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Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  03 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.470


Associados do Sindilat têm 30% de desconto em inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado
 
Parceiro institucional da 11ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) garante aos seus associados desconto de 30% na inscrição para o evento. O fórum, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de setembro de forma virtual, terá como temática a ‘Precificação e proteção de preços de leite no mercado lácteo brasileiro’. Os associados podem garantir sua participação pelo site do evento. 

A programação, que está prevista para iniciar às 13h50 do dia 21/9, contará com a participação de palestrantes como Isabela De Marchi, gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc, Mario Rezende, da Danone, Paulo Molinari, da Safras & Mercado, Ana Paula Gilsogamo, analista sênior de Alimentos e Bebidas – Mintel, entre outros. Entre os assuntos que serão explanados pelos profissionais estão os cenários para os mercados de milho e de soja em 2021 e em 2022, as novas tendências para o mercado lácteo e as experiências de contratos de precificação de leite.

No primeiro dia de fórum, a discussão será focada nos prováveis cenários futuros das mais importantes variáveis que afetam o segmento. Já no segundo dia de evento, os profissionais trarão para debate um tema de bastante relevância para o setor: a formação de preços e as ferramentas para diminuição da volatilidade do valor dos produtos lácteos. O fórum também contará com espaços para perguntas dos participantes. Saiba mais clicando aqui.

Confira a programação completa: 
21 de setembro
• 13h50 - Abertura Painel: Ambiente futuro de mercado
• 14h - Ambiente econômico e possíveis cenários para o final de 2021 e para 2022 – com Maurício Une, Economista Sênior no Rabobank
• 14h30 - Cenários para os mercados de milho e soja 2021 e 2022
• 15h - Espaço Patrocinador
• 15h10 - Cenários para o mercado lácteo no final 2021 e no início de 2022
• 15h40 - Debate
• 16h - Break
• 16h10 - Inovações e novos lançamentos de lácteos no Brasil e no mundo: o que vem aparecendo nas gôndolas dos supermercados? – com Ana Paula Gilsogamo, Analista Sênior de Alimentos e Bebidas - Mintel
• 16h40 - Espaço Patrocinador
• 16h50 - Mesa redonda: Foodservice – como está a recuperação em 2021 e quais as perspectivas para 2022?
• 17h20 - Debates, perguntas, conclusões do primeiro dia

22 de setembro
• 13h50 - Abertura Painel: Contratos, formação de preços e ferramentas de proteção de preços
• 14h - Novas tendências para o mercado lácteo – ESG da fazenda a mesa do consumidor – impactos para produtores e indústrias 
• 14h30 - A contribuição da embalagem de produtos lácteos para fatores ESG – com Isabela De Marchi, Gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc
• 14h40 - Apresentação dos resultados da pesquisa sobre as novas exigências do consumidor em ESG e a formatação de novas exigências nos modelos de Supply dos laticínios brasileiros
• 15h - Contratos futuros na cadeia leiteira – oportunidades e possíveis limitantes
• 15h30 - Experiências de contratos de precificação de leite – com Mario Rezende, Danone
• 16h - Debate 
• 16h30 - Break
• 16h40 - Seguro de preço para a cadeia leiteira – o modelo de resseguro de preço
• 17h10 - Ferramentas financeiras e de funding para o agronegócio – Fintechs e sua inserção futura no mercado lácteo
• 17h50 - Debates e perguntas
• 18h10 - Conclusões e encerramento
Assessoria de imprensa com informações do Fórum MilkPoint Mercado.
 

Gdt - Global Dairy Trade



Fonte: GDT – Adaptado Sindilat/RS



 
 
Fenômeno La Niña deve voltar nos próximos três meses, aponta boletim do Simagro
 
O mestre em meteorologia da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e responsável pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), Flávio Varone, divulgou o prognóstico para agosto, setembro e outubro. Segundo ele, o próximo trimestre ainda permanecerá sem influência de eventos climáticos globais, o que manterá o restante do inverno e o começo da primavera com padrões próximos da média no Rio Grande do Sul. “Nos próximos meses há previsão de retorno do fenômeno La Niña, o que poderá provocar a redução da chuva no último trimestre de 2021”, aponta.

Para os meses de agosto e setembro, as precipitações deverão se manter próximas da média na maioria das regiões. Somente algumas áreas da Campanha poderão ter valores ligeiramente superiores a normal em agosto. Em outubro, a previsão indica a redução da chuva, e são esperados volumes abaixo da média em grande parte do Estado, com maior diminuição da precipitação na Metade Leste. O prognóstico das temperaturas mínimas e máximas indicam valores abaixo da normalidade em todo o Rio Grande do Sul, com elevação natural das máximas entre setembro e outubro. Veja o boletim completo do SIMAGRO-RS clicando aqui.

Chuva:
• Agosto: Valores próximos da média na maior parte do RS e ligeiramente acima na Campanha.
• Setembro: Totais próximos da normalidade em todo Estado.
• Outubro: Seco na Metade Leste e ligeiramente abaixo da média nas demais regiões.

Temperatura Máxima:
• Agosto: Abaixo do padrão climatológico na maioria das regiões, com valores menores nas Missões.
• Setembro: Abaixo da normalidade em todo Estado.
• Outubro: Ligeiramente abaixo do normal nos setores Sul, Leste e Norte e próximos da média no restante das regiões. 

Temperatura Mínima:
• Agosto: Abaixo da média nos setores Oeste, Noroeste e Norte, com valores dentro da normalidade no restante do Estado.
• Setembro: Abaixo do normal na maioria das regiões, com valores médios no Litoral.
• Outubro: Abaixo do normal na maior parte das áreas, com valores próximos da média no Litoral Sul. (SEAPDR)

Jogo Rápido  

Confiança do empresário tem maior alta desde 2013
Impulsionada por bom humor de empresários de serviços, cuja atividade começa a se recuperar com avanço de vacinação contra covid-19, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3,1 pontos em julho ante junho, para 101,9 pontos. Foi a maior pontuação do indicador desde junho de 2013 (103,1 pontos) e a primeira vez desde outubro de 2013 (100,2 pontos) que o indicador ultrapassa os 100 pontos, quadrante favorável do ICE, informou ontem a fundação. Para o Superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, (FGV/IBRE), Aloisio Campelo, a confiança dos empresários pode se manter favorável no segundo semestre. Altas mais intensas no indicador dependerão de crescimento sustentável nos próximos meses. A confiança de serviços, entre as quatro áreas pesquisadas pelo indicador (as outras são indústria, comércio e construção) foi a que mais contribuiu para bom desempenho em julho. E isso é resultado do ritmo mais ágil da vacinação e da maior circulação e consumo. (Valor Econômico)


 

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  02 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.469


Leite: margem do produtor não está ruim, mas produtor deve ter cautela, diz Embrapa

Para o pesquisador da Embrapa, com a projeção de queda para os preços do leite no período de safra, o produtor não deve se arriscar

O custo da alimentação do rebanho leiteiro tem apresentado forte alta neste ano, o que tem preocupado o produtor rural. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, a forte demanda por grãos da China, que passou de 2 milhões para 25 milhões de toneladas por ano pressionou o mercado mundial de grãos, e o Brasil não ficou de fora.

Por outro lado, o pesquisador comenta que o preço do leite pago ao produtor subiu 47% nos últimos três anos, mesmo com o preço do concentrado em alta de 77%, a margem fica na casa dos 39%, segundo o pesquisador.

“Não é uma margem ruim, no entanto, entramos no período de safra, onde a tendência é de que nos preços e os grãos, que estão no momento de colheita e deveriam cair, na verdade estão subindo. Diante do momento de incerteza, o produtor não deve se arriscar. Trabalhar com parceria e muita gestão, é um momento de ser conservador e não se arriscar”, afirma.

Sobre os preços do leite, Stock diz que os valores praticados no Brasil estão em linha com aqueles praticados no mercado internacional. “Considerando a composição do concentrado, com 70% de milho e 30% de soja, o valor é de 0,46 centavos de dólar para 1 kg de leite e de 0,33 centavos para 1 kg de concentrado”, destaca. Veja o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
 

Caged tem saldo de 309 mil empregos em junho 

Após a criação de 276.043 vagas em maio (dado revisado nesta quinta-feira, 29), o mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia.

O resultado do mês passado decorreu de 1,601 milhão de admissões e 1,291 milhão de demissões. Em junho do ano passado, em meio à primeira onda da pandemia de Covid-19 no País, houve fechamento de 30.448 vagas com carteira assinada.

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês. As projeções eram de abertura líquida de 175.000 a 350.000 vagas em junho, com mediana positiva de 267.600 postos de trabalho.

No acumulado do primeiro semestre de 2021, ao saldo do Caged já é positivo em 1,536 milhão vagas. Nos seis primeiros meses do ano passado, houve destruição líquida de 1,198 milhão postos formais.

De acordo com o ministério, 3,558 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em junho graças às adesões em 2020 ou 2021 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.

Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para junho na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 309.442 mil vagas no sexto mês do ano. (Correio do Povo)





Somos parte do problema

Nos últimos anos, as discussões relacionadas ao cuidado com o meio ambiente, com a sociedade e com a governança corporativa avançaram rapidamente, dando origem a sigla ESG, acrônimo para os três termos em inglês. Sobretudo para questões ambientais, os olhos de consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às ações de governos e organizações, não cabendo somente projetos de mitigação de danos, mas sendo necessário o investimento em alternativas alinhadas ao conceito de economia sustentável e de baixo carbono.

No setor de embalagens para alimentos e bebidas, por muitos anos houve uma ênfase na importância da reciclagem e na reintrodução do material descartado em um novo ciclo de vida. Ainda que a reciclagem continue sendo um pilar importante na estratégia de diferentes empresas, incluindo a que eu represento, e que nos últimos anos tenhamos avançado em termos de infraestrutura e tecnologia, é ponto comum que mais precisa ser feito. Sozinha, a reciclagem não dará conta do desafio à frente.

Relatório da ONU divulgado em 2019 aponta que até 2060 a demanda global por matérias-primas irá praticamente dobrar, o que exigirá de governos e organizações um olhar atento e de longo prazo que não se limite unicamente à reciclagem de resíduos.  Neste contexto, a renovabilidade será um fator crucial direcionando os esforços da indústria e o padrão de compra de uma parcela cada vez maior de consumidores.

