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12/09/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de setembro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.740


NZ – Os produtores estão entrando em um novo cenário

Com o último resultado do GlobalDairyTrade (GDT) desta semana os produtores de leite ficaram mais aliviados, uma vez que o declínio constante desde março, foi finalmente revertido. 
 
E a mudança foi significativa. Os bancos devem estar se sentindo orgulhosos com as previsões de que as cotações retornariam aos níveis que justificavam as previsões otimistas do preço do leite. A razão para a mudança de rumo está sendo atribuída à fraca produção, principalmente na Nova Zelândia, onde o volume de julho  foi -6% em relação ao ano passado, e a provável queda de agosto que pode chegar a -4%.
 
Os preços previstos pelos bancos foram: Rabobank, NZ$ 9,00/kgMS, [R$ 2,18/litro]; Westpac, NZ$ 9,25/kgMS, [R$ 2,24/litro]; ASB, NZ$ 10,00/kgMS, [R$ 2,42/litro]; ANZ, NZ$ 8,50/kgMS, [R$ 2,06/litro].

Preços altos enfraquecidos pela inflação 
Os elevados custos enfrentados por todos os agricultores, mas particularmente pelos do Hemisfério Norte, significam que eles não terão condições de recuperar a produção rapidamente para aproveitar a oportunidade oferecida. A Fonterra disse que a produção cairá -1% na temporada. O banco ASB prevê que a oferta da Nova Zelândia deverá variar de -1% a -3% em relação à temporada passada, que por sua vez, registrou queda na comparação com a anterior. Também existe a expectativa de que o dólar kiwi não suba significativamente em relação ao dólar estadunidense, a ponto de prejudicar o preço do leite ao produtor.
 
No último relatório do Rabobank ele previu que este seria o último GDT variando sob influência da China o que pode ter levado a uma previsão mais cautelosa. O ANZ, o mais reticente nas previsões, fez o anúncio antes do resultado do último GDT. Mas o gráfico incluído no último boletim AgriFocus mostrava claramente a queda da produção de leite globalmente. (Fonte: interest.co.nz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Paraguai – Consumo escasso local de lácteos obriga o setor buscar novos mercados

“O mercado nacional tem suas limitações, quem dera consumíssemos mais leite e então não haveria excedentes em nosso país”, disse Erno Becker, presidente da Câmara Paraguaia das Indústrias de Laticínios (Capainlac), dada a necessidade de abrir novos mercados para a indústria nacional. Os estoques estão elevados e é urgente a necessidade de encontrar mercados para o excedente e não ter que reduzir os preços domésticos.“O setor lácteo tem excesso de leite e se esse excedente não for exportado pressiona o mercado local. Quando existe sobra é preciso liquidar no mercado reduzindo os preços, alterando a gestão coerente da administração de preços”, comentou o dirigente da Capainlac. Esta situação é registrada com frequência. E como é necessária a exportação, está sendo construída uma terceira fábrica de leite em pó, um produto exportável por excelência, explicou.

“Sendo o leite um produto muito instável, se não for vendido, precisa ser descartado”, afirmou Becker. Ele também comentou que contam com mercados que não são atrativos mas, necessários para evitar perdas. Os excedentes incluem o leite cru e a variedade em pó. Ele mencionou que se forem encontrados mercados maiores, os preços até melhorariam, uma vez que as exportações ajudariam a equilibrar as super ofertas do verão e os preços elevados do inverno.

Ressaltou que a Câmara aponta para a competitividade e continua procurando novos destinos. “Temos que aprender a filosofia de exportação, preparar as indústrias e certificações de saúde animal, setores nos quais estamos avançando”, destacou. Nesse aspecto, ele disse que participarão no Congresso Pan-Americano do Leite no Equador, onde irão discutir com o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa).

Destinos abertos
Segundo dados do Banco Central do Paraguai (BCP), um dos destinos que deu um salto nas exportações de leite integral foi Camarões. O país da África Ocidental começou a adquirir o produto paraguaio em 2019, em um valor correspondente a US$ 500 mil, mas este ano chegaram a US$ 1.386 mil, em um volume correspondente a 381 toneladas.

