Pular para o conteúdo

27/02/2018

 

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.683

 

  Rio Grande do Sul credencia segundo laboratório de diagnóstico de brucelose

A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul passa a contar com mais um endereço para a realização de testes de brucelose animal. O Estado ganha o seu segundo laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo MAPA no final do ano passado.  Os primeiros testes começaram a ser feitos neste mês de fevereiro com a distribuição dos reagentes. A Portaria Nº 147, que trata do credenciamento, foi publicada no Diário Oficial da União.
 
O superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, classificou o credenciamento como de grande importância para a sanidade animal do Estado, especialmente pelo fato de dobrar a capacidade de realização de testes contra enfermidades bovinas em uma região com grande concentração pecuária. "O local escolhido é estratégico, junto a uma das instituições mais reconhecidas do Brasil e próximo de um grande contingente de profissionais que atuam na medicina veterinária", destaca Todeschini. 
 
O Microvet vem para atender uma demanda reprimida na área de sanidade animal - de indústrias, propriedades e comunidade acadêmica - e se torna o segundo capacitado a realizar teste de brucelose, ao lado do Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul.  Em todo o Brasil, são apenas 13 laboratórios credenciados para a detecção da enfermidade no rebanho. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do SIndilat, o credenciamento de mais um laboratório é importante para a logística do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais realiza testes justamente por ter uma política incentivada pelo Sindilat. "Com o apoio do Fundesa, o Sindilat busca o maior número de propriedades com controle da tuberculose e brucelose. E, com essa ação, o Rio Grande do Sul se habilita a ter uma maior participação no mercado brasileiro e mundial de derivados do leite e carne", afirma Palharini.
 
O projeto de diagnóstico atende produtores rurais que necessitam certificar rebanhos livres de brucelose animal da cadeia leiteira e de corte do Rio Grande do Sul. De acordo com Geder Paulo Herrmann, responsável técnico do Microvet, o laboratório está apto a realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais em sanidade animal com escopos em teste de triagem e confirmatório para obtenção do diagnóstico. Toda a metodologia pertence ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Mapa.
 
A rapidez no diagnóstico do rebanho é uma das prioridades no Microvet. Nos testes simples, o resultado praticamente é fornecido no mesmo dia, e todos são entregues no prazo máximo de 72h.  "Trata-se de um grande avanço em sanidade animal no Rio Grande do Sul, pois o projeto visa o atendimento dos animais da maioria dos produtores rurais que fornecem matéria-prima para as indústrias de leite e de carne", afirma Herrmann. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
China: país está cada vez mais sedento de leite
 
O consumo de leite na China até a década de 1960 foi insignificante, mas o aumento da prosperidade fez com que essa necessidade crescesse 25 vezes nos últimos 50 anos. Como resultado, grandes investimentos foram realizados para que o país também aumente a sua produção nacional de leite. Provavelmente em 2050 - com o crescimento contínuo e rápido no consumo - o país asiático precisará triplicar o volume produzido comparado a - por exemplo - o ano de 2010.
Utilização de maiores áreas certamente contribuirão para o aumento da produção de leite chinesa, mas com alguns possíveis efeitos sobre a sustentabilidade ambiental, como:
 
aumento de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE);
necessidade de ter um terço de áreas adicionais para o gado;
aumento de 48% nos níveis de nitratos no solo.
 
Esses fatores podem estimular a China a importar maiores quantias de alimentos. Todo este contexto confirma que o mercado do leite é uma realidade global e que interconecta muitos países produtores, exportadores e consumidores. Acima de tudo, demonstra que a produção de leite está se encaminhando para a sustentabilidade em todo o mundo e a eficiência da produção deve aumentar ao longo de toda a cadeia de abastecimento, com redução nas emissões e constante busca por terras cultiváveis. (As informações são da OCLA, com base em dados do CLAL.it, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Preços/Reino Unido
 
A Arla anunciou que o preço do leite padrão será reduzido em 2,16 pences, o que representa 27,11 pences por litro (ppl), [R$ 1,22/litro], a partir de 1º de março de 2018. Comentando sobre a decisão de reduzir o preço, o diretor da Arla Foods, Johnnie Russel, disse: "Mesmo que seja uma má notícia para os produtores, o desafio é o nosso preço em relação ao preço dos concorrentes, e que estão sendo impactados pelas dramáticas quedas nas cotações das commodities lácteas desde o último outono".
 
Se de um lado as elevadas cotações da manteiga sustentaram o preço do leite ao produtor, de outro, a persistente queda no valor das proteínas desde o início de 2017 está tendo um impacto significativo. As proteínas chegaram ao menor nível histórico, e com poucas perspectivas de recuperação, diante dos elevados estoques na União Europeia (UE).
 
Começou a recuperação dos queijos, mas, os preços ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás. Também melhoraram as cotações da manteiga. No entanto, estão próximas aos preços do ano passado. Embora o mercado venha se recuperando, os preços da manteiga e das proteínas, combinados, permanecem abaixo dos níveis de 2017.
 
A First Milk anunciou na sexta-feira passada que o preço do leite em março será reduzido em 1,25 pences por litro. Comentando o anúncio, o vice-presidente, Jim Baird disse: "Como relatamos nos últimos meses, a fraqueza do mercado de lácteos impacta em nossas receitas e não podemos pagar o leite de forma a prejudicar nossa rentabilidade. Sabemos que essa queda adicional será uma decepção para nossos produtores associados mas continuaremos a fazer tudo o que pudermos para amortecer as condições do mercado". (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Iogurte contribui na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta
Uma nova pesquisa publicada no American Journal of Hypertension traz um belo motivo para colocarmos o iogurte no carrinho na próxima visita ao supermercado. De acordo com ela, o alimento é aliado na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta. Para traçar essa relação, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisaram os hábitos de 55.898 mulheres e 18.232 homens. Todos foram seguidos por aproximadamente 30 anos. Ao avaliar os dados, os estudiosos notaram que a ingestão de iogurte foi inversamente associada ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Para sermos mais exatos, consumir o alimento duas ou mais vezes na semana diminuiu em 17% a probabilidade de males cardíacos nelas e 21% neles - isso em comparação com quem degustava uma porção do produto menos de uma vez ao mês. Em comunicado à imprensa, um dos autores da investigação comentou que estudos menores já haviam sugerido que o iogurte faz bem ao coração por se tratar de um produto fermentado por bactérias. Independentemente dos benefícios ligados a esse derivado lácteo - que incluem ajuda na perda de peso e manutenção da saúde óssea, por exemplo -, é bom lembrar que um alimento não faz milagre sozinho. (As informações são da Exame, resumidas pela Equipe MilkPoint)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *