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Porto Alegre, 24 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.291

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Agosto de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)
 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Junho/2020: De 01/06/2020 a 29/06/2020
Mês de Julho/2020: De 29/06/2020 a 02/08/2020
Decêndio de Agosto/2020: De 03/08/2020 a 16/08/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sistema Faesc)

 
           

Whey protein: Sooro Renner Nutrição faz seu 1º embarque para o Chile
Os constantes investimentos em tecnologias de produção e inovação em produtos, além das certificações BRC FOODS e FSSC 22000, fizeram com que a Sooro Renner fosse precursora no Brasil na produção de whey protein concentrado 34%, 60% e 80% e a primeira da América Latina a produzir whey protein isolado. Hoje a empresa produz mais de 50 mil toneladas por ano em duas plantas industriais estrategicamente instaladas no sul do país. 

 
No dia 21 de agosto de 2020, a empresa realizou o primeiro embarque de produtos lácteos para o Chile, uma carga de 25 mil quilos de whey protein concentrado 34%. A exportação ocorreu por meio da planta industrial de Marechal Cândido Rondon e teve como destino Santiago, capital do Chile.

Em junho de 2020, foi concretizada a primeira exportação para o  continente Asiático: “O embarque para o Chile é muito representativo para nós e é a certeza que estamos no caminho certo e que nossos produtos atendem às mais rigorosas especificações técnicas de qualidade a nível mundial”, apontou o Diretor Comercial e Marketing, Claudio Hausen de Souza.

“Em meio ao cenário de pandemia, nós continuamos nosso trabalho sempre investindo em infraestrutura, tecnologia e acreditando na recuperação da economia como um todo”, ressaltou Souza.

Ampliação da capacidade produtiva: A Sooro Renner está investindo na ampliação do parque Industrial de Marechal Cândido Rondon no Paraná, a obra tem previsão de conclusão no primeiro semestre de 2021. Com esse investimento a capacidade de produção de soro de leite e seus derivados deve chegar a 230 toneladas por dia, nas duas plantas. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sooro Renner)

Desemprego sobe e atinge 12,3 milhões 

São 438 mil pessoas desocupadas a mais do que em junho, um aumento de 3,7%
 
O número de desempregados no Brasil chegou a 12,3 milhões em julho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 438 mil pessoas desocupadas a mais do que em junho, um aumento de 3,7%. Em paralelo, o instituto detectou a terceira expansão seguida na cobertura do auxílio emergencial, que passou a alcançar 107,1 milhões de brasileiros, mais da metade da população (50,7%).

Técnicos do IBGE e economistas ouvidos pelo Valor afirmam que, embora esperado, o aumento do desemprego em julho aconteceu sob bases diferentes de meses anteriores.

Ao limitar a circulação, a pandemia fez aumentar o número de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, quem não procura emprego e, por isso, não é considerado desocupado. Com a crescente flexibilização do isolamento, porém, esperava-se que as pessoas voltassem à busca por vagas e o contingente fora da força caísse, aumentando a pressão sobre o mercado de trabalho. O fenômeno aconteceu em junho, mas não se repetiu em julho.

Nesse mês, a população fora da força cresceu 2,1% com relação ao dado de junho, somando 76,5 milhões de pessoas. Isso levou especialistas a descartarem sua dinâmica como principal fator gerador do desemprego no país. Mais grave, dizem, o desemprego provavelmente foi alimentado por novos cortes de pessoal ou fechamento de empresas. Segundo o IBGE, no quinto mês da pandemia, a taxa de desocupação do país subiu para 13,1%, ante 12,4% em junho.

“O fim do primeiro semestre é um período em que a ocupação tradicionalmente diminui, mas isso está intensificado pela pandemia. Temos observado muitas empresas fecharem as portas ou dispensarem mais pessoas”, diz a gerente da pesquisa do IBGE, Maria Lúcia Vieira.

Economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação GetulioVargas (Ibre/FGV), Daniel Duque concorda com essa leitura, mas afirma que, nos próximos meses, sobretudo no quarto trimestre, as variações no desemprego devem se associar novamente à redução do desalento.

“Não há nenhum sinal de recuperação do trabalho, exceto a redução dos afastados. E esse afastamento mascarava o número de desocupados. Em julho, com a flexibilização e a volta dessas pessoas, elas mesmas podem ter sido demitidas ou abriram espaço para outros cortes”, diz Duque.

O IBGE mostrou que, dos 81,5 milhões de ocupados em julho, 9,7 milhões estavam afastados do trabalho. Desses afastados, 6,8 milhões dos casos se deviam ao distanciamento social. Os dois contingentes caíram, respectivamente, 34% e 42,6% ante junho. Entre os que permaneciam trabalhando em julho, 8,4 milhões o faziam remotamente, parcela 3,3% menor que a do mês anterior.

Para Duque, a redução do número de ocupados ainda deve pesar sobre a taxa de desemprego nos próximos meses. Além da crise em si, diz ele, o aumento gradativo do número médio de horas trabalhadas pode ser um fator marginal de estímulo a demissões quando a demanda ainda está baixa. Para o desemprego oficial (Pnad Contínua), ele projeta desemprego de 13,6% em julho e, no ano, taxa de 13,2%.

Mecanismo de redução dos danos no trabalho, o auxílio emergencial chegou a 30,2 milhões de lares em julho, 44,1% do total e onde moram mais da metade dos brasileiros. Em maio, primeiro mês de medições, o socorro chegava a 26,3 milhões de casas (38,7%) e, em junho, a 29,4 milhões (43%).

Duque reconhece a importância do instrumento, mas diz que seu peso na recuperação da massa de rendimentos tem caído. O auxílio teria ancorado metade da recuperação dos rendimentos em junho, mas só 20% em julho. “O fim das reduções de salário e o aumento das horas trabalhadas já têm sido mais importantes para a renda do que o auxílio em si”, diz Duque. (Valor Econômico)
                

 
Mapa publica norma de identidade e qualidade para sobremesa láctea
Foi publicada, na última sexta-feira (21), a Instrução Normativa n º 84 que dispõe sobre a identidade e os requisitos de qualidade, que deve apresentar o produto denominado sobremesa láctea. Entende-se por sobremesa láctea, o produto lácteo composto pronto para o consumo, elaborado a partir da mistura de leite, em suas diversas formas, padronizado ou não em seu teor de gordura, proteína, ou ambos, com derivados lácteos ou substâncias alimentícias, ou ambos, previstos neste Regulamento Técnico, podendo ser adicionada de amidos, amidos modificados e maltodextrina. Confira aqui a IN nº 84, de 17 de agosto de 2020. (DOU)

 

 

 

Porto Alegre, 21 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.290

Arrecadação federal cai 17,7%, mas ritmo de perda desacelera 
Resultado é o pior para julho em 11 anos, segundo a Receita

 
A arrecadação federal atingiu R$ 115,99 bilhões em julho, valor 17,7% abaixo, em termos reais, do obtido no mesmo mês do ano passado. Foi o pior resultado para o mês em 11 anos, mas ainda assim a queda veio em menor magnitude do que as registradas em abril, maio e junho, quando os resultados ficaram perto de 30% abaixo dos verificados em iguais períodos de 2019.

Essa aparente reação poderia ter sido um pouco maior, se não fosse o volume recorde de compensações tributárias realizadas em julho: R$ 18,70 bilhões, 95,83% a mais que no mesmo mês do ano passado. O crescimento nessas operações explica em parte o desempenho das receitas federais no mês.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que indicadores como a emissão de notas fiscais eletrônicas apontam para a recuperação da atividade. Mas parte das vendas pode não se refletir em resultado de caixa, por ser parcelada, por exemplo. O importante, acrescentou, é que “se houve compensação é porque houve débito”.

“Só existe compensação porque tem tributo a pagar. Isso porque a atividade realmente está sendo retomada”, afirmou, frisando que a “perspectiva é positiva” e que a equipe não vê “nenhum sinal contrário a isso”.

A pandemia e as medidas adotadas pelo governo para combater seus efeitos seguiram determinantes para o resultado da arrecadação em julho. A redução a zero do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito diminui as receitas em R$ 2,35 bilhões. Já os diferimentos de impostos tiveram impacto de R$ 516 milhões.

Desconsiderando esses fatores, classificados como não recorrentes pelo fisco, a queda das receitas administradas, que foi de 15,35% em julho, teria sido menor, de 5,72%, destacou Malaquias. No mês passado, as receitas próprias de outros órgãos royalties de petróleo, por exemplo - somaram R$ 5,45 bilhões, queda real de 47,24% em relação ao mesmo mês de 2019.

