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O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da abertura oficial da Expodireto Cotrijal 2018 na manhã desta segunda-feira (5/3), em Não Me Toque. O dirigente representou o setor laticinista, que foi alvo de manifestações das autoridades presentes ao encontro, que tem o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, como anfitrião. Representando o ministro Blairo Maggi, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, pontuou que a crise vivenciada por setores como o do leite, arroz e trigo não será solucionada com medidas paliativas. A saída, garantiu ele, está na união dos setores e no planejamento de ações continuadas que permitam o desenvolvimento de longo prazo. Novacki ainda pediu às lideranças que formalizem seus pleitos ao Ministério da Agricultura.

O presidente do Sindilat reforçou o propósito de união, lembrando que o setor laticinista necessita de unidade e maior competitividade. “Precisamos trabalhar unidos, mas em busca de maior competitividade, de custos mais compatíveis com a remuneração que a atividade permite, o que é regido pelo mercado”, salientou.

Durante a solenidade de abertura, Novacki ainda enalteceu a posição do país de maior produtor de alimentos do mundo e elencou os programas federais que facilitam a vida do produtor. “O setor agrícola é muito importante para a economia do país, responsável por um em cada três empregos formais e por quase 25% do PIB brasileiro, além de quase 50% das exportações. Desde que assumimos o Ministério, temos defendido a importância do Brasil não só para os brasileiros, mas para o mundo. Se o Brasil parar ou diminuir sua produção, muita gente vai passar fome”.

 

Porto Alegre, 05 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.687

 

  Sindilat lamenta morte de Raul Randon

O Sindicato da Indústria de Latícinios do RS (Sindilat) lamenta a morte do presidente do Conselho de Administração das empresas Randon, Sr. Raul Alsemo Randon, neste sábado (3/3) na cidade de São Paulo (SP). Aos 88 anos, foi vítima de parada cardíaca após complicações decorrentes de uma cirurgia para colocação de prótese no fêmur. Visionário, o empresário do ramo metalmecânico empreendeu no setor laticinista com maestria ao dar asas à RAR. Fez de sua paixão pelos queijos um projeto diferenciado no setor industrial, que resultou em um dos rótulos mais diferenciados já produzido em solo gaúcho: o gran formaggio, primeiro queijo tipo Grana fabricado da América Latina.

O legado de Raul Alselmo Randon deixa ao setor laticinista e a todo o empresariado gaúcho uma lição de profissionalismo, paixão e competência. Temos a certeza que o setor perde um líder nato que fará muita falta. Que sua história sirva de exemplo às novas gerações que, com certeza, conduzirão seus projetos no futuro. Nossos sentimentos à família e amigos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)  


Foto: Magrão Scalco

 

Mecanização da atividade leiteira avança no campo
Além das lavouras, a mecanização do agronegócio ganha espaço na pecuária, especialmente na produção de leite. E, claro, também cresce em importância na Expodireto. Da ordenha mecanizada ou robotizada (que praticamente elimina a intervenção humana) à alimentação do gado, o uso de máquinas supre a falta de mão de obra, melhora a qualidade do produto e o volume de leite obtido nas propriedades, e está avançando no campo.

"A robotização da ordenha, que dispensa qualquer necessidade de intervenção direta do agricultor, exige um bom investimento. Mas é possível adotar medidas e equipamentos mais simples e que também facilitam o trabalho e melhoram a produção", destaca Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticí- nios do RS (Sindilat). Enquanto a robotização pode exigir pelo menos R$ 1 milhão em investimento, avalia executivo, adotar um sistema de envio direto de leite da ordenha para os taques pode ser feito com menos de R$ 30 mil. Ampliar aos poucos a mecanização, começando pelo mais simples, é a alternativa encontrada por produtores como Arialdo Bristot para se modernizar. Nos últimos três anos, ele investiu cerca de R$ 300 mil na propriedade, onde cria 45 vacas, com ajuda dos pais e da esposa, em Paraí. "Passamos da ordenha manual à mecanizada, canalizando o envio do leite aos tanques refrigerados e colocando ventilação na sala de ordenha e no confinamento para dar mais conforto ao animais. Também compramos equipamentos para colher, embalar e misturar feno e ração. Antes era tudo braçal", comemora Bristot, que é ligado à Cooperativa Santa Clara. Hoje, conta o produtor, até mesmo a mistura do feno com a ração é feita de forma automatizada, e a pastagem é melhorada com irrigação. O resultado, diz o pecuarista, veio com aumento de até 3 litros diários por animal e avanço na qualidade do líquido.

"Com leite melhor sendo entregue, temos um ganho de R$ 0,07 a 0,08 por litro", esclarece Bristot, que hoje consegue obter quase 40 mil litros de leite por mês utilizando 52 hectares para a atividade. Gelson Melo de Lima, superintendente de produção agropecuá- ria da Cotrijal, acredita que deve ter incremento a demanda dos produtores por sistemas cada vez mais informatizados de controle de dados e gestão. Um deles é o que permite mudar a alimentação do animal de acordo com a quantidade e qualidade do leite. "É tudo computadorizado e interligado. O sistema identifica problemas no leite de determinado animal e automaticamente processa mudanças na alimentação, de forma individualizada", conta Lima. (Jornal do Comércio)

Perspectivas do mercado lácteo - Oceania - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

O aumento da produção de leite na Austrália está sendo atribuído à melhoria do tempo em muitas bacias leiteiras, assim como o preço mais elevado do leite ao produtor. Muitos produtores e industriais comentam sobre as condições favoráveis que impulsionam a cotação das commodities no momento. 

