo a China o segundo maior mercado depois do Reino Unido.

Boas previsões para lácteo
O relatório afirmou que os altos níveis de demanda observados no setor de produtos lácteos em 2017 parecem continuar em 2018, com manteiga e produtos em pó em forte crescimento nos principais mercados da UE e internacionais.

Os pós nutricionais especializados continuam a ser a principal exportação de produtos lácteos em cerca de 1,3 bilhão de euros (US $ 1,59 bilhão), mas o crescimento se manteve estável. O maior aumento foi para manteiga que aumentou em mais de 60%, para quase 900 milhões de euros (US $ 1,1 bilhão), impulsionada pela alta demanda e pelos preços nos mercados da UE e internacionais. Os contratempos no mercado de queijos registrados em 2016 foram revertidos - com o mercado de exportação crescendo em 22% para cerca de 848 milhões de euros (US $ 1,03 bilhão). O comércio para o Reino Unido ainda compreende cerca de 50% do mercado. Outros produtos lácteos que se beneficiaram de um crescimento substancial este ano foram os leites em pó desnatado e integral, cada um atingindo exportações de € 180 milhões (US $ 220,3 milhões), aumentos de 46% e 55%, respectivamente.

Excesso de oferta devido ao aumento da produção
Com o rebanho leiteiro crescente da Irlanda e o aumento da produtividade das vacas, a produção de leite irlandesa aumentou em torno de 8%, ou mais de 500 milhões de litros, atingindo os 7,1 bilhões de litros em 2017. A produção de leite irlandesa deve aumentar em mais 30% até 2020. O relatório observou que continua a ser provável que o aumento global da produção no segundo semestre de 2017 continuará no primeiro semestre de 2018, com potencial excesso de oferta no mercado.

A demanda global de importação geralmente suporta crescimento de expansão do leite de cerca de 1,5% globalmente. Acima deste nível, a expansão dos produtos lácteos pode resultar em um excesso de oferta no mercado. O crescimento da produção na UE e global, juntamente com os estoques de intervenção da UE para leite em pó desnatado, estão causando algumas incertezas no mercado e um atual sentimento de queda no mercado, concluiu o relatório. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preço do leite na UE: novembro iniciou o declínio que pode durar vários meses

Após sete meses de aumentos contínuos no preço médio do leite ao produtor da União Europeia (UE), em novembro esse preço começou a cair. O preço foi de € 36,84 (US$ 44,16) por 100 quilos de leite padrão, de acordo com os cálculos do LTO Nederland, o que significa uma redução de 2 centavos (2,39 centavos de dólar) por 100 quilos em relação ao preço de outubro. Apesar do declínio, o preço de novembro de 2017 ainda ficou € 5,42 (US$ 6,49) por 100 quilos acima do valor praticado em novembro de 2016 (o que representou aumento de 17% nos preços do leite ao produtor em 1 ano).

A queda do preço em novembro é apenas o início de um possível declínio contínuo do mercado. Embora ainda não se conheça o preço de dezembro, a expectativa é de que siga em queda em relação ao valor praticado em novembro e de que a tendência de redução nos valores continue no início de 2018. Por exemplo, empresas como a holandesa Friesland Campina e a alemã DMK, anunciaram reduções de preços em janeiro de 4 euros (US$ 4,79) e 5 euros (US$ 5,99) por 100 quilos, respectivamente.

A LTO já faz uma aproximação do preço médio anual de 2017, mesmo sem o valor de dezembro, estimando que seria 23% superior ao valor médio praticado em 2016. Existem grandes variações de acordo com os países; os maiores aumentos são registrados pelas empresas alemãs e irlandesas, com um aumento de quase 40% nos preços praticados entre 2017 e 2016, enquanto que as empresas francesas aumentaram o preço em "apenas" 10 a 15%. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

EUA em pé de guerra com Canadá por classe "clandestina" de preço do leite
EUA x Canadá - Os Estados Unidos pediu ao Canadá para eliminar uma nova classe preço do leite "clandestino" que fez cair as vendas das indústrias de laticínios norte-americanas para o país vizinho, disse o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue. Os produtores de leite do Canadá firmaram no ano passado, um novo acordo de preços, conhecido como Classe 7, com algumas indústrias, fazendo com que os ingredientes lácteos domésticos usados para fabricação de queijo e iogurte custassem menos. "Deixei muito claro que a designação Classe 7 é injusta, prejudicando a indústria norte-americana que cresceu ao sul da fronteira", disse Perdue, acrescentando: "É preciso eliminar rapidamente o leite Classe 7, que, acreditamos que fere as normas de concorrência da OMC (Organização Mundial do Comércio". Os comentários de Perdue foram feitos quando os Estados Unidos declarou que quer renegociar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte com Canadá e México, (TLCAN). Perdue disse que o Classe 7, que entrou em vigor em fevereiro de 2017, permitiu aos agricultores canadenses produzir mais leite, o que contribuiu para a queda dos preços mundiais. O Canadá protege seu setor lácteo da concorrência estrangeira com tarifas alfandegárias elevadas nas importações, estabelece cotas e controla a produção nacional para garantir os preços. A política para o setor lácteo do Canadá foi criticado em abril pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo que "defenderei nossos produtores de leite" contra as práticas "desleais" do Canadá.( Infortambo - Tradução Livre: Terra Viva)

O Fundesa divulgou nesta segunda-feira (15/01) a prestação de contas de 2017. Dos R$ 7,034 milhões aplicados durante o ano, mais da metade - R$ 4,73 foram destinados à pecuária leiteira, incluindo indenizações, projetos voltados a capacitação e outras iniciativas.

Os produtores de leite receberam R$ 3,87 milhões em indenização para eliminação de 2.770 animais positivos para brucelose e tuberculose. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressalta que, ao todo, mais de 30 mil vacas leiteiras foram testadas em 2017.

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, vê como positivo o crescente acesso dos produtores às indenizações pois tal fato demonstra que há preocupação com a sanidade do rebanho. "O controle da tuberculose e da brucelose no Estado é um importante passo para continuar crescendo no mercado interno e externo", comentou Palharini.

De 2009 a 2017, o Fundesa repassou R$ 12,29 milhões em indenização a produtores de leite do Rio Grande do Sul. Tal quantia foi destinada à eliminação de 11.862 animais durante o período.

