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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.816


GDT: preços internacionais dos lácteos iniciam o ano em queda – parte 02

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Para entendermos o impacto das negociações do evento GDT no mercado nacional, podemos considerar o câmbio desta terça-feira (03/01/2022) — R$ 5,37 — e o valor do leite em pó integral internacional (US$ 3.208 /tonelada), para chegarmos ao preço equivalente de um leite importado colocado no Brasil, que seria de R$ 2,09 /litro. 

Esse valor está abaixo, se comparado com o leite pago ao produtor no mês de dezembro – fechado na média de R$ 2,53 /litro (CEPEA/ESALQ) – e também inferior se comparado ao preço do leite spot da segunda quinzena de dezembro (R$ 2,36 /litro – média Brasil).

Bom destacar que, apesar de o GDT ser o principal balizador de preços de lácteos do mundo, nos últimos meses os nossos principais fornecedores de lácteos para importações (Argentina e Uruguai) têm praticados preços superiores aos do GDT.

De acordo com o levantamento do MilkPoint Mercado, os preços praticados no Mercosul na segunda quinzena de dezembro passaram por elevações, fechando em US$ 3.823 /tonelada. Considerando o dólar a R$5,37, chegamos ao preço equivalente de um leite importado colocado no Brasil, que seria de R$ 2,49 /litro – valor acima ao praticado no mercado spot brasileiro da segunda quinzena de dezembro, e próximo do valor do leite pago ao produtor.

Em meio a alta volatilidade, o dólar voltou a ganhar força frente ao real. Devido ao cenário de transição política, e de anúncios que trazem a incerteza do mercado, a moeda-norte americana passou por variações positivas, atingindo o maior valor desde 28/11.

No mercado interno, os preços dos derivados lácteos fecharam o ano com variações positivas, porém seguem em patamares baixos. O mercado de derivados lácteos encerrou o ano dando sequência as variações positivas registradas na terceira semana de dezembro. Após passar por um período de quedas entre setembro e início de dezembro, devido a demanda enfraquecida e aumento da oferta de leite matéria-prima, o ciclo de baixas se encerrou. Os preços em patamares baixos e festividades de fim de ano agiram no sentido de elevar a demanda pelos produtos, o que ocasionou as altas nos preços.

Um ponto da atenção para os próximos dias segue sendo a covid-19 na China. Com a evolução dos casos, o desdobramento da pandemia na China permanece no radar.

Desta forma, mesmo com os preços internacionais do leilão GDT recuando, os preços do mercado interno, a elevação nos preços do Mercosul e o dólar em alta, agem no sentido contrário, e atuam como protagonistas para diminuir a competitividade dos produtos internacionais. Para o próximo mês, as importações tendem a perder força. (Milkpoint)


Ministério da Agricultura e Pecuária confirma nomes de 5 secretários

Veja quem são os cinco profissionais que irão se reportar ao ministro Carlos Fávaro

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou na quarta-feira (4), por meio de nota, os cinco nomes que irão comandar as secretarias da pasta. Carlos Goulart assumirá a Secretaria de Defesa Agropecuária; Wilson Vaz de Araújo comandará a Secretaria de Política Agrícola; Irajá Lacerda estará à frente da Secretaria Executiva; Renata Miranda liderará a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação, Cooperativismo; Roberto Perosa assumirá a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Carlos Goulart
Até então diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do ministério, é auditor fiscal federal, servidor de carreira especializado em defesa e certificação fitossanitária. Era um dos nomes favoritos pelo setor produtivo para o posto, que é considerada uma das secretarias mais estratégicas da pasta. Ele havia sido nomeado adido agrícola na China, cargo qual assumiria nas próximas semanas.

Wilson Vaz de Araújo
É ex-secretário adjunto da Secretaria de Política Agrícola. É servidor de carreira do ministério, tendo já ocupado também os postos de secretário interino de Política Agrícola e de diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário. Ele retorna ao comando da pasta responsável pela estruturação do Plano Safra e do Seguro Rural.

Roberto Perosa
Empresário do setor sucroenergético paulista. Atualmente, é CEO da Organização das Associações dos Produtores de Cana do Brasil (Orplana). Seu nome foi indicação do vice-presidente Geraldo Alckmin. Perosa já havia informado a empresários paulistas sobre a nomeação no último fim de semana.

Renata Miranda
Chefe de Gabinete da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do ministério. Ela é servidora de carreira da Embrapa e atuava no Ministério da Agricultura e Pecuária desde fevereiro de 2019. Renata Miranda deve ser responsável pela coordenação de programas como o da recuperação de pastagens degradadas. Renata acompanhou o ministro Carlos Fávaro na tarde de quarta-feira (4) na posse de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente.

Irajá Lacerda
Escolhido para a Secretaria Executiva, já foi chefe de gabinete de Fávaro no Senado. Lacerda concorreu a deputado federal pelo PSD em Mato Grosso nas eleições de 2022, mas não se elegeu para o posto. Ele é advogado especializado em direito agrário, fundiário e ambiental. Já presidiu a Comissão de Direito Agrário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT). (Canal Rural)

 


Jogo Rápido 

SETOR DO LEITE EM DEBATE
Venha assistir e participar da live DIÁLOGOS SETORIAIS que será transmitida pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Dia 26/01/2023 às 9h os representantes estarão, em conjunto com Auditores da Receita Estadual, analisando e comentando os INDICADORES ECONÔMICOS do leite. Agende-se e participe pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Essa é uma grande oportunidade para ficar bem atualizado sobre o que vem acontecendo com o nosso setor e discutir alternativas! Os indicadores apresentados na live estão disponíveis na Revista Digital RS 360, na edição nº 03, que estará disponível no site a partir do dia 20/01, que pode ser acessada através do site Receita.Doc. (SEFAZ RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.815


GDT: preços internacionais dos lácteos iniciam o ano em queda – parte 01

Nesta primeira semana do ano foi realizado o 323º evento do leilão Global Dairy Trade (03/01), e o cenário baixista observado no último leilão prevaleceu. O primeiro evento do ano de 2023 da plataforma GDT apresentou um recuo de -3,7% na média de seus preços, fechando em US$ 3.365 /tonelada.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

Nesta quinzena, ocorreu um significativo avanço no volume negociado. Foram negociadas 33.478 toneladas de lácteos, volume 16,55% superior em relação ao último leilão. O comportamento dos volumes negociados está na contramão dos últimos anos, que registraram quedas, e é o maior valor para o período desde 2015. 

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/01/2023.

Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/01/2023.
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

O preço médio do leite em pó integral seguiu recuando, passando de US$ 3.246 /tonelada para US$ 3.208 /tonelada. O resultado é o menor desde dezembro de 2020. Analisando o comportamento dos preços com uma base 100 em 1º de março, quando os preços atingiram um pico de US$ 4.757 /tonelada, nota-se que nos últimos meses os preços do leite em pó integral vêm enfrentando um cenário baixista, acumulando um recuo de aproximadamente 33% no período.

Alguns dos fatores que contribuíram para manter o cenário baixista nessa primeira quinzena de janeiro foram a covid-19 na China e um maior volume negociado neste leilão. Cidades chinesas como Pequim, Xangai, Chengdu e Wenzhou vem investindo em novos centros de tratamentos para doentes, o que reforça o cenário de descontrole da disseminação do vírus, e um possível aumento dos casos nos próximos dias.

Outro ponto que contribuiu para as quedas nos preços internacionais foi o aumento expressivo de 16,55% no volume negociado, sendo o maior valor desde 2015. Este fator ocasionou uma pressão de baixa nos preços praticados.

Em relação aos contratos futuros de leite em pó integral no GDT e na Bolsa de Futuros da Nova Zelândia (NZX Futures), ambas as projeções apontam caminhos distintos. O GDT aponta um cenário estável, com os preços operando na casa dos US$ 3.200 / tonelada, enquanto o NZX Futures projeta um cenário altista, com os preços atingindo US$ 3.520 /tonelada em abril de 2023.  

Confira a parte 02/02 na notícia na newsletter do Sindilat/RS de amanhã. 

As informações são do Milkpoint 


Estiagem avança pelo RS e derruba produção de milho, soja e leite

Sem chuvas regulares sobre o território do Rio Grande do Sul, os produtores rurais voltam a enfrentar uma situação que se repete nos últimos anos. A estiagem que castiga o Estado já provocou perdas de lavouras inteiras de milho, além de queda na produtividade. A situação compromete também áreas de soja e a produção leiteira. Pelo menos 30 municípios já decretaram situação de emergência, conforme a Defesa Civil.

A situação preocupa especialistas em climatologia. Embora tenha chovido em todas as regiões entre domingo e segunda-feira, a precipitação foi muito irregular e com grande variabilidade de volumes de um ponto para outro, avalia a Metsul Meteorologia.

No Oeste, no Centro e no Sul gaúchos, deve ocorrer pouca chuva até a metade de janeiro. Na Metade Oeste, ainda haverá o agravante da temperatura alta, com tardes de forte calor se somando à baixa umidade e escassez de precipitação, também de acordo com a Metsul.

No campo, o ano de 2023 começa com prejuízos à cultura do milho. Segundo a Emater-RS, nas áreas mais impactadas, a escassez hídrica coincidiu com as fases de florescimento e enchimento de grãos do cereal, o que comprometeu a produtividade. Os danos já estão consolidados nas regiões Norte, Central, Campanha e Fronteira Oeste.

Na região de Ijuí, Coronel Barros e Bozano, com chuvas irregulares, variando entre 5 milímetros e 50 milímetros na semana passada, as perdas no milho são de 100%, em muitas lavouras. E a redução na produção de leite redução chega a 60%.

