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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  12 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.454


Conheça o programa que promete trazer competitividade ao setor de leite no Brasil
 
Da porteira para dentro, muita dedicação e esforço na produção de leite. Mas, sem uma estrutura organizada do lado de fora, o trabalho pode ser perdido. Ciente da necessidade de desenvolvimento da cadeia leiteira, nos últimos meses o Ministério da Agricultura (Mapa) tem elaborado um plano para aumentar a competitividade do leite brasileiro.
 
“A cadeia do leite é transversal, ela é uma cadeia produtiva que tem diferentes tipos de produtores: desde os pequenos até os grandes, está representada em quase 100% dos municípios brasileiros com a atividade econômica. Existem determinados extratos de produtores de subsistência que tem apetite por um melhor tipo de política pública e outros maiores com outro tipo de acesso à política pública e a preocupação do ministério sempre foi de jogar luz nestas características e tentar adaptar as nossas políticas para que elas possam ter adesão destes produtores da melhor forma possível”, diz o secretário executivo do Mapa Luís Rangel.
 
O plano do Mapa, elaborado em conjunto com a Câmara Setorial de Leite e Derivados, se baseia em cinco eixos de desenvolvimento: gestão da propriedade, infraestrutura, previsibilidade de preços e contratos, genética e sanidade e políticas públicas.
 
“O plano foi concebido pelo próprio Ministério da Agricultura em negociação com algumas indústrias, para a recomposição do Pis/Cofins. E foi definido, na época, pelo Mapa que pelo menos 5% dessa restituição dos impostos, que era direito das indústrias, fossem aplicados em assistência técnica. Para o pequeno e médio produtor isso é fundamental, pois com assistência ele aumenta a chance de investir em tecnologia e crescer na sua escala de produção, que é fundamental”, avalia Ronei Volpi, presidente da Câmara Setorial de Leite do Mapa.
 
A cooperativa Castrolanda, no interior do Paraná, faz parte do programa desde 2019. Com os recursos, foram adquiridos pasteurizadores que tornam o colostro mais saudável para as bezerras.
 
“Colostrando bem o bezerro você vai ter um bezerro mais saudável, com menos problemas com relação a pneumonias, diarreias, acaba usando menos antibiótico, um animal mais saudável. Dentro da nossa propriedade, a gente espera que todos os animais entrem em produção aos dois anos de idade. Então a gente vai conseguir atingir essa meta e de uma forma louvável. São animais mais produtivos”, relata o cooperado e produtor de leite, Armando Carvalho.
 
A restituição do Pis/Cofins dentro do plano ainda possibilitou a construção de salas de análise de laboratório nas fazendas para detecção de mastite. Segundo a cooperativa, o uso mensal de antibióticos caiu 45% desde o final do ano passado, o que gerou uma economia direta de aproximadamente R$ 10 mil para cada produtor envolvido.
 
“Se a vaca tem algum problema, eu faço uma análise no laboratório. Esse exame já vai me dizer se eu preciso ou não tratar essa vaca. Se eu preciso usar antibiótico, a análise já vai me dizer qual antibiótico eu vou usar. Com isso eu evito muita perda”, diz a produtora de leite e cooperada Margareth Wacherski.
 
Para o gerente de negócios da Castrolanda, Eduardo Ribas, mesmo com o fim do programa, algumas lições serão permanentes na cadeia produtiva.
 
“Quando acabar o programa daqui a três anos, vai deixar um legado para o produtor. Mesmo que acabe, o programa de gestão fica. Então durante a vida produtiva, todo o futuro dessa propriedade, ele vai estar ter seus dados econômicos, seus dados zootécnicos. Isso é um legado que o programa deixou”.
 
Dentro do plano de competitividade, há a sugestão de se criar um programa nacional de controle de mastite. Na sanidade, também há a previsão de programas de erradicação de tuberculose e brucelose, com linhas de crédito para repor animais sacrificados. Na genética, financiamentos para inseminações e aquisição de matrizes de alto rendimento. Focos de trabalho altamente ligados com o incentivo à exportação.
 
“Outra frente de trabalho é buscar uma maior proteção para as oscilações de preço, talvez com a possibilidade de implantar um mercado futuro para os produtos lácteos, como outras commodities agrícolas. É um projeto que está em andamento ainda e que pretendemos num curto prazo, médio prazo avançar um pouco nisso”, diz o presidente da Câmara Setorial do Leite Ronei Volpi.
 
Reforma tributária preocupa setor: O Ministério da Agricultura não está de olho apenas nas iniciativas do Poder Executivo. Tanto o Mapa quanto o setor produtivo se preocupam com um debate que está acontecendo no Congresso, sobre a reforma tributária. Isso porque uma possível oneração da cesta básica ou mudanças no tratamento do crédito presumido podem dificultar a vida dos produtores de leite, principalmente dos que estão fora de algum sistema cooperativista.
 
“Primeiro é manter o produtor rural como não contribuinte. Hoje ele não é contribuinte e se eu passar a taxar todo mundo, imagine só que um produtor pequeno tiver que pagar um contador é muitas vezes, muito mais do que ele fatura em um mês. Outro ponto é o crédito presumido com uma alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia. A gente tem uma pequena cumulatividade hoje, em torno de 13 a 14%, mas se for nos moldes que eles estão preconizando vai ser mais de 60%. É muito preocupante”, alerta o diretor-executivo da Viva Lácteos.
 
Mais recursos para o leite: Brasília é o grande centro do debate político e econômico no país. Mas, não é o único. Governos regionais também podem ajudar a estruturar a cadeia. No Rio Grande do Sul, o Fundoleite foi reativado. A expectativa é de que os produtores passem a ter R$ 4 milhões por ano investidos no setor leiteiro.
 
A secretária de Agricultura do Rio Grande do Sul, Silvana Covatti, explica como é feita a distribuição dos recursos para a cadeia produtiva.
 
“70% desse recurso vai ser destinado a assistência técnica ao nosso produtor, enquanto 20% vão para projetos relativos ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. Projetos em que vamos proporcionar, cada vez mais, que o produtor dentro da sua propriedade desenvolva técnicas diferentes. Os 10% vão para custeio do setor administrativo”, explica.
 
Para o deputado federal e presidente da subcomissão de leite da Câmara, Alceu Moreira (MDB-RS), é preciso acabar com o conceito de ‘coitadismo’ que recai sobre o produtor.
 
“Não há lugar pra coitadismo nisso. O leite é uma atividade econômica de grande relevância. O produtor tem que ser bem remunerado, tem que ter renda, mas ele precisa, mais do que nunca, ter um nível de assessoria técnica que domine profundamente o que ele está fazendo. Se ele tiver isso, ele vai ser competitivo e vai produzir leite em condição de vender para o mercado nacional e internacional”, afirma. Assista a reportagem clicando aqui. (Canal Rural)

Piracanjuba é reconhecida como marca de alto renome
Conforme o Instituto Datafolha, quase 143 milhões de brasileiros conhecem a  Piracanjuba. De acordo com o relatório KG Cesário Pareceres e Pesquisas, a imagem da marca é considerada superior. Esses dados contribuíram para a conquista do título de marca de alto renome, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).  Recentemente, a Piracanjuba passou a integrar essa seleta lista, ao lado de outros grandes players de mercado, que reúnem características como boa imagem, reputação e credibilidade. Com essa qualificação, fica garantida a proteção jurídica especial. Dessa forma, nenhuma outra empresa, de qualquer segmento de atividade, poderá utilizar o nome Piracanjuba para produtos ou serviços. “Em 1955, quando chegamos ao mercado, a Piracanjuba recebeu o nome da cidade do interior goiano que sediava a pequena fábrica, onde era produzido o primeiro produto do portfólio - a manteiga.
 
Hoje, com mais de 65 anos no mercado e um amplo portfólio, é reconhecida pela qualidade, variedade, inovação e, agora, pelo alto renome. Todas as fases são fruto de muito trabalho, visando sempre levar o melhor produto para o consumidor. Por isso, esse título tem um valor especial para nós”, celebra a Gerente de Marketing, Lisiane Guimarães. Para que uma marca alcance esse status, o INPI leva em conta alguns critérios, como o reconhecimento por ampla parcela da população e a reputação associada à qualidade. Esses dados foram constatados por meio de entrevistas, como as apresentadas pela KG Cesário Pareceres e Pesquisas, que confirmaram alta lembrança pelos consumidores, acima de 95%, em todos os estratos sociodemográficos da população brasileira.
 
Além disso, 94,9% dos entrevistados responderam afirmativamente que, além de conhecer, também consomem a variedade dos produtos. Nas pesquisas feitas pela Datafolha, a Piracanjuba foi reconhecida por cerca de 90% da população brasileira, com 16 anos ou mais. Entre os brasileiros entrevistados, 98% mencionaram conhecer algum dos produtos estimulados, destaque para o Leite Condensado (92%) e para o Creme de Leite (87%).
 
“Esses resultados das pesquisas endossam a credibilidade da marca. A Piracanjuba apresentou desempenho superior em todos os atributos apresentados, destacando no quesito qualidade dos produtos (93%), conforme o estudo da Datafolha. Isso nos estimula a continuar produzindo com seriedade e, sem deixar de lado, nosso gosto pela inovação e por surpreender os consumidores. Afinal, aqui gostamos de fazer bem o que faz bem a todos”, destaca Lisiane. (Pirancajuba)
 
 
 
Sucessão high-tech:  informações a distância
A adoção de tecnologias de ponta no setor agropecuário vai muito além da produção de grãos. No setor leiteiro, que tem sofrido com a saída de produtores da atividade, as novas ferramentas também ajudam a garantir a sucessão rural. Isso é confirmado, entre outros casos, por José Victor Isola, 25 anos, que participa do dia a dia das atividades da Fazenda Ponderosa, em Sant’Ana do Livramento, administrada pelo pai, José Pedro. A propriedade conta com 70 vacas em lactação, todas da raça Holandês.
 
