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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.797


Como o Catar criou vacas no deserto e com ar condicionado

O Catar está na boca de milhões de pessoas em todo o mundo por ser a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2022. Por isso, vale lembrar a crise pela qual a indústria de lácteos do país passou há alguns anos e qual foi a solução encontrada.

Já passou pela sua cabeça fornecer ar condicionado às suas vacas em um deserto para que elas possam suportar as intempéries? Se isso lhe parece uma ideia maluca, essa foi a solução que o povo do Catar encontrou para evitar ficar sem leite na crise ocorrida em 2017, além de outras alternativas que até o momento estão sendo trabalhadas.

Em junho de 2017, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein declararam boicote diplomático ao seu vizinho do Golfo, o Catar, deixando-o de mãos atadas com o fechamento de sua única fronteira terrestre, parte de suas fronteiras marítimas e espaços aéreos, com exceção de um pequeno corredor.

Com isso, o Catar começou a ficar com falta de produtos, como leite, suco, ovos e a maior parte dos produtos frescos consumidos no país.

Por essa razão, ao se ver encurralado por seus vizinhos, o governo do Catar precisou encontrar uma solução em poucos dias e essa solução foi transferir cerca de 4.000 vacas leiteiras Holandesas de partes da Alemanha, EUA, Austrália e até Turquia, por transporte aéreo. Essa importação desse grande número de vacas visava cobrir 30% a 35% da demanda diária de leite do Catar.

Após essa decisão, o Catar entrou em contato com alguns suíços com grande conhecimento sobre gado para organizar as fazendas estruturalmente para que se tornassem adequadas para os animais, acostumados com pastos mais verdes. Diante das condições do Catar, a solução encontrada foi instalar sistemas de ar condicionado no meio do deserto, razão pela qual, até hoje, o leite fabricado no Catar é uma bandeira nacionalista de que muito se orgulham.

O primeiro desses animais foi comprado de um fornecedor alemão em um voo de Budapeste, na Hungria, para o Catar.

Esta não foi apenas uma solução inovadora, mas também política, já que o bloqueio durou quase quatro anos, demonstrando o poder que o Catar tem, pois saiu vitorioso dada a pouca confiança que seus vizinhos depositavam nele. As vacas climatizadas são uma demonstração do que é realmente o poder deste país, que possui uma riqueza que permite que tenha uma importância geopolítica na região. (As informações são do Contexto Ganadero, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 48/2022 – SEAPDR
 
Nos próximos sete dias deverão ocorrer chuvas expressivas em grande parte do RS. Na quinta (08) e sexta-feira (09), a presença da massa de uma massa de ar quente manterá o forte calor em todo Estado, com temperaturas máximas acima de 35°C em diversas regiões e próximas de 40°C no Oeste. No sábado (10), a temperatura diminui e a propagação de uma frente fria no oceano manterá maior variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. No domingo (11), o ingresso de ar quente favorecerá o retorno do calor, com o tempo seco na maioria das regiões, e somente nos setores Leste e Nordeste deverão ser registradas chuvas isoladas.

Na segunda (12) e terça-feira (13), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta (14), o ingresso de ar seco vai garantir o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões.

Os volumes previstos deverão oscilar entre 15 e 20 mm na maioria das regiões. Na Fronteira Oeste e na Zona Sul os totais oscilarão entre 35 e 50 mm, e poderão superar 60 mm em algumas localidades do Litoral Sul.

Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)
 

Rebanho leiteiro uruguaio reduziu, apontam dados
 
No ano passado, o rebanho de vacas leiteiras (incluindo vacas em lactação e vacas secas) do Uruguai caiu 8% em relação ao ano anterior, segundo dados primários do DICOSE divulgados na semana passada.
 
Entre as duas categorias somaram 389.872 cabeças, 33.290 a menos que em 2021 (-8%). De acordo com o diretor da Associação de Laticínios de Canelones, Justino Zavala, isso pode ter várias causas. “Pode ter vários pontos: um é o valor do gado”.
 
O rebanho de vacas leiteiras em lactação foi de 298.495 cabeças, 6% a menos em relação às 318.329 registradas em 2021. A mais acentuada foi a queda no rebanho de vacas secas, que somou 91.377 cabeças, 13% a menos que as 104.833 do ano anterior.
 
Olhando para a produção futura, o dado positivo foi para novilhas de 1 a 2 anos e maiores de 2 anos, que em ambas as categorias apresentaram pequenos aumentos, com 76.081 cabeças para as de 1 a 2 (+1,2%) e 29.829 cabeças para mais de 2. (+1%). No total, o rebanho leiteiro caiu 5%, com 679.952 cabeças. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas a adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Mercado leiteiro: um ano de altos e baixos!
 De acordo com o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini e com o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, a maior oferta de produtos lácteos no mercado interno, oriundos da elevada importação do produto, pressionaram as cotações do setor nos últimos quatro meses de 2022. Contudo, apesar da volatilidade do mercado, a expectativa é positiva para 2023! A live Mercado em Destaque, da última quinta-feira (08/12), fez uma retrospectiva do ano e conversou sobre as expectativas para 2023. Assista a live clicando aqui. (Destaque Rural)

 
 
 

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Porto Alegre, 08 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.796


Eduardo Leite confirma Artur Lemos na Casa Civil
 
Eduardo Leite (PSDB) deu o primeiro passo na composição do secretariado de seu novo governo. O primeiro nome anunciado, no entanto, é de um “velho conhecido”. Artur Lemos (PSDB) seguirá no comando da Casa Civil, conforme anúncio realizado ontem, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). A definição do posto foi descrita pelo governador reeleito como crucial para a costura política que acarretará no anúncio dos demais secretários. Esses nomes deverão ser revelados após a apresentação do projeto de reestruturação administrativa, que será encaminhado à Assembleia no início da semana que vem. Homem forte da transição, integrando a equipe do governo Ranolfo Vieira Júnior e também a do novo governo, Lemos tem a confiança de Leite. 
 
“O chefe da Casa Civil é a escolha de um braço direito e de um vizinho”, disse o governador, que reassume o comando do Piratini no ano que vem, lembrando que morou no Palácio em seu primeiro mandato. Além da Casa Civil, Lemos ocupou antes a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura. Quanto ao restante da composição, Leite diz que o número de secretários “não deve ser muito diferente” da atual, que conta com 25 pastas, mesmo que haja a intenção de enxugamento da máquina pública, com redução de cargos. Embora Leite não confirme números, estima-se que quase 30% dos nomes do atual secretariado sejam mantidos. “É certo que teremos outros nomes que serão mantidos”, disse em entrevista após a confirmação do chefe da Casa Civil. 
 
Questionado sobre a situação de Ranolfo Vieira Júnior, Leite disse respeitar a liturgia dos cargos, evitando especular seu nome em alguma pasta. No entanto, o governador reeleito vê Ranolfo como alguém que “conhece o governo em 360°”, tendo capacidade para ocupar qualquer posto, não ficando restrito à pasta da Segurança Pública, que ocupou em paralelo ao cargo de vice-governador. (Correio do Povo)


Conaprole decidiu suspender temporariamente a atividade industrial em algumas fábricas no Uruguai

As autoridades da cooperativa uruguaia de lácteos, Conaprole, informaram a Associação de Trabalhadores e Empregados da Conaprole (AOEC) sobre sua decisão de reorganizar o planejamento industrial com base nas capacidades de processamento existentes e na previsão de entrega de leite, garantindo ao sindicato a manutenção de todas as fontes de emprego do pessoal efetivo.
 
Em comunicado interno enviado aos funcionários, acessado pelo El Observador, foi informado que nesta terça-feira o Comitê de Capital Humano da Conaprole recebeu executivos da AOEC para informá-los sobre a situação da cooperativa e de seus produtores e sobre as estratégias produtivas para 2023.
 
Fontes ligadas à Conaprole apontaram que a principal razão para a decisão adotada é que há capacidade industrial ociosa, por consequência de dois grandes fatores: de um lado, um cenário de estiagem registrada recentemente que gerou uma queda considerável na captação de leite das fazendas leiteiras e, por outro, a retirada do mercado do Grupo Olam, que era responsável por aproximadamente 7% do total de leite que entrava diariamente nas plantas industriais da Conaprole.
 
Um responsável de alto escalão da cooperativa comentou que não haverá demissões considerando o total de 1.820 funcionários efetivos. O sindicato, após ser informado, analisa o planejamento.
 
Em relação à queda da captação ocorrida durante o pico produtivo habitual na primavera e ao que se projeta a curto prazo, espera-se que de janeiro a março a captação de leite seja 40% menor.
 
Em síntese, a cooperativa explicou que o contexto não é fácil e que era urgente otimizar os processos industriais de forma a atuar com responsabilidade, ser competitivo e poder pagar ao produtor o melhor preço possível, sem afetar as fontes de trabalho existentes.
 
A esse respeito, a Conaprole anunciou que solicitará à Caixa de Assistência Social e Seguro de Saúde do Pessoal da Conaprole (Casseco) "o apoio necessário para mitigar o impacto sobre nossos trabalhadores".
 
Menos leite
Com base em análises do Instituto Nacional do Leite (Inale), a produção de leite em outubro, mês normalmente de alta produção nas fazendas leiteiras, caiu 1,7% em relação ao recorde de outubro de 2021. Além disso, a produção acumulada nos últimos 12 meses foi 1,5% inferior ao mesmo período anterior. Até agora, em 2022, a produção é 1,8% menor que a do mesmo período de 2021.
 
