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Porto Alegre, 28 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.011

   LEITE/CEPEA: preço ao produtor se estabiliza em junho

O valor do leite pago ao produtor em junho (pelo produto captado em maio) ficou praticamente estável frente ao mês anterior. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a “Média Brasil” líquida fechou a R$ 1,5278/litro neste mês, ligeira alta de 0,68% em relação à de maio/19, mas 13,9% superior à registrada em junho/18, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/19). Os únicos estados que não seguiram a tendência de estabilidade foram o Paraná e o Rio Grande do Sul, onde as médias mensais subiram 2,93% e 2,86%, respectivamente, de maio para junho.

Desde o início do ano, os preços do leite ao produtor já subiram 21,1% na “Média Brasil” líquida. Essa expressiva valorização está atrelada ao cenário de elevada competição entre indústrias para garantir a compra de matéria-prima e à menor oferta neste primeiro semestre. A disponibilidade de leite tem sido limitada pelas condições sazonais (redução de chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e diminuição da qualidade das pastagens), mas também pela maior insegurança de produtores em realizar investimentos desde 2017. Nos últimos dois anos, a diminuição do poder de compra das famílias brasileiras e a “gangorra” de preços do leite prejudicaram os investimentos dentro da porteira, com efeitos sendo sentidos no longo prazo.

No entanto, os laticínios enfrentam dificuldades em repassar as valorizações da matéria-prima ao consumidor, tendo em vista a estagnação econômica. O aumento da concorrência dos laticínios também na venda dos derivados e a pressão dos canais de distribuição nas negociações têm corroído as margens das indústrias. Para os próximos meses, agentes do setor acreditam em quedas graduais nos preços do leite ao produtor. (Por: CEPEA/ESALQ/Agrolink)
                  
 

Leite/NZ

O Rabobank projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 7,15/kgMS, [R$ 1,38/litro], para 2019/20. Em seu relatório trimestral – Dairy Quarterly Q2 2019. Um otimismo em meio ao caos, em que o Rabobank diz que os fundamentos do mercado mundial ficaram presentes em todo o primeiro semestre de 2019: estagnação da oferta, baixos estoques e preços estáveis, e que continuam sendo temas chaves que permeiam todo o setor.
“A produção de leite dos ‘Big 7’ exportadores (União Europeia, Nova Zelândia, Austrália, Uruguai, Argentina e Brasil) em 2019 ficou abaixo à do ano anterior, dando sustentação ao mercado. Fracos finais de temporada na Nova Zelândia e Austrália, junto com forte demanda da China, deram suporte às cotações dos produtos lácteos na Oceania”, diz a analista, Emma Higgins, no relatório do Rabobank.

Higgins diz em sua análise que o segundo semestre de 2019 terá o desafio de melhorar a produção de leite nas regiões exportadoras. “A produção de leite nessas regiões [exportadoras] foi claudicante no primeiro semestre, ficando com o resultado negativo de 0,3%, criando uma tensão no mercado internacional. No entanto, a defasagem da oferta está diminuindo lentamente, e no terceiro trimestre, a expectativa é de que haja crescimento no ‘Big 7’, especialmente entre os produtores do Hemisfério Norte (União Europeia e Estados Unidos da América)”, diz ela.   

O banco sugere que haverá menor volume de leite disponível nos países exportadores do Hemisfério Sul no segundo semestre de 2019, e isso é importante para os produtores da Nova Zelândia. “Nossa expectativa é de que haja recuperação do preço das commodities lácteas após esse período de queda sazonal”, disse Higgins.

Do lado da demanda, o relatório diz que o conjunto dos mercados importadores é misto.

“O apetite chinês foi maior do que o esperado nos primeiros quatro meses de 2019, e alguns compradores podem ter estoque adequado. Assim, acreditamos que a demanda chinesa continuará robusta, mas, menos intensa do que no primeiro semestre, o que pode definir o teto dos preços”, acrescenta a analista.

“A economia dos Estados Unidos da América (EUA) está caminhando para uma desaceleração em 2020, enquanto a economia da Eurozona apresenta baixa performance desde 2018. São aspectos que moderam os gastos dos consumidores e limitam a demanda por produtos lácteos”, conclui Higgins. (Dairy News – Tradução livre: Terra Viva)

Argentina: preço do leite ao consumidor dobra e consumo tem queda histórica

Quando o dinheiro não é suficiente para continuar enchendo o bolso como antes, a primeira coisa a sair da lista de compras são os “petiscos" e os "aperitivos". Com o resto, a tática é geralmente escolher embalagens e marcas mais baratas. Mas, se isso não for suficiente, cortes mais drásticos serão impostos: aqueles que implicam em deixar de levar os alimentos essenciais à saúde ou servi-los em quantidades menores.

Esse foi o passo dramático que milhões de famílias argentinas tiveram que fazer este ano, reduzindo seu consumo de leite e produtos lácteos a níveis historicamente baixos. Isso, após seus preços, em apenas um ano, dobrar.

No leite, a escalada foi frenética. Há um ano, no supermercado Capital, o saquinho mais econômico encontrado foi de 22,50 pesos (US$ 0,51). Hoje, no entanto, o preço não fica abaixo de 45 pesos (US$ 1,02): o dobro. Se analisarmos a garrafa de litro, o aumento anual foi de 33 pesos (US$ 0,75), para 64 pesos (US$ 1,43), um crescimento de 94%.

Na mesma linha, as consultoras Focus Market e Scanntech pesquisaram 750 produtos e constataram que o leite foi o segundo que mais encareceu no ano passado: em média, 95,4%. Entre os 10 itens comparados, sachê e longa vida, o valor passou de cerca de 24,30 pesos (US$ 0,55) por litro em maio de 2018 para cerca de 50,10 pesos (US$ 1,14) no mês passado.

O aumento no preço do leite também afetou todos os derivados, como ficou claro no relatório Consumer Price Index divulgado pela Indec na última quinta-feira. Segundo a agência oficial de estatísticas, os lácteos foram os mais afetados pela inflação até agora neste ano, com um aumento de 31,2% em Buenos Aires em cinco meses. Nos últimos 12 meses, já subiram 81,1%, contra uma inflação de 63% no total de alimentos e uma taxa geral de 56,8%.

Para exemplificar, um pote de iogurte de 190 gramas de uma das marcas líderes que há um ano custava 23,50 pesos (US$ 0,53) agora é vendido a 50 pesos (US$ 1,14), um valor 113% mais caro. E o quilo do queijo cremoso, se há um ano valia 164 pesos (US$ 3,74), agora já está em 326 pesos (US$ 7,44). No meio da crise, a resposta das famílias a estes aumentos foi limitar o consumo de produtos lácteos como não o faziam há décadas, bem como voltar-se para os mais econômicos.

Segundo os últimos dados da Secretaria do Agronegócio, atualizados até março, no primeiro trimestre deste ano, 13,2% a menos de leite fluido foi vendido no país comparado há um ano e 21,1% a menos que mesmo mês de 2016. Ou seja, 1 de cada 5 litros de leite tomados três anos antes foi eliminado.

Se analisarmos o consumo de março, o registro mais recente, em leites não refrigerados ("longa vida") a queda no consumo anual atingiu 30,1% em litros, em comparação a uma retração de 3,3% para aqueles de saquinho, que mostra em que medida os compradores se refugiaram nas opções mais baratas. A queda, por sua vez, ultrapassou 21% ao ano em leite em pó e iogurte, alcançou 18,5% em manteiga e 11% em queijos. Mais dispensáveis, sobremesas lácteas e pudins foram consumidos 30,9% a menos e leites achocolatados e aromatizados, 51,5% menos.

No total, o Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA) calculou que, em janeiro e fevereiro, o consumo de leite - direto e via derivados - caiu para um patamar equivalente a 183 litros por habitante ao ano. Foi o menor registrado desde 2003. E, tirando 2003, o menor desde 1991. Estima-se, entretanto, que os primeiros quatro meses de 2019 tenham uma média de 180 litros, longe dos 193 litros per capita consumidos em todo o ano de 2018, os 197 de 2017, os 201 de 2016 e os 217 de 2015.

"Em 2018 o consumo diminuiu um pouco, mas a queda deste ano foi muito forte, em quantidades e qualidades. Os lácteos são os produtos básicos em que os maiores cortes estão sendo observados. As pessoas consomem menos sobremesas lácteas, cremes, queijo ralado ou leite com sabor. E no leite, o que mais se destacou foi uma mudança para as marcas secundárias, e do papelão para o sachê, o que até causou complicações para manter a oferta de marcas mais baratas em sachê”, explica Jorge Giraudo, diretor executivo da OCLA.

Segundo o especialista, os aumentos ocorreram principalmente nos primeiros meses deste ano porque, "devido às altas temperaturas", a produção caiu 10%. E, ao mesmo tempo, devido às altas exportações de 2018, as empresas ficaram com poucas reservas para compensar. Essa falta de oferta que permitiu os aumentos, disse Giraudo, já começou a se normalizar. "Mas não esperamos que os valores caiam", adverte.

"Agora o preço é suficiente para a fazenda não estar em crise, porque muitos de seus custos são dolarizados, como os de ração para gado, vacinas e combustíveis", acrescentou David Miazzo, economista da Fundação para o Desenvolvimento Agrícola da Argentina. Nesse contexto, mesmo que a produção se recupere é difícil que o preço caia. Para ressurgir o consumo, o que precisa ser recomposto é o poder de compra dos salários. 

Segundo nutricionistas consultados, essa situação é muito preocupante já que o leite é um alimento essencial para a saúde da população e especialmente para o adequado crescimento das crianças. Alimento que, por sua vez, é muito difícil de ser substituído. 