Graduado em Zootecnia, o jovem foi o responsável por levar à fazenda algumas das tecnologias que foram incorporadas às atividades. A mais recente delas é o monitoramento da condição das vacas por meio de um colar colocado no pescoço delas. O sistema está em fase de implantação na propriedade. O colar coleta informações do animal, como as da ruminação e do estresse térmico. Esses dados são enviados para uma antena, em tempo real, e podem ser acessados por meio de um aplicativo de smartphone. “Pelo celular eu consigo saber o que essa vaca está fazendo, quanto ela está ruminando e se ela está caminhando”, conta José Victor.
 
Com base nessas informações, os algoritmos conseguem prever, por exemplo, se a vaca está no período do cio, o que indica que chegou a época de ser inseminada. Além disso, o sistema pode indicar, com base na ruminação, se algum animal foi acometido de enfermidade. “Quem vai ao supermercado comprar leite não tem a mínima noção do que a gente gera de informação e das decisões que precisamos tomar no sistema de produção de leite”, comenta o produtor. Boa parte dessas informações, que incluem a data em que a vaca foi inseminada ou quando ela deve tomar as vacinas, são controladas por meio de aplicativos. Antigamente, o sistema utilizado era uma planilha de Excel.
 
Outro benefício trazido pela evolução tecnológica é a biotecnologia, que tem permitido, por exemplo, fazer uso do sêmen sexado, o que permite produzir um percentual maior de fêmeas. A ordenha, que no passado se destacava pela penosidade, é um exemplo da evolução tecnológica da atividade leiteira. Na Ponderosa, o sistema utilizado é o espinha de peixe, no qual oito vacas são colocadas de cada lado do fosso.
 
O leite é canalizado diretamente para o resfriador. Segundo José Victor, o conjunto de tecnologias disponíveis hoje em dia pesou na sua decisão de permanecer no campo depois de concluir a faculdade, bem como sua paixão pela atividade. Na avaliação dele, a produção leiteira continua sendo uma atividade árdua, porém mais facilitada pelas novas ferramentas. “Quanto menos tu sofres, mais vontade tu tens de permanecer na atividade”, resume.
 
O presidente da Comissão Jovem da Raça Holandês no Rio Grande do Sul, José Almeida, entende que as novas tecnologias na pecuária leiteira têm levado tanto ao aumento da produtividade quanto despertado a vontade dos jovens de permanecer no campo. Outro exemplo de tecnologia de ponta adotada no leite é a ordenha robotizada, já presente em alguns municípios da Serra Gaúcha. O próprio sistema coloca as teteiras nas vacas de forma automática e faz a coleta. “Imagina tirar o leite a mão de 100 vacas por dia, de manhã, de tarde e de noite; com a ordenha robotizada, o processo todo é feito em duas horas”, compara Almeida.
 
No entanto, ele lamenta que o custo ainda seja um obstáculo à popularização da tecnologia e acredita que nos próximos anos, com a possível concorrência de novas empresas, o equipamento possa ficar mais acessível. Conforme o Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado pela Emater/RS-Ascar em 2019, mais de 98% da ordenha no Rio Grande do Sul é feita pelos sistemas de balde ao pé/de tarro, com transferidor de leite ou canalizado. A ordenha manual representava, na época, apenas 1,61% da atividade. Já a ordenha robotizada é registrada em somente 0,06% dos casos. (Correio do Povo)

Jogo Rápido  

Marca de alimentos criada por Raul Randon terá sua primeira loja em Porto Alegre Rede de franquias da empresa fundada por Raul Anselmo Randon, a Spaccio Rar assinou o contrato para a abertura da quarta unidade. Ela ficará no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Além da loja, o local terá um bistrô, no mesmo modelo que já é operado em Curitiba (PR). O franqueado da capital gaúcha, Haroldo Almeida Soldatelli, planeja inaugurar a operação em outubro. Segundo o diretor-superintendente da RAR, Sergio Martins Barbosa, a loja terá 400 metros quadrados, venderá 450 produtos e terá um pequeno espaço para eventos. As outras unidades da Spaccio Rar ficam em Curitiba (PR), Vacaria (RS) e Passo Fundo (RS). A expectativa é atingir 18 unidades até 2025. Está em negociação uma loja em Florianópolis (SC). A RAR foi idealizada por Raul Anselmo Randon na década de 1970, com origem na fruticultura, especialmente o cultivo e a exportação de maçã. Atualmente, é a terceira maior produtora e comercializadora da fruta no Brasil. Já em 1990 a empresa montou a primeira fábrica de queijo Tipo Grana fora da Itália, a marca Gran Formaggio. A empresa tem sede em Vacaria (RS). (Zero Hora)


 

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Porto Alegre,  09 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.453


Emater/RS: pastagens de inverno proporcionam melhora na qualidade da dieta

O desenvolvimento das pastagens de alta qualidade predominantes no período de frio — como aveias, azevéns e trigo — propicia uma melhoria na qualidade nutricional da dieta das vacas, com consequente aumento do escore corporal e da produtividade de leite.

Em relação ao aspecto sanitário, além do promover o conforto térmicos dos rebanhos — em sua maioria de raças de origem europeia —, os dias frios seguem resultando em redução dos ectoparasitas, sendo o manejo direcionado a vacinações preventivas contra brucelose e raiva, por exemplo, esta última principalmente nas regiões onde houve ocorrência de casos positivos.

Os produtores seguem com cuidados intensivos na higiene da ordenha, devido à alta umidade que aumenta a chance de contaminação do leite e de casos de mastites nos animais. Dessa forma, vêm conseguindo manter os padrões de qualidade exigidos pela indústria.

Em relação ao período reprodutivo, o momento é de parição dos rebanhos. Apesar do aumento da produtividade e, em geral, dos bons preços pagos pelo litro do leite, os produtores seguem preocupados com o preço em alta dos insumos, como suplementos alimentares e medicamentos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, aumentou em aproximadamente 10% a quantidade de leite recebida pelos postos e indústrias de laticínios da região.

Na regional de Bagé, as baixas temperaturas registradas na Campanha contribuíram para o aparecimento de lesões como rachaduras nos tetos das matrizes; tal situação, além de implicar em desconforto para o animal, também aumenta significativamente o risco de mastites. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Aplicativo reúne e fornece informações sobre captação de leite na propriedade rural

Solução está implementada nas mais de 1,1 mil propriedades que fornecem leite à Languiru. Cerca de 60 transportadores também já fazem uso da tecnologia

A indústria de alimentos segue apostando no desenvolvimento de tecnologias que possam agregar valor à marca. Ferramentas que permitem controlar todas as etapas da cadeia produtiva e atender às exigências do mercado consumidor. Muito além disso, se trata de uma questão de transparência e lisura com o próximo. Um contexto que não é novidade na jornada da Cooperativa Languiru.


No segundo semestre de 2019, em parceria com a SIG Combibloc, a Cooperativa movimentou o mercado com o lançamento do Leite Languiru Origem. Por meio da leitura de QR Code impresso na embalagem do produto, é possível visualizar todo o percurso da matéria-prima, da propriedade rural até a gôndola do supermercado.

Início e atualidade: O compartilhamento destas informações ocorre por intermédio da solução PAC.TRUST. Num primeiro momento, a tecnologia foi inserida em propriedades rurais que fornecem o Leite Origem. Ainda em 2019, o projeto foi expandido para outras propriedades que entregam a produção leiteira à Cooperativa.

A proposta veio do Setor de Captação da Indústria de Laticínios, com o intuito de monitorar a origem e o transporte, de todo o volume direcionado à Cooperativa. Hoje, a solução já está implementada nas mais de 1,1 mil propriedades que fornecem leite à Languiru. Em torno de 60 transportadores fazem uso da tecnologia, que foi desenvolvida de forma pioneira pela área de soluções digitais da SIG Combibloc.

Operação da solução: O PAC.TRUST permite acesso a diferentes dados, como horários e dias da coleta, quantos litros de leite foram carregados e até identifica a rota executada pelo transportador.

O transportador se dirige até a propriedade rural e acessa a sala do resfriador. Na sequência, ele mira o leitor fornecido pela Cooperativa para o código afixado em lugar visível na sala do resfriador. Depois da leitura, uma planilha da propriedade é aberta na tela do leitor, a qual é completada com informações da coleta. Em seguida, o transportador salva os dados, que são enviados à Laticínios. Para finalizar, ocorre o carregamento da produção de leite.

O aplicativo também serve para orientar o transportador, uma vez que aponta o volume carregado em cada compartimento do tanque do caminhão. É importante observar que, a cada nova coleta, ocorre uma nova leitura.

Confiável e prática de usar: A transportadora Adriana Rabaioli (40) coleta leite em propriedades de associados nos municípios de Boa Vista do Sul, Colinas, Imigrante, Roca Sales e Westfália. Registra a produção de dezenas de propriedades rurais por meio da solução PAC.TRUST.

Teve os primeiros contatos com a tecnologia no primeiro semestre de 2020, e se acostumou logo com a novidade. Destaca que a solução permite acumular e rastrear diversas informações vinculadas ao recolhimento e transporte do leite. “Finalizamos a rota e em questão de poucos minutos os dados já estão com o laboratório. O sistema é confiável, além de ser prático de usar”, afirma.

Conexão com o Portal do Associado: A gestão e monitoramento do processo são feitos diretamente na Laticínios. A equipe de captação consegue acompanhar do início até o término do roteiro de coleta. “Se trata de uma ferramenta confiável de análise de indicadores para a nossa área”, observa o assistente administrativo do Setor de Captação, Tiago Weimer.

As informações contidas no PAC.TRUST também são disponibilizadas no Portal do Associado (associado.languiru.com.br). Dessa forma, o produtor de leite da Cooperativa também pode acompanhar o desempenho da sua produção. A atualização das informações ocorre em 24 horas.

“O uso dessas tecnologias atende um novo perfil de consumidor que valoriza as empresas que comunicam a sua história, que mostram a forma como seus produtos são produzidos. A Languiru gerencia programas que fiscalizam o manejo na propriedade rural, as condutas na indústria e a expedição do seu mix de produtos, num processo constante de profissionalização da cadeia produtiva, tendo como pilares questões de saúde, combate a fraudes e controle de qualidade”, valoriza o presidente Dirceu Bayer.

Informações na palma da mão: O produtor de leite Carlos Augusto Ströher (27) mantém propriedade rural com os seus pais na localidade de Linha Chá da Índia, município de Estrela. Diariamente, entregam mais de mil litros de leite para a Indústria de Laticínios.