“Nos últimos meses, houve uma queda nas captações de leite e também uma queda significativa nos preços internacionais, o que infelizmente ocasionou a necessidade de baixar o preço do leite ao produtor, agravando a deterioração do poder de compra do litro de leite em relação aos insumos necessários à sua produção", informou o comunicado.
 
“A isto junta-se o aumento dos custos gerais, o desaparecimento da China como importador e as dificuldades no mercado interno devido ao conflito constante sustentado ao longo do tempo”, disse.
Sobre a reorganização do planejamento industrial, a equipe foi informada de que se trata de uma “suspensão temporária da produção em fábricas de produtos em pó e que têm acesso restrito ao mercado internacional devido à tecnologia que possuem”.
 
A Conaprole propôs à AOEC estabelecer “de imediato uma área prioritária de diálogo responsável, de forma a apresentar com transparência o cenário proposto (…) de toda a cadeia leiteira", finaliza o documento.
 
Por fim, as fontes ligadas à diretoria da Conaprole consultadas esclareceram que a situação da cooperativa não é a mesma de outras indústrias locais com sérias dificuldades econômico-financeiras, o que é demonstrado pelos recentes fortes investimentos na capacidade industrial que a Conaprole tem realizado, com decisões com perspectivas de longo prazo, que vão além das circunstâncias adversas. (As informações são do El Observador, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
Economista prevê melhora na demanda chinesa por lácteos

Uma recuperação na economia chinesa deve se traduzir em uma melhora na demanda de lácteos no próximo ano, disse Nathan Penny, economista agrícola sênior da Westpac Nova Zelândia, acrescentando: “Esperamos que a economia chinesa cresça 6% em 2023, com relação a apenas 3,5% durante 2022.”
 
Os preços dos leilões de lácteos em 15 de novembro subiram, quebrando uma sequência de três quedas consecutivas de preços. Os preços gerais subiram 2,4%, enquanto os principais preços do leite em pó integral registraram um aumento de 3,1%. Os preços gerais e de leite em pó integral permaneceram 18% e 19% menores, respectivamente, com relação ao mesmo período do ano anterior, aponta Penny.
 
Os preços do leilão variaram de acordo com o produto, com três produtos apresentando alta e três apresentando queda. Os preços do leite em pó desnatado aumentaram em 3,1%, assim como os preços do leite em pó integral, enquanto os preços da gordura anidra do leite (AMF) aumentaram em 2,7%. Juntos, leite em pó desnatado, leite em pó integral e gordura anidra do leite representaram 87% do produtos vendidos, o que resultou no aumento geral de preço de 2,4%.

“Esse resultado foi melhor do que nossas expectativas e a expectativa do mercado de um resultado praticamente estável”, enfatiza Penny. “O resultado positivo veio após uma flexibilização das restrições causadas pela Covid na China. A demanda chinesa por lácteos enfraqueceu progressivamente ao longo do ano devido à fraca economia chinesa”.
 
Crescimento na economia
Penny disse que o recente afrouxamento das restrições relacionadas à Covid na China pode sinalizar uma abordagem mais pragmática sendo adotada pelas autoridades chinesas. “Havíamos previsto que esse seria o caso em algum momento e, com base nisso, esperamos que a economia chinesa cresça 6% em 2023, de 3,5% em 2022”.
 
A recuperação da economia chinesa e as restrições mais brandas relacionadas à Covid devem se traduzir em uma melhora na demanda chinesa por lácteos ao longo do próximo ano, espera Penny.
 
As expectativas confirmam a previsão de preço do leite em 2022-2023 da Westpac em NZ$ 8,75 (US$ 5,49) por quilo de sólidos de leite, o que equivale a NZ$ 0,72 (US$ 0,45) por quilo de leite. “Ao mesmo tempo, o relaxamento nas restrições chinesas relacionadas à Covid e a alta nos preços da noite para o dia são um bom presságio para nossa previsão de NZ$ 10,00 (US$ 6,28) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,82 (US$ 0,51) por quilo de leite] de para 2023-2024”, disse Penny.
 
A Australian Dairy Farmers Corporation (ADFC) aumentou o preço que paga aos fornecedores. É um dos primeiros processadores a aumentar o preço nesta temporada. Até agora, poucos processadores ofereceram qualquer alteração nos preços na Austrália. Considerando a data retroativa do início de julho, uma média de AUS$ 9,90 (US$ 6,68) por quilo de sólidos de leite [AUS$ 0,82 (US$ 0,55) por quilo de leite] será paga aos fornecedores da ADFC durante a temporada 2022-2023.
 
Preço do leite
Embora os preços do leite estejam melhorando, o aumento dos custos de insumos está pressionando os produtores e processadores, disse Stephen Sheridan, o novo executivo-chefe da Australian Dairy Farmers, à mídia australiana.
 
“O custo dos insumos inclui escassez de mão de obra, preços de energia, fertilizantes, eletricidade, gás para os processadores e os custos de ração, que foram afetados pelas enchentes. Tudo isso está impactando os custos de insumos e, por sua vez, afetando a lucratividade. A inflação e as taxas de juros são um problema em toda a agricultura, mas principalmente nas fazendas leiteiras, por terem um uso intensivo de energia”.
 
De acordo com as perspectivas de curto prazo para os mercados agrícolas da União Europeia (UE), o clima quente e seco durante o verão piorou a disponibilidade e qualidade da pasto na Europa, além de menores rendimentos das principais culturas utilizadas para alimentação animal.
 
Muitos produtores já usavam parte de sua ração de inverno no verão, levando a um menor crescimento da produtividade (0,4%) e a uma maior redução do rebanho (-0,9%). Espera-se que a produção de leite da UE caia (-0,5%) em 2022. As exportações de lácteos da UE também devem cair (-7%) devido às perdas no leite em pó.
 
Em 2023, o início do ano pode permanecer desafiador para os produtores da Europa, devido aos altos custos dos insumos e uma demanda provavelmente mais fraca. Assumindo condições climáticas normais, espera-se que o crescimento da produção seja um pouco maior (0,6%) e compense uma maior redução do rebanho leiteiro (-0,8%). (As informações são do Dairy Global, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Leite: aquisição cai no terceiro trimestre
 A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no país foi de 6,1 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2022, segundo os resultados das “Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha”. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume significou uma redução de 1,7% em comparação ao volume registrado no terceiro trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, porém, houve uma alta de 11,1%. O IBGE divulgou ainda o preço do leite cru pago ao produtor no escopo da Pesquisa Trimestral do Leite. No terceiro trimestre de 2022, o preço médio por litro, em nível nacional, chegou a R$ 3,08, ante um valor de R$ 2,69 no segundo trimestre de 2022. (Canal Rural)

 
 
 

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Porto Alegre, 07 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.796


Balança comercial de lácteos: importações seguem diminuindo
 
O cenário observado no último mês se manteve. O ritmo das exportações seguiu inexpressivo, enquanto as importações apresentaram recuo, mas mantiveram-se em patamares elevados, ocasionando o terceiro saldo mais negativo para o mês de novembro.
 
A desaceleração do volume importado está relacionada aos recuos dos preços dos derivados lácteos no mercado interno, nos últimos meses. O mês de novembro também foi bem desafiador para o mercado de derivados lácteos.
 
Todas as semanas do mês registraram recuos no Índice MilkPoint Mercado, sendo o último, a décima variação negativa consecutiva.
 
Este cenário se formou em meio ao aumento na oferta, devido a sazonalidade de produção e recuperação da capacidade produtiva, associado a demanda enfraquecida, com vendas travadas para a maioria dos derivados lácteos, bem como uma pressão de baixa nos preços por parte do varejo.
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em novembro, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado.
 
O leite em pó integral teve um recuo de 12% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, o soro de leite e os queijos também recuaram. O soro recuou 11,1% e os queijos, 18,5% no volume total importado.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite UHT, o leite condensado, o creme de leite, e os queijos, que juntos, representaram 91% da pauta exportadora. O leite UHT recuou cerca de 6%, enquanto o creme de leite e o leite condensado, 31% e 23% respectivamente.
 
A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de novembro deste ano. 
 
Tabela 1. Balança comercial láctea em novembro de 2022.

 O que podemos esperar para o próximo mês?

Os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE para o terceiro trimestre de 2022, apontaram um volume total de leite captado de aproximadamente 6,0 bilhões de litros uma queda de -3,4% na captação de leite cru resfriado em relação ao mesmo período de 2021.
 
Apesar do resultado ainda ser negativo para variação trimestral, nota-se que a diferença anual tem diminuído, desde o primeiro trimestre deste ano, passando de -9,9% no primeiro trimestre, para -7,6% no segundo trimestre e -3,4% nesta prévia do terceiro trimestre. Dessa forma, apesar de ainda estar abaixo dos níveis dos anos anteriores, a captação de leite vem se recuperando.
 
Olhando para o trimestre anterior, a captação de leite se elevou em 11,1%, refletindo o efeito da sazonalidade de produção e contribuindo para elevar a oferta no mercado interno. Este cenário, associado a demanda ainda enfraquecida, vem contribuindo para ocasionar uma pressão de baixa nos preços dos derivados no mercado interno.
 
Desta forma, para o último mês do ano, com a produção interna de leite se elevando, e com preços de vendas das indústrias em patamares inferiores aos vistos meses atrás, as importações devem seguir perdendo força. Mesmo com os recuos observados para o mês de novembro, e a redução das importações esperadas para dezembro, o volume de importações deve seguir superior ao observado no último ano. (Milkpoint Mercado)


Argentina – O espelho uruguaio
 
Este artigo visa comparar a produção de leite da Argentina com a do Uruguai, país vizinho produtor e exportador de leite, para ver quais são os problemas comuns e quais são as questões domésticas.
 