A última edição do estudo Environment Research, conduzido pela Tetra Pak em quinze países, incluindo o Brasil, indica que mais da metade dos consumidores (53%) têm propensão a considerar uma marca cuja embalagem seja considerada ambientalmente responsável. Quando questionados sobre inovações que gostariam de ver nas embalagens, surgem como principais respostas o uso de matérias-primas de origem renovável (36%), novidades que contribuam para o enfrentamento de questões climáticas (36%) e o uso de certificações que atestem a produção responsável (29%).

Em busca de alternativas que respondam às novas demandas nas gôndolas, um caminho que a indústria de alimentos e bebidas tem percorrido é a pesquisa e desenvolvimento de matérias-primas alternativas que possam ser incorporadas às embalagens. Em nosso negócio global, estabelecemos o compromisso de investir € 100 milhões anualmente pelos próximos cinco a dez anos (algo em torno de R$ 600 milhões no câmbio atual) com foco no desenvolvimento de soluções sustentáveis - somando esforços futuros com outros conduzidos nas últimas décadas.

Atualmente, muitas das opções de embalagens disponíveis no mercado já contam, em parte, com materiais de origem renovável, mas isso responde somente a parte do desafio que enfrentamos. A questão central está em desenvolver uma embalagem que seja inteiramente renovável ou que trabalhe com um mix de matérias-primas vegetais e recicladas – naturalmente, ainda podendo ser direcionada para reciclagem pós-consumo.

Na Europa, já existem projetos que se propõem a incorporar polímeros reciclados a embalagens cartonadas. Ainda que sejam testes iniciais e com capacidade limitada de produção, a ideia é avançar em esforços do tipo até que seja possível alcançar capacidade global (em termos de produção e infraestrutura) para a substituição de plásticos de origem fóssil por opções recicladas. O caminho não é curto e muito menos simples, mas é certamente uma alternativa interessante e que se soma a outras já estabelecidas - como o uso de plástico produzido a partir da cana-de-açúcar em embalagens que atendem diferentes categorias de alimentos e bebidas.

Contudo, ao abordar o tema sustentabilidade é preciso ter em mente uma visão macro que se proponha a ir além da embalagem ou do produto em si, mas que também considere o seu impacto ambiental ao longo de todo o ciclo de vida. Isso significa dizer que absolutamente tudo importa, desde a fabricação, distribuição, consumo e descarte até a reintrodução dos resíduos gerados em um novo ciclo produtivo.

Atualmente, o sistema global de produção de alimentos é responsável por 26% das emissões de gases de efeito estufa registradas no planeta, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Reduzir esse impacto depende de uma série de fatores, passando por ações enfáticas de prevenção ao desmatamento ilegal até formas de produção e distribuição que gerem ganhos ambientais e operacionais para a indústria.

Por exemplo, hoje quase a metade do impacto climático em nossa cadeia de valor vem da operação dos equipamentos que entregamos aos nossos clientes em todo o mundo. Paulatinamente, temos desenvolvido soluções de processamento e envase capazes de reduzir o consumo de energia, água e insumos dessas máquinas, consequentemente elevando a eficiência operacional e ambiental da indústria alimentícia. Como um dos resultados disso, temos como meta zerar o nível de emissões na cadeia de valor da qual fazemos parte até 2050 (em nossas operações, temos como meta atingir o mesmo objetivo até 2030).

No que diz respeito à distribuição, algumas empresas já utilizam carros e caminhões elétricos em sua frota como forma de reduzir a sua pegada ambiental (uma opção interessante no Brasil, se considerado que mais de 80% da nossa matriz elétrica é composta de fontes renováveis).

Ao abordar a contribuição da indústria de alimentos e bebidas para os problemas que enfrentamos hoje relacionados à sustentabilidade, não busco apontar culpados. Mas é preciso ter bastante claro que da mesma forma que somos parte do problema, também somos parte da solução. Em um movimento em cadeia, precisamos trabalhar junto aos nossos clientes e fornecedores em alternativas que preservem a natureza e seus recursos.

Isso não significa o abandono de esforços realizados nos últimos anos em relação à reciclagem – este continuará sendo um tema importante e cada vez mais cobrado por consumidores em todo o mundo. Contudo, é necessário exercitar uma visão mais abrangente sobre a sustentabilidade e seus impactos para o planeta, para os consumidores e para as empresas. Como parceiros da indústria, estabelecemos este compromisso como uma prioridade de negócio. (Marcelo Queiroz é presidente da Tetra Pak Brasil)

Jogo Rápido  

CMN altera limites da Receita Bruta Agropecuária Anual
O Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou ontem (29/07) os limites “da Receita Bruta Agropecuária Anual (RBA) para efeito da classificação do produtor rural, pessoa física ou jurídica”, segundo o Ministério da Economia. Os limites para pequenos produtores subiram de R$ 415 mil para R$ 500 mil. Para os médios produtores, o limite passou de R$ 2 milhões para R$ 2,4 milhões, e, para os grandes, o limite agora é superior a R$ 2,4 milhões. Além disso, o CMN também aumentou de R$ 165 mil para R$ 200 mil o limite anual para a compra de colheitadeira automotriz usada com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No caso de outras máquinas, equipamentos e implementos usados, o limite subiu de R$ 80 mil para R$ 96 mil. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre,  30 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.468


Emater/RS: custos de produção apresentam queda

Aumentou a produção de leite em propriedades mais especializadas na atividade.

A exceção se dá em sistemas baseados em áreas de campo nativo ou com insuficiência de pastagens cultivadas de inverno. Nesse sistema, alguns produtores suspendem temporariamente a atividade até meados da primavera, quando a recuperação de pastagens nativas permite a produção de maiores volumes e retomada na comercialização de leite.

O estado sanitário das matrizes bovinas em geral encontra-se satisfatório, com redução de ectoparasitos favorecida pelas baixas temperaturas. Com menos chuvas, não há formação de barro, diminuindo os riscos de contaminação do leite e de incidência de mastites ambientais.

Seguem as recomendações de vacinação contra brucelose bovina e, nos locais indicados pelas Inspetorias de Defesa Agropecuária, contra raiva herbívora.

Em relação à comercialização do leite, o preço em geral aumentou, e os custos de produção já apresentam queda devido à diminuição dos valores dos insumos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores de Hulha Negra monitoram o rebanho, pois com as baixas temperaturas aumenta a ocorrência de rachaduras nos tetos das matrizes, o que pode causar mastites.

Na de Ijuí, o levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar em todos os municípios indica diminuição do número de produtores, aumento da concentração de animais e adoção do sistema estabulado compost barn, sem redução da produção total.

Outro fato observado é o aumento da produtividade animal, atingido com a melhora da genética do plantel e com alimentação mais balanceada.

Na de Erechim, cresce o interesse dos bovinocultores em investir na infraestrutura das granjas leiteiras, intuito freado apenas pela significativa alta no preço dos materiais de construção. Aumentaram os casos de leite instável não ácido (LINA) em virtude das mudanças na dieta.

Na regional de Santa Rosa, os técnicos extensionistas da Emater/RS-Ascar constataram um aumento dos valores de nitrogênio ureico do leite (NUL), com valores acima de 22 mg/dL, indicando dietas com proteína bruta alta, provavelmente devido ao alto valor nutricional das pastagens anuais de inverno (aveia e azevém), junto com a oferta de concentrados. Diante disso, tem sido recomendado aos produtores que busquem o equilíbrio da dieta, diminuindo a suplementação proteica e substituindo por carboidratos mais energéticos e com maior teor de fibra. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint) 

 
Soro de leite transformado em ácido cítrico para a indústria de Alimentos

Soro de leite – A partir do soro de leite pode-se obter produtos de alto valor agregado, como o ácido cítrico, composto sem calorias e que por sua pureza é utilizado nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química, além de tecidos e pinturas.

O método para obter o ácido cítrico foi desenvolvido por Adriana Lorena Betancourt Garcés, engenheira química da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) Sede Manizales.

Cerca de 90% do fluido que se separa da coalhada, na fabricação dos queijos, é soro de leite, que apresenta um alto teor de proteínas e sua degradação exigem um alto consumo de oxigênio, fazendo com que a demanda química para as águas residuais da indústria de laticínios aumente.

A pesquisa foi realizada com o soro produzido na fábrica de queijos da Indústria Celema (Manizales), na qual foram utilizados 4 métodos de fermentação para encontrar o de melhor rendimento para produzir ácido cítrico.

“Este é o ácido orgânico mais utilizado no campo dos produtos alimentícios e farmacêuticos para ressaltar o sabor de uma extensa variedade de produtos. Além disso, a indústria de alimentos e farmacêutica utiliza o ácido para limpeza e polimento de ferro e aço, no acondicionamento e tratamento de águas residuais, na preparação de resinas, pinturas, tintas e vernizes e na estamparia de tecidos”, explica a pesquisadora.

Atualmente o ácido cítrico é obtido pela fermentação de soluções açucaradas por bolores, extração do caldo de limão e lima e do caldo dos resíduos do abacaxi que é gerado nas fábricas de conservas. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)




Meteorologia: Perspectivas do clima para o planejamento da lavoura serão pauta de encontro de associados da Languiru

Languiru promove evento virtual no próximo dia 11 de agosto

Estiagem no último verão com picos de temperatura, seguida de geada e ondas de frio histórico, inclusive com neve em diversos municípios gaúchos, marcam um clima instável. Os profissionais de meteorologia têm tido trabalho para trazer informações sobre o clima, dados muito importantes para as atividades do campo. Mais trabalho que o deles têm tido os produtores rurais, que precisam planejar sua safra em meio a essa instabilidade.

As condições climáticas para o segundo semestre de 2021 e início de 2022 serão abordadas no evento “Perspectivas do clima para planejamento da lavoura”, com a meteorologista e diretora geral da MetSul Meteorologia, Estael Sias, no Encontro de Associados da Cooperativa Languiru. Realizado no formato digital, ocorre no dia 11 de agosto, no período da tarde. De caráter técnico e de cunho informativo, o evento tende a se tornar periódico, com novas edições abordando temas de interesse do quadro social da Languiru

Programação: A programação inicia às 14h, com apresentação de projetos da Languiru para o segundo semestre de 2021 e a participação do presidente da Cooperativa, Dirceu Bayer; às 14h30min, a palestra “O que esperar do clima para planejar a safra de verão?”, com a meteorologista Estael Sias; e previsão de encerramento às 15h20min.