Ströher enaltece que a família utiliza o Portal do Associado desde agosto de 2020. Costumam acessar via smartphone para verificar parâmetros de qualidade e acompanhar as compras feitas na Conta do Leite. “Foi uma grande ideia, visto que a gente só tinha acesso a determinadas informações quando saia a nota da Conta do Leite”, aponta.

A associada Carla Deifelt Ströher (49), mãe de Carlos, observa que o portal estimula a inclusão tecnológica no campo. “Agora posso conferir os volumes produzidos em nossa propriedade na palma da mão. Antes, tinha que esperar em torno de 30 dias, até que fosse lançada a Conta do Leite”, recorda. (Languiru)

 

Vendas dos supermercados crescem 5%

Preço da cesta Abrasmercado fechou o mês de maio em R$ 653,42, alta de 22,3% sobre um ano antes

Os supermercados tiveram alta real de 5,32% nas vendas nos cinco primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2020, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Apenas no mês de maio, houve crescimento de 2,88% sobre um ano antes. Em relação a abril, o crescimento foi de 1,98%. Os números são deflacionados pelo IPCA.

“O crescimento vem em todos os canais de distribuição, com as vendas no ecommerce subindo muito por causa da pandemia e isolamento social”, disse Márcio Milan, vice presidente institucional e administrativo da associação. O cenário para os preços, entretanto, também está em alta - e num ritmo bem mais acelerado. A cesta Abrasmercado fechou o mês de maio em R$ 653,42, crescimento de 22,3% na comparação com maio de 2020 (R$ 534,48). A cesta considera 35 produtos de largo consumo nos supermercados pelos brasileiros.

Na comparação com o mês anterior, abril, a cesta apresentou crescimento de 1,52%, acima do IPCA Alimentos (0,44%) e do IPCA (0,83%) - vale destacar que são cestas que consideram produtos diferentes. No acumulado dos 12 meses até maio, o óleo de soja aparece como o item da cesta da Abras que mais subiu (91%), seguido pelo arroz, com alta de 56,4% e carne dianteiro, com 44,1%.

Há ainda uma janela para preços ainda maiores diante da crise hídrica, que levou a uma alta significativa no preço da energia. Entretanto, esse impacto deve demorar um pouco para começar a chegar nas prateleiras, disse Milan. Ele ponderou que o consumo de energia nos supermercados é baixo e responde por algo entre 1,8% e 2% da despesa das redes. (Valor Econômico)


Jogo Rápido  

Tempo seco permanece no Rio Grande do Sul nos próximos dias
Os próximos sete dias permanecerão secos na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 27/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater/RS e o Irga. Na sexta-feira (9), a presença do ar seco manterá a amplitude térmica, com temperaturas baixas e formação de nevoeiros ao amanhecer e valores próximos de 25°C durante o dia. No sábado (10), o tempo permanecerá seco na maioria das regiões, porém a passagem de uma frente fria no oceano favorecerá o aumento da nebulosidade, com possibilidade de chuvas fracas e isoladas entre a Campanha e a Zona Sul. No domingo (11), o tempo seguirá firme, com nevoeiros e temperaturas amenas, somente na fronteira com o Uruguai as mínimas estarão próximas de 5°C. Entre a segunda (12) e quarta-feira (14), a condição de formação de nevoeiros ao amanhecer permanecerá predominando, com elevação das temperaturas ao longo do dia e valores acima de 25°C na maioria das regiões. O boletim também apresenta as condições atuais das culturas de trigo e ovinos. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  08 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.452


RS terá laboratório com biossegurança ampliada

Após reforma, LFDA analisará parte do material que hoje é enviado a MG

O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), órgão oficial do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul tem projeto para ampliar a análise de doenças vesiculares após reforma que tem previsão de contratação ainda em 2021. A reforma, que será ampla e com grau de complexidade elevado, já tem recursos de investimento do MAPA para a realização. Entretanto, o projeto vai precisar de um novo aporte específico para dimensionamento do sistema de tratamento de ar, para garantir o nível de biossegurança necessário.

O projeto não estava previsto na reforma inicial e será custeado pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, depois de solicitação da direção do LFDA. O Conselho do Fundesa aprovou a liberação de R$ 35,7 mil para a contratação de projeto junto à empresa especializada para o dimensionamento do sistema, que é composto por filtros e controle de pressão para assegurar que um agente biológico não escape ao ambiente. Para o presidente do fundo gaúcho, Rogério Kerber, “trata-se de sediar um laboratório de nível diferenciado no Rio Grande do Sul. A agilidade na análise de suspeitas é fator fundamental na manutenção do novo status sanitário”.

O coordenador do LFDA, Fabiano Barreto, explica que essa contribuição do Fundesa-RS é fundamental. “Com a agilidade na liberação dos recursos pelo Fundo, será possível fazer os dois projetos (de reforma e biossegurança) em paralelo”. Atualmente, todas as amostras de suspeita de doenças vesiculares precisam ser enviadas para análise no LFDA de Minas Gerais.(Fundesa)

Preço do milho retoma a tendência de alta no Brasil

Influenciada pela ocorrência de geada em regiões que cultivam a segunda safra, valorização da saca do cereal foi superior a 10% em apenas 13 dias

O milho voltou a ser valorizado na primeira semana de julho, de acordo com a análise semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O preço da saca de 60 quilos, que estava a R$ 49,94 em 7 de julho de 2020, evoluiu para R$ 103,23 – maior patamar da história – em 18 de maio de 2021, recuou para R$86,25 em 24 de junho e fechou em R$ 95,17 ontem, alta de 10,3% em 13 dias.

Os pesquisadores do Cepea afirmam que a majoração foi detectada após a ocorrência de geadas em regiões produtoras do milho segunda safra, como em municípios do Paraná, onde as perdas nas lavouras podem ultrapassar os 20%.

Ainda conforme o Cepea, apesar do preço aquecido, houve procura pelo cereal e flexibilidade dos compradores em pagar o que está sendo pedido pelos vendedores. Especialista nas negociações do grão, o proprietário da Corretora Mercado, de Porto Alegre, Giuliano Ferronato, diz que, apesar da procura no Rio Grande do Sul, em face da necessidade da indústria de proteína animal, os negócios locais têm sido feitos em pequenos lotes “As vendas verificadas nas praças gaúchas estão rodando‘da mão para a boca’, em lotes de 2 mil a 3 mil sacos, no máximo”, aponta.

EXPECTATIVA. Segundo Ferronato, só agroindústrias de porte têm conseguido trazer carretas lotadas com milho do centro do país, mesmo assim com preço também acima dos R$90,00. O corretor destaca ainda que o produtor que ainda tem milho para vender tem sido muito criterioso por acreditar que o preço vai subir ainda mais. (Correio Povo)




Sem prazo para projeto que muda ICMS

Apresentado pelo governador Eduardo Leite aos prefeitos em uma videoconferência no dia 1º de março, com o indicativo que começaria a tramitar na Assembleia nas semanas seguintes, o projeto de lei que inclui o desempenho na educação como um dos critérios de repasse do ICMS aos municípios do Rio Grande do Sul ainda não foi encaminhado ao Legislativo. O governo do Estado segue tratando do assunto internamente, mas não fez novos movimentos públicos para debater a iniciativa e não estipula prazo para protocolar o texto.

A proposta trabalhada pelo Piratini prevê que 20% do montante repassado aos municípios a título de ICMS estará sujeito à melhoria no desempenho do ensino, 10 pontos percentuais a mais do que o mínimo previsto na lei do novo Fundeb, aprovada no ano passado. A aplicação do novo modelo começaria a partir de 2023, com período de transição até 2027. Para que o sistema seja colocado em prática, serão criados dois índices de avaliação que incluem os critérios para a alocação dos recursos.

De acordo com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o governo está avaliando as sugestões recebidas dos prefeitos para eventuais alterações no projeto. Ele evita estipular prazo para que a iniciativa chegue à Assembleia:

- A gente continua debatendo internamente e, no momento adequado, a secretária Raquel Teixeira (de Educação) vai solicitar que o projeto seja protocolado.

Lemos rejeita a ideia de que o assunto tenha sido deixado em segundo plano pelo governo.

- Se fosse algo de aplicação imediata, poderíamos pensar dessa forma, mas é um projeto para a aplicabilidade de médio e longo prazo, que depende de transição e adequação - diz.

A prática de incluir a educação entre os critérios de distribuição do ICMS é inspirada em uma política adotada no Ceará desde a década passada, para "premiar" as prefeituras que conseguem melhorar o nível de aprendizado de seus estudantes nas redes municipais. De 2009 a 2019, o Estado nordestino passou da 19ª para a segunda posição no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Fundamental.

A determinação para que os Estados utilizem a evolução nos índices de ensino como critério para o repasse de ICMS consta na lei do novo Fundeb, sancionada em dezembro de 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde então, as unidades federativas têm dois anos para se adaptar. (Zero Hora)

Jogo Rápido  

Comissão aprova desconto na conta de luz para produtores de leite
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, ontem (07/07), a proposta do deputado Adriano do Baldy (PP-GO) que concede desconto de 30% sobre o consumo de energia elétrica usada na produção, armazenagem e beneficiamento de leite in natura. A medida beneficia produtores rurais e cooperativas. O Projeto de Lei 6388/19 foi relatado pelo deputado Celso Maldaner (MDB-SC), que apresentou parecer favorável. “O desconto tem muito a contribuir para a redução de custos inerentes à atividade leiteira, que historicamente enfrenta margens apertadas”, pontuou. O texto acrescenta a medida à Lei do Setor Elétrico. De acordo com a proposta, o desconto será compensado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo embutido na conta de luz dos brasileiros que subsidia diversas políticas públicas. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado ainda pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (As informações são da Agência Câmara de Notícias, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre,  07 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.451


Expointer terá público externo de até 15 mil pessoas por dia

Confirmada para o período de 4 a 12 de setembro, a 44ª Expointer irá receber até 15 mil visitantes ao dia, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O número, aprovado nesta segunda-feira (5) pela comissão executiva da exposição agropecuária, foi definido a partir dos protocolos sanitários estabelecidos pela Secretaria Estadual da Saúde para o evento. Juntos, público externo e interno, corresponderão a cerca de 25% da quantidade de pessoas que costumava circular, em média, nas edições anteriores da Expointer.
 