Para colocar em contexto, é preciso lembrar que a Argentina, veja o gráfico de Produção de leite da América do Sul, é o segundo produtor de leite, atrás do Brasil, tem as maiores fazendas leiteiras, e é o maior exportador da região e o 3º exportador de leite em pó integral do planeta. O Uruguai é o 5º produtor (atrás do Brasil, Argentina, Colômbia e Chile) mas é o 2º exportador de lácteos competindo com a Argentina no comércio internacional de leite em pó integral. Isto não é para menos pois, o Uruguai é o país que tem a maior produção de leite per capita da América do Sul, 590 litros/habitante/ano. Tem também o maior consumo per capita da região, 266 litros/habitante/ano, mas exportam 77% de tudo o que produzem.

O Uruguai, com 5,6 milhões de litros de leite por dia, produz o equivalente a aproximadamente 70% do volume que sai da província de Buenos Aires, mas está muito próximo de nós na exportação de leite em pó integral.
 
Em 2021 exportou 28.865 toneladas para o Brasil (+17% do volume exportado pela Argentina para o mesmo destino) e em 2022 (janeiro-outubro) acumula envios de 22.216 toneladas, 35% menos do que as remessas da Argentina para o Brasil. Mas é importante observar que o exportado por ambos países para a China. A Argentina vendeu para o Gigante Asiático 3.532 toneladas de leite em pó integral de janeiro a setembro de 2022, o Uruguai já enviou 25.975 toneladas, ultrapassando a Austrália como segundo fornecedor da China desde 2021. Trabalha em competitividade há anos, inclusive, ultimamente, está em estudo um acordo de livre comércio com os asiáticos.


Quanto se fala em “competitividade” pensa-se no desempenho da produção primária e da indústria de processamento. Mas quando se trata de exportar, a competitividade não envolve somente o produtor e a indústria. É preciso o Estado com seus controles, impostos e políticas públicas necessárias para facilitar a tarefa e assegurar a entrada de divisas.
 
Estando os dois países à mesma distância da China, infere-se que a dificuldade da Argentina em aumentar as exportações é causada pela ineficiência do Estado. A cadeia láctea argentina conta com elos de produção primária altamente competentes, pois cresce mesmo tendo os menores preços da matéria-prima do mundo, e um elo industrial local com capacidade para processar com eficiência os produtos necessários para competir e abastecer o mercado interno e externo. Mas é um ônus o pesado Estado argentino com sua pressão tributária direta como o Imposto de Exportação entre outros (9% para o leite em pó integral, o principal produto lácteo exportado), e indiretos como a defasagem cambial (no mínimo 30% e os insólitos tipos de dólares fictícios existentes) somando-se a isso, o imposto inflacionário (o da Covid e da guerra que afetam a todos, mas o Uruguai tem uma inflação anual de 9%, enquanto que na Argentina chega a 83%).
 
Sem dúvida, seria promissor que a Administração atual e os que vierem reconsiderassem seriamente a mudança na forma de fazer as coisas para poder gerar a esperada reativação não somente do setor lácteo argentino (representado por 10.446 fazendas leiteiras, 670 empresas processadores e 187.000 empregos), mas também de toda a economia. (Fonte: Dairylando – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
UE aprova restrição a produtos com origem de áreas desmatadas
 
O Parlamento Europeu firmou na 3ª feira (6.dez.2022) acordo preliminar com os países da UE (União Europeia) para a aprovação de uma lei que impede a importação pelo bloco de produtos provenientes de áreas desmatadas ou degradadas. A legislação contempla diversos produtos exportados pelo Brasil, como carne bovina, café e soja. Agora, os Parlamento e Conselho europeus terão de aprovar formalmente o acordo. A nova lei entra em vigor 20 dias depois da publicação no Jornal Oficial da UE, mas alguns artigos só valerão 18 meses depois.

“As empresas também terão que verificar o cumprimento da legislação relevante do país de produção, inclusive sobre direitos humanos e se os direitos dos povos indígenas envolvidos foram respeitados”, lê-se em comunicado do Parlamento Europeu. Para serem comercializados dentro da UE, os produtos deverão ter uma declaração de que não são provenientes de áreas desmatadas ou degradadas depois de dezembro de 2020. Além de carne bovina, café e soja, a lista de produtos que deverá ter o selo inclui cacau, dendê, madeira, óleo de palma, borracha e carvão vegetal. Também contempla os derivados das commodities, como couro, chocolates e móveis.

O texto aprovado no Parlamento Europeu apresenta uma definição mais ampla de degradação florestal do que a inicialmente prevista no acordo. Ela inclui todos os tipos de florestas ao invés de somente as primárias.

Conforme o Parlamento, as empresas ainda precisarão “verificar o cumprimento da legislação relevante do país de produção, inclusive sobre direitos humanos e se os direitos dos povos indígenas envolvidos foram respeitados”. Para fiscalizar o processo, a UE terá acesso a informações fornecidas pelas empresas. Entre elas, coordenadas de geolocalização. “[As autoridades do bloco] podem, por exemplo, usar ferramentas de monitoramento por satélite e análise de DNA para verificar a origem dos produtos”, declarou o Parlamento Europeu. 

A FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estima que 420 milhões de hectares de floresta foram desmatados de 1990 a 2020. De acordo com o Parlamento Europeu, o consumo da UE representa cerca de 10% do desmatamento global. Os produtos que mais contribuem para a percentagem são óleo de palma e soja. Relator do texto, o eurodeputado Christophe Hansen classificou a medida como “forte e ambiciosa”. Segundo ele, a legislação ajudará na proteção de florestas em todo o mundo. “Além disso, garantimos que os direitos dos povos indígenas, nossos primeiros aliados no combate ao desmatamento, sejam efetivamente protegidos”, falou. “Também garantimos uma forte definição de degradação florestal que abrangerá uma extensa área de floresta. 

Espero que esta regulamentação inovadora dê impulso à proteção das florestas em todo o mundo e inspire outros países na COP-15.” Líderes mundiais se reúnem a partir de 4ª feira (7.dez) em Montreal (Canadá) para a COP-15 (15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para a Diversidade Biológica). Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o evento visa “alcançar um acordo histórico para deter e reverter a perda da natureza, no mesmo nível do Acordo de Paris sobre o Clima, de 2015”. (Poder 360)


Jogo Rápido 

Aumento do ICMS
Com a desoneração dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, os governadores teriam que elevar em quatro pontos porcentuais, de 17,5% para 21,5%, a alíquota média padrão do ICMS a partir de 2023 para compensar a perda de arrecadação. É o que revela pesquisa realizada pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz). Alguns estados já encaminharam às assembleias legislativas, proposta de aumento dos impostos, entre eles, Pará, Piauí, Paraná e Sergipe; e, outros estados deverão seguir o mesmo caminho. A cobrança do ICMS desses três itens (combustíveis, energia elétrica e telecomunicações), que correspondiam a cerca de 30% da arrecadação total dos estados, caiu este ano pelo Congresso, para reduzir os preços e a inflação, antes da eleição. A medida acabou se transformando num enorme problema para os governadores, que já sentem a perda de receitas. O Comsefaz está recomendando aos estados que façam o ajuste para neutralizar o impacto das medidas que minaram a verba para políticas públicas, como saúde e educação. (Jornal do Comércio)

 
 
 

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.795


Sindilat destaca demandas do setor lácteo em evento da Famurs

A representação do setor lácteo no Rio Grande do Sul, a ausência de políticas de incentivo à produção, assim como o desafio da competitividade foram temas da participação do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) no 29º Seminário de Secretários (as) Municipais de Agricultura do RS. O evento realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Estrela (RS), tratou sobre boas práticas dos municípios em relação a governança e contou com painéis temáticos.
 
No painel Cadeia Produtiva do Leite e Regulação de Mercado, o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, pontuou que a produção está praticamente estagnada desde 2012 no Estado. “Isso vem se agravando porque não temos uma política nem no RS, nem no Brasil de incentivo. Além da pressão externa com importação de lácteos que tanto Argentina, quanto Uruguai conseguem produzir a custo menor do que no Brasil, países que recebem linhas de crédito dos seus governos para enfrentar esse momento de crise”.
 
O dirigente apresentou um comparativo em que demonstrou o aumento da importação de Argentina e Uruguai. No período de janeiro a outubro de 2021, foram 62 milhões de toneladas e no mesmo período este ano 75 milhões de toneladas.  “Essa é uma preocupação constante porque prejudica a cadeia como um todo”.
 
Coordenador técnico da Famurs, Mario Ribas do Nascimento, destacou que o painel sobre o setor lácteo qualificou a importância da produção do leite e a participação da indústria numa parceria com produtor que tem que ser estreitada e fortalecida. “Foi um painel muito importante que nivelou as grandes demandas do setor leiteiro nesse evento”.
 
O Seminário tratou ainda sobre tributação, sobre melhores práticas municipais, prognósticos meteorológicos, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Sindilat projeta futuro de sustentabilidade do agronegócio

Com a presença de autoridades, imprensa, associados e colaboradores, o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, agradeceu a todos que trabalham junto ao Sindilat e à cadeia do leite projetando um futuro de sustentabilidade. “É com muita convicção que digo para vocês: o Agronegócio é o futuro do desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil. Isso passa por uma produção cada ano mais eficiente, de menor impacto ambiental e alinhada com as diretrizes de um consumidor que preza pelo bem-estar animal, pela responsabilidade social e pela preservação do planeta”, destacou. A declaração foi dada durante jantar de entrega do 8º Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo e entrega do prêmio Destaques Sindilat/RS, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, na quinta-feira (1/12).

