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26/02/2018

 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.682

 

  Seapi definirá como será a capacitação

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) definirá de que forma serão capacitados os veterinários a serem contratados pela iniciativa privada para a prestação de serviços de inspeção sanitária animal nas empresas gaúchas até o final da semana que vem. A modalidade de contratação é autorizada pela lei 15.027. De acordo com o diretor-geral da Seapi, Antônio Machado, o treinamento deve começar até a metade de março. "Serão 120 horas de capacitação, 60 horas teóricas e 60 práticas. Falta definir se a própria Seapi ministrará as aulas ou se faremos um chamamento (de quem vai capacitar) por edital", explicou. 

Inicialmente, a secretaria iria firmar um termo de cooperação com o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS) para o treinamento, mas discordâncias internas do conselho fizeram o presidente Air Fagundes desistir da parceria. A assessoria da autarquia afirma que a atuação do conselho em relação à nova lei será de fiscalização do exercício profissional. Ontem, a Seapi publicou no Diário Oficial do Estado o Edital de Chamamento Público 01/2018 abrindo o credenciamento das empresas que disponibilizarão o serviço dos veterinários. 

As interessadas poderão acessar o link do edital − que não tem prazo para expirar − a partir de segunda feira, no site da secretaria. Os postulantes devem atender a uma série de requisitos, entre os quais a regularidade jurídica, fiscal, previdenciária e trabalhista, para serem aprovados. Se credenciados, poderão atuar por cinco anos. (Correio do Povo)

 

Fetag incentiva o consumo

A Fetag e Sindicatos de Trabalhadores Rurais iniciaram nesta semana campanha para estimular o consumo de leite entre os gaúchos. Com o tema "Leite gaúcho de qualidade, beba com tranquilidade", uma propaganda começou a ser veiculada em rádios em todo o Estado, aproveitando a parceria dos sindicatos com as emissoras. A campanha se estenderá ao longo do ano e terá ainda a distribuição de panfletos e cartazes. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o aumento do consumo ajudará a minimizar a crise do setor. "O consumidor pode confiar no leite gaúcho", afirma. (Correio do Povo)

Fundoleite volta à pauta

Apresentado no final do ano passado, o projeto de lei que altera o Fundoleite deverá voltar à pauta da Assembleia Legislativa em breve. Um encontro com o novo presidente da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), será agendado para que ele possa conhecer o texto e dar agilidade à votação.

Entre as modificações sugeridas, estão as de percentuais de uso dos recursos: 10% para convênio com entidade, 70% para projetos de assistência técnica (que poderão ser executados por qualquer entidade do setor) e 20% para programas de desenvolvimento. Enquanto o projeto não anda na Assembleia, o conselho gestor do fundo aprovou, por decisão unânime, a retomada de repasses para o Instituto Gaúcho do Leite, que estava suspensa desde 2016. (Zero Hora)

Fabricantes de alimentos retomam crescimento em 2017

Após dois anos de queda em produção física e vendas reais, o setor de alimentação voltou a crescer em 2017. A previsão para 2018 é de aumentos mais fortes em produção, vendas e exportações. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as indústrias apresentaram um ganho real no faturamento de 1,01%, para R$ 642,6 bilhões. Para 2018, a entidade prevê um avanço real de 2,6% a 2,8% no faturamento do setor - descontando a inflação, estimada em 2,7% para o ano.

"A expectativa para 2018 é de um crescimento mais forte. A inflação continua baixa. A safra agrícola ainda depende do clima, mas parece que vai ser uma boa safra. Há uma melhora no cenário macroeconômico que favorece a recuperação do consumo", afirmou Edmundo Klotz, presidente da Abia. O executivo disse que vê como uma fonte de preocupação para este ano a evolução da situação política.

"Se as eleições indicarem um caminho que não seja de renovação do quadro político, pode haver instabilidade política e isso pode acabar afetando o crescimento da economia e do setor", disse Klotz. A Abia adota como expectativa de crescimento da economia a previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 1,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Klotz acrescentou que espera melhorias no desempenho das exportações de alimentos e recuperação do consumo no Brasil, favorecida pela inflação baixa.

Na indústria de alimentos, as categorias que mais tiveram crescimento real no faturamento no ano passado foram as de conservas vegetais, com alta de 9,06%, a cadeia do trigo (8,22%), óleos e gorduras vegetais (3,67%) e chocolate, cacau e balas (3,60%). A única categoria que apresentou queda real no faturamento em 2017 foi a de sucos, com retração de 1,28%. Em volume, a produção cresceu 1,25% em 2017, após ter caído 2,90% em 2015 e 0,98% em 2016. Para 2018, a Abia prevê um crescimento entre 2,5% e 2,9%. Já o consumo de alimentos no país cresceu 4,6% em 2017. O varejo alimentar avançou 3,8% e as vendas de serviços de alimentação fora do lar tiveram aumento de 6,2%. Para 2018, a previsão da Abia é de um crescimento real de 2,7% a 2,9% nas vendas do setor de alimentação no país.


 
Para as exportações, a Abia prevê embarques de US$ 39 bilhões a US$ 41 bilhões. Em 2017, as exportações somaram US$ 38,8 bilhões, com crescimento em dólar de 6,6%. "No passado, o Brasil já chegou a exportar US$ 45 bilhões por ano. Agora está em recuperação", afirmou o presidente da Abia. A Abia também informou que os investimentos no setor recuaram 1,1% em 2017, para R$ 8,9 bilhões. No ano, houve redução nos investimentos feitos pelas indústrias de café, chás e cereais, açúcar, carne e derivados, conservas vegetais e sucos e derivados do trigo. Klotz observou que, em anos anteriores, houve mais investimentos das empresas abrindo fábricas no Norte e no Nordeste para atender essas regiões. Esse movimento não se repetiu no ano passado. O volume de fusões e aquisições também diminuiu em 2017, chegando a R$ 9,9 bilhões, com queda de 14,7%.

"O cenário político instável levou investidores estrangeiros a reduzir as compras no Brasil", disse Klotz. Ele considera pouco provável que haja aumento no volume de fusões e aquisições este ano, devido ao cenário político ainda indefinido. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Entre aspas
"Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado (no leite). E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor." ALEXANDRE GUERRA, Vice-Presidente do Conseleite e Presidente do Sindilat. (Zero Hora)

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