Já na região das Missões, os prejuízos vão de 25% a 70% na safra. “Algumas lavouras estão com 100% de perda. Isso vai gerar impacto negativo na produtividade estadual, que antes do Natal era calculada em 15% e, agora, com certeza, já é maior. E os problemas são ainda maiores para quem depende do milho para fazer silagem, destinada à alimentação animal”, diz o coordenador da área de Culturas e de Defesa Sanitária da Emater-RS, Elder Dal Prá.

Levantamento feito pelas regionais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag) a pedido do Jornal do Comércio aponta quadro de dificuldades por todo o Rio Grande do Sul. No Alto Jacuí, produtores de praticamente todos os municípios da região fizeram pedidos de cobertura do Proagro, por conta das perdas.

No Alto Uruguai, as chuvas são irregulares, com variação de 10 milímetros a 60 milímetros. Ainda não há registro de falta de água para dessedentação animal e humana, mas alguns municípios já fazem levantamento de perdas nas lavouras, e alguns, igualmente, buscam o ressarcimento dos prejuízos por meio do seguro agrícola.

Na região do município de Jóia, falta água para consumo humano em algumas localidades, assim como em pequenas áreas de irrigação de agricultura familiar, embora as chuvas sejam muito irregulares, com grandes volumes apenas em determinadas áreas e nada mais. As estimativas de perdas são elevadas na bacia leiteira da região. Isso sem falar na produção de milho, e replantio de soja, além de áreas não plantadas ainda, por pouca umidade.

Em Augusto Pestana, o cenário é semelhante. As lavouras de milho do cedo foram perdidas, com mais de 80 % de quebra. A soja, com as pancadas de chuva, ainda se mantém verde. 
Em Condor, o milho sequeiro do cedo foi perdido, e os agricultores estão cortando para uso como silagem, embora de baixa qualidade. A produção de leite também caiu muito. Cruz Alta vê as perdas no milho para silagem chegarem a 80%, assim como os grãos cultivados fora das áreas de pivô. E na soja, o prejuízo ronda a casa dos 40%.

Em Catuípe, o milho safra teve lavouras com até 100 % de perda. A soja do cedo perdeu bastante porte, e ainda faltam algumas áreas a serem semeadas.

Em Santo Augusto, são 3,5 mil hectares de milho plantados por agricultores familiares. E as perdas variam de 80% a 100%, descontadas as áreas com pivô central de irrigação. A seca se iniciou no começo de setembro e segue castigando a região, com precipitações irregulares e em pouca quantidade. No município, a previsão é de plantio de 33 mil hectares de soja, e a semeadura está atrasada em algumas localidades. As perdas são grandes com o leite, devido ao não crescimento e rebrote de pastagens e, consequentemente, a queda na lactação dos ventres.

“Imaginávamos que a situação não seria tão complicada como nos últimos anos. Mas está aí, mais uma vez, essa estiagem. O pessoal vai sofrer”, diz Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag.

Analista de milho da Safras & Mercado, Paulo Molinari revela que a empresa reduziu a projeção da safra do Rio Grande do Sul de 6,3 milhões de toneladas para 5,8 milhões de toneladas por conta da situação climática. E provavelmente haverá nova redução nos números em janeiro.

"Temos mais um ano de La Niña e seus efeitos conhecidos. é uma perda menor em relação aos últimos dois anos. Mas os números ainda estão abertos, e as chuvas precisam retornar em janeiro".

Molinari observa que o plantio ocorreu normalmente, as chuvas chegaram cedo e o produtor viabilizou a semeadura dentro de uma boa janela. Mas, a falta de precipitação nas fases de polinização e pendoamento é decisiva para a produção. E, por isso, o desenvolvimento das lavouras está mesmo comprometido.

"A tecnologia aplicada nas lavouras de milho gaúchas não ajuda muito a evitar estas perdas de produção. Devemos considerar uma queda de produtividade de 5,5 mil quilos por hectare para 4,8 mil quilos, por enquanto. Mas, apesar das perdas de produção, o volume a ser colhido deverá ser suficiente para atender a demanda regional até a metade do ano, quando a safrinha de 2023 de outros estados pode abastecer o RS".

Já para o analista de soja Luiz Fernando Roque, a commodity preocupa, mas nem tanto como há um ano. O mês de janeiro será decisivo para a cultura. Ele lembra que o plantio atrasou nesta safra, mas isso acabou se tornando um fator positivo, caso o La Niña realmente perca intensidade.

“Se chover regularmente, ainda poderemos colher uma safra boa. Não será mais do tamanho que poderia ser, mas ainda há chance de termos uma produção interessante”, diz Roque.
Embora tenha chovido em Uruguaiana nos últimos dias, a esperança de precipitações mais consistentes está mais para meados do mês. Até lá, o produtor olha para o céu com expectativa e ansiedade. (Jornal do Comércio)

Uruguai: Fundo de reconversão do setor lácteo foi aprovado pelos deputados

Por unanimidade, a  Câmara dos Deputados  converteu  em Lei o Fundo de Reconversão da Indústria Láctea , Projeto de Lei que o Poder Executivo havia enviado ao Parlamento, como forma de socorrer indústrias em dificuldades financeiras. O objetivo, além de dar-lhes uma tábua de salvação, é manter as fontes de emprego neste setor.

Assim que foi votado, o subsecretário do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, Ignacio Buffa, lembrou em sua conta no Twitter que a iniciativa "gera um fundo de competitividade para as indústrias de laticínios e fornece as bases para o desenvolvimento de um sistema anticíclico fundo para o setor".

O auxílio será construído com US$ 13 milhões, destinados a financiar projetos que devem ser apresentados por empresas em dificuldades econômicas e não sujeitas a crédito. Eles devem apresentar um redesenho industrial, produtivo e um plano de negócios, que serão apreciados por uma Comissão Técnica independente, conforme detalhou dias atrás o ministro Fernando Mattos.

O fundo aprovado será financiado com US$ 6 milhões do Fundo do Laticínio, com compromisso de quitação. Também serão utilizados US$ 3 milhões do Fundo Tecnológico, mais igual valor que será fornecido pela Receita Geral. A expectativa é que, para repor esses US$ 6 milhões do Fundo do Laticínio, dure além do que estava previsto na Lei, que era de 24 de novembro.

“Era urgente tomar uma decisão com aquelas indústrias que estavam à beira do abismo. Estamos trabalhando há meses e encontramos uma fórmula perto do final do ano para tentar colocar essas indústrias de laticínios em uma situação crítica”, explicou o responsável do MGAP na semana passada.

Por sua vez, o Fundo Anticíclico protegerá os produtores das oscilações bruscas de preços no mercado mundial de lácteos, dando-lhes segurança para produzir. (Fonte: Rurales El País, via Portal Lechero)


Jogo Rápido 

Emater dará prioridade à tecnologia
Com orçamento de R$218 milhões para o ano de 2023, a Emater/RSAscar planeja investimentos em tecnologia de informação (TI) para facilitar o trabalho dos técnicos e garantir mais agilidade nos serviços prestados às propriedades rurais. A empresa de assistência técnica também pretende priorizar projetos voltados à irrigação e ampliar a oferta de cursos de capacitação em todas as áreas atendidas, das boas práticas agrícolas à criação de agroindústrias, afirma o novo presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Christian Wyse Lemos. Para Lemos, que assumiu o cargo em 8 de dezembro deste ano, a modernização resolverá um grande gargalo da assistência rural. “Hoje, (os técnicos) fazem as visitas de campo, fazem todas as análises, as anotações para desenvolverem os projetos e, depois, precisam abastecer dois, três, quatro sistemas de TI diferentes. É algo que não condiz com o potencial de trabalho da Emater”, diz. Se, inicialmente, a integração tecnológica significará mais eficiência nos processos internos, em uma segunda etapa trará benefícios também para os produtores atendidos. “Não quero gerar falsa expectativa, não sei se a gente consegue concluir isso dentro do ano de 2023. Mas temos uma face desse sistema para o produtor, para que ele tenha o acompanhamento histórico da sua propriedade, da quantidade que colheu”, explica Lemos. (Correio do Povo, adaptado pelo Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 03 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.814


GDT - Global Dairy Trade
 
 

As informações são do Global Dairy Trade, adaptadas pelo Sindilat/RS


Previsão meteorológica para áreas agrícolas na primeira quinzena do ano

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas significativas em grande parte do País (tons em vermelho e rosa), além da faixa desde o noroeste da Região Norte, passando por áreas da parte central do País até o leste da Região Sudeste, ocorridos principalmente devido à formação de um canal de umidade que contribui para ocorrência das chuvas (figura 1).

Por outro lado, na costa leste do Nordeste e o estado do Ceará, além de áreas da Região Sul, a previsão é de pouca chuva (tons em azul no mapa).
 
Previsão por região (2/01/2023 até 09/01/2023)

No Norte do Brasil, podem ocorrer volumes de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em grande parte da região, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm em áreas centrais do Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins. Nas demais áreas, os volumes será menor (cerca de 30 mm). 

No Nordeste, os maiores acumulados de chuva devem se ocorrer na região do MATOPIBA (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) além do extremo sul da Bahia e de Sergipe, com volumes maiores que 50 mm. Enquanto na costa leste da região até o estado do Ceará, há previsão de baixos acumulados de chuva, podendo ser menor que 30 mm.

No Centro-Oeste, há previsão de grandes volumes de chuva, maiores que 80 mm, e que podem ultrapassar 150 mm em grande parte de Goiás e norte do Mato Grosso. No leste do Mato Grosso do Sul, os volumes não devem passar de 70 mm.

Já no Sudeste, as chuvas mais volumosas ficarão concentradas em áreas do centrossul de Minas Gerais, norte de São Paulo e Rio de Janeiro, com volumes que podem ultrapassar os 150 mm. No noroeste de Minas Gerais, Espírito Santo e áreas centrais de São Paulo, os volumes podem ser maiores que 60 mm. No entanto, no nordeste de Minas Gerais, haverá baixos acumulados de chuva no início da semana.

