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Porto Alegre, 26 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.945

      Preço do leite se mantém estável no Rio Grande do Sul em março
 
O mês de março está sendo marcado pela estabilidade no preço do leite padrão produzido no Rio Grande do Sul. Segundo indexador projetado para este mês pelo Conseleite, o valor de referência ao produtor é de 1,1365, pouco abaixo do preço consolidado em fevereiro/2019 (1,1366). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26), pelos integrantes do Conseleite, durante reunião na Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo.

 

“Vemos um início de ano com cotações mais estáveis e acredito que esse cenário deve perdurar nos próximos meses”, afirmou o professor da UPF, Marco Antonio Montoya.  Para este mês, o levantamento apresentado pelo Conseleite indica uma valorização de 0,84% no UHT no confronto com março/2018, indicador que sobe para 22,54% no caso do leite em pó. “Estamos em um período de manutenção do preço do leite e, ao mesmo tempo, ingressamos em uma época de baixa captação no Estado que vai se estender até abril”, destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Para o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, os próximos 30 dias devem indicar o cenário mais consolidado do comportamento do mercado após um período com cinco meses de queda seguido pela alta de fevereiro e, agora, diante do cenário de estabilidade de preços.

 
Foto: Luciana Radicione

O setor ainda debateu a necessidade de adequação dos produtores às INs 76 e 77, que entram em vigor ao final do mês de maio. De acordo com Guerra, a cadeia leiteira também está atenta e na expectativa quanto à prometida sobretaxação ao leite em pó da União Europeia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
Japão recebe autorização para exportar produtos lácteos para a UE

O Japão foi adicionado à lista de países que podem exportar produtos lácteos para a União Europeia (UE). O país asiático solicitou à Comissão Europeia autorização para exportar leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

De acordo com um documento divulgado pela UE, do ponto de vista da saúde animal, o Japão é um país listado pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre de febre aftosa onde a vacinação não é praticada e, portanto, cumpre os requerimentos de saúde animal da UE.

A Comissão realizou recentemente controles veterinários no Japão e afirmou que os resultados demonstram que a autoridade competente do Japão fornece garantias adequadas no que diz respeito ao cumprimento dos requisitos em matéria de importação para a saúde animal.

O documento da UE afirma que, à luz das garantias adequadas fornecidas pelo Japão e da situação favorável da saúde animal no que se refere à febre aftosa no Japão, é adequado incluir o Japão no anexo I do Regulamento (UE) no 605/2010, a lista de países terceiros ou partes de países terceiros autorizados para a introdução na UE de remessas de leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

Os novos regulamentos entraram em vigor ontem (25 de março). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Fabricantes de embalagens investem com projeção de melhora do consumo

As empresas de embalagens investem na capacidade de produção e buscam atender ao aumento da demanda por produtos de maior valor agregado – principalmente em alimentos – diante da perspectiva de melhora do consumo.

“As expectativas são boas. O ano passado já não foi ruim, frente a realidade econômica do País. Para 2019, a perspectiva é melhor, principalmente em termos de cenário econômico e mercado”, afirma o diretor de negócios da Camargo Cia de Embalagens, Felipe Toledo. O principal segmento de atuação da empresa é a indústria alimentícia. “É um setor que tem ligação imediata com o aumento de consumo.”

Em 2018, a empresa obteve crescimento de 14% no volume de produção. Para este ano, investiu em uma nova impressora, que irá entrar em operação no segundo semestre. A previsão é de que a capacidade produtiva terá um incremento de 20%. “Esse investimento é voltado para o serviço de acabamento, que a empresa não fazia. Faz parte de uma estratégia para abranger toda a cadeia e oferecer mais opções ao cliente”, explica. Toledo conta que o mercado tem demandado produtos não convencionais e de maior valor agregado. “A embalagem impacta o consumidor por várias razões, seja pelo design diferenciado, pela sua clareza nas informações sobre o produto, por sua praticidade de uso e até mesmo por serem ecologicamente corretas.”

A Camargo espera atingir novos mercados, como o farmacêutico e o de cosméticos, e um 2019 de maior estabilidade em termos de custos. “Sofremos no último ano com a volatilidade muito alta do câmbio e das resinas usadas como matéria-prima”, conta Toledo.

Ele destaca que a empresa tenta repassar os custos para preservar as margens, mas que isso costuma levar tempo. “Não é possível fazer o repasse no mesmo momento do impacto, sempre há um atraso.”

O diretor da divisão de serviços da Tetra Pak para as Américas, Edison Kubo, declara que a companhia ampliou a operação da sua divisão de serviços — voltada para a oferta e desenvolvimento de soluções em unidades industriais — para atender qualquer empresa, mesmo aquelas que utilizam máquinas e embalagens fornecidas por concorrentes.

De acordo com o executivo, a ideia é ganhar maior capilaridade e entrar em novos segmentos do mercado. “Trabalhamos para ampliar essa área para atender toda a indústria de alimentos e bebidas. Avançamos em nosso portfólio de componentes e soluções para linhas de produção, além de serviços de automação.”

Kubo assinala que, em função da queda de mercado durante a crise, a ociosidade é alta na produção no segmento de bebidas e que os fabricantes têm colocado foco na redução de custos. “A partir desse ano, estamos vendo sinais positivos de alguns clientes, se preparando para um aquecimento da economia.” O executivo tem expectativa de que esse movimento de recuperação se consolide nos próximos meses. “Depende do cenário político e econômico, mas há perspectivas de novos negócios.” Ele afirma que, mesmo que a economia não cresça, a indústria tem demanda de serviços para melhorar seus equipamentos.

Kubo projeta que a área de serviços tenha crescimento próximo a 10%. “A indústria tem essa necessidade de melhorar a eficiência e reduzir custos. O setor de serviços trouxe um crescimento considerável para a Tetra Pak.”

Projeções
De acordo com um estudo realizado pela consultoria Euromonitor para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), o valor bruto da produção de embalagens em 2018 movimentou um total de R$ 78,5 bilhões, alta de 10,4% em relação a 2017. A produção física cresceu 2,5% na mesma base. Já as exportações movimentaram US$ 573,3 milhões, um crescimento de 7% em relação a 2017.

O estudo prevê recuperação para todas as indústrias de bens de consumo nos próximos anos, com efeitos positivos para as embalagens primárias (que ficam em contato direto com o produto), gerando crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo. (DCI)

 
Produção/Uruguai
A captação de leite em fevereiro foi de 112,6 milhões de litros, 11,8% menor do que em fevereiro de 2018, e o menor volume desde 2012 quanto a captação totalizou 109 milhões de litros.
Nos dois primeiros meses do ano a captação de leite caiu 9% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019) a captação ficou 1,9% acima do período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).
Captações em: fevereiro de 2011: 109.087 milhões de litros; fevereiro de 2012: 134.329 milhões de litros; fevereiro de 2013: 121.003 milhões de litros; fevereiro de 2014: 122.755 milhões de litros; fevereiro de 2015: 129.015 milhões de litros; fevereiro de 2016: 114.978 milhões de litros; fevereiro de 2017: 118.734 milhões de litros; fevereiro de 2018: 127.721 milhões de litros; fevereiro de 2019: 112.608 milhões de litros. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 25 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.944

      Recálculo de imposto engorda balanços

Após uma leva de julgamentos recentes de ações individuais de empresas sobre a exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de PIS/COFINS, várias companhias abertas estão fazendo seus cálculos para registrar vultuosas receitas com crédito fiscal neste ano. 

Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, com alcance geral, que era ilegal a inclusão do ICMS na base de cálculo desses impostos federais. O assunto ainda está pendente de julgamento de embargos de declaração movidos pela União. 

Apesar disso, companhias que estão tendo decisões individuais favoráveis transitadas em julgado em instâncias inferiores do judiciário estão tendo aval dos auditores para registrar ganhos nos seus resultados. Foi o caso da Braskem, que já registrou receita extraordinária de R$ 520 milhões no quarto trimestre.

Em fevereiro, em evento subsequente ao fechamento do seu ano fiscal, a petroquímica obteve o trânsito em julgado de ação própria, que retroage ao ano de 2004, e determina a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS. "O registro desse crédito extemporâneo será feito no resultado da companhia assim que for possível realizar uma estimativa confiável", afirmou a companhia. 

Além da Braskem, a Petrobras também obteve decisão favorável e está apurando valores. A estatal ajuizou ações contra a União para pleitear a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS no período de agosto de 2001 até dezembro de 2017.

A estatal obteve decisão favorável no Tribunal Regional Federal da 2ª Região em agosto de 2018, aplicando o mesmo entendimento fixado pelo STF. Em janeiro, foi dado provimento integral ao recurso da petroleira para abranger o período pleiteado na ação contra a União. "A companhia está realizando o levantamento dos valores relacionados à matéria [mudança na cobrança do imposto], principalmente em virtude do longo período abrangido, portanto, o ativo contingente ainda não foi razoavelmente estimado até apresente data”, informou a Petrobras, nas notas explicativas do seu balanço. 

A Romi, que vinha sendo mais conservadora no registro dos efeitos da decisão do STF até o ano passado, anunciou na semana passada que vai registrar o crédito fiscal após vitória de ação individual na Justiça. O impacto no lucro líquido do balanço do primeiro trimestre deste ano será de R$ 89 milhões, estima a empresa.

Outras companhias ainda estão aguardando julgamento de suas ações individuais, mas já fazem estimativas de ganhos. A varejista Renner estima uma receita potencial de R$ 1,3 bilhão, embora destaque que, no momento, não tem como assegurar a realização desses créditos. A Magazine Luiza, também aguardando julgamento, estima ganho potencial de R$ 640 milhões. 

Os créditos fiscais inflaram lucros e até reverteram prejuízos no ano passado. Na varejista Marisa, o reconhecimento de créditos referente à exclusão do ICMS no PIS e COFINS, no montante de R$ 801 milhões, permitiu à companhia reverter prejuízo de R$ 60 milhões em 2017 e lucrar R$ 28 milhões em 2018. A varejista Pernambucanas registrou R$ 443 milhões em receitas extraordinárias no quarto trimestre, após obter o trânsito em julgado de uma ação individual sobre o assunto. O ganho extraordinário permitiu à Pernambucanas um avanço de 170% no lucro líquido, para quase R$ 550 milhões no trimestre. 

