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Porto Alegre, 22 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.963

    Aumento chega em momento crítico

A alta no preço do diesel, que ficará R$ 0,10 mais caro nas refinarias, preocupa o agronegócio. É que essa conta chegará ao setor em pleno período de colheita, quando as máquinas estão a todo vapor no campo, e o combustível se torna ainda mais essencial.

- Aumentar o diesel neste momento é péssimo. Já tínhamos a safra mais cara da história. E isso só deve piorar - observa Antonio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.

A entidade faz levantamento mensal da inflação do segmento - custos e preços recebidos - e, em outubro do ano passado, alertava para o fato de o Rio Grande do Sul estar plantando a safra mais cara da história.

Com a alta expressiva do dólar, os gastos para compor a safra 2018/2019 chegaram a patamares históricos.

O diesel tem um peso considerável no valor a ser desembolsado pelos produtores. Conforme Luz, dependendo da cultura, "se gasta com combustível mais do que com fertilizante". É usado no preparo de solo, no plantio, na colheita.

- Esse é um motivo de preocupação a mais, porque estamos lutando para redução de custos e tratando de questões tributárias, para termos mais competitividade. Esse aumento impacta muito a cultura do arroz - reforça Alexandre Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS).

É justamente a prerrogativa de disputar espaço em condições de igualdade com os concorrentes que acaba sendo minada, na avaliação do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), com o aumento.

O presidente da entidade, Alexandre Guerra, lembra que quando sobe o combustível ou outro tipo de produto, nem sempre é possível repassar para a ponta na mesma proporção:
- O mercado do leite funciona de fora para dentro. Se não consigo repassar, acabo tendo de pagar essa conta.

Neste momento, como é o período de baixa na produção de leite no país, a "fatura" da alta no diesel deverá ser dividida entre produtores, indústria e também o consumidor. Para Luz, o problema em relação ao diesel, no entanto, não é da política da Petrobras e, sim, "da carga tributária que incide sobre o produto". (Zero Hora)
                 
 

Uruguai: exportações de lácteos caíram 6% no primeiro trimestre do ano

As exportações de lácteos do Uruguai nos primeiros três meses deste ano caíram 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados estatísticos do Instituto Nacional do Leite (Inale). O valor FOB exportado no primeiro trimestre foi de US$ 125,3 milhões.

O leite em pó integral tem um acumulado de US$ 75,7 milhões (FOB), o leite desnatado de US$ 9,4 milhões; os queijos de US$ 20,7 milhões e a manteiga de US$ 13,8 milhões. Neste primeiro trimestre melhorou a colocação de leite em pó desnatado, manteiga e leite em pó integral (+ 16%, + 18% e + 3%, respectivamente), mas caiu 32% do volume de queijo colocado no mesmo período de 2018.

No acumulado do mês passado, 26.580 toneladas de leite integral em pó, principal produto de exportação do Uruguai, foram exportadas. Em leite desnatado, foram colocadas 4.163 toneladas, seguidas por 4.990 toneladas de queijo e 3.075 toneladas de manteiga.

O relatório da Inale indicou que, comparado ao preço de dezembro de 2018, o valor do leite em pó desnatado aumentou 24%, ficando em US$ 2.495 por tonelada. O leite em pó integral subiu apenas 2% e permaneceu em US$ 2.806 por tonelada. Por sua vez, no caso dos queijos, o valor da tonelada subiu 2% e permaneceu em US$ 4.138 e a queda mais significativa foi para a manteiga (-15%), que permaneceu com um valor de US$ 4.704 por tonelada exportada.

É importante notar que o preço do leite em pó integral exportado pelas indústrias de laticínios uruguaias ficou abaixo do valor alcançado por países da Oceania. No caso do Uruguai, foi vendido a US$ 2.806 e da Oceania foi exportado a US$ 3.113 por tonelada. Neste caso houve um aumento de 7%. Por sua vez, a Europa exportou o mesmo produto para US$ 3.275 por tonelada, valor que subiu 3%.

Enquanto isso, no caso dos queijos, o preço de março para o Uruguai foi de US$ 4.138 por tonelada (queda de 1% em relação ao valor registrado em fevereiro) e, nesse caso, foi vendido a valores acima dos alcançados pela Oceania. Embora o preço dos queijos exportados pelos laticínios da Oceania tenha subido em 10% - na mesma data da comparação anterior -, ficou em US$ 3.875 por tonelada.

As complicações das exportações de produtos lácteos e o mercado enfrentado pelos produtos uruguaios estão refletidos nos bolsos dos produtores de leite. A situação econômica e financeira dos produtores de leite é "crítica" e a Conaprole está fazendo "o máximo esforço" para movimentar "o quanto antes" as vendas internacionais dos produtos ao preço pago ao produtor, garantiu Alejandro Pérez, diretor da Cooperativa Nacional dos Produtores de Leite.

Pérez disse que em fevereiro havia cerca de 400 registros em vermelho, em pouco mais de 1.800 produtores que enviam leite à cooperativa, um saldo devedor que dobrou o histórico. "Para os produtores, tenhamos confiança de que estamos procurando, dia após dia, quando podemos ajustar o preço", disse ele. Ele acrescentou que metade dos produtores que foram pagos em fevereiro recebeu US$ 25.000, o que reflete os "enormes esforços" que estão fazendo para manter as fazendas leiteiras funcionando. (As informações são do El País, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
Preços/AR 

O Relatório Setorial mensal divulgado pelo Departamento Nacional de Leite mostrou dados positivos para os produtores de leite argentinos. Na média, as indústrias pagaram 11,76 pesos por litro, em março, o que significa 13% a mais que em fevereiro e o dobro do que foi pago no mesmo mês de 2018. Em províncias, como Santa Fe e San Luis, o valor superou 12 pesos. Em compensação, Córdoba ficou abaixo da média, com 11,52 pesos. Em dólares, representa US$ 0,27/litro, se aproximando dos 30 centavos que os produtores consideram o ponto de equilíbrio, para que a atividade tenha uma rentabilidade mínima.

Produção
De qualquer forma, a produção de leite continua no campo negativo. Em março foram 745,5 milhões de litros, 7,9% abaixo do volume produzido em março do ano passado, ainda que seja uma pouco acima da produção de fevereiro. Em Córdoba, a baixa interanual foi de até 20% em departamentos como Río Primero, Tercero Arriba e General San Martín. (Agrovoz – Tradução livre: Terra Viva)

Contra a aftosa
Representantes dos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se reúnem, na próxima quarta-feira, no Paraná, para discutir o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Hoje, somente Santa Catarina é livre da aftosa sem vacinação. O Paraná se prepara para buscar essa condição e trabalha com a meta de deixar de imunizar o rebanho no segundo semestre. O Rio Grande do Sul já solicitou auditoria para verificar se tem condições para se antecipar ao calendário proposto pelo Ministério da Agricultura para a retirada da vacina. A sinalização é de que a inspeção ocorra somente em junho ou julho. Antes, o Estado promove a primeira etapa de vacinação contra a doença, de 1º a 31 de maio.  (Zero Hora)

Porto Alegre, 18 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.962

    Entidades planejam ações para cadeia produtiva do leite em Serafina Corrêa

Dando sequência à proposta de integrar ações entre entidades relacionadas à produção agropecuária de Serafina Corrêa, nesta quinta-feira (12/04) foi realizada uma reunião para discutir a situação enfrentada pelos bovinocultores de leite do município. Este foi o segundo encontro das entidades que formam o Comitê do Leite de Serafina Corrêa. A reunião, ocorrida na Câmara de Vereadores do município, foi organizada pela Emater/RS-Ascar e, além de profissionais da Instituição, participaram representantes da Cooperlate, Banco do Brasil, Banrisul e Senar.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Leandro Ebert, trata-se de uma iniciativa para aproximar essas entidades, debater o cenário do leite no município e propor ações conjuntas visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva em Serafina Corrêa.

“Nesse segundo encontro, a partir de dados apresentados pelo Senar e pela Emater, as entidades demonstraram-se preocupadas com a situação enfrentada pelos bovinocultores no município, tanto com relação às dificuldades econômicas devido aos preços do leite nos últimos meses, quanto com relação às Instruções Normativas que tratam da qualidade do leite e entrarão em vigor em 30 de maio deste ano”, explica Ebert. 

Dessa forma, ficou definida a realização do 1° Encontro de Bovinocultores de Leite de Serafina Corrêa em 30 de maio. Como parte da programação, será realizado um painel sobre o cenário do leite no município e oficinas com os produtores para discutir estratégias de ações para os próximos meses. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul)
 
                 
 
Rabobank 

Oferta menor e demanda maior darão sustentação aos preços dos lácteos em 2019. O crescimento da produção de leite nos sete maiores exportadores globais (Estados Unidos, União Europeia, Nova Zelândia, Austrália, Brasil, Argentina e Uruguai) ficou completamente estabilizado no primeiro trimestre de 2019, destacou o banco holandês Rabobank, me seu primeiro boletim trimestral do ano.
 
“As perspectivas sobre a oferta de leite nos sete países se mantêm muito justas, até 2020. E se sentirá uma pressão particular no primeiro semestre de 2019, já que a produção de leite cai para o território negativo pela primeira vez desde 2016. No curto prazo, isto sustentará uma alta adicional nos preços internacionais”, destaca o relatório.