A atuação do Sindilat foi saudada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, que pontuou a expressiva importância do setor lácteo no Estado, sendo atividade presente em 494 dos 497 municípios. “A produção leiteira no estado, no último ano, foi quase 4,5 bilhões litros de leite produzidos. Esses números são evidências técnicas que falam por si. Mostram a importância da cadeia do leite para o Estado do Rio Grande do Sul”, ressaltou. O governante ainda saudou os jornalistas e autoridades agraciados com as premiações. 

O prêmio Destaques Sindilat/RS, foi entregue para personalidades que se destacaram com atuação em prol do desenvolvimento do setor. Receberam a honraria: Ranolfo Vieira Júnior – Governador do RS; Domingos Velho Lopes – Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural; Marjorie Kauffmann - Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura; Arthur Lemos - Chefe da Casa Civil; Alceu Moreira - Deputado Federal; Roberto Pedroso - Pesquisador e chefe geral da Empraba Clima Temperado. A distinção também será entregue a autoridades que não puderam comparecer ao evento: Eduardo Leite - Governador Eleito do RS; Covatti Filho - Deputado Federal; Zé Nunes - Deputado Estadual. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT - 06/12/2022
 

(Fonte: GDT)


Jogo Rápido 

Selo de bem-estar animal 
A Fazenda RAR de Vacaria, idealizada por Ral Anselmo Randon, é a primeira da Região Sul a receber certificado de bem-estar animal, atendendo integralmente aos critérios avaliados, que envolveram a promoção das cinco liberdades dos animais, o uso racional de antibióticos e o bem-estar das pessoas que estão na fazenda atuando no entorno deles. Na RAR, os animais são livres de sede, fome e má nutrição; livres de desconforto e exposição; livres de dor, ferimentos e doenças; livres de medo e angústia e tem liberdade para expressar comportamento natural. O CEO da Fazenda RAR, Sergio Martins Barbosa, destaca que o certificado de bem-estar animal está alinhado aos valores que norteiam a empresa. “Não há progresso se não houver o respeito pelo planeta e pelos animais que nele habitam”, pontua ele. (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 05 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.794


Codesul prepara projeto para mensuração de carbono via satélite
 
O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) prepara projeto para mensuração de carbono via satélite, ação que contempla Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A informação foi revelada pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, que apresentou ao setor lácteo oportunidades debatidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), relacionadas ao mercado de carbono e produção rural de baixo impacto como medidas para mitigação dos efeitos climáticos. A apresentação foi realizada para a Diretoria do Sindilat/RS, nesta quinta-feira (1/12), durante reunião no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
 
Na COP27, realizada no Egito, em novembro, o Estado participou levando uma Radiografia do RS, buscando reafirmar o compromisso com o futuro e prospectando interessados em financiar ações locais. Para alcançar este objetivo, uma das estratégias passará pela mensuração das emissões por satélite o que deverá ser realizado nos próximos meses, a partir de um protocolo assinado entre os estados integrantes do Codesul. “Identificamos que a atual metodologia toma por base o sistema adotado no hemisfério norte, em que o gado é criado confinado. Eles não sabem como fazemos aqui, nem que temos reserva legal e áreas de preservação permanente (APP)”, pontuou. Segundo a secretária, essa mudança precisa acontecer para valorizar a produção e os produtos do setor como um todo.
 
Presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, saudou a importância das ações de mitigação dos efeitos climáticos e destacou a necessidade de a cadeia incluir mais essas questões na pauta a fim de mensurar o impacto e os benefícios dos sistemas produtivos. “Se conseguir de alguma maneira mudar o formato como o mundo enxerga a questão do carbono relacionada à produção primária podemos vislumbrar o reconhecimento de que produzimos com respeito ao meio ambiente e assim atingirmos mercados que valorizam isso na hora da escolha”.
 
O compromisso da Secretaria, reforçou Marjorie é para renovar e fortalecer as cadeias produtivas, buscando formas de investimento e incentivo. Dentre as medidas em andamento, está o pagamento por serviços ambientais, já previsto na reformulação do Código Florestal de 2010. A Sema tem dois editais em andamento para áreas de Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) e outro para recuperação de bacias hidrográficas. O objetivo é incluir pagamentos para diferentes atividades desde que comprovada a compensação. Dentro desta proposta, colocou a Secretaria à disposição para receber sugestões do setor lácteo e sugeriu que a cadeia organize um plano de descarbonização. “Internacionalmente os financiamentos estão sendo realizados por projetos e não por crédito de carbono. Precisamos apresentar o que fazemos com dados”.
 
Ainda como oportunidades para o setor, a secretária Marjorie destacou que o zoneamento florestal iniciado em 2010 está em fase final e já se sabe que o reflorestamento é positivo para manutenção dos recursos hídricos o que deve permitir aumentar a área de plantio. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, disse que isso é positivo para a cadeia, já que o alto custo da lenha usada para alimentação de caldeiras é um ponto de preocupação. A secretaria sinalizou que pode-se estudar uma forma de incentivar a produção e o consumo local, já que depois do boom das florestadeiras boa parte da madeira acaba sendo exportada para a China.
  
Desenvolvimento do setor produtivo
Nas ações para modernização e incentivo ao desenvolvimento, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento realiza o programa Energia Forte no Campo para qualificar as redes elétricas rurais, em especial passar de bifásica para trifásica. As ações estão sendo realizadas a partir de termos de cooperação com cooperativas e no próximo ano o objetivo é realizar termos com os munícipios para acelerar a implementação. Estão previstos R$ 30 milhões para 2023.
 
Na área de biodigestores o Estado desenvolveu projeto em que subsidia os juros para implementação nas propriedades. O edital de qualificação das tecnologias está em andamento e terá financiamento pelo Badesul.  (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Carolina Jardine)


Sindilat/RS entrega 8º Prêmio de Jornalismo

O papel da imprensa na divulgação de temas e da realidade do setor lácteo gaúcho foi reconhecido, nesta quinta-feira (1/12), com a entrega do 8º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O evento realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), contou com a presença do governador, Ranolfo Vieira Júnior, além de secretários de Estado e de municípios do RS, prefeitos, deputados e associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). Foram conhecidos os melhores trabalhos na categoria Online, Eletrônico e Impresso.

O presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, valorizou a presença de todos e o acompanhamento que é realizado pela imprensa. “Aos integrantes da imprensa e finalistas do prêmio Sindilat, obrigado pelo empenho e compromisso com o bom jornalismo, vocês são agentes de desenvolvimento e educação no campo”, destacou.

Na Categoria Eletrônico o primeiro lugar ficou com Débora Padilha de Oliveira e equipe, da RBS (Caxias do Sul/RS). Na On-line, venceu Camila Pessôa, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). O melhor trabalho Impresso foi de Nereida Vergara, do Correio do Povo (Porto Alegre/RS). Os primeiros colocados receberam troféu do Prêmio Sindilat/RS de jornalismo e um celular Iphone. 
 
Confira a lista completa abaixo.

8º Prêmio Sindilat de Jornalismo
Categoria Eletrônico
1º Lugar: Débora Padilha de Oliveira e equipe – RBS (Caxias do Sul/RS)
Trabalho: Receita bicentenária de queijo garante venda de quem mora na Serra
2º  Lugar: Gabriela Vaz Garcia e equipe – RBS (Bento Gonçalves/RS)
Trabalho: Saiba como é feito o queijo colonial em Carlos Barbosa
3º Lugar: Elizângela Maliszewski e equipe – Canal Rural (Canoas/RS)
Trabalho: Guardiãs do Leite

Categoria Impresso
1º Lugar: Nereida Vergara - Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Produção de queijo ganha força em solo gaúcho
2º Lugar: Leonardo Gottems do Santos – Revista A Granja (Porto Alegre/RS)
Trabalho:  nimo Azedando – A realidade do segmento leiteiro brasileiro
3º Lugar: João Carlos de Faria – Revista Balde Branco (São Paulo/SP)
Trabalho: Clima e custos altos afetam produção de leite no RS

Categoria On-line
1º Lugar: Camila Pessôa – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Atividades da Expointer aproximam crianças da produção leiteira
2º Lugar: Patrícia da Silva Feiten – Correio do Povo (Porto Alegre/RS)
Trabalho: Agroindústrias crescem e aparecem
3º Lugar: Leandro Augusto Hamester – Site Cooperativa Languiru (Teutônia/RS)
Trabalho: Pró-leite – Cooperativa lança programa de suporte aos produtores de leite

CLIQUE AQUI para conferir as fotos. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Créditos: Dudu Leal)

Aliança Láctea Sul Brasileira discute propostas para a ampliação do mercado do leite
 
“Propriedades certificadas para brucelose e tuberculose e planos de ação estaduais estão entre as medidas fundamentais para se conquistar a ampliação dos mercados para o leite e seus derivados”, defendeu Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) na manhã desta sexta-feira (02/12).
 
A manifestação aconteceu na reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira com representantes dos dos setores leiteiros dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo o dirigente, a proposta está concatenada com o Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite, que está sendo construído pela Aliança Láctea e foi trabalhado em oficina no encontro da manhã. “Estes planos estaduais podem ser construídos com a participação de produtores, indústria e principalmente com a adesão do Executivo, e o ideal é que estejam ajustados até o final do primeiro semestre do próximo ano. Com isso, teremos um alinhamento nas condições dos três estados e poderemos seguir nas questões mais objetivas para se ampliar o comércio do leite para o Brasil e Exterior”, assinalou. 
 