As inscrições podem ser realizadas diretamente com o Departamento Técnico da Languiru, pelo WhatsApp (51) 99678-4176, fones (51) 3762-5647 e 0800-645-3062. Concluintes e participantes de cursos de formação da Cooperativa já estão inscritos automaticamente. Demais vagas são destinadas para livre inscrição dos associados. O link do evento virtual será disponibilizado aos inscritos na véspera. (Languiru)

Jogo Rápido  

Frio e geada permanecem no Estado nos próximos dias
A próxima semana será marcada pelo frio e geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 30/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater/RS e o Irga. Até sábado (31), a presença da massa de ar frio manterá as temperaturas baixas, com formação de geadas na maioria das regiões. No domingo (01/8), o ar seco seguirá predominando, com ligeira elevação da temperatura e valores que deverão superar 20°C em diversas localidades. Na segunda (2) e terça-feira (3), o tempo seguirá seco na maioria das regiões, com aumento da nebulosidade e apenas nos setores Norte e Nordeste há possibilidade de chuvas fracas e isoladas. Na quarta-feira (4), o tempo firme, com grande amplitude térmica vai predominar, com maior elevação das temperaturas ao longo do dia. Os valores esperados são baixos e deverão ser inferiores a 5 mm na maioria das regiões. No Planalto e Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 5 e 10 mm, e poderão alcançar 20 mm nos Campos de Cima da Serra. O boletim também apresenta as condições atuais das culturas de trigo, canola, tabaco, pastagens de inverno, campo nativo e pastagens de verão. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  29 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.467


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de julho de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de junho de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de julho de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


ESPECIAL GEADAS/CEPEA: PESQUISADORES DO CEPEA AVALIAM IMPACTOS DAS GEADAS

De modo geral, as geadas afetam a alimentação do rebanho. O fenômeno causa o crestamento (queima da parte vegetativa) das pastagens, além de diminuir consideravelmente a qualidade da alimentação volumosa, que já vinha limitada devido ao tempo seco.
 
Após as geadas registradas em grande parte do Brasil nas últimas semanas, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avaliam no texto a seguir os possíveis impactos causados pelas baixas temperaturas. Confira:
 
MILHO: As preocupações com o clima nas regiões produtoras de milho no Brasil têm impulsionado as cotações do cereal, visto que as recentes geadas e as previsões de nova frente fria podem reduzir o potencial produtivo das lavouras. Neste contexto, vendedores brasileiros estão reticentes em negociar a preços menores, reduzindo a liquidez interna. Além disso, no Brasil, produtores voltam as atenções à colheita da segunda safra 2020/21, que segue atrasada em relação à temporada anterior em todas as regiões produtoras. Assim, agricultores priorizam as entregas dos lotes negociados antecipadamente, aguardando o avanço da colheita para contabilizar as possíveis perdas de produtividade.
 
LEITE: De modo geral, as geadas afetam a alimentação do rebanho. O fenômeno causa o crestamento (queima da parte vegetativa) das pastagens, além de diminuir consideravelmente a qualidade da alimentação volumosa, que já vinha limitada devido ao tempo seco. Vale mencionar que as geadas também provocam danos à aveia, forragem de inverno bastante utilizada no Sul do Brasil nesta época e muito importante para manter os níveis de produção do leite. Com a alimentação volumosa prejudicada, a atividade fica mais dependente do concentrado, que também vem registrando custos altos – o milho vem se valorizando devido aos danos provocados pelo clima adverso. Esse cenário deve afetar o volume de produção do leite nos próximos períodos. (Edairy)
 
 
 
 
 
Reconhecer a importância dos lácteos é vital, disse o presidente da IDF
O presidente da Federação Internacional de Lácteos (IDF), Piercristiano Brazzale, enfatizou o papel vital dos laticínios nas dietas saudáveis e sustentáveis antes da Pré-Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, que está sendo realizada na Itália entre 26 e 28 de julho de 2021.

A Pré-Cúpula da Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU definirá o cenário para o evento global culminante em setembro, reunindo diversos atores de todo o mundo para alavancar o poder dos sistemas alimentares para gerar progresso em todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
 
Todos os atores dos sistemas alimentares e os líderes mundiais devem se concentrar no desafio de fornecer alimentos nutritivos a milhões de pessoas famintas em todo o mundo, incluindo crianças cujo desenvolvimento e futuro dependem da segurança nutricional.
 
A Pré-Cúpula, o pré-evento da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU, visa apresentar as mais recentes abordagens científicas e baseadas em evidências para a transformação dos sistemas alimentares em todo o mundo, lançar um conjunto de novos compromissos por meio de coalizões de ação e mobilizar novos financiamentos e parcerias.
 
Tudo isso será alcançado promovendo o engajamento diversificado de todos os quadrantes para descobrir a mais ampla gama de soluções e ter o máximo impacto, juntos. A IDF e seus membros estão ativamente envolvidos no processo.
Reconhecendo o papel vital do setor de lácteos
 
O leite é uma parte importante de dietas saudáveis e balanceadas, e a Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU oferece a oportunidade perfeita para espalhar a palavra. É uma oportunidade para o setor de laticínios global e a IDF promoverem sua contribuiçãO para combater a fome e todas as formas de desnutrição; para mostrar as ações do nosso setor em todos os aspectos da sustentabilidade; para apoiar a importância da ciência e da inovação, bem como o papel significativo da segurança alimentar.
 
Participando do evento em nome do setor global de lácteos como um delegado do setor privado, o presidente da IDF, Piercristiano Brazzale, disse:
 
“O setor de laticínios apoia esforços para melhorar os sistemas alimentares para nutrir a crescente população mundial com dietas saudáveis produzidas de forma sustentável. Estou ansioso para contribuir com a discussão que estabelecerá as bases para uma Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU baseada na ciência, inclusiva, equilibrada e produtiva, que reconheça o importante papel dos alimentos de origem animal nas dietas.”
 
Lançando novas ações ousadas para alimentos
É vital, de acordo com o Sr. Brazzale, que avaliemos completamente os muitos benefícios dos alimentos de origem animal, como laticínios, ao considerar futuras dietas.
 
“Para atender às necessidades de nutrientes e proteínas de uma crescente população global sem sobrecarregar o planeta, os animais e as plantas não devem ser vistos como entidades concorrentes, mas sim como fontes de alimentos simbióticos que fornecem diferentes benefícios nutricionais e ambientais. Os alimentos lácteos são nutricionalmente benéficos, ambientalmente sustentáveis, economicamente viáveis e culturalmente aceitáveis. Os laticínios precisam fazer parte das novas ações e estratégias ousadas para o cumprimento dos ODS. ”
A contribuição vital dos lácteos em todas as trilhas de ação
A pré-cúpula oferece uma oportunidade de chamar a atenção para o leite e aumentar a conscientização sobre o papel dos laticínios em dietas saudáveis, produção de alimentos responsável e apoio aos meios de subsistência e às comunidades.
 
Isso é apoiado por dados da FAO que mostram que o sustento de mais de um bilhão de pessoas é apoiado pelo setor de laticínios e que os laticínios são consumidos por mais de seis bilhões de pessoas em todo o mundo. Os programas de leite escolar implementados em todo o mundo tem alimentado mais de 160 milhões de crianças por vários anos.
 
A IDF está apoiando sessões afiliadas sobre: Elevando a Ambição Climática para o Setor Agrícola Global: Uma Abordagem do Laticínio; Proteínas sustentáveis para todos; Alimentando o futuro: inovações globais em proteína animal sustentável; e promoção da inocuidade dos alimentos para cumprir a agenda dos ODS para 2030.
Para obter mais informações sobre o trabalho da IDF em sustentabilidade e como os laticínios contribuem para as metas de desenvolvimento sustentável, visite o site da IDF. (As informações são da IDF, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido  

Santa Clara é agraciada pela 11ª vez em Queijos no Top Of Mind
A qualidade dos Queijos Santa Clara é destaque pelo 11º ano consecutivo no Top Of Mind, pesquisa realizada pela Revista Amanhã. Desde a inclusão da categoria, a Cooperativa é campeã invicta em Queijos. Em 2021, os Queijos Santa Clara lideram com 31,4% das citações dos entrevistados, com percentual superior as demais marcas. A Cooperativa também aparece entre as mais lembradas da categoria Leite. Nesta edição, a pesquisa foi realizada com 1.200 consumidores do Rio Grande do Sul com variáveis de sexo, classe social e idade. A premiação dos Top Of Mind 2021 ocorreu ontem, 27 de julho, em um evento on-line. O evento pode ser assistido no Canal do Grupo Amanhã no Youtube clicando aqui. (Santa Clara)


 

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Porto Alegre,  28 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.466


Indústria se aproximada retomada com estoques perto de zero




Em meio às projeções de maior aquecimento econômico nos próximos meses, com possibilidade de maior demanda, os estoques da indústria de transformação até junho de 2021 operavam no limite, sem recuperar patamar pré-pandemia. O alerta é da pesquisadora Claudia Perdigão, da Fundação Getulio Vargas, que elaborou estudo sobre o tema, com base em dados da Sondagem da Indústria da FGV.

De acordo com a especialista, em junho, o saldo de estoques da indústria de transformação, na sondagem, ficou em 1,5 ponto negativo, muito próximo de zero, o que sinaliza “perfeito equilíbrio”, com oferta igual à demanda. A média histórica, antes da pandemia, para saldo de estoques na indústria de transformação, é mais distante de zero, em 5,2 pontos negativos, disse a pesquisadora.

O atual cenário reflete combinação de custo de produção mais alto, em especial a energia, em ambiente de falta de insumos. Isso desestimula estocagem alta entre as indústrias, disse Claudia. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) confirmaram ao Valor, respectivamente, a existência de estoques abaixo do normal e demanda alta em seus segmentos. Os estoques em baixa afetam empresas nacionais, como a Agrale, de chassis e tratores, e também multinacionais, caso da AGCO Corporation no Brasil e a John Deere, fabricantes de máquinas agrícolas.

Na pesquisa, foi perguntado a 1.098 empresas se os estoques, em junho, estavam “normais, excessivos ou insuficientes”: 8,6% informaram “insuficiente”; 10,1%, “excessivo”, e o restante, “normal”, com estoque suficiente para atender à procura. O cálculo é feito da seguinte forma: toma-se a parcela das empresas que consideram os estoques “insuficientes” e se diminui dela a fatia das companhias que avaliam os estoques como “excessivos”. Chega-se então a um saldo. Se o resultado for negativo, como no caso em questão, significa que a maioria das empresas declarou estoques acima do normal.