“Isto realmente ajudará a melhorar o preço dos produtos básicos que temos verificado desde o infla de 2018”, explicou a analista do Rabobank na Nova Zelândia, Emma Higgins.

A China começou um novo ano com uma forte atividade de importação. E isto é outro fator que contribuiu para a recuperação de preços, disse Higgins, ainda que tenha sido prudente sobre este ponto. “Os estoques da China agora recuperados e cremos que haverá baixa em termos de compras nos próximos meses”, alertou.

“A incerteza e as perspectivas da demanda continua aumentando e espera-se que o crescimento econômico mundial poderá ser mais debilitado nos próximos 24 meses. Sem dúvida, temos assumido que os fundamentos macroeconômicos não afetarão significativamente a demanda de lácteos em mercados chaves”, diz o relatório. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Produção/AR 

A produção total de leite alcançou 10.527 milhões de litros em 2018, o que representa crescimento de 4,2% em relação a 2017.

Em março de 2019 a produção foi de 745,5 milhões de litros de leite, que representa aumento de 11,6% em relação ao mês anterior (+076% se corrigido ambos os meses a 31 dias) e uma queda de 8% em comparação com igual mês do ano anterior.

No acumulado dos três primeiros meses de 2019, registra-se queda de 8,3% em relação a 2018. A média móvel dos últimos 12 meses mostra crescimento interanual de 0,2%.

 
Normalmente a produção alcança seu pico de mínima no mês de abril, e pelos dados que podem ser observados, esse mínimo já foi alcançado em março. A partir de agora é o começo do crescimento, se forem mantidas as condições atuais de melhores preços e aspectos meteorológicos normais. É possível que a queda do 1º trimestre seja neutralizada, e pode, inclusive aumentar o volume de 2019 em relação ao de 2018, ou ficar muito próximo. (+/- 1%). (OCLA – Tradução livre: Terra Viva)

 

 
NO RADAR
Será instalada na próxima segunda-feira a Frente Parlamentar em Apoio à Evolução do Status Sanitário Animal do Estado. O objetivo, segundo o presidente, deputado Ernani Polo (PP), é que possa servir de espaço para a articulação política necessária ao avanço da condição sanitária, não só em relação à febre aftosa. (Zero Hora)

Porto Alegre, 17 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.961

    Rentabilidade/AR

Segundo boletim mensal da OCLA, até o mês de fevereiro a rentabilidade teve crescimento de 3% e de 81,4% na comparação anual. O boletim da OCLA dos Custos Regionais de Produção de leite, destacou que em fevereiro houve margem positiva para os produtores de leite.
 

A melhora da rentabilidade se deve fundamentalmente ao incremento interanual do preço do leite de 81,4% e do custo de produção de 73,4% (inflação=51,3% e variação cambial = 93,6%). O custo de produção está vinculado em diferentes proporções a estes três componentes: leite, inflação, e variação cambial.

A situação foi mantida no mês de março, com o preço médio tendo sido 11,76 por litro, um incremento de 12,5% em relação a fevereiro e de 98%, na comparação anual. (Portalechero – Tradução livre: Terra Viva)

 
                 

Tendências 2019

Laticínios com elevado teor de gordura estão na moda, e os desnatados são notícias antigas. No entanto, o consumidor de hoje espera explosão de novidades para seus investimentos em produtos lácteos, o que tem impulsionado inovações contínuas na categoria.

Algumas das principais tendências que estarão chegando aos cardápios e linhas de produção das fábricas este ano incluem:

Manteiga Gourmet aromatizada
Não é apenas mais “manteiga”. Em 2019 a manteiga aromatizada ganha impulso. Não estamos falando da “manteiga marrom”, que já é notícia antiga. Pensem em manteigas doces e salgadas, com sabor de mel, pistache, jalapeno, casca de limão, sementes de abóbora e até manteigas com sabor de algas marinhas! Os chefs estão levando a manteiga para novos sabores há algum tempo, mas, em 2019, veremos as indústrias de alimentos respondendo às demandas dos consumidores e fornecendo manteigas com sabor, embaladas, vendidas no varejo de conveniência.

Você gostaria de algum queijo no seu café?
Acredite ou não. Isso será encontrado nos cafés este ano. Primeiro foi o café com manteiga, e agora o café com queijo, é a última moda dos baristas de todo o mundo. O queijo no café tem uma textura semelhante ao marshmallows no chocolate quente. Os cubos de queijo flutuam até o topo, absorvem o café, e criam uma textura elástica que chia.

Não é só isso. O chá com queijo também é uma tendência que esperamos se tornar presente até o final do ano. A tendência do chá com queijos começou na Ásia, foi para os Estados Unidos, e finalmente chegou na costa australiana este ano. O chá com queijo é geralmente servido com chave verde ou preto, e coberto com uma espessa camada de queijo cremoso salgado. Quando o queijo derrete em cima, forma uma textura semelhante ao sorvete derretido, com um sabor salgado.

Proteína, proteína, proteína
A tendência da proteína fez ressurgir muitas categorias de alimentos, mas, os lácteos apresentam inúmeras oportunidades para satisfazer esses clientes. Antes, apenas os millennials, obcecados por saúde, procuravam as proteínas. Mas, a tendência se estendeu às famílias com filhos, bem como a casais mais velhos, que também passaram a incluir em suas compras, alimentos ricos em proteínas, como sorvetes e lanches prontos, adaptados aos dias de hoje. Novos ingredientes lácteos proteicos tornam a formulação de produtos enriquecidos com proteína ainda mais fácil.

Surge agora uma nova categoria de ingrediente elaborado a partir da proteína do soro que pode ser utilizado em bebidas transparentes.

Consequentemente, “Água Proteinada” é uma categoria que vem crescendo rapidamente. Além disso os consumidores estão descobrindo a importância da saúde intestinal e os benefícios dos processos de fermentação. A indústria de ingredientes nutricionais está respondendo rapidamente à essa tendência e agora oferece a proteína isolada do soro de leite com propriedades promotoras de prebióticos, explorando o interesse pelo microbioma intestinal. (Food Processing – Tradução livre: Terra Viva)

Preço do leite 

O preço do leite ao produtor manteve a trajetória de valorização nesse primeiro trimestre, com aumento de 4,4% em março sobre o mês anterior, alcançando a marca de R$1,58, na média nacional.

Na comparação anual, as cotações de março foram R$0,40 superiores aos valores pagos no mesmo mês de 2018. Nos Estados, as maiores médias de preço em março foram registradas em Goiás (R$1,62) e no Paraná (R$1,61). Já a menor média ficou no Rio Grande no Sul com R$1,50.

Outro fato positivo para os pecuaristas foi a melhora na relação de troca entre preço do leite/preço do concentrado que fechou em 32 litros de leite para aquisição de uma saca de 60 kg de concentrado. Em março de 2018 eram necessários 45 litros de leite para compra da mesma saca de concentrado. Por outro lado, o custo de produção de leite inverteu sua trajetória de queda, que vinha desde novembro de 2018 e registrou leve alta em março, de 0,55%.

No varejo, o preço do leite UHT continuou valorizando em março, mas com aumento menor que nos dois meses anteriores. Em relação a um ano atrás, os preços de fevereiro do UHT ficaram 11% maiores. Confira a análise completa no Boletim Indicadores: Leite e Derivados. Clique aqui. (Embrapa)

 
 
Empresas anunciam iniciativa para levar internet 4G ao campo
Oito empresas de máquinas agrícolas, telefonia e tecnologia uniram forças em um projeto de conectividade no campo. AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble pretendem cobrir com a iniciativa 5 milhões de hectares no Brasil ainda neste ano, 1 milhão dos quais de pequenos produtores. Batizado de ConectarAGRO, o projeto será lançado na Agrishow, feira que acontecerá de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto, no interior paulista. A intenção das empresas é usar a tecnologia 4G (de 700 MHz)  para conectar os produtores. “Cada uma das empresas envolvidas possui tecnologias que, quando conectadas à internet, adicionam valor aos produtos”, afirmou Mateus Barros, líder de Negócios da Climate Latam. O acesso à internet será vendido e operacionalizado pela Tim, por meio de antenas de rede de celular com alcance de 30 mil hectares. “Acredito que o valor equivalente a meia saca de soja por hectare já paga o investimento”, disse Rafael Marquez, diretor de marketing de mercado corporativo da Tim Brasil. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Porto Alegre, 16 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.960

    GDT 16/04/2019

 
(GDT)
 
                 

IDF atualiza Guia para o Bem-Estar Animal na Produção Leiteira

No Fórum Mundial de Bem-Estar Animal da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em Paris, a Federação Internacional de Lácteos (IDF), em colaboração com a OIE e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), divulgou o guia atualizado de bem-estar animal na produção leiteira - IDF Guide to Good Animal Welfare in Dairy Production.

A nova publicação promove a implementação de boas práticas de bem-estar animal na produção de laticínios em escala global. O documento se refere aos principais padrões internacionais e fornece diretrizes para ajudar os produtores e processadores de leite a interpretá-los e implementá-los com base em evidências e conhecimentos científicos.

Também identifica as áreas de ação a serem consideradas no desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão da qualidade para o bem-estar dos animais leiteiros, incluindo alimentação e água, ambiente físico, práticas de manejo e gestão da saúde.