Assim como no caso da Braskem e da Pernambucanas, o registro no balanço desse crédito fiscal está sendo feito de uma vez só, explica Sílvio Takahashi, sócio da Ernst & Young, especialista em gerenciamento de risco. O crédito vai se realizando aos poucos, conforme a empresa vai compensando no pagamento de outros tributos à União. 

Mesmo sem definição de suas ações individuais, a decisão do STF pode afetar os balanços. Algumas empresas reverteram provisão para perdas judiciais, depois que seus advogados avaliaram que a probabilidade de mudança de entendimento do STF é remota, ainda que haja modulação dos efeitos. 

No entanto, ainda há controvérsia relevante sobre o assunto. Um dos principais pontos questionados no STF pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) é o método de apuração do crédito. O voto da ministra Carmen Lúcia em 2017 foi de que este deveria ser valor bruto do ICMS descontado na nota. Só que a Receita Federal emitiu posteriormente uma resolução indicando que o montante deve ser o do saldo devedor do ICMS, também chamado "valor líquido", que é substancialmente menor. Diante disso, Pedro Anders, sócio-líder de impostos corporativos da KPMG no Brasil, prevê mais um contencioso tributário em relação ao assunto. A priori, diz, as empresas estão fazendo os cálculos com base no entendimento do STF, mais favorável a elas. 

Além da metodologia de puração dos valores, e a sua forma de liquidação, a União questiona ainda aplicação do efeito retroativo da decisão do STF, que teria impacto elevado nas contas públicas. A Receita Federal estima, na lei de diretrizes orçamentárias, uma despesa de R$ 229 bilhões para cinco anos retroativos e de R$ 45,8 bilhões ao ano, considerando valores de 2018.
 
Professora de direito tributário da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Tathiane Piscitelli, diz que esses montantes não estão provisionados nas contas da União. Para ela, não está clara a metodologia de cálculo desses valores. "A impressão que passa é que o valor pode inflado para pressionar o STF a modular a sua decisão", afirma. "O argumento de que o impacto para as contas públicas seria desastroso é válido, mas ele tem que ser verdadeiro", diz. 

Não há previsão para julgamento dos embargos. Enquanto isso, empresas do ramo de serviços estão pegando carona na decisão do STF para obter créditos fiscais a partir da exclusão do ISS da base de cálculo de PIS e COFINS. Carlos André Pereira Lima, do escritório Da Fonte Advogados, diz que muitas estão obtendo vitória na Justiça, ainda que a decisão da Corte não inclua ISS. "A tese para exclusão do ISS é muito parecida com a do ICMS", disse o advogado. (Valor Econômico) 

                 
 

Gadolando: programa Web+Leite garante controle eficaz na produção

A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) disponibiliza um sistema de controle da produção dentro da propriedade leiteira que permite o monitoramento da qualidade do leite. O programa Web + Leite  pode ser acessado no SITE da entidade, onde o criador associado direto e  indireto que é aquele que usa o sistema cooperativo, preenche o seu código e senha. A partir deste momento são permitidas várias ações que irão ajudá-lo a ter uma radiografia completa do sistema de produção. A primeira delas é a realização do cadastro dos animais com informações como data de nascimento, coberturas, mortes, prenhez e ocorrências (secagem, aborto, natimorto, parto, desmame). 

O superintendente Técnico da Gadolando, José Luiz Rigon, afirma que é muito importante que seja lançado no sistema tudo que acontece dentro da propriedade por meio deste cadastro que possui sete itens. Explica que a partir do cadastramento das informações, será possível fazer dentro do sistema consultas e ter acesso a relatórios. “Nas consultas é possível saber sobre plantel, touros, índice genético, índice leiteiro, além de dados como prenhez das vacas, pai, mãe, crias, coberturas, lactação, produção de leite, prêmios, entre outros”, observa Rigon, lembrando que existe também um cadastro para o médico-veterinário que trabalha na propriedade leiteira.

O sistema também gera relatórios com base nas informações do cadastro, como controle leiteiro, classificação linear, listagens (animais a secar, a parir, coberturas, animais no rebanho), pontos críticos (contagem de células somáticas) e gráficos (percentual de gordura, média de produção de leite). Rigon ressalta que a porta de entrada para utilizar o Web+Leite é fazer o registro dos animais. “O registro identifica o animal. A sua pelagem se equivale a impressão digital do homem, isso está no DNA. Não existe nenhum animal igual ao outro. Portanto, registro e controle do rebanho já são uma rastreabilidade perfeita”, destaca.

O superintendente técnico da Gadolando lembra que a entidade está debatendo a criação de um aplicativo para que os dados relativos aos animais sejam alimentados no local de trabalho, sem a necessidade de lançar as informações no sistema somente quando chegar na sede da propriedade, evitando assim a duplicidade de informações. Conforme Rigon, a disponibilização do aplicativo para o produtor ajudaria a amenizar questões como problemas com energia elétrica e sinal de internet.

“O produtor que usar o Web+Leite em sua integralidade vai ter informações sobre reprodução, alimentação, morfologia, controle de rebanho. O sistema é uma ferramenta que monitora a produção visando a qualidade do leite, e todas essas informações vão chegar na ponta final do consumidor que irá adquirir um produto melhor”, sinaliza. (Gadolando) 

 

Languiru bonifica associados com incremento na produção leiteira

Na busca pela manutenção e valorização da cadeia produtiva, a Cooperativa Languiru instituiu prêmio de produtividade para os produtores de leite associados. A iniciativa foi apresentada pelo presidente Dirceu Bayer no mês de março e bonifica o incremento de produção em R$ 0,25 por litro, sempre tomando por base comparativa o volume produzido no mês anterior. O programa contempla os meses de março, abril, maio e junho, com pagamento do bônus, que será cumulativo, em julho, na forma de vale-compras.
 
O benefício é extensivo a todos os produtores de leite associados à Languiru, independente do volume produzido. “É um grande estímulo para os nossos produtores de leite, ninguém será excluído, seja ele pequeno ou grande produtor, ao contrário de programas semelhantes desenvolvidos por outras empresas, que privilegiam essencialmente os maiores produtores. Como cooperativa, vemos como justa essa possibilidade de todos se beneficiarem desse programa de bonificação”, destaca Bayer.

Valorização 
“É uma iniciativa inédita na história da cooperativa. A Languiru vive um novo momento e essa decisão do Conselho de Administração leva em consideração as dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite nos últimos tempos. Se a Languiru vai bem, o associado também precisa ir bem”, justifica Bayer.
 
Diante desse cenário, o presidente adianta o desempenho econômico da Languiru em 2018, cujos números serão apresentados em Assembleia Geral Ordinária no dia 29 de março. “Apesar de um ano de extrema dificuldade para a economia nacional, especialmente para o mercado das carnes, ainda assim a Languiru registrou o seu segundo melhor desempenho histórico, possibilitando a distribuição de sobras do exercício ao quadro social. A Languiru valoriza o trabalho de seus associados”, acrescenta.
 
Paralelamente a isso, a cooperativa ainda estima incremento no valor do litro de leite pago ao seu produtor neste mês de março, apesar do recuo do preço do leite longa vida nos supermercados. “Independentemente dessa realidade, asseguramos aumento no valor pago ao associado. É um tratamento diferenciado que deve ser valorizado pelo quadro social, assim como os demais benefícios oferecidos pela cooperativa”, alerta Bayer. 

Prêmio produtividade
Os valores do benefício exclusivo pago aos produtores de leite associados à Languiru serão acumulados durante o semestre e liberados em cota única no mês de julho, em forma de vale-compras, a ser usufruído em até um ano em qualquer unidade da cooperativa (supermercados, lojas agrocenter, fábrica de rações e postos de combustíveis Languiru).
 
“Importante destacar que nos meses em que a produção não registrar incremento no seu volume, não há o pagamento do bônus, mas o associado não perde o benefício já acumulado, podendo voltar a ser bonificado no mês seguinte. É uma maneira de estimularmos a sustentabilidade da produção”, explica o coordenador do Setor de Leite do Departamento Técnico da Languiru, Fernando Staggemeier.
 
Mais informações sobre o programa podem ser obtidas com os profissionais técnicos do Setor de Leite da Languiru ou junto ao Departamento Técnico, fone (51) 3762-5642. (Assessoria de Imprensa Languiru) 

 
Interleite Sul 2019
Seminário técnico tem como tema deste ano “Sistemas de Produção e Eficiência Econômica para o Sul do Brasil” e também a atualidade econômica, científica e mercadológica em seis painéis, com 20 palestrantes. Inscrições no SITE.
Datas: 8 e 9 de maio.
Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nés, em Chapecó (SC). (Correio do Povo)

Porto Alegre, 22 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.943

      CNA discute impactos da tributação no setor lácteo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na terça (19) da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, para discutir os impactos da tributação ao setor lácteo.

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, um grupo técnico foi criado para avaliar quais os impostos que mais oneram a cadeia produtiva e solicitar ao Ministério da Economia a retirada deles. “O objetivo principal é reduzir os custos de produção do pecuarista e de comercialização da indústria e consequentemente, melhorar a competitividade do setor”, disse. Segundo ele, a primeira reunião do grupo, que será coordenado pela Embrapa Gado de Leite, acontecerá na próxima semana, em São Paulo. “Esse tema também está sendo discutido dentro do plano de melhoria da competitividade do leite, pois é uma das prioridades do setor”.

Durante a reunião, também foi debatida, no âmbito do plano, a necessidade de criação de um seguro específico para o produtor de leite.