Foto: Bruna Karpinski

Porto Alegre, 15 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.655

 

Fundesa aplicou R$ 3,87 milhões em indenizações a produtores de leite em 2017


Fotos: Thais D'Ávila 

O Fundesa divulgou nesta segunda-feira (15/01) a prestação de contas de 2017. Dos R$ 7,034 milhões aplicados durante o ano, mais da metade - R$ 4,73 foram destinados à pecuária leiteira. Os produtores de leite receberam R$ 3,87 milhões em indenização para eliminação de 2.770 animais positivos para brucelose e tuberculose. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, ressalta que, ao todo, mais de 30 mil vacas leiteiras foram testadas em 2017.

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, vê como positivo o crescente acesso dos produtores e às indenizações pois tal fato demonstra que há preocupação com a sanidade do rebanho. "O controle da tuberculose e da brucelose no Estado é um importante passo para continuar crescendo no mercado interno e externo", comentou Palharini. De 2009 a 2017, o Fundesa já repassou R$ 12,29 milhões em indenização a produtores de leite do Rio Grande do Sul. Tal quantia foi destinada a eliminação de 11.826 animais durante o período. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 12 de janeiro de 2018, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de dezembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de janeiro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Trump promete melhorias no desenvolvimento rural durante reunião anual

Os líderes da indústria de lácteos dos EUA expressaram sua aprovação à promessa recente da Administração Trump para melhorar o desenvolvimento da força de trabalho rural através de iniciativas como o acesso universal à banda larga e o aumento da biotecnologia. As melhorias planejadas para o setor rural dos EUA foram anunciadas pelo presidente Donald Trump na reunião anual da American Farm Bureau Federation em Nashville, Tennessee, no início desta semana. Trump assinou duas ordens executivas na reunião que expandiriam o acesso à banda larga, abordando duas das mais de 100 recomendações elaboradas pela Força-Tarefa de Prosperidade Rural e Agrícola, liderada pelo secretário da Agricultura, Sonny Perdue.

"Nossas empresas de alimentos lácteos, que estão predominantemente localizadas em comunidades rurais, empregam quase um milhão de pessoas habilitadas, geram mais de US$ 39 bilhões em salários diretos e têm um impacto econômico geral de mais de US$ 200 bilhões, de acordo com a Dairy Delivers, ferramenta de impacto econômico da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA)", disse o presidente e CEO da IDFA, Michael Dykes.

Os membros da IDFA variam de empresas multinacionais a empresas familiares e, em conjunto, representam 85% do leite e outros produtos lácteos de consumo produzidos e comercializados nos EUA.

"Com os investimentos em treinamento e educação, ampliação dos programas de aprendizado e acesso aos programas de desenvolvimento de carreira que o presidente descreveu hoje, as empresas de produtos lácteos poderão continuar oferecendo oportunidades de emprego em milhares de comunidades rurais nos Estados Unidos".

Durante a reunião anual, Trump também divulgou os benefícios da nova lei de impostos federais para os agricultores americanos, incluindo a reforma do imposto estadual e a lei Waters of the US.

Estratégia incerta do NAFTA
Durante a reunião, Trump prometeu aos agricultores dos EUA que a administração faria um "acordo melhor" do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) e que a negociação de seus termos ainda está em andamento.

"Os comentários adicionais do presidente sobre o NAFTA hoje parecem indicar uma compreensão mais profunda da conexão crítica entre os acordos comerciais e a comunidade agrícola", disse Dykes.

A indústria de lácteos dos EUA apoiou fortemente a preservação do NAFTA, um acordo que mais que quadruplicou as exportação de produtos lácteos para o México, correspondendo a US$ 5 milhões adicionais, de acordo com a Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC). Seu relacionamento comercial com o Canadá tem sido muito mais tenso, no entanto, à medida que os EUA exigiram que seu vizinho do extremo norte finalizasse seu sistema de gestão da cadeia de fornecimento para produtos lácteos que tem aumentado as tarifas dos produtos lácteos dos EUA.

"Mas pense nisso: quando o México está fazendo todo esse dinheiro, quando o Canadá está fazendo todo esse dinheiro, não é a negociação mais fácil. Mas vamos fazer o que for justo para vocês de novo", disse Trump. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Em novembro, exportações de lácteos dos EUA alcançaram volumes mais altos em um ano

As exportações de produtos lácteos dos EUA em novembro foram as mais altas em mais de um ano, estimuladas pelo recorde de vendas de produtos de soro de leite, fortes vendas de queijo e leite em pó e melhora dos volumes de gorduras. Os fornecedores enviaram 173.269 toneladas de leite em pó, queijo, manteiga, soro do leite e lactose em novembro, 6% a mais que o ano anterior e o maior volume total desde outubro de 2016. As exportações dos EUA foram avaliadas em US$ 474 milhões, um aumento de 8%. As exportações totais de soro totalizaram 50.590 toneladas, um aumento de 10% com relação ao ano anterior. As vendas para o Sudeste Asiático (+ 22%) e a China foram as mais altas do ano, embora o total da China ainda tenha sido tímido no ano passado (-7%). As vendas para a Coreia do Sul (+ 34%) e Japão (+ 78%) também foram fortes.

 

As exportações de soro de leite modificado cresceram 18% em novembro (lideradas por fortes vendas para a China), enquanto as remessas de soro de leite desidratado aumentaram 15% (lideradas pela China e Sudeste Asiático) e as exportações da proteína do soro do leite concentrada cresceram 7% (boas vendas para o Sudeste Asiático, mas compensadas por menores vendas para a China). A proteína do soro do leite isolada foi a que teve resultados mais diferentes da categoria, ficando em 23% a menos que no ano anterior. Os fornecedores desse produto registraram vendas recordes ao Japão, mas uma queda nas vendas para China, Canadá e União Europeia. As exportações de queijo foram de 29.284 toneladas em novembro, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. As vendas para a Austrália foram mais do que o triplo do volume do ano anterior, e as vendas para o Oriente Médio/África do Norte (MENA) e para o Sudeste da Ásia mais do que duplicaram. Enquanto isso, as exportações para o México e a Coreia do Sul se mantiveram estáveis, e o Japão registrou o menor volume em 10 meses.

As exportações de leite em pó desnatado em novembro foram de 55.044 toneladas, maior volume desde maio, embora ainda 1% menor em relação ao forte volume do ano passado. Em novembro, as vendas para o Paquistão aumentaram em quase quatro vezes e as vendas para a região MENA (Médio Oriente Norte da África) mais do que duplicaram em relação ao ano anterior. As exportações para o México e a China também foram maiores. No entanto, as vendas para o Sudeste Asiático - Filipinas e Vietnã, em particular - continuaram caindo (-26% com relação ao ano anterior).