O comportamento das principais variáveis macroeconômicas também influenciou a arrecadação. Em relação a julho de 2019, a produção industrial caiu 10,05% no mês passado, as vendas de bens, 0,9%, e as vendas de serviços, 12,1%. A massa salarial nominal caiu 9,98%, e o valor em dólar das importações, 28,55%.

Na mesma divulgação, o coordenador-geral de Modelos e Projeções EconômicoFiscais da SPE, Sergio Gadelha, reforçou que, apesar de ainda haver “muitas incertezas”, a economia está em processo de recuperação desde o fim de maio. Ele exibiu diversos indicadores de confiança dos empresários, apontando para uma trajetória positiva.

No ano, o recolhimento atingiu R$ 781,95 bilhões, baixa real de 15,16% ante o mesmo período de 2019. Também foi o pior resultado para o período de 2009.

No corte por setores da economia, os dados mostram que a retração foi menor no atacadista, em que a queda real nos recolhimentos - exceto Previdência - foi de 2,93% de janeiro a julho comparado com igual período em 2019. No outro extremo, os recolhimentos no setor de combustíveis recuaram 58,45%.

O setor de alimentação é outro que apresenta recuo bem acima da média: 40,72%. O recolhimento de impostos e contribuições federais administrados pela Receita na fabricação de veículos automotores recuou 33,67%. No setor de eletricidade, a queda foi de 30,13%, e, nas entidades financeiras, de 20,45%. No ano, o governo deixou ainda de arrecadar R$ 64,142 bilhões devido a desonerações tributárias, como o Simples Nacional e cesta básica. (Valor Econômico)

            

Piá firma parceria com Banrisul 
A Piá firmou uma importante parceria com o Banrisul. Através do programa Banriagro Custeio, os associados da cooperativa terão acesso a recursos disponibilizados pela instituição bancária para custeio agrícola e pecuário.  

De acordo com o presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, a empresa vem trabalhando junto a parceiros e agentes financeiros para facilitar o acesso do produtor rural a linhas de crédito. “Nesse momento de pandemia, ações como essa que colocam recursos diretamente nas mãos do produtor são essenciais, pois amenizam os impactos da Covid-19 na economia e na vida do associado, que precisa se manter competitivo e continuar na atividade produtiva de maneira sustentável”, explica.  

O executivo destaca que, com o programa, o agricultor terá a garantia de recursos para pequenos investimentos, como a melhoria da propriedade, a formação de lavouras para a silagem e a ampliação e qualificação do rebanho leiteiro, com a aquisição de vacas com taxas de juros moderados e um prazo de até 36 meses para pagar.  

A Piá vai disponibilizar, ainda, o programa “Aquisição de Rações Bonificadas”, que poderá ser adquirido quando o associado contratar rações por um tempo específico. “No final do período contratado, se o produtor cumprir todas as etapas do processo e as regras estabelecidas, nós o remuneramos com R$ 0,02 por cada litro de leite entregue no período de vigência do programa. Isso é uma das vantagens que oferecemos ao agricultor”, informa Smaniotto.  

Além destas linhas, também serão disponibilizados créditos para aquisição de sementes de milho, sementes de pastagem, sementes forrageiras, entre outros insumos necessários para a produção de leite. “Existem linhas de crédito especiais que podem ser trabalhadas de forma compartilhada ou por parcerias construídas com a Cooperativa, o produtor e agentes financeiros”.  

Para acessar as linhas de crédito, a Piá coloca à disposição do produtor rural associado técnicos que farão a elaboração dos projetos sem nenhum custo. Os profissionais orientam e calculam a necessidade dos investimentos, de acordo com o tamanho da propriedade e o número de animais existentes. “O cooperativado que tiver interesse deve contatar os técnicos em uma das nossas unidades. Todos estão plenamente habilitados e são conhecedores do Banriagro Custeio para indicar o que é melhor para o associado. Essa também é mais uma das facilidades que a Cooperativa oferece”, finaliza.  (Cooperativa Piá)

Como aumentar o consumo de leite entre as crianças?
O consumo de leite entre as crianças vem diminuindo há décadas, portanto, compreender e atender às necessidades delas é crucial para reverter o declínio. Em um artigo publicado no Journal of Dairy Science, cientistas da North Carolina State University e da Cornell University estudaram os principais contribuintes para aumentar o consumo de leite entre as crianças.

Os fatores avaliados no estudo incluíram tendências alimentares, requisitos nutricionais e de programas de alimentação escolar, percepções e preferências das crianças e influências ambientais. Entre essas influências, o sabor e o hábito foram os principais impulsionadores do consumo de leite a longo prazo. Fatores intrínsecos variaram em influência sobre a preferência por leite, mostrando que aromatizantes, tratamento térmico e adoçantes se correlacionaram positivamente com maior consumo. Fatores extrínsecos, como influência social (ou seja, colegas, pais ou responsáveis e funcionários da escola), embalagem e benefícios para a saúde, afetaram as atitudes das crianças em relação ao leite também.

“Tornar o leite mais atraente para as crianças, fazer com que as escolas incluam leite em seus planos de alimentação e aumentar os tipos de leite disponíveis nas escolas são opções positivas para incentivá-las a consumir leite fluido e receber esses benefícios de saúde”, disse a autora sênior, Dra. MaryAnne Drake Departamento de Alimentos, Bioprocessamento e Ciências da Nutrição, Universidade Estadual da Carolina do Norte, Raleigh, NC, EUA. “As descobertas neste estudo revelam percepções críticas que ajudarão nos esforços para aumentar o consumo de leite entre as crianças.”

Entender como criar produtos lácteos que sejam atraentes para as crianças sem comprometer os benefícios à saúde e tomar nota dos vários fatores que influenciam a escolha são necessários para incentivar e aumentar o consumo de leite por toda a vida. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                

 
‘Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo até 2025’
Produção de alimentos - Brasil voltou a ser o maior fornecedor de açúcar para o mercado chinês, respondendo por 60% das importações do país asiático em junho, de acordo com a Administração Geral da Aduanas da China. As importações chinesas de açúcar brasileiro, que tinham somado apenas 145,3 mil toneladas entre janeiro e maio, deram um pulo em junho: o volume exportado no mês foi de 239,4 mil toneladas, crescimento de 477% em relação ao mês passado. Em 2017, Pequim submeteu o açúcar brasileiro às taxas para proteger a produção doméstica. Este ano, o Brasil abandonou uma denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e evitou a abertura de um comitê de investigação contra a China por causa da sobretaxa, depois que Pequim se comprometeu a não estender para além de maio de 2020. Assim, a tarifa fora de cota, que era 85%, voltou a ser de 50%. O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud afirma que notícia é excelente e que o Brasil tem as condições necessárias para atender essa demanda. “Vários países, principalmente a China, que mais demanda produção agrícola, está enfrentando problemas de seca e enchentes. O mundo está vivendo um momento com temperaturas extremas, o que acaba levando a um aumento de demanda grupal”, diz. Daoud acredita que, dentro de cinco anos, o Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo, mas para que isso se converta em renda para o produtor serão necessários ajustes. Em relação à China, o comentarista acredita que precisamos manter uma boa relação diplomática com o país asiático. “Temos que ter bom relacionamento para a China trazer recursos e trazer desenvolvimento”, finaliza.  Acesse ao vídeo. (Canal Rural)
 
 

 

 

  

Porto Alegre, 20 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.289

Novo sistema do Programa Mais Leite Saudável agiliza habilitação de projetos

Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br). Após, clicar na categoria “Agricultura e Pecuária”. Na sequência, em “Licenciamento e Habilitação” e “Mercado Interno”. Neste link estará “Habilitar Laticínios ou Cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável” por onde poderá enviar o projeto, via web, de qualquer local do país.

O Programa Mais Leite Saudável permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito. 

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, a migração para a plataforma online, além de agilizar as habilitações, permite a consolidação de resultados de uma forma mais ampla, uma vez que as planilhas são analisadas em uma única ferramenta. De acordo com ele, os projetos entregues antes desta sistemática permanecem em análise no modelo anterior. 

Segundo dados atualizados referentes ao Rio Grande do Sul, até agora foram 101 projetos ingressos no Programa Mais leite Saudável, sendo que 45 estão concluídos. “Isso significa mais de 40 mil produtores beneficiados direta e indiretamente, num investimento que supera os R$ 85 milhões nas mais variadas ações de atendimento ao produtor rural”, destaca Lucena.

A fim de se enquadrar na iniciativa, é preciso apresentar um projeto com foco em assistência técnica gerencial com, no mínimo, 5% do valor dos créditos a que o estabelecimento tem direito. Ao participar do programa a cooperativa ou laticínio passa a contar com a possibilidade de utilizar os créditos gerados a partir da compra e processamento do leite. A intenção, com o novo sistema, é trazer mais agilidade, transparência e controle dos projetos aprovados. “Essa era uma antiga reivindicação nossa e da cadeia produtiva, que agora pode ser acessada a qualquer tempo e local”, completa.  