“É uma demanda que diz respeito à mitigação de risco. Alguns modelos de seguros, como de renda, produção e faturamento já estão sendo avaliados para atender melhor o produtor e serão debatidos na próxima semana entre o Mapa, a CNA e um grupo de seguradoras”. (Alfonsin)
                 
 

Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de março de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de fevereiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de março de 2019. (Famasul)

 

Leite também pode sofrer com queda nos preços

O relatório sobre perspectivas do Rabobank indicou que a oferta elevada de leite pode acabar limitando os preços do produto no Brasil. De acordo com a publicação, os bons preços adquiridos no primeiro semestre do ano podem fazer com que os produtores se sintam confiantes para aumentar a oferta. 

“De acordo com o indicador do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os produtores receberam R$1,41/litro (preço médio líquido) em fevereiro de 2019, comparado com R$1,06/litro em fevereiro de 2018 (preço corrigido pela inflação). Isso significa que o preço de fevereiro de 2019 foi 33% superior ao preço de fevereiro de 2018 em termos reais”, diz o relatório. 

Com custos de produção levemente superiores aos registrados no início de 2018, as margens do produtor de leite estão em território positivo no final do primeiro trimestre de 2019 e devem ajudar a estimular a produção no segundo trimestre do ano durante o período de entressafra, segundo o Rabobank. "Com a produção aquecida e a chegada da safra de inverno na região Sul do país, é provável um aumento significativo na oferta de leite no segundo trimestre”, completa. 

Levando em consideração o comércio internacional, as importações de lácteos “têm aumentado nos dois primeiros meses do ano, elevando o déficit comercial do Brasil”. Com preços ao produtor no Brasil comparativamente superiores aos praticados no Mercosul, “o leite importado da Argentina e do Uruguai está em patamares competitivos e as importações podem se manter em níveis elevados no segundo trimestre de 2019”. (Agrolink)

 

Mapa: acesso à internet no campo deve ter proposta para ampliação neste ano

O Secretario de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, deve entregar a ministra Tereza Cristina neste ano proposta para ampliar a conectividade no campo. Atualmente, informou, é possível acessar a internet em qualquer ponto do país por meio de satélite, “mas a um custo proibitivo para pequenos e médios produtores rurais”.

O secretário e equipe têm discutido alternativas de acesso à rede com empresas públicas e privadas do setor, com representantes do Ministério da Ciência, Te cnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), universidades, como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP.

A necessidade de ampliar o acesso à rede de internet foi um dos assuntos que o secretário tratou na XX Reunião da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, no Mapa, na última quarta-feira (20). “É um recurso que pequenos e médios produtores do agronegócio precisam para a melhoria da sustentabilidade, da competitividade e para a motivação da sucessão familiar no campo”, disse o secretário. Também foi discutida a importância de fazer o acompanhamento e dar suporte técnico ao Projeto de Lei 355/19 de autoria da ministra Tereza Cristina, que institui a Política Nacional de Incentivo à Agricultura de Precisão. (MAPA)

 

Estabilidade nos preços dos lácteos na UE

O último boletim do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), de 21 março, ressaltou:

- Em comparação com a semana anterior, os preços médios da manteiga, do leite em pó e do queijo cheddar na UE se mantiveram relativamente estáveis. Os preços do Emmental caíram 2,5%.
- Na semana passada houve ligeira queda no preço do leite no mercado spot da Itália (€ 0,41/kg)
- Os custos da alimentação animal caíram 3%, e os de energia subiram 1,5%, em relação à média das quatro semanas anteriores.
- Tendências divergentes nas cotações mundiais dos produtos lácteos expressas em dólar norte-americano.
- Os preços do leite em pó desnatado na UE e nos Estados Unidos encontram-se em nível similar, mas, 20% abaixo dos preços da Oceania.
- Aumento geral dos preços dos produtos lácteos na Oceania: manteiga (+5,9%), leite em pó integral (+5,8%), e queijo cheddar (+6,8%).
- Queda nos preços da manteiga na UE (-2,4%), do cheddar nos Estados Unidos (-4,3%) e do leite em pó desnatado nos Estados Unidos (-2,1%).
- O preço do leite em pó integral na UE, e na Oceania, agora estão no mesmo nível.
- A captação de leite na UE caiu 1,5% em janeiro de 2019 em relação a janeiro de 2018, o que resultou em 196.000 toneladas a menos de leite.
- A UE reduziu em janeiro sua produção de leite em pó desnatado (-8,5%), leite em pó integral (-6,4%), manteiga (-1,9%), queijo (-1%), e leite de consumo (-1%).
- A produção de leite da Nova Zelândia em janeiro (oitavo mês da campanha 2018/19) aumentou 7,7% em comparação com janeiro de 2018 (totalizando 4,9% de aumento entre junho e janeiro).
- Os Estados Unidos também começaram 2019 com aumento da produção de leite em comparação com o ano anterior (0,9%).
- A produção de leite da Austrália em janeiro (sétimo mês da campanha 2018/19) diminui 11,3% em comparação com janeiro de 2018 (acumulando perda de 6% de julho a janeiro). (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

UE – O uso do leite pelos europeus está mudando

As tendências nas preferências dos consumidores mudaram a forma como o leite está sendo processado na Europa. Nas últimas perspectivas da União Europeia (UE) para os lácteos, no curto prazo, houve deslocamento na utilização do leite fluido para diferentes produtos lácteos com maior valor agregado.
Entre 2007 e 2017, a produção de leite cru nos 28 países da UE cresceu 17%, o que representou 22,5 milhões de litros adicionais. Nesse mesmo período, o uso do leite para a produção do “leite de consumo” caiu, enquanto a produção de “outros produtos lácteos” cresceu. Incluídos nesta categoria estão produtos como fórmulas infantis, leite em pó Fat Filled, [leite em pó desnatado acrescido de gorduras vegetais], e outros produtos voltados para o mercado de saúde e nutrição.

A parcela de leite direcionada para produtos lácteos tradicionais, como creme, iogurte, queijo e manteiga permanece estável. (Dairy AHDB – Tradução livre: Terra Viva)
 
A PREVISÃO de El Niño de fraca intensidade para os próximos meses promete favorecer a concentração de umidade, com chuva pouco acima do normal no sul e no oeste do Estado. Essa variação, não deve, no entanto, ter maior influência sobre as culturas de inverno, segundo boletim do departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do RS.

Porto Alegre, 21 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.942

      Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Março de 2019 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.


1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Janeiro/2019: De 31/12/2018 a 03/02/2019
Mês de Fevereiro/2019: De 04/02/2018 a 03/03/2019
Decêndio de Março/2019: De 04/03/2019 a 17/03/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sindileite/SC)

                 
 

INSTRUÇÃO NORMATIVA N º 3, DE 14 DE MARÇO DE 2019

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe conferem os art. 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019, tendo em vista o disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, na Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, no Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, e o que consta do Processo nº 21000.026650/2018-92, resolve:

Art. 1º Ficam estabelecidos os procedimentos de aprovação prévia de projeto, reforma e ampliação, registro de estabelecimento, alterações cadastrais e cancelamento de registro de estabelecimento junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA, e relacionamento de estabelecimentos junto ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SIPOA, na forma desta Instrução Normativa. (MAPA/Diário Oficial da União)

ACESSE A IN NA ÍNTEGRA

 

Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados 

O lançamento do livro ‘Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados’, coordenado por Adriano Gomes Cruz, editado pela Setembro Editora, acontecerá no Simpósio sobre Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados, no Ital/Campinas, no dia 28 de março de 2019. Os participantes inscritos receberão um exemplar da obra. 

O livro traz artigos sobre vários temas relacionados à inovação no setor de produção de lácteos e aspectos fundamentais para serem observados nas indústrias de leite derivados. Os artigos escritos por pesquisadores e especialistas do setor abordam temas, tais como sistemas de qualidade no processamento de leite e derivados – novas abordagens; Limpeza e sanitização no processamento de leite e derivados; gestão ambiental no processamento de leite e derivados; tratamento de efluentes das indústrias de leite e derivados; análise térmica no processamento de leite e derivados; RMN no domínio do tempo na caracterização; tratamento ôhmico e campo elétrico pulsado no processamento de leite e derivados; emprego do processo de separação de membranas em leite e derivados; princípios e aplicações da crioconcentralção de leite e derivados; inovações no desenvolvimento de derivados lácteos probióticos, prebióticos e simbióticos; técnicas utilizadas para microencapsulação de bactérias probióticas; técnicas utilizadas para microencapsulação de bactérias probióticas; caracterização de microcápsulas probióticas e uso em derivados lácteos, entre outros. (Revista Indústria de Laticínios)

 

Preços/NZ

O aumento dos preços dos lácteos no mercado mundial aumenta as chances de a Fonterra ficar apta a pagar o preço do leite ao produtor pelo valor maior da faixa de previsão atual.

Ainda que a cooperativa esteja lutando para equilibrar seus negócios, existe uma boa notícia para os agricultores. Com as cotações mundiais dos lácteos em alta, é provável que o preço do leite nesta temporada seja pago a NZ$ 6,60/kgMS pela Fonterra.

Tanto os economistas do banco ASB, como do BNZ revisaram para cima o preço do leite na temporada, depois dos ganhos registrados nos leilões GDT da Fonterra. E, as perspectivas para a próxima temporada são, potencialmente, mais positivas. O economista Nathan Penny, do ASB aumentou NZ$ 0,35 em suas expectativas, prevendo o preço de NZ$ 6,60/kgMS nesta temporada, e de NZ$ 7/kgMS na abertura da próxima.

O economista Doug Steel do BNZ, projeta NZ$ 6,50/kgMS nesta temporada e NZ$ 6,70/kgMS no início de 2019/2020.

Penny ressalta que o preço do leite em pó integral subiu 10,2% desde que o ASB apresentou sua previsão em fevereiro, e as cotações se elevaram por oito leilões consecutivos.

“O aumento de preços, no entanto, pode ser uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que elevamos a previsão do preço do leite, também projetamos queda no crescimento da produção, que era de 5%, e agora passou para 3%. Com base no lucro líquido, as mudanças são positivas para o setor lácteo como um todo. Estimamos que elas representarão aumento de NZ$ 450 milhões de renda a mais no setor lácteo. No entanto, é preciso observar que os efeitos da mesma forma. O tempo seco e o clima quente prejudicaram de forma diferente, cada região”, explicou Penny.

