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17/01/2018

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.657

 

América Latina é mercado potencial no segmento de lácteos

Segundo o estudo 'Dairy in Latin America', da consultoria Euromonitor International, o consumo de lácteos na América Latina está significantemente atrás de outras regiões do globo. Com um consumo per capita de US$ 99, a população da América Latina gasta menos que a metade que a Europa Ocidental e América do Norte.

Segundo a gerente de pesquisa de alimentos embalados da Euromonitor International, Pinar Hosafçi, embora os leites e queijos façam parte da alimentação dos latino-americanos, a maioria dos países, particularmente nas áreas rurais, consomem os lácteos no formato artesanal ou não industrializado. "Isto apresenta tanto desafios quanto oportunidades para a indústria de alimentos embalados. A conveniência e a uma vida útil mais prolongada nas prateleiras são incentivos para os consumidores fazerem a troca pelos produtos industrializados. Contudo, as condições macroeconômicas difíceis colocam pressão nos custos e aumentam os desafios para as versões embaladas dos produtos", comenta Hosafçi.

Movimentando US$ 25 bilhões no varejo, o Brasil é o país líder na América Latina em relação ao consumo de lácteos, segundo dados da Euromonitor International. O mercado de lácteos brasileiro é ditado pelo consumo de leite, que representou 40% das vendas no varejo em 2017. Diferentemente do Brasil, o queijo é o produto lácteo mais consumido no México, Argentina, Chile e Colômbia. No México, as vendas de queijos ultrapassaram às de leite em 2013.

"Ao contrário dos mercados da Europa Ocidental e do Norte da África, onde as marcas próprias representam grande parte das vendas, o segmento lácteo na América Latina continua bastante fragmentado, sendo que as marcas próprias quase não possuem presença na região. No Brasil, um terço do mercado é dominado por pequenas empresas. Isso é quase o mesmo que as cinco maiores marcas representam. Contudo, consolidação está se tornando algo mais pronunciado, particularmente no Chile e Colômbia", comenta Hosafçi. (As informações são da Revista News)

Produção catarinense de leite aumenta 82% em dez anos

A produção de leite vem numa crescente em Santa Catarina. Em dez anos, o estado ampliou em 82% a sua capacidade produtiva, chegando a 3,1 bilhões de litros produzidos em 2016. No mesmo período, a produção brasileira aumentou em 32%. As expectativas são de um crescimento ainda maior para os próximos anos, focado principalmente no mercado externo.

De 2006 a 2016, Santa Catarina saltou de 1,7 bilhão de litros produzidos para 3,1 bilhão de litros - fazendo do estado o quarto maior produtor nacional de leite. E as estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) já apontam para uma produção ainda maior em 2017 - o estado pode ter produzido 3,4 bilhões de litros e o país a 35 bilhões de litros de leite.

O leite é a atividade agropecuária que mais cresce em Santa Catarina e envolve 45 mil produtores em diversos municípios do estado. A grande bacia leiteira catarinense é a região Oeste, que responde por 75% de todo leite produzido - quase 2,4 bilhões de litros. "O setor leiteiro é um grande destaque de Santa Catarina e vem passando por grandes transformações, com o investimento em pastagens, tecnologias e genética. Ainda temos muitos desafios pela frente para que o nosso leite seja competitivo para exportação", ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.

A produção catarinense é bem maior do que o consumo estadual, mais da metade da produção é destinada ao abastecimento de outros estados. A tendência é que a produção estadual continue crescendo nos próximos anos, o que deve aumentar a participação estadual no mercado interno e ampliar as possibilidades de o estado alcançar também o mercado externo.

Valor Bruto da Produção
O leite é o terceiro produto no ranking de Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária catarinense. O faturamento do setor passou de R$ 3,5 bilhões em 2017 e representa 13% de toda receita do agronegócio catarinense.