O indicador negativo, de 1,5 ponto em junho, por ser muito próximo de zero e bem distante da média histórica para o setor, não é motivo de comemoração, disse a pesquisadora. Ocorre que, diferentemente do ano passado quando a indústria também operava com estoques baixos, não havia perspectiva de crescimento econômico mais aquecido. Em maio, a produção industrial cresceu 1,4% ante abril após três meses de queda, segundo o IBGE. “Em um contexto de retomada e de choque de oferta, tanto pela escassez de insumos quanto pela crise energética, esse estoque mais baixo gera preocupação” constatou ela.

Um exemplo é o saldo de bens de capital na indústria de transformação. Em junho, a parcela dos que declararam “excessivos” os estoques ficou em 16,4%, sendo 9,1% a fatia dos que os classificaram como “insuficientes”. O saldo nesse caso foi de 7,3 pontos negativos, distante da média histórica do segmento de 13 pontos negativos.

Em sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entre os dias 1º e 15 de julho, com 80 empresas observou-se elevação de 20% para 26% em parcela de empresas com estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal.

No primeiro trimestre, os estoques foram destaque no PIB do período. A coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Rebeca Palis disse, na ocasião, que a variação positiva em estoques estaria relacionada à agropecuária e ao estoque de soja não exportada. O plantio e a colheita atrasaram, o que retardou embarques. (Valor Econômico)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Julho de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2021 é de R$ 3,1991/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 




Alterada IN que aprova regulamento técnico para rotulagem de produto de origem animal

Rotulagem – Foi publicado nesta terça (27), pelo Mapa, a Portaria Nº 240, de 23 de julho de 2021 que altera a IN nº 22, de 24 de novembro de 2005 sobre a rotulagem de produto de origem animal embalado.

As alterações principais foram em relação às informações obrigatórias que o rótulo deve apresentar. A IN passou a vigorar com alteração no carimbo de inspeção, no qual antes era específico a obrigatoriedade do carimbo de Inspeção Federal, agora sendo não especificado, passando a valer carimbos oficiais de inspeção.

Passou a valer a possibilidade de rotulagem para produtos isentos de registro no MAPA, sendo obrigatório a indicação da expressão "Produto Isento de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", além de incluir o CPF nos casos em que couber, o que antes era apenas o CNPJ.

Foram retirados a obrigatoriedade de constar no rótulo as informações de categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial quando do registro do mesmo no DIPOA; marca comercial do produto, entre outras.

Também houve alterações nos tópicos de Apresentação da Informação Obrigatória e nos Casos Particulares.

Nos casos de produtos de origem animal com adição de gordura vegetal é requerida a indicação da expressão ''CONTÉM GORDURA VEGETAL'', logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes, tanto no corpo, como na cor das letras, sem intercalação de dizeres ou desenhos e com letras em caixa alta e em negritos.

>> Para saber todas as alterações acesse aqui a PORTARIA Nº 240, DE 23 DE JULHO DE 2021 (Terra Viva com dados do Diário Oficial da União)

 

Jogo Rápido  

Justiça reduz tributação de cargas
A Justiça Federal em São Paulo permitiu a uma empresa retirar do valor aduaneiro – base de calculo do Imposta de Importação IPI, PIS/Cofins e ICMS – as despesas relativas ao desembarque e movimentação de cargas em portos e aeroportos (capatazia) nas operações anteriores a março de 2020. Na ocasião, o STJ decidiu que a capatazia deve integrar o cálculo. Desde então, importadores e União aguardem que a Corte decida a partir de quando valerá a cobrança. O montante a ser devolvido às empresas pode chegar a R$12 bilhões. (Valor Econômico)


 

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Porto Alegre,  27 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.465


Conseleite indica valor de referência de R$ 1,7086 em julho e pressão de custos

O valor de referência projetado para o leite no mês de julho é de R$ 1,7086, 1,35% abaixo do consolidado de junho (R$ 1,7319). Os dados apresentados nesta terça-feira (27/07) pelo Conseleite levam em conta os primeiros dez dias do mês e refletem o início da safra aliado a um período de custos elevados no campo e na indústria, o que garantiu estabilidade de preços. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, o cenário de insumos em alta deve segurar os preços em um patamar mais estável durante a safra, garantindo um cenário atípico com dois anos seguidos de valores mais altos (2020 e 2021). “Os gráficos mostram o impacto da pandemia, com valorização do preço do leite puxado pela elevação das commodities no mercado internacionais”, explicou.

Lideranças dos produtores indicam que grãos, silagens, medicamentos e arrendamento de terras tiveram reajustes, prejudicando a margem da atividade leiteira. Situação similar à vivenciada na indústria, com alta de embalagens, insumos, combustíveis e, principalmente, pela necessidade de repasse aos produtores. “Precisamos que os preços do leite ao mercado consumidor permaneçam nesses níveis. Depois de um primeiro semestre operando sem margens na indústria, o setor está no fio da navalha. Não há como voltar ao preço do leite de um ano atrás”, ressaltou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra.

As dificuldades de receita fizeram com que muitos criadores deixassem a atividade nos últimos meses o que, de certa forma, deve evitar excedentes demasiados na safra. A opção foi substituir o leite por atividades mais lucrativas, como o cultivo de grãos e oleaginosas.

Enquanto isso, o setor segue o debate na tentativa de enxugar custos.Uma das opções debatidas durante a reunião do Conseleite foi a ampliação do uso de pastagens cultivadas, o que reduziria os desembolsos com grãos e silagem. Apesar da tentativa, os produtores alegam que o desenvolvimento está aquém do esperado em função de fatores climáticos. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Commodities: Ainda não é possível falar em superciclo de commodities, afirmam economistas

Preços deverão recuar, mas para patamares ainda elevados

As altas consistentes nos preços dos produtos agropecuários nos últimos anos ainda não são suficientes para constatar a formação de um novo superciclo das commodities, na opinião de economistas e analistas de mercado que debateram o tema em um seminário virtual da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta segunda-feira.

Mas, segundo eles, como as projeções apontam para uma mudança de patamar nas cotações em relação ao período pré-pandemia, é preciso que o governo adote ações necessárias para transformar o “boom” de grãos e carnes em prosperidade econômica para o país.

O economista Otaviano Canuto, membro sênior do Policy Center for the New South e ex-vice-presidente do Banco Mundial, disse que o Brasil precisa “fazer o dever de casa” e aproveitar a alta de preços das commodities para alavancar o crescimento econômico em geral. “Se não fizermos nada para destravar o péssimo ambiente de negócios e a carência de investimentos em infraestrutura, esse boom de commodities não se traduzirá em prosperidade mais ampla no país”, afirmou. Segundo ele, é cedo para afirmar se o mundo vive ou não um novo superciclo das commodities. (Valor Econômico)

 
 
Pesquisa testa novo método de remoção de lactose do leite

A quantidade de dissacarídeo (lactose) nos alimentos lácteos varia entre os produtos; alguns queijos contêm virtualmente zero, enquanto o leite contém a maior quantidade de lactose de todos os laticínios em aproximadamente 4-5% em peso. Como grande parte da população mundial é intolerante à lactose, há uma demanda crescente por leite sem lactose.

O leite geralmente é delactosado por meio da hidrólise da lactose, via conversão enzimática em galactose e glicose. No entanto, esse processo pode aumentar a doçura e alterar a coloração, e pode diminuir o valor nutricional.

Um grupo de pesquisa liderado por Aaron Morelos-Gomez do Global Aqua Innovation Center da Shinshu University investigou agora a aplicação de membranas de nanofiltração à base de óxido de grafeno para leite.

As membranas de óxido de grafeno podem criar uma camada de incrustação porosa; portanto, seu desempenho de filtração foi considerado capaz de ser mantido melhor do que as membranas poliméricas comerciais.

A estrutura química e laminar da membrana de óxido de grafeno permitiu uma maior permeação de lactose e água, rejeitando gordura, proteínas e alguns minerais. Portanto, a textura, o sabor e o valor nutricional do leite foram preservados melhor do que com as membranas poliméricas comerciais.

A concentração de lactose e fluxo de permeado de lactose foi muito maior do que as membranas de nanofiltração comerciais, devido à camada de incrustação porosa e à estrutura laminar da membrana de óxido de grafeno. A incrustação irreversível foi melhorada usando uma membrana de suporte com tamanho de poro de 1 μm para a membrana de óxido de grafeno. Isso causou a formação de uma camada de incrustação porosa que permitiu uma maior recuperação do fluxo de água após a filtração do leite.

A pesquisa demonstrou que a aplicação de membranas de óxido de grafeno proporcionou boa propriedade anti-incrustante e alta seletividade para lactose, tornando-a particularmente adequada para aplicações na indústria de laticínios.

O método tem alto potencial para remover açúcares de bebidas enquanto preserva outros ingredientes, aumentando seu valor nutricional. A alta propriedade anti-incrustante contra uma solução rica em matéria orgânica, como o leite, o torna potencialmente adequado para outras aplicações, como tratamento de águas residuais e aplicações médicas.

O grupo de pesquisa planeja continuar explorando aplicações de membranas de óxido de grafeno.

Para obter mais informações sobre esta pesquisa, o estudo ‘Membranas de óxido de grafeno para leite sem lactose’ pode ser encontrado na Carbon. (As informações são do Foodprocessing.com.au, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido  

No radar
Está autorizada a começar a distribuição das sementes de milho e sorgo do Programa Troca-Troca da Secretaria da Agricultura. Neste momento, as entregas são voltadas a um grupo prioritário de entidades em 125 municípios. A partir da próxima semana, as demais regiões passam a receber. A previsão da secretaria é de que a finalização ocorra dentro de três a quatro semanas. (Zero Hora)


 

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Porto Alegre,  26 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.464


Emater/RS: pastagens de inverno ajudam na redução dos custos de produção

As condições meteorológicas têm contribuído para o desenvolvimento das pastagens cultivadas de inverno, refletindo no aumento de produção. O aumento na oferta de forragens permite reduzir custos de produção, pois diminui a necessidade de suplementação de concentrados.

A redução das chuvas favoreceu o manejo e a manutenção da higiene pela redução dos pontos com acúmulo de barro, resultando em menor incidência de mastites e de contagem bacteriana no leite.