Por fim, no Sul do País, no início da semana, uma massa de ar quente e úmida provocará chuvas na região, maiores que 50 mm principalmente no noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Entre segunda-feira (2/1) e Terça-feira (3/1) um sistema frontal se configura e se desloca em direção ao oceano Atlântico, com possibilidade de pancadas de chuva na região, e, predomínio de tempo seco e sem chuvas nos dias seguintes.

Figura 1: Previsão de chuva para 1ª semana (2 e 9/01/2023).

Ainda conforme o Inmet, entre os dias 10 e 18 de janeiro de 2023, a previsão indica acumulados de chuva significativos, maiores que 50 mm, em grande parte da Região Norte, Centro-Oeste, centrossul do Maranhão e Piauí, na costa leste e faixa norte da Região Nordeste, além do sul da Região Sudeste. Já no leste do Amapá, os volumes de chuva podem ultrapassar 100 mm (figura 2). Já no interior das regiões Nordeste e Sul, são previstos volumes abaixo de 40 mm. 

Previsão por região (10/01/2023 até 18/01/2023)

Para o Norte, são previstos acumulados maiores que 50 mm em praticamente toda a região, com exceção do leste do Amapá, onde há previsão de grandes volumes de chuvas, podendo superar os 100 mm. 

No Nordeste, a chuva mais volumosa ficará concentrada em áreas do Maranhão e Piauí, além da costa leste e faixa norte da Região Nordeste, com acumulados que superiores a 50 mm. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos volumes de chuva (menor que 40 mm).

No Centro-Oeste, a previsão é de volumes de chuva maiores que 50 mm em grande parte da região, podendo ultrapassar 90 mm no norte do Mato Grosso e de Goiás.

Já no Sudeste, os maiores acumulados de chuva podem ocorrer em grande parte de São Paulo e centrossul de Minas Gerais, com valores superiores a 90 mm. Nas demais áreas, os volumes de chuva não devem ultrapassar 60 mm.

No Sul, a previsão indica maiores volumes de chuva no nordeste do Paraná, com volumes chegando a 90 mm. Nas demais áreas, baixos acumulados de chuva, que não deve ultrapassar 50 mm.

Figura 2: Previsão de chuva para 2ª semana (10 e 18/01/2023).

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia, adaptadas pela equipe MilkPoint.

CBQL | Diretor da Epagri é eleito para a presidência do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite
 
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Epagri, Vagner Miranda Portes, é o presidente eleito do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL).
 
A eleição se deu em assembleia geral da instituição, realizada nesta quarta-feira, 28. Ele assume o cargo para o mandato 2023/24.
 
O CBQL é uma entidade civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, de caráter representativo e não governamental. Congrega pessoas físicas e jurídicas que trabalham ou têm interesse pelo setor de leite e derivados no Brasil. Foi fundado em 1999 por pesquisadores, representantes da indústria, professores universitários e outros profissionais interessados em promover a qualidade dos lácteos produzidos no território nacional.
 
Vagner explica que a missão do CBQL é promover a qualidade do leite e derivados no Brasil, “dentro de um rigor científico, com muita responsabilidade social”. Assim, a entidade se propõe a ser um fórum permanente para fornecer e motivar o estabelecimento de mecanismos para promoção da qualidade do leite e derivados no País, sempre zelando pela sanidade dos alimentos lácteos e pela sustentabilidade da cadeia produtiva.
 
Ao compor a chapa que concorreu à diretoria 2023/23 do CBQL, Vagner afirma que primou pela representatividade, tanto em termos de distribuição geográfica, como em termos dos elos da cadeia produtiva do leite. Assim, a nominata da nova diretoria, que pode ser conferida ao final desta matéria, dispõe de representantes de vários Estados, bem como de membros da indústria, de empresas, de universidades e pesquisadores. “Tentamos trazer todos os elos da cadeia produtiva do leite, com representatividade dentro dessa nova gestão”, declara Vagner.
 
Além de Vagner, a nova diretoria do CBQL conta com outros nomes de Santa Catarina. André Thaler Neto, diretor da UDESC/CAV, vai assumir a vice-presidência. Para o cargo de primeiro diretor de apoio à gestão foi indicado Leonardo Cardozo Leite, que representa a Ordemilk, empresa catarinense que produz equipamentos para esta cadeia produtiva. Por fim, Tiago Celso Baldissera, pesquisador da Epagri, é um dos novos conselheiros suplentes da instituição.
 
Vagner avalia que ter novamente o CBQL sob a presidência de um catarinense representa muito para o Estado, já que Santa Catarina tem uma das maiores bacias leiteiras do país, além de o alimento ser o quarto em importância na composição do nosso Valor Bruto de Produção (VBP). O novo presidente lembra ainda da importância social do leite para Santa Catarina, cujo meio rural é composto basicamente por pequenas propriedades. “Então, o leite promove distribuição de renda para a maioria dos municípios”, descreve.
 
“Também será um momento crucial para o Estado discutir assuntos importantes e pertinentes em relação à qualidade do leite”, pondera Vagner. Ele lembra que Santa Catarina vende leite para outros estados do País, então, é fundamental que esteja à frente nas discussões, mas que também operacionalize a qualidade do leite a nível estadual.
 
“A exportação de lácteos é sempre presente nas discussões do setor em Santa Catarina, porém, a base para que se possa pensar nisso é a qualidade do leite”, declara o diretor da Epagri. Ele entende que ter a gestão do CBQL no estado vai propiciar ações para operacionalizar a qualidade do leite catarinense, para que, num futuro próximo, possamos pensar em exportar leite para outros países. Santa Catarina já vende para outros estados do Brasil entre 40% a 50% de sua produção. “Temos leite disponível para exportação, porém, precisamos evoluir na qualidade, para que possamos ser competitivos no comércio mundial”.
 
Vagner relata que a gestão 2023/24 do CBQL tem o intuito de retomar os comitês técnicos. “Um comité técnico que será instalado o mais breve possível será o de equipamentos e acessórios”, coloca. Ele disse que sua diretoria também vai trabalhar a sustentabilidade dessa cadeia produtiva, pensando em trabalhar o balanço de carbono como indicador da qualidade do leite, por exemplo. Mas, na opinião do novo presidente, o grande desafio da gestão será a realização do X Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, que acontece no ano de 2024, em Santa Catarina. “Vamos fazer um grande evento”, conclui.
 
Chapa CBQL Gestão 2023-2024
 
Diretoria Executiva:
 
Diretor-Presidente: Vagner Miranda Portes – Epagri (SC)
Vice-Presidente: André Thaler Neto –UDESC/CAV (SC)
1° Diretor de Apoio à Gestão: Leonardo Cardozo Leite – Ordemilk (SC)
2° Diretor de Apoio à Gestão: José Carlos de Figueiredo Pantoja – UNESP/FMVZ (SP)
1° Tesoureiro: José Augusto Horst Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH – PR)
2° Tesoureiro: Alessandro De Sá Guimarães – Embrapa Gado De Leite (MG)
1° Diretor Secretário: Altair Antônio Valloto APCBRH (PR)
2° Diretor Secretário: Vivian Fischer – UFRGS (RS)
 
Conselho Fiscal Efetivo:
 
1. Clarice Gebara M. S. Cordeiro – EVZ/UFG (GO)
2. Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira – UFMG (MG)
3. Rodrigo de Almeida – UFPR (PR)
 
Conselho Fiscal Suplente
1. Selvino Giesel – Aurora/presidente do Sindileite (SC)
2. Tiago Celso Baldissera – Epagri (SC)
3. Adriano Henrique do Nascimento Rangel – UFRN (RN)
 
As informações são do Edairy News


Jogo Rápido 

RS tem 23 municípios em situação de emergência
Até o final de semana, eram 23 os municípios gaúchos que haviam decretado situação de emergência em razão da estiagem, de acordo com dados da Defesa Civil. As prefeituras de Joia e Paraíso do Sul foram as últimas a recorrer à medida, na sexta-feira (30). Do total de cidades, sete já tiveram seus decretos homologados pelo governo do Estado. Entre estas, Tupanciretã, primeira a protocolar o pedido no Sistema Integrado de Informações de Desastres (S2ID) da Defesa, já teve a situação reconhecida pela União. O decreto de emergência é usado quando o município enfrenta algum tipo de desastre que comprometeu parcialmente sua capacidade de resposta. A aprovação do documento nas esferas estadual e federal é necessária para que as prefeituras recebam benefícios de ajuda humanitária. Também é requisito para que agricultores e pecuaristas das regiões atingidas possam refinanciar dívidas relativas a financiamentos agrícolas. (Correio do Povo)


 
 
 

Previsão meteorológica para áreas agrícolas na primeira quinzena do ano | CBQL | Diretor da Epagri é eleito para a presidência do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite | RS tem 23 municípios em situação de emergência

Clique aqui e leia as matérias na íntegra.

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 02 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.813


Carbono negativo, irrigação e mercados: prioridades na Secretaria da Agricultura do RS

Empossado neste domingo, Giovani Feltes falou à coluna sobre os desafios no comando da pasta

Natural de São Leopoldo, na Região Metropolitana, Giovani Feltes chega ao comando da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul tendo a experiência política como maior ativo. Formado em Direito e Gestão Pública, foi vereador, prefeito, deputado estadual e federal, além de titular da Fazenda no governo de José Ivo Sartori. Sem relação direta com o agro, ele entende que tem pela frente "um desafio gigante" e, para dar conta de administrar  setor tão vital para a economia gaúcha, buscará se cercar de técnicos e dos próprios representantes do produtor rural.

Neste domingo de posse (01), Feltes conversou com a coluna sobre as primeiras orientações recebidas para a gestão da pasta. Leia abaixo trechos da entrevista.

