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08/09/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de setembro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.738


O que podemos esperar para o próximo mês?

O cenário para os preços internacionais dos derivados lácteos segue baixista, frente aos entraves geopolíticos do mundo, como a persistência da política de tolerância zero contra a covid-19 na China e os riscos de recessão econômica mundial.

Nesta segunda-feira, segundo dados da Comissão Nacional de Saúde, da China, o país registrou 1.552 novos casos de covid-19, o que fez o país decretar lockdown para mais de 65 milhões de pessoas. As cidades de Chengdu, Taianjin e Shenzen foram afetadas pelas medidas. Desta forma, a política de controle sanitário está longe de ter um fim, e as novas medidas restritivas seguem impactando em um cenário baixista para os preços internacionais dos lácteos.

Impulsionando este cenário tem-se o risco de recessão econômica mundial, com novos dados norte-americanos trazendo um cenário pessimista para o mercado, como por exemplo a elevação da taxa de desemprego no país. Além disso, a Europa enfrenta uma crise extensa, que parece perdurar para os próximos meses, devido a problemas climáticos e a guerra entre a Rússia e Ucrânia, que também parece estar longe de um fim.

Todos estes fatores impactaram negativamente nos preços dos produtos internacionais, contribuindo para estimular as importações.

Fortalecendo o estímulo às importações tem-se os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que vinham operando em níveis elevados. É importante destacar que entre as negociações de importações e o reflexo no saldo da balança leva-se cerca de 2 meses. Ou seja, o saldo de agosto foi reflexo do momento de mercado e das negociações concretizadas em junho/julho (momento em que os preços no mercado interno atingiram suas máximas).

Esse cenário vem se alterando nas últimas semanas, com os preços dos derivados lácteos passando por sucessivas quedas.

Sendo assim, mesmo com as quedas de preços no mercado interno, espera-se que as importações sigam competitivas no curto prazo, frente ao cenário baixista dos preços internacionais. Porém, devido a base comparativa maior, as variações poderão ser menos expressivas. Para as exportações o cenário ainda é desfavorável.

Com as sucessivas quedas dos preços no mercado interno, caso o cenário se mantenha, a tendência é as importações perderem força nos próximos meses. (Milkpoint Mercado)


Como reduzir carbono e metano e ainda ter retorno financeiro?
 
Meio ambiente, produção sustentável, carbono zero ou carbono neutro. Esses e tantos outros tópicos relacionados a sustentabilidade na produção de leite são – e devem ser cada vez mais – assuntos de interesse de todo e qualquer produtor que deseja evoluir na atividade. Mas está enganado quem pensa que a mudança comportamental voltada para um modo de produção mais sustentável traz benefícios apenas para o meio ambiente. 
 
Os envolvidos na produção de leite estão diante de uma grande oportunidade. O fato é que muitas das práticas envolvidas na redução da pegada ambiental, ao mesmo tempo que contribuem com o meio ambiente, tendem a melhorar os resultados econômicos da produção. Pensando em abordar esse assunto de forma prática e elucidando os envolvidos sobre a importância de virar a chave e atentar-se para as práticas sustentáveis e as possibilidades de retorno financeiro que as práticas podem trazer, o MilkPoint Experts: Feras da Sustentabilidade trará, na próxima sexta-feira (09/09), o painel "De vilões a oportunidade: como reduzir carbono e metano e ainda ter retorno financeiro?". 
 
O painel contará com Vanessa Romario de Paula, da Embrapa Gado de Leite; Maurício Civiero, Professor Universitário e Produtor Rural; Herlon Goelzer de Almeida, Coordenador do Programa Paraná Energia Rural Renovável; Felipe Marques, Cibiogás e Gracie Verde Selva, da Minerva Foods. Não fique de fora! O evento é gratuito e você pode acompanhar através do nosso Canal no Youtube.

E se você perdeu os nossos dois primeiros encontros, não fique triste. Os vídeos estarão disponíveis no Youtube. 

MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade - Dia 1
MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade - Dia 2

Mas se liga! Só terá acesso aos conteúdos exclusivos disponibilizados pelos palestrantes e acesso ao certificado de participação quem estiver inscrito no evento. Não perca tempo e faça sua inscrição gratuitamente aqui. (Milkpoint)
 

IBGE: primeiro semestre fecha com forte queda na captação de leite - PARTE 1

Os dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o segundo trimestre de 2022, divulgados nesta terça-feira (06/09) apontam uma queda de aproximadamente 7,6% na captação de leite cru resfriado, em relação ao mesmo período de 2021, como mostra o gráfico 1.
 
Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (T2 2022 x T2 2021).

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2022.
Dessa forma, após apresentar a maior variação negativa da série histórica para o 1º trimestre (-9,9%), a captação do segundo trimestre também seguiu bem abaixo do mesmo período do ano anterior, mas com uma diferença menor (-7,6%). Assim, na somatória dos dois trimestres, confirmou-se também a maior variação negativa semestral da série do IBGE.
 
Grandes estados produtores sofreram redução no volume captado entre o segundo trimestre de 2022 e o mesmo período de 2021. São Paulo teve o maior recuo, com aproximadamente -18,7%, seguido de Goiás, com -17,0%, Rio Grande do Sul, -8,8%, Minas Gerais, -6,6%, Paraná com -2,7% e Santa Catarina, sendo o único estado, dentro os maiores produtores a apresentar variação positiva, de +2,7%, conforme demonstrado no gráfico a seguir.
 
Gráfico 2. Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o segundo trimestre de 2022 e o mesmo período de 2021.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2022.

(Fonte: Milkpoint Mercado)


Jogo Rápido 

Espanha – A captação de julho foi a menor dos últimos 4 anos
Em julho, a captação de leite na Espanha não apenas caiu pelo quinto mês consecutivo, mas registrou o percentual de queda mais elevado (-5%) em comparação com julho de 2021. A tendência de baixa iniciou em março com -1,4% e desde então o percentual de redução foi aumentando. A captação acumulada nos 12 meses encerrados em julho são foi -1,4% menor em comparação com o período anterior correspondente. O número de produtores continua diminuindo: em julho de 2022 entregaram leite 10.923 pecuaristas, 788 menos em relação a doze meses atrás. (Fonte: Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 

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