Airton Spies, coordenador geral da Aliança Láctea Sul Brasileira, reconhece que é longo o caminho para se assegurar a competitividade do leite e seus derivados a fim de alcançar mercados maiores, mas que o leite tem condições de assumir um posto como produto de exportação brasileiro. “É desafiador, mas com certeza o leite está em uma era em que já se pode olhar para o futuro. Há uma cadeia produtiva e um setor competitivo e, vencidas as dificuldades, poderemos furar o teto, expandindo nosso comércio para além do mercado interno, assim como foi conseguido com o gado, setor em que o Brasil é atualmente o maior exportador no mundo. O leite é forte candidato para também fazer bonito no mercado mundial”.
 
No Plano de Ações para Eficiência e Competitividade Global do Leite a Aliança Láctea Sul Brasileira trabalha com o debate de soluções para uma lista de 10 itens que são gargalos para o crescimento. Eles partem do alto preço da produção, baixa eficiência produtiva no campo e na qualidade de rendimento médio do leite. Passam pela logística, que é cara e ineficiente, pela alta volatilidade dos preços e pela falta de energia trifásica e de internet no campo. 
 
A próxima reunião ordinária da Aliança Láctea Sul Brasileira será dia 15 de março, sob responsabilidade do Rio Grande do Sul e também será realizada no formato online e presencial. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Jogo Rápido 

Jantar de Confraternização Sindilat
O Jantar de Confraternização de Final de Ano do Sindilat-RS foi um sucesso. Da apresentação dos vencedores do 8º Prêmio de Jornalismo aos Destaques de 2022, os convidados puderam celebrar as conquistas do ano com o Sindilat e parceiros em uma noite de alegria e reconhecimento no Plaza São Rafael. Obrigado a todos que participaram e contribuíram para o sucesso do evento. Confira nas fotos o clima da nossa confraternização CLICANDO AQUI. (Sindilat)

 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 02 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.794


Arte na Caixinha: Cerimônia de premiação será no dia 12 de dezembro 
 
A cerimônia de premiação dos vencedores do projeto Arte na Caixinha - edição de Sapucaia do Sul (RS) já tem data, hora e local: será no dia 12 de dezembro, a partir das 14h, na Associação dos Funcionários, que fica localizada na rua Monteiro Lobato, nº 614, em Sapucaia. No mesmo dia, também será conhecido o vencedor do prêmio Aluno Destaque Com Olhos no Futuro.
 
O projeto Arte na Caixinha recebeu, ao todo, 320 inscrições de trabalhos de escolas municipais. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, destaca que a premiação é um momento muito importante. “É motivo de alegria para nós premiarmos essas crianças. Afinal, elas colocaram muita criatividade, técnica e amor em suas intervenções nas caixas de leite UHT. Parabenizamos a todos pelo empenho e aos pais e professores pela parceria”, reforça. 
 
A secretária Municipal de Educação, Djoidy Iara Richter Felipin, destaca que o concurso foi recebido com muito entusiasmo por toda comunidade escolar. “Foi um momento rico de aprendizagens e trocas entre os estudantes, professores e seus familiares. Na seleção dos trabalhos desenvolvidos, observamos muita dedicação, capricho e motivação, além de conhecimentos consolidados sobre a temática do leite”, aponta.  
 
Os vencedores receberão 01 tablet, certificado, medalha e fornecimento, por 12 meses, de uma caixa com 12 litros de leite por mês. O professor responsável pela inscrição do primeiro colocado de cada categoria receberá um notebook, um certificado e 12 meses de leite.
 
O projeto é promovido pelo Sindilat/RS, com apoio da Tetra Pak e da Prefeitura de Sapucaia do Sul. 
 
Confira os vencedores:
 
Categoria Infantil
1º lugar: Samuel Maciel da Fontoura Vicente – Leite é força – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
2º lugar: Alicia Pereira Lemes – Leite Ali – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
3º lugar: Manuela Souza da Silva – A vaquinha mumu – EMEF Prof Rosane Amaral Dias
Professora: Crisneri de Abreu Lanzarini
 
Categoria Júnior
1º lugar: Murilo Rosa Cardoso– O leite é a bateria que me dá energia – EMEB Alberto Santos Dumont
Professora: Letícia Pereira Farias
 
2º lugar: Henrique Machado dos Santos– Leite na família – EMEF Hugo Gerdau
Professora: Andressa Bergamo
 
3º lugar: Nicoly Rohers Fernandes– Do campo à mesa – EMEF Hugo Gerdau
Professora: Andressa Bergamo
 
Categoria Juvenil
1º lugar: Matheus Meirelles Boardman – Fazenda do leite – EMEF Padre Reus
Professora: Susane Espíndola dos Santos
 
2º lugar: Camila dos Santos dos Santos – Vaca Mimosa – EMEF JulioStroeher
Professora: Vanessa Maria Veríssimo Schutz
 
3º lugar: Isabelly Oliveira de Carvalho – Leite é vida – EMEF Afonso Guerreiro Lima
Professora: Vera Beatriz Vieira Granja
(Assessoria de Imprensa Sindilat)


Chile – Faturamento com exportações de lácteos sobe 34,1% até outubro

De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), as exportações de produtos lácteos de janeiro a outubro de 2022 totalizaram US$ 220,1 milhões, o que representa uma alta de 34,1% e crescimento de US$ 56 milhões em relação ao mesmo período de 2021.
 
Em setembro de 2022, os envios chegaram a US$ 19 milhões, registrando alta de 18,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
 
Cabe destacar que, em volume, as exportações de produtos lácteos subiram 23,3% no terceiro trimestre, alcançando 77.987 toneladas, ficando 13.242 toneladas acima do volume de 2021. Já no mês de outubro de 2022, foram exportadas 6.838 toneladas, 23,2% mais em relação ao ano anterior. O preço informado pelo ODEPA em outubro de 2022 ficou com a média de US$ 2.780/tonelada, uma queda de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2021.
 
O principal destino das exportações é ocupado pelos Estados Unidos da América (EUA), representando 10,4% das importações. Em dez meses, os embarques para os EUA subiram 158% em relação ao mesmo período do ano anterior, e chegaram a US$ 45,8 milhões.
 
A segunda colocação ficou com a Colômbia (8,2%) das exportações. Depois vem os Emirados Árabes Unidos (5,8%); México (5,6%) e Peru (4,2%).
 
Já o principal produto de exportação é o leite condensado com participação de 22,9% do total. Representaram US$ 52,1 milhões, tendo um aumento de 26% na comparação com o mesmo do ano passado. Em volume foram 26.724 toneladas, um incremento de 42,5%.

As duas outras duas grandes participações no mês de outubro, em volume e percentuais do valor foram: leite em pó integral, 7.996 toneladas (15,5%); queijos, 6.295 toneladas (15%). (Fonte: Mundo Agropecuario - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Uruguai – “Estagnação ou fraco crescimento”
 
O baixo estoque de vacas leiteiras, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), confirma a queda “pré-anunciada desde o ano passado” quando foi observada uma importante redução do número de animais de reposição (novilhas com mais de 2 anos e as de 1 a 2 anos)”, escreveu o produtor Justino Zavala na última edição da revista Todo Tambo, e alertou no título que estamos diante de “um mau sinal”.
 
“Na declaração dos produtores encerrada em 30 de junho de 2021 foram contabilizadas 30.816 novilhas a menos em relação a 2020”, uma queda de quase 23%, e “um número que dava apenas para suprir os descartes” do ano.
 
Em 2021 as declarações foram de 419.665 vacas, que com 25% de descarte, em uma estimativa conservadora, avalia Zavala, a demanda deveria ser de 105.000 novilhas, “o que significa que 100% das novilhas de 1 a mais de 2 anos “deveriam começar a produzir em 2022”.

“Lamentavelmente, estamos retrocedendo em relação à disponibilidade de informação e não contamos com dados precisos sobre o número de vacas de raças leiteiras enviadas para abate durante o exercício”; essa informação “que nos outros países é divulgada mensalmente, em nosso país parece impossível conseguir” e devemos “supor” que por impulso dos bons preços de carne “o abate não deve ter sido menor do que 80.000 cabeças”, ou um pouco mais com a liquidação da Olam.
 
Por outro lado, a exportação de bezerras este ano teve um peso importante, esclareceu.
Por estas razões “não devemos nos surpreender com o fato das vacas leiteiras terem caído de 419.665 em 2021, para 389.872 em 2022, 7% menos, o que corresponde a 29.793 vacas a menos.

O resto das categorias não variou de forma significativa, “mas lembremos que estamos 21% abaixo de 2020” que são “quase 29.000 novilhas a menos, não sendo, pois esperado uma recuperação dos estoques. É um mau sinal que nos antecipa a estagnação ou, na melhor das hipóteses, crescimento limitado” da produção individual de nossas vacas, que conta com outro obstáculo que é o elevado custo dos concentrados. (Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 47/2022 – SEAPDR
 A próxima semana permanecerá com umidade e calor no RS. Na quinta-feira (01/12), o deslocamento de uma área de baixa pressão manterá grande variação de nuvens, com chuvas isoladas em todo Estado. Entre a sexta (02) e o sábado (03), a propagação de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e deverão ocorrer pancadas de chuva e trovoadas isoladas na maioria das regiões. No domingo (04), a umidade e o calor predominarão em todo Estado, porém somente nos setores Norte e Nordeste ocorrerão períodos de céu encoberto com possibilidade de pancadas isoladas de chuva, associadas ao forte calor. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 
 

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Porto Alegre, 01 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.793


Os desafios dos setores de aves, suínos e leite

Questões políticas, econômicas e sanitárias estão entre os desafios colocados à mesa pelo setor de proteína animal nos debates do Avisulat 2022. Do evento, que terminou ontem na Capital, saem temas considerados essenciais para o desenvolvimento da produção de aves, de suínos e de leite. Na atividade da avicultura, um deles é o reforço das medidas preventivas à influenza aviária.
 