Estão conscientes de que a produção de leite na Nova Zelândia é menor do que a projetada, e a boa demanda por lácteos pelos países da região continua. Reconhecem o potencial risco para os preços se houver reversão desses fatores. Os recentes planos de investimento em processamento de leite na Austrália estão animando muitos produtores. As indústrias esperam que a produção responda aos investimentos. A produção acumulada da temporada, julho de 2017 a janeiro de 2018 subiu 3,1% em relação a um ano atrás. A produção de leite em janeiro de 2018 na Nova Zelândia foi de 2,3 milhões toneladas, queda em relação à produção de janeiro de 2017 que foi de 2,4 milhões de toneladas, de acordo com a DCANZ. Janeiro é o terceiro mês consecutivo da produção em queda que se seguiu ao pico de outubro de 2017. O volume de sólidos, em janeiro de 2018, foi de 194,1 milhões de quilos, também abaixo do valor obtido em janeiro de 2017, 209,7 milhões de quilos.

Observadores da Nova Zelândia projetam queda de 1,5% na produção da temporada 2017/2018 em relação à anterior. É possível mudança de quadro se o clima e as pastagens continuarem melhorando pelo resto da temporada.  (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Manteiga deixa de ser vilã e venda aumenta
Os consumidores não apenas estão comendo mais manteiga, como também estão dispostos a pagar mais caro por ela, o que está gerando grandes ganhos para as fabricantes de marcas de alto padrão. As vendas globais de manteiga no varejo crescerão 2,9% em 2018, para US$ 19,4 bilhões, superando o crescimento de 1,9% do volume de vendas, segundo a Euromonitor International. A tendência está estimulando a expansão de marcas internacionais que se beneficiam com a opção dos consumidores por gorduras mais naturais, segundo Raphael Moreau, analista de pesquisa sênior da empresa de pesquisa. A demanda por manteiga, creme de leite e outras commodities ricas em gorduras derivadas do leite aumentou depois que a percepção dos consumidores foi influenciada por estudos que mostravam os riscos menores à saúde do consumo de gorduras lácteas e os efeitos prejudiciais das gorduras trans alternativas, informou o Departamento de Agricultura dos EUA em relatório de 14 de fevereiro. A situação está respaldando os preços, que atingiram um recorde em setembro passado devido à escassez na Europa. "Os consumidores estão exigindo cada vez mais produtos lácteos ricos em gordura, permitindo que ela e, portanto, também a manteiga, voltem a fazer parte de suas dietas", disse Hanne Soendergaard, vice-presidente-executiva de marketing e inovação da Arla Foods, por e-mail. A demanda mais forte por marcas premium de alta qualidade está estimulando as vendas da manteiga Lurpak da Arla, pela qual "os consumidores estão dispostos a pagar um preço mais alto", disse a executiva. A receita com a Lurpak subiu 8,3% em 2017 apesar de o volume de venda ter caído 2,7%, informou a Arla em seu relatório anual de resultados. (As informações são do jornal Valor Econômico)

O Sindicato da Indústria de Latícinios do RS (Sindilat) lamenta a morte do presidente do Conselho de Administração das empresas Randon, Sr. Raul Alsemo Randon, neste sábado (3/3) na cidade de São Paulo (SP). Aos 88 anos, foi vítima de parada cardíaca após complicações decorrentes de uma cirurgia para colocação de prótese no fêmur. Visionário, o empresário do ramo metalmecânico empreendeu no setor laticinista com maestria ao dar asas à RAR. Fez de sua paixão pelos queijos um projeto diferenciado no setor industrial, que resultou em um dos rótulos mais diferenciados já produzido em solo gaúcho: o gran formaggio, primeiro queijo tipo Grana fabricado da América Latina.

O legado de Raul Alselmo Randon deixa ao setor laticinista e a todo o empresariado gaúcho uma lição de profissionalismo, paixão e competência. Temos a certeza que o setor perde um líder nato que fará muita falta. Que sua história sirva de exemplo às novas gerações que, com certeza, conduzirão seus projetos no futuro. Nossos sentimentos à família e amigos.

O velório ocorrerá nas Capelas São José, em Caxias do Sul (RS), neste domingo (4/3) a partir das 16h. A cerimônia de despedida está prevista para ocorrer nesta segunda-feira (5/3) às 10h.

Sindicato da Indústria de Laticínios do RS

Foto: Magrão Scalco

 

Porto Alegre, 02 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.686

 

Japão: mercado de leite em pó para adultos está em alta

Quando se ouve ou lê leite em pó a primeira imagem é de bebês ou crianças. Ou, às vezes, para fazer algum doce. No Japão, esse produto alimentício anda em baixa porque o número de bebês vem caindo a cada ano. Tanto que as indústrias andam exportando o leite em pó para bebês, para outros países da Ásia. Mas, por outro lado alguns fabricantes descobriram um segmento interessante. Desenvolveram leites em pó com sabores diferentes, acrescidos de suplementos, para finalidades diferentes.

Em setembro do ano passado a Yukijirushi, uma tradicional indústria de leite e derivados, criou uma linha chamada Platina Milk. Já deu para imaginar para que público. Sim, o de cabelo platinado, ou acima de 60 anos. E acertou em cheio. O público da terceira idade é ativo pois foi-se o tempo em que avançar na idade era sinônimo de hospitais e medicamentos. De uns anos para cá, a pessoas da terceira idade querem ter longevidade com saúde.

Leite em pó para terceira idade
Uma pesquisa realizada pela fabricante apurou o que o público maduro deseja quando chegar na terceira idade. As respostas foram: boa memória em primeiro lugar, força muscular em segundo e beleza em terceiro. Assim, a fabricante desenvolveu três leites em pó com finalidades distintas. Um deles tem sabor de matcha com suplementos para pessoas ativas, enriquecido com cálcio, leucina e vitamina D. O outro é leite puro acrescido de suplementos como 11 tipos de vitamina, 8 tipos de minerais, DHA e proteína para balancear a saúde. O terceiro tem sabor de sopa potage, acrescido de colágeno, cerâmica e geleia real para a beleza da pele.

Outra que iniciará uma linha a ser vendida nos supermercados e farmácias a partir de abril é a morinaga, com suplementação de lactobacilos para manter a imunidade. Outra indústria, a Kyushin, já tem o leite em pó para adultos, mas criou um com sabor de iogurte, há quatro anos. (As informações são do Portal Mie)    

 
 
Nova Zelândia - Quanto será a queda efetiva de produção de leite?