As exportações de gorduras do leite (butterfat) foram de 3.590 toneladas em novembro, 39% maiores e o maior volume em quase dois anos. As vendas para a região MENA (principalmente Arábia Saudita, Egito e Marrocos) foram quase o triplo do ano anterior. As vendas para o México também foram maiores. As exportações de lactose permaneceram estáveis com relação ao mês anterior. Os volumes de novembro diminuíram um pouco em relação ao ano passado, com vendas mais fortes para o Sudeste Asiático, compensando um declínio nos embarques para a Nova Zelândia.

As exportações de leite/creme caíram 38% em novembro, com queda acentuada nas vendas para o Canadá (-82%). No quarto trimestre de 2016, o Canadá comprou mais de 20 mil litros, um volume não alcançado em 2017. Em contraste, os embarques para o México aumentaram 72%. Na base de sólidos totais do leite, as exportações dos EUA foram equivalentes a 16,1% da produção de leite dos EUA em novembro, a porcentagem mais alta desde outubro de 2016. As importações foram equivalentes a 3,5% da produção. Nos primeiros 11 meses de 2017, as exportações representaram 14,5% da produção sólidos do leite. (As informações de Alan Levitt, vice-presidente de comunicações e analista de mercado do Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC).)

 

Nestlé Inova com Molico + Proteína na Versão UHT
Lançamento - A Nestlé lança no mercado o Molico +Proteína, leite Zero Lactose que oferece 10g de proteína por copo de 200ml, o que representa 50% mais proteína, quando comparado ao UHT Zero Lactose da própria marca. Além disso, segundo a empresa, o produto é rico em cálcio e nas vitaminas D, C e K. Disponível na versão desnatado, Molico +Proteína já está sendo distribuído nas redes varejistas do país com preço médio sugerido de R$ 7,49. Recentemente, a Nestlé também lançou o achocolatado NESCAU® Protein+, que une 13g de proteínas e zero adição de açúcares. (Giro News)
 

Porto Alegre, 12 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.654

 

Feiras internacionais do agronegócio terão a presença do Pavilhão Brasil em 2018

O governo brasileiro continuará com forte presença em feiras internacionais do agronegócio em 2018. A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) coordenará a participação brasileira em importantes feiras, como a Food and Hotel Asia (abril), em Cingapura; Food and Hotel Seoul (maio), na Coreia do Sul; Sial Canadá (maio);  Saitex (junho), na África do Sul, e; Iran Agro Food (junho), no Irã.

De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, "a promoção comercial cria oportunidades concretas de negócio e é um instrumento fundamental para ampliar a participação do Brasil no comércio global do agronegócio."

A atuação brasileira nesses eventos é tratada no Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio da secretaria juntamente com equipe do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Mapa e MRE são responsáveis pelos custos da contratação de espaço nas feiras, de recepcionistas bilíngues, montagem dos estandes e confecção de catálogo do Pavilhão Brasil. Cada empresa participante arca com suas despesas específicas (passagens aéreas, hospedagem, alimentação, etc.) e pelos custos do envio de amostras.

A participação de empresas brasileiras nas feiras é oportunidade para a realização de negócios e para a abertura de novas fronteiras do agronegócio brasileiro, aumentando, assim, o fluxo de comércio na região onde o evento se realiza.

Empresas interessados em participar como expositoras no Pavilhão Brasil devem acompanhar as informações e inscrições das feiras no site do Mapa.

Confira a relação de feiras  que terão a presença do Brasil:

Food and Hotel Asia 2018 - Cingapura
Data: 24 a 27 de abril de 2018
Local: Cingapura 
Inscrições: até 22 de janeiro de 2018
Com 40 anos de experiência, a Food and Hotel Asia se estabeleceu como um eixo global de suprimento de alimentos e bebidas para compradores na região, tornando-se oportunidade para esse setor do agronegócio brasileiro. Em 2018, a exposição será a maior já realizada e apresentará uma seleção de produtos mais abrangente, provenientes de aproximadamente 70 países.

Seoul Food and Hotel 2018 - Coreia do Sul
Data: 01 a 04 de maio de 2018
Local: Seul, Coreia do Sul 
Inscrições: até 29 de janeiro de 2018
A feira proporciona às empresas participantes oportunidade de se encontrarem com importadores, distribuidores, compradores da indústria de varejo, catering e hotelaria de toda a Coreia do Sul. Considerado um país de gostos refinados e diversificados, a Coreia do Sul é uma das nações mais importantes da Ásia por lançar produtos inovadores com foco em exportação para todo o continente asiático.

SIAL Canada 2018
Data: 02 a 04 de maio de 2018
Local: Montreal, Canadá 
Inscrições: até 30 de janeiro de 2018
A SIAL não é apenas a chave para a indústria de alimentos canadense, mas também é uma entrada privilegiada para o mercado norte-americano e internacional. É o único evento no Canadá com mais de 850 expositores nacionais e internacionais de aproximadamente 50 países, recebendo mais de 15 mil compradores de mais de 60 países.

Saitex 2018 
Data: 24 a 26 de junho de 2018
Local: Joanesburgo, África do Sul 
Inscrições: até 24 de março de 2018
Em 2017, o evento reuniu 320 expositores de mais de 25 países, sendo considerado o ponto de encontro mais importante para fornecedores e compradores de produtos internacionais no continente africano. A feira oferece oportunidade de encontrar agentes e distribuidores internacionais, conhecer novos produtos, além de propiciar parcerias comerciais.

Iran Agro Food 2018 
Data: 24 a 27 de junho de 2018
Local: Teerã, Irã 
Inscrições: até 24 de março de 2018
A Iran Agro Food é a principal feira do setor agrícola realizada no Irã. Em 2018, o evento completa 25 anos como principal ponto de negócios e de importantes contatos comerciais de todo o mundo. A feira oferece uma plataforma de negócios ideal tanto para exportadores estrangeiros quanto para importadores iranianos. (MAPA)

Valio pagará bônus por leite produzido de forma responsável

O bem-estar dos animais na produção de leite é importante não só como uma questão de ética, mas também em termos econômicos, disse a Valio.

Desde primeiro de janeiro de 2018, a empresa finlandesa de produtos lácteos, Valio, está pagando um centavo extra por litro para os produtores que comprovaram à empresa que estão comprometidos com a produção de produtos lácteos responsáveis. A Valio disse que o "bônus de responsabilidade" está sendo pago aos fornecedores que se comprometem com várias medidas para promover o bem-estar dos animais, como os cuidados de saúde planejados para os animais.