A recomendação médica, no país e em todo o mundo, é que as pessoas, para ter uma dieta saudável, consumam cerca de três porções de leite por dia, que podem ser um copo (200 ml) de leite, um iogurte e um pedaço de queijo de 30 gramas, explica Sérgio Britos, diretor do Centro de Estudos de Política Alimentar e Economia.

"O problema é que na Argentina, antes deste último outono, a população vinha registrando um nível de consumo muito inferior ao saudável", afirma. Em média, segundo Britos, as pessoas consumiam 48% menos laticínios do que o ideal: ou seja, a metade. Embora com desigualdades: nos setores de baixa renda o déficit está próximo de 60%, e naqueles com maior renda, a 30%.

"É um preocupante problema nutricional e de saúde que afeta as crianças em particular. Os produtos lácteos são a fonte fundamental de cálcio em nossa dieta e o cálcio é um mineral essencial para a nossa saúde óssea", completou Britos. 

"Durante a idade escolar e pré-adolescência, o cálcio se fixa e forma a densidade óssea que terá que nos sustentar ao longo da vida. Portanto, a recomendação desse nutriente é muito exigente neste período. O perigo é que se, devido a um déficit de cálcio, a criança não tiver massa óssea suficiente naquele momento, ele terá um alto risco na idade adulta de ser mais propenso a fraturas e osteoporose", disse Britos.

Em 24/06/19 - 1 Peso Argentino = US$ 0,02283
43,7968 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Clarín, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Cresce a produção de leite
Para o levantamento foram considerados os volumes de leite adquiridos pelos laticínios com algum tipo de inspeção sanitária (municipal, estadual e/ou federal). De janeiro a março foram coletados 6,2 bilhões de litros de leite no país, um aumento de 3% em relação a igual período do ano passado. Este foi o maior volume captado neste intervalo desde 1997. No primeiro trimestre de 2018, o volume captado havia reagido 2,7% frente a igual período de 2017. Em 2019, com o produtor incentivado, com o preço do leite 6% maior em valores reais (deflacionados pelo IGPI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) no período de janeiro a maio, a produção cresceu em maior proporção comparado com os anos anteriores. Em contrapartida, a demanda comedida na ponta final da cadeia começa a pressionar o preço do leite para o produtor já no final do primeiro semestre. (Fonte: Scot Consultoria)





Porto Alegre, 27 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.010

  Audiência Pública, em Brasília, debate os desafios da cadeia produtiva com a vigência das INs 76 e 77

Os novos cenários se que desenham para a cadeia produtiva do leite a partir da vigência das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram foco da audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A audiência reuniu integrantes do setor e contou com a presença do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Segundo ele, a adequação às novas regras que trazem alterações na produção, coleta e armazenagem do leite cru, é fator que gera grande preocupação à cadeia leiteira gaúcha e nacional. O dirigente relatou a série de encontros realizados nos meses de maio e junho, em diversos municípios gaúchos, que reuniram grande número de produtores no propósito de esclarecer dúvidas e pontos polêmicos da nova legislação. Os encontros foram realizados pela Superintendência do Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Sindilat e diversas outras entidades do setor lácteo.  “O Sindilat - junto com outras entidades -  já havia elaborado uma carta aos produtores contemplando informações sobre as principais mudanças implantadas pelas normativas”, afirmou ele.

O representante da indústria gaúcha pontuou que, entre as exigências que mais têm gerado apreensão no setor, estão as que obrigam o leite cru a atingir a temperatura de 4°C três horas após a ordenha (antes da saída da propriedade), e a chegar na plataforma com temperatura máxima de até 7°C, ou 9° graus em casos excepcionais. “Enquanto estivermos em clima frio, mais ameno, não haverá maiores dificuldades em atender ao padrão. A situação deve ser dificultada no verão, quando as temperaturas ultrapassam 40°C em muitas regiões”, alertou Palharini. O dirigente destacou a carência de equipamentos mais modernos para refrigeração do leite em muitas propriedades, a falta de acesso dos produtores a linhas de crédito para a aquisição desses equipamentos e os gargalos de infraestrutura (energia e estradas) como pontos que dificultam o cumprimento dos padrões exigidos pelo Mapa.

Em relação à exigência máxima de 300 mil ufc/ml na contagem bacteriana total do leite cru ao sair da propriedade, Palharini afirmou que se trata de um grande desafio, já que, atualmente, 63% dos 65 mil produtores de leite do Rio Grande do Sul não atingem este padrão.  “Maior ainda é o gargalo do leite na plataforma, que não deve ultrapassar os 900 mil ufc/ml. Hoje, apenas 5% do leite que chega na indústria é entregue dentro deste padrão ”, salienta.

Darlan Palharini encerrou sua participação levantando a necessidade de se buscar alternativas para tornar a atividade mais competitiva, passando pela maior geração de renda e, consequentemente, pela qualificação da produção.  Uma das alternativas citadas foi a abertura do PEP para derivados de lácteos, modalidade que atualmente só está disponível para o leite cru. “Esta medida não oneraria os cofres públicos e dependeria apenas de ajustes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). “Esse é um instrumento importante para dar fôlego às indústrias, para escoar a produção e para manter a estabilidade de preço ao produtor, a exemplo do que foi feito com o setor do vinho”, afirmou.

Presente na audiência, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, mostrou preocupação quanto à manutenção dos produtores na atividade e à possível exclusão dos mesmos pela não adequação às normas, o que iria representar um impacto social e econômico muito grande ao país. “Precisamos manter quem produz no campo e com uma remuneração justa. É hora de a cadeia do leite deixar de ser o patinho feio do agronegócio e alçar o protagonismo do setor pela sua representação social e econômica”, salientou. Ele informou também que, somente em 2018, o êxodo atingiu 20 mil produtores no Rio Grande do Sul. O diretor do Departamento de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Pública do Mapa, Luis Eduardo Rangel, afirmou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está atenta à realidade dos produtores de leite do Brasil e que a pasta vem monitorando a cadeia produtiva. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito:  Reprodução TV Câmara
 
                  
 
Aliança Láctea Sul Brasileira discute a relação entre produtor e indústria

Desde o último dia 30 de maio, as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 estão em vigor, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru em todo o País. As normativas foram propostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e visam, entre outras coisas, a qualidade do leite, uma maior competitividade e a abertura do mercado externo. Em reunião realizada nesta quarta-feira (26), na sede da Farsul, em Porto Alegre, a Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) debateu os principais desafios no dia a dia da atividade leiteira e a relação entre produtor e indústria após a adequação da cadeia às INs.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, fez um raio-x sobre o cenário lácteo no Estado. "A assistência técnica de qualidade é fundamental para que se consiga um bom resultado", frisa. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, as INs vieram para aproximar a cadeia produtiva de ponta a ponta e dividir a responsabilidade com o poder público.

De acordo com o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, anteriormente, o grupo havia sugerido ao Mapa a criação de uma norma de transição para que nenhum produtor fosse penalizado até a adequação total às exigências. "O Mapa criou um comitê técnico para analisar, durante cinco meses, as INs 76 e 77, afim de normatizar a destinação da matéria prima que estiver fora dos padrões de temperatura e contagem padrão em placas (CPP)", conta.

As novas regras não preveem o descarte do leite fora dos parâmetros de exigência, tema levantado por Spies e que foi, incansavelmente, debatido em todas as reuniões itinerantes realizadas pelo Sindilat, Mapa e demais entidades no interior do Estado. "Os encontros têm o objetivo de tirar todas as dúvidas da cadeia produtiva, a partir de dados apresentados por especialistas", alerta Palharini.

Quanto melhor a qualidade, maior a vida útil do produto na prateleira. Segundo supervisor regional do Serviço Nacional de Assistência Rural (SENAR/RS), Herton Lima, é preciso manter um bom relacionamento entre a indústria e os produtores para que, juntos, consigam elevar a qualidade e o nível de produção.  "Com as INs todos ganham, produtor, indústria e, principalmente, o consumidor".

Também participaram da reunião o diretor financeiro do Sistema FARSUL, José Alcindo Ávila, o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Luis Antonio Covatti Filho, o presidente do Sistema FAESC, José Zeferino Pedrozo, além de Guilherme Dias, representando o Sistema FAEP e Vagner Miranda Portes, representando a secretaria da Agricultura e Pesca de Santa Catarina. O próximo encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira será no município de Florianópolis (SC), no dia 19 de setembro, na sede da FAESC. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Stéphany Franco
 
RS: deputados aprovam inclusão do doce de leite na merenda escolar da rede pública



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa gaúcha aprovou nesta última  terça-feira (25) projeto de lei que prevê a inclusão do doce de leite na dieta da merenda escolar nas escolas da rede estadual de ensino. O texto é de autoria do deputado Edson Brum (MDB), ex-presidente do Legislativo. Na justificativa, o parlamentar argumenta que este é um alimento "notadamente rico em nutrientes" e que estes nutrientes são indicados para alunos do ensino fundamental.



Na mesma sessão da CCJ, que chancelou o projeto do doce de leite, os deputados adiaram pela quinta vez seguida a análise de um projeto de lei da deputada Any Ortiz (PPS) que pretende acabar com a aposentadoria especial dos deputados estaduais do Rio Grande do Sul. 



"O doce de leite é um alimento inegavelmente proteico, se constituindo em um produto oriundo especialmente da agroindústria gaúcha. Convém referir que o Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de leite do país, tendo, na propriedade rural, o início da cadeia produtiva deste produto. A merenda escolar distribuída nas escolas da rede estadual é rigorosamente acompanhada por nutricionistas, que através de uma dieta balanceada, proporciona aos alunos uma alimentação razoável", diz a justificativa do projeto.