 
Estão disponíveis um vídeo explicativo e um manual para envio de projetos. Manual e Vídeo (Assessoria de Imprensa Sindilat/Rs
 
            

Novos produtos ganham força na exportação; lácteos entre eles
Produtos agropecuários menos tradicionais na balança comercial brasileira como cera, mel, lácteos, chás, mate e especiarias têm aumentado a participação nas exportações do país e ajudado a impulsionar os embarques do setor, liderados por grãos e derivados, carnes, produtos florestais, açúcar e etanol e café.

É o que destaca a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que mantém um projeto de promoção dessa cesta de produtos no exterior, além de frutas e pescados, ainda carentes de mercados em outros países.

Os produtos apícolas puxam a lista de novidades, com incrementos de 82,7% no valor e de 87% no volume das exportações em julho na comparação com o mesmo mês de 2019. Nos sete primeiros meses do ano já foram exportadas 25 mil toneladas de cera e mel brasileiros, aumento de 80% em relação aos sete primeiros meses do ano passado.

Conforme os dados compilados pela CNA, os principais clientes desses produtos no exterior são os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália. Os negócios em 2020 já renderam US$ 56 milhões, avanço de 40%.

Mesmo com as dificuldades para engrenar as exportações para a China, por exemplo, as vendas de lácteos brasileiros no exterior também têm melhorado. A receita gerada pelo embarque de 3 mil toneladas desses produtos em julho foi 51% maior que no mesmo mês do ano passado, chegando a US$ 6,7 milhões. O desempenho foi puxado por queijos, leite condensado e leite modificado, de acordo com a entidade. 

No acumulado do ano, o aumento das vendas chegou a 23% em valor, para US$ 40 milhões, e 22% em volume, para 17,4 mil toneladas. No período, houve destaque também os embarques de leite em pó e creme de leite. 

“No caso do leite em pó, o grande volume exportado para a Argélia em janeiro desse ano foi a principal razão para o aumento de US$ 2,8 milhões nas vendas do produto nos primeiros sete meses de 2020”, diz comunicado técnico da CNA. Venezuela, Argentina, República Dominicana, Catar e Paraguai são outros compradores do Brasil nesse segmento. 

Também cresceu o volume e o valor exportado de chás, especiarias e mate. No mês passado, os embarques avançaram 53% em relação a julho de 2019 e chegaram a US$ 30,4 milhões, ou 17 mil toneladas. Nos sete primeiros meses de 2020, já foram comercializadas 104 mil toneladas, que renderam US$ 203 milhões - 20% a mais que no ano passado. 

A pimenta do reino é o carro-chefe nessa área. No ano, as exportações mensais foram sempre superiores a US$ 12 milhões. O mate também apresentou variação positiva em julho. Na contramão está apenas o chá verde. Os principais destinos dos produtos do segmento no ano foram a União Europeia (US$ 38,3 milhões), Uruguai (US$ 37,2 milhões) e EUA (US$ 32,5 milhões). 

Apesar das altas nos volumes embarcados em julho, frutas e pescados ainda apresentam quedas expressivas no acumulado do ano. (As informações são do Valor Econômico)

Conseleite/MG 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 19 de agosto de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, aprova e divulga: 
a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2020 a ser pago em Julho/2020. 
b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2020 a ser pago em Agosto/2020. 
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2020 a ser pago em Setembro/2020.

Períodos de apuração:
Mês de Junho/2020: De 29/05 a 02/07/2020
Mês de Julho/2020: De 03/07 a 30/07/2020
Decêndio de Agosto/2020: De 31/07 a 13/08/2020
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Faemg)

                 

 
Produção de leite fluido da Argentina será a menor em 10 anos
Segundo relatório setorial, a indústria de laticínios argentina atingirá o menor nível de atividade dos últimos dez anos em 2020. De acordo com estudo da consultoria Claves, com base em dados oficiais e fontes privadas, a deterioração setorial no setor de leite fluido na última década se refletiu em uma queda de 33% no volume produzido. O documento mostra a tendência de queda registrada no mercado de lácteos argentino desde 2010 até o momento, com exceção de uma leve recuperação registrada entre 2011 e 2012. Considerando os valores de 2010, e com base na atividade do ano corrente, a produção de leite será reduzida em 593 mil litros, enquanto a queda no iogurte chegará a 134 mil toneladas. Enquanto em 2010 a produção de leite atingiu 1.781.111 litros e iogurte 490.834 toneladas, as projeções setoriais indicam que este ano o nível de produção atingirá cerca de 1.187.000 litros de leite e 357.000 toneladas de iogurte. Segundo dados do Observatório da Cadeia Leiteira (OCLA), cerca de 47% do leite produzido nas fazendas leiteiras é utilizado pela indústria para a produção de leite em diferentes formas (líquido, em pó, desnatado), e 17% deixa as fábricas como leite fluido (refrigerado ou não). Em relação ao iogurte e outros leites fermentados, eles correspondem a apenas 4,1% do leite total que as plantas recebem. Fontes industriais confirmaram que desde 2010 até o momento, o iogurte perdeu presença em 24% dos lares do país, o que significa que mais de 3,2 milhões de famílias argentinas deixaram de consumir esse alimento. “A queda no nível de renda das famílias, somada às restrições tanto na oferta quanto na demanda, explicam a contração que vem sofrendo o consumo de bens e serviços em geral”, diz o relatório do consultor. (As informações são do Clarín, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 19 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.288

Publicada no Diário Oficial alterações no RIISPOA

Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, o DECRETO Nº 10.468, DE 18 DE AGOSTO DE 2020 que dispõem sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.

Este decreto passa a vigorar com alterações no RIISPOA - Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Dentre as alterações estão as exigências relacionadas à temperatura de conservação do leite.

Acesse em arquivos as alterações e as perguntas e respostas relacionadas aos Decreto. (Terra Viva) 

            

Conseleite/MS
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de agosto de 2020. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.


 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural 

(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/

Leite/Oceania
Está apenas iniciando a produção de leite da próxima estação. Sazonalmente a produção é baixa e vai aumentando nos próximos meses. 

Os produtores se adaptam aos novos tempos e procuram estão saindo dos padrões tradicionais de venda de leite. A seca recente resultou em mais opções para os produtores de Victoria, que agora podem levar para New South Wales e Queensland. Outro fator que leva à mudança dos padrões é que os processadores estão dispostos a estender ainda mais as rotas dos caminhões para garantir o fornecimento de leite. Os processadores agora são obrigados a publicar contratos online para que os produtores de leite possam escolher os preços oferecidos e avaliar opções. Isso também resultou em novas formas de vender o leite. 

 
Em junho de 2020 a produção de sólidos na Nova Zelândia foi de 20,3 milhões de quilos, aumento de 2% mais que os 19,9 milhões de quilos em junho de 2019. Também as 230 milhões de toneladas de leite em junho de 2020 foram 1,8% mais que as 226 milhões registradas um ano antes.

A produção do mês de junho é sazonalmente a menor do ano. Sobe normalmente um pouco em julho, elevar consideravelmente a partir de agosto, quando o volume quadruplica. Assim, os dados oficiais de junho têm pouco significado para a temporada. Alguns observadores relatam que na Ilha Norte o clima excelente está propiciando boas pastagens. A temporada de parições está começando e está bem preparada. Se as condições do tempo continuarem, a temporada pode ser muito positiva para a produção de leite.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


                 

 
Troca da guarda
Prevista para abril deste ano, a troca no comando da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ocorre hoje em cerimônia virtual. O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra deixa a presidência e passa a integrar o conselho consultivo da entidade. Ricardo Santin, diretor-executivo, assume o comando, em uma transição programada desde o ano passado. Por conta da pandemia, o processo acabou sendo adiado. (Zero Hora)
 
 

 

 

Porto Alegre, 18 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.287

GDT – Global Dairy Trade

A oferta confortável de produtos no GlobalDairyTrade – Evento 266 de 18 de agosto de 2020 manteve o enfraquecimento dos preços. 

O Índice geral caiu 1,7%, um percentual mais moderado do que o verificado no início do mês, e resumiu a queda geral em praticamente todos os produtos, menos o leite em pó desnatado (SMP) que subiu 1,1%. Ainda assim sua cotação está 14% menor do que a verificada no primeiro evento de 2020, embora tenha aumentos de 34% e 5% quando comparado com os valores registrados em agosto de 2018 e agosto de 2019, respectivamente.