Produção/NZ - Nas últimas semanas começou uma polêmica na Nova Zelândia em relação a quanto poderá cair a produção de leite no país e se a Fonterra poderá aumentar o preço a seus produtores na temporada 2017/2018. No início do ano os valores dos produtos lácteos (especialmente do leite em pó integral) se incrementaram no GlobalDairyTrade, influenciados pela menor oferta prevista pela cooperativa neozelandesa.

Nos quatro primeiros eventos de 2018 o preço do leite em pó integral subiu 17,8%. O banco ASB disse que a queda de 3% na produção prevista pela Fonterra na temporada 2017/2018 é muito pessimista. Os analistas do banco questionaram essa projeção devido ao retorno das chuvas em boa parte do país nas últimas semanas. No último boletim da Associação das Empresas de Laticínios da Nova Zelândia foi divulgada a informação de quem janeiro a produção do país caiu 7,4% em relação a igual mês do ano anterior, medido em quilos de sólidos. No acumulado a produção 2017/2018 até agora está 0,9% abaixo do volume registrado em igual período do ciclo anterior. E, nos 12 meses fechados em janeiro a captação é 0,8% superior. No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a previsão é de que no ano calendário de 2018 a produção cairia 1% em relação a 2017.

Atualmente a Fonterra projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,15/litro]. Os analistas do banco ABS mantiveram uma estimativa de preço em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. Já o banco ANZ considera que a Fonterra manterá sua atual projeção de preço para essa temporada. Ainda que seja esperada nova queda de preços com maior oferta interna nos próximos meses, o preço do leite em pó deverá se manter na faixa entre US$ 2.800 a US$ 3.200 a tonelada. Já os corretores da OMF estima que a Fonterra deverá aumentar para NZ$ 6,78/kgMS, [R$ 1,22/litro], o preço do leite ao produtor. (El Observador - Adaptação: Terra Viva)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, chuvas esparsas trouxeram alívio para o milho, soja e outras culturas de verão da América do Sul. No entanto, temperaturas elevadas e falta de chuvas é a previsão do tempo para o resto do verão, e outono, como efeito do fenômeno La Niña. Na realidade, de acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola da Argentina (INTA), até o dia 19 de fevereiro de 2018, o percentual de água disponível no solo variou entre 0 e 10% em todo o país, o que é sinal de seca severa. Sabendo disso os produtores de leite estão muito preocupados com a sua rentabilidade, diante do potencial aumento no preço dos grãos, que representam em torno de 50% da alimentação de seus rebanhos. De acordo com alguns contatos das indústrias, os preços das fazendas permanecerão bastante estáveis pelo menos até o final do verão. Em geral a produção de leite vem mantendo um declínio constante em todo o continente, enquanto os níveis de matéria gorda e proteína permanecem baixos. 

A volta às aulas na Argentina e Uruguai estão fazendo crescer a demanda de leite engarrafado. Por outro lado, já começa a faltar leite para as necessidades das indústrias. Diante disso, algumas fábricas começam a priorizar a produção de queijos e iogurtes, por exemplo, reduzindo a secagem para leite em pó. Também a fabricação de manteiga é menor, com a menor disponibilidade de creme. De acordo com as indústrias, os produtores de leite ainda não receberam os subsídios do governo para ajudar a superar os danos causados pelas inundações de anos anteriores. Assim, as estradas rurais continuam precárias nas principais bacias leiteiras.
No Brasil a escassez de leite está ajudando a sustentar o preço do leite ao produtor. Após as tradicionais comemorações das duas últimas semanas, os pedidos de leite engarrafado pelo varejo e food service caíram. A produção de queijo e manteiga está ativa, mas, já começa a faltar matéria prima em algumas regiões do país. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 

Captação de leite na UE aumentou 1,8% em 2017
A captação de leite na União Europeia (UE) no mês de dezembro registrou um aumento significativo, sendo 3,9% superior ao de dezembro de 2016 (+474 000 toneladas). Os maiores aumentos de volume foram registrados na Alemanha, na França e no Reino Unido. Os maiores aumentos percentuais foram registrados na Irlanda (+ 13,6%), Romênia (+ 10,9%), Lituânia (+ 10%) e Áustria (+ 9,4%). As captações acumuladas ao longo do ano de 2017 foram 1,8% superiores às de 2016, o que se traduz em 2,7 milhões de toneladas de aumento, de acordo com os últimos dados do Observatório da Indústria de Lácteos da UE. Os maiores percentuais de aumentos nas entregas em 2017 foram registrados na Bulgária, Chipre, Irlanda e Romênia, enquanto 10 Estados-Membros reduziram suas entregas de leite (Alemanha, Holanda, Suécia, Finlândia, Hungria, Croácia, Grécia, Malta, Letônia, Lituânia). Na Espanha, as entregas aumentaram 1,8%, ficando na média da UE. Os produtos lácteos cuja produção aumentou em 2017 foram leite em pó integral (+ 2,8%), queijo (+ 2,0%, embora a queda no último mês do ano tenha sido muito pronunciada), leite concentrado (+ 1,4%) e creme (+ 1,0%), enquanto o leite em pó desnatado (-2,6%), o leite de consumo (-0,7%) e a manteiga (-0,4%) apresentaram redução. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 01 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.685

 

    Lactalis produz leite UHT em garrafas e manteiga com a verdadeira receita francesa no RS

O Grupo Lactalis deu início, neste mês de fevereiro, à fabricação de leite UHT das marcas Parmalat e Elegê envasado em garrafas. Os produtos sairão da nova linha da unidade de Teutônia, no Rio Grande do Sul, cuja inauguração ocorreu na manhã desta quarta-feira (28/2) com a presença de autoridades e do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Tendência no mercado europeu, as embalagens representam apenas 2,2% do volume de leite comercializado no Brasil. Em seu pronunciamento, o governador destacou que o projeto consolidado hoje é resultado de uma parceria iniciada no começo de sua gestão. "O amanhã depende do que estivermos realizando hoje", frisou, elogiando a iniciativa da Lactalis e lembrando que mais empresas precisam seguir esse exemplo e investir no RS.