“Esta será uma Expointer de negócios”, pontua a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti. “Em um cenário de pandemia, conseguimos avançar em relação à edição do ano passado, que ocorreu apenas na versão digital. Agora, vamos novamente nos reinventar, dando oportunidade para que os expositores restabeleçam o contato presencial com o público, dentro de um ambiente totalmente regrado pelas normas sanitárias”, acrescenta Silvana.
 
A venda de ingressos será feita de forma antecipada, dias antes do evento, somente em plataforma online. A gestão desta bilheteria ficará sob responsabilidade da empresa vencedora da licitação, que está em andamento. O subsecretário do parque, Gabriel Fogaça, explica que, no momento da compra do bilhete, o visitante terá que responder a um formulário obrigatório e declaratório, informando suas condições sintomáticas atuais de saúde e se comprometendo a cumprir todos os protocolos de saúde previamente determinados durante a sua permanência no Parque Assis Brasil.
 
Para circular no evento, todos os visitantes e o público interno (cerca de 10 mil pessoas entre expositores, prestadores de serviço e colaboradores em geral) precisarão observar as regras sanitárias, como uso obrigatório de máscara, além de evitar aglomerações, mesmo em espaços ao ar livre. O valor dos ingressos não sofreu reajustes em relação à feira de 2019, a última presencial. Os bilhetes serão vendidos a R$ 13 e R$ 6 (estudantes e idosos). O estacionamento custará R$ 32 por veículo. Os portões do parque serão abertos às 8h e fechados às 18h diariamente. Nas feiras anteriores, com a presença do público externo, o acesso ficava liberado até as 20h30.

“O sucesso de todas as outras edições da Expointer foi mensurado em quantitativos de público e de negócios. Esta Expointer, só no fato de poder ser realizada, mantendo o controle sanitário e disponibilizando a participação de público externo, interno e expositores, já é uma grande vitória”, afirmou Fogaça. (SEAPDR)

Preço médio dos fretes de produtos do agronegócio sobe 1,2% em maio

O preço médio dos fretes para transporte de produtos do agronegócio subiram 1,2% em maio na comparação com abril, segundo o Índice FreteBras do Preço do Frete (IFPF), criado pela plataforma de transporte de cargas Fretebras. A alta foi inferior apenas do que a registrada no setor de construção, que chegou a 2,1%.
 
“O Brasil é extremamente dependente do agronegócio, porém vemos que o preço do frete na indústria não acompanha a escalada dos custos. Apesar de contar muito com os caminhoneiros, vemos que ainda existe espaço para melhorar as negociações entre transportadores e motoristas”, afirmou, em nota, Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras.
 
No período, os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel S500 não foram repassados para os caminhoneiros no custo do frete. Segundo o IFPF, de maio de 2020 a maio de 2021 o valor do frete por quilômetro rodado por eixo permaneceu praticamente estável, com leve aumento de 0,24%. Entretanto, no mesmo período o diesel S500 subiu 47,18% na bomba.
 
Segundo o estudo, o preço médio do frete por quilômetro por eixo no Brasil alcançou R$ 1,01. Na comparação entre abril e maio de 2021, o preço do diesel comum na bomba aumentou 6,38%, segundo o relatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Apesar disso, no mesmo período o preço do frete caiu 0,14%.
 
"Nós vemos que a situação do preço do frete tem sido uma das maiores preocupações e queixas do mercado. A inflação acima de 8% nos últimos 12 meses e o preço do diesel dando um salto fazem com que o custo do transportador aumente exponencialmente. Desde que começamos a publicar o índice, em fevereiro deste ano, maio foi o mês mais crítico neste quesito”, disse Hacad.
 
Ao analisar apenas o mês de maio, a região Norte é a que apresentou o quilômetro por eixo mais caro do país — R$ 1,09, em média. Na sequência estão Nordeste (R$ 1,02) e Centro-Oeste e Sul, ambos com R$ 0,99, e Sudeste (R$ 0,98).
 
Na comparação entre maio de 2020 e maio de 2021, a região Sudeste apresentou a maior alta no preço do frete. O avanço foi de2,33%, enquanto o diesel S500 na bomba subiu 47,35% na região. Os fretes do Centro-Oeste registraram o pior resultado no mesmo período, com queda de 1,23% no preço por quilômetro rodado por eixo. No mesmo período, a região registrou a segunda maior alta do país no diesel comum na bomba, 47,79%, na comparação anual.
 
Por Estado, o Amazonas foi o que apresentou o frete mais caro em maio, com R$ 1,21 por quilômetro rodado por eixo, seguido por Rio Grande do Norte (R$ 1,12) e Alagoas (R$ 1,09). Na outra ponta da tabela, os fretes mais baixos foram registrados no Acre (R$ 0,91), Mato Grosso (R$ 0,94) e no Piauí e Ceará, ambos com R$ 0,96 por quilômetro rodado por eixo. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Estado deverá ter temperaturas e chuvas próximas da média até setembro

O monitoramento da temperatura da superfície do mar indica neutralidade no padrão do Oceano Pacífico Equatorial para os próximos três meses, o que significa chuvas e temperaturas próximas da média para julho e agosto, com possibilidade de temperaturas e umidade relativa do ar mais elevadas em setembro. É o que aponta o boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).
 
O prognóstico para o mês de julho indica que as chuvas serão pouco acima da média no sul do Estado e próximas da média nas demais áreas. Para o mês de agosto, esperam-se chuvas pouco abaixo da média no noroeste e próximas da média nas demais regiões. Em setembro, as chuvas deverão ficar pouco acima da média no sul, leste e nordeste, e próximas da média nas demais áreas.
 
Com relação às temperaturas, a maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações ao longo deste trimestre, com a previsão de temperaturas médias próximas da climatologia nos meses de julho e agosto e acima no mês de setembro.
 
O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.
 
Pastagens
1. Tendo em vista o baixo crescimento das pastagens naturais no período de outono-inverno, recomenda-se manter número reduzido de animais na área;

2. Fornecer suplemento aos animais (ex. feno, silagem, ração) mantidos em pastagem natural com baixa disponibilidade de forragem;
 
3. Realizar o manejo indicado para as forrageiras de inverno, anuais ou perenes;
 
4. Realizar adubação nitrogenada em cobertura nas gramíneas cultivadas de inverno.
 
Os boletins Copaaergs ficam disponíveis na seção de Agrometeorologia da SEAPDR e podem ser consultados clicando aqui. (SEAPDR)

Jogo Rápido  

Câmara aprova acordo de livre comércio entre Brasil e Chile
A Câmara aprovou um projeto de decreto legislativo que contém complementos ao acordo de livre comércio entre Brasil e Chile no âmbito do Mercosul (Mercado Comum do Sul). O acordo foi assinado em 2018 e, desde 2018, apenas o Chile o reconheceu. É necessário a ratificação de todos os membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). O texto segue para o Senado. O Chile se tornou, em 1996, o primeiro país associado ao Mercosul. O protocolo assinado em 2018, trata de diversos pontos adicionais a um acordo tarifário assinado em 2015, estabelecendo compromissos como facilitação de comércio, barreiras técnicas ao comércio, comércio transfronteiriço de serviços, investimentos, comércio eletrônico e compras governamentais. O acordo é dividido em 24 capítulos, como meio ambiente, medidas sanitárias e fitossanitárias relacionadas ao comércio, cooperação econômico-comercial e micro e pequenas empresas. Na área ambiental, os dois países se comprometem, a partir da data em que o texto entrar em vigor, a que nenhuma das duas nações "deixe de aplicar efetivamente sua legislação ambiental por meio de um curso, de ação ou de inação, que seja contínuo ou recorrente e que afete o comércio ou o investimento entre as partes”. As nações devem também promover a contribuição dos povos indígenas e das comunidades tradicionais para o desenvolvimento sustentável. Na área de medidas sanitárias e fitossanitárias, foram adotados compromissos mais amplos que os da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à equivalência de regras, habilitação de estabelecimentos exportadores e reconhecimento de status sanitário dos países e suas regiões. Os dois países também reconhecem produtos típicos de cada nação, quando se trata da área de cooperação econômico-comercial. (Agência Brasil)


 

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Porto Alegre,  06 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.450


Italac, a marca de lácteos mais comprada do Brasil, se mantém no TOP 3 entre as marcas de bens de consumo massivo mais escolhidas do país.

A Italac mais uma vez é a marca de lácteos mais comprada do Brasil, mantendo a 3ª posição do ranking e se destaca entre as três principais marcas de bens de consumo do país em 2020, ao lado de Coca-Cola e Ypê, segundo pesquisa Brand FootPrint realizada pela Kantar divisão Worldpanel.

Com a pandemia a rotina das pessoas foi alterada, surgindo novos hábitos de consumo dentro do lar. A Italac sabe que se manter como marca de escolha do consumidor dentro desse cenário não é uma tarefa fácil, e que esta é uma conquista que deve ser compartilhada com todos aqueles que  os ajudam diariamente a fazer parte das mesas de milhões de brasileiros.

É com muita alegria e humildade que a Italac comemora o resultado da pesquisa e agradece aos produtores rurais, parceiros, clientes, consumidores e seus mais de 3.500 colaboradores, que trabalham diariamente com amor, determinação e atenção a todos os detalhes para levar o alimento do campo até a casa dos consumidores, afirma Andréia Alvares, Gerente de Marketing.

A pesquisa Brand FootPrint 2021 analisou mais de 290 marcas, representando 90% do potencial  de consumo no Brasil. A pesquisa na íntegra pode ser conferida clicando aqui.

A Italac é uma das maiores empresas de lácteos do país, de origem 100% nacional, possui fábricas, postos de captação e produção, que estão localizados nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rondônia, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná com uma capacidade instalada de 7,1 milhões de litros/dia. (Marketing Italac)

Global Dairy Trade 



Fonte: GDT


Balança comercial de lácteos: importações continuam a subir

Segundo dados divulgados nessa segunda-feira (05/07) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -52 milhões de litros em equivalente leite no mês de junho, um aumento de 27% no déficit quando comparado a mai/21.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o saldo se manteve praticamente estável, sendo que o valor em equivalente leite no mês de jun/20 foi de -51 milhões de litros. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.