 

 
O leite em pó integral (WMP) registrou nova queda, ficando agora com o preço abaixo dos US$ 3.000/tonelada, valor considerado de equilíbrio para o pagamento dos produtores de leite da Fonterra, na Nova Zelândia. Sustenta uma cotação acima dos níveis verificados durante o período mais grave da pandemia de Covid-19, quando as incertezas geradas pela interrupção de redes de fornecimento e produção na Europa e Estados Unidos convulsionaram o setor. Mas, já está com um preço 7% menor do que o registrado no primeiro leilão do ano. As perspectivas futuras tanto para o SMP como WMP mostram fraqueza, podendo chegar ao final do ano com valores menores do que os negociados hoje.
Comparando com agosto de 2018 existe ganho de 2%, mas perde 5% em relação a agosto de 2019.   
A manteiga anidra perdeu parte do ganho que havia obtido entre junho e julho, e acumula perdas de 21,4% em relação ao valor do início do ano. As perdas também são de 27% e 23% em relação às cotações verificadas na segunda quinzena de agosto de 2018 e 2019, respectivamente.
O índice GDT se aproxima dos níveis registrados durante a depressão sofrida pelo Covid-19, entre 17 de março e 16 de junho deste ano, mas, também acumula perdas quando comparado com o início do ano, e com agosto de 2018 e agosto de 2019.      
 
            

Conseleite–Paraná 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Agosto de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2020 é de R$ 2,6458/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

Leite/Europa
Operadores de fábricas da Alemanha acreditam que a produção de leite terminou julho com alguns percentuais acima dos registros da mesma semana de 2019. 

O declínio sazonal do final do mês foi a metade do declínio da semana anterior. Na França os relatos são semelhantes. O leite captado no final de julho é cerca de 2% maior do que o recebido na mesma semana do ano passado.

Esta semana uma onda de calor atingiu o Norte da Europa, incluindo Alemanha e França. A Alemanha registrou temperaturas de 95º Fahrenheit, [35ºC]. Na França era em torno de 90º, [32,2ºC]. A expectativa é de que o calor será breve, mas pode acelerar o declínio sazonal. A fabricação de produtos lácteos está declinando junto com a produção de leite, e enfrenta uma demanda crescente, principalmente de consumidores que voltaram de longos períodos de férias em julho. Isso fez aumentar o preço do creme no mercado spot. 

Enquanto os números oficiais da União Europeia (UE-27), sem o Reino Unido (RU) são aguardados, dados do RU foram divulgados. A produção de leite no acumulado do ano até junho caiu 0,6% em relação ao mesmo período de 2019, mostram os dados da Eurostat divulgados pela Eucolait. A produção em junho de 2020, no entanto, subiu 0,1% em relação a junho de 2019.

O leite excedente foi encaminhado, prioritariamente para a fabricação de queijo e leite em pó integral (WMP). No mês de junho a produção de queijo subiu 4,3% em relação a junho de 2019 e no acumulado do ano, o crescimento foi de 0,9%. Já o WMP produzido em junho ficou 5,6% acima do volume fabricado em junho de 2019, e de janeiro a junho de 2020, o crescimento foi de 4,5%.

A produção de manteiga, no entanto, declinou 1,5% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2019, e a produção de leite em pó desnatado (SMP) caiu 16%.

As negociações formais entre a UE-27 e o RU sobre as questões comerciais do Brexit estão suspensas até o final de agosto. Historicamente, significativo volume dos queijos e do WMP produzidos no RU vão para consumidores da UE-27. A demanda de queijo é considerada estável. Os estoques dos queijos maturados estão relativamente baixos, mas, os fabricantes dizem que estão com níveis adequados. É preciso lembrar que existe queijo no programa de Ajuda ao Estoque Privado (PSA) que foi encerrado em 30 de junho de 2020. Esse queijo pode ficar estocado entre 60 e 180 dias, podendo ser colocado no mercado quando for retirado do programa.

Um novo Tratado de Livre Comércio entre a UE e o Vietnã entrou em vigor neste 1º de agosto. As mercadorias já começaram a se deslocar nesse trajeto, e no máximo em cinco anos, todas as tarifas dos lácteos da UE para o Vietnã serão eliminadas. Alguns produtos terão tarifa zero mais cedo.

As exportações de queijo da Bielorrússia de janeiro a junho de 2020 foram 10,1% maiores do que no mesmo período de 2019 de acordo com o site CLAL. A Rússia recebeu a maioria dessas exportações. O soro de leite exportado no primeiro semestre aumentou 44,4% em relação ao 1º semestre de 2019. A Rússia e a China foram os maiores importadores. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                

 
IN define padrões para soro de leite
Publicada ontem pelo Ministério da Agricultura, a Instrução Normativa (IN) n° 80, que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, destinados ao consumo humano, foi bem recebida pela indústria gaúcha de laticínios. Segundo a veterinária Letícia de Albuquerque Vieira, consultora do Sindilat, o soro do leite (subproduto da fabricação de queijo e outros derivados) é um alimento valorizado pelo seu alto teor nutricional, sendo componente da maioria das bebidas lácteas fermentadas. A IN fixa requisitos para obtenção do soro de leite nas suas formas líquida, concentrada e em pó. “Isso traz segurança para a indústria e o consumidor”, destaca a veterinária. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 17 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.286

Publicado regulamento técnico de identidade e qualidade do soro de leite e soro ácido
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (17), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 80, aprovando o Regulamento Técnico (RTIQ) que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó, destinados ao consumo humano.
O regulamento, aguardado pelo setor privado e pelos serviços de fiscalização, define, classifica e estabelece as características sensoriais, físico-químicas e microbiológicas do soro de leite, bem como as condições de tempo e temperatura de acondicionamento, conservação e transporte do produto.
O soro de leite é obtido no processo de fabricação de queijos e outros produtos lácteos, e durante anos foi considerado um subproduto, sendo descartado pelas indústrias de laticínios junto às águas residuais ou destinado à alimentação animal. O descarte do soro de leite é indesejável, já que o produto tem grande potencial poluidor.
“Além do risco de gerar um problema ambiental se o descarte não for realizado de forma adequada, o soro de leite atualmente é valorizado pelo seu teor nutricional, com alto índice de cálcio e pela presença de proteínas de fácil digestibilidade. Cerca de 55% dos nutrientes do leite, tais como a lactose, gordura, minerais e proteínas, ficam retidos no soro”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia Viana.
Produtos com RTIQ passam a ser registrados automaticamente, sem a necessidade de avaliação prévia pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, proporcionando redução no número de análises de registros. As regras e parâmetros específicos dos RTIQs trazem segurança jurídica para as ações de controle oficial da conformidade do produto envolvido.  A Instrução Normativa nº 80 entra em vigor em 1º de setembro. (MAPA)
            

Leite/América do Sul
A produção de leite nas principais bacias leiteiras da Argentina e do Uruguai tem oscilado, principalmente por causa das temperaturas, que quando ficam amenas, aumentam a produção de pastagens e a produtividade dos rebanhos leiteiros. 

No Sul da Argentina as temperaturas de inverno e a má qualidade das pastagens reduzem a produção de leite.

De um modo geral a oferta de leite cru tem sido suficiente para atender as necessidades das indústrias de processamento na Argentina e Uruguai. A nível de varejo, a demanda de leite UHT está firme, e as redes de distribuição refazem seus estoques. Entretanto, as vendas de outros produtos lácteos, como queijo e manteiga estão fracas em comparação com as primeiras semanas da pandemia do Covid-19. É preciso ressaltar que poucos meses atrás a Argentina decidiu encerrar suas negociações comerciais com o Mercosul para focar nos desafios da economia domésticas, intensificados pela pandemia. No entanto, ainda é muito cedo para ver os efeitos, se houver, dessa decisão.

No Brasil, o volume de leite cru ofertado é baixo. Dada à pandemia do coronavírus, as indústrias de laticínios continuam priorizando a produção de leite UHT, mais do que queijo, iogurte e leite condensado. O mercado de leite UHT permanece firme à medida que os surtos de Covid-19 continuam crescendo no país. Os estoques de queijo, principalmente mussarela, estão baixos, enquanto os de leite em pó crescem.   (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Consumo/AR
Segundo um boletim setorial, a indústria de laticínios da Argentina registrará em 2020 o menor nível de atividade nos últimos dez anos. 

De acordo com o estudo realizado pela consultoria Claves, baseado em dados oficiais e fontes privadas, a deterioração do setor durante a última década no item leite fluido se refletiu em uma queda de 33% no volume produzido.


3 Consumo anual de leite e iogurte, desde 2010.

O documento mostra a tendência declinante registrada no mercado lácteo argentino desde 2010, com exceção de uma leve recuperação entre 2011 e 2012. Considerando os valores de 2010, e com base na atividade no corrente ano, a elaboração de leite será reduzida em 593 mil litros, e a retração do iogurte alcançará 134 mil toneladas.