A empresa disse que cerca de 80% das fazendas de leite da Valio são cobertas pelas reformas e o objetivo é ter todas as fazendas incluídas até 2020. Juha Nousiainen, diretor de serviços agrícolas da Valio, disse que a empresa ficou impressionada por tantos produtores de leite em toda a Finlândia estarem comprometidos com as mudanças. "Cerca de 4.600 das 5.800 fazendas leiteiras no grupo Valio já estão seguindo as novas diretrizes", disse Nousiainen.

"Continuaremos a fornecer treinamento local e esperamos que muito mais fazendas participem do programa este ano. O bem-estar dos animais é cada vez mais importante para os consumidores. A produção responsável é absolutamente essencial para garantir a produção ética de leite e para garantir que os produtos lácteos permaneçam atraentes para os consumidores".

Visitas regulares do veterinário
Um dos benefícios da melhoria do bem-estar animal é que todos os animais em fazendas leiteiras são cobertos por cuidados de saúde planejados e todos os animais estão incluídos no registro centralizado de cuidados de saúde para gado bovino finlandês (Naseva). Isso garante que um veterinário visite a fazenda pelo menos uma vez por ano para avaliar a saúde e o bem-estar das vacas.

Os dados são comparáveis entre diferentes fazendas. Para receber o bônus de responsabilidade, cada fazenda leiteira também deve implementar o monitoramento regular da condição dos cascos. Eles também devem garantir o alívio da dor e que sedativos são administrados aos bezerros como parte da descorna e que o procedimento é realizado sob a supervisão de um veterinário. Isso tem sido prática padrão na maioria das fazendas.

De acordo com as diretrizes de produção, cada novo galpão deve ser um free-stall e estruturado de uma maneira que as vacas possam livremente passar tempo ao ar livre ou pastar. Atualmente, cerca de 55% das vacas nas fazendas da Valio são criadas nesse tipo de instalação. A Valio também exige que os alimentos dos animais sejam livres de soja e organismos geneticamente modificados (OGMs).

Vacas mais saudáveis da União Europeia 
Vesa Kaunisto, presidente da Valio, disse que as vacas finlandesas já são as mais saudáveis da União Europeia. "Usamos muito pouco antibiótico em comparação com outros países da UE". 

O bem-estar dos animais na produção de leite é importante não só como uma questão de ética, mas também em termos econômicos, disse a Valio. (Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Uruguai: fazendas leiteiras quase quintuplicaram endividamento em sete anos

Entre 2010 e 2017, as fazendas leiteiras quase quintuplicaram seu endividamento total e as plantas de processamento quase triplicaram, de acordo com os dados apresentados no anuário de 2017 do Escritório de Programação e Políticas Agrícolas (OPYPA) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas (MGAP) do Uruguai.

Em setembro de 2017, o endividamento dos produtores de leite com os bancos atingiu US$ 333 milhões, 48% do volume de negócios estimado para 2017, enquanto em 2010 o endividamento foi de US$ 71 milhões. A morosidade - créditos vencidos em relação aos créditos totais - permaneceu em 3%, de acordo com a publicação.

Parte do endividamento dos produtores corresponde ao Fundo para o Financiamento e Desenvolvimento Sustentável de Atividades Lácteas (FFDSAL) por US$ 78,8 milhões, dos quais US$ 11,6 milhões foram pagos até outubro, explica o relatório do setor.

O faturamento dos produtores de leite - com base na captação e no preço médio pago ao produtor - passou de US$ 497 milhões em 2010 para US$ 693 milhões em 2017 (valor estimado). Em 2010, o endividamento representou 14% do volume de negócios total, enquanto este ano representou 48% do faturamento estimado.

Preocupações com o endividamento industrial
Na fase industrial, a variação interanual da dívida bancária é de 17%, atingindo US$ 223 milhões. A morosidade na fase industrial tem crescido, representando 16% do total de empréstimos até setembro. Em 2010, o endividamento total do setor de lácteos foi de US$ 74 milhões. "A nível industrial, a situação da dívida de algumas empresas é preocupante e a inadimplência já é importante: 16% do total de empréstimos a partir de setembro de 2017 estavam vencidos", disse a Opypa. (As informações são do http://www.lecheriauy.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Ramiro Iturralde, integrante da equipe do Laboratório do INTI-Química assegurou: "Os resultados preliminares mostram os efeitos da enzima adicionada, comparada com o queijo Sardo sem adição de enzimas e, efetivamente, houve redução do tempo de maturação dos queijos analisados". A análise sensorial não apresentou diferenças significativas com a maturação de 20 ou 45 dias. "A matéria gorda, a umidade e o perfil não apresentaram diferenças significativas, e a aparência foi adequada tanto na maturação de 20 ou 45 dias", explicou Iturralde.

O uso do complexo enzimático Flavourzyme® encapsulado pode ser uma alternativa viável para acelerar a etapa da maturação já que os queijos testados apresentaram bom desempenho. (Portalechero - Tradução Livre: Terra Viva)

Em 2017, os custos de produção registram queda de -3,97%
ICPLeite/Embrapa - Após cinco meses consecutivos de alta, o custo de produção de leite registrou deflação em Dezembro. A variação do preço dos insumos em relação a Novembro foi de -0,07% no preço dos insumos, de acordo com o Índice de Custos de Produção de Leite - ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O grupo Energia e combustível foi o que apresentou maior queda (-3,10%), ocasionado pela mudança de categoria tarifária da energia elétrica. Apresentaram queda também os grupos Sanidade, -0,79% e Qualidade do leite, 0,29%. Os grupos Reprodução e Mão de obra mantiveram preços inalterados. Os demais grupos apresentaram variações positivas: Concentrado, 0,09%, Sal mineral, 0,16% e Produção e compra de volumosos, 0,56%. Mais Informações (Embrapa)

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou que o ICMS do leite UHT, por se tratar de um item da cesta básica, será de 7% sobre a saída do produto da indústria para o varejo em operações dentro do Estado. O esclarecimento foi feito na manhã desta quinta-feira (11/01), em reunião com o secretário-adjunto da Fazenda, Luis Antônio Bins, e com o auditor-fiscal Paulo Amando Cestari, sub-secretário-adjunto da Receita Estadual.

“Isso acaba impactando menos ao consumidor”, destaca o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, que participou da reunião. Na ocasião, a Sefaz explicou que a queda dos 18% previstos inicialmente para os atuais 7% deve-se à redução da base de cálculo pelo qual passa o leite UHT por ser um item da cesta básica.

Segundo Palharini, as empresas que destacaram 18% devem fazer o ajuste e comunicado para os supermercados ou atacadistas. O consultor tributário Vinícius Barth Segala, que assessorou juridicamente o Sindilat e também participou da reunião, explica que o crédito presumido, que antes era de 15%, também acompanha a redução, ficando em 5,83% sobre a saída do leite UHT da indústria para o varejo dentro do Estado. 