Caroline Emond, diretora geral do IDF, disse: “os produtores sabem que vacas saudáveis produzem leite de qualidade e o setor de laticínios está totalmente comprometido em desenvolver iniciativas progressivas de saúde e bem-estar animal que forneçam produtos lácteos nutritivos e seguros para consumidores globais. Estamos orgulhosos de contribuir para o desenvolvimento do conhecimento em bem-estar animal, que traz benefícios para animais, pecuaristas e sociedade”.

Monique Eloit, Diretora Geral da OIE, disse: “saudamos a nova versão das diretrizes da IDF sobre bem-estar animal na pecuária leiteira, que, em consonância com as normas internacionais da OIE sobre bem-estar de animais, certamente apoiará a indústria a atender à crescente demanda de nossa sociedade por um alto nível de bem-estar para os sistemas de produção pecuária". 

Bukar Tijani, diretor-geral adjunto da FAO, disse que a organização reconhece a importância de boas práticas de bem-estar animal, que beneficiam os produtores, seus animais e a sociedade como um todo, e apoiam sua implementação por meio de uma variedade de atividades de conscientização e desenvolvimento de capacidades, em parceria com diversas partes interessadas. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Ministério da Agricultura, Senar, CNA e Sebrae financiarão assistência técnica à pequenos produtores

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou nesta última segunda-feira (15), em Juazeiro (BA), que o Ministério da Agricultura (Mapa), a Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vão dispor, juntos, de R$ 1 bilhão para proporcionar assistência técnica aos pequenos produtores rurais de todo o país.

O programa de assistência técnica, segundo ela, vai começar atendendo os pequenos agricultores do semiárido do Nordeste. Esta é a terceira viagem da ministra à Região Nordeste desde que tomou posse no cargo.

A ministra afirmou que o Senar é um grande parceiro do produtor rural brasileiro e dos programas do ministério. As verbas serão disponibilizadas em conjunto pelo Senar e pela Secretarias de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, além de outras secretarias. A prioridade absoluta que a ministra está dedicando à assistência técnica já tinha sido noticiada nas viagens anteriores à região. Para Tereza Cristina, é preciso fazer a assistência chegar ao produtor para que ele produza mais e melhor, comercialize a produção e, com isso, irá aumentar sua renda.

“Minha grande agonia hoje, como ministra, é levar assistência técnica de qualidade aos pequenos agricultores”, disse a ministra ao participar de evento com produtores rurais em Juazeiro.

Em entrevista, a ministra elogiou a produção irrigada da região do Vale do Rio São Francisco. “O que eu vi hoje me deixou encantada, com o profissionalismo da área sanitária, dos cuidados com perímetro irrigado. Pequenos, médios, grandes produtores, aqui é o exemplo do Brasil que dá certo”, disse Tereza Cristina, confirmando que vai fazer gestões em sua viagem ao Japão, à China e ao Vietnã para abrir novos mercados para as exportações de frutas do Brasil.

“A uva é superdoce, tem uma apresentação excelente. Nós temos tudo para exportar cada vez mais e trazer mais empregos e mais desenvolvimento a esta região”, disse a ministra.

À noite, de volta a Petrolina, em Pernambuco, a ministra participou de reunião com exportadores da região na Fundação Nilo Coelho. Os produtores pediram esforços públicos e privados contra a ameaça da mosca da fruta, mais defensivos agrícolas novos para substituir os antigos, que já foram retirados do mercado em países da Europa, e mais fiscais agropecuários. A ministra explicou a barreira sanitária que está sendo feita nos estados do Norte do país para impedir que a mosca da fruta chegue ao Nordeste e cause mais prejuízos. Ela foi chamada pelos exportadores de “Parceira do Vale”.

Energia solar na Bahia
Ainda, em Juazeiro, a ministra participou da assinatura de um convênio do Banco do Nordeste com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) no valor de R$ 22 milhões para financiar projetos de energia solar no Distrito de Irrigação de Maniçoba. A energia solar vai baratear os custos da irrigação, que hoje depende de energia elétrica.

A ministra visitou o Distrito de Maniçoba, que funciona em sistema de autogestão e independe do governo federal financeiramente. A manutenção das bombas de irrigação e a assistência técnica é paga com recursos próprios das 625 famílias de assentados. O projeto gera 25 mil empregos diretos e indiretos e fatura mais de R$ 270 milhões por ano. A ministra percorreu as plantações ao lado dos produtores. Mais cedo, ela visitou uma agroindústria que exporta as frutas para diversos países, com qualidade garantida por certificados de excelência.

Em entrevista, a ministra disse ter ficado “positivamente impressionada” com o que vi e reforçou a intenção de abrir mais mercados externos para que os produtores da região do Vale do Rio São Francisco exportem mais suas mangas e uvas de qualidade. “Hoje a gente está aqui vendo um exemplo do que deu certo na Codevasf. Os produtores não precisam do governo, pagam sua assistência técnica. Nós precisamos é de políticas públicas para facilitar a vida daqueles que já estão produzindo e fazendo com a melhor qualidade e competência”, disse a ministra, que foi acompanhada na visita pelo superintendente da Codevasf, pelo prefeito de Juazeiro e pela comitiva do ministério.

A ministra elogiou o projeto de energia solar que vai ser financiado pelo Banco do Nordeste: “Nós estamos chegando na modernidade, principalmente a fruticultura, que depende muito da energia elétrica. Este talvez seja um dos itens mais caros na produção. Eu fico muito feliz de estar aqui, junto com o Banco do Nordeste, que vai assinar o contrato trazendo uma energia moderna, limpa, para que os produtores tenham mais abundância de energia e produzam cada vez mais”.

Produtores locais informaram à ministra sobre problemas relacionados à invasão de terras na região. Tereza Cristina disse que o governo tem que fazer com que se cumpra a lei, para que os produtores tenham segurança jurídica e possam investir.

“Invasor não pode ficar ali, nós temos de colocar ordem e fazer com que todos tenham oportunidade de produzir. Todo mundo paga a água, aqueles que estão de maneira ilegal ou eles têm de pagar pela água ou pela ocupação ou então sair. A gente vai fazer uma força-tarefa, vamos mandar pessoas para cá fazer um diagnóstico, examinar, sentar com a comunidade. Acho que esse assunto precisa ser resolvido”, disse a ministra.

Tereza Cristina também visitou o Centro de Excelência em Fruticultura, do Senar, que tem salas de aula, laboratórios e auditório.

Em discurso à noite, a ministra elogiou os projetos de agricultura irrigada que viu no Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina: “Os perímetros irrigados emancipados me deram muita esperança. A fruticultura do vale é um sonho realizado. Caminhamos e temos a obrigação de dar certo. Chega de ser o país do futuro. Somos o país do presente. Temos um presidente com uma boa vontade com o agronegócio brasileiro, que acredita no setor e vai ajudar. O empresariado fez sozinho, mas quer o governo parceiro para nos ajudar a ser protagonista no mundo.

A ministra também reclamou dos ataques no exterior ao produtor rural brasileiro: “Denegriram a imagem do produtor rural lá fora. Ninguém sabe que Petrolina é o terceiro PIB agrícola do pais. Precisamos mudar a imagem do agronegócio. Não somos atraso; somos vanguarda”, disse ela. (As informações são do Mapa)

 
Novo Comando
A subsecretaria do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, está sob nova direção. O médico veterinário José Arthur Martins, que atua na Secretaria da Agricultura há 43 anos, será o novo titular do cargo. O anúncio foi feito na tarde de ontem por Covatti Filho. Martins deve “se apresentar para o serviço” hoje, para dar início ao período de transição. Até então, o cargo se mantinha com Sérgio Bandoca Foscarini, que esteve no comando da subsecretaria durante todo o governo José Ivo Sartori. O novo responsável pelo parque iniciou o trabalho na secretaria em 1976, como vacinador. Depois se formou em Medicina Veterinária e passou a exercer essa função na pasta. Passou pelas inspetorias veterinárias de São Luiz Gonzaga e Rio Grande. Em gestões alternadas, soma 14 anos como chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura. Chegou a receber convite para ficar à frente da subsecretaria do parque em 1999, mas acabou não assumindo a função. Agora, a orientação recebida é para preparar o terreno para os dois eventos de maior peso realizados no Assis Brasil: a Expoleite/Fenasul, de 15 a 19 de maio, e a Expointer, de 24 de agosto a 1º de setembro. “Dei a ideia de, já neste ano, lançar as comemorações de 50 anos do parque, que serão completados em 2020”, acrescenta. (Zero Hora)

Porto Alegre, 15 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.959

    Ano começa com queda de 5,2% no consumo

Pressionado pelo aumento do desemprego e da inflação da comida e também pela queda na renda, o consumo de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza dentro da casa dos brasileiros sofreu um baque neste início de ano. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos.

Também foi a primeira vez desde o início da pesquisa, em 2014, que houve recuo nas compras de todas as cestas de produtos, com retrações importantes em produtos básicos e de difícil substituição. Entre os itens que mais contribuíram para a queda do consumo em unidades das respectivas cestas estão açúcar (alimentos), papel higiênico (higiene), leite de caixinha (lácteos), detergente em pó (limpeza) e cerveja (bebidas).

"Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa.

Semanalmente, equipes da consultoria visitam 11,3 mil domicílios para tirar a temperatura do consumo a partir do tíquete de compra da família. A amostra retrata as compras de 55 milhões de domicílios ou 90% potencial de consumo do País.