Em 2010 a preparação de leite fluido chegava a 1.781.111 litros e a produção de iogurte atingia 490.834 toneladas. As projeções para este são de 1.187.000 litros de leite e 357.000 toneladas de iogurte.

Segundo dados do Observatório da Cadeia Láctea (OCLA), aproximadamente 47% do leite produzido nas fazendas vai para a indústria e será preparado em diversos formas diferentes de leite (fluido, em pó, desnatado...), e 17% sai das usinas como leite fluido (refrigerado ou não refrigerado). Já o iogurte e outros leites fermentados consome 4,1% do total de leite recebido nas fábricas.


 O consumo de leite está relacionado diretamente com o PIB per cápita.

 Fontes industriais confirmaram que desde 2010 até agora o iogurte perdeu presença em 24% das famílias do país, o que significa que mais de 3,2 milhões de lares argentinos deixaram de consumir este alimento. “A diminuição da renda das famílias, somados com as restrições tanto da oferta como na demanda, explicam a contração que vem sofrendo o consumo de bens e serviços em geral”, afirma o boletim da consultoria. (Clarin – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

                

 
CCGL realiza XI Dia de Campo de forma on-line
Evento virtual contará com temas inovadores como ordenha robótica. Manter os produtores associados atualizados sobre as tecnologias atuais da produção de leite, como o aumento da produtividade, rentabilidade e qualidade de vida, é uma necessidade, mesmo em época de pandemia. Sendo assim, a CGGL, através do setor de Difusão e Tecnologia, realizará o XI Dia de Campo no dia 20 de agosto, às 19 h, de forma on-line no canal do YouTube da Rede Técnica Cooperativa – RTC (http://encurtador.com.br/anJ37). Na comodidade de sua casa, o público poderá acompanhar o evento, que conta com os temas: ordenha robótica, Compost Barn e mastite, além de participar de um debate com os palestrantes após as explanações do conteúdo técnico. O XI Dia de Campo é direcionado aos produtores, técnicos e profissionais ligados ao sistema CCGL e convidados, e o acesso estará disponível de modo público aos participantes. A Coordenadora de Difusão e Tecnologia, Letícia Signor, entende que mesmo com todas as adversidades causadas pelo coronavírus os produtores de leite não pararam nenhum dia de produzir, por conta disso a informação precisa continuar chegando até eles nas propriedades.   – Realizamos o evento ininterruptamente desde 2010 e sempre percebemos a sua importância para o público, a pandemia não nos permite trazer pessoas até o tambo, mas com a tecnologia podemos sanar as dúvidas e apresentar os estudos a distância, ou seja, esse ano é a CCGL que vai até a casa do produtor, com abordagens do cotidiano e um destaque especial para a ordenha robótica, tema bastante requisitado pelos associados – completa Letícia. O evento é realizado pela CCGL e conta com o apoio da Rede Técnica Cooperativa – RTC. (CCGL)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 14 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.285

Relatório do SIF aponta ampliação de mercados para exportação de produtos de origem animal

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) ganhou reconhecimento no mercado internacional com a abertura de 14 mercados para exportação, de janeiro a julho de 2020, além de trabalhar para garantir o abastecimento interno de produtos de origem animal para consumo humano e de produtos destinados à alimentação animal. Os dados estão na quinta edição do Relatório de Atividades do SIF, divulgados nesta quinta-feira (13).

“Para que um mercado seja aberto, as autoridades sanitárias dos países importadores avaliam o serviço oficial brasileiro, o que muitas vezes ocorre por meio de missões internacionais que auditam o serviço de inspeção e os estabelecimentos produtores”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia Viana.

No processo de abertura de mercados, as autoridades sanitárias brasileira e dos países importadores avaliam modelos de certificados sanitários internacionais contendo os requisitos exigidos pelos países, os quais acompanham os produtos a serem exportados.

Além da ampliação de mercados para exportação, também houve a reabertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira em fevereiro deste ano. Atualmente, o Brasil exporta para mais de 180 países, o que demonstra a robustez do serviço oficial brasileiro. 

Abates: Estão registrados no SIF 3.320 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal.

No mês de julho, foram feitos 82 turnos adicionais de abate requisitados de forma emergencial pelos abatedouros frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF.

Licenças de importação: Segundo o levantamento, as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias aumentaram 39% em comparação ao mês de junho de 2020. O total de LIs analisadas em julho foi de 5.386.

O prazo estabelecido em legislação para as análises de LI é de 30 dias, porém o tempo médio de análise atual é 2,35 dias. (As informações são do Mapa)

 
            

Ministérios da Infraestrutura e Agricultura trabalham juntos para melhorar logística do agro

Em live com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando “o Custo Brasil irá desabar”.

“A gente precisa responder a esse desafio que o agro nos impõe, para acabar com aquela máxima de que ‘somos eficientes da porteira para dentro e ineficientes da porteira para fora’. Vamos ter que ser eficientes da porteira para fora também. Não temos alternativa, porque vamos cada vez mais sofrer a competição do resto do mundo e temos que melhorar muito nossa logística”, afirmou o ministro. Na live, a ministra Tereza Cristina perguntou ao colega sobre os projetos de infraestrutura. 

A ministra Tereza Cristina ressaltou que há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção – da fazenda até o porto – é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto. “Os produtores rurais esperavam por isso, essa transformação da expectativa em realidade”, disse.

Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias.

Sobre cabotagem, o ministro disse que a estratégia é reduzir o custo da navegação. "É um absurdo não usarmos esse imenso potencial de costa que o Brasil tem. Vamos usar a navegação de cabotagem para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato”.

Ele explicou o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional. O objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. “A nossa missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo super lento para viabilizar esse acesso portuário”, disse. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões.

Outra meta, de acordo com o ministro da Infraestrutura, é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional. "Vai ser uma grande coluna vertebral ferroviária", disse, citando ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.  

A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do país. “As oportunidades que vão surgir com tudo isso que será feito, o que vai gerar de emprego, de renda para quem vive no interior”.

Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e irá receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento. 

Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia. (As informações são do Mapa) 

O renascimento da gordura láctea (fat reborn) - Motivações para o consumo de gordura

Tão importante quanto conhecer o mercado, é essencial entender as motivações que levam o consumidor a comer alimentos com gordura. Segundo o New Nutrition Business (2019), esse comportamento é motivado por: 

1. Amantes de gosto: Pessoas que preferem o sabor e optam pelo produto com composição de gorduras totais.
2. Amantes de açúcar: Para compensar a perda de sabor das linhas zero gordura, em alguns casos há a adição de açúcar. Assim, pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar podem optar por aqueles com valor total de gordura.
3. Amantes de proteínas: são pessoas que estão escolhendo alimentos com maior teor de proteínas para aumentar seu bem-estar.
4. Consumidores que desejam alimentos menos processados: para pessoas que gostam de alimentos integrais, “originais”, as versões com mais gordura são mais atraentes.
5. Dietas low carb: pessoas que adotam essa dieta substituem o consumo de carboidratos por alimentos com maior teor de gorduras e proteínas.

Os alimentos menos processados e com as credenciais de saúde contribuíram para uma mudança no olhar sobre a gordura. A adoção desse nutriente em produtos segue a tendência de naturalidade que temos visto em muitas categorias de alimentos: pode ser visto como saudável, desde que seja natural! (As informações são do portal BHB Food)
                

 
Confiança do agronegócio está em alta
O agronegócio brasileiro está com boas expectativas em relação ao restante do ano. Após a chegada da pandemia no primeiro trimestre, o segundo foi bem mais favorável. O desempenho foi evidenciado pelo Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado nesta quinta-feira (13), pela Fiesp e pela CropLife Brasil. O índice subiu 11,3 pontos em relação ao primeiro trimestre ficando em 111,7 pontos. Segundo a metodologia do Índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo.   O melhor desempenho foi do indicador da indústria de fertilizantes, máquinas e implementos, sementes e defensivos. Saiu de uma perspectiva pessimista, com 86,2 pontos registrados no primeiro trimestre de 2020, para 101,6 no segundo trimestre, uma alta de 15,3 pontos. “Ainda há uma certa desconfiança em relação às condições atuais tanto na indústria de insumos agropecuários quanto nas empresas situadas 'depois da porteira', mas é fato que as perspectivas para os próximos meses melhoraram expressivamente, justificando a confiança em alta”, afirma Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil. O índice foi puxado pela alta nas vendas de tratores e colheitadeiras, pelo bom desempenho na comercialização de insumos para os produtores que fechou o primeiro semestre do ano adiantada e também pelas compras antecipadas de defensivos, inclusive para a próxima safra. Os biodefensivos também tiveram bons números no período. Para o segundo semestre boas perspectivas com a finalização da safra recorde de grãos, acima dos 253 milhões de toneladas e desempenho favorável nas exportações. Além disso as safras de cana e café seguem surpreendendo e o clima vem favorecendo as lavouras tardias de milho safrinha, elevando as projeções.  Com isso o índice de confiança dos produtores agrícolas fechou em 116,8 pontos.  “Já há sinais de retomada das atividades e de relativa estabilidade no mercado financeiro. Além disso, os efeitos positivos da desvalorização cambial sobre os preços agrícolas e a perspectiva de que em breve haverá uma ou mais vacinas eficazes para o novo coronavírus melhoraram substancialmente as expectativas para o curto e médio prazos, especialmente por parte das indústrias”, avalia Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp. (As informações são do Agrolink)
 