Também tem destaque o Brasil, com compras de US$ 9.152 mil, equivalentes a 2.400 toneladas, e o Líbano, para onde foram enviadas 700 toneladas ao preço de US$ 2.512 mil. Há países também como Bolívia, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Geórgia, Guiné Equatorial, Mauritânia, Catar, Rússia, Tunísia, entre outros.

“Isso é a prova de que um produto de qualidade pode chegar aos mercados mais distantes, e fora da região. É também sinal de que não há mercados impossíveis para as empresas nacionais”, disse Roberto Mernes, diretor da entidade. (Fonte: La Nación – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Rabobank – Produção de leite global deve voltar a crescer

Um novo relatório do Rabobank prevê um segundo semestre mais fraco para o mercado de lácteos global, resultando em uma ampla queda de preços das commodities lácteas na Oceania.
 
Com a perspectiva de que a produção global de leite volte a crescer na comparação com o ano passado, e que a demanda chinesa permaneça em queda, é possível que os preços fiquem até mais baixos.
 
O 3º Relatório Trimestral de 2022: Colisão frontal à frente? O Rabobank diz que os fundamentos globais dos lácteos mudaram no decorrer do terceiro trimestre de 2022, de um extremo aperto, para um visível, mas modesto relaxamento.
 
“A expectativa é de que combinados, os Big-7 (Nova Zelândia, Austrália, União Europeia (UE), Estados Unidos da América (EUA), Brasil, Argentina e Uruguai), retornem ao crescimento no quarto trimestre de 2022, encerrando o quinto trimestre consecutivo de declínio”, disse a analista Emma Higgins.
 
“No entanto, a produção de leite nas principais regiões exportadoras ainda não retornaram aos níveis anteriores e qualquer crescimento será modesto. O preço do leite ao produtor está elevado nas regiões exportadoras Big-7, mas os custos de produção também. Os riscos climáticos e a emergente escassez de alimentos manterá a oferta global de leite restrita”.
 
Do lado da demanda, o relatório diz, que todos estarão olhando para o mercado de laticínios da China.
 
“O impacto das restrições ao deslocamento estabelecido nas principais cidades chinesas no primeiro semestre de 2022 foi negativo sobre a demanda de lácteos. Essas restrições diminuíram no terceiro trimestre, mas as políticas governamentais permaneceram inalteradas e o risco de mais isolamentos continuam, juntamente com condições econômicas mais fracas. O Rabobank está cauteloso com as projeções do mercado de laticínios na China, apontando para o distanciamento do comprador chinês em 2023.
 
A demanda de importação de outros mercados emergentes não seria capaz de ocupar o vazio, podendo haver uma distensão do mercado global”, disse Higgins.  
 
“Desde nosso último relatório em junho, vimos as condições macroeconômicas se deteriorarem em todo o mundo com a persistência de preços elevados de energia e de alimentos. Como resultado, os próximos 12 meses são incertos e existem sinais que colocam em risco a demanda do consumidor. (Fonte: Rabobank – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 


Jogo Rápido 

Uruguai: exportações de lácteos em agosto foram as maiores desde 2013
As exportações de lácteos do Uruguai totalizaram 22.682 toneladas em agosto e alcançaram o valor de US$ 90,6 milhões, o maior faturamento do ano e o maior desde outubro de 2013, segundo dados da Alfândega. No mesmo período do ano anterior, as exportações foram de 19.287 toneladas por US$ 67,25 milhões. O Brasil deu um salto e foi o principal comprador. Para esse destino foram enviadas 8.370 toneladas por US$ 35,8 milhões. Foi quase o dobro do volume de julho e foi o maior desde novembro de 2020. A China ficou em segundo lugar medido em volume, com 2.775 toneladas por US$ 10,9 milhões. E a Argélia ficou em terceiro lugar, com 2.754 toneladas por US$ 11,6 milhões. No acumulado janeiro-agosto, foram exportadas 151.178 toneladas de lácteos por US$ 589,8 milhões, um aumento anual de 3,8% em comparação com 145.672 toneladas no mesmo período do ano passado. Em valor, o aumento foi de 23% quando comparado aos US$ 478,2 milhões faturados no mesmo período do ano anterior. Neste ano, Argélia, Brasil e China são os principais compradores, nessa ordem. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 
 
 

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