Cabe lembrar que a CCJ não analisa o mérito da proposta, mas sim a constitucionalidade. Nas redes sociais, o deputado comemorou a aprovação da matéria, que ainda precisa passar pelo plenário da Assembleia antes de se tornar lei. (As informações são do portal de notícias GaúchaZH)
 
FrieslandCampina 

O preço do leite cru garantido pela FrieslandCampina para o mês de julho de 2019 foi estabelecido em € 35,00/100 kg, [R$ 1,57/litro], queda de € 0,75/100 kg, em relação ao mês anterior, [€35,75/100 kg]. Está incluída uma correção de € 0,39. O preço do leite pago ao produtor pelas principais indústrias de referência está com projeções de queda no mês de julho.
 

 

O preço do leite orgânico garantido pela FrieslandCampina para junho de 2019, € 45,50/100 kg [R$ 2,04/litro]. Caiu € 1,75/100kg em comparação com o mês anterior que foi de € 47,25/100 kg, [R$ 2,12/litro], incluindo uma correção para menor de € 1,74 correspondente a uma estimativa feita a maior em meses anteriores.
 

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

O preço garantido da FrieslandCampina faz parte do preço do leite que a FrieslandCampina paga, anualmente, aos seus produtores de leite. Mensalmente, o preço garantido é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

 
Leite cru

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alerta aos consumidores sobre os riscos à saúde com a ingestão de leite cru, sem pasteurização. Apesar de ser um alimento nutritivo e amplamente consumido por toda a população brasileira e mundial, o leite é um substrato ideal para o desenvolvimento de grupos de bactérias que podem causar alterações sensoriais e tecnológicas e, quando patogênicos, danos graves à saúde pública. Entre as doenças que podem ser transmitidas pelo consumo de leite cru estão a tuberculose, brucelose, listeriose, salmonelose, yersiniose, campilobacteriose, infecção por Escherichia coli, entre outras. No Brasil, a venda de leite cru é proibida em todo o território nacional, pelo Decreto nº 923/1969. "O consumo de leite e seus derivados deve ser incentivado por se trata de um grupo de alimentos ricos em nutrientes que compõem a dieta da população. Contudo, deve ser observado se os alimentos adquiridos possuem selo de inspeção municipal, estadual ou federal que asseguram ter controle sanitário", alerta a auditora fiscal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Mayara Pinto. "É imprescindível a aquisição de leite que tenha sido submetido ao processo de pasteurização, que fornece segurança ao produto e aos derivados", afirma. Na pasteurização o leite é submetido à temperatura de 72ºC a 75ºC por 15 a 20 segundos, inativando eventuais agentes patogênicos, sem contudo, esteriliza-lo, mantendo parte da população bacteriana e preservando a sua qualidade nutricional. (Mapa)


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Porto Alegre, 26 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.009

  Reunião dos associados debate o cenário das indústrias de laticínios
 
Entidades ligadas ao setor lácteo reuniram-se, na tarde desta terça-feira (25), na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a fim de discutir, entre outras coisas, sobre o cenário de comercialização das indústrias dentro e fora do Estado. As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que entraram em vigor no dia 30 de maio, foram, novamente, pauta do encontro que debate a competitividade do produto.

Os associados fizeram um diagnóstico sobre a adequação às INs, temperatura do leite, coleta de amostras do silo nas empresas e plano de qualificação dos produtores. De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a responsabilidade para atingir os parâmetros que norteiam as Instruções Normativas é de toda a cadeia produtiva.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, as considerações feitas pelos representantes das entidades associadas são de suma importância. “Elas revelam o que acontece no dia a dia da atividade leiteira no Estado”, afirma. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Crédito: Stéphany Franco
                  
 
Vale do Rio Pardo realiza encontro para debater eficiência na produção leiteira

 
Experiências bem-sucedidas com grupos de produtores de leite do Vale do Rio Pardo, além de palestras sobre qualidade e sanidade do rebanho serão o foco principal do 3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência? O evento acontece no próximo dia 27/06 (quinta-feira), na localidade de Pitingal/Passa Sete, no Salão da Comunidade de São Miguel, a partir das 9h, e tem o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Um dos palestrantes, o engenheiro agrônomo da Emater-RS/Ascar Diego Barden antecipa que uma das experiências que será divulgada no encontro diz respeito ao trabalho realizado em 18 propriedades leiteiras de Venâncio Aires, onde a atuação da assistência técnica produziu efeitos e resultados significativos na produção. “Iniciamos esse trabalho em 2015 e vamos divulgar para o público como conseguimos alcançar tais resultados”, disse o técnico, que falar sobre “Manejo Nutricional de Bovinos de Leite.

A programação inicia com o relato de experiência da família Ruoso, do município de Sobradinho, sobre produção de leite e gestão da propriedade rural. Ainda na parte da manhã, a médica veterinária da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ana Claudia Mello, falará sobre o panorama da brucelose e da tuberculose bovina no Rio Grande do Sul.

No período da tarde, as atividades têm continuidade com a abertura oficial do evento e a palestra custos de produção e índices zootécnicos de sistemas de produção de leite, ministrada pelo zootecnista e supervisor técnico da empresa Tortuga, Frederico dos Santos Trindade.

SERVIÇO 
3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência?
Data: 27 de junho de 2019
Local: Salão da Comunidade de São Miguel, na localidade de Pitingal - Passa Sete
Hora: 9h
Promoção: Emater/RS-Ascar
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Acordo entre UE e Mercosul avança e pode sair na sexta

As negociações avançam entre o Mercosul e a União Europeia (UE) na parte técnica, em Bruxelas, e as questões mais sensíveis sobre acesso ao mercado serão tratadas pelos ministros dos dois blocos a partir de hoje à noite. A Confederação Nacional da Industria (CNI) confia na conclusão do acordo político até esta sexta-feira, depois de anos de intensas negociações. Entre negociadores em Bruxelas, o ambiente é otimista, porém moderado, até porque sempre pode haver surpresas de última hora. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, participam hoje, com colegas do Mercosul, de jantar com a comissária de Comércio, Cecilia Malmstrom, e o comissário de Agricultura, Phil Hogan. Na quinta, haverá reunião formal para fechar eventualmente as barganhas. 

A avaliação de fontes do Mercosul é de que estaria preliminarmente acertado que o Mercosul também terá uma cesta de redução tarifária com prazo de até 15 anos, devendo incluir itens de máquinas, automóveis e autopeças. A UE, que tem alíquotas menores, chegará à tarifa zero nas importações procedentes do Mercosul em sete anos, com mais cortes já nos dois primeiros anos. Mas ainda há discussões à frente sobre o calendário de desgravação para várias das 9 mil linhas tarifárias. Fontes dão como certo que a demanda europeia para exportar remanufaturados ao Mercosul fica de fora do acordo. Isso é considerado ainda mais importante para o Brasil não abrir mercado para produto velho europeu e sem critério internacional, e era visto como abertura unilateral significativa. 

Por outro lado deve ser incluída cláusula permitindo ao Mercosul usar o drawback, regime especial aduaneiro que garante desoneração na importação ou aquisição interna de insumos usados na fabricação de bens voltados à exportação. Será permitido desde que se cumpra uma regra de origem. Na área agrícola, as indicações ontem eram de que a discussão sobre cotas para carne bovina, etanol e açúcar ficam para decisão dos ministros. A cota para carne de frango está praticamente finalizada. Em indicação geográfica, o Mercosul teria garantido flexibilidade para o uso de nomes de queijos como parmesão e gorgonzola. Fontes do Mercosul são prudentes porque não se sabe se o comissário agrícola, Phil Hogan, chegará na barganha final com mais exigências para a Europa vender leite e queijos para o Mercosul. Também persiste o problema de acesso para o vinho europeu. Se Hogan tentar levar mais do que sabe que o Mercosul pode conceder, a situação poderá complicar de novo. Já se observa na Europa movimentos para a formação da próxima Comissão Europeia. O mandato atual termina em outubro. Phil Hogan quer ser o novo comissário de Comércio, no lugar de Malmstrom. Esse cargo é, por natureza, liberal enquanto o da agricultura é marcadamente protecionista. Se Hogan for inflexível na etapa final da negociação, isso pode dificultar sua acessão ao novo posto, desestimulando países fortes como a Alemanha a lhe dar apoio. 

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o acordo com a UE tem pelo menos três dimensões. Primeiro, é estratégico. Será o mais importante acordo de livre-comércio que o Brasil já firmou na história. Considera que "é o passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacionais". Passa a ter acesso a 25% do mercado mundial. Antes disso, produtos brasileiros só tinham acesso a 8% do comércio do mundo com isenção ou redução do imposto de importação. Segundo, é estruturante. O acordo vai gerar benefícios para o Brasil. Abre o mercado europeu para bens agrícolas, industriais e também para prestadores de serviços brasileiros. E abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, "o que vai exigir do Brasil aprofundamento das reformas domésticas", acrescenta. E terceiro, o acordo é gradual, na visão da indústria brasileira. O tratado integra o Brasil a uma das maiores economias do mundo e isso vai exigir um ajuste do lado brasileiro, principalmente do setor industrial. "É importante ressaltar que o acordo vai ter dispositivos para lidar a competitividade da indústria europeia. Prevê um período de mais de uma década de redução de tarifas e vamos ter uma série de regras sobre como essa integração vai acontecer. A mudança não vai ser abrupta", diz Abijaodi. (Valor Econômico)

Audiência Pública 

As novas regras para a produção de leite no País serão discutidas nesta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. 