A entrada de novas matrizes lactantes é cada vez maior, permitindo a secagem das que estão em lactação prolongada, o que vem reduzindo a contagem de células somáticas, conforme verificado pelas empresas coletoras do leite. As altas no preço do leite entregue pelos produtores demonstram um momento mais favorável à atividade leiteira.

Na regional de Caxias de Sul, alguns produtores estão adotando a produção de silagem de cereais de inverno, especialmente trigo. As lavouras para confecção de silagem de inverno estão com bom desenvolvimento.

As condições climáticas favoráveis na de Soledade incrementaram o crescimento e desenvolvimento das áreas de cereais de inverno para utilização em alimentos conservados – silagem, pré-secado e feno. Nessas áreas, os produtores fazem o manejo fitossanitário a fim de manter o potencial produtivo e a qualidade das forragens que se constituirão em alimentos conservados.

A produção de silagem de milho sofreu redução por conta de déficit hídrico em alguns períodos da primavera e outono; no entanto, a maioria da silagem estocada apresenta boa relação entre grão e planta inteira.

A volta das chuvas regulares na regional de Frederico Westphalen proporcionou um bom estabelecimento e o desenvolvimento das culturas de inverno, apesar da dificuldade inicial na germinação; tal fator impactou positivamente na produção de leite, já que 98% das propriedades produzem leite à base de pasto com suplementação.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a produção de leite segue aumentando, seguindo curva normal da sazonalidade com pequeno incremente em relação à produção do ano anterior. Nas regionais de Pelotas e Santa Rosa, é reforçada a necessidade da vacinação contra raiva herbívora, não só para evitar perdas nos rebanhos, mas também por se tratar de uma zoonose, devido aos riscos de a doença ser transmitida pelos animais aos humanos.


Brasil:Informe Agroindustrial 2º trimestre 2021 - Lácteos
Brasil/Rabobank – De acordo com o relatório “Brazil Agribusiness Quarterly Q2 2021” do Rabobank, o preço ao produtor se mantém em níveis elevados, e a produção avança lentamente à medida que o clima seco e os altos custos dos concentrados afetam as margens. Uma recuperação econômica mais forte poderá favorecer a demanda na segunda metade do ano.
O crescimento da produção de leite aumentou no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o primeiro trimestre de 2020, em parte devido a base de comparação ter sido fraca, mas também devido ao fato dos agricultores terem começado o ano com os preços relativamente altos em 2021.
A média do preço do leite ao produtor (preço nacional bruto do CEPEA) foi de R$ 1,98/litro no primeiro trimestre de 2021 em comparação com R$ 1,37/litro em 2020, um aumento de 44%.
Segundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Estatísticas (IBGE), a produção aumentou 1,8% em termos de volume na comparação com o primeiro trimestre de 2020. Sem dúvida, os custos continuaram aumentando em 2021, com a soja e o milho mantendo-se em níveis elevados apesar do Real mais forte. Segundo dados do CEPEA, os custos de produção do leite aumentaram 9,1% nos primeiros quatro meses do ano, muito mais rápido do que a inflação, e ajudaram a reduzir as margens para os produtores.
O clima seco também contribui para o aumento dos custos de produção. Com menos forrageiras disponíveis, os produtores se viram obrigados a aumentar a alimentação à base de cereais para complementar as dietas dos rebanhos leiteiros nas regiões do sul e sudeste do Brasil.
As indústrias estão tendo dificuldades com as margens justas da cadeia láctea, já que os altos preços do leite no campo e a inflação geral agregam custos e os preços aos consumidores não aumentaram na mesma proporção. Sem dúvida, dados econômicos recentes sugerem que a atividade econômica está se recuperando a um ritmo mais rápido do que o previsto, o que, além da provável extensão do programa de transferências de renda (ajudas sociais) para três meses mais, poderão ser boas notícias para a demanda na segunda metade de 2021. O forte crescimento mundial e as exportações de matérias primas no auge também ajudaram a sustentar a atividade econômica no Brasil, com um superávit recorde da balança comercial esperado para o ano. O consenso do mercado aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 5% em 2021.
As oportunidades de exportação de lácteos agora são muito limitadas com as recentes valorizações do real, que está sendo negociado abaixo de R$ 5,00/US$ nos últimos dias, depois de alcançar mais de R$ 5,80/US$ no primeiro trimestre. As importações poderão ganhar impulso no segundo semestre, com preços internacionais mais baixos e um Real mais forte.
O que esperar:
- Um Real mais forte significa oportunidades de exportação muito limitadas e importações adicionais no terceiro trimestre.
- O clima seco está agregando pressão aos custos de produção dos produtores na maioria das regiões. A produção poderá perder impulso e fechar o ano com um crescimento marginal. (Fonte: OCLA - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 
Os três pilares de fazendas leiteiras altamente eficientes
Fazendas leiteiras - Seja em momentos de altas de preços em commodities ou não, a atividade leiteira não é diferente de qualquer outro negócio, é necessário ter eficiência para sobreviver.
Segundo Mateus Teixeira, zootecnista e coordenador técnico comercial de bovinos de leite da Cargill Nutrição Animal, o principal segredo para que esta atividade perdure é preciso ter um fluxo de caixa positivo, porém no médio e longo prazos é preciso ter lucro, cobrindo inclusive os custos fixos, como depreciação e a remuneração do capital investido. Para que isso seja possível, é necessário ser eficiente nos três “pilares” do negócio leite: custos de produção, volume diário produzido e receitas.
Segundo Mateus, o produtor deve buscar aumentar suas receitas agindo em todos os pontos que forem possíveis dentro da propriedade. Normalmente a principal receita é o leite vendido, seguida pela venda de animais e por último a venda do excedente de volumosos, com algumas variações nessa ordem dependendo da propriedade.
O preço recebido é fortemente impactado pela qualidade, composição e volume do leite fornecido. Portanto, o produtor deve buscar produzir leite com alto padrão de qualidade, com baixos índices de CCS e CBT (UFC) e com altos teores de proteína e gordura, e lógico, buscar fornecer o leite para laticínios que valorizem essa qualidade. O alto padrão de qualidade indica manejo e sanidade adequados para o rebanho, cenário que contribui para ganhos de eficiência técnica e econômica na fazenda.
No que tange à produção de leite diária, sem dúvidas, quanto maior o volume maior a remuneração. Apesar das importantes mudanças sofridas nos sistemas de pagamentos da maioria dos laticínios nos últimos anos, ainda percebemos que a maior influência no preço advém do volume fornecido. E não é só isso, o aumento na escala de produção contribui também para outro importante pilar, diluindo parte dos custos de produção.
O aumento da escala de produção ou do volume de leite produzido diariamente depende de dois fatores: números de vacas em lactação na propriedade e da produtividade das mesmas. O número de vacas depende da capacidade de suporte da fazenda, de acordo com a sua capacidade de alojar e alimentar seus animais. A referência é conseguir alcançar pelo menos 1 vaca em lactação por hectare na fazenda, considerando áreas de produção de volumosos e reservas ambientais na conta.
A produtividade das vacas, obviamente, quanto maior melhor, desde que respeitemos o bem estar dos animais e que os custos se mantenham equilibrados. Manejo, conforto, alimentação equilibrada e saúde permitirão aos animais expressarem todo o seu potencial produtivo.
A junção de uma boa taxa de lotação, ou seja, pelo menos uma vaca em lactação por hectare e boa produtividade dos animais, aumentarão a produção de leite total diária e também a produtividade por hectare na fazenda. Este indicador, medido em litros/hectare/ano, tem uma alta correlação com a rentabilidade do negócio. Sugere-se em sistemas menos intensivos, pelo menos 5.000 litros/ha/ano e em sistemas mais intensivos pelo menos 10.000 litros/ha/ano. Historicamente, fazendas com altas produtividades por hectare e custos equilibrados, conseguem tornar o negócio leite altamente atrativo, muitas vezes alcançando rentabilidades superiores a 10% ao ano.
O último pilar, o dos custos de produção, é sem dúvidas onde o produtor tem maior capacidade de interferência, mesmo que ele não consiga prever ou evitar que os comportamentos dos custos dos insumos impactem em seu negócio. A eficiência mais uma vez é exigida, pois mais importante do que o quanto se gasta é com o que se gasta.
Atualmente vários projetos e grupos de assistência técnica gerenciam as despesas das propriedades e geram índices de referência que acabam sendo utilizados por todos os produtores. O mais comum é criar uma relação entre as despesas e o percentual da renda comprometido com elas.
"Os principais custos normalmente são o gasto com concentrado, volumoso e a mão de obra. O ideal é que o comprometimento da renda bruta esteja entre 8 e 10% com volumoso, entre 30% e 35% com concentrado e entre 10 e 12% com mão de obra", explica Mateus.
Esses valores são resultados históricos médios de propriedades consideradas economicamente eficientes na atividade, portanto, são possíveis de serem alcançados e contribuem para um resultado econômico satisfatório. Contudo, é necessário ter cuidado com a interpretação desses índices, que acabam se tornando metas.
Os fatores que impactam esses números sofrem muita interferência regional, pelas características específicas da cadeia produtiva na região e por isso mesmo podem distorcer os indicadores. Por exemplo, o custo da ração de dois produtores pode ser o mesmo e um deles comprometer 30% da sua renda com este custo e o outro 35%. Para isso, basta que o preço recebido pelo leite por eles seja diferente. Podemos erroneamente afirmar que a propriedade que compromete 35% da sua renda com ração é menos eficiente para comprar insumos, porém na verdade a sua bacia leiteira é a que tem menor preço pago ao produtor.
Durante a pandemia este quadro ficou ainda mais evidente e complexo, pois os preços do leite subiram muito e os insumos também. As relações entre custos e receitas mudaram e podem estar criando falsas ineficiências nas propriedades. Nesses casos onde a eficiência técnica continuou e os indicadores econômicos fugiram dos valores referência, deve-se ter cautela e lembrar que a atividade leiteira deve ser analisada no longo prazo e não se pode ser conclusivo avaliando curtos períodos com alta instabilidade no mercado. O foco é manter a produção e os bons resultados técnicos para voltar a colher melhores frutos quando o mercado se estabilizar.
Independentemente do cenário de preço e custos não podemos nos esquecer da produtividade dos animais e da produção total de leite. Há muitos anos no Brasil, várias análises estatísticas mostram que o volume de leite produzido por dia nas fazendas é o principal fator de influência para o sucesso econômico da atividade leiteira, sendo que quanto maior o volume diário, maiores as chances de a atividade ser viável e atrativa economicamente.
Se o produtor estiver com o caixa apertado, com os custos acima dos índices ideais, a primeira coisa a se fazer é reduzir despesas em setores que não comprometem a produtividade das vacas, pois a redução da média pode agravar muito a situação. O que o produtor pode fazer é buscar maneiras de tornar todo o sistema mais eficiente.
Uma estrutura que permita uso de menos mão de obra para realizar o manejo facilitando a limpeza dos cochos, bebedouros e currais, reduz custos. Produzir volumoso em quantidade suficiente e com qualidade, investindo em controle de pragas e nutrição das plantas durante a safra, reduz a dependência da ração para suprir boa parte dos nutrientes utilizados pelos animais, baixando custos com concentrado. Reter na propriedade somente a quantidade necessária de bezerras e novilhas para repor o plantel, logicamente em propriedades com rebanhos estabilizados, reduz custos com alimentação e necessidade de estrutura para animais ainda improdutivos. Essas possíveis ações são exemplos de como cortar custos sem reduzir a produtividade das vacas, que são de fato “quem” paga as contas.
Outro ponto muito importante e com grande impacto na redução de custos, é a possibilidade de se usar ingredientes variados na nutrição dos animais, focando nos nutrientes exigidos pela categoria que está sendo alimentada e não no alimento em si. Talvez, hoje este seja o maior paradigma existente na pecuária de leite brasileira. Muitos produtores têm grande resistência em utilizar sorgo, casca de soja, farelo de algodão, ureia dentre outros ingredientes, com o discurso de que não são ingredientes nobres. Na verdade, os animais possuem exigência por energia, aminoácidos, minerais e vitaminas, não interessando a fonte de onde eles vêm.
Para produtores com maior estrutura de armazenamento de insumos, sem dúvidas, vale a pena comprar estrategicamente ingredientes como polpa cítrica, ureia, caroço de algodão, DDGS, casca de soja e farelo de algodão, pois eles atendem bem a demanda nutricional e possibilitam garantir saúde e produtividade aos animais a custos menores. E para produtores sem estruturas preparadas para tantos ingredientes diferentes existe a possibilidade de buscar comprar rações e concentrados direto das fábricas de ração. As fábricas compram grandes volumes de ingredientes e conseguem construir fórmulas eficazes nutricionalmente, com custos menores que as rações de milho e farelo de soja comumente produzidas nas fazendas.
“O produtor de leite eficiente será o produtor do amanhã. Não há mais espaço para amadores com um mercado tão dinâmico e complexo como o que estamos inseridos", finaliza. (AGROLINK & ASSESSORIA)