Em junho, as importações continuaram a subir; 70,7 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando um aumento de 22% em relação a maio/21.

A elevação foi reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil, e consequentemente do aumento nos preços internos. Este aumento (dos preços nacionais) tornou o produto importado mais competitivo; a média do preço nacional do leite spot coletado pelo MilkPoint Mercado em junho foi de R$2,68/litro, enquanto o leite importado foi internalizado a um preço médio equivalente de R$2,45/litro – considerando o valor médio do leilão GDT em junho (US$ 4.030/ton — leite em pó integral) e a média do dólar no mês de junho/21 (R$ 5,03).

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em junho. Os 3,92 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 32% no volume internalizado do produto em relação a maio, e 44% do volume total importado no mês. Logo em seguida vieram os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representaram 40% do volume total importado.

Já o volume exportado em junho foi de 19 milhões de litros de leite (equivalente), acréscimo de 9% em relação a maio e, em relação ao mesmo período do ano passado, crescimento de 152%! No acumulado do ano foram exportados 87 milhões de litros em equivalente leite, contra 44 milhões em litros equivalentes do mesmo período em 2020.

O leite em pó integral teve suas exportações aumentadas em 33% em relação a mai/21, totalizando 1,5 milhão de litros equivalentes em jun/21. A manteiga foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em jun, de 48,3 mil litros equivalentes em maio, para 91,01 mil litros equivalentes no mês vigente, incremento de 89%! Em compensação, produtos como leite em pó desnatado, leite modificado, doce de leite e queijos tiveram queda no volume exportado.

A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de junho deste ano.

          
O que podemos esperar para os próximos dias?

Bom, considerando os resultados do leilão GDT de hoje (US$ 3.864/ton — leite em pó integral) e o fechamento do  dólar no dia 05/07/21 (R$ 5,08), chegamos a um preço interno máximo de R$ 2,17/litro para que as exportações continuem competitivas.

Ao compararmos esse valor com o preço spot na primeira quinzena de julho (R$ 2,41/litro) e, também, com o preço do leite pago ao produtor no mês de junho - fechado na média de R$ 2,20/litro (CEPEA/ESALQ) -, conclui-se que a venda do leite brasileiro no exterior não é mais atrativa.

Por outro lado, se considerarmos os mesmos valores para conta, chegamos em um preço máximo a ser pago para importação do leite de R$ 2,37/litro – o que provavelmente poderá resultar em um novo aumento das importações brasileiras nos próximos dias. (Milkpoint)

Jogo Rápido  

Mapa abre Consulta Pública sobre proposta de RTIQ para a Gordura Láctea de Uso Industrial
Gordura Láctea – Foi publicado nesta terça-feira (06/07), pelo Ministério da Agricultura, a PORTARIA Nº 347, DE 1º DE JULHO DE 2021 que estabelece Consulta Pública sobre a proposta de Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) para a Gordura Láctea de Uso Industrial.  A consulta terá o prazo de 45 dias e as sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos - SISMAN, da Secretaria de Defesa Agropecuária, clicando aqui. As sugestões serão avaliadas pelo DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e posteriormente será publicado o RTIQ no Diário Oficial da União. Acesse aqui a PORTARIA Nº 347, DE 1º DE JULHO DE 2021. (Terra Viva com informações do Diário Oficial da União)


 

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Porto Alegre,  05 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.449


CNA avalia custos da pecuária de leite no Rio Grande do Sul
 
Técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizaram, nesta semana, painéis do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção da pecuária de leite e de corte, no Rio Grande do Sul.
 
O objetivo do Projeto Campo Futuro é aliar a capacitação do produtor à geração de informações para administração de custos, riscos de preços e gerenciamento da produção, além de colher subsídios para pautar a atuação da CNA no pleito de políticas públicas para o setor agropecuário. Participaram dos encontros virtuais produtores rurais e representantes de sindicatos rurais e cooperativas.
 
A primeira coleta de dados da pecuária de leite ocorreu na segunda (28), no município gaúcho de Três de Maio. Resultados preliminares do painel apontaram uma propriedade modal de 20 hectares, com produção diária de 600 litros e 25 vacas em lactação.
 
Segundo o assessor técnico da CNA, Guilherme Dias, os produtores relataram que tem havido evasão da atividade na região em função dos altos custos de produção. Mesmo assim, a pecuária de leite apresentou bons índices técnicos. O investimento em pastagem tem proporcionado taxa de lotação de até 6,3 unidades animais por hectare.
 
“É um empreendimento financeiramente saudável, pois a receita do leite foi capaz de cobrir tanto os desembolsos quanto a depreciação e o pró labore dos produtores”, disse.
 
Os técnicos do projeto Campo Futuro também realizaram um painel de leite no município de Palmeiras das Missões, na quinta (1º). A propriedade modal tem uma média de 30 hectares, com produção de 500 litros de leite por dia. Em 2020, a receita do leite cobriu o Custo Operacional Efetivo (COE) e o Custo Total (CT) dos produtores.

Segundo Guilherme, o levantamento identificou que a alimentação com concentrado tem sido responsável por 37% dos desembolsos. “Se considerarmos toda a alimentação do rebanho esse dado sobe para 57%, ligeiramente superior ao verificado nos painéis anteriores, nas demais regiões do país”. (As informações são da Agrolink, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Languiru inicia nova edição de curso previsto no Estatuto e Sistema de Governança

No dia 24 de junho iniciou importante ciclo de qualificação e integração na Cooperativa Languiru. Um grupo de associados ou seus dependentes, de diferentes faixas etárias, esteve reunido na Associação dos Funcionários da Languiru para a aula inaugural do Programa de Formação em Gestão e Liderança Cooperativa. Seguindo todos os protocolos de segurança diante da pandemia, o encontro foi marcado por discursos que enalteceram a importância da formação. Os participantes também manifestaram as suas expectativas e como vislumbram agregar aos projetos da Cooperativa.

O pronunciamento de abertura foi realizado pelo presidente da Languiru, Dirceu Bayer, que agradeceu a participação dos associados na segunda edição do programa. Reforçou que é necessário buscar constante evolução para, cada vez mais, obter melhores resultados. “Não se pode mais falar em produtor pequeno, médio ou grande. Temos que falar em empresários do campo”, entende.

Também destacou a parceria com a Univates, tanto por disponibilizar professores para o curso, como no desenvolvimento de novos produtos por meio do Tecnovates. “Aumentamos a nossa carteira de clientes com o lançamento de novos produtos que tiveram grande receptividade dos consumidores”, enalteceu.

Sobre o agronegócio, observou que o primeiro semestre foi desafiador, com as empresas tendo que arcar com alto custo de produção e preços desfavoráveis na venda. Por outro lado, comemorou a reação dos preços na avicultura, suinocultura e no mercado de lácteos nesse início de segundo semestre. “Ainda tivemos um grande crescimento na captação de grãos”, acrescentou.

Bayer também informou os associados sobre o projeto de expansão da Cooperativa na região Sul do Estado. Da mesma forma, ressaltou a nova estrutura do segmento máquinas do Agrocenter Languiru, que está sendo preparada em Teutônia. “Somos um gigante”, enfatizou.

Em seguida, os trabalhos foram conduzidos pela professora Evânia Schneider, atual reitora da Univates, que relembrou os primeiros contatos com a Languiru. Mencionou que já prestou consultoria e que, inclusive, é filha de ex-associado da Cooperativa. “Eu tenho um carinho enorme pela Languiru. Vocês fazem parte de um projeto de 65 anos.”

Evânia falou sobre a identidade cooperativista e o sentimento de pertencimento. Observou que cada indivíduo deve reconhecer características pessoais quanto à percepção, personalidade, sentimentos, crenças, valores e atitudes. “O autoconhecimento passa por muita observação de si mesmo. Inclusive, as diferenças são fundamentais em uma organização”, frisou.

Ressaltou o histórico de investimento na qualificação dos quadros de associados e empregados da Cooperativa. Para ela, os desafios são uma consequência desse processo de evolução. “Quando temos a possibilidade de passar por diversas áreas e ampliar horizontes, entendemos melhor os negócios e tomamos melhores decisões.”

Na segunda parte da aula, o professor Albano Mayer tratou de processos de liderança e dos sete princípios do cooperativismo aplicados na Languiru. Mencionou características e posicionamentos, explicou aspectos comportamentais que envolvem a construção de um líder e debateu os princípios e valores da Languiru. “Espero que este projeto seja tão produtivo como foi o anterior”, disse.

Com apenas 20 anos, Wellington Andrade é o “caçula” da turma. O jovem reside com a família na localidade de Linha Michels, município de Imigrante. Filho de associada, matriculou-se tão logo ficou sabendo do curso. “Achei o formato da aula envolvente e facilitador do nosso aprendizado”, disse.

O Programa de Formação em Gestão e Liderança Cooperativa iniciou no mês de junho e se estende até o mês de novembro. O cronograma prevê 13 encontros, todos na Associação dos Funcionários da Languiru, em Teutônia, somando mais de 100 horas-aula. Serão debatidos temas como princípios do cooperativismo; governança em sociedades cooperativas; gestão estratégica e análise de investimentos; liderança e gestão de conflitos. Ao final, os participantes receberão certificado de conclusão. O curso é promovido pela Cooperativa Languiru, em parceria com a Univates, e conta com o apoio do Sescoop/RS. (Languiru)

 

 


Uruguai: perspectivas para as exportações lácteas

Embora hoje a situação seja de seca, a relativa fragilidade do Real “não favorece”. Por isso, o Brasil “não é um mercado seguro” para 2021-2022 para os produtos lácteos do Uruguai, já que qualquer fator climático ou cambial pode afetar os níveis de importação.

Já com a Argélia - principal mercado dos últimos anos para o leite em pó - a situação é diferente. Este país importa US $ 1.400 milhões anuais de laticínios e o

Uruguai entra com cerca de US $ 200 milhões anuais. É o quarto maior importador do mundo com uma população de 43 milhões. Sua produção de leite é de 3.400 milhões de litros e seu déficit equivale a 6,9 bilhões de litros, e a taxa de crescimento de sua remissão é inferior à do consumo interno. “A Argélia tem um déficit lácteo estrutural, ela vai comprar por muito tempo”, disse Gabriel Giudice, técnico do Instituto Nacional do Leite do Uruguai (INALE).