O que o senhor traz da experiência na Fazenda que pode ser útil na gestão da Agricultura?

Assumir a Agricultura é igualmente desafiador, como foi na Fazenda. A ideia era traduzir aquele momento econômico para a população, dar-lhes  a entender as dificuldades que o Estado estava passando e que, em função disso, medidas nem sempre muito simpáticas eram absolutamente imperiosas. Agora, imagino que o desafio é igualmente gigante, afinal, estamos falando de uma secretaria que tem vinculação direta com metade praticamente do PIB do RS. Se tivermos um trabalho que possamos ser solidários, ajudar a reverberar as dificuldades, tentar minimamente ultrapassar gargalos, é uma forma de facilitação para que o agronegócio possa atuar, avançar. Manter e ampliar o significado e a relevância econômicos no RS.

Como fazer isso?

Obrigatoriamente, terei de buscar conversar com os atores da atividade, com as entidades representantes de todo o setor. Da mesma forma, fico bastante mais tranquilo porque com bom senso, razoabilidade e uma dose de experiência do ponto de vista de gestão pública fico confiante. Porque, assim como na Secretaria da Fazenda, os quadros da Agricultura são de excelência, historicamente reconhecidos na atividade que desempenham nos mais variados setores. 

Que orientações recebeu do governador para a pasta?

Avançar ainda mais na proximidade com o meio ambiente, com questões de legislação. Falamos também sobre a questão do carbono negativo, para que se possa uma vantagem, um instrumento importante e de valorização ainda maior do agro. E sobre o que já está acontecendo. Há de se destacar o secretário Domingos, que fez um trabalho da melhor qualidade, que conhece e é do setor, tem formação e mostrou plena disposição de continuar colaborando. Outra situação que se conversou foi sobre ter duas safras. Precisamos criar mecanismos e possibilidades para que isso aconteça efetivamente. É preciso maior volume de reserva de água e, para isso, eventualmente, mexer na legislação, sem comprometer a preservação do ambiente. A questão da irrigação, de se ter recursos para enfrentar isso. E a busca mais vigorosa por mercados, para mais facilidade de exportar produtos. 

O senhor já conversou com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural?

Ainda não tive oportunidade de conversar com o Santini de forma clara e objetiva sobre essa situação. Conheço o Ronaldo Santini há muitos, muitos anos e tive o privilégio de ter servido como deputado estadual com ele também, então tem uma relação, além de colega de secretariado, pessoal e de parlamentar. A relação política é de muitas décadas. 

Há demandas do agro relacionadas com questões tributárias. Como o conhecimento adquirido na Fazenda pode ajudar com isso?

Naturalmente, o governo toma conhecimento, e algumas dessas demandas e entraves fiscais/tributários são desde a minha época (como secretário da Fazenda) e não consneguiram ser necessariamente superadas, em outras, houve avanço inegável. Não tenho dúvida de que essas coisas, com o tempo, vão se ajeitando. Não entro mas na especificidade da coisa por conta de que vamos conversar com as entidades, observar aquilo que é possível, conversar dentro da esfera do governo, nos movimentando para produzir resultados que sejam benéficos para a economia do Rio Grande, do Estado como um todo. (Zero Hora)


Reservar para irrigar

O começo de 2023 reserva uma mudança tida como essencial no caminho para o avanço da irrigação no Rio Grande do Sul.

A definição sobre curso de água efêmero e intermitente sairá na forma de instrução normativa nos primeiros meses do ano, projeta a secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann.

E por que essa questão técnica importa?

- A dificuldade na classificação acaba impedindo a reserva de água. A instrução normativa do departamento de recursos hídricos, em formulação, permitirá que dúvidas sejam esclarecidas, com base técnica - explica. Com o tempo seco outra vez prejudicando a safra de verão, a necessidade de ações voltadas à irrigação (que vem precedida da necessidade de reservar água nos meses de chuva) se reforça como prioridade. Marjorie afirmou que essa pauta "está dentro de todas as outras".

E acrescenta que o grupo técnico criado para tratar do tema teve "cuidado extremo" para que as propostas fossem independentes da pessoa no comando das pastas. Há ações de curto, médio e longo prazo. A instrução normativa que esclarece o conceito de curso da água entra no curto prazo, assim como iniciativas para amenizar impactos do tempo seco (seguro, auxílios, poços e açudes).

No médio/longo, entram a questão do bioma Pampa (onde há impasse judicial) e a reserva em "recursos hídricos mais potentes". - Além disso, a agricultura avançará em técnicas de reuso da água - completa a secretária. (Zero Hora)

 

Sancionado projeto de lei de implementação de programas de autocontrole para todo o setor agropecuário

A lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos 18 setores regulados pela defesa agropecuária

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei nº 1293, de 2021, que dispõe sobre os programas de autocontrole no setor agropecuário. A lei estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos processos produtivos em todos os 18 setores regulados pela defesa agropecuária.

A ideia é aperfeiçoar a atuação da defesa agropecuária, incorporando as informações geradas nos programas de autocontrole de responsabilidade dos agentes regulados, produtores agropecuários e indústria. O Estado permanece com a prerrogativa de exercer a fiscalização plena. Desta forma, o Estado incorpora à sua atuação a capacidade de tomar decisões mais acertadas tanto na fiscalização, quanto na atividade regulatória, por dispor de um conjunto de informações geradas nos processos produtivos, confrontadas com aquelas oriundas da fiscalização, mantendo o poder de atuação nos casos de infrações.

O setor produtivo, por sua vez, fica desonerado de uma grande quantidade de burocracia gerada por demandas individuais por informações em diferentes pontos do sistema. As informações de interesse serão compartilhadas com o Mapa por meio de plataforma eletrônica e processos, agilizando vários serviços, como, por exemplo, a emissão de certificados sanitários.

Foi ainda instituído o Programa de Incentivo à Conformidade em Defesa Agropecuária, de caráter voluntário, e que busca estimular a conformidade dos processos produtivos por meio do aumento da transparência das informações geradas no âmbito do setor produtivo. As empresas que aderirem ao programa terão uma série de incentivos, que têm na sua essência a redução ainda maior da carga burocrática em comparação ao sistema vigente.
Foi atualizado o valor das multas, com o objetivo de inibir irregularidades e o não cumprimento das normas sanitárias.

Os programas de autocontrole proporcionam modernização no âmbito da fiscalização, garantindo maior segurança jurídica, aprimoramento da qualidade dos produtos agropecuários, redução de gastos públicos e aprimoramento de capacidade de pronta atuação por parte dos agentes de fiscalização.

O presidente vetou trechos que tratavam da isenção de registro de insumos agropecuários fabricados pelo produtor rural para uso próprio e que atribuía ao Mapa a definição dos insumos que não teriam isenção de registro. Os procedimentos foram considerados inviáveis, pois exigiriam atualização da lista de agrotóxicos e produtos veterinários isentos de registro a cada novo ingrediente ativo desenvolvido. Além disso, há o fato de que o processo de registro de um agrotóxico envolve outros órgãos administrativos além do Mapa. (MAPA)


Jogo Rápido 

MP dos combustíveis prorroga desoneração de impostos federais por 60 dias
A Medida Provisória (MP) dos Combustíveis prorroga por 60 dias a desoneração de impostos federais sobre esses produtos, de acordo com nota divulgada na noite deste domingo pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mandatário assinou há pouco a MP. Mais cedo neste domingo, o futuro presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já tinha afirmado que a prorrogação teria duração de 60 dias. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.812


PREÇO DA GASOLINA EM 2023: saiba o MOTIVO para aumento da GASOLINA e DIESEL e qual pode ser o valor da ALTA

A desoneração, que ajudou a conter o preço da gasolina na segunda metade de 2022, tem prazo para acabar

Com Estadão Conteúdo

Com o novo governo, muito se especula sobre o preço dos combustíveis em 2023. A expectativa é se com o governo Lula (PT) haverá aumento do preço da gasolina e diesel, atualmente desonerados, mas com prazo de validade para retomada da maior tributação. 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pedisse ao governo Bolsonaro para desistir de prorrogar o corte dos impostos federais sobre combustíveis.

Haddad comunicou a Lula ontem à tarde por meio de mensagem no celular, segundo fontes do governo Bolsonaro, a edição de medida provisória (MP) para prorrogar a desoneração por um mês. A prorrogação daria tempo para o novo governo se posicionar e tomar a decisão em torno da desoneração.

Sem ela, ocorre o aumento dos preços, com impacto na inflação. De acordo com o atual ministro de Minas e Energia, o preço da gasolina, diesel e etanol "vai aumentar a partir de janeiro por escolha do novo governo".

Valor do aumento da gasolina em 2023

Sem levar em conta a proposta de prorrogação por um mês da desoneração, o ministro estimou que "a partir de janeiro gasolina vai aumentar aproximadamente R$ 0,69 e diesel R$ 0,33".

O impacto da prorrogação da medida seria de R$ 52,9 bilhões no ano cheio. Setores do mercado financeiro pressionam pelo fim da desoneração para a melhoria das contas públicas.

A desoneração, que ajudou a conter o preço da gasolina na segunda metade de 2022, tem prazo para acabar em 31 de dezembro.

SUBIDA DOS IMPOSTOS E PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

Integrantes do PT já alertaram para o risco de subida dos impostos logo no primeiro dia de governo, o que poderia acabar em "pólvora" para os atos extremistas contra a posse do novo presidente.

O impacto na inflação, no risco de alta da Selic e na popularidade do presidente logo na largada do governo também foram postos na mesa.

Os Estados também devem aumentar o ICMS da gasolina a partir de janeiro, o que aumenta a pressão.