 

Jogo Rápido  

Alguma margem, apesar dos custos

Integrantes do projeto Campo Futuro, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), estiveram no Rio Grande do Sul para levantar informações sobre os custos de produção da pecuária de corte e de leite. A iniciativa é fruto de parceria com o Senar e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Na pecuária de leite, o levantamento demonstrou que o produtor conseguiu obter uma margem de receita líquida positiva, o que dá a ele um fôlego para a permanência na atividade a médio prazo. Segundo Thiago Rodrigues, assessor técnico da CNA, nas quatro regiões analisadas no Rio Grande do Sul, em três delas o produtor conseguiu cobrir os desembolsos quanto à depreciação e o pró labore. “Apesar do momento favorável de preço que houve no ano passado, esse produtor sofreu e teve um custo que impactou bastante na margem que a atividade gerou para ele”, analisa. O principal gargalo identificado foi a alimentação animal com concentrado, que consome de 28% a 34% da receita da atividade. Já na pecuária de corte a análise demonstrou que o produtor operou com margens positivas no sistema de recria e engorda. O item mão de obra foi responsável por 27,3% dos desembolsos, enquanto que o cultivo de pastagens representou 13%.  Segundo Rodrigues, o nível de produtividade do segmento não está permitindo ao produtor diluir esses custos. “Ele só vai conseguir diluir isso na medida em que for mais produtivo”, acrescenta. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre,  22 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.462


Guedes vê nível histórico de arrecadação no ano
 
Com recorde no 1º semestre, ministro diz que receita não será superada e parte vai virar redução de imposto
 
 
Após a arrecadação federal atingir um valor recorde no primeiro semestre, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que serão superados os “níveis históricos” de receitas neste ano. O ministro afirmou que parte do aumento na arrecadação será transformada em redução de impostos e pediu “moderação” à  Receita Federal no que diz respeito à reforma tributária.

Em junho, a arrecadação teve alta real de 46,77% na comparação com o mesmo mês de 2020 e chegou a R$ 137,169 bilhões, maior valor para o mês desde 2011. O recolhimento no semestre atingiu o maior patamar da série histórica, de R$ 881,996 (valor sem correção), uma elevação real de 24,49% sobre o mesmo período de 2020.
 
Guedes disse que os números mostram a “vigorosa retomada” do crescimento econômico. “Vamos superar o nível do PIB [Produto Interno Bruto] de 2015, quando começou a cair, e, consequentemente, o nível de arrecadação.”
 
Mesmo que o Brasil parasse de crescer daqui para frente, acrescentou, já teríamos esse nível de arrecadação sustentável. “Isso é importante porque muita gente está dizendo: ‘Mas e se no ano que vem não crescer, crescer só 2% ou 3%?’. Ora, o nível de arrecadação, com o regime fiscal que temos hoje, se mantém”, continuou. Com isso, buscou rebater as avaliações de que o crescimento da arrecadação é transitório.
 
Os resultados no semestre são bons em praticamente todos os tributos, disse o secretário especial da Receita, José Tostes. Ele destacou, por exemplo, o recolhimento das empresas. A arrecadação com IRPJ/CSLL somou R$ 190,078 bilhões no primeiro semestre, crescimento real de 34,54% sobre 2020. O desempenho foi impulsionado por pagamentos extraordinários, que somaram R$ 20 bilhões. No caso do PIS/Cofins, houve alta de 39,52%.

Uma diferença importante entre o ano passado e este é a base de comparação. No primeiro semestre de 2020, os diferimentos de tributos impactaram a arrecadação em R$ 77,572 bilhões. No mesmo período deste ano, o efeito foi bem menor, de R$ 5,937 bilhões. Mas excluído esse e outros fatores considerados não-recorrentes, destaca o fisco, as receitas administradas ainda teriam alta de 13,14%. (Valor Econômico)

MAPA quer colher opiniões sobre regulamento técnico para a gordura láctea de uso industrial

Foi publicada no Diário Oficial da União de 06/07/2021, a Portaria MAPA nº 347/2021 que submete à Consulta Pública a proposta de Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) para a Gordura Láctea de Uso Industrial.

Segundo a minuta, a “gordura láctea de uso industrial” é definida como o produto recuperado, por processos tecnologicamente adequados:
 
I – da água de filagem de queijos;
II – do desnate do leite ácido;
III – do soro, obtido da fabricação de queijo;
IV – do leitelho.
 
Importante ressaltar que a gordura láctea tratada na Portaria tem uso exclusivo industrial, sendo vedada sua destinação direta ao consumidor final.
 
A proposta de RTIQ traz requisitos de composição, características sensoriais, parâmetros físico-químicos, de conservação, entre outros. Segundo à minuta, a “gordura láctea de uso industrial” poderá ser adicionada aos seguintes produtos comercializados no Brasil:
 
– bebidas lácteas;
– cream cheese;
– composto lácteo,
– doce de leite;
– leite condensado;
– manteiga comum;
– mistura láctea;
– queijos processados;
– requeijão; e
– sobremesa láctea.
 
O prazo para envio de sugestões a esta Consulta Pública é de 45 dias contados a partir da data da publicação da Portaria, ou seja, encerra-se em 20/08/2021.
 
As contribuições à Consulta Pública deverão ser tecnicamente fundamentadas e encaminhadas ao MAPA via Sistema de Monitoramento de Atos Normativos – SISMAN, por meio do SISMAN, clicando aqui. Acesse aqui à íntegra da Portaria MAPA 347/2021. (Agrolink)
 
 
 

Oferta global cresceu puxada pelos EUA

Produção – A oferta global de leite em maio foi 26 milhões de litros superior à registrada em maio do ano passado, subindo 3,3%.

É o maior crescimento desde novembro de 2017. Nos últimos cinco anos, a oferta global de leite tem subido, em média, 0,8% por ano. O maior aumento mais recente está, portanto, bem à frente do crescimento normal esperado. No entanto, deve-se notar que a comparação entre maio de 2019 e 2020 foi bastante deprimida, fazendo com que a comparação anual de agora seja mais forte.

Em termos percentuais, a Nova Zelândia (+7,6%) e os Estados Unidos da América (+4,6%) apresentaram os maiores ganhos. Maio é relativamente o mês de menor produção na Nova Zelândia e o aumento percentual equivale a 2 milhões de litros extras por dia. A contribuição dos EUA é mais significativa, 12 milhões de litros de leite extra por dia. O aumento estimado para a União Europeia (UE) é de 2,3%, o equivalente a 9 milhões de litros extras por dia. (Fonte: AHDB – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 

Jogo Rápido  

Tetra Pak é considerada como uma das “50 Líderes em Sustentabilidade e Clima”
A iniciativa da agência TBD Media Group e das Nações Unidas, “50 Líderes em Sustentabilidade e Clima”, integrou a Tetra Pak na lista de liderança a este nível. A empresa de processamento e embalagem de alimentos, em comunicado, afirma que o reconhecimento é fruto do compromisso que assumiu em liderar um futuro sustentável através da descarbonização. Segundo Adolfo Orive, presidente e CEO de Tetra Pak: “A nossa empresa foi fundada com base na filosofia de que a embalagem deve economizar mais do que custa. A sustentabilidade sempre esteve no centro de tudo o que fazemos e agora também é uma componente crítica da nossa estratégia 2030. Estamos orgulhosos de receber o reconhecimento da indústria pelo trabalho feito até agora.” Recorde-se que atualmente 100% das embalagens de cartão da Tetra Pak são certificadas pelo FSC® (Forest Stewardship Council®). (Tetra Pak)


 

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Porto Alegre,  21 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.461


Wilson Sons tem recorde na cabotagem de leite em pó

Empresa registrou no primeiro semestre de 2021 a maior movimentação do produto para outros estados na história do Tecon Rio Grande. Pernambuco, Bahia e Amazonas são os destinos do produto
 
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com aproximadamente 13% de toda a produção nacional, e a comercialização de derivados do lácteo se destaca. A Wilson Sons registrou, no primeiro semestre de 2021, a maior movimentação do produto para outros estados na história do Tecon Rio Grande. O terminal de contêineres alcançou 542 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados.