Classe C. A classe C foi a que mais retraiu o consumo no bimestre e o interior do Estado de São Paulo, por concentrar uma grande fatia dessa população, foi a região que registrou a maior queda, seguida pelas regiões Norte e Nordeste.

O que chama também a atenção nos resultados é que, além de ir menos vezes às compras, a cada ida ao supermercado o consumidor levou uma quantidade menor de produtos para casa. Esse movimento traduzido em números significou uma queda de 2,2% na frequência de compras no bimestre em relação ao ano anterior e redução 5,7% no número de unidades adquiridas a cada compra.
 

Giovanna explica que até pouco tempo atrás a frequência permanecia estável ou apresentava um pequeno recuo. Mas quando o brasileiro fazia as compras ele levava para casa uma quantidade de produtos maior. "Antes, as pessoas compensavam com volumes médios maiores a ligeira redução na frequência de compras. Com isso, o volume total consumido se mantinha estável e agora, não."

Dados nacionais de vendas dos supermercados confirmam esse movimento. A receita real de vendas acumulada no ano, que crescia 2,95% em janeiro ante o mesmo mês de 2018, desacelerou para 2,51% no primeiro bimestre, segundo a Associação Brasileira de Supermercados. Na divulgação dos resultados no início do mês, João Sanzovo Neto, presidente da entidade, atribuiu parte do enfraquecimento no ritmo de vendas à lenta recuperação da economia e ao desemprego elevado.

Inflação
A virada que houve na inflação de alimentos e bebidas explica, na opinião do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, boa parte da freada nas compras. "A inflação vista por dentro mudou muito", diz.

Alimentos e bebidas respondem por quase 25% dos gastos das famílias e são a maior fatia do orçamento. Ao longo de 2017 e parte de 2018, os preços dos alimentos e bebidas ajudaram a segurar a inflação geral. Enquanto a inflação, fechou 2017 em 2,95%, alimentos e bebidas tiveram deflação de 1,87%.

Em 2018, a inflação em 12 meses de alimentos e bebidas correu abaixo da inflação geral até outubro. A partir de novembro, a inflação de alimentos e bebidas acumulada em 12 meses superou a inflação geral, mês a mês, até atingir o pico em março. No mês passado, a inflação geral em 12 meses chegou a 4,58% e a inflação de alimentos e bebidas atingiu 6,73%, a maior variação em 12 meses desde dezembro de 2016 (8,61%). (Estadão)

 
                 

Frente Parlamentar fortalece atuação da indústria gaúcha

As indústrias gaúchas ganharam, nesta segunda-feira (15/4), uma aliada junto ao poder Legislativo do Estado: a Frente Parlamentar da Industria Gaúcha. Proposta pelo deputado estadual Fábio Branco, a ideia foi oficialmente lançada em cerimônia realizada na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. 

Além de Branco, o evento contou com as presenças do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado, Ruy Irigaray, do presidente da Fiergs, Gilberto Petry e do vice-presidente da Fiergs e coordenador do grupo de Política Industrial da federação, Carlos Alexandre Geyer.

O secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Darlan Palharini, que prestigiou o evento, destaca que a iniciativa é positiva e que a expectativa é de que os deputados consigam resolver os gargalos da produção industrial. "Até então, só tínhamos um grupo assim na Câmara Federal. A missão desta nossa frente parlamentar é muito grande. Temos questões sérias a resolver como carga tributária elevada, falta de infraestrutura nas estradas e de energia elétrica no campo, por exemplo", cita. 

Palharini também aposta na interlocução do grupo nos pleitos do setor leiteiro junto ao governo federal e na pluralidade de partidos em sua composição. "É muito importante que essa frente possa contar com todos os partidos", diz. A participação será aberta a todos os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado. Os trabalhos começarão em breve segundo declaração do deputado Fábio Branco. "Vamos abrir o convite para quem quiser participar e começar a planejar como será nosso trabalho a partir de agora", completa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Thaise Teixeira
 
 
 

Leite/Europa

Observadores acreditam que a produção de leite na Europa, em fevereiro, recuperou o fraco desempenho de janeiro. Espera-se que, pelo menos alguns dos principais países produtores como Alemanha, França e Holanda, tenham igualado a produção a fevereiro de 2018. 

Janeiro de 2019 foi decepcionante, com os três países produzindo menos do que janeiro de 2018. Observadores irlandeses acreditam que em fevereiro a produção de leite ultrapassou o volume de fevereiro do ano passado. Os relatórios iniciais da ZMB registram bons aumentos sazonais, semana após semana, na Alemanha. A produção da última semana de março foi 0,5% acima da semana anterior, e 0,6% maior que a mesma semana de 2018. A ZMB também relatou que a produção de na França na última semana de março foi 0,6% maior do que a verificada um ano antes.

A demanda de queijos na Alemanha está forte. Os fabricantes estão lançando mão dos estoques mais antigos para acompanhar a demanda. Novas produções de queijo vão depender da oferta de leite.

Leste Europeu
Avaliações iniciais apontam que a produção de leite na Polônia, em fevereiro de 2019, superou a do ano passado. Com a Polônia sendo um dos principais países produtores de queijo da UE, qualquer leite extra será bem recebido pelos queijeiros. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 

Feira em fase de captações

Entidades organizadoras da Expoleite Fenasul aguardam uma posição do governo do Estado sobre a disponibilização de recursos para a realização do evento, que ocorre de 15 a 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O assunto já começou a ser discutido com o secretário da Agricultura, Covatti Filho. O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, calcula que sejam necessários cerca de R$ 230 mil para custear estrutura, limpeza e publicidade, entre outros itens. 

De acordo com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, a pasta está captando patrocínios para ajudar na realização da feira. O valor já arrecadado passa de R$ 100 mil. "E também vamos disponibilizar contrapartidas como a estrutura e a segurança do Parque Assis Brasil, que vamos colocar à disposição deles", informa. A expectativa da Gadolando é contar com cerca de 80 animais em exposição. "Os números tendem a ser reduzidos (em relação a eventos anteriores) porque as pessoas acabam levando o que tem de melhor", avalia Tang, referindo-se ao fato de que "as feiras estão tendo animais com cada vez mais qualidade". Uma tendência, segundo o dirigente, é a participação de grupos de produtores por meio de cooperativas. 

No entanto, Tang admite que a presença dos expositores está ligada à rentabilidade da atividade leiteira, que enfrentou um período de queda nos preços no final do ano passado. A feira conta também com outros eventos. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) confirmou a realização de uma classificatória aberta ao Freio de Ouro durante a programação. (Correio do Povo)

Preços do leite na UE se mantêm praticamente estáveis em fevereiro
O preço médio do leite pago ao produtor da União Europeia (UE) em fevereiro foi de 34,94 centavos de euro (39,37 centavos de dólar) por quilo, o que praticamente não significa nenhuma mudança em relação ao mês anterior (uma queda de 0,2%), segundo os últimos dados do Observatório de Leite da UE. Os preços caíram em 14 Estados-Membros em comparação com janeiro de 2018, embora as reduções tenham sido inferiores a 1% na maioria dos países. O preço de fevereiro foi 2% superior ao do ano anterior. Na maioria dos países, os preços subiram, embora se deva notar que em dois importantes países produtores houve quedas significativas, como na Irlanda, onde os preços caíram 7% e na Polônia, redução de 2%. Na Espanha, o preço em fevereiro não se alterou em relação a janeiro de 2019 nem em relação a dezembro de 2018, nem variou em relação a um ano antes e permaneceu em 32,04 centavos de euro (36,10 centavos de dólar) por quilo. As estimativas dos Estados-Membros para março de 2019 apontam mais ou menos para a estabilidade - redução de 0,3%, para 34,85 centavos de euro (39,26 centavos de dólar) por quilo. O preço seria superior a um ano antes - 33,6 centavos de euro (37,86 centavos de dólar). Na Espanha, o preço estimado para março é o mesmo de fevereiro.
Em 11/04/19 - 1 Euro = US$ 1,12681
0,88746 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 12 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.958

    Leite/América do Sul 

Na Argentina e Uruguai, a produção de leite está variando entre estável, e crescimento, bem de acordo com os padrões sazonais. No entanto, as elevadas temperaturas e constantes inundações em muitas bacias leiteiras durante o último verão, fizeram com que a produção tenha sido mais baixa do que a registrada um ano antes. 

Em alguns lugares, a oferta de leite da fazenda está sendo menor do que as necessidades de processamento das fábricas, que não seja engarrafamento. Com essa queda na oferta de leite, o processamento de queijo e leite em pó está sendo prejudicada. Assim sendo, alguns processadores estão focando, exclusivamente, no mercado interno e cumprimento de algumas obrigações contratuais com mercados internacionais.

Enquanto isso, as demandas de leite fluido pelo varejo e restaurantes estão boas. No entanto, a oferta de creme está muito apertada, em um mercado altista. No momento o clima no Brasil está bom, estimulando a qualidade e o crescimento das plantações de milho. Assim, o setor espera uma colheita de milho (safrinha) muito boa para este ano, que deve começar no início de maio. Assim, a expectativa dos produtores de leite é de terem alimentos concentrados mais baixos. A produção de leite se mantém estável, e as fábricas trabalham intensamente para abastecer instituições de ensino e restaurantes. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
                 

Pesquisa inédita da CNA aponta demandas dos produtores rurais

Uma pesquisa inédita da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) feita com produtores rurais de todo o país identificou as principais demandas e gargalos do segmento. O levantamento mostrou que 59,93% dos entrevistados disseram que o crédito rural é a demanda mais importante para o campo.