A doença, nunca registrada no Brasil, é vetor de prejuízos mundo afora. E chegou mais perto do país - o Peru emitiu alerta sanitário de 180 dias após a confirmação de três casos em pelicanos. Manter o vírus longe do território é assegurar um ativo que deu ao país um status de segurança, permitindo o acesso a 150 mercados.
 
- É importante que a produção adote todos os requisitos para evitar ao máximo a entrada do vírus - destaca José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
 
Na suinocultura, o assunto sanidade do plantel também é de grande importância, mas o diretor-executivo do Sindicatos das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips), Rogério Kerber, elenca outra meta traçada. É a digitalização do segmento, a ser alcançada até meados de 2023:
 
- A informatização agilizará, trará dados objetivos fora do papel, em um sistema que poderá ser consultado, gerar relatórios. São informações que vão contribuir na própria gestão do sistema produtivo.
No caminho do leite, competitividade e segurança de margem são bandeiras.
 
- Precisamos ter uma garantia para que o produtor não saia da atividade - pontua Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS. (Zero Hora)


Instabilidade no preço do leite exige inovação por parte da indústria

O leite está consolidado há muito tempo como um dos itens mais básicos da dieta dos brasileiros, sendo amplamente consumido em todas as regiões do país em sua forma pura e por meio de derivados. Apesar disso, a indústria nacional de lácteos tem passado por grandes instabilidades nos últimos anos, decorrentes sobretudo de efeitos da pandemia e outros movimentos macroeconômicos que têm impactado negativamente os hábitos de consumo de produtos lácteos no Brasil.
 
No último ano, o preço dos insumos para a produção do leite subiu significativamente, o que estreitou a margem dos produtores e os desencorajou a trabalhar com o produto. Os motivos para a alta incluem a desorganização das cadeias produtivas que resultou da COVID-19 e a guerra no Leste Europeu, que tem impactado o preço de fertilizantes, combustíveis e commodities agrícolas no mundo.
 
Com a queda na oferta, o leite e seus derivados encareceram significativamente, com uma alta acumulada que superou 60% em um ano – entre os meses de julho de 2021 e de 2022 –, tornando o produto um ícone da inflação no mercado alimentício. Naturalmente, os consumidores reagiram a este movimento por meio de suas escolhas nas gôndolas: segundo um estudo recém-publicado pela Mintel sobre o consumo de leite de vaca e leites alternativos no Brasil, 25% dos brasileiros estão consumindo menos leite este ano em comparação com 2021 e migrando para produtos mais baratos. É claro que este impacto é particularmente intenso entre classes com menor poder aquisitivo, que são mais vulneráveis às flutuações de preços.
 
Embora recentemente a alta de preços do leite tenha desacelerado, com o aumento na produção do campo em função da chegada do período de chuvas e a queda na demanda, o impacto negativo deixado pelo último ano no consumo do produto tende a continuar surtindo efeitos no curto prazo, demandando soluções inovadoras por parte da indústria de lácteos – tanto em termos de comunicação, com um reforço os atributos nutricionais da categoria e sua adequação a diferentes momentos e situação de consumo, como em termos de diversificação de portfólio.
 
O estudo da Mintel aponta diferentes – e complementares – caminhos para a superação dos desafios pelos quais a indústria está passando.
 
A aposta em leites vegetais seria um deles, mas precisaria ser dirigida e comunicada a uma parcela de consumidores das classes A e B que têm sustentabilidade e saudabilidade como prioridade, visto que são ainda mais caros que o leite de vaca tradicional (embora o encarecimento deste esteja encurtando a distância de preço das categorias).
 
Leites saborizados são um caminho para a nutrição infantil, mas com preferência para produtos de rótulo limpo e saudáveis, visto que os pais estão cada vez mais críticos em relação aos produtos que oferecem aos seus filhos. Leites semidesnatados podem se apresentar e comunicar como opções que entregam saudabilidade sem perda de sabor, textura ou nutrientes.
 
Em resumo, inovar em portfólio é a chave, o que também passa por fabricantes ampliarem seus horizontes para além do leite puro, considerando desbravar segmentos com boa rentabilidade, tais como iogurtes, bebidas lácteas com alto teor de proteína, queijos e mais.
 
Na Tetra Pak, já temos sentido o crescimento dessa busca por novos caminhos dentro do universo de produtos lácteos: no que diz respeito às embalagens, de 2018 para cá, registramos um crescimento de 36% no volume de embalagens vendidas para categorias novas e emergentes, que incluem queijo em caixinha, bebidas à base de whey protein, leites fermentados e mais.
 
Muitos são os caminhos, mas todos partem de uma certeza: a de que, em tempos de instabilidade e grandes oscilações de preço, a indústria de lácteos não pode ficar inerte e achar que sua segurança está dada pela tradição do leite.
 
Os hábitos de consumo estão mudando e, para atendê-los, a indústria deve inovar, acompanhando as transformações, aproximando-se das novas demandas em termos tanto de produtos, com novas formulações e aposta em novas categorias, e de comunicação, reforçando os atributos dos produtos lácteos e sua relevância para as nossas dietas.
 
Em um cenário de recuperação econômica, estimado para daqui três a cinco anos, se navegarmos por essa instabilidade com consciência e fazendo as escolhas certas, tenho certeza de que teremos preços mais estáveis e mais espaço no mercado tanto para o leite de origem animal como para cada vez mais derivados e alternativas.
 
Até lá, marcas devem aprimorar sua comunicação, apostar em novas categorias e formas de levar valor agregado para os consumidores, que estão cada vez mais informados, críticos e suscetíveis aos movimentos macroeconômicos. (Autor: Danilo Zorzan - Diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil/Milkpoint)

 
NZ – A China controla o preço do leite ao produtor neozelandês

Os preços dos lácteos no GlobalDairyTrade (GDT) caíram nos últimos meses diante dos bloqueios estabelecidos pelo Governo chinês em importantes cidades, como parte da política de Covid-Zero.
 
No entanto, no último GDT a sequência de três quedas foi quebrada: o índice de preços GDT subiu 2,4%, enquanto o leite em pó integral (WMP) teve crescimento de 3,1%.
 
O Índice geral dos preços e a cotação do WMP, no entanto, permaneceram 18% e 19%, respectivamente, abaixo dos valores de um ano atrás.
 
O economista sênior do banco Westpac, Nathan Penny, disse que é um resultado positivo levando-se em consideração as restrições estabelecidas na China. Ele observa que a demanda chinesa de lácteos veio caindo progressivamente durante o ano em decorrência do fraco crescimento econômico do país.
 
“No entanto, o abrandamento recente das restrições à Covid podem ser um sinal de uma abordagem mais pragmática adotada pelas autoridades chinesas”.
 
Quando a economia chinesa está em crescimento, os agricultores da Nova Zelândia são beneficiados.
Penny tem a expectativa de que a economia chinesa crescerá 6% em 2023, depois do fraco desempenho de 3,5% em 2022.
 
Ele disse que a recuperação da economia chinesa e o abrandamento das restrições à Covid devem se traduzir em melhora na demanda chinesa de lácteos no próximo ano.
 
Mas o economista do banco ASB, Nathaniel Keall acredita que os preços dos lácteos não irão se recuperar, até que a economia chinesa volte a um firme crescimento. “Minha expectativa é de que os preços tenham uma recuperação mais sustentável até que a demanda chinesa retorne – e isso não parece ser iminente”.
 
Keall observa que uma oferta global muito apertada, e compras agressivas pela China ajudaram os excepcionais ganhos dos produtos lácteos no início de 2021. O nível elevado foi mantido na primeira parte do ano, de modo que a subsequente ausência da China fez muita falta.
 
“Como destacado em numerosas publicações, a falta da demanda chinesa foi decorrente do ambiente doméstico: medidas de isolamento por causa da Covid que resultaram na desaceleração mais ampla do crescimento econômico, refletindo no consumo dos lares da China, com retração considerável”.
 
O banco ASB revisou a previsão do preço do leite ao produtor de NZ$ 10/kgMS, [R$ 2,50/litro], para NZ$ 9,40/kgMS, [R$ 2,35/litro]. O banco Westpac prevê NZ$ 8,75/kgMS, [R$ 2,19/litro] para esta temporada e de NZ$ 10/kgMS para a próxima. (Fonte: DairyNews – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido 

Anuário reafirma posição da Languiru entre as maiores cooperativas de produção do RS
No dia 29 de novembro o Grupo Amanhã e a PwC Brasil anunciaram o novo ranking 500 Maiores do Sul, tomando como referência o desempenho das empresas no exercício de 2021 e publicado em 2022. A Languiru segue entre as maiores cooperativas de produção do Rio Grande do Sul; entre as 100 maiores empresas do Estado, cooperativas ou não, está na 55ª colocação; em se tratando da região Sul (RS/SC/PR), ocupa a posição 128. O presidente Dirceu Bayer valoriza o desempenho da Languiru no ranking, considerando as dificuldades de 2021 com a pandemia, estiagem, alto custo de produção e poder aquisitivo do consumidor fragilizado, cenário que se tornou ainda mais desafiador em 2022, especialmente para a indústria de transformação do segmento das carnes. “O momento é de cautela, mas, apesar de tudo, a Languiru não parou, vislumbramos na adversidade novas oportunidades. O ano de 2021 foi extremamente desafiador e nos mostrou o quanto o desempenho da Languiru nos anos anteriores foi importante, com reservas que neste momento dão sustentação aos negócios”, destaca. Por outro lado, ele ressalta que 2022 é um dos anos de maior investimento na história da Languiru. “A projeção para 2023 segue sendo de instabilidade, porém, com as obras nas unidades industriais concluídas, a expectativa é de que possamos incrementar o desempenho no segmento das carnes, com novos produtos e cortes que agregam valor à matéria-prima, além de voltarmos nossa atenção ao segmento de grãos”, afirma, valorizando a diversidade de negócios da Cooperativa. (Assessoria de Imprensa Languiru)

 
 

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Porto Alegre, 30 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.792


Languiru é reconhecida como melhor fornecedora de leites

A Languiru foi premiada como a melhor fornecedora de leites no Carrinho AGAS 2022, promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS). A solenidade de premiação ocorreu na noite de 28 de novembro, durante evento realizado em Porto Alegre, quando foram laureadas 43 empresas e personalidades que mais se destacaram em suas atividades ao longo do ano, em diferentes categorias.