Na conversa com Haddad, Guedes apontou que o fim da desoneração seria de interesse do mercado financeiro, que não quer a volta da tributação de lucros e dividendos para compensar a perda de arrecadação com a desoneração e o seu impacto nas contas públicas.

Guedes tinha proposto taxar lucro e dividendos para compensar o custo do Auxílio Brasil e da manutenção da desoneração. (JC UOL)


Desequilíbrio marca ano de produtores de leite do Rio Grande do Sul
 
O setor do leite viveu um ano de altos e baixos no Rio Grande do Sul, com estiagem e alta no custo de produção
 
O setor do leite viveu um ano de altos e baixos no Rio Grande do Sul.
 
O ano começou com estiagem que impactou pastagens, preços que melhoraram no meio do ano e pressão de custos que voltou a preocupar o produtor no último trimestre de 2022.
 
A rotina de todo produtor de leite é igual: ordenha duas vezes ao dia, pegar alimento para as vacas e fazer o trato para que elas produzam bem.
 
O estado é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com um volume de 4,27 bilhões de litros/ano ou 12% da produção nacional.
 
Segundo a Emater, a estiagem no começo do ano impactou com força a atividade. com pouca pastagem ou silagem, o produtor precisou investir mais na dieta e a produção chegou a cair 19% no primeiro semestre.
 
Já os custos dos insumos, como os fertilizantes para produzir comida para o rebanho, subiram mais de 100% entre 2021 e 2022.
 
Em contrapartida os preços subiram cerca de 37% entre maio e  julho, com o preço médio do litro do leite no estado em R$3,41
 
Já em agosto o conseleite projetou o preço de referência do leite pago pela indústria aos produtores, em R$2,81 que representa uma redução de 14,8%.
 
Em setembro nova queda de 12%. Em outubro o litro sai por R$2,28
 
“Nós tivemos uma oscilação nunca vista antes em 2022. A cada quatro meses, nós convivemos com uma nova realidade diferente. A partir de setembro, tivemos situação de produtos importados, principalmente o leite em pó e queijo alguma coisa também mas dentro da média histórica, e isso forçou uma baixa dentro do mercado brasileiro”, diz Darlan Palharini, secretário-executivo Sindilat.
 
A forte queda do preço do leite fragiliza o produtor e incentiva abandono da atividade.
 
De acordo com a emater entre 2021 e 2015, 52 dos produtores de leite migraram para outras atividades. O número caiu de 84 para 40 mil.
 
Entidades temem que a falta de incentivo e políticas específicas para o setor acentuam ainda mais essa crise.
 
Outra questão inclui ter um preço fixo de venda do leite. hoje o produtor entrega e só vai descobrir quanto vai ganhar em 30 ou 40 dias. a indústria já discute essa situação mas destaca que o Rio Grande do Sul teria que ter uma política nesse sentido. Assista a matéria clicando aqui. (Canal Rural)
 

Caged tem saldo positivo de 135 mil empregos

Registro do último mês do ano divulgado ontem é resultado de 1,747 milhão de admissões e de 1,6 milhão de demissões

Após a criação de 162.029 vagas em outubro, dado revisado ontem, o mercado de trabalho formal registrou saldo positivo 135.495 carteiras assinadas em novembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. 

O resultado do mês passado decorreu de 1,747 milhão de admissões e de 1,612 milhão de demissões. Em novembro de 2021 houve abertura de 313,77 mil vagas com carteira assinada. No Rio Grande do Sul, igualmente há saldo positivo de 11.679 empregos. Foram 110.960 trabalhadores admitidos contra 99.281 demitidos. O segmento de mais destaque no Estado foi o de comércio, que registrou saldo de 6.165 postos, fruto de 33.729 contratados ante 27.564 dispensados. 

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês no país, segundo estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. As previsões eram de abertura líquida de 104 mil a 229,8 mil vagas em novembro, com média positiva de 146 mil postos de trabalho. No acumulado dos 11 primeiros meses de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 2,46 milhões de vagas. 

No mesmo período do ano passado havia criação líquida de 3,07 milhões de postos formais. Assim como no RS, também no Brasil foi o comércio que puxou a geração de empregos. O país teve saldo positivo de 105,9 mil postos formais em novembro. Logo a seguir aparece o setor de serviços, que abriu 92.213 vagas. A indústria, porém, fechou 25 mil vagas. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Estado terá calor e pancadas de chuva pelos próximos dias
A próxima semana terá calor e pancadas de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 51/2022, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (31/12), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com muito calor e temperaturas próximas de 40°C em diversas regiões. No domingo (01/01), o deslocamento de uma frente fria vai provocar pancadas de chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (02/01), a nebulosidade associada à frente fria ainda permanecerá sobre o Estado, e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões. Na terça-feira (03/01), ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas nos setores Norte e Nordeste; no restante do Rio Grande do Sul, o ingresso de uma massa de ar seco manterá o tempo firme. Na quarta (04/01), o tempo seco e quente vai predominar em todo o Estado. Os totais esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha e na Zona Sul. Nas demais regiões, os volumes deverão oscilar entre 15 e 30 mm, podendo superar 40 mm em alguns municípios da Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, milho silagem, arroz, feijão, olerícolas, frutíferas e fumo. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.811


Novo valor da Unidade Padrão Fiscal altera taxas de repasses para o Fundesa e Fundoleite

O Governo do Estado fixou em R$ 24,7419 o valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF-RS) em 2023. A nova tarifa teve um aumento de 5,89% em relação a 2022 e foi publicada no Caderno do Governo (DOE) do Rio Grande do Sul na terça-feira (27/12). A variação do indexador regulado pelo Estado consta na Instrução Normativa 110/22, que entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro, alterando os valores que devem ser recolhidos pelo setor lácteo gaúcho através do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite). 

A taxa do Fundesa ficou definida em R$ 0,001534 por litro industrializado em 2023. Deste total, 50% será descontado na nota de compra de leite pago aos produtores, o que equivale a R$ 0,000767 por litro, e 50% pelas indústrias, também no valor de R$ 0,000767 por litro. Os valores arrecadados são aplicados na indenização dos proprietários por animais identificados pelo serviço oficial e sacrificados por conta de zoonoses, tuberculose e brucelose. Além disso, financiam a promoção de ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas, sob controle e erradicação, reconhecidas nos programas oficiais de sanidade animal. Ao todo, 10 entidades integram o Fundesa, entre elas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

Já com relação ao recolhimento para o Fundoleite, o valor será de R$ 0,001534 por litro adquirido, apenas pela indústria, sendo que o Estado bonifica 50% desse valor em ICMS. A iniciativa tem como objetivo as ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite bovino e dos seus derivados para o aumento da competitividade do produtor de leite gaúcho e na divulgação de campanhas para a defesa e o aumento do consumo de lácteos.

As informações são da Assessoria de imprensa do Sindilat/RS


Feltes é confirmado na Agricultura e Marjorie segue no Meio Ambiente no RS

Anúncios dos dois secretários foram feitos através das redes sociais do governador eleito Eduardo Leite

Seguindo a intenção de tomar posse com todas as vagas do secretariado preenchidas, o governador eleito Eduardo Leite (PSDB) realizou mais dois anúncios no começo da tarde desta quinta-feira. O deputado federal Giovani Feltes (MDB), que tentou a reeleição, mas não renovou sua cadeira na Câmara dos Deputados, será o secretário de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Feltes ocupou a pasta da Fazenda no governo de José Ivo Sartori (MDB).

O outro anúncio foi a permanência de Marjorie Kauffmann (PSDB) à frente do Meio Ambiente e Infraestrutura. De 2019 até assumir a secretaria neste ano, quando da desompatibilização de Luiz Henrique Viana (PSDB) para concorrer a deputado estadual, Marjorie foi foi presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). 

Com os dois novos nomes, chega a 20 o número de secretários anunciados, de um total de 27 pastas, sendo uma extraordinária que ainda terá sua temática e data de efetivação a ser definida. Novos anúncios podem acontecer no decorrer da tarde.

Nesta semana, já haviam sido confirmados Gilmar Sossella (PDT), à frente da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Profissional, do economista mineiro Pedro Capeluppi, em Parcerias e Concessões, Luiz Henrique Viana (PSDB) em Sistemas Penal e Socioeducativo, e Danrlei (PSD), retorna à pasta de Esporte e Lazer.

Secretários já confirmados:

  • Casa Civil - Artur Lemos
  • Procuradoria-Geral do Estado - Eduardo Cunha da Costa (PGE)
  • Educação - Raquel Teixeira
  • Comunicação - Tânia Moreira
  • Casa Militar - Luciano Boeira
  • Fazenda - Pricilla Maria Santana
  • Segurança Pública - Sandro Caron
  • Obras Públicas - Izabel Matte
  • Assistência Social - Beto Fantinel
  • Saúde - Arita Bergmann
  • Desenvolvimento Rural - Ronaldo Santini
  • Logística e Transportes - Juvir Costella
  • Cultura - Beatriz Araújo
  • Desenvolvimento Econômico - Ernani Polo
  • Trabalho e Desenvolvimento Profissional - Gilmar Sossella
  • Parcerias e Concessões - Pedro Capeluppi
  • Sistemas Penal e Socioeducativo - Luiz Henrique Viana
  • Esporte e Lazer - Danrlei
  • Meio Ambiente e Infraestrutura - Marjorie Kauffmann
  • Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação - Giovani Feltes

As informações são do Correio do Povo

 

Carlos Fávaro assume Ministério da Agricultura na segunda-feira

A cerimônia de transmissão de cargo do atual ministro Marcos Montes para o novo ocupante está marcada para as 15h na sede da Pasta

O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) tomará posse no Ministério da Agricultura na próxima segunda-feira, dia 2 de janeiro. A cerimônia de transmissão de cargo do atual ministro Marcos Montes para ele está marcada para as 15h, na sede da Pasta.