Por meio de cabotagem (transporte marítimo dentro da costa do próprio país), os destinos da mercadoria foram Pernambuco, Bahia e Amazonas através dos portos de Suape, Salvador e Manaus, respectivamente. O crescimento foi de 129,6% no semestre em volumes totais, com acréscimo de 306 TEU na comparação ao mesmo período de 2020.
 
Segundo a Emater-RS, o Estado produz 4,5 bilhões de litros de leite/ano. A produção leiteira do Rio Grande do Sul, cada vez mais especializada e moderna, se destaca nacionalmente pelas condições climáticas favoráveis, qualidade genética do rebanho, possibilidade do cultivo forrageiro de inverno e verão de excelente qualidade, além da mão de obra familiar.
 
Para Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, os resultados de movimentação de leite em pó para estados do Nordeste e Norte do País obtidos pelo terminal são animadores. Conforme Bertinetti, a modalidade de cabotagem adequa-se perfeitamente a este tipo de carga, pois permite que produtores atinjam novos mercados dentro das fronteiras do próprio País, contando com duas saídas semanais do Rio Grande e ligação com os principais portos brasileiros. “A cabotagem é um tipo de operação que leva a carga gaúcha para demais estados do Brasil, e o Tecon Rio Grande concentra todas as condições de estrutura para oportunizar que mais negócios sejam feitos através do nosso terminal”. (Jornal do Comércio)

Impactos da crise da Covid vão ficando menores no RS
 
Boletim do governo aponta variação positiva pela 11ª vez seguida na arrecadação de ICMS. Emissão de notas fiscais cresceu pelo 13° mês
 
Receita Estadual publicou a 40ª edição do Boletim sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS. Os principais indicadores econômico-fiscais seguem demonstrando um cenário de retomada no Rio Grande do Sul. As análises consideram a variação ante períodos equivalentes do ano anterior, de forma que alguns dos resultados são influenciados pela comparação ocorrer frente a um período já afetado pela pandemia, ou seja, junho de 2021 e junho de 2020. A arrecadação de ICMS apontou o 11º mês consecutivo de variações positivas.
 
Em junho o resultado de R$ 3,43 bilhões foi 28,9% (R$ 770 milhões) superior a igual período do ano anterior, impulsionado pela base comparativa deprimida, pela retomada econômica e também por receitas extraordinárias que são resultados, entre outros fatores, de medidas estabelecidas pelo Fisco estadual, conforme destaca a publicação. Com isso a arrecadação acumulada em 2021 é de R$ 21,5 bilhões, aumento de R$ 3,68 bilhões em relação ao período equivalente anterior (20,6%). Na visão dos últimos 12 meses a arrecadação total é de R$ 42,45 bilhões, um ganho real de R$ 4 bilhões (10,4%) frente aos 12 meses imediatamente anteriores.
 
A emissão de notas fiscais também registrou variação positiva pelo 13° mês consecutivo frente a períodos equivalentes do ano anterior. O resultado em junho foi de 33,8%, sendo o terceiro melhor desde o início das análises. O pior resultado do indicador ocorreu em abril de 2020, quando marcava um recuo de 16,7%. No acumulado do período da crise da pandemia, de 16 de março de 2020 a 30 de junho de 2021, o indicador agora aponta ganho de 13,6%.

Na análise das vendas por atividade, a indústria, o atacado e o varejo registraram variações positivas ao longo do mês ante junho do ano passado. Os respectivos desempenhos foram de 35,2%, 38,5% e 25,7%. Com isso, os indicadores acumulados desde o início das medidas de distanciamento agora são de 18,2%, 13,7% e 5,5%. Pela quarta vez as três atividades registram variações positivas acumuladas ao final de um mês. (Correio do Povo)

 
 
Balde Cheio fecha parceria com a COOPAR no RS
 
O projeto em rede Balde Cheio, desenvolvido pela Embrapa por 23 anos, e retomado no RS há dois anos, vai se estendendo a mais cooperativas no Estado. A confirmação de participação nas ações do Projeto veio da Pomerano Alimentos Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul LTDA (COOPAR), do município de São Lourenço do Sul.
 
Nesta última semana, o departamento técnico da organização confirmou a assinatura do contrato entre as duas instituições, com o objetivo de valorizar o seu maior patrimônio, que é atender melhor o seu associado. Além disso, a Cooperativa está num momento de investimento ao capacitar novos técnicos contratados. De três técnicos, o seu Departamento Técnico passa a contar com mais três novos profissionais.
 
Segundo o diretor técnico da COOPAR, Estêvão Kunde, as expectativas no trabalho são positivas pois pretendem envolver quatro técnicos para trabalhar com quatro “propriedades-modelo”, que segundo ele, deseja que se tornem referência em manejo e práticas de produção leiteira para aumento de produtividade, com abrangência na região envolvida pela Cooperativa.
 
Para a pesquisadora Renata Suné Martins da Silva, da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, a estratégia é de divulgar a metodologia do Projeto nas principais bacias leiteiras do Estado, através de palestras, dias de campo, reuniões, publicações, de forma a dar ciência aos interessados no tema, envolvendo as cooperativas, prefeituras, produtores e técnicos da área de bovinocultura de leite. “O nosso planejamento é de ampliar cada vez mais o programa, sem distinção de regiões, número de municípios, produtores ou técnicos envolvidos. Até porque acreditamos que o programa tem o potencial de transformar regiões, sem destaque em termos de volume ou produtividade, e em regiões que avancem em desenvolvimento regional baseado na produção de leite”, explicou.
 
A Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, também faz parte do Projeto, com a atuação do analista Sergio Bender, que se dedica junto à pesquisadora Renata de expandir as ações no Estado. “Nosso papel é de articulação, fazendo com que se amplie o número de técnicos, e mesmo em tempos de pandemia, estamos apresentando a metodologia Balde Cheio e realizando convites ao público de interesse, cumprindo nosso propósito na busca de novos parceiros”, disse Bender.
 
O Projeto está presente no Rio Grande do Sul na região da Fronteira-Oeste, junto a Associação dos Produtores de Leite (Acripleite), contando com a área de produção de leite experimental da Fundação Maronna. Na região da Serra, através da Cooperativa Piá, estão sendo capacitados atualmente os técnicos que assistem os municípios de Barão, Gramado, São Jorge e Soledade, e anteriormente, fizeram parte técnicos e produtores de Nova Petrópolis e Vila Flores. E agora, a equipe passa a desenvolver as atividades junto a região da Metade Sul, centralizado no município de São Lourenço do Sul, através da COOPAR.
 
Os primeiros encontros, serão ainda durante o mês de julho, de forma online, para manter contato com os técnicos e produtores associados envolvidos no Projeto, após acontecem as capacitações bimestrais.
 
Conforme o consultor técnico Juliano Alarcon Fabrício, há possibilidades de realização de encontros presenciais com os produtores e técnicos em setembro ou novembro, e posteriormente, nos meses de janeiro, março e maio, no formato virtual.
 
Estevão Kunde contou que foram escolhidos para se envolver um técnico mais experiente de atendimento da região do município de Canguçu e os demais técnicos são profissionais recentemente contratados pela Cooperativa. Cada técnico assistirá uma propriedade-piloto.
 
A COOPAR possui um quadro de produtores associados de diferentes escalas de produção, tanto pequenos quanto médios, com características de propriedades familiares, entre baixo e altos volumes de leite. “Entre algumas de nossas dificuldades com os produtores estão o estabelecimento de pastagens, com ênfase no planejamento forrageiro para atender primeiramente a necessidade dos animais, o que vai resultar em uma manutenção nutricional, gerando maior produção”, disse Kunde.
 
O técnico ainda destacou que a região possui um solo frágil, arenoso, de baixa matéria orgânica que precisa de orientações de manejo, além de informações para gestão da propriedade como colocar em prática a mensuração de resultados, através de registro de controle de produção e dados zootécnicos do rebanho.
A expectativa da Cooperativa é elevar o conhecimento para os seus técnicos e atender de forma mais qualificada os produtores associados - 4.750 famílias - mudando sua realidade.

A COOPAR atende os municípios de Arroio do Padre, Camaquã, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Morro Redondo, Pelotas, Piratini, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Turuçu. (Embrapa)

 

Jogo Rápido  

Estrela Multifeira terá 1º Concurso Leiteiro
O agronegócio é um dos eixos da Estrela Multifeira, que busca de forma constante inovar e agregar valor ao evento. E uma das novidades da 7ª Estrela Multifeira será o 1º Concurso Leiteiro, apresentado nesta terça-feira (20) a parceiros e técnicos de empresas de laticínios, que serão o elo com os produtores de leite com interesse e potencial de participação. As inscrições podem ser feitas de 26 de julho a 13 de agosto através dos técnicos das empresas envolvidas, cuja confirmação até o momento é da Cooperativa Languiru, Lactalis, Latvida e outros. O concurso é destinado a produtores de leite de Estrela e terá a avaliação feita por uma comissão julgadora diretamente nas propriedades, com critérios de qualidade e produtividade. A divulgação dos vencedores será feita durante a Estrela Multifeira, bem como a entrega de premiação que contemplará o Trio Mais Produtivo, Vaca mais produtiva (período total), Vaca mais produtiva (única ordenha), Propriedade Destaque, Propriedade Destaque Geral, além de homenagens a todas as propriedades, técnicos e empresas participantes. Segundo o coordenador do concurso, o médico veterinário Nelson Souza a ação dará visibilidade à feira e aos produtores. “Será um momento de também compartilhar conhecimento, mostrar ao público como é o processo, os custos envolvidos e valorizar mais esse produto que é uma das bases da nossa alimentação e tem fator econômico muito importante”, destaca. A novidade foi aprovada por quem atua junto ao setor leiteiro. “O concurso tem tudo para ser um sucesso e realmente valorizar o agro. Estrela é um município onde a cadeia leiteira chama a atenção, com muito investimento em tecnologia, alta produtividade e rentabilidade”, observou o gerente de fomento leite da Cooperativa Languiru, Mauro Aschebrock. Estrela tem 290 produtores de leite e uma produção anual de 42 milhões de litros do alimento (2020). Está entre os principais do Rio Grande do Sul neste setor e uma amostra disso poderá ser conhecida na Estrela Multifeira 2021. O 1º Concurso Leiteiro reforça as demais atrações do agronegócio, que são a exposição de animais já conhecida pelo público das edições anteriores, além das empresas de produtos, tecnologia e serviços que dão suporte ao setor. (Rádio Independente)


 

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Porto Alegre,  20 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.460


O desafio da eficiência

Rio Grande do Sul já teve quase 66 mil produtores de leite, que foram desistindo da atividade pelo peso dos custos e das exigências qualitativas bastante elevadas nos últimos anos, segundo observações da Emater/RS-Ascar. No rebanho atual, de quase 1 milhão de vacas leiteiras, as raças predominantes são a Holandesa e a Jersey. A coleta média diária dos atuais 50,4 mil produtores está na faixa dos 150 litros de leite, mas, segundo relatório de 2019 da Emater, pode variar de 50 a 2,5 mil litros por dia, dependendo da propriedade rural. Ainda conforme o levantamento, que será atualizado neste ano, 94,4% das propriedades têm o sistema alimentar baseado em pastagens, 3,7% em semiconfinamento e somente 1,8% em confinamento total. Mesmo que já use o modelo das pastagens, essa maioria tem o desafio de ampliar a produtividade e a qualidade nutricional das forrageiras, até porque tem pouco espaço para expandir o cultivo.