Steel do BNZ também informou que o banco revisou para menos a produção de leite da Nova Zelândia, para um ganho entre 1 e 2% em relação à safra anterior. A última previsão era que haveria crescimento de 4%.“A queda de produção faz os preços subirem. O impulso dos preços tem sido maior do que em alguns meses atrás”. (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)

 
Mais de 2,7 mil propriedades de leite encerraram operações nos EUA em 2018
Propriedades leiteiras/EUA - Mais de 2,7 mil propriedades leiteiras nos Estados Unidos encerraram as operações em 2018, segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA).
A agência disse que produtores enfrentam preços mais baixos de leite e custos mais altos de produção. A maior parte das propriedades fica na região de Wisconsin e Alasca.
O consumo vem se desacelerando nos últimos anos, embora a produção global de leite tenha subido constantemente, deixando a indústria mais dependente das exportações, acrescenta o USDA. A agência estima que o país tenha 37,4 mil propriedades leiteiras licenciadas. O dado foi atualizado no fim de 2018. (Globo Rural)

Porto Alegre, 20 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.941

      Edital de convocação – Assembleia Geral Extraordinária

Edital publicado na página 9 do Jornal Correio do Povo, em 16/03/2019. (Correio do Povo) 

 
                 
 

Com leite em pó integral valorizado, GDT sobe 1,9%

Ontem (19/03) o leilão GDT apresentou sua oitava alta consecutiva, com uma valorização de 1,9% em relação ao último evento. Todavia, as 21.713 toneladas representaram queda de 2.217 toneladas em relação ao leilão realizado no começo do mês, associado, por outro lado, a uma maior demanda pelo leite em pó integral e manteiga, o que resultou no aumento verificado. O preço médio dos produtos negociados no leilão foi de US$ 3324/ton. 

Com uma alta de 4% em relação ao índice anterior e um preço médio de US$ 3317/ton, a maior demanda pelo leite em pó integral puxou a alta do leilão GDT, com o integral correspondendo, sozinho, por mais da metade do volume negociado no leilão. A manteiga (+9,3%), o queijo (+3,9%) e a caseína (+9,7%) também ajudaram a puxar a alta do leilão.

Por outro lado, o leite em pó desnatado, que correspondeu a cerca de 25% do volume negociado no leilão, teve desvalorização de 2,4%, com um preço médio de US$ 2405/ton, o que “segurou” maiores elevações no preço médio do leilão. Além do desnatado, a gordura de leite anidra (-3,1%) e a lactose (-1,0%) também tiveram uma desvalorização em seu índice de preços.

As recentes elevações de preços no GDT têm relação com a desaceleração da produção nos principais mercados exportadores do mundo, notadamente nos Estados Unidos, na Austrália e na União Europeia.

Essa menor produção na União Europeia nos dois últimos meses de 2018 e um aumento na demanda por leite em pó explicam o quase esgotamento dos estoques públicos de leite em pó desnatado da União Europeia, com apenas pouco mais de 1000 toneladas estocadas em fevereiro de 2019, em contrataste com as 220.000 toneladas estocadas em nov/18. Este cenário explica a valorização de 24% do leite em pó desnatado esse mês em relação a mar/18. (Milkpoint/GDT)

 




Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Março de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2019 é de R$ 2,2916/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 

Nutrição infantil no País passará por uma análise

A Universidade Federal do Rio de Janeiro inicia a primeira etapa do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). O estudo é voltado para crianças de até cinco anos de idade e tem o apoio do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e Tecnológico (CNPq). 

A coleta de dados vai até dezembro próximo, com a divulgação dos resultados a partir de fevereiro de 2020. A primeira fase do estudo, inédito no Brasil com a abrangência e o detalhamento propostos em âmbito nacional, vai percorrer 123 municípios e todas as regiões do Brasil. O objetivo é coletar informações de cerca de 15 mil domicílios, o que pode significar obter informações de até 17 mil crianças menores de cinco anos de idade. 

Os resultados do “censo de nutrição infantil” permitirão ao Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Alimentação e Nutrição, formular políticas públicas baseadas em evidências voltadas para as crianças na faixa etária abaixo de cinco anos. Os primeiros estados a serem visitados são Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, totalizando 23 municípios. 

São eles: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro; Serra e Vitória, no Espírito Santo; Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Lauro de Freitas, Salvador e Simões Filho, na Bahia; Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Gravataí, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio Grande, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Viamão, no Rio Grande do Sul. 

O coordenador nacional do Enani, Gilberto Kac, do Instituto de Nutrição José de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que o estudo tem três metas. A primeira é mapear deficiências de micronutrientes (vitaminas e minerais) entre as crianças com menos de cinco anos, em termos de alimentação e nutrição. 

O estudo conseguirá mapear o estado nutricional bioquímico de crianças entre seis meses e 59 meses. O trabalho vai medir também a alimentação das crianças abaixo de 5 anos de idade. O terceiro objetivo é o mapeamento do estado nutricional antropométrico (conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes) que, no caso, inclui medir o peso e a altura das crianças e das mães. (ABR/Jornal do Comércio)

 
Cadastro no PNCBT - Atualização até o dia 31
Os veterinários habilitados que atuam no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCBT) têm até o dia 31 de março para atualizar seus cadastros. Os dados podem ser informados pela Internet ou entregues na Inspetoria de Defesa Agropecuária. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 19 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.940

      Venda do leite do Brasil depende da ampliação da produção e melhora da matéria-prima

Quinto maior produtor mundial de leite, o Brasil exportou em 2017 apenas 0,6% da sua produção inspecionada de lácteos. Mesmo prejudicado pelo baixo consumo interno em decorrência da crise, o setor não ampliou suas vendas externas, tendo fechado os últimos anos com déficit na balança comercial.

No entanto, é justamente o mercado externo que é visto como uma das vias para dois pontos fundamentais para a cadeia de leite: estabilidade nos preços e continuidade da expansão do setor. Estudo feito pela Embrapa Gado de Leite apontou que é a região Sul do país que tem viabilidade para exportar.

Em visita à 20ª Expodireto Cotrijal, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, explicou que não é todo o Brasil que tem condições de embarcar lácteos para outros países. Por isso, defende a elaboração de políticas públicas regionalizadas para os estados considerados mais competitivos. “Na Região Sul estão os municípios que têm produtividade por vaca compatível com a da Europa”, diz Martins. “E há uma densidade maior, já que várias propriedades estão próximas, com boas produtividades, o que facilita e torna mais barata a captação pelas indústrias”, acrescenta.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com mais alta produtividade de leite. Em 2016, a produção anual por vaca foi de 3,1 mil litros, em média, enquanto que a média nacional cai para 1,7 mil litros, segundo o IBGE. Em Não-Me-Toque e Passo Fundo, a produtividade é de 4,4 mil a 4,6 mil litros por vaca ao ano.

Mesmo acreditando que o Brasil não será grande exportador de lácteos, já que conta com a vantagem da alta demanda interna, Martins explica que é importante parte da produção nacional ser vendida para fora. “Todo produto que participa do mercado externo tem maior estabilidade de preços. A cotação da soja, do milho, do frango, por exemplo, é estável porque se traz para o mercado interno a estabilidade internacional”, observa.

Em 2018, segundo o Ministério da Economia, o Brasil exportou 10 mil toneladas de lácteos, enquanto importou 96 mil toneladas. “Toda vez que tivermos excesso de leite aqui e o preço estiver caindo, temos que colocar o produto com mais intensidade no mercado internacional, mas, para isso, tem que haver continuidade, tem que ter política de longo prazo”, argumenta Martins.


(Foto: Guilherme Almeida)

O produtor de leite em Westfália, no Vale do Taquari, Elimar Kalkmann, que visitou a Expodireto na quinta-feira, concorda que o Brasil precisa, pelo menos, equilibrar a balança comercial do leite. Disse ser insustentável, hoje, o produtor receber preços remuneradores durante três, quatro meses no ano e depois sofrer com valores depreciados. Admite que, embora ache rigorosas as normas do Ministério da Agricultura sobre qualidade, desconhece as exigências feitas pelos países. “Só que para nós, pequenos produtores, profissionalizarmos mais ainda a produção precisamos fazer investimentos pesados e aí é que está o problema”, ressalva Kalkmann.

Estudo da Embrapa aponta rumos
Apesar de já estar presente no mercado internacional, o Brasil tem diversos gargalos para resolver e consolidar uma participação mais efetiva. Dentro da porteira, o estudo da Embrapa apontou que é preciso ampliar a produção por propriedade, bem como a qualidade do leite. Fora da porteira, entre os fatores que tiram a competitividade das exportações está a tarifação alta de insumos.

Produtor de leite há 21 anos em Erval Seco, Norte do Estado, Eleandro Volpatto, acredita que sem redução dos custos dos insumos o pequeno produtor não alcançará competitividade. Ele concorda que é necessária a melhoria da qualidade da matéria-prima. “Hoje a qualidade é baixa e para resolver isso o produtor tem que ter acesso à assistência técnica”, pontua.

Outro problema levantado pelo estudo é a guerra fiscal. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, diz que pelo fato de cada Estado ter uma política tributária diferente dos demais é difícil a existência de grandes plantas de laticínios no país como ocorre, por exemplo, na Nova Zelândia. “A guerra fiscal exige que as empresas façam fábricas em diferentes Estados para explorar as condições tributárias de cada um deles. Isto é muito danoso”, completa. (Correio do Povo)

                 
 

São retomadas as importações brasileiras de lácteos

No primeiro bimestre as importações brasileiras de produtos lácteos terminaram à frente de igual período de 2018, com a Argentina, novamente, liderando as vendas. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, entre janeiro e fevereiro foram importadas 29.954 toneladas de produtos lácteos, um aumento de 58,8% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Com um preço de compra inferior, o aumento em dólares foi de quase 39%.