 

 

Porto Alegre, 13 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.284

Comissão de Agricultura ouve agroindústrias para alinhar carta ao governo

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa prepara um documento que será levado ao governador Eduardo Leite e aos deputados da Casa com a posição de diferentes setores do agronegócio gaúcho sobre os projetos 184, 185 e 186 que tratam da Reforma Tributária. As sugestões começaram a ser compiladas em audiência pública virtual realizada na manhã desta quinta-feira (13/08) que contou com mais de cem lideranças, entre elas o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. Proposta pelo deputado Zé Nunes, a reunião tratou dos impactos das mudanças no setor primário, especialmente na agroindústria gaúcha. Um grupo de parlamentares seguirá trabalhando no tema e reunindo estudos produzidos pelas diferentes entidades para fechar um texto único, que também deverá contar com a colaboração de outras Comissões da Assembleia.

Segundo o parlamentar, os projetos do governo atingem um setor estratégico que é o agronegócio, que concentra 50% do PIB do Rio Grande do Sul. O aumento de alíquotas de ICMS e a contribuição para o DEVOLVE-ICMS afetarão produtos que, atualmente, são isentos de tributação, como o leite pasteurizado, por exemplo. Aumentando o custo tributário, alegou Zé Nunes, o governo eleva o preço dos alimentos, penalizando as camadas mais pobres da população. “Queremos ouvir os segmentos. É muito importante que os deputados tenham as informações para subsidiar sua posição. Há uma preocupação com a falta de competitividade que essa proposta pode trazer. A saída para o RS está na produção, na atividade econômica. Projetos que reduzam a competitividade e onerem os mais pobres me preocupam.”

Um dos pontos mais combatidos durante a audiência foi a criação do Fundo de Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal (DEVOLVE-ICMS) previsto no PL 184/2020. O presidente da Comissão de Agricultura da AL, deputado Adolfo Brito, citou que já estão sendo preparados destaques para minimizar o impacto dos projetos sobre as isenções concedidas ao setor produtivo.

As lideranças do agronegócio alternaram-se em falas conclamando por mais competitividade. Em sua manifestação, Alexandre Guerra lembrou que o Rio Grande do Sul depende do mercado do estado, mas que também mais de 60% da produção precisa ver vendida em outras regiões do país, enfrentando grande custo logístico. “O que temos de incentivo é apenas o necessário para equalizar nossa competitividade com os outros estados. Não há como definir os preços de venda e nem temos margem para absorver esse impacto, por isso é necessário fazer ajustes à reforma proposta pelo governo”, alegou. Segundo ele, o temor é que o peso tributário acabe onerando todo o setor, chegando, inclusive, ao produtor rural. Guerra citou os efeitos em cascata da elevação tributária, com aumento de insumos no campo e redução de compensação tributária no varejo o que, prevê o dirigente, acabará sendo revertido para a produção. “O setor lácteo infelizmente não tem margem para perder qualquer percentual e envolve hoje mais de 50 mil famílias gaúchas que vendem o leite regularmente para as indústrias de laticínios”, alertou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 
            

O renascimento da gordura láctea (fat reborn) - Composição da gordura do leite

A gordura do leite não era vista como saudável por ter em sua composição ácidos graxos saturados, muito associados a doenças cardiovasculares. Neste ponto, é válido ressaltar que estão ocorrendo maiores debates sobre as implicações das gorduras saturadas na saúde. Alguns profissionais contestam as diretrizes alimentares sobre esse consumo, mas as respostas ainda são inconclusivas. 

Ademais, o perfil lipídico do leite é diversificado, possuindo diferentes tipos de ácidos graxos, para além dos saturados, acarretando em distintos benefícios à saúde humana.

A composição da gordura dos lácteos também é formada por ácidos graxos de cadeia curta e ácidos graxos oleicos, esses últimos são considerados insaturados e estão associados à diminuição do “colesterol ruim” (LDL) e aumento do “colesterol bom” (HDL).

Além disso, os lácteos possuem o ácido linoleico conjugado (CLA), um tipo de gordura trans. Nesse caso, é um processo que ocorre naturalmente entre os ruminantes, diferente da gordura trans derivada da hidrogenação industrial da gordura, e essa gordura está envolvida com a prevenção de doenças cardiovasculares.

Mercado de gorduras lácteas: um olhar especial: A demanda por lácteos com alto teor de gordura está aumentando em alguns países, enquanto a procura por produtos com  baixo teor de gordura está caindo. Nos EUA, a venda de leite integral aumentou em 2,4%, assim como as vendas de marcas de iogurte integral, como a Noosa - que, de um faturamento de zero em 2012, passou para US$ 300 milhões em 2017.

Além dos leites e iogurtes, a manteiga também ganhou um grande destaque. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) espera que a demanda global por manteiga cresça 2,2% ao ano no período de 2018 a 2027, apesar da elevação do seu preço. 

O aumento das vendas de manteiga deu impulso para produção de novos produtos com gordura como, por exemplo, itens à base de ghee. Ghee é um antigo produto ayurvédico, é uma forma de manteiga clarificada, que apresenta melhor perfil lipídico, com ômega-3 e ácido linoleico, além conter vitaminas, sendo considerada uma boa fonte de gordura. 
E no Brasil? A Mintel, empresa de pesquisa de mercado, acredita que o mercado de gorduras lácteas no Brasil - especialmente a manteiga -, tem um futuro promissor. 

A maior parte do leite é consumido em sua forma integral – 63% dos brasileiros bebem essa variedade, em comparação com os 23% que consomem leite desnatado. Em pesquisa da Mintel, foi visto que dois terços dos brasileiros comprariam mais manteiga se o preço fosse mais acessível, destacando, assim, oportunidades de investimento para os produtores locais de laticínios.

De acordo com o Banco Global de Novos Produtos (GNPD), em 2017 houve um aumento de 58% em produtos feitos com manteiga, quando comparado a 2016. A Mintel acredita que o mercado brasileiro de manteiga oferece oportunidades significativas para os fabricantes. Eles apostam que mais consumidores vão abandonar a margarina conforme os preços se tornem mais acessíveis. (As informações são do portal BHB Food)

Exportações brasileiras de lácteos NCM 04 – julho 2020

As exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado de 2020 até julho, aumentaram 15% e 18% em valores e volumes, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. 

Representam menos de 14% dos mesmos produtos importados em litros equivalente leite, e historicamente é menos de 0,01% do volume de leite captado pelas indústrias no Brasil.  

Os itens mais exportados em valores e toneladas são os pertencentes ao grupo NCM 0402, mas, estão em queda desde 2014, e em 2019 chegaram ao menor valor em dez anos, US$ 17.143 mil.

No acumulado de 2020, até o mês de julho, as exportações totais de lácteos NCM 04 estão 15% e 18% acima das registradas no mesmo período de 2019, em valores e volumes, respectivamente.

A variação mais significativa foi em relação a julho de 2019. Em divisas o crescimento foi de 50%, e em volume 54%.  (SECEX/MDIC – Elaboração: Terra Viva)

                

 
Live debaterá estratégias do PNCEBT e o impacto no setor lácteo nesta sexta-feira
Estratégias do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) e o impacto para a cadeia leiteira, tendo como base a Instrução Normativa nº 10 de 03/03/2017 do Ministério da Agricultura. Esse será o tema da live promovida pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) nesta sexta-feira (14/8), às 15h. A transmissão ocorrerá através do canal no YouTube do Suasa. Participarão da conversa dessa semana os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs) da Secretaria de Defesa Agropecuária Janice Barddal, gestora nacional do PNCEBT do Departamento de Saúde Animal, e Plínio Lopes, do Departamento de Suporte e Normas. A live faz parte de uma série de debates promovidos pelo Suasa. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 


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Porto Alegre, 12 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.283

RS obtém reconhecimento como zona livre sem vacinação para aftosa

O Rio Grande do Sul obteve uma conquista histórica para o setor da pecuária. A Instrução Normativa (IN) 52, assinada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esta terça-feira (11), reconhece o Estado como zona livre de vacinação contra a febre aftosa. A mudança passa a vigorar em 1º de setembro, e a IN deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12). Na semana passada, auditores do Ministério estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural para avaliar o cumprimento das exigências feitas para a obtenção do novo status sanitário.