Em todo caso, aqui o Uruguai não concorre apenas com a Argentina, mas também com “pesos pesados” como a Nova Zelândia e a União Europeia, que são seus principais fornecedores.

O mercado argelino tem mostrado certa estabilidade, já que sua moeda tendeu a se valorizar em relação ao dólar na última vez e não tem problemas de inflação. As licitações para compra de lácteos são feitas pelo governo e são "muito competitivas" porque se baseiam basicamente no preço. Como ponto fraco, é um país cujas fortunas econômicas estão fortemente atreladas à comercialização de hidrocarbonetos (petróleo e gás).

China e Rússia: O mercado chinês ocupou um lugar central para o Uruguai. Em maio e abril foi o terceiro destino das indústrias uruguaias. É um mercado anual que movimenta US $ 6,3 bilhões, dos quais o Uruguai ocupa uma posição muito menor (apenas US $ 70 milhões). É o principal importador mundial e tem um déficit equivalente a 30% de sua produção. Assim como a Argélia, a taxa de crescimento da produção de laticínios é inferior à do consumo doméstico.

“Aqui também temos concorrentes como a Nova Zelândia ou a União Europeia. Não é fácil entrar porque são jogadores fortes que nos bloqueiam e não nos deixam ganhar mais espaço”, explicou.

Sobre o boom de compras na região asiática e seu impacto na forte valorização dos laticínios, o gerente do Inale disse que há duas hipóteses: O primeiro indica que vários países asiáticos fizeram compras para se abastecerem de potenciais problemas logísticos. “Se for esse o caso, há o risco de eles comprarem menos no futuro e os preços caírem. É uma das nuvens escuras que temos hoje ”, admitiu.

No entanto, ele também mencionou que outros analistas de mercado argumentam que o governo chinês promoveu e incentivou o consumo de laticínios para fortalecer o sistema imunológico de sua população devido à pandemia. “Se for esse o caso, teremos bons preços para os laticínios no futuro. A priori, esperamos que a China continue sendo um mercado tonificado para 2021-2022”, comentou.

Por fim, na Rússia, outro importante player no mercado com importações de US $ 1,6 bilhão anuais (o Uruguai vende entre US $ 50 milhões e US $ 70 milhões), também há perspectivas de sustentabilidade. Este país tem um déficit estrutural. Atende sua demanda com 75% da produção própria e outros 25% da importação.

Tal como acontece com a China ou a Argélia, também aqui a competição para entrar é complexa. A Bielorrússia é o principal fornecedor desse déficit, seguida pela Nova Zelândia e pela União Europeia. “O Uruguai tem algumas dificuldades para entrar com mais volume”, reconheceu. (As informações são do Tardaguilla, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido  

Emater/RS: excesso de chuva e frio aumentam necessidade de suplementação dos animais
Gradativamente, os criadores estão superando o vazio forrageiro. A produção leiteira aumentou devido à maior utilização das pastagens cultivadas de inverno e também ao acréscimo de animais em parição. Porém o excesso de chuvas e o frio intenso durante o final da semana dificultam o acesso às pastagens cultivadas, aumentando a necessidade de maior suplementação com silagem e ração aos animais. Em termos sanitários, há considerável melhora em relação à presença de ectoparasitos, porém novamente houve problemas com mastites e com a qualidade do leite, provavelmente relacionados ao acúmulo de barro nos locais de acesso à ordenha ou de descanso dos animais. Essa condição também dificulta o trabalho e o manejo, sendo desconfortável tanto para os animais quanto para os produtores que precisam realizar as atividades de manejo a campo. Em relação ao mercado, houve um aumento significativo do preço das vacas e novilhas prenhes, com progressiva redução da oferta dessas categorias. Com a valorização da pecuária de corte, o valor de comercialização de terneiros e vacas de descarte obteve aumento. Há tendência de reajuste a maior no preço pago por litro de leite ao produtor, o que tem deixado os produtores novamente satisfeitos com a atividade, apesar do custo de produção, que continua elevado. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre,  02 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.448


Parlamentares visitam cooperativa gaúcha em busca de soluções para competitividade do setor lácteo brasileiro

Deputados da Subcomissão do Leite da Câmara Federal, membros da Comissão de Agricultura, deputado estadual e entidades estiveram no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (02/7), buscando conhecer mais de perto o modelo de produção gaúcho a fim de levantar alternativas para os entraves do setor lácteo brasileiro. Na passagem pelo estado, os parlamentares visitaram a sede da CCGL, em Cruz Alta (RS), onde estiveram na unidade fabril. Segundo o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que participou da visita, “leite não suporta o coitadismo, a piedade”. Para ele, a produção de leite depende de pesquisa, sanidade, alimentação de boa qualidade, entre outras ações. 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) entregou aos parlamentares na ocasião relatório com dados compilados do setor lácteo gaúcho e de sua atuação. O documento contém informações sobre a produção do estado, ações de fomento, atuação do Conseleite, além de material sobre a retomada do Fundoleite. “Os deputados se mostraram interessados com o andamento do Fundoleite, pois é uma proposta que se assemelha ao projeto Mais Leite Saudável. A expectativa deles é para saber como o Fundoleite irá funcionar para levar ele a outros estados”, destacou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ressaltando que espera que o Fundoleite seja um modelo para o país. 

Durante a visita pela CCGL, os deputados também tiveram a oportunidade de conversar com produtores e conhecer mais sobre a assistência técnica disponibilizada pela cooperativa. “O testemunho dos produtores impactou de maneira positiva os deputados”, afirmou Palharini. Os parlamentares ainda estiveram na indústria e no tambo da cooperativa, onde puderam ver a tecnologia do uso do robô na ordenha através de vacas em sistema sem confinamento a base de pasto utilizadas pela CCGL na produção.

Além do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), participaram da visita técnica a presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), os deputados federais Benes Leocádio (Republicanos – RN) e Domingos Sávio (PSDB-MG), o deputado estadual Clair Kuhn (MDB), e produtores e técnicos da Embrapa. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Embrapa faz live para lançamento do Anuário Leite 2021

Anuário Leite - A Embrapa lança na próxima segunda-feira (05 de julho) às 18h, o Anuário Leite 2021. O lançamento será realizado durante live, transmitida no canal da Embrapa no Youtube e terá como debatedores Marcelo Carvalho (Ceo Agripoint), Geraldo Borges (Presidente da Abraleite) Paulo Martins (Embrapa Gado de Leite), Bruno Carvalho (Embrapa Gado de Leite) e será mediada pelos jornalistas Altair Albuquerque (Diretor Texto comunicação) e Nelson Rentero (Editor do Anuário).

A publicação é dividida em sete grandes temas, com reportagens e artigos assinados por pesquisadores da instituição: Análise Brasil; Insumos; Produtos lácteos; Biosseguridade; Mercado global; Volumoso; Pesquisa e Inovação. Há ainda duas entrevistas (Glauco Carvalho e Geraldo Borges) e matérias sobre os resultados de um ano do compost barn da Embrapa Gado de Leite e as oportunidades para as empresas lácteas na era do desenvolvimento sustentável. A pandemia e os reflexos na cadeia produtiva estão presentes no Anuário, relatando como estão sendo realizados os cursos, treinamentos e eventos realizados pela instituição.

As reflexões sobre a pandemia estão presentes em boa parte da publicação. Entre elas, estão os novos protocolos de biosseguridade na pesquisa. “A adoção de protocolos de biosseguridade ganhou urgência em tempos de pandemia e deve marcar o modo de fazer pesquisas no campo”, afirmou Pedro Arcuri, chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite. Segundo ele, a instituição deve trabalhar em parceria com a iniciativa privada para fazer frente às novas demandas surgidas.

No setor produtivo e no consumo, os efeitos da pandemia também foram impactantes e, segundo Glauco Carvalho, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, está na hora da cadeia produtiva partir para um modelo sustentável, envolvendo ações voltadas para a rastreabilidade, bem-estar animal, leite de baixo carbono e reciclagem. “O consumidor busca essas informações e a indústria pode utilizá-las como fonte de valor”, diz o pesquisador. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, ratifica, afirmando que o consumidor valoriza cada vez mais as características intangíveis nos lácteos: “O consumidor quer saber quem produz, como é produzido e quais os impactos para o meio ambiente.”

Fechando a edição, há um artigo destacando o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Alysson Paolinelli e as razões para que ele seja indicando ao Prêmio Nobel da Paz. Paolinelli é apontado como o principal responsável pelos avanços na agricultura brasileira nas últimas décadas, transformando o Cerrado em região produtiva, criando a Embrapa e fortalecendo a pesquisa agropecuária. (EMATER/RS)





Dia C: Languiru lança segunda edição de projeto de gastronomia direcionado a comunidades carentes

Neste sábado, dia 03 de julho, ocorrem as comemorações nacionais do Dia de Cooperar (Dia C). Em todo país, milhares de cooperativas estarão realizando ações em favor da sociedade. Para marcar a data, evidenciando a sua natureza solidária com as comunidades, a Cooperativa Languiru aproveita o momento para lançar, oficialmente, a segunda edição do programa “Na Cozinha com a Languiru – Centros da Juventude”. A iniciativa busca propiciar novas oportunidades para adolescentes e jovens de comunidades em área de vulnerabilidade social de Porto Alegre como, por exemplo, a Lomba do Pinheiro e a Vila Cruzeiro.

Oficinas de culinária ensinam dicas, conceitos e receitas que os participantes podem reproduzir para a família ou vislumbrar numa carreira na gastronomia. Os participantes recebem todo o material da Cooperativa, inclusive os insumos e produtos Languiru para aprender a preparar diferentes receitas. As oficinas são acompanhadas pela chef Christiana Garcia, da escola de gastronomia Casa de Chá.