O resultado do trabalho foi entregue nesta quinta (11) pelo presidente da CNA, João Martins, ao secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, durante o Painel sobre o Selo de Integridade do Mapa, em Brasília. Na avaliação de Martins, o levantamento é fundamental para a discussão de mais políticas para o setor agropecuário e reforça a necessidade de um Plano Safra plurianual.

“O crédito agrícola tem ficado menor. Está na hora de ter um projeto de cinco anos para o produtor saber, no decorrer desse tempo, o que ele vai encontrar para poder dimensionar as necessidades e buscar os recursos. Nos próximos anos vamos passar de 300 milhões de toneladas de grãos e essa expansão será por tecnologia e dependerá de termos crédito”, afirmou Martins.

“Esse trabalho da CNA, indo perguntar diretamente para o produtor o que ele quer, vai nos dar um norte, um direcionamento, ao saber que o produtor rural quer crédito, mas também quer logística e segurança jurídica. A pesquisa ressalta os principais pontos. Todas as ações do Ministério são feitas com as entidades e esse trabalho será avaliado na construção do Plano Safra”, disse Marcos Montes, que representou ministra Tereza Cristina no evento.

Pesquisa - A pesquisa foi coordenada pelo Instituto CNA, que ouviu quase 1.282 produtores por meio de um formulário eletrônico de 1º de março e 5 de abril. A partir das respostas, foi possível constatar um ranking das 10 demandas consideradas como as mais prioritárias.

Os custos de produção estão na segunda colocação na lista de pontos mais importantes, segundo 49,7% das pessoas ouvidas, seguidos por infraestrutura e logística (40,9%), qualificação de mão de obra (36,1%) e questões ambientais (35,2%).

“O objetivo do levantamento foi saber a opinião do produtor rural que está lá na base sobre o que ele de fato precisa. Esta pesquisa vai subsidiar a CNA na proposição de políticas públicas para o agro no governo e no Congresso Nacional”, explica o secretário-executivo do Instituto, André Sanches.  

A pesquisa também apontou outras necessidades e problemas do segmento produtivo segundo os produtores rurais. Segurança jurídica (22%), criminalidade no campo (21%), questões trabalhistas (20%), endividamento (15,5%) e questões fundiárias (11,5%) fecham a lista dos tópicos classificados como prioritários para quem vive e trabalho no meio rural.

A pesquisa também dividiu os resultados entre agricultura e pecuária. O crédito rural foi apontado como a maior necessidade para 59,1% dos agricultores e 62% dos pecuaristas. As quatro principais demandas são as mesmas nos dois segmentos. Depois do crédito, vêm os custos de produção, logística e infraestrutura e qualificação de mão de obra. 

O levantamento também dividiu as demandas dos produtores em 12 atividades, nas quais o crédito rural é a principal em oito culturas (café, cana-de-açúcar, fruticultura, grãos, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, caprinos e ovinos e suinocultura).

Na horticultura e na avicultura, o custo de produção é o item mais importante para os produtores. A questão ambiental é a principal necessidade na silvicultura e a qualificação de mão de obra é primeiro item da lista de prioridades na aquicultura. (As informações são da Assessoria de Comunicação CNA/SENAR)

UE: medida que proíbe empresas veganas de usar os termos 'leite' e 'hambúrguer' será votada em maio

A União Européia estuda banir o uso de termos como “hambúrguer”, ‘leite” e "carne” por empresas veganas e vegetarianas. O comitê de agricultura do grupo passou este mês a medida que será votada em maio pelo parlamento europeu. A regra representa uma vitória para a indústria tradicional e promete testar a criatividade das empresas para atrair o consumidor para produtos alternativos sem origem animal.

A possível decisão só evidencia uma tendência em limitar o marketing das novas empresas de alimentos na Europa. Em 2017, a empresa alemã Tofu Town já tinha perdido um caso legal para o uso dos nomes “manteiga de tofu” e “queijo de tofu” nos seus produtos.

No entanto, os Estados Unidos têm adotado uma posição a favor das empregas veganas. Recentemente, um juiz na Califórnia rejeitou um caso contra a empresa de leite de amêndoas Blue Diamond Growers, dizendo que o argumento de que os consumidores se confundiam com os termos era “implausível”.

Essas discordâncias podem gerar uma série de regulações sobre esses tipos de produtos, que no futuro pode afetar diretamente o processo de marketing e design, tornando-os mais caros.

A medida estudada pela União Europeia impactaria novas companhias pensando em alternativas à carne. Recentemente, o Burger King, por exemplo, anunciou parceira com a Impossible Foods, que faz o Impossible Burger, um hambúrguer vegetal que emula a textura da carne. (As informações são da revista Época Negócios)
 
Santa Clara
A Cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no país completou no dia 10 de abril 107 anos de história. Com sede em Carlos Barbosa, a Santa Clara atualmente conta com 5.500 associados e captação de leite em mais de 125 municípios. Diariamente, mais de 750 mil litros de leite são recebidos e industrializados pela Cooperativa. Os 2.100 funcionários estão distribuídos entre as três indústrias de laticínios, indústria de leite longa vida, frigorífico, suinoculturas, fábrica de rações, cozinha industrial, farmácia, 11 supermercados, 15 mercados agropecuários, centros de distribuição, assistência técnica ao produtor e setores de suporte. A linha de produtos compreende mais de 340 itens entre Laticínios, Frigorífico, doces de fruta e sucos. (Página Rural)

Porto Alegre, 11 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.957

    Sindilat participa de reunião do Grupo de Trabalho da Proteína Animal 

As novas diretrizes do Grupo de Trabalho de Proteína Animal do Rio Grande do Sul para este ano começaram a ser traçadas na manhã desta quinta-feira (12), durante reunião que aconteceu na sede do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com representantes do governo do Estado e entidades da cadeia produtiva de proteína animal.

O vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, destacou a importância do grupo e o empenho dos representantes do governo em seguir discutindo e fomentando soluções para os gargalos da produção de proteína animal no Estado. Representando a indústria láctea gaúcha, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, afirmou que cada cadeia ligada ao segmento de proteína animal apresenta demandas específicas "No setor dos lácteos, uma das principais demandas refere-se às instruções normativas (IN) 76 E 77", exemplificou, referindo-se às novas normas do Ministério da Agricultura para o setor leiteiro do país. Segundo o dirigente, é necessário que o grupo priorize as demandas que englobam todas as cadeias e as organize em blocos. 

Todas as entidades que representam o setor da proteína animal no Rio Grande do Sul, juntamente com o setor público, confirmaram a necessidade de reavaliar os eixos de trabalho que foram estabelecidos durante a gestão do ex-governador José Ivo Sartori. A partir desse diagnóstico, serão traçadas novas estratégias para combater os gargalos que pesam sobre os agentes envolvidos na cadeia produtiva. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Camila Silva 
 
                 

Argentina: fechamentos de fazendas leiteiras diminuiu devido à melhora nos preços

O Observatório da Cadeia de Lácteos da Argentina (OCLA) divulgou um relatório com sua análise da situação dos laticínios, que também destaca as perspectivas do setor. O fato marcante do relatório é que o processo de fechamento das fazendas leiteiras está sendo interrompido.

Que a produção de leite está em crise há anos, não é novidade. O fechamento das fazendas leiteiras do ano passado, segundo dados oficiais, totalizaram 150. De qualquer forma, o OCLA afirma agora que essa tendência teria sido freada devido às melhores condições para o primeiro elo da cadeia. Segundo eles, nos primeiros meses do ano, houve uma notável melhora no preço do leite, quase 70% em relação aos valores do início de 2018.

O "Observatório Lácteo" é um programa encarregado da Direção Nacional de Planejamento Estratégico Setorial. Mas a Agroindústria atribuiu à Fundação a "Promoção e Desenvolvimento da Fundação da Cadena Láctea Argentina (PEL)" a responsabilidade de obter as informações e divulgá-las quando for útil para os membros da cadeia de laticínios. Segundo a análise da situação leiteira do Observatório, e parafraseando o Ministro das Finanças, Nicolás Dujovne, parece que "o pior já passou".

O documento diz textualmente: "depois de um estágio (2016-2017) onde o fechamento/agrupamento de rebanhos leiteiros foi muito alto, explicado em grande parte pelo excesso de chuvas registrado em várias bacias leiteiras do país, a evolução dos custos das matérias-primas, alto custo financeiro e rentabilidade negativa em uma grande população de fazendas leiteiras (refletida pelo INTA-IAPUCO), as informações mostram, para praticamente todas as bacias hidrográficas, que os casos de fechamento com liquidação de vacas são isolados”.

O OCLA disse ainda que as empresas de laticínios que fecham "estão associadas às fazendas leiteiras de menor porte (menos de 2.000 litros por dia) e administradas por produtores com maior idade e dificuldades para a continuidade familiar (sem sucessores)".

De acordo com a análise feita pelo OCLA, no entanto, outros processos permanecem firmes, como o crescimento das fazendas leiteiras de maior produtividade e escala que, além disso, fazem parte de estabelecimentos com outras atividades e são os que têm mais ferramentas para suportar a crise.