Confira as notas publicadas no site da Sefaz e do Governo do Estado

Em relação aos estoques dos supermercados em 31 de dezembro de 2017, quando o produto era isento de tributação, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ainda não tem uma definição sobre o crédito presumido.

Istock/VladimirFLoyd

Porto Alegre, 11 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.653

 

Tributação do leite UHT será de 7%, esclarece a Secretaria da Fazenda

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou que o ICMS do leite UHT, por se tratar de um item da cesta básica, será de 7% sobre a saída do produto da indústria para o varejo em operações dentro do Estado. O esclarecimento foi feito na manhã desta quinta-feira (11/01), em reunião com o secretário-adjunto da Fazenda, Luis Antônio Bins, e com o auditor-fiscal Paulo Amando Cestari, sub-secretário-adjunto da Receita Estadual.

"Isso acaba impactando menos ao consumidor", destaca o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, que participou da reunião. Na ocasião, a Sefaz explicou que a queda dos 18% previstos inicialmente para os atuais 7% deve-se à redução da base de cálculo pelo qual passa o leite UHT por ser um item da cesta básica.

Segundo Palharini, as empresas que destacaram 18% devem fazer o ajuste e comunicado para os supermercados ou atacadistas. O consultor tributário Vinícius Barth Segala, que assessorou juridicamente o Sindilat e também participou da reunião, explica que o crédito presumido, que antes era de 15%, também acompanha a redução, ficando em 5,83% sobre a saída do leite UHT da indústria para o varejo dentro do Estado.

Em relação aos estoques dos supermercados em 31 de dezembro de 2017, quando o produto era isento de tributação, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ainda não tem uma definição sobre o crédito presumido. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Desempenho do mercado futuro (FMP) - dezembro de 2017

Preços/UE - Em dezembro houve a continuação da tendência de queda nos preços dos produtos lácteos, tanto nos mercados físicos, como nos futuros. O preço da manteiga no mercado físico caiu diante da retração das compras no varejo, contraindo também as compras futuras. O preço do leite em pó desnatado (SMP) continuou pressionado pela oferta. A média do preço do leite (EU AMPE)1 também teve queda de 6% em relação ao mês anterior. A média da cotação do leite no mercado futuro (FMPE)2 acompanhou o mercado físico e teve queda similar, de 7%. Os contratos de abril de 2018 para manteiga e SMP caíram na primeira metade de dezembro, mas, permaneceram estáveis nos feriados.

1 AMPE - Índice do preço do leite pago no mês, em centavos de euros/litro.
2 FMPE - Índice do preço do leite futuro projetado para 4 meses na frente, em centavos de euros/litro.
 

O indicador FMP de dezembro permaneceu negativo, mas, similar ao mês anterior, sugerindo que a expectativa é de que ocorram novas quedas dos produtos na primavera. Em dezembro houve nova redução nos preços da maioria dos produtos lácteos no atacado, uma situação sazonal típica e uma reação ao aumento da produção de leite na maior parte da Europa. O fim das compras com o início das férias, combinado com a desaceleração antecipada da demanda em decorrência da previsão de preços mais baixos no ano novo, serviram para pressionar o mercado de commodities. Os preços da manteiga na UE caíram ainda mais em dezembro, mas ainda são elevados em relação ao início do ano. O fim da elevação da demanda devido aos feriados de fim de ano desacelerou as compras no varejo. Os contratos futuros também ficaram em espera, aguardando sinais sobre as tendências do ano novo. Os preços do leite em pó continuam caindo diante do aumento da oferta. A média de preços dos queijos também caiu, para todos os tipos, exceto o Emmental, que subiu ligeiramente, em dezembro. ((AHDB - Tradução Livre: Terra Viva)

 

LEITE/CEPEA: O que esperar para 2018?

Leite Cepea - Certamente 2017 será lembrado como um ano difícil para a pecuária leiteira, visto que foi marcado pela grande volatilidade dos preços ao produtor, que chegaram, no último trimestre, aos menores patamares dos últimos cinco anos (valores reais deflacionados pelo IPCA dez/17), segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Para 2018, o cenário deve ser mais positivo, pois alguns fatores sinalizam a diminuição do desequilíbrio entre demanda e oferta, o grande "vilão" de 2017. Do lado da demanda, as perspectivas de recuperação da atividade econômica devem melhorar as vendas. A taxa de juros e a inflação devem continuar em queda e o PIB deve crescer entre 2% e 3%, segundo o último Boletim Focus. Nesse cenário, espera-se a contínua melhora da taxa de emprego e do consumo interno. Conforme apontam pesquisadores do Cepea, a demanda por lácteos, especialmente iogurtes e queijos (com exceção do leite longa-vida), é elástica à renda - ou seja, o consumo aumenta à medida que o poder de compra se eleva.

No que se refere à oferta, o crescimento da produção em 2018 deve ser menor do que o observado em 2017. Algumas projeções do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) indicam que a produção de leite deve crescer a uma taxa anual entre 2,1% e 3% nos próximos 10 anos, mas a difícil crise enfrentada pelo setor em 2017 pode ser fator de grande desestímulo. A queda drástica dos preços no segundo semestre de 2017 prejudicou as margens dos produtores e, para uma parcela mais vulnerável, estimulou o abate de vacas, a mudança de padrão genético do rebanho e a cria de bezerros para uma gradual transição para o mercado de corte. Para outra parcela, a menor receita se traduziu em diminuição dos investimentos direcionados à produção (como postergar a reforma das pastagens), o que pode resultar na perda de volume e da qualidade da produção em 2018. Além disso, o custo do concentrado, principal insumo da atividade, pode ser um pouco mais elevado por conta dos preços do milho. Os baixos preços do cereal na safra 2016/17 devem reduzir a produção deste ano, que, segundo a Conab, deve cair 4,7%. Apesar dessa diminuição, o alto estoque de passagem deve manter elevada a disponibilidade interna do cereal, impedindo grandes oscilações de preços. Mesmo assim, é importante destacar que o consumo de milho deve continuar em alta - no mercado internacional, inclusive, a perspectiva é de estoques menores. Todos esses fatores indicam que a expansão da capacidade produtiva de leite deve ser limitada em 2018, o que pode refletir em preços mais elevados tanto para o produtor quanto para a indústria.