Para adaptar a fábrica de Teutônia, a Lactalis investiu R$ 50 milhões em equipamentos para produção de leite UHT em garrafas e R$ 20 milhões para a linha de manteiga premium, muitos deles importados da Europa. O processo durou 12 meses e foi concluído no final de 2017. Segundo o CEO da Lactalis do Brasil, André Salles, o Rio Grande do Sul é um estado estratégico para a empresa. "Esta é uma tendência que chega ao Brasil como fruto do amadurecimento do mercado de lácteos. O leite em garrafas agrega um novo conceito de praticidade e conveniência ao consumidor", completou o diretor de comunicação da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella.  

As garrafas Multiprotect apresentam barreiras de revestimento que evitam o contato do leite com o ambiente externo, ajudando a mantê-lo fresco por mais tempo. A embalagem ainda tem alta resistência, fácil acondicionamento e manuseio simples, evitando perdas e respingos. A aposta da Lactalis é na capacidade de amadurecimento do mercado brasileiro, uma vez que, na França, por exemplo, o leite em garrafa PET representa 43% do mercado. No Reino Unido, a embalagem lidera com 75% das vendas.

MANTEIGA PRÉSIDENT GASTRONOMIQUE - Os investimentos na nova fábrica também permitiram a inauguração de uma nova unidade de produção de manteiga. Agora, será produzida no RS a manteiga com a verdadeira receita francesa: a Président Gastronomique. Comercializada em todo o país, levará às mesas brasileiras o sabor único da manteiga mais vendida na França. "É um produto que traz ao Brasil  inovação,  diferenciação e  qualidade que desenvolverá o mercado, como a  Lactalis  faz ao redor do mundo", pontua Salles.

LACTALIS NO BRASIL ─  A Lactalis é uma empresa familiar de origem francesa fundada em 1933. Inicialmente destinada à produção de queijos, cresceu com base em uma política de valorização dos produtores/fornecedores e comprometimento com o consumidor. A Lactalis tem 80 mil funcionários e está presente em 85 países. São 236 fábricas com captação de 18 bilhões de litros ao ano. No Brasil, a empresa deu início às atividades em 2013 com a compra da Balkis. Em seguida, assumiu unidades da LBR que lhe concederam o uso da marca Parmalat no Brasil. Atualmente, tem 4 mil funcionários atuando em 15 unidades. (Assessoria de Imprensa Lactalis)

 
Foto: Wiliam Perin/ Divulgação Lactalis

 
 
PIB 2017: Brasil cresce 1% e encerra 2 anos de recessão

A soma de todos os produtos e serviços produzidos no País teve, em 2017, a primeira expansão desde 2014 (quando o Produto Interno Bruto subiu 0,50%), confirmando a saída da recessão.  O PIB subiu 1% ano passado, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em 2015 e 2016, houve declínio de 3,5% do PIB em cada ano, conforme dados revisados pelo IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 1,10%, e dentro do intervalo das previsões, de alta de 0,93% a 1,30%.


 
No quarto trimestre de 2017, o PIB subiu 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas. O teto era 1,0% e a mediana, 0,30%. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB apresentou alta de 2,1% no quarto trimestre de 2017, vindo abaixo da mediana, de 2,50%, e mais perto do piso das estimativas, de 1,90% a 3,10%. 

Destaques. Um dos fatores que ajudaram a puxar o PIB foi a agropecuária, que subiu 13,0% em 2017 ante 2016, o melhor resultado da série histórica iniciada em 1996. Já no quarto trimestre de 2017, o PIB da agropecuária ficou estável contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB da agropecuária mostrou alta de 6,1%.

O consumo das famílias também cresceu: subiu 1,0% em 2017 ante 2016 e 0,1% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo das famílias mostrou alta de 2,6%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6% em 2017 ante 2016. No quarto trimestre de 2017, esse indicador subiu 0,2% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo do governo mostrou queda de 0,4%. Já o PIB da indústria ficou estável em relação a 2016.  No quarto trimestre de 2017, porém, houve alta de 0,5% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o avanço foi de 2,7%.

Retomada. Desde o início do ano, a economia já dava sinais de reação, com avanço de 1,3% no primeiro trimestre, 0,7% no período de abril a junho e 0,1% do terceiro trimestre, todos os dados na margem com ajuste sazonal. 

Além das questões temporárias que deram impulso para o consumo, a inflação baixa e o corte na taxa de juros foram alguns dos fatores que ajudaram a estimular a atividade doméstica em 2017, diz Luiz Castelli, da GO Associados. "Não são só fatores pontuais. Também tem uma dinâmica melhor da situação externa", acrescenta.

Entre os fatores pontuais, o mais relevante, lembram os economistas, foi a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que somaram saques de R$ 44 bilhões entre março e julho, favorecendo bastante o consumo, que foi o principal motor da recuperação em 2017, e o varejo do lado da oferta, que é contabilizado no PIB dentro de Serviços.

O consumo das famílias deve voltar a crescer depois de anos de contração, de 3,2% em 2015 e 4,3% em 2016. "No lado da demanda, o destaque é o consumo das famílias voltando a ficar positivo, como reflexo da inflação mais baixa, da liberação do FGTS e da melhora da confiança. Mas a retração menor dos investimentos também pode ser comemorada", diz o economista Francisco Pessoa Faria, da LCA Consultores.

Do lado da oferta, a recuperação entre todos os grandes setores, dizem os economistas, ocorre graças à safra recorde de grãos do ano passado. A agropecuária deve dar a principal contribuição para o crescimento previsto.

Pessoa Faria, da LCA, que esperava avanço de 1,03% do PIB de 2017, destaca como principais influências a agropecuária e a indústria de transformação. Ele diz que, embora, o PIB agrícola, beneficiada pela safra recorde, contribua para o resultado, o crescimento previsto para a indústria de transformação é mais representativo do início do processo de retomada visto no ano passado.

