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09/03/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de março de 2023                                                    Ano 17 - N° 3.856


Brasil precisa de ajuste competitivo no leite para abrir mercados
 
A produção láctea brasileira precisa de ajustes básicos em seus sistemas de custo e de tratos relacionados à sustentabilidade para vencer barreiras comerciais e ambientais e avançar rumo a novos mercados. As estratégias para alcançar esse objetivo foram debatidas, na manhã desta quarta-feira (8/3), no 18° Fórum Estadual do Leite, promovido pela CCGL e Cotrijal com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), durante a Expodireto Cotrijal 2023, em Não-Me-Toque (RS).
 
Segundo o presidente da CCGL e diretor-secretário do Sindilat/RS, Caio Vianna, é essencial que se busque maior eficiência sanitária e produtiva. “O Brasil tem ampla capacidade de produção, com abundância de luz, terras e grãos. Mas temos visto leite conseguindo entrar no nosso mercado de outros países. Há coisas a serem feitas além das barreiras tarifárias”, recomendou, lembrando que além do apoio do poder público, essa é uma tarefa também do setor, incluindo produtores e indústrias.
 
Um caminho na busca de maior eficiência é ampliar o uso da tecnologia na produção, tema que também deu rumo aos debates da manhã. Além da robotização da ordenha, o uso de plataformas de gestão como a Smartcoop, lançada em 2021 pela RTC/CCGL, são vistas como tendência. O uso do Smartcoop nas propriedades foi detalhado pela produtora de leite da CCGL e sucessora familiar, Larissa Zambiasi. De forma didática, ela apresentou as funcionalidades da plataforma e como o uso pode ser traduzido em benefícios e facilidades aos produtores. “É possível ter uma propriedade digital, com tudo na palma da mão e em tempo real. O Smartcoop é de todos os produtores de leite associados em cooperativas. Foi criado para facilitar a vida dos produtores, é uma plataforma nossa”, afirmou.A 18ª edição do Fórum do Leite reuniu representantes dos produtores e das indústrias. O vice-presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, acompanharam as discussões, observaram a importância da digitalização para se alcançar avanços e como a união de esforços de produtores, indústrias e agentes públicos é o caminho para se ter um cenário mais positivo no setor leiteiro.
 
Segundo Guerra, só é possível melhorar a gestão de um serviço, como a produção leiteira, se o produtor tiver indicadores que possam ser analisados. “É de suma importância falar sobre o Smartcoop, como foi apresentado durante o fórum. Digitalizar uma propriedade, ter um aplicativo que possa dar orientações, ter um banco de dados para auxiliar na tomada de decisões é fundamental para ver onde o produtor está e onde pode melhorar”, afirmou. Para ele, o Fórum demonstra que os desafios do setor estão associados a oportunidades. “Os desafios postos nesse encontro são traduzidos em oportunidades. Precisamos integrar ações, ter movimentos conjuntos rumo a um mesmo propósito para alcançar os resultados necessários”, completou.
 
Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, um dos grandes desafios apresentados é a necessidade do setor avançar em nível de competitividade. “Uma grande quantidade dos produtores no Rio Grande do Sul ainda precisa evoluir na competitividade. Para ele saber se é competitivo ou não, precisa de indicadores. Competitividade significa ter controles, como o Smartcoop proporciona, por exemplo. Quando falamos de competitividade, estamos comparando o Rio Grande do Sul a outros estados e também a outros países, principalmente Argentina e Uruguai”, observou. O evento também contou com a palestra ‘Mercado de lácteos: o que esperar para 2023’, ministrada pelo representante da companhia Rabobank, Andrés Padilha. (Assessoria de imprensa Sindilat)

Balança comercial de lácteos: saldo fica estável em fevereiro

Segundo dados divulgados na terça-feira (07/03) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos ficou praticamente estável, em relação ao mês anterior, fechando o mês de fevereiro em -145,0 milhões de litros em equivalente-leite.

Os números apontam um leve recuo no mês de aproximadamente 300 mil litros em equivalente-leite, ou -0,9%. Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (fevereiro/2022), o saldo permaneceu em nível inferior, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -20,4 milhões de litros.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