O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que pediu a realização do debate, lembra que, em novembro de 2018, o Ministério da Agricultura fixou novas regras para a produção de leite, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A. As mudanças entraram em vigor em maio de 2019. 

A Instrução Normativa (IN) 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria. Na IN 77, são definidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro para o consumidor. Esses critérios englobam desde a organização da propriedade até a capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas.

“O leite é uma das principais cadeias produtivas do País”, afirma Schuch citando dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 do IBGE, segundo o qual, 1,17 milhão de famílias rurais estão diretamente envolvidas na atividade. “Com base no Censo de 1996 eram 1,85 milhão de famílias, ou seja, em pouco mais de 20 anos, 680 mil produtores deixaram a atividade”, compara.
 
Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos; e o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra. CLIQUE AQUI para conferir a lista completa de convidados. A audiência será realizada no plenário 6, a partir das 9h30. (Agência Câmara)
 
Captação do leite/MS 
Nos primeiros quatro meses deste ano, a captação do leite em Mato Grosso do Sul somou 65,3 milhões de litros, com queda de 1,2% em relação ao ano anterior, quando o volume produzido totalizou 66 milhões de litros. Os dados se referem ao total captado pelas indústrias inscritas no SIF – Serviço de Inspeção Federal e são destaques da editoria ‘Mercado Agropecuário’ desta segunda-feira (24). Com a queda no volume o preço registrou alta de 9% entre 2018 e 2019, passando de R$ 0,95 para R$ 1,04 o litro, segundo o Conseleite. A analista técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Eliamar Oliveira, explica o mercado lácteo no estado.  “Mesmo estando na entressafra, o movimento de alta no preço do leite pago ao produtor perde força a partir de maio. Os fundamentos estão nas condições de demanda e também na concorrência do produto importado com a produção brasileira. As importações de lácteos, nos cinco meses de 2019, somaram 67 mil toneladas, volume 52% superior ao igual período de 2018”. (Famasul)

Porto Alegre, 25 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.008

  Preço do leite cai 4,14% no RS

O leite deve ter queda em junho no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados pelo Conseleite/RS nesta terça-feira (25/06) em reunião na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS), o valor de referência projetado para junho é de R$ 1,1297 o litro, valor 4,14% menor do que o consolidado de maio, que fechou em R$ 1,1784.  O professor da UPF Eduardo Finamore explicou que o resultado reflete queda do leite UHT (-3,27%), do leite em pó (-1,16%) e do queijo mussarela (-4,57%) no mês.

Esta é a primeira vez que o preço do leite registra baixa expressiva em 2019, uma vez que vinha em estabilidade desde dezembro de 2018. Para o presidente do Conseleite e do Sindilat, Alexandre Guerra, é preciso levar em conta que estamos entrando em período de safra, quando, tradicionalmente, a produção se eleva no campo, o que pressiona os preços. Por outro lado, argumenta que o consumo das famílias brasileiras está retraído em função do contexto econômico e de um outono e inverno com temperaturas amenas. “O consumidor está em busca de promoções, independentemente da praça onde se atua. Isso é reflexo da estagnação da economia nacional, que impacta diretamente no setor lácteo”, pontuou. Apesar desse cenário de retração de consumo, Guerra citou que, nos cinco primeiros meses do ano, o valor pago, na prática, ao produtor no campo foi maior do que o previsto pelo Conseleite. “Em um mercado não comprador, esse cenário preocupa em função da baixa margem com que vêm operando a indústria”, alerta.

Os dados do Conseleite indicam que a queda em junho também posicionou o produto abaixo do valor real praticado em 2018, uma vez que, até então, os valores de 2019 vinham acima da série do ano anterior. No entanto, no acumulado do ano, de janeiro a junho, o preço do leite, segundo Finamore, acumula um ganho real de 1,04% acima da inflação do período (IPCA). “A grande questão é como os preços vão se comportar nesse segundo semestre do ano, que vinha com estabilidade”, acrescentou.

O presidente do Conseleite ressalta que o setor – um dos grandes responsáveis pela ramificação de renda no campo - precisa de apoio para minimizar oscilações de preço e garantir margens mínimas de rentabilidade. Entre as alternativas, pontua ele, está a retomada de aquisições por parte do governo ou a adoção de cotas que regulem a pressão dos importados no mercado nacional. “As importações estão maiores do que em 2018. Só em maio em relação a abril, as importações aumentaram 25,5%”, acrescentou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Carolina Jardine
 
                  
 

Mais Leite Saudável supera a marca de 60 mil produtores

Desde o início do Mais Leite Saudável, em outubro de 2015, 63.706 produtores já foram beneficiados pelo programa. Em média, entre 10 mil e 15 mil novos produtores ingressam anualmente e cerca de 25 mil a 30 mil são atendidos por ano com assistência técnica, educação sanitária ou melhoramento genético.

Entre os estados com mais produtores alcançados estão o Rio Grande do Sul (18.230), Minas Gerais (18.222), Santa Catarina (11.666), Paraná (4.734) e Mato Grosso (3.360).

Quase R$ 240 milhões foram investidos em projetos de fomento, gerando aos laticínios participantes R$ 4,5 bilhões em créditos presumidos, disponibilizados em forma de compensação de impostos ou monetização. Os benefícios incluem aumento da rentabilidade, da produtividade e competitividade, de boas práticas agropecuárias, incentivo à certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, melhoramento genético de rebanhos, da qualidade do leite (contagem de células somáticas e bacterianas) e microbiológica, além da redução da mortalidade de bezerras.

Produtores, laticínios, técnicos de campo e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovem o fomento para pequenos e médios produtores de leite, com impacto positivo no desenvolvimento de 2.068 municípios em mais de 20 estados.

Com mais de 600 projetos aprovados, dos quais 385 em vigência, o programa não está restrito apenas a estabelecimentos sob Inspeção Federal. De 440 laticínios participantes, 76,4% estão sob inspeção Federal (SIF) e 23,6% sob inspeção estadual ou municipal (SIM ou SIE).

O Mais Leite Saudável não se restringe à bovinocultura de leite, podendo contemplar projetos para bubalinocultura e caprino e ovinocultura.

Cerca de metade dos projetos em execução são de assistência técnica e gerencial. Outras ações estão distribuídas na Melhoria da Qualidade do Leite (38,7%), Melhoramento Genético (6,8%), Implementação de Manejo Sanitário, incluindo controle de brucelose e tuberculose (3%), e redução da taxa de mortalidade de bezerras 0,5%.

O Programa Mais Leite Saudável passou a ser estratégico do Mapa, com meta de 150 mil produtores a serem atendidos até 2035. A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, responsável pela gestão do programa, trabalha para viabilizar essa meta, apostando haver muito espaço para crescimento.

Uma das ferramentas para sua expansão é o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), instituído pela Instrução Normativa 77, de novembro do ano passado. A coordenação (CBPA) tem realizado seminários em todas as regiões brasileiras para divulgação do plano e do programa.

Qualificação de fornecedores de leite
A implementação do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) é obrigatória aos laticínios. A ferramenta funciona como controle e aproximação da sua relação com os produtores, visando maior segurança para o consumidor e maior desenvolvimento da atividade.

“A obrigatoriedade de possuir um plano de qualificação amplia a assistência técnica a produtores, por parte dos laticínios, o que resulta em melhoria da produtividade, da qualidade e, consequentemente, da competitividade na cadeia leiteira nacional”, observa o coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Rodrigo Dantas.

A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), responsável por coordenar o acompanhamento da execução das ações dos planos de qualificação em todo país, publicou em maio, o Guia Orientativo para Elaboração do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite. Para saber mais sobre o Programa Mais Leite Saudável, clique aqui. (As informações são do Mapa)

Preços/NZ

Guy Trafford olha o cenário para a nova temporada depois da terceira queda consecutiva do GDT. Com poucas exceções, bancos e analistas preveem o preço do leite ao produtor em torno de NZ$ 7,00. O banco ANZ projeta NZ$ 7,30; o Westpac NZ$ 7,20; o Rabobank NZ$ 7,15; e o ASB NZ$ 7,00.

A fonterra publicou a faixa de NZ$ 6,25-NZ$ 7,25, com o ponto médio em NZ$ 6,75;

No entanto, o DairyAnalytics atribuiu o valor de NZ$ 6,57.

O fato de haver diferenças maiores do que 10% indica que existem muitas incertezas no momento, e que pelo menos, por enquanto, não devem se dissipar até o final do ano. O certo é que muitas dessas projeções já estão lançadas há muitos meses, e podem ser revisadas pelos economistas a qualquer momento. O mais seguro seria ficar na média da Fonterra, NZ$ 6,75. É um valor que abarca alguns indicadores globais e o que a Fonterra deve pagar aos seus agricultores para que permaneçam na atividade. Outras indústrias fizeram as seguintes projeções: Synlait, NZ$ 7,00; Westland igual à Fonterra; Tatua, NZ$ 7,50; a Open Country ainda não divulgou suas projeções, mas, normalmente se alinha à Fonterra.

Isto nos leva a olhar para os preços internacionais no momento. O último GlobalDairyTrade registrou nova queda de -3,8%. É a terceira baixa e a maior dos últimos tempos. O leite em pó integral caiu 4,3% e está agora cotado a US$ 3.006/tonelada, acumulando seis quedas sucessivas. Ainda que o valor esteja em torno da média dos últimos três anos, as incertezas sobre o mercado e a produção não recomendam previsões razoáveis.