"As fazendas leiteiras de maior escala e eficiência continuam no negócio crescendo e integrando à produção de leite à produção de grãos para auto-abastecimento, e intensificando a produção de carne (aproveitando o bom momento dessa atividade). Ou seja, um aumento na escala e diversificação é previsto", disse o OCLA em seu relatório.

Com relação ao desempenho econômico do setor produtivo, o relatório indica que nos últimos 10 meses houve uma melhora significativa na lucratividade: "O preço do leite para o produtor para janeiro de 2019 foi de 9,83 pesos (US$ 0,22) por litro, o que representa um aumento de 4,1% em relação ao mês anterior e 69,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior”. Em seguida, o Observatório acrescenta que "o custo de produção por litro de leite foi de 9,60 pesos (US$ 0,20) por litro em janeiro de 2019, 82,2% superior ao mesmo mês do ano anterior".

No cálculo deve-se estimar uma renda média no Capital Médio Operado de 5%, o que significa mais 1,70 pesos (3,8 centavos de dólar). Nesse caso, o custo seria de 11,30 pesos (US$ 0,25) por litro.

Mas ainda assim o documento sustenta que "as principais relações de preço produto/insumo/produto melhoraram desde janeiro de uma maneira importante. Nos últimos dois meses, após 10 meses consecutivos negativos, a rentabilidade apresenta valores positivos, ainda insuficientes para cobrir a expectativa mínima”, concluiu o relatório.

Em 10/04/19 - 1 Peso Argentino = US$ 0,02281
43,8427 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do https://bichosdecampo.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços/NZ

Produtores de leite estão “cautelosamente otimistas” de que as atuais previsões sejam cumpridas, mas, elas dependerão do comportamento da economia global, diz a economista Susan Kilsby do Banco ANZ.

Ela comenta o relatório da Pesquisa Agri Focus de abril, sobre o mercado de lácteos que poderá fechar essa temporada com NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,27/litro], e iniciar a próxima com NZ$ 7,30/kgMS, [R$ 1,45/litro]. No entanto, existe um grande risco sobre a economia global.

Kilsby disse a Dairy News que do lado da oferta está havendo uma sustentação razoável dos preços porque houve queda na produção em todo o mundo. Mas, do lado da demanda, existe um pouco mais de incertezas. “Estou começando a ver a economia global lenta, que ainda não chegou à demanda dos lácteos, mas, que existe um grande risco”.

Nosso maior mercado de lácteos está em nações em desenvolvimento da Ásia. “Os lácteos são mais vulneráveis em países em desenvolvimento do que em nações desenvolvidas, como a Nova Zelândia, onde as pessoas consideram como básicos os produtos lácteos. Nos países em desenvolvimento é considerado um luxo, por grande parte da população. E, assim depende da economia. Ainda está existindo crescimento na maioria das regiões em desenvolvimento, mas, as taxas de crescimento estão em queda, em relação a anos anteriores. A grande demanda atual é procedente da China que é o maior importador mundial de produtos lácteos”, disse ela.

E esse mercado (chinês), é muito opaco, quando se trata de projetar o comportamento da demanda. A China tem sua própria indústria de laticínios, que é bastante considerável e produz mais leite do que a Nova Zelândia. Mas, é muito caro produzir leite lá. Então, quando os preços das commodities não estão excessivamente altos, o mercado interno compete com as importações, e, eles estão nessa posição há alguns anos. O crescimento da indústria de laticínios nos próximos quatro ou cinco anos não deverá ser razoavelmente grande e as importações deverão continuar”.

O desafio para os produtores de leite da Nova Zelândia é o crescimento dos custos de produção, que estão aumentando com mão-de-obra e o cumprimento das exigências ambientais. Muitas fazendas estão fazendo empréstimos. Embora o preço do leite pareça bom, provavelmente não haverá muita rentabilidade”.

O relatório Agri Focus diz que a expectativa é de que a oferta de leite na Nova Zelândia aumente 2,75%, nesta temporada, em relação à temporada passada. Todo crescimento foi obtido no início da estação. Nos três últimos meses da temporada, os volumes devem cair cerca de 5% em relação ao passado. A expectativa é de que o volume de leite produzido fique estabilizado nos níveis atuais. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

 
Leite UHT 
O preço do leite UHT subiu na primeira semana de abril, após três semanas consecutivas de queda. Entre 1º a 5 de abril, a cotação média do derivado foi de a R$ 2,3927/litro – o menor preço mensal dos últimos cinco anos –, alta de 0,36% frente à semana anterior. De acordo com colaboradores do Cepea, esse cenário se deve à melhora nas vendas, por causa do período de início de mês, e aos estoques controlados de laticínios. Por outro lado, o queijo muçarela seguiu em baixa pela terceira semana seguida, reflexo do baixo consumo e das poucas negociações entre laticínios e atacados. Assim, de 1º a 5 de abril, o preço médio foi de R$17,2804/kg, baixa de 0,26% em comparação à semana passada. (Cepea)

Porto Alegre, 10 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.956

    Exportações/Uruguai 

Os dados sobre comércio exterior publicados pela Universidade Católica mostram que as exportações da Conaprole, em março, caíram 23,7% em relação a março de 2018. O dado é preocupante já que, segundo o presidente da Conaprole, Álvaro Ambrois, para a empresa "as exportações são fundamentais". A Conaprole exporta 70% do leite que recebe. 

O mercado internacional é o que nos afeta, e é responsável pela fixação do preço ao produtor.
Este mês, o relatório mensal, Comércio Exterior de Uruguay, publicado pelo Departamento de Negócios Internacionais e Integração (DNII) da Universidade Católica (UCU) destaca que no terceiro mês do ano "as cinco principais empresas exportadoras concentram 22,6% das vendas, e, com exceção da Conaprole, todas aumentaram o volume exportado em relação a março de 2018".
 
Queda geral das exportações
A queda da Conaprole ocorre quando, ao nível geral continuam caindo tanto as importações como as exportações, com o agravante de que os lácteos atravessam uma forte crise tanto, ao nível produtivo, como industrial, com o fechamento de fazendas leiteiras e indústrias de laticínios de um modo geral. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)
 
                 

Produção/AR 

O Observatório da Cadeia Láctea (Ocla) divulgou um boletim conjuntural, que analisa a situação do setor lácteo no que se refere as perspectivas do setor. O destaque para o grupo de analistas, que dependem do Estado, mas, são procedentes de uma fundação do setor privado, é que o fechamento de fazendas de leite parou.

Que a produção de leite está em crise há muitos anos, não é novidade. Até bem pouco temo, Bichos de Campo publicou uma nota na qual comentava que o total de fazendas de leite fechados no último ano, segundo dados oficiais, foi de 150. Mas, o Ocla afirma que essa tendência foi interrompida depois de melhorar as condições de trabalho do primeiro elo da cadeia. É preciso destacar que nos primeiros meses deste ano houve melhora considerável no preço do leite, quase 70% a mais que os valores do início de 2018.

Segundo analistas do Observatório, e parafraseando o ministro da fazenda, Nicolás Dujovne, parece que "o pior já passou". O documento diz: "Depois de uma etapa (2016-2017) onde o fechamento e a fusão de rebanhos foi muito elevado, explicado, em grande medida, pelos excessos hídricos registrados em várias bacias leiteiras do país, a evolução de custos acima da matéria prima, o alto custo financeiro, e a falta de rentabilidade em grande parte dos produtores de leite (situação detectada pelo INTA-IAPUCO), a informação importante mostra, que a eliminação de rebanhos, em todas as bacias leiteiras são fatos isolados".

A Ocla também disse que as indústrias de laticínios que fecharam 'estão associadas a produções de pequena escala (menos de 2.000 litros por dia) e gerenciados por produtores mais velhos e com dificuldades familiares (sem sucessão)".

Segundo a análise do Ocla, seguem firmes, entretanto, dois outros processos: a concentração leiteira e o crescimento de fazendas de maior produtividade, e escala, além, diversificação das atividades, o que proporciona ferramentas capazes de enfrentar crises.

"As fazendas de maior escala e eficiência continuam no negócio crescendo e integrando a produção de leite com a produção de grãos para se auto abastecerem. Também intensificam a produção de carne (aproveitando o bom momento da atividade. Em resumo, está havendo incremento da escala e da diversificação", relata o Boletim da Ocla.

Com relação ao resultado econômico do setor produtivo, o boletim diz que nos últimos dez meses houve melhora significativa da rentabilidade. "O preço do leite ao produtor para janeiro de 2019 foi de 9,83 pesos por litro, o que representa aumento de 4,1% em relação ao mês anterior, e de 69,5% quando comparado com o preço do mesmo mês de 2018".

O boletim esclarece que "o custo de produção por litro de leite foi de 9,60 pesos por litro em janeiro de 2019, foi 82,2% acima a igual mês do ano anterior". O cálculo agrega que se deve estimar uma renda do Capital Médio Operado de 5%, o que significa 1,70 pesos a mais. Nesse caso o custo seria 11,30 pesos por litro.

Mas, ainda assim, sustenta o documento, "as principais relações preço do leite/insumo/produto final melhoraram, consideravelmente, desde janeiro. Nos últimos meses, depois de 10 meses consecutivos de prejuízos, a rentabilidade reapareceu, ainda que insuficiente para poder cobrir a expectativa mínima". (Portalechero - Tradução livre: Terra Viva)

Balança comercial do leite/PR

O Paraná fechou a balança comercial do leite em 2018 no vermelho. O Estado comprou 11,4 mil toneladas do produto de outros países, enquanto exportou apenas 1,6 mil toneladas, diferença de 9,8 mil toneladas, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Paraná (Seab).