A nova edição inicia no dia 12 de julho e se estende até o dia 17 de novembro. Serão realizadas 14 oficinas, que ainda contam com o suporte de equipe da Languiru O projeto é incentivado pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 

Além desse projeto, ao longo do ano ocorreram outras iniciativas inscritas no site nacional do Dia C. No mês de junho, a Cooperativa promoveu campanha interna de arrecadação de alimentos não-perecíveis nas unidades administrativas, comerciais, de varejo e granjas. Foram convidadas a participar da campanha todas unidades da Languiru localizadas em 13 municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Todos os donativos angariados serão destinados para Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Entre outras ações, a Languiru também deu continuidade ao Programa de Recolhimento de Embalagens de Agrotóxicos Tríplice Lavadas e à doação de tampas plásticas da Indústria de Laticínios à Liga Feminina de Combate ao Câncer de Teutônia. (Languiru)

Jogo Rápido  

Frio sem chuva é a previsão para os próximos dias no Estado
Os próximos sete dias permanecerão secos e frios no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 26/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater/RS e o Irga. Na quinta (1º) e sexta-feira (2), a presença do ar seco e frio manterá as temperaturas baixas, com formação de geadas em diversas regiões. No sábado (3) e domingo (4), o tempo seguirá firme, com formação de nevoeiros ao amanhecer e elevação das temperaturas durante o dia. Frio sem chuva é a previsão para os próximos dias no Estado. Entre a segunda (5) e quarta-feira (7), a presença do ar seco favorecerá a ocorrência de grande amplitude térmica, com temperaturas mais baixas e nevoeiros ao amanhecer, e valores próximos de 25°C na maioria das regiões durante o período diurno. e pastagens. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)


 

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  01 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.447


Sindilat/RS apresenta relatório sobre produção leiteira do Estado

Para marcar seus 52 anos comemorados nesta quinta-feira (1°/7), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) preparou um relatório com dados estatísticos do setor e de sua atuação. O documento será entregue nesta sexta-feira (2/7) a parlamentares que estarão no Estado durante agenda da Subcomissão do Leite da Câmara Federal na sede da CCGL, em Cruz Alta (RS).  De acordo com Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat, os dados evidenciam o peso da atividade leiteira para a economia gaúcha e sua importância na geração de emprego, renda, tributos e, consequentemente, riquezas ao Rio Grande do Sul.  “Nossa proposta é fazer com que essas informações circulem em todas as esferas e sirvam de subsídio para tomadas de decisões estratégicas”, afirmou Palharini. A partir desta primeira edição, a ideia é que o material seja atualizado mensalmente e sirva de fonte de informação para diferentes agentes do setor produtivo.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com um volume que alcança 4,27 bilhões de litros/ano (12,26% da produção nacional). São 242 indústrias submetidas às inspeções de SIF, SISBI, CISPOA e SIM. A atividade é desenvolvida por 152.489 produtores em 457 dos 497 municípios gaúchos. Entre os produtores gaúchos, 50.664 realizam entrega de leite regularmente às indústrias estabelecidas no Estado. O plantel atual é de 1,18 milhão de vacas em ordenha.

No documento, o Sindilat compilou dados de produção, ações de fomento e projetos relevantes para a cadeia produtiva. Destaque também para a atuação do Conseleite, para o retorno do Fundoleite e para os encontros técnicos realizados pelo Rio Grande do Sul em 2019 por conta da entrada em vigor das Instruções Normativas 76 e 77 do Ministério da Agricultura. Também mostra a presença permanente do Sindilat e de suas 25 indústrias associadas em fóruns que tratam do mercado exportador, ações tributárias, mercadológicas e de incentivo ao consumo de leite e seus derivados. O documento na íntegra está disponível no site do Sindilat, clicando aqui. 

Os dados compilados no documento têm como fonte Ministério da Agricultura (Mapa), Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado (SEAPDR), Emater-RS, G100, FIL/IDF, FEE, IBGE, Fundesa e Sefaz. (Assessoria de imprensa do Sindilat/RS)


Brasil, Austrália e África do Sul unificam dados sobre resistência bovina ao carrapato

Colaboração internacional focada em informações genômicas permite alcançar precisão inédita na seleção de animais de corte resistentes ao parasita

Pesquisadores de diversos países divulgaram a união de bancos de dados do Brasil, África do Sul e Austrália com informações de predição genômica para resistência de diversas raças de bovinos de corte ao carrapato.

Cerca de 80% do gado de corte e leiteiro do mundo são afetados pela zoonose que causa prejuízos bilionários à  produção em escala global, apontam os autores do estudo.
Os resultados desse trabalho inédito integram o artigo “Predição genômica de vários países e raças de resistência a carrapatos em bovinos de corte”, publicado na revista científica internacional Frontiers, informou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Conforme o pesquisador Fernando Flores Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul e primeiro autor do artigo, o grau de infestação por carrapatos é um fenótipo muito difícil de coletar nos rebanhos para a avaliação da resistência dos animais.

“Dessa forma, unir dados de diferentes países e raças bovinas representa um avanço importante para a seleção genômica voltada à resistência ao carrapato”, afirmou em nota da empresa pública.

Além de ser um parasita direto, o carrapato se comporta como vetor dos patógenos responsáveis pelas doenças que caracterizam o complexo da Tristeza Parasitária Bovina, que causam perda na produção de carne e de leite e a desvalorização do couro, fora os gastos com controle de pragas.

Os cientistas que desenvolveram a pesquisa integram o Consórcio Internacional do Carrapato, coordenado pelo Centro para Genética e Saúde da Pecuária Tropical (CTLGH), localizado na Universidade de Edimburgo no Reino Unido e que envolve países da África, Oceania, Europa e das Américas.

No artigo, os pesquisadores mostram que é possível combinar informações de diferentes populações de bovinos em uma única análise e, com isso, gerar previsões de resistência ao carrapato mais precisas.

De acordo com Cardoso, isso permite que a seleção possa avançar inclusive em populações que tenham uma população de referência menor em função da possibilidade de agregar outras populações para aumentar esse primeiro repositório de informações.

“Neste estágio inicial, estão animais com contagem de carrapatos e com os genótipos para milhares de marcadores por todo o genoma”, ele explica.

No estudo, foram unificadas as bases de dados de milhares de animais brasileiros fenotipados para resistência ao carrapato das raças Angus, Hereford, Brangus e Braford. Da Austrália, há representantes Tropical Composite e Brahman, além dos sul africanos Nguni, visando avaliar a possibilidade de melhorar a resistência do hospedeiro por meio da seleção genômica de múltiplas características.

Os dados consistiram em contagens ou escores de carrapatos, avaliando o número de carrapatos fêmeas de pelo menos 4,5 mm de comprimento. 

Conforme o pesquisador Appolinaire Djikeng, da Universidade de Edimburgo (Escócia), coautor do artigo, os resultados relatados em nossa publicação fornecem uma estrutura para a integração da seleção para resistência a carrapatos em programas de criação de gado.

“Um benefício significativo de longo prazo dessa abordagem é o uso reduzido e até (com sorte) a eliminação de acaricidas muito usados para tratar animais, mas que apresentam efeitos adversos importantes para a saúde pública e o meio ambiente”, avalia Djikeng.

A pesquisadora Heather Burrow, da Universidade da Nova Inglaterra (Austrália), coautora do artigo, destacou para a Embrapa que, nos últimos anos, o CTLGH buscou uma maneira prática e econômica de analisar os dados dos bovinos de corte, usando uma combinação de medições de animais e informações baseadas em DNA (genômicas) para fornecer valores genômicos que os agricultores poderiam usar para sua tomada de decisão de criação.

“A abordagem do consórcio identificou diversas vantagens importantes sobre os métodos de melhoramento genômico tradicionalmente aceitos para as abordagens de seleção genômica tradicionais, que tornarão muito mais simples e econômica para os criadores de gado melhorar geneticamente a resistência ao carrapato do gado”, conta Burrow.

A nova pesquisa, segundo a cientista, demonstra que, usando informações genômicas completas em conjunto com medições de animais, é preciso medir significativamente menos animais do que nas abordagens tradicionais e em rebanhos que não são geneticamente relacionados. (Globo Rural)





Produtor de leite de Forquetinha/RS investe no sistema ‘free stall’

Aumento da produtividade e conforto motivaram investimento. Auxílio do Executivo chega a 25% do custo total

Envolvido com a produção leiteira e agrícola desde muito jovem, Manoel Eckhardt, 27, de São Vitor, interior de Forquetinha, é mais um a investir na utilização do sistema de confinamento de vacas leiteiras chamado ‘free stall”, que em tradução livre significa baia livre. O novo modelo para alojar as 40 vacas garante aumento do bem-estar animal e, assim, incremento na produção.

Na propriedade da família Eckhardt, a nova estrutura começou a ser executada há dois meses. Os animais saem da pastagem, onde são colocadas duas vezes ao dia, para a ordenha e depois ficam no prédio onde tem sombra e água fresca à disposição, além de serragem onde podem descansar.

O valor gasto com o projeto de 288 metros quadrados chega a R$43 mil. Parte deste montante, cerca de 25%, foi custeado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente através de serviço de máquina e pagamento por metro quadrado construído. “Sem esse apoio, construir seria bem mais difícil e oneroso”, comentou.

Maior oferta: Uma das metas com os novos investimentos em estrutura, genética, alimentação e correção do solo é o aumento da produtividade. Por mês são vendidos em torno de 15 mil litros de leite ao laticínio. Até o fim do ano o objetivo é chegar a 20 mil litros.

Eckhardt também aposta em novas tecnologias e equipamentos para facilitar o trabalho diário na propriedade. “Traz conforto para a gente e ao rebanho. Tudo reflete em menos custos e mais lucros.”

Foco no produtor: Segundo o secretário Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Adair Pedro Groders, o ‘free stall’ é uma aposta para os produtores, principalmente por causa do conforto animal. “Ele se sente melhor e, com isso, tem menos perda de energia. Também facilita bastante o manejo e aumento de produtividade”, explica.

Groders destaca a diversidade de programas oferecidos para o produtor conseguir ampliar, modernizar e garantir a sucessão na propriedade. “Estes incentivos motivam novos investimentos e todos ganham. Nós dependemos muito da agricultura e por isso priorizamos este setor.”