Pelo menos para 215 produtores, o pagamento de NZ$ 6,75 não parece ser tão ruim, pois aderiram à opção lançada pela Fonterra. Outras oportunidades para aderir a essa opção estarão disponíveis nos próximos meses. 

Dado que muitos preveem pagamento de NZ$ 7,00, os bancos aproveitam para tentar negociar com os fazendeiros a redução das dívidas, acreditando que eles não irão receber preços menores. (Fonte da Notícia:interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)

 
Balança tem superávit de US$ 1,737 bilhão na terceira semana de junho
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,737 bilhão na terceira semana de junho. O valor resulta de exportações de US$ 4,466 bilhões e importações de US$ 2,730 bilhões no período. No mês, o saldo positivo soma US$ 4,033 bilhões e, no ano, acumula US$ 26,144 bilhões. As informações foram divulgadas nesta última segunda-feira (24) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex). A média diária de exportações até a terceira semana somou US$ 967,5 milhões, avanço de 1% sobre junho do ano passado. O desempenho foi sustentado pelo aumento no embarque de básicos (+14,3%), com destaque para petróleo em bruto, minério de ferro, carnes de frango, bovina e suína, algodão em bruto e milho em grãos. Em contrapartida, as vendas de produtos semimanufaturados e manufaturados encolheram na comparação com junho do ano passado. No primeiro grupo, o recuo de 10,9% foi puxado por semimanufaturados de ferro/aço, celulose, açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, couros e peles e estanho em bruto. Entre os manufaturados, a retração de 5,2% foi liderada por aviões, automóveis de passageiros, torneiras e válvulas, máquinas e aparelhos para terraplanagem, tubos flexíveis de ferro ou aço e laminados planos de ferro ou aço. A média diária de importações até a terceira semana de junho deste ano somou US$ 679,4 milhões, 0,4% abaixo da média de junho de 2018. Nesse comparativo, decresceram os gastos, principalmente, com farmacêuticos (-20,7%), veículos automóveis e partes (-18,2%), siderúrgicos (-10,7%), plásticos e obras (-7,6%), químicos orgânicos e inorgânicos (-5,2%). (As informações são do jornal Valor Econômico)

Porto Alegre, 24 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.007

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Junho de 2019 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Maio de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Junho de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.


 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sindileite/SC)
 
                  
 

Leite/Oceania 

A Austrália está produzindo em junho, a metade do leite em relação ao ano passado, nesse mês que é o de mínimo sazonal. Para se ter uma ideia, na temporada 2017/2018, junho representou 7,5% de todo o leite produzido na Austrália. 

Com o clima mais frio, o crescimento das pastagens é menor. Muitos produtores de leite estão cansados com essa temporada que termina. Um período excepcionalmente seco em muitas regiões, com preços de grãos elevados, água de irrigação racionada e cara. Inúmeros produtores reduziram o tamanho do rebanho para lidar com a situação. Todos esses fatores mantiveram a produção de leite abaixo do desejável e reduziram a rentabilidade dos produtores de leite. O planejamento para o próximo ano está repleto de incertezas ainda. Qual a renda que será proporcionada pelo rebanho menor e como irão conseguir alimentar os animais, e quanto de grão terão. Muitos produtores estão projetando o futuro com base na decepcionante temporada passada.

Na Nova Zelândia junho é o mês de menor volume no ano. Em 2081 representou menos de 1% do leite de toda a temporada. É um mês tranquilo do ano. Muitas fábricas interrompem o processamento para fazer manutenção. Os produtores começam a lidar com frio, chuva e lama, típicos do inverno. A alimentação do rebanho corresponde ao que foi armazenado e está em estoque. É tempo de baixo faturamento.

O conforto das vacas, normalmente, é uma preocupação no verão, quando o tempo está quente, mas, também é um desafio para os produtores da Nova Zelândia com o frio e a umidade do inverno. Levar os animais para áreas secas e mais protegidas do frio é um trabalho frequente nesse período. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

    

Produção/AR

Os produtores de leite da Argentina começaram a receber mais que seus pares uruguaios depois de atravessarem uma “montanha russa” que deixou muitos pelo caminho. Em maio passado o preço médio ponderado do leite pago ao produtor da Argentina ao nível nacional por 337 indústrias foi de 14,54 pesos por litro, o equivalente a US$ 0,324/litro, considerando o câmbio médio de referência publicado pelo Banco Central (BCRA).

É  5,1% maior do que o registrado em abril deste ano (US$ 0,308/litro) e 21% superior ao de maio do ano passado (US$ 0,267/litro), segundo dados publicados pelo Departamento Nacional dos Lácteos, com base nas declarações apresentadas ao Sistema de acompanhamento do setor lácteo (Siglea).
 
 

 
Enquanto no primeiro trimestre de 2018 o valor médio ficou na faixa de US$ 0,29 a US$ 0,30 o litro, devido, fundamentalmente a um câmbio artificial que sofreu uma abrupta desvalorização, derrubando o litro de leite para US$ 0,205/litro em setembro de 2018. A queda na renda, agravada por adversidades climáticas severas em algumas bacias leiteiras, acelerou o processo de fechamento de fazendas de leite e queda no número de rebanhos leiteiros, o que provocou redução da oferta disponível: entre janeiro e maio de 2019 a produção argentina de leite foi de 3.768 milhões de litros, uma cifra 6% inferior à dos mesmo período de 2018.

Diante da queda na oferta, algumas indústrias foram a campo “roubar” produtores de outras empresas iniciando um ciclo de altas dos preços, impulsionada pela concorrência crescente. O preço médio ponderado de maio passado (14,54/litro) corresponde a um composição média de 3,72% de matéria gorda e 3,46% de proteína. O leite de maior qualidade (mais de 7,27% de sólidos e menos de 50 CBT e de 200 CSS) foi pago a 14,87 pesos o litro em maio.  

Diferente da Argentina, onde existem muitas grandes e médias indústrias de laticínios, no Uruguai, o principal formador de preços do leite é a cooperativa Conaprole, que exporta a maior parte dos produtos lácteos que elabora. O último dado oficial disponível, publicado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale, mostra que em abril passado o valor médio pago ao produtor de leite ficou em 10,40 pesos/litro (US$ 0,30/litro). Para o mês de maio a estimativa é de que o preço médio seja similar ao de abril.

Ainda que a política da Conaprole seja evitar ajustes abruptos de preços ao seus sócios fornecedores, os valores atuais não cobrem os custos de boa parte das fazendas de leite (especialmente as de menor escala).
O preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai foi, em maio passado, de US$ 2.952/tonelada (um valor 5% menor ao do mesmo mês de 2018), enquanto que a manteiga foi de US$ 4.789/tonelada (-14%) e os queijos  vendidos a US$ 4.079/tonelada, teve cotações idênticas às do ano passado, segundo o Inale.

No Uruguai o câmbio real registra uma supervalorização crescente, o que dificulta a competitividade das indústrias exportadoras. Em abril passado, segundo o último dado publicado pelo Banco Central do Uruguai, o câmbio se encontrava em 94,6. No mesmo mês de 2018 e 2017, os valores eram, respectivamente 94,8 e 99,7. Em abril de 2016 a cotação do peso uruguaio era de 106,2. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)

 
Produção/EUA
A combinação de condições extremas de tempo e disputas comerciais mantiveram a produção de leite estável no primeiro trimestre de 2019. Apesar da queda no consumo de leite fluido nos Estados Unidos da América (EUA), não houve impacto significativo na produção. No primeiro trimestre de 2019 a produção de leite cresceu 0,1% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com o Relatório trimestral do Rabobank. O relatório atribuiu o baixo resultado ao declínio do rebanho nacional, que vem ocorrendo em decorrência do constante aumento da rentabilidade animal. O número de vacas de leite atual está 90 mil cabeças menor do que o registrado um ano antes diz o Rabobank. O relatório prevê que a produção de leite nos EUA permaneça nesse “padrão” em um futuro próximo, sem alterações imediatas em fatores contribuintes da indústria. De acordo com as expectativas do Rabobank, a produtividade animal nos EUA continuará a crescer. Mas, o tamanho do rebanho continuará caindo. Então a oferta de leite permanecerá abaixo da média, menos de 1,5%. Isso deve elevar o preço do leite no segundo semestre de 2019. (DairyReporter – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 21 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.006

  Habilitação

Envolvido na abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, o deputado federal Alceu Moreira (MDB), presidente da Frente Agropecuária (FPA), encaminhou ao Ministério da Agricultura pedido para auxiliar no processo de habilitação de plantas gaúchas dispostas a vender queijo Tipo Grana para a Rússia. 

Em pedido feito diretamente à ministra Tereza Cristina, Alceu Moreira solicitou apoio total da pasta na organização da vinda de representantes russos para visitar as plantas de laticínios no Rio Grande do Sul. 

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entende ser de vital importância a abertura desse mercado para que possamos mostrar a qualidade e a competitividade dos produtos lácteos gaúchos. 

“A busca de novos mercados é a meta para que o RS nas épocas de excedente de produção possa exportar e com isso oferecer ao produtor de leite uma maior estabilidade de preço”, completou Alceu Moreira. (Assessoria Deputado Alceu Moreira)
                  
 

Leite UHT

Em maio, o preço do leite UHT no mercado atacadista de São Paulo permaneceu em alta, fechando o mês com média de R$ 2,60/litro, aumento de 3,47% frente a abril/19 e de 3,62% em comparação com o mesmo período no ano passado. 

Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário, que se deve ao alto preço no campo, não deve permanecer nos próximos períodos, devido às baixas negociações e à demanda ainda enfraquecida. Por outro lado, o queijo muçarela teve média de R$ 17,64/kg em maio, queda de 0,55% frente a abril e de 0,10% em comparação a maio/18. Em praticamente todos os dias da primeira quinzena de junho, os preços do leite UHT caíram, fechando com média de R$ 2,50/litro, queda de 3,21% frente ao mês anterior. O queijo muçarela, por sua vez, também se desvalorizou, porém, com menos intensidade. Na primeira quinzena de junho, o preço médio foi de R$ 17,56/ kg, baixa de 0,22%. Nas duas primeiras semanas de junho, laticínios reduziram suas produções e, consequentemente, seus estoques, devido às baixas negociações. A pesquisa diária de preços é realizada pelo Cepea e tem apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Por Munira Nasrrallah/CEPEA)

 
 

Leite/Europa 

A produção de leite na Europa Ocidental já passou do período de pico em quase todas as regiões, e caminha para s quedas sazonais. Elevadas temperaturas significam queda de produção em países como Alemanha e França, contribuindo para a redução da oferta.

Em algumas desses dois países a temperatura já chegou a 26ºC, e a previsão para a semana que vem é de 32ºC. A produção de leite na União Europeia (UE) está menor do que o previsto no início do ano. De janeiro a abril registrou crescimento em torno de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados obtidos do site CLAL. Em abril de 2019 a produção de leite na UE foi 1,3% maior do que a registrada em abril de 2018, de acordo com a ZMB.

O leite para a produção de queijo continua sendo prioridade na Europa Ocidental. A demanda doméstica está forte, e as exportações também estão bem ativas. De janeiro a abril as exportações de queijos da UE subiram 3% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Eurostat. Os Estados Unidos compraram 7% mais queijos no período. E na outra ponta, de janeiro a abril, a produção subiu 0,7% em relação ao mesmo período de 2018.

O queijo é responsável por cerca de um terço das importações de produtos lácteos pela Rússia. Em abril de 2019 a Rússia importou quase 5,5% a mais de queijo do que em relação ao mesmo mês do ano passado. A importação de manteiga teve crescimento de 148,4% em abril. A Bielorrússia foi, de longe, o maior fornecedor de manteiga e queijos para a Rússia. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Preço do leite
O preço médio pago ao produtor de leite em maio registrou uma alta de quase 19% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse fator, junto com a redução dos preços de milho e farelo de soja, mexeu na relação de troca entre o produto e os grãos. Atualmente, para se comprar uma saca de milho são necessários 21 litros de leite, no mesmo período de 2018 esse valor era de 31 litros. No caso do farelo de soja, são necessários 48 litros por saca. Em junho do ano passado, eram necessários 65 litros. O assessor técnico da Comissão Nacional de leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Thiago Rodrigues, explica se este cenário deve continuar. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem. (Canal Rural)

Porto Alegre, 19 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.005

  Palmeira das Missões encerra primeiro ciclo de debates sobre INs 76 e 77

A cidade de Palmeira das Missões (RS) recebeu, nesta quarta-feira (19/6), o encontro que encerra a primeira etapa do ciclo de debates que percorre o Rio Grande do Sul para esclarecer as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorreu no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e reuniu diversos produtores de leite da região, que foram em busca de informação prestada por especialistas.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, abriu o debate ressaltando a importância dos encontros que geraram esclarecimentos e proporcionaram novos caminhos para que os integrantes da cadeia produtiva possam atender às exigências do Ministério da Agricultura. “Observar questões como certificação do leite para tuberculose e brucelose agrega qualidade e benefício a toda a cadeia e diz respeito à saúde pública”, alertou. O dirigente também apresentou números que revelam a liderança do setor leiteiro gaúcho nas indenizações do Fundesa no primeiro trimestre deste ano. Foram R$ 1,07 milhão em contribuições, R$ 1,079 milhão em investimentos setoriais e R$ 24, 8 milhões de saldo até 31 de março.
 
O desempenho da cadeia no Fundesa está diretamente ligado aos resultados do Programa Mais Leite Saudável, implementado em 2017 pelo Ministério da Agricultura e que visa certificar processos dentro das propriedades rurais e que hoje já soma mais de 30 mil produtores beneficiados, conforme apresentou o médico veterinário do Mapa, Roberto Lucena. Em âmbito regional, a Lei do Leite, criada de forma pioneira no país, foi destacada pela médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato.  A especialista lembrou que a lei 14.835/2016 foi criada para dar maior transparência na produção, coleta, transporte e recepção do leite para a indústria.

O depoimento ficou a cargo do produtor Ari Busanello, de Boa Vista das Missões. Preocupado em se adequar aos parâmetros de qualidade, já iniciou a implantação de ordenhadeiras robotizadas em sua propriedade. Outro investimento recente foi em um compost barn, que atualmente abriga 80 vacas. “Ou investia ou parava de trabalhar”, contou. Outro exemplo positivo veio da professora da UFSM Ione Pereira Velho, que falou sobre os resultados obtidos na Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, instituição de Palmeira das Missões que reúne 318 alunos de 51 cidades. Segundo ela, os animais da Escola Técnica já produzem dentro dos padrões exigidos pela legislação, e citou exemplo da CBT, cuja média de vários anos está em 37,03 mil UFC/ml e, em CCS, de 271 mil/ml.
 
A veterinária do Mapa Milene Cé lembrou que as mudanças chegam para beneficiar os consumidores, que, por meio das INs, terão à disposição produtos de vida mais longa nas prateleiras.  Neste sentido, ela salientou que a interrupção da coleta do leite não adequado às normas não se dará imediatamente após o primeiro resultado negativo. Mas, sim, após um cálculo médio baseado em três meses de coleta. 

O encontro encerrou com uma mesa redonda, cujo objetivo foi responder as dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião foi promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Corede Rio das Várzeas, Escola Técnica Celeste Gobbato e Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Beatriz Moraes
 
                  
 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Junho de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Maio de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2019 é de R$ 2,4547/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Preço do leite longa vida caiu no atacado em junho

Foi observado um mercado mais frouxo para os derivados do leite na primeira quinzena de junho. Na comparação com o fechamento do mês anterior, os preços dos lácteos caíram 0,4% no mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos e estados cotados pela Scot Consultoria.

Para o leite longa vida (UHT), a queda foi mais acentuada nas indústrias, de 3,6% no mesmo período. O leite longa vida fechou cotado, em média, em R$2,59/litro. Esse recuo de preços no atacado, mesmo com a produção da matéria-prima (leite cru) em queda, está atrelado a dificuldade de os laticínios escoarem a produção em patamares de preços mais altos.

No varejo, em São Paulo, o cenário foi de praticamente de estabilidade, com queda de 0,1% na primeira metade de junho, frente a quinzena anterior, na média de todos os produtos lácteos cotados. Para essa segunda quinzena de junho, a expectativa é que o mercado continue mais frouxo, tanto no varejo como no atacado, em decorrência do consumo mais enfraquecido, normalmente, observado na segunda metade do mês. 

Outro fator que contribui para esse cenário é o início das férias escolares no final de junho, que em uma época de consumo deixando a desejar é mais um fator que pode pressionar o mercado negativamente. 

Por fim, o incremento de produção da matéria-prima (leite cru) no sul do país, importante bacia leiteria nacional, também poderá contribuir com esse cenário de preços mais frouxos. (Scot Consultoria/Agrolink)

 
 
Preço/AR 

O preço que a indústria está pagando ao produtor vem tendo uma escala sem freios. Já superou os US$ 30 por litro, valor considerado base para que a atividade seja rentável. O Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) informou que o preço pago aos produtores de leite pelo leite cru cresceu 9,1% em maior, com relação a abril. 

A média ficou em 14,54 pesos por litro, 9,1% a mais que os 13,32 pesos por litro do mês anterior. Isso significa, alta de 56,7% em 2019, e um incremento de 130% em relação aos 6,32 pesos de maio de 2018.
Comparação

Essas variações são bem superiores ao aumento do custo de vida medido pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec): a inflação mensal foi de 3,1%, o que representa um acúmulo anual de 19,2%, e um reajuste de preços de 57,3% nos últimos doze meses.

Se bem que os produtos lácteos nas gôndolas também tenham subido mais que o custo de vida em geral (entre 6,1 e 7,5% mensal, entre 31,2 e 39,5% no acumulado de 2019, e entre 81,1 e 87,9% anual), o preço pago aos produtores supera esses índices.