No primeiro bimestre as importações da Argentina totalizaram 18.120 toneladas, um salto de 79% em relação às 10.096 toneladas de janeiro e fevereiro de 2018. As compras de lácteos do Uruguai totalizaram 8.082 toneladas, um aumento de 42% em relação ao primeiro bimestre de 2018. O crescimento das importações ocorreu em um cenário de alta nos preços domésticos de leite. Segundo um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em fevereiro o preço do leite ao produtor subiu 10,2% em relação a janeiro. 

O valor médio de fevereiro foi de R$ 1,414 por litro (US$ 0,37, com o dólar cotado a R$ 3,80), um preço 33,8% acima do valor de igual mês do ano anterior. Trata-se do maior valor médio para o mês de fevereiro – em termos reais – desde que começou o levantamento do Cepea, em 2004. 

A intensificação da alta de preços esteve atrelada à oferta limitada da produção, em janeiro, e o aumento da concorrência entre as empresas para assegurar a matéria prima. O volume captado em janeiro foi menor do que as expectativas dos operadores do mercado. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
Estudo brasileiro indica que o kefir melhora a função cardíaca
The Journal of Nutritional Biochemistry publicou na edição de abril de 2019 estudo dirigido pela brasileira Mirian A Silva-Cutini, e que foi premiado em maio do ano passado, indicando que o tratamento com probióticos do kefir controla a pressão arterial, reduz o relaxamento do músculo cardíaco (hipertrofia cardíaca), e melhora a interação proteínas/cálcio, importante mediador da contração cardíaca. O estudo foi realizado em ratos hipertensos, e, deve ser realizado em humanos. “Essas descobertas sugerem que o kefir tem efeitos benéficos sobre a hipertensão e pode ser usado como um coadjuvante na redução da hipertensão”, escreveram os pesquisadores da Universidade de Vila Velha e da Universidade Federal do Espírito Santo no Brasil. 
Kefir no Brasil: A demanda global por kefir está explodindo conforme dados da Innova Marketing mostrando que o lançamento global de produtos de kefir quase triplicaram nos últimos cinco anos, com 140 produtos lançados nos últimos 12 meses. No Brasil, o interesse em kefir está, definitivamente, em ascensão, onde grande parte do kefir é preparado em casa, com porções diárias, com grãos de kefir obtidos por meio de doação, como uma “cadeia de probiótico”. A DuPont lançou recentemente uma linha de cultura de kefir, baseada em grãos de kefir liofilizados reais para ajudar a industrializar a categoria. (Dairy Reporter – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 18 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.939

      União de esforços por lácteos de qualidade

Lácteos de qualidade
A Federação Internacional do Leite (FIL) vai ajudar o Brasil a utilizar as melhores práticas internacionais na produção e transformação de lácteos, afirma sua diretora-geral, Caroline Emond. O Brasil passou a integrar a entidade no ano passado. Recentemente foi instalado o comitê nacional com dez subcomissões para unir esforços de produtores, processadores, academia e governo. "O Brasil tem enorme potencial no setor lácteo, que deve ser visto como um motor de desenvolvimento econômico", diz Caroline, que fica sediada em Bruxelas.

A FIL tem 40 países membros e cobre 75% da produção global de lácteos. O Brasil é o quinto maior produtor de leite, atrás apenas de Índia, Estados Unidos, Paquistão e China. Guillaume Tessier, membro do comitê brasileiro, afirma que o Brasil é autossuficiente, mas tem problemas com a qualidade do leite, que não é suficiente para exportar. "O maior problema é a contagem de células somáticas no leite que, quanto maior, pior a qualidade", afirma. "A infraestrutura obsoleta, associada ao longo tempo de transporte até o laticínio, derruba a qualidade". 

Em termos de produtividade por vaca, o Brasil ocupa a 87ª posição em um ranking liderado por Israel e que tem a Argentina no 43ª posto. Já o custo de produção de 100 quilos de leite era de US$ 30 a US$ 40 em 2016 no Brasil, ante US$ 30 no México, no Uruguai e na Argentina. Na China, no Japão e em Israel, o custo superava US$ 50. O brasileiro consome principalmente leite fresco e iogurte, enquanto a demanda por queijo e manteiga segue baixa. O consumo per capita de manteiga é de 0,4 quilo por ano, ante 1,6 quilo no Uruguai. Já o de queijo é de 3,8 quilos por habitante ao ano no Brasil, abaixo dos 10 quilos na Argentina e 26 na França. Assim, diz Caroline Emond, o potencial para crescimento do consumo de lácteos no Brasil é significativo, assim como na Ásia e na África. Lácteos frescos são consumidos principalmente nos países em desenvolvimento, enquanto produtos processados como manteiga e queijo predominam nos países ricos.

Conforme a FAO, a Agência da ONU para agricultura e alimentação, o crescimento da produção global de leite poderá chegar a 22% até 2027, e grande parte desse aumento deverá ocorrer no Paquistão e na Índia. Em 2027, esses dois países deverão representar, juntos, 32% da produção global. A maior parte dos produtos será consumida internamente. Ao mesmo tempo, a fatia da União Europeia nas exportações globais deverá passar de 27% a 29%. Com exceção do leite em pó, os preços de lácteos deverão recuar em termos reais nos próximos anos. Nesse contexto, o domínio dos produtos frescos deverá aumentar nesse mercado, com uma expansão de 2,2% ao ano do consumo, a mais alta taxa entre as commodities cobertas pela FAO. O aumento será puxado sobretudo pela Índia, onde os lácteos são componentes integrais da dieta. Na Ucrânia e no Cazaquistão, o consumo per capita também tende a aumentar fortemente.

Enquanto países em desenvolvimento ampliam o consumo de lácteos frescos e deverão acrescentar 8,2 quilos per capita até 2027, o consumo de leite fresco nos países desenvolvidos tende a cair 1,7 quilo per capita com o consumo voltando-se para produtos processados. (Valor Econômico)

                 

Exportador de leite
 
A Nova Zelândia exporta 97% do leite que produz, o Brasil exporta míseros 0,1%. Na verdade, importa mais que exporta. Olhando o gráfico abaixo, de 2017, percebe-se que o Brasil possui um custo de produção por litro um pouco superior ao da Nova Zelândia, mas ainda um dos mais baixos do mundo.
 
Os Estados Unidos, o maior produtor mundial possui um custo de produção de 33% a 70% maior que o nosso ou da Nova Zelândia. E o Canadá, maior exportador de lácteos para os EUA, tem um custo imoral, aproximadamente 2 vezes maior que o Brasileiro. Sobrevive de uma pecuária leiteira extremamente organizada e com facilidades para exportar para os EUA. Produtores felizes com um plantel médio de 60 vacas, tão produtivas quanto as americanas. No entanto, os subsídios estão paulatinamente caindo e não há organização que resista a uma realidade adversa do mercado.
 
 
O Uruguai é o nosso Canadá, basta que EUA ou Brasil criem quotas para importação que o caos se estabelece na produção leiteira destes países. São países altamente vulneráveis assim como é a Nova Zelândia, por depender exclusivamente da exportação em sua lucrativa indústria de lácteos. Tudo que os países exportadores não querem é que o Brasil desperte e domine o mercado mundial assim como fez com o mercado de carnes. Mas isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde e é por isso que investidores daquele país já estão no Brasil produzindo e outros países só querem uma estabilidade mínima política para entrar aqui produzindo em alta escala.
 
Tanto Brasil quanto a Nova Zelândia estão aumentando seus custos de produção, com o aumento do uso de silagens e grãos num processo similar ao dos EUA que ainda nem de longe podem competir em produtividade. Um caminho arriscado, se o produtor não estiver focado na produção e principalmente na redução de custos, utilizando substitutivos ou produzindo sua própria dieta. Propriedades pequenas não serão viáveis para a produção de leite nesta linha a curtíssimo prazo e mesmo produzindo a pasto terão dificuldades de sobreviver com o passar dos anos.
 
Crescer e Multiplicar
Para o produtor de leite que é jovem e quer participar deste futuro glorioso para o mercado do leite, é preciso investir gastando o mínimo. Produtores de sucesso aqui em Minas gastam uma ninharia comprando barracões de granja desativados e montam suas estruturas de compost barrn. Outros gastam uma fábula comprando tudo novo num negócio no qual o lucro se mede por centavos por litro. Um doce para quem acertar quem vai sobreviver. Lembrem-se que em nada adiantará continuarem a ser pequenos pois o preço do leite sofrerá constantemente a pressão de baixa dos produtores industriais. A proibição das importações será um paliativo temporário, mas o preço continuará caindo a longo prazo.
 
Pasto ou Semi-confinamento
Dez a 25% dos produtores de leite dos EUA já retornaram às pastagens, produzindo menos e lucrando mais. Nova Zelândia, Austrália, Irlanda, Uruguai nunca abandonaram as pastagens e produzem um leite com o menor custo graças principalmente as suas condições de clima. O que estes países sabem há muitos anos é o mesmo que a Embrapa e os EUA confirmam em seus estudos. Produzindo a pasto, os estudos dos EUA apontam para uma produção média de 6.000 kg vacas por lactação contra os 9.000 Kg do confinamento, no entanto, cada vaca gera uma receita de 100 dólares a mais na lactação. E o Brasil é riquíssimo e tem todas as possibilidades de produzir muito leite a um custo atrativo empregando pastagens irrigadas como a Nova Zelândia em suas plantas em Goiás e Bahia ou um sistema misto, com pastejo no período de chuvas e confinamento na seca.
 