"Sem prejuízo dos ganhos de produtividade no campo, a expansão da agropecuária está mais relacionada a questões climáticas. Em termos de virada da atividade, a indústria de transformação é o principal destaque." 

Para 2018, a GO Associados espera um cenário mais favorável, com possibilidade de crescimento de 3,2% para o PIB. "A retomada que vem acontecendo de forma paulatina trimestre a trimestre deve ganhar força ao longo de 2018", diz. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Tetra Pak 

Monica Pieratti é a nova líder de Marketing da área de processamento da Tetra Pak Américas. A executiva chega com o desafio de desenvolver produtos e serviços que tornem a indústria alimentícia mais competitiva, além de fomentar a inovação, alta performance e eficiência dos fabricantes de alimentos e bebidas. 

Na companhia desde 2001, a executiva já atuou no escritório de Modena, na Itália, como gerente global de Marketing, e, em 2011, foi transferida para a filial da empresa em Lima, no Peru, no cargo de gerente de marketing e produto. Em 2014, voltou ao Brasil para assumir a posição de gerente de portfólio, na qual permaneceu até fevereiro deste ano. Formada em Marketing pela Universidade Luterana da Califórnia, Monica também acumula passagens por Colgate-Palmolive e Coca-Cola. Por meio de sua área de processamento, a Tetra Pak fornece soluções completas e equipamentos para processamento de lácteos, queijos, sorvetes, bebidas e alimentos preparados. Com tecnologias de ponta, é possível obter as melhores práticas em termos de segurança alimentar, eficiência, qualidade do produto e desempenho ambiental. (Assessoria de Imprensa Tetra Pak)

Uruguai: comparada a janeiro de 2017, produção de leite cresce 2,7%
A produção de leite no Uruguai continua recuperando os volumes enviados para as indústrias, atingindo um aumento de 2,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2017, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite (INALE). Os envios em janeiro desse ano foram de 156,6 milhões de litros, contra 152,58 milhões em janeiro de 2017. O preço do leite para o produtor durante o último mês de janeiro aumentou 0,9% em relação a dezembro passado, ao atingir uma média de 9,49 pesos por litro. Medido em dólares, o preço foi de 0,33 a litro, registrando um aumento de 2,1%. Durante o mês de janeiro, o preço médio do leite registrou um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2017, tanto em pesos como em dólares. (As informações são do El Observador, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.684

 

    Setor leiteiro pede agilidade na votação do PL do Fundoleite

Dirigentes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite reivindicaram a votação do projeto de lei 287/2017, que altera a destinação dos recursos captados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) junto ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Marlon Santos (PDT). O pedido foi feito na manhã desta terça-feira (27/02), em reunião da qual participou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, no gabinete da presidência. Na ocasião, também estavam presentes representantes da Fetag, Farsul, Famurs, Apil, Ocergs e Conseleite, além de deputados. Embora o projeto já tivesse sido formatado e apresentado no final do ano passado ao ex-presidente da casa, Edegar Pretto (PT), o encontro teve o objetivo de buscar agilidade na tramitação da matéria a partir do conhecimento da pauta pelo novo chefe do Legislativo.

O PL refere-se, principalmente, à distribuição dos recursos do Fundoleite. Pela proposta, a nova divisão ficará da seguinte forma: 70% para assistência técnica a produtores, 20% para fomentar projetos em benefício do setor e 10% para custeio do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). Na avaliação de Guerra, esta modificação proporciona condições de todas as entidades do setor acessarem os recursos do fundo.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, a construção da mudança foi feita de forma harmônica entre as entidades. O presidente da casa elogiou a iniciativa, afirmando que "mobilizações como essas são necessárias", destacando que nunca na história da Assembleia houve tanta dedicação ao setor primário. A força coletiva para chegar ao consenso foi elogiada pelo presidente do Sindilat. "Fizemos um esforço muito grande pra organizar as diretrizes, com efeitos positivos que tanto o setor como o produtor merecem ter", pontuou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)



 
Foto: Vitorya Paulo

 
 
Preços no mercado interno contribuem para reduzir déficit da balança comercial de lácteos 

A queda de 15% nas importações de lácteos em 2017 contribuiu para reduzir o déficit da balança comercial do setor. No período foram trazidos de outros mercados o equivalente a US$ 561,91 milhões contra US$ 658,37 milhões importados em 2016. Já a receita com as exportações de produtos lácteos caiu 34%, atingindo US$ 112,58 milhões. Assim, o déficit da balança comercial do setor, de US$ 449 milhões, representou um recuo de 7,4% na comparação com 2016.

Para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a perda significativa do mercado da Venezuela nas exportações – em 2016 representava 48% dos embarques de lácteos brasileiros e, em 2017, passou para 15% - foi um dos fatores que afetou o desempenho das vendas externas no ano passado. Por outro lado, segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o menor volume importado ocorreu em função dos baixos preços praticados no mercado interno ao longo do ano passado. “A diminuição da renda do brasileiro levou a uma redução do consumo de lácteos, forçando os preços para baixo. Esse comportamento tornou o mercado interno mais competitivo, nivelando com preços internacionais”, explica. Também o menor volume de compras externas reduziu a oferta de produtos no mercado interno e impactou parte das exportações. “Esses fatores deixaram um segundo semestre de péssimos resultados tanto para a indústria quanto para os produtores”.

O presidente do Sindilat acredita que 2018 será de reação do setor lácteo, com a perspectiva de retomada da economia, aumento da confiança do consumidor e recomposição da renda do brasileiro, que nos últimos anos passou a priorizar as contas mais básicas e deixou de lado alguns hábitos de consumo. “A expectativa é que os lácteos sejam os primeiros a voltarem com força para a mesa dos brasileiros”, afirma o dirigente.

O campo já deu os primeiros sinais de que está pronto para atender ao aquecimento dessa demanda. Dados relativos à captação do leite no terceiro trimestre de 2017 indicam crescimento na comparação com o mesmo período de 2016. “Pela primeira vez em dois anos, os números apresentam expansão e evidenciam uma tendência positiva para o ano”, afirma Guerra.

De acordo com o IBGE, a quantidade de leite captado, considerando propriedades com inspeção federal, estadual e municipal, chegou a 6,16 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2017, alta de 5,4% sobre o mesmo período de 2016. Na mesma base de comparação, no Rio Grande do Sul, a elevação foi de 8%, alcançando 954,18 milhões de litros, dando ao Estado a terceira colocação nacional em volume de leite captado. “O mercado, de uma forma geral, sinaliza para uma retomada, e a cadeia produtiva deve seguir fazendo o seu trabalho buscando a eficiência”, salientou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Fevereiro de 2018, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de janeiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)


 

 

COPO CHEIO
Comprado para ajudar a enxugar a oferta de leite no mercado interno brasileiro, no ano passado, o leite em pó foi distribuído ontem para a Federação das Apaes do Estado. A quantia destinada à entidade é de 270 toneladas, mas a aquisição do governo federal foi de mil toneladas, em um investimento de R$ 15 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A compra foi feita pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). (Zero Hora)

A queda de 15% nas importações de lácteos em 2017 contribuiu para reduzir o déficit da balança comercial do setor. No período foram trazidos de outros mercados o equivalente a US$ 561,91 milhões contra US$ 658,37 milhões importados em 2016. Já a receita com as exportações de produtos lácteos caiu 34%, atingindo US$ 112,58 milhões. Assim, o déficit da balança comercial do setor, de US$ 449 milhões, representou um recuo de 7,4% na comparação com 2016.

Para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a perda significativa do mercado da Venezuela nas exportações – em 2016 representava 48% dos embarques de lácteos brasileiros e, em 2017, passou para 15% - foi um dos fatores que afetou o desempenho das vendas externas no ano passado. Por outro lado, segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o menor volume importado ocorreu em função dos baixos preços praticados no mercado interno ao longo do ano passado. “A diminuição da renda do brasileiro levou a uma redução do consumo de lácteos, forçando os preços para baixo. Esse comportamento tornou o mercado interno mais competitivo, nivelando com preços internacionais”, explica. Também o menor volume de compras externas reduziu a oferta de produtos no mercado interno e impactou parte das exportações. “Esses fatores deixaram um segundo semestre de péssimos resultados tanto para a indústria quanto para os produtores”.

O presidente do Sindilat acredita que 2018 será de reação do setor lácteo, com a perspectiva de retomada da economia, aumento da confiança do consumidor e recomposição da renda do brasileiro, que nos últimos anos passou a priorizar as contas mais básicas e deixou de lado alguns hábitos de consumo. “A expectativa é que os lácteos sejam os primeiros a voltarem com força para a mesa dos brasileiros”, afirma o dirigente.

O campo já deu os primeiros sinais de que está pronto para atender ao aquecimento dessa demanda. Dados relativos à captação do leite no terceiro trimestre de 2017 indicam crescimento na comparação com o mesmo período de 2016. “Pela primeira vez em dois anos, os números apresentam expansão e evidenciam uma tendência positiva para o ano”, afirma Guerra.

De acordo com o IBGE, a quantidade de leite captado, considerando propriedades com inspeção federal, estadual e municipal, chegou a 6,16 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2017, alta de 5,4% sobre o mesmo período de 2016. Na mesma base de comparação, no Rio Grande do Sul, a elevação foi de 8%, alcançando 954,18 milhões de litros, dando ao Estado a terceira colocação nacional em volume de leite captado. “O mercado, de uma forma geral, sinaliza para uma retomada, e a cadeia produtiva deve seguir fazendo o seu trabalho buscando a eficiência”, salientou Guerra.

Foto: Baibaz/istock

Dirigentes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite reivindicaram a votação do projeto de lei 287/2017, que altera a destinação dos recursos captados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) junto ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Marlon Santos (PDT). O pedido foi feito na manhã desta terça-feira (27/02), em reunião da qual participou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, no gabinete da presidência. Na ocasião, também estavam presentes representantes da Fetag, Farsul, Famurs, Apil, Ocergs e Conseleite, além de deputados. Embora o projeto já tivesse sido formatado e apresentado no final do ano passado ao ex-presidente da casa, Edegar Pretto (PT), o encontro teve o objetivo de buscar agilidade na tramitação da matéria a partir do conhecimento da pauta pelo novo chefe do Legislativo.

O PL refere-se, principalmente, à distribuição dos recursos do Fundoleite. Pela proposta, a nova divisão ficará da seguinte forma: 70% para assistência técnica a produtores, 20% para fomentar projetos em benefício do setor e 10% para custeio do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). Na avaliação de Guerra, esta modificação proporciona condições de todas as entidades do setor acessarem os recursos do fundo.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, a construção da mudança foi feita de forma harmônica entre as entidades. O presidente da casa elogiou a iniciativa, afirmando que "mobilizações como essas são necessárias", destacando que nunca na história da Assembleia houve tanta dedicação ao setor primário. A força coletiva para chegar ao consenso foi elogiada pelo presidente do Sindilat. "Fizemos um esforço muito grande pra organizar as diretrizes, com efeitos positivos que tanto o setor como o produtor merecem ter", pontuou Guerra.

Foto: Vitorya Paulo

 

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.683

 

  Rio Grande do Sul credencia segundo laboratório de diagnóstico de brucelose

A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul passa a contar com mais um endereço para a realização de testes de brucelose animal. O Estado ganha o seu segundo laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo MAPA no final do ano passado.  Os primeiros testes começaram a ser feitos neste mês de fevereiro com a distribuição dos reagentes. A Portaria Nº 147, que trata do credenciamento, foi publicada no Diário Oficial da União.
 
O superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, classificou o credenciamento como de grande importância para a sanidade animal do Estado, especialmente pelo fato de dobrar a capacidade de realização de testes contra enfermidades bovinas em uma região com grande concentração pecuária. "O local escolhido é estratégico, junto a uma das instituições mais reconhecidas do Brasil e próximo de um grande contingente de profissionais que atuam na medicina veterinária", destaca Todeschini. 
 