Esses 14,54 pesos significam US$ 0,32/litro, [R$ 1,23/litro], superando os US$ 0,30, [R$ 1,15/litro], que é o valor mínimo considerado para que a atividade seja rentável. (Fonte: Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 
Mapa Leite 
A partir do dia 20 de junho, as capacitações ministradas pelo Senar-RS por meio do programa Mapa Leite serão realizadas na região noroeste do Rio Grande do Sul, no laticínio Tchê Milk sediado no município de Santo Cristo/RS. A primeira etapa dos treinamentos ocorreu em maio no Vale do Taquari. Os cursos são destinados a transportadores de leite e técnicos das indústrias de laticínios. O objetivo é garantir a qualidade do leite que sai das propriedades participantes do programa até a sua transformação em derivados. A primeira capacitação do Noroeste gaúcho, em 20 e 21 de junho, terá oito horas para transportadores e oito para técnicos da indústria de laticínios. Os treinamentos nessa região irão incluir temas como composição química do leite, identificação dos principais contaminantes, processo de obtenção, coleta e transporte do leite, zoonoses transmitidas pelo produto, higienização dos utensílios de coleta. Um dos pontos mais importantes é o que trata das mudanças na legislação por meio da instrução normativa 76 e 77. O Projeto Mapa Leite é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Senar para fornecer assistência técnica e gerencial a 3,3 mil propriedades rurais, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento seguro e de qualidade. A ação está presente nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Página Rural)

Porto Alegre, 18 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.004

  Setor lácteo debate adequação às INs 76 e 77 em Frederico Westphalen

Na manhã desta terça-feira (18), entidades ligadas ao setor lácteo estiveram reunidas na cidade de Frederico Westphalen para debater a adequação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em vigor desde 30 de maio, e que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O evento aconteceu no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre representantes de indústrias, acadêmicos e produtores de leite.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a realização das reuniões itinerantes pelo interior do Estado têm o objetivo de sanar dúvidas da cadeia produtiva desde o manejo da ordenha até o transporte para a plataforma. "O evento conta com uma série de apresentações que incluem dados que comprovam que as INs vieram para qualificar o produto com objetivo de buscar o mercado da exportação", afirma.

Na oportunidade, Palharini expôs o desempenho do setor leiteiro nas indenizações do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), abrindo os números do primeiro trimestre de 2019.  A cadeia do leite foi a que mais arrecadou no período, com o montante de R$ 1,072 milhão. Os investimentos somaram R$ 1,079 milhão, aplicados em indenizações referentes a casos de tuberculose e brucelose, num total de 148 processos e 985 animais abatidos. Até 31 de março deste ano, o saldo era de R$ 24, 8 milhões.  Palharini destacou a importância do resultado alcançado pelo setor e lembrou que o desempenho é fruto do resultado do programa Mais Leite Saudável que, cada vez mais, busca a certificação das propriedades e amplia a conscientização sobre a importância desse trabalho dentro da cadeia produtiva. “De 2013 para cá, as indenizações vêm crescendo. Há seis anos, começamos com  um valor de R$ 1,23 milhão, e devemos encerrar 2019 com mais de R$ 5 milhões", comemora.

 A médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato revelou aos participantes as principais motivações para a criação da Lei do Leite. Sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, que integra a IN77, e o programa Mais Leite Saudável falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, que explicou as vantagens da assistência técnica dentro das propriedades. No relato do campo, os produtores Elizete e Irineu Perlin, de Caiçara (RS), deram voz às mudanças necessárias para garantir qualidade do leite de ponta a ponta da cadeia.  Atendidos pelo projeto Meu Tambo, Meu Futuro, iniciativa da Cotrifred, o casal citou que as exigências para garantir qualidade não são recentes.  “Sabíamos o que tínhamos que fazer, mas muito se deixa para depois”, reflete Elizete. Quando ingressaram no projeto,  foram capacitados e conscientizados  sobre a importância da boa gestão da propriedade e em todas as suas fases de manejo dos animais, além de priorizar a higiene e a limpeza dos equipamentos.

Após exibir um panorama geral sobre as INs 76 e 77, a médica veterinária do Mapa Milene Cé ressaltou que a interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados fora da média geométrica padrão. "As novas normas preveem que as empresas façam uma coleta mensal para análise da contagem bacteriana, mas nada impede que se façam mais coletas para elevar a média geométrica trimestral", avalia. Quanto à destinação do produto que não chegar na plataforma dentro da temperatura exigida, Milene informou que, por hora, o mesmo não será descartado.

No final da reunião, os palestrantes responderam as principais dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou via transmissão simultânea no Facebook do Sindilat. O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, URI e Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Beatriz Moraes
 
                  
 

Coopar recebe homenagem da Assembleia Legislativa do RS

Projeto de pequenos que deu certo. Assim definiu o deputado Zé Nunes (PT) sobre a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar), que recebeu a medalha da 55° Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A cerimônia de entrega do mérito ocorreu na tarde desta terça-feira (18/6), no Salão Júlio de Castilhos da ALRS. 

Segundo Nunes, a justificativa da proposição da medalha à cooperativa se deve ao seu intenso trabalho na região de São Lourenço do Sul. "A Coopar surgiu no início dos anos 90, quando não tínhamos política para agricultura familiar", lembrou. A idealização e construção da cooperativa, afirmou o parlamentar, se deu através de uma realidade adversa e desafiadora. "Se desenvolveu, cresceu e é uma referência com duas indústrias transformando leite e três unidades de recebimento de grãos". 

Além disso, a Coopar conta com mais de 4.600 famílias associadas, distribuídas em 14 municípios e, atualmente, recebe até 130 mil litros de leite por dia nas suas duas indústrias. Segundo o presidente da Coopar, Nildo Rutz, a conquista do mérito é um momento histórico. "Essa experiência mostra que vale a pena disponibilizar recursos e alavancar comunidades", finalizou Nunes, que usou a totalidade do seu tempo no Grande Expediente para homenagear a cooperativa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Presidente da Coopar Nildo Rutz e Deputado Zé Nunes
Crédito: Vitorya Paulo
 
 
GDT
 


 (Fonte: GDT, adaptada pelo Sindilat)

À imagem e semelhança

Espaço de articulação política no Congresso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) conta, a partir de hoje, com uma versão na Assembleia Legislativa do Estado. Proposta por Rodrigo Lorenzoni (DEM), a Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha também quer ser referência:

- A ideia é que possamos identificar nossas demandas, para conciliarmos com as da FPA da Câmara.

Neste mês, a frente gaúcha levará representantes do setor de ovinos para reunirão com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em julho, traz debate com a Federarroz-RS. (Zero Hora)

 
Simpósio do leite – 28/06/2019
Qualidade do leite será tema do 7º Simpósio da Vaca Leiteira. Aberto para acadêmicos e profissionais das áreas de Veterinária, Agronomia e Zootecnia, o encontro será no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), na Região Norte. A atividade é uma ação conjunta entre a UPF e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Inscrições abertas mediante pagamento na UPF ou no site portalfaurgs.com.br, no link cursos e eventos. (Zero Hora)

Porto Alegre, 17 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.003

  Entidades se reúnem para discutir inspeção sanitária no Estado 

Na tarde desta segunda-feira (17), representantes de entidades de diferentes setores, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), estiveram reunidos na sede da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) com o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luis Antonio Covatti Filho (PP) e o senador Luis  Carlos Heinze (PP). O objetivo do encontro foi discutir soluções para a inspeção sanitária para cada setor no Estado.

Na oportunidade, as entidades expuseram os problemas que têm enfrentado no dia a dia das atividades. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas reuniões visam a melhoria na qualidade dos produtos, através de uma boa sintonia entre empresas e fiscalização, principalmente no que se refere a procedimentos. "Nesses encontros sempre há um bom diálogo entre as entidades e o setor público, até mesmo quando há  divergências",  reflete.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, a fiscalização é a peça fundamental para o sucesso dos setores. "Infelizmente, não existe um padrão de fiscalização, mas estamos trabalhando junto aos sindicatos e entidades para fazer o melhor trabalho possível", ressalta.

Ao final da reunião, Covatti Filho sugeriu que os encontros aconteçam de forma periódica para que SEAPDR tenha certeza de que as ações promovidas surtem efeito para a ponta e afirmou que irá trabalhar na criação de um conselho consultivo.

 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Stéphany Franco
 
                 

Carlos Barbosa sedia em julho dois eventos sobre a cadeia do leite e queijos
 
Um amplo debate sobre a cadeia produtiva do leite desde a matéria-prima até o produto final é a proposta do 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite, encontro que acontece no dia 4 de julho, a partir das 8h30min, no auditório da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa/RS. O evento, promovido pela Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL), contará com palestras e debates que colocarão em destaque os problemas e desafios atuais do setor leiteiro no Estado e no país. “A proposta é reunir um público de diferentes áreas, entre profissionais, pesquisadores, docentes, técnicos laticinistas e estudantes, além de congregar universidades e empresas para o intercâmbio de experiências”, ressalta a diretora científica da AGL, Neila Richards.
 
Já no dia 5/7, a AGL promove o 5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’, com a proposta de ampliar o conhecimento sobre os queijos gaúchos por meio de uma disputa julgada por uma bancada eclética formada por especialistas de diversos países, como Argentina, Uruguai, Costa Rica e Equador. O corpo técnico do 5º Curso de Juízes de Queijo, ocorrido nos dias 6 e 7 de junho, também vai integrar o time de jurados. O concurso acontece a partir das 9h, no Memorial Santa Clara, em Carlos Barbosa. 
 
Uma das finalidades do concurso, que teve início em 2015, é o de reconhecer a excelência dos melhores queijos gaúchos. A premiação será Medalha de Ouro para o queijo que atingir de 95 a 100 pontos, Medalha de Prata, para pontuação de 90 a 94 e Medalha de Bronze, para o produto que atingir entre 84 e 89 pontos. “O sistema de pontuação é o mesmo aplicado em concursos internacionais e é utilizado pelas indústrias para melhorar a qualidade dos seus produtos nos quesitos que receberam baixa pontuação. Quem é o maior beneficiado é o consumidor gaúcho, que irão adquirir produtos lácteos de empresas preocupadas com a melhoria contínua dos queijos por eles produzidos”, afirma Neila. 
 
 
Serviço:  
21º Seminário Internacional de Queijos e Leite
Quando: 4/7
Onde: Auditório da Cooperativa Santa Clara – Carlos Barbosa/RS
 
5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’
Quando: 5/7
Onde: Memorial da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa / RS
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Créditos: Iran Mattos

Conseleite/MG: preço projetado do leite padrão entregue em junho aumenta para R$ 1,32

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite MG) definiu um novo valor referência para o leite em Minas Gerais. O litro do leite padrão entregue em maio (a ser pago em junho) foi calculado em R$ 1,3088 e o valor projetado para o leite entregue em junho (a ser pago em julho) é de R$ 1,3203.