Fávaro deverá anunciar Irajá Lacerda para a Secretaria-Executiva do ministério. Ele é advogado em Mato Grosso, especializado em regularização fundiária, direito agrário e ambiental, e foi chefe de gabinete do senador até recentemente. 

Lista completa de ministros confirmados:

  • Advocacia-Geral da União (AGU): Jorge Messias
  • Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Carlos Fávaro (PSD)
  • Casa Civil: Rui Costa (PT)
  • Cidades: Jader Filho (MDB)
  • Ciência e Tecnologia: Luciana Santos
  • Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil)
  • Controladoria-Geral da União (CGU): Vinícius Carvalho
  • Cultura: Margareth Menezes
  • Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT)
  • Defesa: José Múcio Monteiro
  • Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT)
  • Direitos Humanos: Silvio Almeida
  • Educação: Camilo Santana (PT)
  • Esporte: Ana Moser
  • Fazenda: Fernando Haddad (PT)
  • Gabinete de Segurança Institucional: Marco Edson Gonçalves Dias
  • Gestão: Esther Dweck
  • Igualdade Racial: Anielle Franco
  • Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB)
  • Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT)
  • Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino (PSB)
  • Meio Ambiente: Marina Silva (Rede)
  • Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD)
  • Mulheres: Cida Gonçalves
  • Pesca: André de Paula (PSD)
  • Planejamento e Orçamento: Simone Tebet (MDB)
  • Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB)
  • Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSol)
  • Previdência Social: Carlos Lupi (PDT)
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira
  • Relações Institucionais: Alexandre Padilha
  • Saúde: Nísia Trindade
  • Secretaria-Geral da República: Márcio Macêdo
  • Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT)
  • Trabalho: Luiz Marinho
  • Transportes: Renan Filho (MDB)
  • Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil)

As informações são do Valor Econômico


Jogo Rápido 

Piracanjuba conquista selo mais integridade
Piracanjuba conquistou o Selo Mais Integridade, premiação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que reconhece práticas de integridade por empresas do agronegócio. Para alcançar o prêmio, as companhias são avaliadas sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e ainda quanto ao empenho para a mitigação das práticas de fraude, suborno e corrupção. A certificação está em sua quinta edição e se divide em Selo Verde – concedido às empresas que conquistam o reconhecimento pela primeira vez, como é o caso da Piracanjuba -, e Selo Amarelo, destinado às companhias que conseguem renovar a premiação. A relação das premiadas foi divulgada na Portaria nº 15 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 15 de dezembro, que entra em vigor no próximo dia 30. A cerimônia de entrega do prêmio está prevista para a primeira semana de fevereiro de 2023. “É um orgulho alcançarmos esse reconhecimento, que é resultado de um esforço conjunto do nosso time para assegurar as melhores práticas de integridade no dia a dia da empresa”, destaca o gerente de Auditoria Interna e Compliance, Adriano Ferrer. Segundo o gerente, a estruturação do Programa de Compliance da empresa foi iniciada em 2021, em parceria com a consultoria Martinelli Advogados. A iniciativa envolveu a estruturação de uma área focada no tema, formalização em políticas e procedimentos de práticas já existentes, assim como a criação de novas, além de treinamentos que alcançaram todos os colaboradores. A partir da premiação formal do Selo Verde, a Piracanjuba estará apta a utilizá-lo em seus produtos, meios de comunicação e publicidade, pelo período de um ano. “Em 2023, a meta é renovarmos a premiação com a conquista do Selo Amarelo, demonstrando nosso comprometimento na melhoria contínua dos processos, reforçando nossos valores”, ressalta o gerente. O Selo Mais Integridade foi criado pelo Mapa, a partir da Portaria nº 2.462, de 12 de dezembro de 2017, para premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvam boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade. As primeiras premiações foram entregues em 2018. Entre os objetivos da iniciativa, estão: estimular a implementação de programas nos âmbitos econômico, social e ambiental e conscientizar empresas e cooperativas do agronegócio sobre seu relevante papel no enfrentamento às práticas concorrenciais corruptas e antiéticas. (As informações são da Assessoria de imprensa Piracanjuba)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.810


O espelho uruguaio

Este artigo, elaborado pelo engenheiro agrônomo, Marcos Snyder, compara o setor leiteiro da Argentina com o do Uruguai, para ver quais problemas são comuns a ambos os países e quais são questões apenas da Argentina.

Argentina: segundo maior produtor de leite da América do Sul depois do Brasil, possui as maiores fazendas leiteiras, é o maior exportador da região e o 3º exportador de leite em pó integral do planeta.

Uruguai: 5º produtor da América do Sul (atrás do Brasil, Argentina, Colômbia e Chile), mas o 2º exportador de lácteos, competindo com a Argentina no comércio internacional de leite em pó integral.

O Uruguai é o país que, com uma produção de 590 litros por habitante por ano, produz mais leite per capita na América do Sul. O país também tem o maior consumo de leite da região, 266 litros/hab/ano, mas a alta produção permite que exportem 77% do que produzem.

O Uruguai, com 5,6 milhões de litros de leite/dia, produz aproximadamente 70% do que a província de Buenos Aires produz, ficando logo atrás da Argentina nas exportações de leite em pó integral. Em 2021, o país exportou 28.865 toneladas de leite em pó integral para o Brasil (+17% a mais que o volume exportado pela Argentina) e até agora em 2022 (jan-out) acumula 22.216 toneladas, 35% a menos que os embarques da Argentina para o Brasil.

Mas é muito interessante observar o que é exportado pelos dois países para a China, pois enquanto a Argentina vendeu ao gigante asiático 3.542 toneladas de leite em pó integral entre janeiro e setembro de 2022, o Uruguai acumula uma venda de 25.975 toneladas, desbancando a Austrália como segundo fornecedor da China desde 2021.

O país vem trabalhando na competitividade há anos e, recentemente, tramita até um possível acordo de livre comércio com os asiáticos.

Quando se fala em “competitividade”, costuma-se pensar no desempenho da produção primária e da indústria processadora, mas quando se trata de exportar, a competitividade não envolve apenas o produtor e a indústria, mas também o Estado com seus controles, seus impostos e as políticas públicas necessárias para facilitar a tarefa e garantir a entrada de divisas.

Estando os dois países à mesma distância da China, infere-se que a dificuldade da Argentina em aumentar seu volume de exportação se deve à falta de competitividade exportadora causada por um Estado ineficiente.

A cadeia de lácteos argentina possui um elo produtivo primário altamente competente, pois trabalha e cresce com os menores preços de matéria-prima do mundo, e um elo industrial local com capacidade para processar com eficiência os volumes necessários para competir e abastecer o mercado interno e externo. 

Mas é um ônus incluir o pesado Estado argentino com sua pressão tributária direta como o Imposto de Exportação, entre outros (9% para o leite em pó integral, principal produto lácteo exportado), e indireta como o atraso cambial (no mínimo 30% e a insólita gama de taxas de dólares fictícios existentes), adicionado a isso o imposto inflacionário (a COVID e a guerra afetam a todos, mas o Uruguai tem uma inflação anual de 9% enquanto a Argentina, de 83%).

Sem dúvida, seria promissor que o atual governo e os que virão reconsiderassem seriamente a mudança na forma de fazer as coisas para gerar a tão esperada reativação não só do setor leiteiro argentino (representado por 10.446 fazendas leiteiras, 670 empresas processadoras e 187.000 funcionários), mas também de toda a economia.

(Artigo do engenheiro agrônomo Marcos Snyder para o DairyLando, traduzido pelo Sindilat via linguee)


Leite - o alimento do mundo: consumo, produção e comercialização

A Índia e o Paquistão estão liderando a demanda e impulsionando o aumento do consumo global de laticínios, acompanhando o crescimento de suas rendas e populações. A indústria de laticínios também está em tendência no resto do mundo. Nos países de alta renda, o consumo per capita deve aumentar 0,4% ao ano, principalmente na forma de produtos lácteos.Em países de baixa e média/baixa renda, quase todo o consumo é na forma de produtos frescos, e espera-se que o consumo per capita aumente em 1,5% ao ano.O queijo é o segundo produto lácteo mais consumido na Europa e na América do Norte, e está sendo acompanhado por regiões onde tradicionalmente não fazia parte da dieta tradicional, como o sudeste asiático.

Enquanto algumas regiões são auto-suficientes, como Índia e Paquistão, o consumo total de laticínios na África, países do sudeste asiático e do Oriente Próximo e Norte da África deve aumentar mais rapidamente do que a produção, e isto significa que as importações aumentarão.

O leite em pó desnatado e o leite em pó integral são utilizados especialmente em confeitaria, leite em pó infantil e produtos de panificação. Uma pequena parte dos produtos lácteos, especialmente leite em pó desnatado e leitelho em pó, é utilizada na alimentação animal.

China, que importa ambos os produtos, leite em pó desnatado e soro em pó, fará isso em maior volume durante a próxima década.

Os soro de leite em pó estão ganhando destaque no processamento de suplementos nutricionais, especialmente na nutrição clínica, infantil e sênior.

O crescimento esperado em quase todas as regiões do mundo é impulsionado pelo aumento da produtividade das vacas leiteiras através da otimização dos sistemas de produção, melhoria da saúde animal e da eficiência alimentar, e melhoria genética.

A UE crescerá mais lentamente do que a média mundial, porque a taxa de crescimento da produtividade é mais lenta em relação ao declínio do rebanho leiteiro: 0,5% ao ano, comparado a 1% ao ano.

Atualmente, mais de 10% das vacas leiteiras estão em sistemas orgânicos localizados na Áustria, Dinamarca, Grécia, Letônia e Suécia, que, pelo mesmo motivo, produzem um quarto do que a produção convencional faz, com custos de produção mais altos.