O Microvet vem para atender uma demanda reprimida na área de sanidade animal - de indústrias, propriedades e comunidade acadêmica - e se torna o segundo capacitado a realizar teste de brucelose, ao lado do Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul.  Em todo o Brasil, são apenas 13 laboratórios credenciados para a detecção da enfermidade no rebanho. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do SIndilat, o credenciamento de mais um laboratório é importante para a logística do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais realiza testes justamente por ter uma política incentivada pelo Sindilat. "Com o apoio do Fundesa, o Sindilat busca o maior número de propriedades com controle da tuberculose e brucelose. E, com essa ação, o Rio Grande do Sul se habilita a ter uma maior participação no mercado brasileiro e mundial de derivados do leite e carne", afirma Palharini.
 
O projeto de diagnóstico atende produtores rurais que necessitam certificar rebanhos livres de brucelose animal da cadeia leiteira e de corte do Rio Grande do Sul. De acordo com Geder Paulo Herrmann, responsável técnico do Microvet, o laboratório está apto a realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais em sanidade animal com escopos em teste de triagem e confirmatório para obtenção do diagnóstico. Toda a metodologia pertence ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Mapa.
 
A rapidez no diagnóstico do rebanho é uma das prioridades no Microvet. Nos testes simples, o resultado praticamente é fornecido no mesmo dia, e todos são entregues no prazo máximo de 72h.  "Trata-se de um grande avanço em sanidade animal no Rio Grande do Sul, pois o projeto visa o atendimento dos animais da maioria dos produtores rurais que fornecem matéria-prima para as indústrias de leite e de carne", afirma Herrmann. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
China: país está cada vez mais sedento de leite
 
O consumo de leite na China até a década de 1960 foi insignificante, mas o aumento da prosperidade fez com que essa necessidade crescesse 25 vezes nos últimos 50 anos. Como resultado, grandes investimentos foram realizados para que o país também aumente a sua produção nacional de leite. Provavelmente em 2050 - com o crescimento contínuo e rápido no consumo - o país asiático precisará triplicar o volume produzido comparado a - por exemplo - o ano de 2010.
Utilização de maiores áreas certamente contribuirão para o aumento da produção de leite chinesa, mas com alguns possíveis efeitos sobre a sustentabilidade ambiental, como:
 
aumento de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE);
necessidade de ter um terço de áreas adicionais para o gado;
aumento de 48% nos níveis de nitratos no solo.
 
Esses fatores podem estimular a China a importar maiores quantias de alimentos. Todo este contexto confirma que o mercado do leite é uma realidade global e que interconecta muitos países produtores, exportadores e consumidores. Acima de tudo, demonstra que a produção de leite está se encaminhando para a sustentabilidade em todo o mundo e a eficiência da produção deve aumentar ao longo de toda a cadeia de abastecimento, com redução nas emissões e constante busca por terras cultiváveis. (As informações são da OCLA, com base em dados do CLAL.it, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Preços/Reino Unido
 
A Arla anunciou que o preço do leite padrão será reduzido em 2,16 pences, o que representa 27,11 pences por litro (ppl), [R$ 1,22/litro], a partir de 1º de março de 2018. Comentando sobre a decisão de reduzir o preço, o diretor da Arla Foods, Johnnie Russel, disse: "Mesmo que seja uma má notícia para os produtores, o desafio é o nosso preço em relação ao preço dos concorrentes, e que estão sendo impactados pelas dramáticas quedas nas cotações das commodities lácteas desde o último outono".
 
Se de um lado as elevadas cotações da manteiga sustentaram o preço do leite ao produtor, de outro, a persistente queda no valor das proteínas desde o início de 2017 está tendo um impacto significativo. As proteínas chegaram ao menor nível histórico, e com poucas perspectivas de recuperação, diante dos elevados estoques na União Europeia (UE).
 
Começou a recuperação dos queijos, mas, os preços ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás. Também melhoraram as cotações da manteiga. No entanto, estão próximas aos preços do ano passado. Embora o mercado venha se recuperando, os preços da manteiga e das proteínas, combinados, permanecem abaixo dos níveis de 2017.
 
A First Milk anunciou na sexta-feira passada que o preço do leite em março será reduzido em 1,25 pences por litro. Comentando o anúncio, o vice-presidente, Jim Baird disse: "Como relatamos nos últimos meses, a fraqueza do mercado de lácteos impacta em nossas receitas e não podemos pagar o leite de forma a prejudicar nossa rentabilidade. Sabemos que essa queda adicional será uma decepção para nossos produtores associados mas continuaremos a fazer tudo o que pudermos para amortecer as condições do mercado". (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Iogurte contribui na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta
Uma nova pesquisa publicada no American Journal of Hypertension traz um belo motivo para colocarmos o iogurte no carrinho na próxima visita ao supermercado. De acordo com ela, o alimento é aliado na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta. Para traçar essa relação, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisaram os hábitos de 55.898 mulheres e 18.232 homens. Todos foram seguidos por aproximadamente 30 anos. Ao avaliar os dados, os estudiosos notaram que a ingestão de iogurte foi inversamente associada ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Para sermos mais exatos, consumir o alimento duas ou mais vezes na semana diminuiu em 17% a probabilidade de males cardíacos nelas e 21% neles - isso em comparação com quem degustava uma porção do produto menos de uma vez ao mês. Em comunicado à imprensa, um dos autores da investigação comentou que estudos menores já haviam sugerido que o iogurte faz bem ao coração por se tratar de um produto fermentado por bactérias. Independentemente dos benefícios ligados a esse derivado lácteo - que incluem ajuda na perda de peso e manutenção da saúde óssea, por exemplo -, é bom lembrar que um alimento não faz milagre sozinho. (As informações são da Exame, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.682

 

  Seapi definirá como será a capacitação

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) definirá de que forma serão capacitados os veterinários a serem contratados pela iniciativa privada para a prestação de serviços de inspeção sanitária animal nas empresas gaúchas até o final da semana que vem. A modalidade de contratação é autorizada pela lei 15.027. De acordo com o diretor-geral da Seapi, Antônio Machado, o treinamento deve começar até a metade de março. "Serão 120 horas de capacitação, 60 horas teóricas e 60 práticas. Falta definir se a própria Seapi ministrará as aulas ou se faremos um chamamento (de quem vai capacitar) por edital", explicou. 