O mercado paranaense seguiu a mesma tendência brasileira, que importou 152,6 mil toneladas e exportou 23,1 mil toneladas, resultando em uma diferença de 129,5 mil toneladas. No caso do Paraná, na comparação entre 2018 e 2017, o volume importado de leite caiu de 13,6 mil toneladas para 11,4 mil toneladas (-16,4%).

Mas em termos financeiros, os valores gastos na operação seguiram praticamente os mesmos, variando de US$ 27,68 milhões em 2017 para US$ 27,35 milhões em 2018 (-1,2%). "Com o recorte de um ano, a impressão muitas vezes é de que houve uma variação significativa nas cotações, mas nesse caso reflete uma circunstância normal de ajuste de mercado que passamos no período", reflete Alexandre Lobo Blanco, médico veterinário do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Sobre o fato de haver desequilíbrio na balança comercial, o médico veterinário Fábio Mezzadri, do Deral, aponta que a altas importações impactam o mercado interno, desregulam a oferta e interferem negativamente na lucratividade dos produtores. "Os lácteos entram, principalmente da Argentina e Uruguai, muitas vezes a preços mais atraentes que os próprios produtos internos. Uma das soluções para este problema seria alavancar as exportações", ressalta.

A respeito das exportações de leite efetuadas pelo Paraná, houve um pequeno aumento em volume, de 1,4 mil toneladas em 2017 para 1,6 mil toneladas em 2018. Em compensação, o valor movimentado registrou variação negativa, saindo de US$ 5,5 milhões no ano retrasado para US$ 5,4 milhões no ano passado.

Principais fornecedores ao Brasil Os países que mais venderam leite ao Brasil em 2018 foram Argentina (90,5 mil toneladas e US$ 262,5 milhões), Uruguai (44,5 mil toneladas e US$ 137,3 milhões), União Europeia (7,1 mil toneladas e US$ 49,2 milhões) e Nova Zelândia (2,8 mil toneladas e US$ 13,8 milhões). Com esse resultado, Argentina representou 59% do volume negociado pelo Brasil, Uruguai 29%, União Europeia 4,6% e Nova Zelândia 1,8%. (Faep)

 
Preços 
O preço médio do leite padrão na União Europeia (UE), em fevereiro, foi de 33,82 €/100 kg, de acordo com dados da organização holandesa LTO. O valor é 0,02 € menor do que a média de janeiro de 2019, e 1,1€ (-2,9%) a menos que um ano atrás. Os preços ficaram praticamente inalterados em relação ao mês anterior. Poucas empresas subiram os preços: a irlandesa Glanbia (+ 3,5€), a holandesa FrieslandCampina (+0,3€), e a francesa Danone (+0,1€). As demais empresas repetiram os preços, ou reduziram. Em março não deverá haver grandes variações. Algumas empresas anunciaram que não irão alterar, como é o caso das francesas Lactalis e Savencia, da Alemanha DMK, da sueco-dinamarquesa Arla, a britânica Dairy Crest, a holandesa FrieslandCampina e da italiana Granarolo. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 09 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.955

    Rabobank: crescimento global da oferta de leite estagna no 1º trimestre de 2019

O primeiro trimestre do ano chegou ao fim e o Rabobank divulgou os números em seu relatório Dairy Quarterly. Os maiores exportadores mundiais de produtos lácteos estagnaram o crescimento anual da oferta de leite, mas os EUA estão experimentando um ‘mercado misto’. A indústria mundial de lácteos está enfrentando problemas de abastecimento em 2019. As causas variam de acordo com o mercado, mas incluem crescimento econômico mais fraco, preços mais altos, fracas vendas de varejo, condições geopolíticas e desafios climáticos. O Rabobank disse que a pressão na produção de leite será notada ao longo do primeiro semestre de 2019 e pode atingir os números mais baixos desde 2016.

Em particular, o Rabobank acredita que o Brexit está afetando a indústria da União Europeia (UE) e os desafios climáticos na Argentina e na Nova Zelândia começaram a aumentar a pressão da oferta, o que continuará ocorrendo nos próximos meses.

Recessão em 2020
Segundo o Rabobank, os dados de janeiro e fevereiro indicam que os EUA registraram vendas menores em termos de volume para iogurtes (queda de 2%), queijo processado (queda de 3,9%) e leite líquido (queda de 4%). Mas o queijo in natura e a manteiga aumentaram, respectivamente, 3,8% e 4%, impulsionados pelos menores preços de varejo. Os preços do queijo in natura caíram 2%, do queijo processado 0,2% e da manteiga 1,3%. Os preços do iogurte e do leite fluido permaneceram estáveis em comparação ao ano passado. O Rabobank previu que os EUA terão um pequeno excedente exportável de lácteos no primeiro semestre de 2019; a produção aumentará ligeiramente ao longo do ano e a demanda doméstica sentirá uma maior pressão.

Os EUA podem perder totalmente o aumento dos preços globais do mercado de lácteos em 2019 devido à oferta interna adequada aliada aos desafios do comércio e ao clima geopolítico. Com os EUA lutando contra tantas batalhas comerciais, o relatório sugere que o país pode ter que encontrar “novos mercados para os laticínios adicionais". Os efeitos da guerra comercial continuam repercutindo nos continentes, já que as tarifas norte-americanas permanecem em vigor. Qualquer "acordo comercial" entre Trump e Xi Jinping continua sendo adiado. Segundo o Rabobank, o crescimento econômico global será mais sombrio nos próximos anos e o banco prevê uma recessão nos EUA no segundo semestre de 2020.

Citando os dados do USDA, o relatório espera que os preços dos lácteos no varejo subam 2,5% este ano, após oito anos abaixo da taxa histórica (+ 2%). Preços de varejo mais altos, um crescimento econômico levemente mais fraco e uma alta demanda de serviços de alimentos contribuirão para reduzir o crescimento da demanda doméstica por produtos lácteos nos EUA em 2019. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
                 

Importação de lácteos

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume aumentou 17,6% frente a janeiro último. Os gastos também cresceram, 14,9%, em igual comparação. O principal produto adquirido no período foi o leite em pó, representando 71,7% do total comprado. Os maiores fornecedores, em volume, foram a Argentina e o Uruguai, que juntos somaram 87,7% do total. No primeiro bimestre as importações cresceram 58,8% em volume na comparação anual. A menor oferta de matéria-prima no mercado interno pode ter colaborado para o cenário.

No parcial de março, até a quarta semana, a média diária foi de US$1,75 milhão em gastos com as importações de lácteos, queda de 32,8% em relação a fevereiro, mas alta de 15,0% em relação a igual período do ano passado. As recentes altas do dólar podem impactar nas importações de leite em pó em curto prazo. (Compre Rural)

Ministra defende que tabela do frete deveria cair

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta última segunda-feira (08), que a tabela do frete, que classificou como “perversa”, já está prejudicando tanto os caminhoneiros quanto os setores produtivos. Adiantou que no final de maio a Universidade de São Paulo (USP) divulgará um estudo com uma proposta de tabela. “Mas o ideal é que a tabela caísse pois, afinal, vivemos em uma economia aberta. Precisamos sentar e conversar, para chegar a um entendimento entre as partes e não criar lei e tabelamento”, defendeu. 

A ministra acrescentou que tem conversado muito sobre o problema com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, responsável por conduzir o assunto dentro do governo e junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Tereza Cristina deu essas declarações em entrevista coletiva, durante a 18ª Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO). Participaram da abertura do evento, ao lado da ministra, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o prefeito de Rio Verde, Paulo Faria do Vale, além de autoridades federais e estaduais.

Tereza destacou o sistema cooperativista que é a base do funcionamento da Tecnoshow Comigo. “Eu vinha conversando com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, que me explicou que tudo que a Comigo recebe de soja ela agrega valor, não sai um grão daqui sem agregação de valor. Isso só pode ser feito com o cooperativismo. Eu acho que este sistema é exemplo para o Brasil todo. Eu tenho andado muito pelo país nesses três meses de governo e tenho pregado o cooperativismo como forma de se desenvolver o Brasil”, frisou.

Segundo ela, a Tecnoshow vem do próprio produtor rural que viu a necessidade de se organizar e, então, as cooperativas e associações de classe viram que esse é um modelo que funciona. “O que o ministério pode fazer é apoiar de todas as formas possíveis. A gente sabe que o agronegócio é esse sucesso, essa pujança que decolou. Está à frente do poder público. Nós do governo estamos correndo para voltarmos a ter protagonismo. Nós vamos fazer isso ajudando, simplificando, desburocratizando as ações que o produtor precisa, sem perder a qualidade. É isso que o ministério vem tratando nesses 90 dias: montar uma política pública que facilite a vida daqueles que produzem no nosso país e não que atrapalhe, porque nós (governo) já atrapalhamos muito”.