Conclusão:
1 – O Brasil se transformará no maior exportador de lácteos;
2 – A atividade será grandiosa, mas não devemos nos iludir que bastará um banquinho um balde e umas vaquinhas;
3 – O leite em se tornando uma commoditie cotada em dólar, a pressão de baixa nos preços dos grandes produtores industriais vai impactar muito os pequenos. Ou produtor pequeno se prepara ou será uma luta desigual;
4 – O país passando a ser um player exportador, significa que teremos receitas e custos atrelados ao dólar e não somente os custos como acontece hoje;
5 – Mas o negócio é altamente promissor e os antigos modelos não servirão para muita coisa.
Agora, o governo vê o produtor de leite como um eterno chorão clamando por subsídios e restrições às importações, mas o produtor não se atenta a mostrar ao governo que a atividade pode dar aquilo que o governo mais precisa: dólares de divisas internacionais para combater seu déficit público monstruoso. Um ministro da economia tende a não saber o que é uma vaca, mas ele vendo as possibilidades fantásticas do novo negócio saberá juntamente com os produtores criar a estrutura de organização do setor para sermos mais rapidamente grandes exportadores de lácteos. Do contrário será a eterna choradeira todo final de ano. (Agro News)
 

Produção/EUA – Mais uma notícia ruim para as indústrias de laticínios do país. De acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) as licenças de fazendas para produção de leite caíram 6,8%, o que corresponde a 2.700 fazendas de leite a menos. Agora são 37.000 propriedades licenciadas para produção de leite. Isto é uma queda acentuada em relação às 40.000 licenças emitidas no ano passado.
Em Wisconsin, que tem o maior número de fazendas leiteiras do país, foi onde teve a maior queda. Foram 590 fazendas a menos do ano passado para cá. (Dairy Herd – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Porto Alegre, 15 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.938

      Resumão das INs 76 e 77: elas estão chegando!

As instruções normativas 76 e 77 trazem muitas novidades para todas as etapas da cadeia produtiva do leite, desde a produção até os critérios finais de qualidade dos leites pasteurizados. Elas foram publicadas no dia 30 de novembro de 2018 e começarão a vigorar na passagem de maio para junho de 2019. Confira os principais pontos alterados!
 
Produção
Começando com a etapa produtiva, a primeira mudança está relacionada à definição detalhada dos programas de autocontrole (PAC). O que antes já era cobrado pelos fiscais dos serviços de inspeção, agora está regulamentado em uma abordagem mais clara, elencando cada ponto a ser contemplado nos programas de autocontrole dos laticínios. Segundo a IN 77, os PAC devem abordar o estado sanitário do rebanho, planos para a qualificação dos fornecedores de leite, programas de seleção e capacitação de transportadores, sistemas de cadastro dos transportadores e produtores, inclusive com georreferenciamento, além de descrever todos os procedimentos de coleta, transvase e higienização de tanques isotérmicos, caminhões, mangueiras e outros usados na coleta e transporte do leite até o laticínio.
"Começando com a etapa produtiva, a primeira mudança está relacionada à definição detalhada dos programas de autocontrole (PAC)"
 
Armazenamento            
Em relação ao armazenamento de leite na propriedade, a normativa estabelece que o leite deve ser coado antes de ser conduzido ao resfriador. Esse artigo alinha a IN 77 ao novo RIISPOA, o qual já abordava a filtração no leite na propriedade rural.
Os resfriadores de imersão poderão ser aposentados, uma vez que a IN 77 permitirá apenas dois tipos de sistemas: os resfriadores de expansão direta e/ou os resfriadores à placas. As condições de armazenamento serão as mesmas: temperatura máxima de 4oC por períodos que não devem ultrapassar 48h. Os sistemas de refrigeração devem ser dimensionados de modo a atingir 4oC em até 3h.
Os tanques comunitários continuam válidos, porém a IN 22 será revogada. Agora todas as condições serão regulamentadas na própria IN 77, a qual detalha todo o registro, instalação, responsabilidades e análises que devem ser feitas antes da mistura dos leites de diferentes produtores.
 
Transporte        
Para o transporte a granel as condições permanecerão, ainda sendo válido o acréscimo de 3o C até a recepção do laticínio, onde a temperatura máxima deverá ser de 7o C. Apenas para casos excepcionais, a temperatura no recebimento poderá ser de no máximo 9o C. Essa condição permite maior flexibilização em casos de desastres naturais, obstrução de estradas ou qualquer outra situação que fuja do cotidiano. Também continua permitida a entrega de leite sem refrigeração desde que seja feita em até 2h após a ordenha.
"Para o transporte a granel as condições permanecerão, ainda sendo válido o acréscimo de 3o C até a recepção do laticínio, onde a temperatura máxima deverá ser de 7o C"
A rastreabilidade também é contemplada na IN 77: antes do leite ser conduzido até o caminhão tanque, uma amostra deve ser coletada de cada produtor/resfriador, identificada e conservada até a recepção ao laticínio. Esse procedimento também já havia sido regulamentado pelo novo RIISPOA. 
 
Industrialização
Durante o beneficiamento, a maioria das normas estão descritas na IN 76. As análises diárias da recepção do leite cru refrigerado são:
• Temperatura (exceto para latões entregues sem refrigeração);
• Teste do álcool/alizarol na concentração mínima de 72% v;
• Acidez titulável;
• Índice crioscópico;
• Densidade relativa a 15 oC ;
• Teor de gordura, sólidos totais e não gordurosos;
• Pesquisas de neutralizantes de acidez;
• Pesquisas de reconstituintes de densidade ou do índice crioscópico;
• Pesquisas de substâncias conservadoras;
• Resíduos de ATB.
 
Vale observar que a palavra “mínima” referente à concentração alcoólica do alizarol foi mantida, o que deve garantir mais alguns anos de confusões e animosidades entre produtores e indústrias devido ao fenômeno do leite instável não ácido (LINA).
As análises de antibióticos ficarão mais específicas e detalhadas, com análises de no mínimo dois princípios ativos a cada recebimento. Ainda, em frequência determinada pela própria indústria, devem haver análises para todos os grupos de antimicrobianos para os quais existam métodos de triagem. Essa frequência deve ser definida após consenso entre estabelecimento e serviços de inspeção.
"As análises de antibióticos ficarão mais específicas e detalhadas, com análises de no mínimo dois princípios ativos a cada recebimento"
 
Além das análises diárias, a IN 77 define quais análises devem ser feitas pela Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL). Agora, todas as análises serão mensais. Confiram quais são:
• Teor de gordura;
• Teor de proteína total;
• Teor de lactose anidra (novidade);
• Teor de sólidos não gordurosos;
• Teor de sólidos totais;
• Contagem de células somáticas;
• Contagem padrão em placas.
 
Limites físico-químicos, microbiológicos e CCS
Os parâmetros microbiológicos, responsáveis por esquentar as discussões entre ministério, indústria e produtores, sofreram alterações importantes. Para o leite cru refrigerado, a média geométrica trimestral da contagem bacteriana total não deverá ultrapassar 300 mil UFC/mL para análises individuais de cada resfriador/produtor, permanecendo o que já era praticado. Porém, com uma novidade: agora IN 77 define a média geométrica trimestral máxima de 900 mil UFC/mL para o leite antes do beneficiamento. Essa condição não estava regulamentada anteriormente e, mesmo que bastante permissiva, impõe novos limites microbiológicos antes da industrialização do leite cru refrigerado. Para a contagem de células somáticas (CCS) a média geométrica trimestral máxima ficou estabelecida em 500 mil céls/mL. A periodicidade de análises de CBT e CCS continuará mensal.
Para o leite cru refrigerado tipo A os parâmetros terão poucas mudanças, permanecendo a média geométrica trimestral máxima de 10 mil UFC/mL, mas com alterações na periodicidade das análises, as quais devem der quinzenais. Também houveram mudanças no parâmetro de CCS, o qual ficará mais permissivo e com médias geométricas trimestrais máximas de 400 mil céls/mL.
 
Tanto para leite cru refrigerado quanto para leite cru refrigerado tipo A, os parâmetros físico-químicos não terão alterações, salvo para a crioscopia, a qual estará alinhada ao novo RIISPOA e poderá variar entre -0,530oH e -0,555oH. Confira os outros parâmetros:
• 0,14 - 0,18 g ác. lático;
• 1,028 - 1,034 g/cm3;
• -0,530oH -0,555oH;
• Mín 3% gordura;
• Mín 8,4% sólidos não gordurosos;
• Mín 11,4% sólidos totais;
• Mín 2,9% Prot;
• Mín 4,3 Lactose.
 
As classificações dos leites pasteurizados segundo suas porcentagens de gordura continuarão as mesmas.  Porém, com uma importante atualização: sempre que houver padronização, a porcentagem de gordura deve ser indicada no painel principal do rótulo, próximo à denominação de venda e em destaque. Essa condição propiciará maior transparência ao consumidor, permitindo que ele saiba qual a exata porcentagem de gordura que o produto fornece.
"As classificações dos leites pasteurizados segundo suas porcentagens de gordura continuarão as mesmas.  Porém, com uma importante atualização: sempre que houver padronização, a porcentagem de gordura deve ser indicada no painel principal do rótulo, próximo à denominação de venda e em destaque".
 
Para finalizar, uma das alterações mais significativas foi a mudança dos parâmetros microbiológicos para os leites já beneficiados, os quais serão os mesmos tanto para o leite pasteurizado quanto para o leite pasteurizado tipo A.
A partir de maio, haverá apenas um único parâmetro: a contagem de enterobactérias, a qual nunca pode ser maior do que 5 UFC/mL. Essa condição é mais rigorosa quando comparada à antiga IN 62, alinhado a nossa legislação a alguns critérios praticados na Europa. Isso porque as enterobactérias representam um grupo microbiológico muito mais amplo quando comparado aos coliformes, incluindo enteropatógenos importantes como a salmonela.
 
Além de indicadoras de inocuidade e de qualidade higiênica, as enterobactérias também indicam o status de deterioração dos alimentos. Nas antigas instruções normativas, esse grupo microbiológico não era avaliado, com análises restritas aos coliformes. Ao avaliarmos enterobactérias, ampliamos o número de espécies que podem ser enumeradas, indo além dos os coliformes totais e termotolerantes, o que ajuda a garantir maior segurança alimentar com mais simplicidade e coerência às regulamentações internacionais.
 