“Trata-se de uma mudança que vem sendo gestada e planejada há um bom tempo pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o Estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis”, afirma o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Ele observa que 2020 será o último ano com vacinação no Estado.

A partir do reconhecimento pelo Ministério, a Secretaria comunica a mudança para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concede a certificação da evolução do status sanitário, abrindo portas para mercados não acessados pelos criadores gaúchos.

"É uma conquista histórica para o Rio Grande do Sul e uma notícia excelente para o agronegócio gaúcho, que agora poderá ampliar participação em vários mercados internacionais. Foi um importante trabalho de todos os nosso servidores, liderados pelo secretário Covatti Filho e estão todos de parabéns", destacou o governador Eduardo Leite.

Técnicos e especialistas apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações na ordem de R$ 600 milhões anuais.

O documento também reconhece como área livre de vacinação os estados do Acre, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e de Mato Grosso. Conforme o texto, o ingresso de animais e produtos de risco para a febre aftosa no estado de Santa Catarina, com origem nas áreas consideradas livres de vacinação, devem observar as diretrizes definidas para origem em zona livre da doença com vacinação, até seu reconhecimento pela OIE como zonas livres de aftosa sem vacinação. (SEAPDR)

 
            

O renascimento da gordura láctea (fat reborn)

Fat reborn, traduzindo para o português, “renascimento da gordura” é uma nova tendência na indústria de alimentos. Agora, a gordura já não é mais vista como vilã, e especialmente as gorduras lácteas estão ganhando destaque no mercado.

Se existem nutrientes polêmicos, certamente um deles é a gordura. Essa molécula já passou por diversas fases, oscilando entre o poder e a submissão. Na Idade Média, foi amada, e comer carnes e alimentos gordurosos era sinônimo de poder. Quando se trata das eras mais modernas, a valorização do corpo magro fez com que a sociedade criasse medo da gordura, e os alimentos gordurosos se tornaram “proibidos”. 

Mas essa história está mudando. Com os avanços das ciências da nutrição, já existe a concepção de que a gordura não é essa vilã das dietas, e particularmente as gorduras lácteas estão ganhando destaque no mercado. O consumo de boas fontes de gordura já era amplamente recomendado pelos nutricionistas, e agora as pessoas  estão mudando a percepção sobre o que é gordura saudável.

Em pesquisa feita em 2018 pela New Nutrition Business (NNB) com consumidores, o percentual de americanos que pensavam que “gordura não é ruim” era de 11%, número pequeno, mas representa um aumento de 50% desde 2017. Na Austrália, quase 15% da população pensa que a gordura não é ruim. Nos EUA, 24% das pessoas agora classificam a manteiga como uma “boa gordura”.

Isso porque, há algum tempo, alguns cientistas estão revendo os conceitos do que sabem sobre gordura. Esse discurso começou em 2010, com a revista American Journal of Clinical Nutrition, que publicou pesquisa que afirmava que "não há evidências significativas para concluir que a gordura saturada da dieta esteja associada a um risco aumentado de doença coronariana ou CVD (doença cardíaca coronária e doença cardiovascular)”. Entretanto, é válido ressaltar que o estudo foi criticado e existe outro artigo contestando sua metodologia e resultados. 

Depois desse feito, outras pesquisas começaram a surgir, como, por exemplo, o estudo publicado em 2018 por Trends in Food Science & Technology, que questionou a hipótese da ligação entre a gordura láctea e o aumento do risco de doença cardíaca ou mortalidade geral, e obteve resultados positivos de que a gordura láctea tem diferentes funções metabólicas no corpo, promovendo benefícios à saúde. (As informações são do portal BHB Food)

Covid-19: manual para proteger extensionistas rurais e agentes de fiscalização é lançado
Devido a gravidade do cenário atual relacionado à pandemia provocada pelo novo coronavírus, inúmeras pesquisas impulsionaram uma série de iniciativas para auxiliar os profissionais de diversas áreas. Uma dessas ações foi a produção de um manual técnico operacional, nomeado como "Procedimentos de biossegurança para prevenção do contágio e propagação da covid-19 para extensionistas rurais e agentes de fiscalização". 

O trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar pertencente a várias organizações e de países diferentes, dentre elas: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (USP); Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (USP); Universidade Federal da São Carlos (UFSCAR); Universidade Estadual Paulista (UNESP); Universidade de Coimbra (Portugal); Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em São Paulo (SFA-SP/MAPA); e Istituto Zooprofilattico Sperimentale del Mezzogiorno (Itália).

O manual está estruturado em duas partes:
Na primeira encontram-se informações científicas sobre a covid-19, formas de contágio, uso dos EPIs (equipamentos de produção individual) e mapeamento dos riscos nas propriedades rurais, entre outros assuntos.

Na segunda parte estão produtos informativos e pedagógicos: mensagens de texto acompanhadas de ilustrações com orientações e mensagens de áudio com explicações sobre procedimentos de biossegurança.

A ideia é que as informações sejam utilizadas junto aos produtores rurais e extensionistas a fim de combinarem como serão os trabalhos presenciais e remotos conjuntos no campo. Os autores sugerem o uso de aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, para realizar a comunicação com os produtores rurais.

Todo o trabalho foi norteado para oferecer um material que agregasse conhecimento científico com informações acessíveis e orientações adequadas à realidade dos profissionais do campo. Para os autores é necessário realizar constantemente a busca de mecanismos que garantam a saúde e a segurança destes profissionais, tão fundamentais para a manutenção da nossa segurança alimentar e nutricional. Clique aqui para ter acesso ao material. (Milkpoint)
                

 
Uruguai: dívida de produtores de leite é equivalente a todo o rebanho 
A dívida dos produtores de leite do Uruguai com o setor financeiro, sem somar as indústrias de laticínios, é de mais de US$ 250 milhões, o que equivale a todo o rebanho de produção, cerca de 300 mil vacas, comentou o vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL). Apesar disso, Eduardo Viera disse que "o setor está pagando e a taxa de inadimplência é muito baixa, daí a confiança do sistema financeiro com a cadeia láctea". Ele explicou que muitos produtores usaram fundos de garantia para estender suas dívidas para dez anos. Com as dificuldades econômicas estruturais que o setor acumula desde 2015, Viera garantiu que deve-se tentar buscar a rentabilidade e, para isso, foram apresentadas propostas ao Poder Executivo por meio do Instituto Nacional do Leite (Inale). O vice-presidente da ANPL destacou que é preciso trabalhar para reduzir as tarifas de exportação. "No ano passado, a Conaprole pagou US$ 29 milhões em tarifas, o que significa mais alguns centavos por litro de leite durante o ano para o produtor", disse ele. Além disso, ele considerou relevante um aumento no reembolso de impostos para as exportações de laticínios, passando de 3 para 6%, para que o setor não quebre. "Essa renúncia fiscal da economia se refletirá em mais produção e menos quebra de produtores", acrescentou. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 11 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.282

Se for exagerada, alíquota de 12% da CBS pode ser reduzida, afirma Guedes

Segundo ele, haverá compensação para setores que forem prejudicados por tributo que pode substituir PIS/Cofins

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou a produtores do setor leiteiro que não há por que empresários se espantarem com a alíquota de 12% da Contribuição de Bens e Serviços (CBS), proposta na reforma tributária para substituir o PIS/Cofins, porque se ela se mostrar exagerada será reduzida. 

Além disso, admitiu que alguns setores poderão ser prejudicados com essa nova contribuição, mas ponderou que medidas serão tomadas para compensação.

“Não se espantem com a alíquota [da CBS]; esses 12% permitem deduções ao longo da cadeia. Nós não estabilizamos ainda a alíquota, nós fizemos uma primeira proposta. Se isso se revelar exagerado, a gente baixa”, afirmou o ministro em fórum virtual da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para debater as políticas públicas para o setor leiteiro.

Sem citar o setor de serviços, o ministro disse que “há setores que são mais atingidos pela CBS”, mas serão melhor assistidos quando houver compensação com, por exemplo, a desoneração da folha. Ele não citou, no entanto, que o governo está atrelando a desoneração da folha à aprovação de um novo tributo sobre as transações, similar à extinta CPMF.