Ao mesmo tempo, é necessário observar também que a produção mundial de leite deve aumentar em relação a 2017, impulsionada pelos preços dos lácteos mais elevados no último ano. Dessa forma, os valores no mercado internacional devem ficar ligeiramente menores. Se a taxa de câmbio permanecer estável, é possível que, nesse cenário de menor produção interna e recuperação do consumo, as importações de lácteos voltem a crescer em 2018. Ainda que esses fatores despontem como possibilidades para 2018, não é possível ignorar as instabilidades e incertezas relacionadas à próxima eleição presidencial. Além disso, o La Niña pode ocorrer neste início do ano, podendo reduzir as chuvas, principalmente no Sul/Sudeste. Diante disso, cautela é sempre necessária para definir investimentos. No entanto, operar com o menor nível de investimento possível só aumenta a vulnerabilidade frente às pressões de mercado, eventos climáticos extremos e depreciação dos fatores produtivos. Assim, é importante saber onde, como e o motivo de investir, focando na maximização da eficiência produtiva.

O conhecimento sobre os indicadores internos da fazenda técnicos e financeiros são de extrema importância na priorização desses investimentos. Com os números em mãos, o estabelecimento de metas e o planejamento para alcançá-las se torna possível. Os produtores que trabalham constantemente com o intuito de obter indicadores, como taxa de mortalidade pré-desmama abaixo de 3%, intervalo entre partos de 12 a 14 meses e 80% de vacas do rebanho em lactação, são mais eficientes em relação à média nacional. Certamente, eles vão obter resultados financeiros melhores e estão menos propensos a abandonar a atividade leiteira. Os baixos preços em 2017 mostraram as fragilidades da cadeia láctea brasileira, mas também provaram que os produtores que se mantiveram na atividade direcionaram seus negócios com foco em margem e não em preços. Isso envolve ser eficiente. Só assim é possível ao pecuarista estar atento às oscilações do presente e ter tempo hábil para reorganizar o seu planejamento de médio e longo prazos. (Cepea)

Merenda: compra de queijo minas terá gasto final de R$ 1,15 milhão pela Prefeitura de Taubaté/SP
Em 12 meses, serão adquiridas 28,875 toneladas de queijo minas padrão e 28,875 toneladas de queijo minas frescal. Ambos serão adquiridos da Comevap. O governo Ortiz Junior (PSDB) deve gastar R$ 1,15 milhão nos próximos 12 meses para comprar queijo minas para atendimento da alimentação escolar. Nesse período, devem ser adquiridas 28,875 toneladas de queijo minas padrão e 28,875 toneladas de queijo minas frescal. O quilo do queijo frescal custará R$ 16,50. O do padrão, R$ 23,50. Ambos serão adquiridos da Comevap. A prefeitura pretendia comprar mais 19,25 toneladas de queijo, o que poderia elevar o contrato para R$ 1,617 milhão, mas os lotes da licitação destinados para microempresas não tiveram interessados. Alimentação - Segundo o edital, os produtos serão distribuídos em 124 unidades de ensino da rede municipal. Segundo a prefeitura, "a inserção dos queijos no cotidiano da vida escolar visa à suplementação nutricional dos cardápios", e o produto "é uma importante fonte de proteínas, minerais (cálcio, zinco, selênio, potássio, fósforo), e vitaminas (A e B)". O governo Ortiz sustenta que desde seu início, em 2013, busca inserir novos produtos nas escolas para promover uma alimentação saudável. Os queijos devem ser servidos no desjejum e no lanche da tarde. Como a compra do queijo é uma aposta nova, a aquisição não estava prevista no contrato da merenda escolar, que foi assinado em julho de 2013 e custa, atualmente, R$ 30,666 milhões a cada 12 meses.( Gazeta de Taubaté) 
 

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.652

 

SOMBRA PARA A PECUÁRIA

Não é de hoje que o carrapato tira o sono dos pecuaristas gaúchos. Mas o crescimento da resistência aos produtos usados e a falta de frio no inverno estão criando ambiente ainda mais propício para o desenvolvimento do parasita. E aumentam a pressão por soluções.

- Nos últimos 20 anos, as drogas lançadas estão falhando, e não temos tido mais invernos como no passado. O pecuarista está vivendo com o problema de ter muito carrapato no campo e não ter produto para combater - afirma Ivo Kohek Junior, coordenador do serviços de doenças parasitárias da Secretaria da Agricultura e do grupo técnico de carrapato e tristeza parasitária.

O carrapato pode causar a tristeza parasitária, principal causa de morte no rebanho bovino do Estado - as estimativas são de cem mil animais por ano. E há os prejuízos econômicos: mais de R$ 350 milhões. - Isso está inviabilizando a pecuária do Rio Grande do Sul - lamenta Paulo Conceição, com propriedade em Herval, no Sul.

Uma das ferramentas que podem ajudar tem nome complicado. É o biocarrapaticidograma, análise que permite saber qual produto tem maior eficácia. Outra opção é a premunição - espécie de imunização, que ainda esbarra em dificuldades de industrialização e no pós-venda, afirma Kohek. (Zero hora)

 

Tecnologia coreana inovadora chega ao Brasil para auxiliar na expansão da bovinocultura

Sensores inseridos em bio-cápsulas são a tendência do mercado global que chega ao Brasil. O controle reprodutivo e sanitário dos rebanhos brasileiros passa a contar com uma nova e avançada tecnologia originária da Coreia do Sul. Sensores inseridos em bio-cápsulas são a tendência do mercado global que chega ao Brasil. A fazenda Santa Rita, localizada no interior de Erval Velho, no meio oeste catarinense, foi a segunda propriedade a ter essa tecnologia no País. 

Vinte bovinos de corte da raça Red Angus receberam a bio-cápsula e serão permanentemente monitorados tanto pelo produtor quanto pela empresa Live Care, que desenvolveu a tecnologia. O proprietário da fazenda e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) José Zeferino Pedrozo considera que os avanços tecnológicos são excelentes suportes para o desenvolvimento da bovinocultura, assim como de outras cadeias produtivas.

As bio-cápsulas são inseridas por via oral no estômago dos ruminantes e capturam dados de temperatura do corpo, ciclos diários de líquido. "Esses dados são enviados para uma caixa de coleta em tempo real, ou seja, o produtor consegue acessar essas informações em qualquer lugar por meio da web ou do aplicativo", explica o responsável pela Live Care no Brasil.

Os dados são atualizados mais de 300 vezes ao dia, permitindo que o criador compreenda melhor o tempo de inseminação após o cio além de auxiliar na prevenção de possíveis acidentes de parto. O serviço, disponibilizado pela Live Care em vários países, envia notificações por meio de um alarme ou mensagem quando identifica alguma anormalidade.

O produto utilizado na fabricação das bio-cápsulas é proveniente da cana de açúcar, não é tóxico e permanece no estômago do animal de seis a sete anos com total segurança. "Foram mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento com mais de três milhões de dados comparativos, garantindo um alto nível de confiabilidade e detecta a anomalia de imediato, evitando possíveis epidemias no rebanho com total controle dos animais", complementa o diretor.

O sistema chegou recentemente ao Brasil e encontra-se em período de teste em apenas duas propriedades. "Ainda não temos como mensurar quais recursos serão necessárias, isso varia de acordo com a realidade de cada propriedade, mas os investimentos feitos são por mensalidade justamente para facilitar o acesso aos produtores rurais", observa diretor da Live Care. 

Pedrozo avalia que os dados emitidos pelo sistema são parâmetros importantes para o monitoramento da saúde e da reprodução do rebanho. O presidente ressalta que em território barriga-verde, de acordo com dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), a bovinocultura está presente em 291 municípios (98,6% do total). 

O rebanho distribui-se em 78.729 produtores, dos quais 35.713 (45,36%) com finalidade comercial e 43.016 (54,64%) sem finalidade comercial. Embora o Estado seja mais conhecido pela produção de leite do que de carne, há predomínio de animais de corte: 51,4% possuem aptidão para corte, 34,7% aptidão para leite, 13,75% aptidão mista. "O acesso a essas informações representa redução de perdas e retorno positivo aos produtores rurais. As novas tecnologias surgem como propulsoras do agronegócio", finaliza. (FAESC)

 
Poder de compra do leite continua em recuperação

Preços/Uruguai - O percentual de aumento no preço do leite ao produtor foi decisivo para que o poder de compra do leite esteja se recuperando nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale). No outro prato da balança, os custos aumentaram menos. A baixa ocorreu no preço dos concentrados que os produtores fornecem para as vacas como suplementação alimentar, mas, também na mão de obra assalariada, no preço das sementes e dos fertilizantes, e na contratação de máquinas.

Indicadores chaves
- Poder de compra - Em pesos, cresceu 2% em novembro, em relação a dezembro de 2016

- Preço do leite - Em pesos, aumentou 6% em novembro, em relação a dezembro de 2016

- Custos de produção - Em pesos, aumentaram em novembro, em relação a dezembro de 2016

- Em 12 meses - Em novembro de 2017, o poder de compra do leite teve incremento de 4% com o aumento de 7% no preço do leite ao produtor, e custo menor, 3%. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

Seca na Nova Zelândia - Ajuda para o setor lácteo da Argentina?
Leite/AR - Não apenas os produtores de grãos da Argentina estão temerosos com o impacto da seca: o fenômeno também está presente na Nova Zelândia, um dos principais produtores mundiais de leite, o que, em princípio, pode significar boas notícias para os produtores de leite e a indústria da Argentina. Segundo um artigo da imprensa italiana, divulgado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), a multinacional Fonterra, que regularmente realiza leilões nos quais se estabelece o preço mundial de referência para os lácteos, revisou para menos as expectativas de produção da Nova Zelândia. Nestas circunstâncias, espera-se que a cotação internacional do leite em pó aumente, diante de uma redução da oferta. Contexto: Na primeira metade da temporada, de junho a novembro, a produção de leite da Nova Zelândia cresceu 1,85%; agora a Fonterra prevê redução de 3%, devido às atuais condições de seca que afeta, negativamente, a qualidade dos pastos."Na primeira semana de 2018, os preços do leite em pó integral se fortaleceram, revertendo a fraca tendência de preços do final de 2017. O aumento reflete as projeções da Fonterra de menor produção de leite e o anúncio de menor oferta de leite em pó integral", diz a Ocla. (Agrovoz - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 09 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.651

 

EUA - Os volumes exportados foram os maiores em mais de um ano

Exportações/EUA - Dados do comércio mostram recorde de vendas de soro, fortes vendas de queijo e leite em pó, e melhora no volume de manteiga. Foram embarcadas 173.269 toneladas de leite em pó, queijos, manteiga, soro de leite e lactose, em novembro, 6% a mais que um ano atrás e foi o maior volume desde outubro de 2016. Em valores as exportações norte-americanas subiram 8%, atingindo US$ 474 milhões.

As exportações de soro de leite foram recordes, 50.590 toneladas, crescimento de 10% em relação ao ano anterior. As vendas para o Sudeste Asiático (+22%) e para a China foram as mais altas do ano, embora o total para os chineses tenha sido tímido em relação ao ano passado (-7%). Os embarques para a Coréia do Sul (+34%), e Japão (+78%) também foram fortes.

 

As exportações de soro modificado subiram 18% em novembro (impulsionadas pelas fortes vendas para a China), enquanto os embarques de soro de leite em pó que subiram 15% (com destino ao Sudeste Asiático e também China). A exportação de WPC (Proteína Concentrada de Soro) aumentou 7% (graças às vendas para o Sudeste Asiático). A WPI (Proteína Isolada de Soro) foi destinada às vendas recordes para o Japão, embora tenham caído as remessas para a China, Canadá, e União Europeia.

As exportações de queijo totalizaram 29.284 toneladas em novembro, 17% a mais que no ano anterior. Embarques para a Austrália triplicaram em relação ao ano passado, em volume e as vendas tanto para o MENA (Oriente Médio/Norte da África, sigla em inglês) e Sudeste Asiático mais que dobraram. Enquanto isso, as exportações para o México e Coréia do Sul ficaram estáveis, e o Japão apresentou o 10º mês de baixa.

 

As exportações de NDM/SMP (leite seco desengordurado/leite em pó desnatado) atingiram 55.044 toneladas, o maior volume desde maio, ainda que tenha ficado 1% abaixo do forte volume de um ano atrás. Em novembro, as vendas para o Paquistão cresceram quase quatro vezes e os embarques para a região do MENA mais que dobraram em comparação com o ano passado. As exportações para o México e China também foram altas. No entanto, os carregamentos para o Sudeste da Ásia _ Filipinas e Vietnã, em particular - despencaram 26% na comparação anual.

As exportações de manteiga chegaram a 3.590 toneladas em novembro, elevação de 39% e o maior volume em quase dois anos. Os carregamentos para a região do MENA (mais, Arábia Saudita, Egito e Marrocos) foram quase o triplo do volume de um ano atrás. As vendas para o México também foram elevadas.

A exportação de lactose permaneceu estável na comparação mensal. Os volumes em novembro caíram bastante em relação ao ano passado, quando as vendas para o Sudeste Asiático tinham sido muito grandes, para compensar o declínio dos embarques da Nova Zelândia.