Inicialmente, a secretaria iria firmar um termo de cooperação com o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS) para o treinamento, mas discordâncias internas do conselho fizeram o presidente Air Fagundes desistir da parceria. A assessoria da autarquia afirma que a atuação do conselho em relação à nova lei será de fiscalização do exercício profissional. Ontem, a Seapi publicou no Diário Oficial do Estado o Edital de Chamamento Público 01/2018 abrindo o credenciamento das empresas que disponibilizarão o serviço dos veterinários. 

As interessadas poderão acessar o link do edital − que não tem prazo para expirar − a partir de segunda feira, no site da secretaria. Os postulantes devem atender a uma série de requisitos, entre os quais a regularidade jurídica, fiscal, previdenciária e trabalhista, para serem aprovados. Se credenciados, poderão atuar por cinco anos. (Correio do Povo)

 

Fetag incentiva o consumo

A Fetag e Sindicatos de Trabalhadores Rurais iniciaram nesta semana campanha para estimular o consumo de leite entre os gaúchos. Com o tema "Leite gaúcho de qualidade, beba com tranquilidade", uma propaganda começou a ser veiculada em rádios em todo o Estado, aproveitando a parceria dos sindicatos com as emissoras. A campanha se estenderá ao longo do ano e terá ainda a distribuição de panfletos e cartazes. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o aumento do consumo ajudará a minimizar a crise do setor. "O consumidor pode confiar no leite gaúcho", afirma. (Correio do Povo)

Fundoleite volta à pauta

Apresentado no final do ano passado, o projeto de lei que altera o Fundoleite deverá voltar à pauta da Assembleia Legislativa em breve. Um encontro com o novo presidente da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), será agendado para que ele possa conhecer o texto e dar agilidade à votação.

Entre as modificações sugeridas, estão as de percentuais de uso dos recursos: 10% para convênio com entidade, 70% para projetos de assistência técnica (que poderão ser executados por qualquer entidade do setor) e 20% para programas de desenvolvimento. Enquanto o projeto não anda na Assembleia, o conselho gestor do fundo aprovou, por decisão unânime, a retomada de repasses para o Instituto Gaúcho do Leite, que estava suspensa desde 2016. (Zero Hora)

Fabricantes de alimentos retomam crescimento em 2017

Após dois anos de queda em produção física e vendas reais, o setor de alimentação voltou a crescer em 2017. A previsão para 2018 é de aumentos mais fortes em produção, vendas e exportações. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as indústrias apresentaram um ganho real no faturamento de 1,01%, para R$ 642,6 bilhões. Para 2018, a entidade prevê um avanço real de 2,6% a 2,8% no faturamento do setor - descontando a inflação, estimada em 2,7% para o ano.

"A expectativa para 2018 é de um crescimento mais forte. A inflação continua baixa. A safra agrícola ainda depende do clima, mas parece que vai ser uma boa safra. Há uma melhora no cenário macroeconômico que favorece a recuperação do consumo", afirmou Edmundo Klotz, presidente da Abia. O executivo disse que vê como uma fonte de preocupação para este ano a evolução da situação política.

"Se as eleições indicarem um caminho que não seja de renovação do quadro político, pode haver instabilidade política e isso pode acabar afetando o crescimento da economia e do setor", disse Klotz. A Abia adota como expectativa de crescimento da economia a previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 1,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Klotz acrescentou que espera melhorias no desempenho das exportações de alimentos e recuperação do consumo no Brasil, favorecida pela inflação baixa.

Na indústria de alimentos, as categorias que mais tiveram crescimento real no faturamento no ano passado foram as de conservas vegetais, com alta de 9,06%, a cadeia do trigo (8,22%), óleos e gorduras vegetais (3,67%) e chocolate, cacau e balas (3,60%). A única categoria que apresentou queda real no faturamento em 2017 foi a de sucos, com retração de 1,28%. Em volume, a produção cresceu 1,25% em 2017, após ter caído 2,90% em 2015 e 0,98% em 2016. Para 2018, a Abia prevê um crescimento entre 2,5% e 2,9%. Já o consumo de alimentos no país cresceu 4,6% em 2017. O varejo alimentar avançou 3,8% e as vendas de serviços de alimentação fora do lar tiveram aumento de 6,2%. Para 2018, a previsão da Abia é de um crescimento real de 2,7% a 2,9% nas vendas do setor de alimentação no país.


 
Para as exportações, a Abia prevê embarques de US$ 39 bilhões a US$ 41 bilhões. Em 2017, as exportações somaram US$ 38,8 bilhões, com crescimento em dólar de 6,6%. "No passado, o Brasil já chegou a exportar US$ 45 bilhões por ano. Agora está em recuperação", afirmou o presidente da Abia. A Abia também informou que os investimentos no setor recuaram 1,1% em 2017, para R$ 8,9 bilhões. No ano, houve redução nos investimentos feitos pelas indústrias de café, chás e cereais, açúcar, carne e derivados, conservas vegetais e sucos e derivados do trigo. Klotz observou que, em anos anteriores, houve mais investimentos das empresas abrindo fábricas no Norte e no Nordeste para atender essas regiões. Esse movimento não se repetiu no ano passado. O volume de fusões e aquisições também diminuiu em 2017, chegando a R$ 9,9 bilhões, com queda de 14,7%.

"O cenário político instável levou investidores estrangeiros a reduzir as compras no Brasil", disse Klotz. Ele considera pouco provável que haja aumento no volume de fusões e aquisições este ano, devido ao cenário político ainda indefinido. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Entre aspas
"Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado (no leite). E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor." ALEXANDRE GUERRA, Vice-Presidente do Conseleite e Presidente do Sindilat. (Zero Hora)