Caso queira saber mais detalhes, acesse as INs na íntegra:
· Da produção até a recepção no laticínio: IN 77/2018
· Da entrada no laticínio até expedição: IN 76/2018
 
Como as indústrias podem se adaptar às mudanças?
O primeiro passo, é contar com um bom médico veterinário. De preferência, um profissional especializado no compliance agroindustrial de produtos de origem animal. Atuando como responsável técnico, suas funções são vitais para o atendimento às normas, e incluem a orientação à empresa em relação ao cumprimento das legislações, o treinamento periódico dos funcionários, a implantação e execução dos programas de autocontrole, a adoção de medidas corretivas, preventivas e a notificação de ocorrências às autoridades competentes, como sanidade animal, saúde pública, do trabalhador e meio ambiente.
"O primeiro passo, é contar com um bom médico veterinário. De preferência, um profissional especializado no compliance agroindustrial de produtos de origem animal".
 
Além disso, as regulamentações sofrem alterações a todo momento, requerendo sagacidade do profissional frente às atualizações e atenção à novas publicações em diários oficiais, revogações e vigências de normas complementares.
Mais do que conhecimento técnico, esse profissional precisa ter um perfil de liderança, que inspire toda a equipe a vencer esses desafios, sendo que o principal deles é garantir a harmonia entre a produtividade e a conformidade, conduzindo a empresa e seus funcionários à excelência dos resultados e atendimento às legislações. Finalizamos concluindo que as atualizações na área de lácteos foram consideráveis, estruturais e interessantes. (Rafael Fagnani/Milkpoint)
                 
 

Comissão Nacional da CNA debate medidas para o setor lácteo

Competitividade dos lácteos
A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA reuniu na terça (12), na sede da Confederação, produtores rurais, integrantes do governo e entidades para discutir um plano de medidas que vai promover a competitividade dos produtos lácteos. O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, esteve na reunião para reafirmar que uma das principais bandeiras de sua gestão é tornar o Brasil um grande exportador de produtos lácteos. “Nos últimos anos, o produtor rural mostrou que é muito eficiente e imbatível da porteira para dentro. Agora, temos que mostrar também que temos condições de gerir nosso negócio como empresários e que somos capazes de colocar o nosso produto lá fora”.

Na reunião da Comissão da CNA foi apresentado um estudo inédito produzido pela Sorio Inteligência Agroindustrial que aponta as oportunidades de crescimento das exportações de lácteos, os desafios e gargalos no mercado doméstico e comércio exterior, além de demandas do setor para melhorar a produção, o processamento e o ambiente organizacional e institucional. Para o consultor André Sorio, que apresentou o estudo, “é preciso ampliar a capacitação dos produtores em gestão técnica e financeira, criar linhas de crédito e até aumentar a participação do leite nas compras públicas”.

O presidente da Comissão, Rodrigo Alvim, afirmou que o estudo apresentado servirá de subsídio ao governo para estabelecer políticas de apoio ao setor lácteo brasileiro. “Muitas coisas estão acontecendo, estamos entrando em uma nova era e o Ministério da Agricultura está empenhado em nos ajudar”. Outro assunto debatido na reunião foi um plano de melhoria da competitividade do leite, que foi apresentado pelo diretor do Departamento de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Luis Rangel. O documento abrange temas como o fomento a assistência técnica e gerencial ao produtor rural, correção das distorções tributárias, redução de impostos para diminuir custos de produção e iniciativas para promover as exportações.

“Ainda é um plano inicial, que está sendo construído pelo setor produtivo no âmbito da Câmara Setorial de Leite e Derivados do Mapa e que algumas questões precisam ser aprimoradas e discutidas, como seguro rural e comércio exterior”, disse o vice-presidente da Comissão, José Renato Chiari, que também é presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, explicou que a princípio o documento vai trazer suporte e alento ao setor produtivo com medidas que podem levar a redução de custo, principalmente para o produtor. “O objetivo principal é estipular um plano de promoção da competitividade do setor de lácteos no Brasil utilizando ferramentas de políticas públicas alinhadas às estratégias econômicas do Governo Federal”.

“A CNA e o Mapa estão comprometidos com a causa do produtor de leite brasileiro. Acredito que estamos vivendo um momento histórico, de oportunidades, e nós pecuaristas precisamos nos mobilizar”, destacou o produtor de leite de Palminópolis (GO), Edilberto Marra Carneiro. Participaram também da reunião os presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, e do Pernambuco (FAEPE), Pio Guerra e o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi. (Faeg)

Produção/NZ – O tempo quente está afetando as fazendas de leite da Ilha Sul Central. 
“O calor tem sido intenso e estressante, mas, pequenas medidas podem ajudar, dando abricó utilizando os piquetes com irrigação”, disse o diretor de laticínios da Federação de Fazendeiros South Canterbury, Hendriks. O crescimento das pastagens foi variado no último mês, disse ele. Alguns produtores reduziram o número de ordenhas. O setor enfrentou uma grande variedade de problemas, desde o surto de Mycoplasma bovis até o ajuste a um novo governo, manejo de recursos, requisitos de conformidade e proposta de imposto sobre ganhos de capital, disse Hendriks. “O resultado geral foi bom; houve muita resistência durante a mudança de governo”, disse ele.
O presidente da Federação dos Agricultores Federados Canterbury, Michael Salvesen, disse que seu distrito havia “secado rapidamente”. “Muitas fazendas de leite estão fazendo ordenhas a cada 16 horas, e outras só uma vez por dia, para tentar gerenciar a produção do rebanho até que as pastagens fiquem recuperadas. Outras estão utilizando os estoques de silagem como alimentação suplementar, até que os pastos possam ser utilizados”. (The Country – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 14 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.937

      Embrapa divulga Ideas For Milk na Expodireto Cotrijal

A Embrapa Gado de Leite está aproveitando a Expodireto Cotrijal para divulgar e ampliar o alcance do desafio tecnológico ideas for Milk entre os estudantes de zootecnia, veterinária, agronomia e das escolas agrícolas. Idealizado para aproximar as tecnologias do sistema 4.0 do campo, o concurso que já teve três edições terá a próxima no segundo semestre deste ano.
O analista do núcleo sul da Embrapa Gado de Leite, que recebeu um grupo de jovens alunos nesta quinta-feira (14/3) na feira, Rogério Dereti, explicou aos jovens o que é o desafio e sua importância para os produtores e para a cadeia leiteira como um todo. O grupo conheceu também cinco startups que trouxeram agritechs vencedoras das últimas edições do concurso, que, inclusive ele, já estão fechando negócios no evento. “As equipes participantes do Ideias for Milk têm um professor orientador, trazem ideias ou protótipos das tecnologias e propõem modelos de negócio para melhorar a rentabilidade do produtor de leite”, explica.

Agtechs vencedoras Ideas for Milk 2018 que estão na Expodireto
Primeiro lugar  2018 – O empreendedor e zootecnista Cristian Martins da OnFarm, de Pirassununga (SP), desenvolveu um kit de tecnologia para identificar as principais bactérias causadoras da mastite. A agtech apresentou as ferramentas que permitem a detecção da doença na própria fazenda e com diagnóstico em 24 horas: o SmartKit, com todos os materiais necessários para a aplicação dos testes; o SmartLab, uma espécie de cabine portátil; e o OnFarmApp, aplicativo de gestão que controla todas as etapas da análise. 

Segundo lugar 2018 - A gaúcha Cowmed (Santa Maria/RS) idealizou uma coleira com chip capaz de medir os principais parâmetros comportamentais dos animais (tempo de ruminação ou ócio, de forma individual e coletivamente). Os dados são enviados para um servidor virtual e capturados pelo sistema de Inteligência Artificial denominado VIC. A ferramenta analisa os animais e faz alertas aos produtores sobre períodos importantes, como cio, melhor momento para a inseminação, doenças e outras alterações no rebanho. 

Terceiro lugar 2018 - A Z2S Sistemas Automáticos, pré-incubada da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou um sistema automático de limpeza de ordenhadeiras canalizadas. A solução possui três sistemas que podem ser usados individualmente ou integrados. Com alguns toques, a limpeza é realizada de forma automática e inclui controle e monitoramento de temperatura e dosagem dos produtos químicos. A solução reduz consideravelmente a Contagem de Bacteriana Total do leite, algo que pode ser visualizado nas análises do leite cru antes e pós uso do sistema.

Terceiro Lugar 2017 – Proposta de uma ordenhadeira móvel que tem um conceito construtivo para a sala de ordenha e sala de leite, em módulo tipo container, que chega pronto na propriedade, dispensando outras obras. O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro agrícola Andrew Jones, da AJAGRO.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
                 
 

Preço do leite ao produtor europeu em janeiro de 2019 – LTO Nederland

Preços LTO - O cálculo mensal de preços do leite em janeiro de 2019 teve a média de € 33,85/100 kg, [R$ 1,52/litro], para o leite padrão. Queda de € 0,43/100 kg em relação ao mês anterior. Quando comparado com janeiro de 2018, a média de preços foi € 1,68 ou 4,7% menor.

A maioria das indústrias reduziram o preço. Mas, as indústrias francesas (exceto a Lactalis) e a Finlandesa Valio subiram. A italiana Granarolo e as indústrias irlandesas mantiveram os preços. Se os valores irão subir, ou se permanecerão nos mesmos níveis é difícil prever. Os preços da Arla e da FrieslandCampina continuaram os mesmos em fevereiro e março, ou subiram ligeiramente, como a FrieslandCampina.

 

 

Nos Estados Unidos o leite Classe III subiu de US$ 13,77, [R$ 1,21/litro], em dezembro, para US$ 13,96/cwt, [R$ 1,23/litro], em janeiro. No mês de fevereiro o valor foi de US$ 13,89/cwt, [R$ 1,22/litro]. 