As exportações de leite fluido/creme caíram 38% em novembro, com a brusca queda de vendas para o Canadá (-82%). No quarto trimestre de 2016 as vendas foram mais de 20.000 litros, volume que nem chegou perto em 2017. Ocorreu o oposto com os embarques para o México, que cresceram 72%. Em termos de sólidos totais do leite, as exportações norte-americanas foram equivalentes a 16,1% da produção de leite do país em novembro, o maior percentual desde outubro de 2016. As importações foram equivalentes a 3,5% da produção, e, as exportações nos primeiros 11 meses de 2017 representaram 14,5% dos sólidos totais produzidos. (Usdec - Tradução Livre: Terra Viva)

Argentina: pequenas e médias empresas de lácteos desenvolvem sua própria marca

A Associação das Pequenas e Médias Empresas de Lácteos da Argentina (Apymel) registrou a marca Argendairy - que estão desenvolvendo - e na qual diferentes empresas participarão para melhorar os custos e ganhar ou consolidar mercados.

A oportunidade de expandir a demanda é apresentada pelo retorno da Argentina ao sistema de preferências dos Estados Unidos, que beneficia 500 produtos, incluindo queijos. Até agora, os queijos argentinos tinham uma cota de 6 toneladas com tarifas preferenciais para exportar para os Estados Unidos. Com a reentrada no Sistema de Preferências Generalizadas (GSP) são 8 mil toneladas. "As possibilidades estão se ampliando e isso sempre é bom; há algumas poucas pequenas e médias empresas produtoras que enviam queijos duros", disse Javier Baudino, da Apymel.

Com a Argendairy, a associação, que reúne 160 empresas que processam cerca de 5 milhões de litros de leite por dia, está empenhada em consolidar a exportação de produtos lácteos. "Vamos armar um contêiner com queijos, doce de leite e alguns outros produtos e ganhar competitividade dessa maneira", disse o membro da Apymel.

A marca já tem uma história, porque há vários anos começou a desenvolver um cluster na província de Buenos Aires, mas depois não avançou. O objetivo agora é integrar empresas de todo o país, não haverá condições de tamanho, mas o cumprimento dos requisitos legais, como os regulamentos do Código Alimentar Argentino e as especificações do Senasa.

Baudino descreveu que eles visarão, além dos Estados Unidos, basicamente o Brasil, o Chile e, em menor medida, o Peru. "São mercados interessantes com preços que podem ser convenientes", disse ele.

Os produtos com as melhores possibilidades de exportação são os queijos duros (os mais suaves possuem mais exigências de conservação e logística) e o doce de leite. Enquanto isso, no país existem muito poucas pequenas e médias empresas que produzem manteiga e estão concentradas no mercado interno.

O mapa argentino dos produtores de leite é controlado em cerca de 60% por três empresas que processam entre 1,5 milhões e quatro milhões de litros de leite por dia. Sete administram entre 500.000 e um milhão de litros e 25% são de médio a grande porte. O resto (entre 10% e 15%) são as pequenas e médias empresas.

Baudino descreveu que, devido aos problemas que enfrenta, a Sancor deixou espaços nas gôndolas que permitiram o crescimento de várias pequenas e médias empresas no interior, especialmente na área de queijos duros. "Não estamos falando de substituir, porque eles são tamanhos muito diferentes e carteiras de produtos distintas, mas existem empresas que atingiram uma relevância importante."

Ele descreveu que os queijos duros das pequenas e médias empresas têm nichos de mercado, mas os seis meses de maturação que eles exigem são financiados com seus próprios fundos e isso geralmente é um problema para algumas empresas. "As exportações de produtos lácteos argentinos são excedentes que são enviados para sustentar o mercado interno. Com uma rentabilidade aceitável, podemos continuar evoluindo, porque hoje há mais volume de produção do que consumo, o que gerou uma perda de 20% do preço de fábrica e causou quebras". 

Como exemplo, ele ressaltou que a tonelada de leite em pó caiu de US$ 3.500 para US$ 2.800. "Os preços caem em dólares e os nossos custos internos aumentam em dólares, ao qual é adicionada uma taxa de câmbio não competitiva", afirmou. (As informações são do La Nación, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Volatilidade/Uruguai Previsão de "alta volatilidade" no mercado de lácteos

Técnica da Opypa aconselha "se preparar para gerir riscos". Por enquanto não se espera grandes mudanças nos preços dos lácteos em 2018.

"Altos níveis de volatilidade" e preços que não voltarão aos níveis do boom de 2014 obrigam a cadeia láctea a "se preparar para gerir riscos". Esta é a principal conclusão do trabalho Cadena láctea: situación y perspectivas, de Natalia Barboza Bacci, publicado no Anuário 2017 do Departamento de Política Agropecuária (Opypa, sigla em espanhol) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai. 

Em suas considerações finais sobre desafios e perspectivas, a economista destacou que "os preços internacionais se recuperaram depois de três anos com valores muito baixos", e "a produção local responde de maneira positiva a este sinal do mercado internacional".  

Barboza Bacci lembrou que a captação de leite pelas indústrias crescerá em torno de 6,5% em 2017, em relação ao ano anterior, o que coincide com os números do Inale.

Dívidas e produção
Sem dúvida, "a margem positiva atual ao nível dos produtores é insuficiente para compensar os dois anos passados de margens negativas. Em particular, existem dificuldades para cumprir com o pagamento de dívidas, ainda que o número de inadimplentes da cadeia primária ainda seja baixo: 3% dos créditos totais se encontravam vencidos em setembro de 2017".

A técnica da Opypa garantiu que "ao nível industrial, a situação das dívidas de algumas empresas é preocupante, e 16% dos créditos totais estavam em atraso no mês de setembro de 2017". Por outro lado, Barboza Bacci assegurou que "o mercado internacional se encontra equilibrado e não são esperadas grandes mudanças nos níveis de preços em 2018". Quanto à produção de leite dos principais atores, a tendência de 2017 foi de crescimento, em relação a 2016; Nova Zelândia (+0,5%); Austrália (+3%); União Europeia (+0,6%); e Estados Unidos, 1,7%. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

PIB do agronegócio 
O ano de 2018 já começa com um grande desafio para o setor do agronegócio brasileiro: aproximar-se, mesmo que de forma tímida, dos resultados obtidos em 2017. Em meio a uma economia ainda caducante, o PIB do setor acumula nos três primeiros trimestres do ano passado alta de 14,5%. Para este ano, no entanto, as previsões de mercado são de um desempenho entre 0,5% e 2%. (Cerrado Rural)