A apuração dos ganhadores, que avaliou desde pequenas empresas regionais até grandes multinacionais, considerou participação de mercado, inovação, cumprimento de prazos de entrega e relacionamento com os varejistas. A eleição envolveu os 250 maiores supermercados do Estado e as personalidades destaque foram apontadas pela diretoria da AGAS.

“O prêmio valoriza toda a cadeia produtiva do leite, desde o associado, passando pela nossa indústria e chegando à mesa dos consumidores com um produto diferenciado, seguro e de qualidade. Estamos felizes em integrar esse seleto grupo da cadeia de abastecimento do Rio Grande do Sul. A Languiru está atenta ao mercado, procura atender aos anseios e demandas desse novo consumidor pós-pandemia, com novas peculiaridades. Apesar do cenário econômico adverso, soubemos nos reinventar e criar novos espaços para a realização de negócios”, avalia o presidente Dirceu Bayer.

Nos anos de 2016 e 2017 a Languiru já havia sido premiada como melhor fornecedora de frango. O Carrinho AGAS está na 39ª edição, foi criado em 1984 e é realizado anualmente.

“Em 2022, os supermercados buscaram acima de tudo oportunizar melhores condições de custo-benefício aos clientes, que estiveram com seu poder de compra reduzido. Isto abriu portas para que empresas locais oferecessem novos produtos e um relacionamento mais próximo com o varejista, que precisa de agilidade e autonomia na tomada de decisões”, reflete o presidente da Associação, Antônio Cesa Longo. (Cooperativa Languiru)


Cooperativas investem mais de R$ 2,5 bilhões no Estado

O modelo cooperativista firma- -se como uma fonte de investimento diferenciada no Rio Grande do Sul. As cooperativas, que vão desde a agroindústria até o varejo, infraestrutura, saúde e serviços financeiros, respondem por R$ 2,5 bilhões no Anuário de Investimentos 2022. Com crescimento robusto, de dois dígitos, mesmo em meio à pandemia, essas instituições investem de forma permanente no Estado. “O cooperativismo tem segurança, competitividade e capilaridade. Hoje, um terço dos gaúchos é cooperativado e encontra nas cooperativas, como no exemplo daquelas que atuam no meio rural, o ciclo completo para o produtor. 

Desde o fornecimento de insumos, parceria nos maquinários, estrutura para industrialização e logística e atendimento das necessidades de varejo deste associado”, explica o presidente do Sistema de Organização de Cooperativas do RS (Ocergs - Sescoop/RS), Darci Hartmann. 

Somente entre as cooperativas filiadas à Ocergs, são contabilizadas 423 entidades. “O ano foi muito positivo, e poderia ser ainda melhor se tivéssemos maior agilidade nos licenciamentos para os projetos de PCHs que diversas cooperativas estão a frente”, comenta o dirigente. Para o próximo ano, Darci Hartmann avalia que haverá ainda maiores avanços em relação a investimentos em logística e no setor de biocombustíveis. As cooperativas investiram em armazenagem, beneficiamento de produtos agrícolas, agregando valor, além de energia. Instituições dos ramos de saúde e financeiro também fizeram aportes. (Jornal do Comércio)

Queda nas cotações das commodities lácteas ameaçam o preço do leite ao produtor na Europa

Por diversas semanas, a captação de leite na Alemanha, na França e em alguns outros países europeus ficou estabilizada graças à leve queda de temperatura. 

O volume de leite, no momento, está acima do registrado no ano anterior, embora a segunda metade de 2021 tenha sido marcada pela fraca produção de leite. O elevado preço do leite estimula os agricultores a maximizar a produção de suas vacas. O preço do leite ao produtor variou entre US$ 25 e US$ 30/cwt, [R$ 3,05 a R$ 3,66/litro], nos últimos meses, tornando economicamente viável suplementar a alimentação das vacas. As indústrias estão bem abastecidas para a fabricação de produtos lácteos e ingredientes.

As cotações de algumas commodities lácteas enfraqueceram recentemente e observadores do mercado indagam se será possível para as indústrias, manterem o nível de preço do leite aos produtores. Efetivamente, as indústrias esperam que haja uma revitalização da demanda por produtos lácteos, pois caso contrário, poderá ser necessário fazer ajustes no preço do leite ao produtor.  

De acordo com dados do site CLAL, a captação de leite de vaca no mês de setembro foi estimada em 11.498.000 toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado, de janeiro a setembro de 2022, o volume total está estimado em 110.174.000 toneladas, apresentando queda de 0,4% em relação ao período correspondente de 2021. Na mesma comparação, as variações nos principais países produtores foram: Alemanha (-0,9%); França (-1,2%); Holanda (-0,2%) e Itália (-0,2%).

No Reino Unido, a captação de leite no mês de setembro de 2022 foi de 1.190.900 toneladas (+0,2%) em relação a setembro de 2021. As entregas no acumulado do ano até setembro de 2022, foram de 11.587.800 toneladas, com redução de 1,5% na comparação com o mesmo período de 2021.
 
O forte ritmo de produção de leite no Leste Europeu se mantém mesmo no período sazonal de menor produção. Um clima mais favorável e temperaturas amenas continuam favorecendo os números em alguns países da região. De acordo com o site CLAL, no mês de setembro de 2022 o leite de vaca captado pelas indústrias polonesas foi de 1.022.000 toneladas, 2,6% mais em relação a setembro de 2021. No acumulado do ano, até setembro de 2022, o aumento é de 2,3%, totalizando 9.705.000 toneladas.

Na Bielorrússia, foram captadas 643.000 toneladas de leite no mês de outubro de 2022, um aumento de 1,1% em relação a outubro de 2021. De janeiro a outubro o volume contabilizado foi de 6.602.000 toneladas, registrando aumento de 0,3% em comparação com o mesmo período de 2021. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido 

Ministério da Agricultura estende prazo para vacinação contra aftosa
O Ministério da Agricultura estendeu até 17 de dezembro o prazo da segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, que, no cronograma original, estava programada para terminar amanhã (30/11). A expectativa da Pasta é que 161 milhões de animais sejam vacinados. Segundo o ministério, a prorrogação ocorreu após solicitação de alguns Estados. “A ampliação do prazo foi definida para evitar transtornos ao produtor e prejuízos à cobertura vacinal”, diz o diretor do departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes, em nota. Os produtores poderão entregar a declaração de vacinação ao órgão executor de defesa sanitária animal de seus respectivos Estados até 24 de dezembro. A entrega pode ser feita de forma online ou presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual. (Valor Econômico)

 
 

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Porto Alegre, 29 de novembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.791


Setor lácteo defende aumento da competitividade na abertura da 6ª Avisulat
 
O aumento da competitividade do leite gaúcho é o principal desafio para o próximo ano, conforme destacou o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, na abertura da 6ª edição da Avisulat – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul. “Nosso objetivo é conseguir alcançar políticas de incentivo para a equiparação, a fim de que os nossos produtos possam competir com países como a Nova Zelândia, que consegue produzir um leite com mais sólidos e gordura e com preço menor”.
 
O dirigente acrescenta ainda que o evento, que segue até a quarta-feira (30/11), reúne os setores da avicultura e da suinocultura no debate de pautas comuns. “São questões ligadas a sustentabilidade, aos custos de produção, ao crescimento da renda das pessoas para garantir o consumo; além de questões relativas à Reforma Tributária e ao ocumprimento das metas ambientais que, pelo relato do secretário da Agricultura do RS, Domingos Antonio Velho Lopes, já são, em grande parte cumpridas pelo Brasil, o que nos dá certa tranquilidade”, destaca Palharini.
 
Três palestras magnas vão aprofundar a discussão dos temas comuns aos setores, incluindo os gargalos na evolução das cadeias e as análises sobre os rumos para o desenvolvimento de cada segmento. Nesta segunda (28/11), pela manhã, foi abordado o tema "O agronegócio e o impacto das transformações globais”. Na terça (29/11), de tarde, será a vez de trazer à pauta “Logística e suprimentos no agronegócio: quais os caminhos para soluções?” e “Família integrada - a produção de alimentos e os desafios na atualidade”.
 
Ao longo de três dias, além de exposições, estandes, está sendo oferecida uma programação diversificada com workshops, simpósios, seminários e debates que abrange, de forma segmentada, as atividades relativas ao leite, aos suínos e às aves, através das Programações Técnicas nos fóruns setoriais. Já a Central de Negócios vai estar aberta diariamente entre 10h30min e 19h30min.
 
As atividades são direcionadas aos representantes das cadeias produtivas, produtores, pesquisadores, cientistas, professores, órgãos oficiais ligados direta e indiretamente ao agronegócio e aos profissionais das áreas.
 
A 6ª edição da Avisulat é uma promoção conjunta do Sindilat/RS em parceria com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (SIPS).  
 