O setor: O município possui em torno de 200 produtores de leite. Juntos produziram 7.049 milhões de litros em 2020. A movimentação financeira registrou R$10,9 milhões. (Edairy)

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Curso virtual de extensão universitária: pecuária orgânica - ruminantes e pastagens
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Porto Alegre,  30 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.446


ICMS cresce 25% no 1º semestre
A arrecadação de ICMS no semestre que está terminando reflete a reação da economia gaúcha em 2021: a receita subiu 25% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a pandemia afetou todos os setores. No segundo trimestre, o crescimento chegou a 40%, mas é preciso considerar que em 2020 o período de abril a junho foi o mais afetado pela pandemia. Naqueles três meses, o Estado perdeu R$ 2 bilhões em receita, valor compensado pelos repasses federais no segundo semestre, que evitaram o colapso das contas públicas. A melhor notícia, segundo o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, é de que em junho todos os setores da economia apresentaram resultado positivo em relação a maio, com destaque para a indústria e, dentro dela, o setor metal-mecânico. Em maio, o ICMS do setor metal-mecânico teve crescimento nominal de 200% comparado a maio de 2020, um mês em que a indústria praticamente parou. Em junho, subiu 116%. Até o setor calçadista, outro profundamente afetado pela pandemia, cresceu 47% no trimestre que está terminando. A arrecadação mensal de junho deve fechar em R$ 3,4 bilhões, valor superior às previsões mais otimistas dos técnicos da Secretaria da Fazenda, e que se repete mês a mês desde janeiro. - No ano passado, estávamos arrecadando entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,5 bilhões - compara o secretário. Nem todo crescimento é fruto do desempenho da economia. Parte do aumento da receita deve ser creditado ao trabalho da fiscalização e às mudanças no sistema de administração tributária, que apostou na autorregularização, para evitar a aplicação de multas que nunca eram pagas. Desde o início desse programa, em 2020, foram arrecadados mais de R$ 500 milhões. A receita do segundo trimestre teve um acréscimo de R$ 58 milhões proveniente de ações de fiscalização e cobrança realizadas pela Fazenda e pela Procuradoria-Geral do Estado. O aumento da arrecadação, combinado com a redução de mais de R$ 650 milhões nos gastos, fruto das reformas administrativa e previdenciária, permitiu ao Estado manter a folha de pagamento em dia, ampliar os recursos para a saúde em R$ 300 milhões neste ano e retomar os investimentos. Cardoso ainda não sabe se será possível pagar em dia o 13º salário, depois de tantos anos de parcelamento, mas não descarta a possibilidade. Tudo vai depender do sucesso dos próximos leilões de privatização. (Zero Hora)

Fazendas de leite mais eficientes aumentaram produtividade mais rápido que nos últimos anos
Produção por animal já é 26% maior nas fazendas mais produtivas, segundo o IILB Nos últimos três anos, os produtores brasileiros de leite que estão no topo da eficiência produtiva aumentaram sua produtividade 2,3 vezes mais rápido que a média das fazendas profissionais em termos de leite por vaca por dia. É o que aponta a 10ª edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), divulgada em 24/06) Com base nos dados de 1.144 propriedades que utilizam sistema de gestão, o IILB indica que enquanto a produção diária por animal das fazendas posicionadas entre as 10% mais produtivas aumentou 11,1% desde 2018, nas demais fazendas analisadas cresceu em média 4,9% no mesmo período. Nos 12 meses entre abril de 2020 e março de 2021, a produção dos 10% melhores do IILB-10 alcançou a média de 29,81 kg de leite por animal por dia, contra 26,84 kg de leite por animal por dia dos 10% melhores de 2018. Por sua vez, a média de produção de todas as fazendas avaliadas no IILB-10 foi de 23,73 kg de leite por animal por dia, contra a média 22,62 kg de leite por vaca por dia do total das propriedades avaliadas em 2018. Em uma comparação direta, as fazendas mais eficientes do IILB-10 registraram nos últimos 12 meses (entre abril de 2020 e março de 2021) produtividade 26% maior por animal frente à média de produção registrada no mesmo período pelas demais propriedades que compõem os dados desta edição do IILB. Segundo Heloise Duarte, diretora de operações da Ideagri e editora do IILB, vários fatores influenciam essa diferença. “O melhoramento genético do rebanho, a gestão cada vez mais profissional, o investimento em tecnologia e o cuidado no manejo, tudo contribuiu para esse crescimento”, diz Heloise Duarte. “Os dados do IILB nos levam a um pensamento otimista: há um caminho de grande melhoria para a produção leiteira ‘dentro da porteira’, que são fatores que podem ser administrados pelo produtor”, comenta a diretora da Ideagri. Por causa do aumento geral de produtividade entre as fazendas avaliadas, a base de cálculo do IILB foi modificada. “Subimos a barra para reconhecer e premiar o avanço das mais fazendas produtivas”, explica Heloise Duarte. “Conquistar notas mais altas ficou um pouco mais difícil, mas isso reflete a melhoria do universo leiteiro nacional, que está cada vez mais competitivo”, diz Heloise Duarte. “Revisões de critérios como essa são comuns, como no caso do índice PTA de habilidade de transmissão preditiva aplicado na genética bovina”, exemplifica ela. “A cada edição do IILB, aumentam o volume de fazendas avaliadas, o aprimoramento gerencial e a evolução dos rebanhos e, por isso, a cada três anos reavaliaremos os índices de qualificação”, afirma a diretora da Ideagri. Publicado desde março de 2019, o IILB é um documento único no Brasil em termos de indicadores da indústria do leite. Ele oferece, por exemplo, um “índice” que é uma nota única, resultado da avaliação combinada dos 12 indicadores essenciais da atividade leiteira que compõem as tabelas analíticas do IILB. No IILB-10, por exemplo, a nota média Brasil foi de 4,45 (em uma escala de 0 a 10). “Como vemos, o espaço para a melhoria é gigante”, afirma Heloise Duarte. “Há muitas fazendas com notas acima de 8, entre elas pequenas e médias propriedades, o que mostra que a boa gestão está ao alcance de muita gente”, diz ela. Além do índice geral “Brasil”, o IILB oferece índices específicos para cada uma das regiões do país, o que permite aos produtores saberem se estão abaixo ou acima da média entre fazendas similares a sua em sua própria região geográfica. O IILB ainda apresenta os 12 indicadores divididos em três perfis de raça, o que aproxima os resultados das análises ainda mais da realidade dos produtores. “Eles podem verificar se estão próximos ou distantes do universo das fazendas similares às deles, o que é um benchmarking e um estímulo poderoso para o aprimoramento”, comenta Heloise Duarte. O IILB pode ser acessado gratuitamente CLICANDO AQUI. (Agrolink)
 
 
 
 
A demanda láctea pode surpreender mais adiante
Uma retomada mais forte da atividade econômica em 2021 deverá ajudar a melhorar o cenário de consumo no segundo semestre do ano. De acordo com o relatório do Rabobank AgroInfo, durante o mês de junho no Brasil, a melhoria da economia poderia trazer uma demanda mais forte no segundo semestre. Enquanto isso, a produção está avançando gradualmente, com os preços ao produtor compensando os custos mais altos e os impactos do tempo seco. A produção de leite no Brasil cresceu 1,8% no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do IBGE. O preço pago ao produtor permaneceu em níveis elevados nos primeiros meses do ano, atingindo uma média de R$ 2/litro nos primeiros cinco meses de 2021, um aumento de 44% em comparação com o valor do mesmo período em 2020. Apesar do aumento dos preços, os altos custos limitaram a rentabilidade do produtor de leite brasileiro. O cenário de clima seco nas principais bacias leiteiras levou a uma maior necessidade de comprar rações concentradas complementares. Segundo o CEPEA, o índice de custos de produção acumulou um máximo de 9,1% nos primeiros cinco meses de 2021. A recente queda do dólar em relação ao real pode trazer alívio nos custos dos alimentos, o que pode ajudar o produtor a manter a produção a uma leve taxa de crescimento, apesar do clima seco. Quanto à demanda de laticínios e alimentos em geral, uma retomada mais forte da atividade econômica em 2021 deverá ajudar a melhorar o cenário de consumo no segundo semestre do ano. Após a segunda onda da pandemia muito grave no primeiro trimestre de 2021, as projeções econômicas apontavam para um crescimento do PIB de apenas 3,5%, mas a atividade econômica e os dados de vendas no varejo surpreenderam positivamente a partir de abril. Como resultado, as previsões de mercado foram revisadas para 5% ou mais do PIB nas últimas semanas e o dólar está mais fraco. Embora haja um efeito estatístico do baixo nível de comparação em 2020, a aceleração da atividade econômica aumenta a expectativa de um consumo mais robusto de alimentos. A ajuda de emergência provavelmente será prolongada por mais três meses, até novembro, o que também deve ajudar a apoiar o consumo, especialmente se a curva de inflação começar a dar sinais de normalização no segundo semestre, como esperado. A queda do dólar e o resfriamento dos preços internacionais dos laticínios deveriam limitar mais exportações do Brasil, mas poderiam abrir oportunidades para importações adicionais do Mercosul no segundo semestre do ano. Entretanto, o cenário de preços elevados ao produtor deve continuar com uma demanda mais robusta pela frente. – O avanço da vacinação no Brasil deve ajudar na recuperação econômica no segundo semestre do ano, com o aumento da atividade nos canais de food service. – O tempo seco deve continuar afetando as margens do produtor na segunda metade. (Edairy)

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Arrecadação de R$ 142 bilhões

Aarrecadação total das Receitas Federais atingiu, em maio de 2021, o valor de R$142,106 bilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 69,88% em relação a maio de 2020. No período acumulado de janeiro a maio de 2021, a arrecadação alcançou o valor de R$ 744,828 bilhões, representando um acréscimo pelo IPCA de 21,17%. Foi o melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de maio quanto para o período acumulado, o mesmo acontecendo para os meses de fevereiro, março, abril e maio de 2021. No Rio Grande do Sul, a arrecadação totalizou em maio um montante de R$ 6,534 bilhões entre impostos e contribuições, representando aumento de 102,2%, em termos nominais, comparado ao recolhido no mesmo mês do ano passado. Corrigido pelo IPCA, este percentual corresponde a um aumento de 87,1%. (Correio do Povo)