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17/08/2020

Porto Alegre, 17 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.286

Publicado regulamento técnico de identidade e qualidade do soro de leite e soro ácido
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (17), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 80, aprovando o Regulamento Técnico (RTIQ) que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó, destinados ao consumo humano.
O regulamento, aguardado pelo setor privado e pelos serviços de fiscalização, define, classifica e estabelece as características sensoriais, físico-químicas e microbiológicas do soro de leite, bem como as condições de tempo e temperatura de acondicionamento, conservação e transporte do produto.
O soro de leite é obtido no processo de fabricação de queijos e outros produtos lácteos, e durante anos foi considerado um subproduto, sendo descartado pelas indústrias de laticínios junto às águas residuais ou destinado à alimentação animal. O descarte do soro de leite é indesejável, já que o produto tem grande potencial poluidor.
“Além do risco de gerar um problema ambiental se o descarte não for realizado de forma adequada, o soro de leite atualmente é valorizado pelo seu teor nutricional, com alto índice de cálcio e pela presença de proteínas de fácil digestibilidade. Cerca de 55% dos nutrientes do leite, tais como a lactose, gordura, minerais e proteínas, ficam retidos no soro”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia Viana.
Produtos com RTIQ passam a ser registrados automaticamente, sem a necessidade de avaliação prévia pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, proporcionando redução no número de análises de registros. As regras e parâmetros específicos dos RTIQs trazem segurança jurídica para as ações de controle oficial da conformidade do produto envolvido.  A Instrução Normativa nº 80 entra em vigor em 1º de setembro. (MAPA)
            

Leite/América do Sul
A produção de leite nas principais bacias leiteiras da Argentina e do Uruguai tem oscilado, principalmente por causa das temperaturas, que quando ficam amenas, aumentam a produção de pastagens e a produtividade dos rebanhos leiteiros. 

No Sul da Argentina as temperaturas de inverno e a má qualidade das pastagens reduzem a produção de leite.

De um modo geral a oferta de leite cru tem sido suficiente para atender as necessidades das indústrias de processamento na Argentina e Uruguai. A nível de varejo, a demanda de leite UHT está firme, e as redes de distribuição refazem seus estoques. Entretanto, as vendas de outros produtos lácteos, como queijo e manteiga estão fracas em comparação com as primeiras semanas da pandemia do Covid-19. É preciso ressaltar que poucos meses atrás a Argentina decidiu encerrar suas negociações comerciais com o Mercosul para focar nos desafios da economia domésticas, intensificados pela pandemia. No entanto, ainda é muito cedo para ver os efeitos, se houver, dessa decisão.

No Brasil, o volume de leite cru ofertado é baixo. Dada à pandemia do coronavírus, as indústrias de laticínios continuam priorizando a produção de leite UHT, mais do que queijo, iogurte e leite condensado. O mercado de leite UHT permanece firme à medida que os surtos de Covid-19 continuam crescendo no país. Os estoques de queijo, principalmente mussarela, estão baixos, enquanto os de leite em pó crescem.   (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Consumo/AR
Segundo um boletim setorial, a indústria de laticínios da Argentina registrará em 2020 o menor nível de atividade nos últimos dez anos. 

De acordo com o estudo realizado pela consultoria Claves, baseado em dados oficiais e fontes privadas, a deterioração do setor durante a última década no item leite fluido se refletiu em uma queda de 33% no volume produzido.


3 Consumo anual de leite e iogurte, desde 2010.

O documento mostra a tendência declinante registrada no mercado lácteo argentino desde 2010, com exceção de uma leve recuperação entre 2011 e 2012. Considerando os valores de 2010, e com base na atividade no corrente ano, a elaboração de leite será reduzida em 593 mil litros, e a retração do iogurte alcançará 134 mil toneladas.

Em 2010 a preparação de leite fluido chegava a 1.781.111 litros e a produção de iogurte atingia 490.834 toneladas. As projeções para este são de 1.187.000 litros de leite e 357.000 toneladas de iogurte.

Segundo dados do Observatório da Cadeia Láctea (OCLA), aproximadamente 47% do leite produzido nas fazendas vai para a indústria e será preparado em diversos formas diferentes de leite (fluido, em pó, desnatado...), e 17% sai das usinas como leite fluido (refrigerado ou não refrigerado). Já o iogurte e outros leites fermentados consome 4,1% do total de leite recebido nas fábricas.


 O consumo de leite está relacionado diretamente com o PIB per cápita.

 Fontes industriais confirmaram que desde 2010 até agora o iogurte perdeu presença em 24% das famílias do país, o que significa que mais de 3,2 milhões de lares argentinos deixaram de consumir este alimento. “A diminuição da renda das famílias, somados com as restrições tanto da oferta como na demanda, explicam a contração que vem sofrendo o consumo de bens e serviços em geral”, afirma o boletim da consultoria. (Clarin – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

                

 
CCGL realiza XI Dia de Campo de forma on-line
Evento virtual contará com temas inovadores como ordenha robótica. Manter os produtores associados atualizados sobre as tecnologias atuais da produção de leite, como o aumento da produtividade, rentabilidade e qualidade de vida, é uma necessidade, mesmo em época de pandemia. Sendo assim, a CGGL, através do setor de Difusão e Tecnologia, realizará o XI Dia de Campo no dia 20 de agosto, às 19 h, de forma on-line no canal do YouTube da Rede Técnica Cooperativa – RTC (http://encurtador.com.br/anJ37). Na comodidade de sua casa, o público poderá acompanhar o evento, que conta com os temas: ordenha robótica, Compost Barn e mastite, além de participar de um debate com os palestrantes após as explanações do conteúdo técnico. O XI Dia de Campo é direcionado aos produtores, técnicos e profissionais ligados ao sistema CCGL e convidados, e o acesso estará disponível de modo público aos participantes. A Coordenadora de Difusão e Tecnologia, Letícia Signor, entende que mesmo com todas as adversidades causadas pelo coronavírus os produtores de leite não pararam nenhum dia de produzir, por conta disso a informação precisa continuar chegando até eles nas propriedades.   – Realizamos o evento ininterruptamente desde 2010 e sempre percebemos a sua importância para o público, a pandemia não nos permite trazer pessoas até o tambo, mas com a tecnologia podemos sanar as dúvidas e apresentar os estudos a distância, ou seja, esse ano é a CCGL que vai até a casa do produtor, com abordagens do cotidiano e um destaque especial para a ordenha robótica, tema bastante requisitado pelos associados – completa Letícia. O evento é realizado pela CCGL e conta com o apoio da Rede Técnica Cooperativa – RTC. (CCGL)
 
 

 

 

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