Assistente técnico do escritório municipal da Emater em Venâncio Aires, Diego Barden revela que a alta dos custos tem realmente diminuído o número de produtores no município, estimado hoje em 2 mil, mesmo que o preço do litro de leite pago pela indústria tenha melhorado. De acordo com ele, o estímulo à alimentação com base no pasto é permanente, mas há dificuldades por parte de algumas famílias em melhorar sua performance. “Há uma parcela dos produtores que garantiu a produtividade diária com a silagem, com pequenas áreas para o plantio de milho e até com uso de áreas arrendadas com este fim”, conta Barden. Nestes casos, diz, com a crise recente no preço dos grãos e as estiagens em 2020 e 2021, quem vinha alimentando o gado com base na silagem e na ração concentrada teve mais dificuldades.

“Sempre ressaltamos que a alimentação a pasto era a mais barata e, neste último ano, ela ficou muito mais barata; com isso, muitos começaram a se preocupar em ampliar o uso das forrageiras”, constata o técnico, sem deixar de apontar que alguns, mesmo que quisessem, não teriam como ampliar a área com pastagens que mantêm ao longo dos anos. “Por isso, recomendamos melhorar as áreas existentes apostando, entre outras coisas, na busca pela qualidade do solo e por cultivares mais produtivas”, destaca.

A mais importante orientação, agrega Barden, é que o produtor tenha a certeza de que o gado vai ficar bem nutrido com o pasto e que a suplementação seja só para assegurar a produtividade nos momentos de escassez de forrageiras. Mesmo em momentos como a troca de estações, quando a disponibilidade de pasto fica menor, é possível evitar essa queda de oferta, afirma a técnica da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Íris Beatriz dos Santos, ao apontar como estratégia a sobressemeadura de espécies forrageiras de inverno em áreas ocupadas por espécies perenes de clima tropical para aproveitar o período em que estas ficam pouco produtivas ou mesmo dormentes.

Íris lembra também que além de preocupar-se com a produção, é preciso que o produtor preste atenção às exigências dos animais em pastoreio. “O planejamento do sistema de produção de forragens é indispensável, pois o objetivo é equilibrar a máxima oferta de alimentos de alta qualidade com a exigência nutricional dos animais e evitar, ou pelo menos reduzir, períodos de déficit forrageiro e a necessidade de suplementação”, pondera. (Correio do Povo)

GDT – Global Dairy Trade

Fonte: Global Dairy Trade – adaptado Sindilat/RS

 

Mais pasto contra o custo


Um novo olhar sobre a forma de alimentar o gado leiteiro pode levar a atividade a um patamar mais sustentável e a um melhor equilíbrio de renda para o produtor. Presente na produção leiteira desde sempre, a alimentação do plantel a pasto vem ganhando protagonismo nos últimos dois anos diante da alta dos preços do milho e da soja, próxima dos 100%, e de duas estiagens sucessivas que prejudicaram a qualidade e a quantidade de milho silagem plantado nas propriedades. A alternativa, entretanto, não é para todos. Para incrementar as pastagens e se beneficiar de uma redução de custos de 50% ou mais, o produtor precisa de área para plantio de forrageiras, recursos para investir em insumos e assistência técnica que o oriente tanto na escolha das plantas quanto na composição de uma dieta balanceada para as vacas.

Considerada uma das maiores cooperativas do Brasil, a CCGL vem conscientizando os seus cerca de 3,5 mil produtores de leite a priorizar o pasto desde 2005. O supervisor técnico da produção de leite na cooperativa, Luis Otávio da Costa Lima, relata que foi um longo processo, o qual passou pela melhoria da qualidade do solo nas propriedades, com novas práticas de adubação, e das formas de manejo. Lima ressalta que a utilização das forragens como fonte principal de nutrição torna o sistema de produção leiteira mais resiliente e menos vulnerável a crises como a vivida hoje, quando a saca de milho ultrapassa os R$ 90,00 e a tonelada do farelo de soja (que compõe a parte proteica das rações) os R$ 2,3 mil. Atualmente, 95% dos produtores que fornecem leite à CCGL, em 170 municípios, de Lagoa Vermelha, no Norte do Estado, a Santa Vitória do Palmar, no Sul, têm as pastagens como alimento principal do rebanho.

Segundo o supervisor, uma vaca come, em média, de 15 a 17 quilos de matéria seca de pasto por dia. Este é o limite máximo de ingestão diária deste tipo de alimento e garante uma média produtiva de 15 a 20 litros de leite por dia, dependendo do animal. Para garantir uma produção considerada regular, de 25 a 30 litros, é preciso acrescentar à dieta da vaca em torno de 5 quilos de suplementação, composta pela silagem de milho e a ração com proteína. Nesta proporção, o produtor gastaria por vaca cerca de R$ 14,75 ao dia.

Quando a base alimentar é a silagem de milho e a ração, usadas nos sistemas de gado semiconfinado e confinado, o custo é maior (a produção também, de 10 a 15 litros a mais), tendo em vista que o quilo do milho silagem com planta inteira oscila de R$ 0,38 a R$ 0,45. “No caso predominante de uso do milho, é preciso plantar, ter quem colha, quem misture o alimento e quem leve até o cocho e isso tudo representa custo”, lembra Lima. No Rio Grande do Sul, conforme dados da Emater/RS-Ascar, 50,4 mil famílias, distribuídas em quase todos os 497 municípios, têm como fonte principal de renda a atividade leiteira. A instituição preconiza o uso de pastagens na produção de leite desde sempre. O gerente técnico e coordenador da área de leite da Emater, Jaime Ries, reconhece, contudo, que o sistema tem realmente limitações, tanto de oferta de pasto, dada a sazonalidade, como de possibilidade de aumento de área para este tipo de cultivo, uma vez que a maioria absoluta dos produtores está nas pequenas propriedades da agricultura familiar.

Ries alerta que as dificuldades em equilibrar custo e renda vêm tirando da atividade, gradativamente, as famílias produtoras. Na próxima Expointer, em setembro, a associação vai divulgar uma atualização do relatório que faz a cada dois anos da produção leiteira gaúcha. “Ainda não temos os números, mas o sentimento que temos indo a campo é de que o número dos produtores segue diminuindo”, diz.

O gerente técnico sustenta que a produção de leite não sofre prejuízos quando a alimentação prioritária dos animais é a pastagem. Ressalta, inclusive, que o inverno é a estação na qual mais se produz no Estado graças à qualidade e disponibilidade das forrageiras – aveia e azevém na maioria dos locais. “Anualmente, a Emater leva ao produtor informações para que faça um bom planejamento forrageiro, indicando as melhores espécies e épocas de plantio, de forma que garanta na sua propriedade a disponibilidade de pastagens”, acrescenta Ries.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), que representa a agricultura familiar e o produtor de leite diretamente, vê na produção leiteira com base a pasto uma excelente alternativa para a diminuição dos custos. “Porém, há uma limitação para os produtores conseguirem implementar esta prática, que é a área de terra que eles possuem”, observa o assessor de Política Agrícola, Kaliton Prestes. Nas pequenas propriedades, na maioria das vezes, a área disponível para plantio de pasto precisa ser semeada com o milho silagem, do qual o produtor também não pode prescindir. (Correio do povo)


 

Jogo Rápido  

E-book Especial Queijos Santa Clara está disponível para download
A tradição e a qualidade de 110 anos dos Queijos Santa Clara podem ser conferidas no e-book Especial Queijos Santa Clara, que traz informações sobre os queijos produzidos pela Cooperativa, dicas, harmonizações e 50 receitas inéditas e deliciosas. O lançamento foi na noite de segunda, 19 de julho, com uma live com participação do diretor da Cooperativa Alexandre Guerra e o chef Gabriel Lourenço, que assina as receitas do e-book. A coletânea está dividida em petiscos, antepasto, primeiro prato, prato principal, acompanhamentos e sobremesa, sempre tendo como destaque o queijo. Para esse momento tão especial que é cozinhar é sugerida uma playlist no Spotify, que pode ser acessada clicando nos ícones nas receitas. Interativo, o material inclui menus clicáveis de categorias e para escolher a receita a partir do queijo preferido. O material contempla 49 tipos de queijos produzidos pela Cooperativa, reunindo desde os frescos Minas e Ricota, passando pelos tradicionais Colonial, Lanche e Samsoe, até os mais intensos como Azul, Gruyère e Parmesão, nas diferentes versões que o consumidor pode encontrar nos pontos de venda: pedaços, fatiados, cunhas ou ralados. No lançamento, o chef ensinou a 50ª receita, uma Scaccia de Queijos Santa Clara. A live está disponível no canal da Santa Clara no Youtube, youtube.com/coopsantaclara, onde também serão publicadas vídeos de algumas das receitas do e-book. O e-book Especial Queijos está disponível para download no site da Santa Clara, clicando aqui. (Cooperativa Santa Clara)