A Conseleite diz ainda que oferece para o produtor, além do valor referência, sua plataforma digital que gera valores personalizados para cada agricultor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.Conforme a associação, o valor referência serve de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias, sendo atualizado mensalmente. Porém, destaca que o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros aspectos, como volume, qualidade da produção, sua fidelidade junto ao laticínio, além de outros adicionais.

A associação lembra que os valores de referência referem-se ao “leite padrão”: 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas por ml, 100 mil ufc/ml e produção individual diária de até 160 litros/dia. (As informações são do Conseleite/MG)

Duas Perguntas – Alceu Moreira

Alceu Moreira é deputado federal, presidente do MDB-RS e da Frente Parlamentar Agropecuária.

Qual a sua avaliação sobre a liberação de registros de defensivos agrícolas neste ano?
A liberação de defensivos tem um rito processual a ser seguido, no qual nenhum dos passos pode ser substituído. O que acontece é que tínhamos uma série de produtos que já estavam aprovados na Anvisa, mas que, por questões puramente ideológicas, foram reprimidos. Alguns aguardavam liberação há cerca de 10 anos. O que a direção está fazendo é simplesmente liberar os produtos que já tinham seus processos concluídos.

Que reflexos esta liberação pode ter na produção agrícola nacional?
Quando um mesmo produto é utilizado durante 10 a 15 anos, a lavoura cria resistência e exige doses maiores do defensivo. Ter novas fórmulas no mercado possibilita tratarmos a nossa produção agrícola com maior precisão e segurança, tanto alimentar quanto ecológica e no momento da aplicação. O Brasil vende produtos para 192 países, e todos eles exigem exames toxicológicos. Alguém acredita que a comunidade internacional iria comprar se os produtos brasileiros não estivessem dentro dos padrões exigidos? (Zero Hora) 

Acabou a tabela
A Medida Provisória da Liberdade Econômica, que está em debate na Câmara, acaba com o tabelamento do frete. Relator da MP, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) alerta que, se houver um acordo entre caminhoneiros e empresários, será possível assegurar ao menos um preço de referência. Liberal até a raiz, o texto encaminhado pelo Palácio do Planalto elimina controle artificial de preços e ainda autoriza o funcionamento de empresas em qualquer dia da semana, acabando com o debate - que ainda existe em algumas cidades - da abertura de lojas aos domingos. (Zero Hora)

Porto Alegre, 14 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.002

  Produtores de leite lotam auditório para discutir INs 76 e 77 em Santo Cristo

Com casa cheia, a cidade de Santo Cristo recebeu a reunião que debate a adequação às Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As novas regras estabelecem mudanças quanto à produção, coleta e armazenagem do leite cru e estão em vigor desde 30 de maio. O evento foi realizado na tarde desta quinta-feira (13), no Centro Cultural José Paulino Stein, e contou com mais de 500 pessoas. O encontro, que percorre o interior do Estado, tem a finalidade de esclarecer todas as dúvidas da cadeia produtiva sobre as exigências do Mapa, que visam a acabar com a concorrência desleal e aumentar a qualidade do leite.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, é essencial que o setor lácteo saiba que as INs vieram para, acima de tudo, qualificar o produto. Palharini, que abriu o encontro, falou também sobre o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e exemplificou os casos em que o produtor poderá ser indenizado pelo fundo, ressaltando a importância da contribuição. ”Atualmente, o leite é a cadeia produtiva que mais arrecada para o Fundesa”, conta.

A médica veterinária do Mapa Milene Cé sinalizou que as INs 76 e 77 se complementam e lembrou que de nada vale o leite sair da propriedade com qualidade se a mesma for perdida durante o transporte até a plataforma. “As normas preveem uma coleta mensal do silo das empresas para verificar a contagem bacteriana e a temperatura”, afirmou. A interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados da média geométrica de três meses fora do padrão.

Sobre programa Mais Leite Saudável, que possui mais de 30 mil produtores beneficiados, e o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto na Instrução Normativa 77, falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Ele explicou sobre assistência técnica e gerencial, educação sanitária, melhoramento genético e explicou o que fazer para que os padrões exigidos sejam atendidos.

A médica veterinária da Secretaria de Agricultura do Estado Karla Pivato apresentou os principais pontos da Lei do Leite. A estudante de agropecuária e estagiária da cooperativa Coopermil de Santa Rosa Carolina Finger, falou sobre sucessão familiar, a busca por especialização e a inserção dos jovens na atividade leiteira. “Se as novas regras dizem que existe uma forma de deixar o leite melhor, é necessário alterar o manejo da ordenha dentro das propriedades”, enfatizou.

O chefe do escritório municipal da Emater Vanderlei Newhaus apresentou dados sobre o uso de energia fotovoltaica e citou alguns projetos apoiados pela instituição na região. “A Emater incentiva o uso dessa energia limpa na atividade do campo”, declara. Na oportunidade, a empresa HCC Engenharia expôs aos participantes algumas informações sobre o alto custo da energia elétrica e ressaltou que a energia solar, com o tempo, torna-se mais lucrativa.

Ao final do encontro, houve uma mesa redonda para responder as perguntas de todos os participantes que acompanharam o evento, presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião, promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Santo Cristo, ocorrerá, ainda, nas cidades de Frederico Westphalen (18/6) e Palmeira das Missões (19/6). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 Crédito: Stephany Franco 
 
                  
IBGE: aquisição de leite atinge 6,2 bilhões de litros e tem melhor 1º tri desde 1997

Após divulgar os dados prévios na terça-feira (14/05), o IBGE divulgou no dia 13 de junho os resultados consolidados da Pesquisa Trimestral do Leite para o primeiro trimestre dede 2019.

Se a prévia apontava uma alta de 2,8% (para o primeiro trimestre de 2019) em relação ao primeiro trimestre de 2018, os dados consolidados demonstram um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período, com uma produção de 6,2 bilhões de litros nos três primeiros meses de 2019, o maior valor desde 1997. Confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

Com o produtor no campo incentivado durante todo o primeiro semestre de 2019, é possível notar uma maior aceleração na produção de leite para cada mês, com um aumento de 2,3% para jan/19, 2,3% para fev/19 e 4,8% para mar/19 (ao compararmos cada mês com os valores de 2018). (A matéria foi escrita com dados do IBGE pela Equipe do MilkPoint Mercado)


Nova ferramenta de inteligência artificial da Arla prevê produção de leite das fazendas fornecedoras

A Arla Foods desenvolveu uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) para melhor prever a produção de leite das fazendas fornecedoras. A cooperativa de lácteos disse que isso significa que 200 milhões de quilos de leite podem agora ser utilizados melhor a cada ano, tornando a cadeia de valor da Arla ainda mais sustentável. Todos os anos a Arla coleta cerca de 13 bilhões de quilos de leite de 10.300 fazendeiros do norte da Europa.

A ferramenta IA da Arla prevê quanto leite 1,5 milhão de vacas produzirão no futuro. Antes, esse tipo de previsão levava dias para ser criado e gerado manualmente a partir de pilhas de planilhas do Excel. Mas com a nova ferramenta, leva apenas algumas horas e a previsão é 1,4% mais precisa, disse a empresa.

Michael Bøgh Linde Vinther, diretor de planejamento global de leite da Arla, disse: “quanto melhor prevemos qual será nossa 'ingestão de leite', melhor podemos planejar e otimizar toda a nossa cadeia de valor, o que melhora a rentabilidade para nossos proprietários de fazendas e impulsiona a sustentabilidade. A nova ferramenta de inteligência artificial nos fornece uma visão do suprimento de leite que nunca tivemos antes”.

Através da IA, a Arla disse que é capaz de criar a previsão de ingestão de leite a partir de uma base de dados muito mais rica. Isso inclui mudanças sazonais, o número de produtores que se convertem em novos tipos de leite, as características geográficas dos produtores e a quantidade de leite que produzem diariamente.

“Agora podemos tomar decisões estratégicas importantes de maneira mais informada. Os dados tornaram-se mais válidos, pois agora são formalizados em um sistema ‘à prova de balas’, em vez de baseados em conhecimentos individuais. É incrível ver como essa nova tecnologia é capaz de otimizar e melhorar uma tarefa até o momento muito demorada”, disse ele.

Por exemplo, agora é possível fazer a distinção entre quanto leite deve ser coletado de produtores na Alemanha do Norte e na Alemanha Ocidental, três a cinco meses antes do tempo. “Esse tipo de conhecimento é muito valioso, pois nos permite planejar e ajustar o número de caminhões da Arla que viajam pelo país. Dessa forma, podemos reduzir custos e preservar o meio ambiente para emissões desnecessárias de CO2”.

A nova ferramenta de previsão de produção de leite está sendo implementada em todos os mercados da Arla na Europa, incluindo Dinamarca, Alemanha, Suécia, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Preço do leite
Em maio, o preço do leite ao produtor registrou o quinto aumento consecutivo, o que fez o seu valor saltar de R$1,34 em dezembro de 2018 para R$1,62 neste último mês, na média nacional.
Na comparação anual, as cotações nominais de maio ficaram 18,2% superiores aos valores pagos no mesmo mês de 2018. CLIQUE AQUI e confira a análise completa no Boletim Indicadores: Leite e Derivados. (Embrapa)