Lembrando que o Valor Bruto da Produção Agropecuária não considera o faturamento com os insumos agrícolas, transporte, agroindústrias e serviços. ( AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA)

 

Com avanço de 13% nas exportações em 2017, superávit do campo vai a US$ 82 bi

Puxadas pelos embarques de soja e carnes, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 13% em 2017, para US$ 96 bilhões. Apesar do avanço, a participação do setor nas vendas externas totais do Brasil caiu para 44,1% - havia sido de 45,9% no ano anterior. As importações do agronegócio também cresceram, 3,9% para US$ 14,1 bilhões no período. Mas isso não impediu um novo aumento do superávit setorial, que subiu 14,8% em relação a 2016, para US$ 81,8 bilhões, o segundo maior da história, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), compilados pelo Ministério da Agricultura. A maior parte dos produtos da pauta de exportações do setor teve crescimento nas vendas externas. 

"Temos espaço no mercado mundial, mas queremos vender mais e bater nossa meta de aumentar de 7% para 10% a participação dos produtos do agronegócio no comércio internacional de alimentos", disse ontem o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, ao divulgar os resultados da balança comercial em 2017. Para que as exportações continuem a avançar, o ministro prometeu uma grande "mobilização" contra a aprovação no Congresso da Proposta de Emenda Constitucional 37/2007, que prevê o fim da Lei Kandir, que desde 1996 concede isenções de ICMS a exportações de commodities agrícolas. "

 

Se isso vier a cair (as isenções), automaticamente haverá redução da produção em função de que o produtor não terá competitividade para continuar. É uma ameaça muito grande, e o governo deve prestar atenção", defendeu o ministro. Entre os itens mais exportados, mais uma vez o destaque foi o complexo soja (grão, farelo e óleo), cujas vendas externas cresceram 24,8%, para US$ 31,7 bilhão em 2017. As exportações de soja em grãos bateram recorde, e subiram 33%, para US$ 25,7 bilhões. Os embarques de carnes também tiveram alta relevante em 2017, de 8,9% em relação ao ano anterior, para US$ 15,4 bilhões, apesar da Carne Fraca - operação da Polícia Federal, deflagrada em março de 2017, que revelou um esquema de corrupção entre fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura e frigoríficos. 

O destaque foi a carne de frango, cujos embarques representaram 46% de todas as exportações de carnes em 2017, com alta de 5,5% nas receitas externas, para US$ 7,1 bilhões. As exportações de carne bovina aumentaram 13,7% para US$ 6 bilhões. E as de carne suína subiram 9,7% para US$ 1,6 bilhão, um recorde histórico. As vendas externas de milho também foram recorde. Somaram US$ 4,5 bilhões, com alta de 25% sobre o ano de 2016. No caso dos produtos florestais, as exportações subiram 12,6% em relação a 2016, para US$ 11,5 bilhões. Já as vendas externas do segmento sucroalcooleiro (açúcar e etanol) avançaram 7,8%, para US$ 12,2 bilhões. Durante a divulgação dos números ontem, Maggi revelou que o Ministério da Agricultura pode solicitar em breve à Câmara de Comércio Exterior (Camex) que retire a taxação sobre o etanol importado, que exceder a cota de 600 milhões de litros por ano sem tarifa. A declaração derrubou as cotações do açúcar em Nova York (ver acima). Uma fonte do governo admitiu que a decisão é um aceno para que os Estados Unidos -- principal origem do biocombustível importado pelo Brasil -- volte a importar carne bovina in natura brasileira. (Valor Econômico)

Para o fim do mês
Está prevista para 29 deste mês assinatura do termo de cooperação entre Secretaria da Agricultura e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado (CRMV-RS) para aplicar a lei que permite a inspeção privada de indústrias de origem animal. A secretaria aguarda ainda aguarda documentação do CRMV-RS. O texto do termo de cooperação já foi analisado pela entidade. - Depois da assinatura, começaremos as ações, com curso de qualificação profissional - afirma Air Fagundes, presidente do CRMV-RS. O ato ocorrerá após retorno do secretário Ernani Polo, que está de férias. A expectativa é de que a partir de março seja possível estar com o novo modelo de inspeção rodando. (Zero Hora) 

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