Segundo o ministro, o governo está mudando o modelo e uma peça para isso é a simplificação e reformas dos impostos. “Quando se tem impostos altos e muito complexos, quem tem dinheiro usa o poder econômico para ir para a Justiça”, frisou, destacando que outros fazem lobby no Congresso Nacional para manter a desoneração tributária. Ele repetiu que o sistema brasileiro é um manicômio tributário. 

Guedes reforçou o discurso de que o governo priorizou em seu primeiro ano o controle dos gastos públicos. Com isso, também houve um ajuste na taxa de câmbio, que subiu, funcionando como um estímulo natural para o aumento das exportações do setor agropecuário. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro reclamava que o Brasil estava importando até banana do Equador. “Com o dólar a R$ 5, acho que essa banana não vem”, disse.

O ministro frisou ainda que é preciso manter a resiliência para que o país consiga sair da crise. 

Ele lembrou que, com a pandemia, economistas esperavam que a economia brasileira tivesse uma retração de 10% neste ano, sendo pelo menos 3,5% do choque externo. Agora, no entanto, as estimativas de queda do PIB foram ajustadas e estão em torno de 4%. “Esperava-se que PIB do Brasil fosse cair 10%; sendo pelo menos 3,5% do choque externo”, afirmou. “O choque externo veio zero”, acrescentou. 

Segundo ele, o setor da agricultura manteve o Brasil vivo e com os sinais vitais funcionando. Ele destacou que as exportações brasileiras quase não sofreram durante a pandemia e estão praticamente no mesmo nível do mesmo período do ano passado.

Segundo ele, isso aconteceu porque, enquanto houve queda nas vendas para destinos como Estados Unidos e Europa, houve aumento dos embarques para a China e o continente asiático como um todo.

Para ele, a atuação do setor agricultura foi “extraordinária” não só para afastar a “terrível ameaça” que é a pandemia como para manter a população abastecida. (Valor Econômico) 

            

Maiores exportadores de leite em 2019

As exportações de lácteos em 2019 totalizaram US$ 28,6 bilhões, registrando aumento em valor de 12% nos últimos quatro anos a partir de 2015, quando as vendas internacionais de leite chegaram a US$ 25,6 bilhões.

Na comparação anual, as exportações globais de lácteos caíram, em valor, 0,8% de 2018 para 2019.

De uma perspectiva continental, a Europa vendeu mais da metade dos lácteos exportados (53,8%). Liderados pela Nova Zelândia os países da Oceania ocuparam a segunda posição e foram responsáveis por 25% das exportações mundiais. A Ásia embarcou 9,2% dos lácteos para o exterior, e a América do Norte 7,4%. A América Latina, excluindo o México e colocando o Caribe, vem em seguida, exportando 4,1% dos lácteos no mercado mundial e por último a África, que participou com 0,5% desse universo.

Para efeito dessa classificação, são usadas duas categorias. O prefixo 0401 do Sistema de Tarifas Harmonizadas (HTS), composto de leite e creme não concentrado e não adicionado de açúcar ou outro edulcorante. E, o prefixo 0402 de leite e creme concentrado, contendo ou não, açúcar ou outro edulcorante.

As exportações de leite prefixo 0401 totalizaram US$ 9 bilhões (31,3% do total global), e os de prefixo 0402 chegaram a US$ 19,6 bilhões (68,7%).
 

Em valores, os 15 países primeiros países movimentaram 80,8% de todo o leite mundial exportado em 2019.
Também estão em destaque os 15 países com os maiores superávits nas vendas de leite em 2019.

[Tanto a Índia como China e Brasil, que estão entre os maiores produtores de leite do mundo, não participam de forma significativa no mercado exportador mundial, ocupando a 45ª, 51ª e 52ª posição nesse ranking, respectivamente] (World’s Top Exports – Tradução livre: Terra Viva)

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina - Desafios

Recuperar o crescimento sustentável da produção de leite observado nos anos anteriores a 2014. “Em alguns países entretanto, temos espaço para melhorar a qualidade, a infraestrutura, o manejos dos custos e a eficiência, outro tema no qual temos muito o que avançar”.

Outras dificuldades existentes para o comércio referem-se ao Codex e os sistemas de rotulagem, o meio ambiente, as emissões de gases de efeito estufa, as pegadas de carbono, o bem-estar animal e a informalidade. Todas exigências que vieram com muita força, especialmente se olharmos para o potencial exportador da região. “Cada um destes são desafios enormes: alguns mais específicos da região e outros a nível global”.

Outro ponto mencionado pelos representantes da Fepale foi os produtos análogos com o uso incorreto de termos, especialmente a palavra “leite” para produtos que não são leite, como os elaborados à base se soja, coco ou outros vegetais, mas, que competem e compartilham os espaços nos mercados, gerando grande confusão entre os consumidores. “Em nossa região é importante, porque a legislação de alguns países não está atualizada”, como é o caso do Chile.

Ariel Londinsky assegurou que esta estratégia atende à análise de mercado sobre a percepção do teor nutricional segundo seu nome. “Ao falar “leite de amêndoas”, a percepção positiva é muito alta, e fica longe de algo chamado “suco ou bebida de amêndoa”, que a percepção de teor nutricional é baixa”, exemplificou.   

 

Situação Atual: Em relação ao panorama atual, Londinsky assegurou que “nossa região não escapa da situação global. São perturbações simultâneas tanto na oferta como na demanda e que ocorreram muito rapidamente. Tem havido resposta governamental de apoio ao consumo e à produção. Como um setor que produz alimento indispensável para o consumo da população o apoio governamental é a resposta necessária, porque além da pandemia, temos problemas climáticos, e as vacas precisam ser ordenhadas duas vezes por dia, de forma que o setor exige uma sensibilidade especial em tempos de catástrofes como agora”.

Também para as indústrias exportadoras os requisitos sanitários aumentaram. “Seguramente os compradores vão pedir muitas outras certificações, que vão além da rastreabilidade, segurança e inocuidade que já cumprimos. Agora temos as questões adicionais relativas ao cononavírus como vimos na indústria frigorífica que foi fortemente impactada”.

Os processos de compras online, pagamento virtual, preocupação com a origem, sanidade e rastreabilidade dos produtos foram acelerados com a pandemia, enquanto a demanda de canais como restaurantes, lanchonetes e serviços de alimentação fora de casa estão sofrendo com o impacto do Covid-19. “Entretanto não estamos nem perto de recuperar todos os circuitos de comidas rápidas e serviços de catering”, explicou.

O impacto será agravado com o legado econômico da pandemia, que provavelmente será mais duradouro. “Talvez a situação sanitária tenha uma solução antes da economia encontrar caminhos para o crescimento, que já vínhamos procurando antes da pandemia”, acrescentou Londinsky.

Em todo caso, o Secretário Geral da Fepale destacou que a tendência de crescimento do consumo de lácteos que estava em andamento, seja interrompida este ano. A pergunta é quem irá fornecer leite ao mundo, quando o consumo for recuperado? A América Latina tem grandes oportunidades tanto do lado da oferta, como da demanda (Portalechero - Tradução livre: Terra Viva)

                

 
Puxado pelo agro, volume de fretes rodoviários cresceu mais de 30% em junho
O volume de mercadorias transportadas por rodovias cresceu 31%, em junho no país na comparação com maio, segundo pesquisa realizada pela Fretebras, plataforma de online de transporte de cargas. O resultado refletiu uma retomada das atividades em diversos setores da economia depois da fase mais aguda de isolamento social por causa da pandemia. Segundo a Fretebras, no setor de agronegócios o movimento aumentou 23%, enquanto na área de construção o avanço foi de 32% e no segmento de industrailizados chegou a 35%. No bimestre maio-junho, o crescimento ante o bimestre março-abril foi de 74%. Em abril, a pandemia de covid-19 afetou fortemente o mercado de logística e transportes, provocando queda de 43% nos fretes, em relação a março. “Quando comparamos os meses de abril a junho, temos crescimentos de 62% nos fretes do agronegócio, de 92% em materiais de construção e de 93% em produtos industrializados, uma importante retomada que fortalece a relevância do setor [de trasnportes] para a economia”, diz Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, em nota. O agronegócio foi o setor que registrou o maior crescimento no volume total de fretes nos últimos três meses. Segundo Hacad, isso pelo fato de ser essencial para o Brasil tanto do ponto de vista da produção de alimentos e insumos destinados ao mercado doméstico quanto das exportações. No segundo trimestre, o transporte de fertilizantes, por exemplo, aumentou 102% em comparação ao mesmo período de 2019. No caso da soja, o incremento foi de 124%, e no do milho, de 143%. A pesquisa da FreteBras é feita com base nos 600 mil fretes publicados todos os meses pela plataforma, que conta com mais de 420 mil caminhoneiros cadastrados - um terço do total no país. (As informações são do jornal Valor Econômico)