A América do Norte tem o maior rendimento médio por vaca, são em sua maioria sistemas alojados com alimentação focada em altos rendimentos de rebanhos leiteiros especializados; e como se espera que a demanda doméstica por gorduras permaneça mais forte, os EUA irão exportar principalmente leite em pó desnatado.

A Nova Zelândia produz apenas 2,5% do leite do mundo, mas é o país mais voltado para a exportação. Seu sistema é basicamente pastoral e os rendimentos são consideravelmente menores do que na América do Norte e Europa, mas ainda assim competitivos. A disponibilidade de terras e as crescentes restrições ambientais limitam seu crescimento, mas é improvável que eles se concentrem para alimentar seus rebanhos.

A produção na África também crescerá, porque seus rebanhos crescerão, embora tenham baixos rendimentos: um terço dos rebanhos leiteiros do mundo, produzindo 5,6%, de modo que uma grande parte da produção de leite virá de caprinos e ovinos.

Quase 30 % da produção mundial de leite será utilizada para processar produtos lácteos. Em países de baixa e baixa renda média, a maior parte da produção de leite é utilizada para produtos lácteos frescos. A produção de manteiga, por exemplo, deve crescer um pouco mais rápido em relação à produção total de leite, e todos os outros produtos lácteos a taxas mais lentas.

Apenas 7% da produção mundial de leite entra nos mercados internacionais, mas nas versões integral e em pó desnatado, mais de 50% do que é produzido em todo o mundo é comercializado internacionalmente.

O comércio global de laticínios está ganhando impulso e se expandirá na próxima década, chegando a 14,2 MTM em 2031. Mas nem todos os produtos crescerão igualmente: 1,7% por ano para SMP, 1,6% por ano para queijo, 1,5% para soro em pó, 1,3% para manteiga e 0,9% para SMP, são as projeções de acordo com com a FAO; e a maior parte deste crescimento será coberta por mais exportações dos EUA, da UE e da Nova Zelândia.

A Austrália, apesar de perder participação no mercado internacional, continua sendo um dos principais exportadores de queijo e leite em pó desnatado. A Argentina é também um grande exportador de leite em pó desnatado, e está projetado para responder por 5% das exportações mundiais até 2031. Nos últimos anos, Belarus se tornou um grande exportador, orientando suas exportações principalmente para o mercado russo devido ao embargo imposto àquele país.

O leite está em toda parte. Ela é, foi e será uma parte fundamental de nossas culturas, de nossa composição humana. O leite e seus derivados não são apenas fontes vitais de nutrição para a população global, mas também um meio de subsistência para milhões de pessoas na cadeia de valor do leite em todo o mundo.

Você já tomou seu copo de leite hoje?

O leite é bom para você!

As informações são do Edairy News

A produção de leite na UE supera as expectativas

Leite/Europa – A produção de leite na Europa Ocidental vem aumentando desde o ponto mais baixo atingido em novembro.

Fontes da indústria percebem que a captação varia amplamente entre os países e regiões. Em algumas delas existem pontos percentuais a mais em relação ao ano anterior, e em outras pontos percentuais a menos. Há consenso de que a produção de leite supera as expectativas, mesmo que na comparação anual, até o momento, o volume ainda seja menor, em relação ao período antecedente. De acordo com dados publicados pelo site CLAL, a produção do leite de vaca na União Europeia (UE) em outubro chegou a 11.682 mil toneladas, um aumento de 1,5% em relação ao ano passado. No acumulado de janeiro a outubro, o volume estimado é de 121.820 mil toneladas, uma queda de 0,3% em comparação com a produção de leite na UE de janeiro a outubro de 2021. Entre os principais produtores do bloco ocidental, o volume as variações foram: Alemanha, 26.742 mil toneladas (-0,6%); França, 20.480 mil toneladas (-1%); Holanda, 11.480 mil toneladas (+0,3%) e Itália, 10.925 mil (-0,6%).

Fontes da indústria relatam que os preços pagos aos produtores estão em níveis recordes até o final do ano. Esses preços aumentaram constantemente ao longo de 2022, chegando à média de € 0,59/kg. No entanto, observadores do mercado avaliam que esse nível é insustentável, diante da queda nas cotações das commodities lácteas. A fraca demanda por ingredientes lácteos reduziu a necessidade de leite para as indústrias. Os preços do leite no mercado spot caíram dramaticamente. Em alguns casos, chegou à metade do preço pago ao produtor. Muitos analistas acham que as indústrias de laticínios reduzirão o preço do leite ao produtor no primeiro dia do próximo ano.

As fábricas estão bem abastecidas. Os fatores mais limitantes são a disponibilidade de caminhões e motoristas para captar o leite e entregá-lo nas indústrias. Também há dificuldades em encontrar funcionários para completar os diversos turnos de trabalho. Existem relatos de elevado número de licenças médicas e férias à medida que chegam as festas de final de ano.

A energia tem estado disponível, mas a custos muito elevados. A maioria dos países da Europa Ocidental planejou quantidades adequadas de abastecimento e, salvo se houver um inverno muito rigoroso, deve haver reservas suficientes para atender à maior parte das necessidades.

No Leste Europeu, além das áreas impactadas diretamente pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, a produção de leite cresceu durante boa parte do ano, com a Polônia liderando a produção de leite dentro do bloco. De acordo com o site CLAL, no mês de outubro o país captou 1.025 mil toneladas, +2,1% em relação a outubro de 2021. No acumulado do ano até outubro de 2022, a Polônia produziu 10.730 mil toneladas de leite, registrando crescimento de 2,2% na comparação interanual.

Apesar dos danos e interrupções causados na rede de distribuição de energia pelo conflito entre a Ucrânia e a Rússia, as exportações de grãos pelos portos do Mar Negro foram retomadas, conforme acordo feito entre Moscou e Kiev. O ministério ucraniano relatou que 550 navios saíram transportando 13,8 toneladas de grãos ucranianos com destino à Ásia, Europa e África, dentro das condições acordadas. Tanto a Rússia como a Ucrânia gostariam de prorrogar o acordo, e as autoridades turcas já estão se reunindo com líderes dos dois países em conflito para negociar a expansão do comércio através do Mar Negro. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)  


Jogo Rápido 

Medida Provisória altera prazo de adesão ao Programa de Regularização Ambiental
Medida visa evitar risco de proprietário rural ser responsabilizado por não ingressar no programa dentro do prazo previsto em razão de demora na análise do CAR. Foi publicada nesta segunda-feira (26) Medida Provisória n° 1.150 que altera o prazo para adesão ao PRA, originalmente previsto na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, mais conhecida como Código Florestal. De acordo com a Medida Provisória, o proprietário ou possuidor do imóvel rural terá 180 dias para aderir ao PRA após ser convocado pelo órgão competente estadual ou distrital. Pelo Código Florestal, o prazo de adesão terminaria no próximo dia 31 de dezembro de 2022. A mudança ocorreu pois a adesão ao PRA requer que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) do imóvel rural tenha passado pela análise prévia dos órgãos estaduais e distrital. No entanto, as unidades federativas não terão condições de concluir as análises dos cadastros dentro do prazo previsto em lei. Desta forma, os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa ) e do Meio Ambiente (MMA) apresentaram a proposta de alteração do prazo de adesão ao PRA para evitar o risco de o proprietário/possuidor de imóvel rural ser responsabilizado por não ingressar no programa conforme o prazo previsto ou se tornar inelegível aos benefícios previstos na Lei nº 12.651 em razão de não ter o CAR analisado.  A medida não gera impacto financeiro, orçamentário ou diminuição de receita para o Poder Público. O que é o PRA: O programa prevê uma série de ações a serem adotadas pelo produtor rural com o objetivo de cumprir as normas de regularização ambiental. O Mapa destaca que adesão ao PRA reduz os custos e viabiliza economicamente a adoção de medidas como recomposição, regeneração da vegetação e compensação nas propriedades rurais, que estão previstas na legislação. Além disso, contribui para o alinhamento da produção agropecuária nacional com a sustentabilidade, combate às mudanças climáticas e fortalece o papel do Brasil como fornecedor mundial de alimentos produzidos com respeito ambiental e social. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 27 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.809


Pequena propriedade de jovem casal de pedras altas vira caso de sucesso estadual na produção leiteira

A manhã do sábado (17) foi de emoção para o jovem casal Gean e Alice Bellini – ele com 30 anos e ela com 27, moradores do assentamento Lago Azul, localizado a cerca de 40km da sede de Pedras Altas.

Ambos foram pegos de surpresa, quando receberam das mãos dos representantes na região da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), o troféu de 1º lugar como caso de sucesso entre todos os produtores de leite conveniados com a cooperativa no RS.

Quando se fala em surpresa, é isso mesmo, porque o casal não sabia que havia sido escolhido entre outras 20 regiões do Estado. A divulgação ocorreu no encontro anual realizado na quinta-feira (15), na sede da CCGL, em Cruz Alta, quando o zootecnista e assistente técnico de campo da CCGL para a região, Thiago Pereira Vieira, apresentou o caso de Gean e Alice. “Num ano muito difícil e desafiador para a produção leiteira, com muita seca no início do ano e um inverno rigoroso e chuvoso, terminarmos assim com esse prêmio, é muito gratificante”, assinala Thiago.

Para despistar e manter a surpresa, Gean e Alice foram convidados para uma ‘reunião’ na casa do pai dele, o ex-prefeito de Pedras Altas, Jair Bellini, no mesmo assentamento. A suposta reunião era com o atual prefeito do município, Volnei Oliveira, que também foi ‘cúmplice’ na surpresa e estava presente no momento da revelação, assim como a reportagem do TP.