A ministra lembrou que o papel do ministério é mostrar ao mundo que a certificação dos produtos brasileiros é séria, e que todo mundo pode acreditar no que o país produz para mais de 160 mercados no mundo. Em relação à reforma da Previdência, voltou a frisar que é um assunto que o Brasil precisa resolver e não apenas o presidente Jair Bolsonaro, ou um ministro, ou a Câmara dos Deputados. “Eu tenho certeza de que a bancada do agronegócio sabe a importância que ela tem em todas as votações, principalmente, nesse momento em que pode ser o equilíbrio daquela casa”, afirmou. (As informações são do Mapa, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Espanha

A captação de leite na Espanha no mês de fevereiro voltou a cair. Já são 6 meses seguidos de quedas, como consequência dos baixos preços. Em fevereiro foram entregues 559.998 toneladas, o que é um volume 0,6% menor do que o entregue em fevereiro de 2018, segundo dados da FEGA, entidade que representa o setor.

Como pode ser visto no gráfico, apesar das entregas em janeiro de 2019 terem sido menores do que as de 2018, foram maiores do que as de 2016 e 2017. Em fevereiro isso não ocorre. A captação foi menor do que a do ano passado, mas, também a menor desde 2016. Em fevereiro 13.483 pecuaristas de leite entregaram leite, 50 menos do que em janeiro.

Quanto aos preços, o leite em fevereiro foi pago, em média, a 33 centavos de euros por litro, que é o mesmo preço de janeiro. O preço de fevereiro é o mais alto registrado nos meses de fevereiro nos últimos 4 anos, apesar disso, não significa que o preço esteja alto, já que nos últimos anos, o preço do leite não fez outra coisa a não ser cair, especialmente, devido à extinção das cotas em 2015. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 
Com uma dose de mudança
O Rio Grande do Sul se prepara para a primeira etapa da campanha de imunização do rebanho contra a febre aftosa, de 1º a 31 de maio. Neste ano, com mudança importante: a dose passa a ser de 2ml. Supervisores regionais da Secretaria da Agricultura receberam folhetos para distribuir. Nesta etapa, a projeção é de que sejam imunizados cerca de 12,5 milhões de exemplares, entre bovinos e bubalinos. (Zero Hora)

Porto Alegre, 08 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.954

    Preços

O último boletim do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), de 4 de abril destacou o seguinte: - Em comparação com a semana anterior, os preços médios do soro de leite em pó e do leite em pó desnatado (LDP) caíram 0,9% e 1,2%, respectivamente, na UE, enquanto os preços médios dos outros produtos lácteos se mantiveram estáveis.

- O preço médio do SMP na UE foi de 188 €/100 kg, [US$2106/tonelada], (43% acima do nível do ano passado) e a manteiga foi de 420 €/100 kg, [US$4704/tonelada], (12% a mais que um ano antes).

- O preço do leite no mercado spot da Itália está caindo sazonalmente, nas últimas 8 semanas. Está situado em 40 centavos/kg, [R$ 1,79/litro], (34% acima do nível do ano passado).

- Tendências divergentes nas cotações mundiais dos produtos lácteos, em dólares, nas duas últimas semanas.

- Os preços dos produtos lácteos da UE e Estados Unidos ficaram relativamente estáveis, exceto o queijo cheddar dos Estados Unidos que aumentou 9,5%.

- Aumento significativo dos preços da manteiga na Oceania (+10,9%), leite em pó integral (+4,3%) e cheddar (+3,2%), enquanto o preço do LDP diminuiu (-7,5%).

- A Oceania detém agora a manteiga, o LDP, e o cheddar mais caros, enquanto os Estados Unidos vendem o leite em pó integral com a maior cotação.

- Os produtos lácteos da UE agora estão mais competitivos, embora, os preços do LDP e do cheddar sejam quase equivalentes na UE e Estados Unidos.

- Aumento significativo nas exportações de leite em pó integral (LEP) pelos Estados Unidos e Uruguai, em janeiro (+66% e +60%, respectivamente)

- A Rússia foi o segundo maior importador de queijo em janeiro, com incremento de 7%.

- As Filipinas aumentaram em 36% as importações de LDP em janeiro de 2019, quando comparadas com janeiro de 2018. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
 
                 

Rotulagem de alimentos 

O relatório com a consolidação das contribuições feitas à Tomada Pública de Subsídios (TPS) sobre a revisão da rotulagem nutricional de alimentos foi apresentado, nesta terça-feira (2/4), a representantes dos principais setores relacionados ao tema.

Entidades da sociedade civil, do setor produtivo, conselhos de classe e órgãos de governo, como Ministérios da Agricultura, da Saúde e da Justiça participaram do encontro, que ocorreu na sede da Anvisa, em Brasília.

A TPS é um mecanismo de consulta, aberto ao público, para coletar dados e informações sobre o Relatório Preliminar de Análise de Impacto Regulatório. Neste processo, foram mais de 33 mil contribuições. As informações foram consolidadas e serão utilizadas para compor uma Consulta Pública, que trará uma proposta de regulamento.

“Este processo de Tomada Pública de Subsídios envolveu consumidores, acadêmicos, profissionais de saúde e indústria. Foi um rol bastante completo dos principais atores afetados e interessados no processo”, explicou a gerente-geral de Alimentos, Thalita Lima. “A intenção é que a Consulta Pública seja disponibilizada para a contribuição de toda a sociedade em setembro deste ano, junto com o Relatório Final de Análise de Impacto Regulatório”, completou.

Na discussão do tema, a rotulagem frontal (que vem na frente da embalagem do alimento), é uma das propostas que encontra-se em discussão. “É uma estratégia que vem sendo adotada por diversos países do mundo, com o objetivo de trazer informações nutricionais mais claras para o consumidor”, afirma a gerente-geral.

Durante a reunião, também foi discutido o tratamento do tema junto ao Mercosul, pois o regulamento é harmonizado junto aos países do Bloco. Para conhecer as ações já realizadas neste processo, como a Tomada Pública de Subsídios, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/tomada-publica-de-subsidios. (Anvisa)

Ranking dos laticínios 2018

A falta de informações sobre grandes empresas de laticínios, notadamente, Italac, Lactalis, Itambé, Tirol e Betânia fez com que o Ranking das indústrias de laticínios represente pouco mais de 30% do leite captado no Brasil.

Na reportagem de outubro de 2018 do jornal Valor a captação da Italac foi estimada em torno de 1,8 bilhão de litros/ano. Por ocasião da inauguração de uma planta industrial da Lactalis em Teutônia (RS), uma reportagem do Jornal O Sul, informou que a Lactalis captava 1,6 bilhão de litros de leite/ano, depois das diversas aquisições feitas no Brasil. No Ranking publicado pelo Valor em abril de 2018, a Itambé figurava com uma captação anual de 996 milhões de litros de leite. E a Tirol, de Treze Tíllias (SC), que tem forte presença na Região Sul, em reportagem de Marcos Tosi, de 17 de agosto de 2018, na Gazeta do Povo, diz que captava 2 milhões de litros de leite dia, totalizando 730 milhões por ano. Também a maior empresa de lácteos do Nordeste, dona da marca Betânia, capta em torno de 700 mil litros de leite por dia, conforme a reportagem do Valor Econômico, o que resulta em 255 milhões de litros ano. Também reportagem do jornal O Tempo de Minas, mostra que o Laticínio Porto Alegre, depois de ter recebido aporte da Suíça Emmi, está expandindo seus negócios, e desta feita indo para Antônio Carlos na região de Campos das Vertentes. A empresa capta 750 mil litros de leite por dia, totalizando 273 milhões por ano. 

Como o processo da Lactalis em torno da aquisição da Itambé foi contestado, e supondo que a cooperativa mineira não foi incorporada nem pela Vigor, nem pela Lactalis, poderíamos ter um ranking de 2018, mais ou menos assim:
 
1º - Italac - 1.800 milhões de litros/ano
2º - Nestlé - 1.616 milhões de litros/ano
3º - Lactalis - 1.600 milhões de litros/ano
4º - Laticínios Bela Vista - 1.387 milhões de litros/ano
5º - Unium - 1.142 milhões de litros/ano
6º - Itambé - 996 milhões de litros/ano
7º - Tirol - 730 milhões de litros/ano
8º - Embaré - 542 milhões de litros/ano
9º - Aurora - 522 milhões de litros/ano
10º - CCGL - 456 milhões de litros/ano
11º - Jussara - 399 milhões de litros/ano
12º - Danone - 338 milhões de litros/ano
13º - Vigor - 336 milhões de litros/ano
14º - Cativa - 300 milhões de litros/ano
15º - Laticínios - Porto Alegre   273 milhões de litros/ano
16º - Betânia - 255 milhões de litros/ano
17º - DPA Brasil - 247 milhões de litros/ano
18º - Centroleite - 205 milhões de litros/ano
19º - Frimesa - 200 milhões de litros/ano

Esse Ranking ampliado já representaria pouco mais de 54% da captação brasileira de leite, e ainda que hipotético, representa melhor a diversificação do mercado nacional. No entanto, a falta de dados, dificulta uma classificação real das nossas indústrias de laticínios.  (Terra Viva)

 
 
Sem Lactose 
A produção mundial de leite sem lactose cresceu 11% desde 2014, ao contrário do leite tradicional que subiu 0,3% no mesmo período, segundo o relatório global “Lactose free dairy products”, realizado pela Tetra Pak. De acordo com a Rede Food Intolerance, dois terços da população mundial sofrem de algum tipo de intolerância à lactose. Esses dados crescem anualmente, indica o estudo. “Na América do Norte e na América Latina o aumento foi de 10%, na Europa 14%, Na Oceania e Oriente Médio 11%, e na Ásia 7,2%”. (Hipersupeer)