Na Nova Zelândia a Fonterra elevou a previsão do pagamento alterando a faixa de NZ$ 6-6,30/kgMS para NZ$ 6,30-6,60/kgMS, e reduziu a previsão de pagamento dos dividendos. O preço, incluindo os dividendos de NZ$ 0,15/0,25, pode totalizar NZ$ 6,65/100kgMS, [R$ 1,37/litro], na temporada. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

 
Produção/Uruguai 
A captação de leite pelas indústrias de laticínios caiu pelo terceiro mês consecutivo em janeiro. Com a queda interanual de 6%, totalizou 146,7 milhões de litros, contra 156,3 milhões de janeiro de 2018. 
Assim foi registrada a menor captação de leite desde 2011. “Os produtores, diante da falta de dinheiro e pastos de sobra (a esta altura de não muito boa qualidade), não estão alimentando bem as vacas e isto se reflete na produção”, explicou Justino Zavala, diretor da Associação dos Produtores de Canelones. A esperança é de que a produção de outono melhore, junto com novas parições e recuperação das pastagens. A menor captação se soma ao preço ao produtor que continua abaixo dos 30 centavos de dólar, e em janeiro de 2019, o valor foi 13% menor do que o pago um ano atrás. A média foi de US$ 0,28 por litro, contra US$ 0,33 em janeiro de 2018. Em pesos a queda foi somente de 1%, obtendo a média de 9,41 pesos por litro. Em janeiro de 2018 o valor foi de 9,46 pesos por litro.  
É fundamental que a indústria consiga capturar a melhoria dos preços do mercado internacional, transferido esses ganhos aos produtores, pontuou Zavala. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

Porto Alegre, 13 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.936

      Empresas associadas ao Sindilat são reconhecidas no Marcas de Quem Decide
 
O trabalho das indústrias de laticínios foi reconhecido pelos consumidores gaúchos na pesquisa Marcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio e realizada pela Qualidata. Os entrevistados indicaram nas categorias Produtos lácteos e queijos aquelas marcas mais lembradas e preferidas. Em ambas as categorias, as empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Cooperativa Santa Clara, Piá e Elegê ficaram entre as cinco primeiras. O resultado foi divulgado no dia 12/03 (terça-feira), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. 

Assim como no ano passado, a Cooperativa Santa Clara liderou o segmento de produtos lácteos, com 27% dos votos, como a marca preferida dos gaúchos, o que representa um crescimento de 3,3 pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando obteve 23,7% dos votos. A Piá ficou em segundo lugar, com 21,3% dos votos. A Elegê se manteve em terceiro lugar com 9,8% da preferência dos entrevistados, o que representa um crescimento de 3,0 pontos percentuais em comparação à pesquisa de 2018. A Santa Clara também foi a marca mais lembrada pelos gaúchos com 26,4% dos votos, seguida da Piá, com 19,0%, e da Elegê, com 10,3%.

Assim como no segmento de produtos lácteos, a Santa Clara dominou a categoria dos queijos tanto como marca mais lembrada quanto preferida dos gaúchos. Ao todo, 46,3% dos entrevistados apontaram a Cooperativa de Carlos Barbosa como a mais lembrada e 38,5% têm a marca como sua preferida. A RAR se manteve em segundo lugar em lembrança e preferência, totalizando 4,0% e 6,3% dos votos, respectivamente. A Elegê assumiu o terceiro lugar de marca mais lembrada, com 2,3% dos votos, e a Piá de marca preferia com 3,4% dos votos. No ano passado, a colocação havia sido dominada pela marca Santa Rosa. A Santa Clara também se destacou na categoria Cooperativa, obtendo o segundo lugar como marca mais lembrada com 6,3% dos votos e terceiro lugar como marca preferida com 5,7% dos votos. A 21° edição da pesquisa ouviu 348 gestores em 47 municípios gaúchos, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. (Assessoria de Imprensa Sindilat)                 

Fórum Estadual do Leite expõe os desafios do setor leiteiro no Brasil

15ª edição do evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, na Expodireto Cotrijal
 
A 15ª edição do Fórum Estadual do Leite, realizado na manhã desta quarta-feira (13), na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, começou com clima de otimismo e esperança após o discurso do secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho. Os integrantes da cadeia produtiva leiteira, que lotaram o auditório central do Parque de Exposições, escutaram o compromisso e o engajamento do secretário, que saiu em defesa das demandas do setor com o Mercosul, da ampliação do uso de forrageiras pelos produtores e com relação ao fim do subsídio sobre a energia elétrica utilizada pelos produtores rurais. “Conversamos com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que nos sinalizou que o subsídio será mantido e prorrogado por um ano. Após esse prazo, serão feitas algumas adequações”, afirmou o representante do executivo gaúcho no evento.

As mudanças no cenário produtivo do leite dos últimos anos e a necessidade de implementação de tecnologias de produção para que os pequenos produtores não sejam engolidos pelos grandes, e para que consigam produzir para multinacionais, norteou a manhã de palestras no Fórum Estadual do Leite. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, foi o responsável por abordar esse novo tempo para o setor leiteiro, comparando a cadeia produtiva do passado com a que pode se transformar a partir do uso da Tecnologia da Informação (TI), dos jovens e suas ideias criativas e de grandes players que já perceberam a importância da cadeia produtiva do leite, a exemplo de Microsoft, Cisco, IBM, TOTVS, entre outras gigantes.
 
“É essencial que haja uma adequação às novas demandas dos clientes. Não podemos nos acomodar”, destacou Martins, ao apontar que o mundo atual é o do compartilhamento – de conhecimentos, de produtos e de serviços. “O novo mundo e a nova economia mudaram a lógica da produção”, frisou, chamando a atenção para a transformação que se avizinha também ao setor do leite. Citou o Ideas for Milk, desafio de startups que vem ao longo dos anos destacando grandes inovações voltadas exclusivamente ao setor leiteiro. “O mundo digital veio para resolver grande parte dos nossos problemas”, afirmou Martins.
 
O economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, lembrou que o setor, em 2017, pagou fortemente pelo ‘preço’ da crise, quando em apenas um ano foram perdidas conquistas equivalentes a oito anos em termos de consumo. “Estamos, porém, na terceira posição na produção mundial e não figuramos entre os maiores importadores, nem exportadores”, afirmou o economista. No período 2000-2017, destacou Carvalho, o Brasil foi o país que apresentou o segundo maior crescimento em produção do mundo. “Crescemos 65% e só perdemos para a Nova Zelândia”, afirmou. Metade desse crescimento ocorreu nos estados da Região Sul (35,7%). De acordo com Carvalho, a área agricultável do Brasil equivale ao território de 33 países do continente europeu. Esse fato demonstra que a produção agrícola e pecuária do país ainda tem muito a crescer, mas é preciso ampliar a eficiência para melhorar a competitividade.

Uma das idealizadoras do movimento #bebamaisleite, Ana Paula Menegatti, falou sobre as ações realizadas pelo Brasil em prol da conscientização de crianças e adultos sobre os benefícios da ingestão de leite. Para isso, por meio de parcerias com indústrias, ela e a sócia Flávia Fontes utilizam diversas ferramentas que vão desde eventos próprios até promoção de palestras e debates com celebridades que também apreciam a bebida, além de médicos e especialistas na área.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, as palestras do Fórum Estadual do Leite evidenciaram a necessidade de adoção de atitudes rápidas e concretas por parte do setor para seja possível melhorar a competitividade da cadeia produtiva. “Isso é fundamental para que possamos continuar neste mercado competitivo e globalizado”, disse, chamando a atenção para a necessidade de que a produtividade por animal seja ampliada. Como consequência, pontua Guerra, os custos de logística e de operação reduzem, permitem uma readequação da indústria e possibilitam que o país deixe de ser importador para se tornar uma nação exportadora de lácteos.  “Temos muito trabalho a ser feito e esses desafios devem ser encarados como oportunidades”.

O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Fotos: Thaise Teixeira

 
Cotações das commodities lácteas no mercado holandês – março de 2019
 
Mercado LTO – Na União Europeia (UE) a oferta de leite vem declinando desde setembro do ano passado. Além disso existem situações específicas como a do fosfato na Holanda, combinadas com a seca do verão. 
 
Em dezembro a oferta de leite caiu mais de 0,8%, registrando quedas acentuadas na França, Alemanha e Áustria. Na Irlanda ocorre o contrário, e no último mês cresceu 25%. 
 
A produção de leite em vários grandes produtores de leite da UE ficou estagnada em dezembro. Na Nova Zelândia houve um sólido crescimento de 2,3%. Nos Estados Unidos o crescimento ficou abaixo de 0,5% e na Austrália, a persistente seca fez cair em 2% a oferta de leite.
 
A taxa de crescimento agregado dos principais produtos lácteos no balanço final de 2018 foi de 1% (aproximadamente 3 milhões de toneladas a mais). 
 
O mercado de manteiga está atualmente em retração, o que reflete na queda dos preços. É resultado de uma oferta confortável, combinada com uma demanda fria. Junte-se a isso, a habitual atitude de espera dos compradores. A venda de leite em pó desnatado ficou estabilizada depois da recuperação nas últimas semanas de fevereiro, e ficou abaixo de € 200/100 kg, [US$ 2.200/tonelada]. O mercado espera novos impulsos. 
 
Embora os estoques de intervenção tenham se esgotado rapidamente, muito do produto continuou em estoque impactando no comércio. 
 
A cotação do leite em pó integral vem aumentando desde o início do ano. O produto europeu foi beneficiado com a menor oferta da Oceania e América do Sul. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
LEITE/CEPEA: LIQUIDEZ É BAIXA, MAS VALOR DO UHT SOBE; MUÇARELA SE DESVALORIZA
Leite UHT - O preço do leite UHT registrou nova alta, de 0,29%, na última semana, fechando o período com média de R$ 2,40/litro. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações permaneceram enfraquecidas durante a semana do Carnaval, mas o valor do leite no campo continua em patamares elevados, o que impulsionou as cotações do derivado.
Já o valor do queijo muçarela recuou entre a última semana de fevereiro e a primeira de março, para a média de R$ 17,4848/kg, 0,24% menor do que na semana anterior. O mercado de queijo muçarela continua oscilando diariamente e, de acordo com colaboradores do Cepea, a desvalorização esteve atrelada ao período de Carnaval, que reduziu as negociações. Para as próximas semanas, a previsão é de alta nos preços para ambos os derivados. (Cepea)