As exportações apresentaram pequeno crescimento em fevereiro, no comparativo mensal, fechando em cerca de 6,5 milhões de litros em equivalente-leite. O período apresentou um aumento de 1,2 milhão de litros no volume exportado, representando um avanço de aproximadamente 22%. Ao se comparar com janeiro de 2022, observa-se um decréscimo maior de -15 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -70% no volume exportado no período.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Do lado das importações, o volume importado no mês de fevereiro se manteve estável em relação a janeiro, fechando em 151,5 milhões de litros – volume esse que é somente 0,1% abaixo do observado para janeiro. Entretanto, se comparado ao mesmo mês do ano anterior, observa-se um aumento de 109,4 milhões de litros em equivalente-leite.
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Os preços internacionais se mantendo em patamares baixos, o aumento dos preços dos derivados no mercado interno (no final de 2022 e início de 2023) e a elevação do preço do leite matéria-prima nos últimos meses contribuíram para formar esse cenário.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em fevereiro, temos o leite em pó integral, o leite em pó desnatado, os queijos e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado. O leite em pó integral teve um avanço de 11% em seu volume importado. Em contrapartida, o leite em pó desnatado teve uma redução de 26% em seu volume importado. Os queijos, por sua vez, avançaram 8%.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 90% da pauta exportadora. O leite UHT reduziu cerca 24% o volume exportado no mês, o creme de leite reduziu 33%, enquanto o leite condensado e os queijos aumentaram 18% e 33%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de janeiro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em fevereiro de 2023.

O que podemos esperar para o próximo mês?
A expectativa para os próximos meses é que as importações apresentem pequenos recuos, mas que ainda siga nos atuais patamares. Tendo em vista que os preços dos lácteos no mercado interno têm apresentado quedas nas últimas semanas, espera-se que o mercado brasileiro demande por menor quantidade de produtos internacionais. Por outro lado, alguns compradores brasileiros já estão com negociações concretizadas para entressafra de leite no Brasil e que devem ser entregues nos próximos meses.

Entretanto, sempre é importante avaliar a questão cambial: o governo dos Estados Unidos sinalizou que pode aumentar ainda mais a taxa de juros norte-americana, o que tende a desvalorizar o real frente ao dólar – assim, diminuindo eventualmente a competitividade das importações.

Para exportações, com preços internacionais ainda em baixos patamares, não se projeta uma janela exportadora para os lácteos brasileiros no curto prazo. Assim sendo, nos próximos meses deveremos observar menor volatilidade nos resultados de importações, exportações e saldo final da balança comercial. (Milkpoint)

Na posse do novo presidente da FPA, ministro da Agricultura destaca grande papel da bancada para o setor agropecuário

Carlos Fávaro disse que a Frente Parlamentar é aliada no desenvolvimento de legislações para modernizar, dar competitividade e oportunidades ao setor

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, participou nessa terça-feira (7) da posse do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, para o biênio 2023-2024. Ao parabenizar e desejar sucesso ao novo presidente da Frente, Fávaro ressaltou a importância da bancada para o setor.

“Essa Frente Parlamentar sempre foi um grande aliado no desenvolvimento de legislações que pudessem modernizar, dar competitividade e oportunidades, e assim deve continuar” disse.

A FPA é uma entidade associativa, que defende interesses comuns, constituída por representantes de todas as correntes de opinião política do Congresso Nacional, e tem como objetivo estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio nacional.

O ministro também destacou a importância de os poderes e as entidades trabalharem unidos para impulsionar um agro mais fortalecido, que gera empregos e oportunidades. “O agronegócio, que é a grande mola propulsora da economia desse país, não é obra de uma única pessoa. Ela é principalmente fruto da obstinação e da capacidade de homens e mulheres vocacionados. Esse agro também é forte porque tem entidades fortes que sabem representá-lo muito bem”, completou.

No evento, Fávaro defendeu ainda a aprovação do Fundo Nacional Sanitário, que visa apoiar pecuaristas que tiveram animais de sua criação sacrificados por questões sanitárias e a apoiar ações emergenciais de defesa sanitária animal. Segundo ele, à medida que o Brasil evolui para os mercados consumidores mais exigentes, as questões sanitárias são um grande risco para a agropecuária brasileira.

Fávaro terminou a fala reforçando o discurso sobre o preconceito com os pequenos e médios produtores que buscam ter um pedaço de terra e que têm a vocação em produzir alimentos. E deixou um recado: “nós vamos cuidar da reforma agrária”. (MAPA)


Jogo Rápido 

REFORMA TRIBUTÁRIA: evento aborda impactos no RS
A Afocefe Sindicato, entidade representativa dos Técnicos Tributários da Receita Estadual, realiza hoje, às 18h, um debate
aberto ao público sobre a Reforma Tributária e os impactos na
arrecadação estadual. O encontro será na sede administrativa,
na Rua dos Andradas, 1234, em Porto Alegre. Haverá transmissão ao vivo pelo YouTube e pelo Facebook da entidade. A 1ª edição do Diálogos Afocefe contará com especialistas no assunto. (Correio do Povo)


 
 
 

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