SUCESSO – O casal começou com a produção leiteira em 2014, porém somente na primavera de 2018, o tambo passou a ser o primeiro gerenciado pelo sistema de assistência técnica da CCGL. Pouco antes, a Associação Municipal dos Produtores de Leite de Pedras Altas (Amplepa), da qual Gean é assistente técnico e tesoureiro, havia fechado contrato com a cooperativa para recolher a produção do município, dentro da parceria CCGL, Cooperativa Mista Aceguá Ltda (Camal) e Cooperativa Agropecuária Júlio de Castilhos (Cootrijuc).

Conforme explicou o assistente Thiago, logo após o primeiro planejamento forrageiro que fizeram, já em 2019, os resultados começaram a aparecer. “Um caso de sucesso é todo aquele em que os resultados, em qualquer segmento de atuação, são acima da média. E esta é a situação do Gean e da Alice”, comemora ele, lembrando que o sonho da Alice, em 2018, era a aquisição de uma máquina de lavar e hoje eles já adquiriram com a produção, além da máquina, um veículo de passeio, entre outras conquistas a mais do que o melhoramento das condições de produção.

De 2014 até 2022, o tambo do casal teve crescimento de 254% em quantidade de leite produzido e somente de 2018 até agora – após a assistência da CCGL, a produção cresceu 153%. A média de produção de litros de leite diários por vaca vem crescendo ano a ano, com 26 litros em 2020, 27,3 litros em 2021 e fechou em novembro de 2022 com média de 28,7 litros por animal. Além disso, dentro dos padrões das novas instruções normativas, implantadas a partir de 2018, o casal alcançou, segundo Thiago, médias anuais relevantes, como 18 mil de contagem bacteriana total (CBT) e 292 mil de contagem de células somáticas (CCS). “Lutamos para ter muitos Geans e Alices na região”, disse.

O casal produz num lote de assentamento com apenas 20 hectares. São 18 vacas em lactação e a atividade leiteira é o carro-chefe da propriedade. A produção diária em média é de 500 litros. “Passamos muitas dificuldades para chegarmos hoje e receber esse prêmio. Eu sempre gostei de tirar leite e como é bom ser reconhecido naquilo que se tem gosto em fazer. Espero que mais produtores possam confiar na assistência como confiei, pois seguindo as orientações o resultado vem”, destaca Jean, lembrando que tudo gira em torno da alimentação dos animais. “A qualidade do leite entra pela boca da vaca. Sem pastagem e silagem em abundância não se resultados”, alerta.

Emocionada, Alice assinalou que a existência da Amplepa é o grande incentivo, lembrando que a produção leiteira é penosa, quando se enfrenta o inverno do pampa e os calorões do verão. “Por isso também minha gratidão à família, que sempre nos incentivou a jamais desistir. Estamos muitos felizes”, agradeceu.

Ainda em tom de agradecimento, Gean lembrou do veterinário Toni Machado, que, conforme ele, foi fundamental no início da sua caminhada como produtor de leite.

AMPLEPA – Com 49 produtores sob sua responsabilidade, entre eles o casal premiado, a Associação Municipal dos Produtores de Leite de Pedras Altas (Amplepa), também é um caso de sucesso. Criada há mais de 20 anos, a entidade é que possibilita todo o suporte e também a superação dos obstáculos e dificuldades que a atividade impõe.

Presente no ato da entrega da premiação ao casal, o atual presidente, Leomir Savoldi, salientou o orgulho da associação pelo alcance da honraria. “Isso é a soma das parcerias que estabelecemos, o que reflete diretamente na qualidade do leite”, assinala, não deixando de citar o presidente anterior a ele, Evaldo Deoscar, que segundo Leomir foi fundamental na parceria com a CCGL/Camal/Cootrijuc.

Figura fundamental na cadeia produtiva, o associado da Amplepa e responsável pelo transporte diário da produção da associação, Ricardo Salvoldi, o Ricardinho, recordou os momentos de severas dificuldades para a retirada da produção das propriedades, enfrentando condições adversas e muito caminhão estragado. “Hoje seguimos com dificuldades, mas numa realidade bem melhor”, aponta.

PREFEITURA – A Prefeitura de Pedras Altas é também uma grande parceira da produção leiteira. Somente em 2022, conforme dados do termo de colaboração firmado com a Amplepa, além de diversos maquinários transferidos, como tratores, reboques, plantadeiras, ensiladeiras, entre outros, há um repasse mensal em dinheiro de R$ 33 mil, que somados aos equipamentos chega a um desembolso de mais de R$ 1,5 milhão no ano. Para 2023, haverá um incremento R$ 5 mil, passando o repasse mensal para R$ 38 mil.

TP POSTO DE LEITE – O posto de leite da CCGL/Camal/Cootrijuc, localizado em Aceguá, conforme o supervisor de produção Júlio Lemos, que também é vereador na cidade, recebe diariamente no forte da primavera, 102 mil litros, perfazendo mais de 3 milhões de litros por mês. Essa produção vem de oito municípios: Bagé, Hulha Negra, Candiota, Pedras Altas, Chuí, Santa Vitória do Palmar, Cerrito e São Lourenço do Sul. De Aceguá ela é transportada para Cruz Alta, na sede da CCGL, onde é processada.

Para Julio, o prêmio do casal representa uma superação, pois está se falando de pequenos produtores, oriundos de um assentamento. “Muitas vezes se olha apenas para os grandes. Isso é a prova que quando se tem a orientação correta e ela é seguida, os resultados aparecem, independente do tamanho da propriedade”, destacou. (Edairy)


A seca continua sendo uma preocupação na América do Sul

Leite/América do Sul – A seca continua sendo uma preocupação na América do Sul, principalmente no que se refere ao crescimento das culturas anuais, bem como a produção de leite no curto prazo. 

As pastagens estão se deteriorando. Continuam chegando relatos do Uruguai e da Argentina sobre os efeitos do fenômeno La Niña na região. Grandes áreas permaneceram quentes e secas durante a maior parte do ano. Outras áreas da América do Sul, ao contrário, relatam chuvas excessivas e inundações. As expectativas em relação à produção de leite no primeiro trimestre de 2023 são variadas. Mas, de um modo geral, as perspectivas são de queda na comparação anual. Os custos operacionais nas fazendas flutuaram este ano, e com poucas possibilidades de melhoria do clima de imediato, a previsão é de que os custos de ração e fertilizantes permanecerão estáveis e muito provavelmente aumentem em 2023.O comércio de leite em pó vem caindo de outubro para cá. O Brasil compensou o afastamento de três grandes parceiros comerciais da região, Argélia, China e Rússia, cujas compras diminuíram por diversos motivos. Contatos brasileiros dizem que as compras aumentaram por necessidade, devido às incertezas econômicas. Os vizinhos da América do Sul possuem grandes disponibilidades de queijo e leite em pó. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Clima volta a afetar produção de grãos no Rio Grande do Sul

Estimativas para a colheita de milho de verão no Estado já diminuíram

O fenômeno La Niña, que pela terceira safra seguida influencia o regime de chuvas no Sul do Brasil, já trouxe o primeiro impacto negativo para a safra de grãos no Rio Grande do Sul neste ciclo 2022/23. Com os problemas, a consultoria StoneX reduziu para 4,5 milhões de toneladas sua estimativa de colheita de milho no verão no Estado, ante as 5,4 milhões projetados no início do mês.

Em agosto, a projeção da Emater-RS apontava para uma colheita de milho verão de 6,1 milhões de toneladas, ante 2,9 milhões na safra 2021/22, que foi castigada pela seca.

“A irregularidade das chuvas no Estado durante a segunda quinzena de novembro e ao longo das primeiras semanas de dezembro, momento crucial para a determinação do potencial produtivo, acabou acarretando em perdas de produtividade”, avaliou a StoneX, em boletim.

Para a soja, que está em fase final de plantio, a consultoria disse que o clima adverso ainda não trouxe riscos de queda de rendimento das lavouras. A Emater gaúcha espera uma colheita de 20,5 milhões de toneladas, ante as 9,1 milhões da prejudicada temporada 2021/22.

Ainda segundo a empresa, a ocorrência de chuvas ideais ainda poderá amenizar a situação das lavouras milho, mas novas perdas não estão descartadas. “Precisamos de chuvas regulares em janeiro e fevereiro. Não adianta chover 100 milímetros em um dia e não cair água nos próximos 30 dias. O cenário ideal seria um volume de precipitações de 20 milímetrosdiário, mas como estamos em época de La Niña, a irregularidade das chuvas deve prevalecer”. reforçou João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX.

Segundo o diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri, com exceção do nordeste do Estado, todas as demais áreas sofrem com a irregularidade das chuvas. Rugeri afirma que há relatos  relatos de perdas em pequenas áreas, e pondera que ainda é cedo para revisar as estimativas sobre a produção gaúcha. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

SONDAGEM FGV: Sobe confiança do consumidor 
A confiança do consumidor subiu 2,7 pontos em dezembro ante novembro após dois recuos seguidos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 88 pontos. Em médias móveis trimestrais o resultado caiu 0,3 ponto. “A melhora da confiança reflete um aumento do otimismo em relação aos próximos meses, principalmente das famílias de menor poder aquisitivo, que vêm se mantendo mais endividadas e sofrendo mais com os efeitos da inflação e taxa de juros elevada. As avaliações sobre o momento ainda se mantêm estáveis, mas com piora na percepção sobre o mercado de trabalho, o que gera cautela na intenção de compra”, avaliou a coordenadora de Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Viviane Seda Bittencourt. Em dezembro, o Índice de Situação Atual subiu 0,1 ponto, para 70,9 pontos. O Índice de Expectativas avançou 4,3 pontos, para 100,3. “O ano fecha com saldo positivo e zera as perdas acumuladas nos últimos dois anos, mas é necessário um grande caminho para que a confiança volte a superar o nível neutro, estimulando o consumo”, concluiu a coordenadora. (Correio do Povo)