AVISULAT – Congresso e Central de Negócios Brasil Sul será realizado até quarta-feira (30/11), no Teatro do Sesi e nas dependências da Federação e Centro das Indústrias do Estado (Fiergs), em Porto Alegre (RS). A programação está disponível em https://avisulat.com.br/pg/programacao. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações de Avisulat)


Concurso Cultural Arte na Caixinha em Pelotas tem 191 inscritos

O Concurso Cultural Arte na Caixinha, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) em parceria com as escolas da rede pública de Pelotas, recebeu a inscrição de 191 trabalhos, que foram realizados por crianças do Pré II ao 5º ano. Divididos por categorias, concorrem 63 na Infantil, 79 na Júnior e 49 na Juvenil. A divulgação dos vencedores e a apresentação dos trabalhos acontecerão dia 15 de dezembro. 

A iniciativa explora a temática “O leite na sua vida” e propõe a utilização de diferentes técnicas artesanais e artísticas em caixas de leite UHT. A ideia é soltar a criatividade através da pintura, da colagem, do desenho, entre outros. "Na etapa Pelotas do concurso Arte na Caixinha conseguimos perceber que os 191 alunos que participaram entenderam realmente os processos que o leite percorre desde a ordenha até a mesa, representando em trabalhos muito bem elaborados e criativos, isso é muito satisfatório. Levar a cultura láctea ao consumidor é de extrema importância", avalia o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, lembra que as ações desenvolvidas pelo Sindilat têm movimentado o dia a dia dos alunos e alunas da rede pública. “Esperamos que o projeto continue, pois, mais do que valorizar um alimento precioso que é o leite, une a sociedade. As três ações: peça teatral, trabalhando o emocional; o Recanto das Terneiras, permitindo o contato com os animais; e a atividade Arte na Caixinha, colhendo o impacto de todo o trabalho; certamente mudam a percepção sobre a vida e sobre a natureza não só do público infantil, mas, também, dos educadores, artistas, pesquisadores, extensionistas e pesquisadores presentes”, relata. 

Entre os objetivos do projeto do Sindilat estão a divulgação da importância de uma nutrição equilibrada para a saúde e no aprendizado das crianças; o auxílio às crianças vencedoras na acessibilidade do ensino remoto, através do fornecimento de equipamento (tablet); e a valorização dos professores, que são premiados assim como os alunos que tiram os primeiros lugares em em cada categoria do concurso e também a sustentabilidade. 

PREMIAÇÃO:
Os três primeiros colocados em cada uma das três categorias, Infantil, Júnior e Juvenil recebem os seguintes prêmios:

1º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
2º lugar - Tablet + Certificado + 12 meses de leite*
3º lugar - Certificado + 12 meses de leite*

O professor (a) responsável pela inscrição do primeiro colocado em cada categoria receberá um notebook + Certificado + 12 meses de leite.*

*1 caixa com 12 litros por mês
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Laticínios miram oportunidades no mercado chinês

Um ano depois de realizar sua primeira exportação de lácteos para a China, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) recebeu neste mês uma visita de seus parceiros comerciais no país asiático. Por condições mercadológicas - o preço do produto brasileiro não é competitivo agora -, novos negócios não foram fechados. Mas, de olho no futuro, o contato foi constante em 2022. É compreensível. Mesmo que a China esteja do outro lado do globo, e perto do maior exportador de lácteos do mundo (a Nova Zelândia), tende a ampliar suas importações de derivados em 80% entre 2021 e 2031, ano em que as compras poderão alcançar 35,8 milhões de toneladas (equivalente leite). Os dados são do próprio governo chinês e foram reunidos pela InvestSP, agência que contribui para o fomento de negócios entre os dois países. 

Os exportadores brasileiros acreditam que os países latino-americanos poderão se beneficiar de janelas de negócios nesta década à medida que a demanda chinesa for maior, já que há um limite para que os neozelandeses possam atendê-la.Segundo José Mário Antunes, COO da InvestSP, o aumento do consumo de lácteos na China resulta não apenas do crescimento populacional, mas de um ajuste das recomendações nutricionais que vêm sendo feitas por Pequim. Como se trata de um mercado difícil de conquistar, porque exige investimento e paciência, a CCGL está empenhada desde já. “Quando o mercado virou neste ano [os preços no Brasil subiram], chegamos a cancelar um embarque de 20 contêineres para lá. Fizemos isso de comum acordo, para manter o bom relacionamento”, disse Caio Vianna, presidente da CCGL. A cooperativa brasileira enviou dois lotes “pequenos” de leite em pó para o mercado chinês há um ano. Volume e valor não foram informados. 

O produto foi usado por processadores que fabricam derivados em geral, como queijos, iogurtes e até salsicharia. Segundo Vianna, os compradores ainda não conheciam o produto brasileiro. “Gostaram muito”, disse. “Mas vender para a China exige não pensar só em lucro imediato”. A CCGL sabe que terá de investir dinheiro, tempo e, às vezes, “até perder algo” (lucro). “Dá trabalho, mas para abrir um mercado é preciso investir”. Na visão dos exportadores gaúchos será possível para o Brasil e seus vizinhos Argentina e Uruguai - dois fornecedores de leite já mais consolidados no mercado internacional - ganharem espaço na China no decorrer da década, porque a alta do consumo chinês não será totalmente suprida pela Nova Zelândia. 

Vianna acredita que os neozelandeses têm um limite para ampliar sua oferta, visto que o país tem produção a pasto e não é produtor de grãos, usados na alimentação dos rebanhos. Observadas essas características, para ele dificilmente as fazendas conseguirão aumentar volumes em “30%, ou até mesmo dobrar”, para atender uma demanda muito maior do que a atual. 

Porém, depois da Nova Zelândia, os maiores fornecedores de lácteos para a China são União Europeia e Austrália, importantes fornecedores globais do setor que também deverão brigar por espaço. Assim, as oportunidades para os brasileiros ocorrerão em “janelas” à medida que a demanda asiática - somados Vietnã e Indonésia - for maior, elevando os preços internacionais.

Aproveitá-las dependerá de mudanças geradas por algumas frentes de esforços, sejam elas individuais - a exemplo do que faz a CCGL -, setoriais e em nível governamental. É consenso que o Brasil precisa elevar a eficiência produtiva em leite, já que os volumes das fazendas praticamente atendem o mercado interno, e ampliar o investimento em marketing e relacionamento, além de batalhar pela redução de taxas no comércio internacional. A transformação setorial que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil, com o emprego de tecnologia, poderá ajudar a aumentar a eficiência das fazendas. Mas os lácteos brasileiros pagam 10% de taxa para entrar na China, bem como os europeus e americanos. Exportadores da Austrália e Nova Zelândia têm vantagens nesse capítulo. Os produtos neozelandeses, por exemplo, têm isenção de pagamento dessa taxa para 300 mil toneladas, e a partir de 2024 a cota cairá e os lácteos do país entrarão na China sem a cobrança. Esse tipo de barreira será vencida apenas por meio de acordos bilaterais. Já sobre o custo logístico, devido à distância a partir do Brasil, não é considerado um problema. “Negociar com os chineses mostrou que, diferentemente do que eu pensava, o frete não é um fator que afeta nossa competitividade”, disse Vianna. 

Considerado o cenário de desafios, talvez o leite vá ser o último, entre todos os produtos do agro brasileiro, a ganhar status de exportador, admite Vianna. Mas ele acredita, ainda assim, ser possível não só que o país se torne exportador, como se consolide como fornecedor para a China. “Há uma década o Brasil não exportava um quilo de carne bovina para os chineses, e hoje aquele país é o maior destino para os frigoríficos”, cita. Carne e leite são segmentos com características distintas, mas há um fator comportamental na China que abre possibilidades similares, na visão do presidente da CCGL Ele lembra que o país asiático tem pelo menos 200 milhões de pessoas com alto poder aquisitivo nas áreas urbanas. É o equivalente ao tamanho da população brasileira em meio a um total de 1,5 bilhão de chineses. “Tem um Brasil dentro da China com poder aquisitivo para consumir carne e lácteos. Se essas pessoas provarem um queijo feito de leite de vaca, não tem como voltarem para o tofu”, opinou. (Valor Econômico)


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Argentina – Poderá faltar lácteos: confirmado paralisação em todas empresa pela crise na SanCor
A Diretoria Nacional da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (Atilra) confirmou nesta segunda-feira, a realização de uma paralisação de 72 horas na cooperativa SanCor e de 48 horas no resto das empresas do setor, em protesto contra a falta de soluções e um novo capítulo de intermináveis crises que vive a empresa de Santa Fe/Cordoba. Nos últimos anos a SanCor tentou sobreviver vendendo inúmeros ativos, mas não conseguiu sair da falência e a recente promessa de resgate de empresários aliados ao governo nacional não se concretizou. Assim, a Atilra decidiu retomar medidas extremas de protestos. A novidade – e muito criticada pelas entidades representantes das indústrias – é a decisão de realizar paralisação em todas as indústrias, formada em sua maioria por pequenas e médias empresas que não têm nenhuma relação com a crise de uma das maiores cooperativas do país.
Datas e Prazos:
De concreto, a agenda decidida pela Atilra é a seguinte:
1 – Paralisação de 72 horas na SanCor, que ocorrerá de ZERO hora de terça-feira, 29 de novembro, até às 24 horas de 1º de dezembro.
2 – Paralisação de 48 horas nas outras indústrias de laticínios do país, de ZERO hora de 30 de novembro até 24 horas de 1º de dezembro.
“Atento à importância da presente resolução, solicitamos aos companheiros do setor lácteo de todo o país que se mantenham alertas e mobilizados aguardando todas as informações que iremos divulgar através dos canais oficiais de comunicação da entidade”, disse a Atilra. (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)