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Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  06 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.473


Uruguai apresenta projeto de integração comercial e investimento logístico

Focado em intensificar o intercâmbio comercial com o Brasil, o embaixador do Uruguai Guillermo Valles propôs uma articulação entre os países para destravar projetos logísticos em curso há décadas. O plano de trabalho foi apresentado em reunião com lideranças do setor produtivo do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (6/8) na Sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Interlocutor dos interesses do agronegócio e vendo as potencialidades desse intercâmbio no abastecimento de grãos para a produção de aves, suínos e leite, o senador Luis Carlos Heinze (PP) é defensor do tema, ressaltando a importância de trazer parte da safra de milho uruguaio ao Brasil. Segundo o embaixador, o Uruguai tem amplo potencial para produção de cereais, mas as lavouras não se ampliam exatamente pela falta de estruturas de armazenagem e de vias de escoamento mais competitivas ao mercado internacional. De acordo com Valles, enquanto uma carga de arroz uruguaio precisa percorrer 400 quilômetros por rodovias para ser exportada por Montevidéu, o mesmo produto poderia fazer 200 quilômetros por via fluvial para chegar a Rio Grande.


Crédito da imagem: Carolina Jardine

A chave para viabilizar a integração é o fortalecimento do modal hidroviário, estabelecendo um canal direto com o Porto de Rio Grande por meio de hidrovia pela Lagoa Mirim. Para isso, seria essencial aumentar o calado de rios e canais, o que depende de obras de dragagem no Brasil e no Uruguai. O embaixador ressaltou que o investimento nesses processos é ínfimo perto do ganho econômico e que pode ser rateado entre os dois países. O projeto, que está nos planos da Bacia do Prata há 60 anos, poderia ser viabilizado por uma parceria público-privada, o que o consolidaria como a primeira hidrovia público-privada da América Latina. No lado brasileiro, as dragagens precisariam ser efetuadas no Sangradouro, no Canal São Gonçalo e no acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar.

Heinze informou que há projetos tramitando em Brasília no sentido de fortalecer o intercâmbio logístico com o Uruguai por meio de investimentos em infraestrutura. Um deles é a construção de nova ponte em Jaguarão (RS).

Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, frisou a importância de o intercâmbio ser regido por um regramento mínimo que não comprometa nenhum setor produtivo uma vez que produtores uruguaios operam com custos inferiores aos praticados no Brasil. O embaixador concordou com a posição, lembrando que a ideia é agir em bloco, favorecendo os dois países e não impondo concorrência predatória. “É preciso tratar de regulamentações, olhar o espaço comum, juntar as autoridades e tratar da questão de território para que o fator de equilíbrio não seja o contrabando”.


Crédito da imagem: Carolina Jardine

O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que o assunto deve ser alvo de uma nova reunião nas próximas semanas. A proposição é integrar o setor produtivo brasileiro e uruguaio para definir uma pauta a ser apresentada durante a Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Também participaram da reunião lideranças da Fetag, Fecoagro, Asgav, Sips e Fundesa.

Segundo o embaixador é primordial que as cidades vejam as potencialidades do campo, uma vez que é dele que sairá a solução para suportar um aumento de 2,5 bilhões de pessoas na população mundial até 2050. “Precisamos produzir 50% mais fibras, 50% mais de alimentos e combustíveis. E de onde vai sair isso de forma sustentável?”, questionou. Consciente das potencialidades da América Latina em abastecer o planeta, ele reforçou que há condições de solo e oferta de água doce capaz de produzir de forma competitiva. Para isso, alertou, é importante que se trabalhe com abertura comercial entre vizinhos.

Brasil e Uruguai tem 1067 quilômetros de fronteira, com seis cidades gêmeas. Apesar da vigência do Mercosul, apenas a aduana de Rivera trabalha de forma integrada nos terminais de cargas. O principal ponto de entrada de cargas uruguaias no Brasil é o Chuí (30%), seguido por Jaguarão (21%) e por Santana do Livramento (9%). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 

Novo aumento nas importações brasileiras de lácteos

Segundo dados divulgados nessa quarta-feira (04/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -61 milhões de litros em equivalente leite no mês de julho, um aumento de 18% no déficit quando comparado a jun/21.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente leite no mês de jun/20 foi de -85 milhões de litros. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.



Em julho, as importações tiveram um leve aumento; 72,5 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando uma alta de 3% em relação a junho/21. O novo aumento nas importações foi reflexo, principalmente, do aumento nos preços internos e de menores preços dos produtos internacionais.

O aumento (dos preços nacionais) vem tornando o produto importado mais competitivo: a média do preço nacional do leite spot coletado pelo MilkPoint Mercado em julho foi de R$ 2,43/litro; enquanto o leite importado foi internalizado a um preço médio equivalente de R$ 2,37/litro – considerando o valor médio do leilão GDT em julho (US$ 3.797/ton – leite em pó integral) e a média do dólar no mês de jul/21 (R$ 5,16).

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em julho, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 78% do volume total importado. Já o doce de leite, iogurtes e o soro de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 121%, 96% e 76% respectivamente.

Já o volume exportado em junho foi de 11,4 milhões de litros de leite (equivalente), decréscimo de 40% em relação a junho. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, tivemos ainda um crescimento de 9,6%.

Além dos preços internos mais altos, a baixa disponibilidade interna de leite — comum a esta época do ano — desfavorecem a possibilidade de exportação dos produtos brasileiros. No acumulado do ano foram exportados 98 milhões de litros em equivalente leite, contra 55 milhões em litros equivalentes do mesmo período em 2020.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite e o leite UHT, que juntos, representaram 55% da pauta exportadora e tiveram variações de 9%, 54% e 3% em relação a junho/21, respectivamente.

Um produto que apresentou forte aumento de exportações em janeiro foi o leite em pó desnatado (+226%), embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Em compensação, o leite em pó integral e a manteiga tiveram queda no volume exportado.
A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de julho deste ano.



O que podemos esperar para os próximos dias?
Bom, considerando os resultados do leilão GDT desta terça-feira (03/08) (US$ 3.598/ton — leite em pó integral) e o fechamento do  dólar no dia 03/08/21 (R$ 5,16), chegamos a um preço interno máximo de R$ 2,03/litro para que as exportações continuem competitivas.

Ao compararmos esse valor com o preço spot na primeira quinzena de agosto (R$ 2,47/litro) e, também, com o preço do leite pago ao produtor no mês de julho—fechado na média de R$ 2,31/litro (CEPEA/ESALQ) —, conclui-se que a venda do leite brasileiro no exterior não é mais atrativa.

Por outro lado, se considerarmos os mesmos valores para conta, chegamos em um preço máximo a ser pago para importação do leite de R$ 2,23/litro — o que provavelmente vai sustentar um aumento nas importações para os próximos meses

No entanto, sabemos que o mercado de leite brasileiro é cheio de detalhes, sendo influenciado por uma série de relações de causa e efeito entre os diferentes elos da cadeia — sejam eles aqui dentro do Brasil ou lá fora. (Milkpoint)





Produção de alimentos gera 151.252 empregos no 1º semestre

A produção de alimentos gerou 151.252 empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), feito com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

No acumulado de janeiro a junho deste ano, o total de postos de trabalho formais gerados no país foi de 1.557.342, com saldo positivo nos segmentos analisados (Serviços, Indústria, Comércio, Construção, além da agropecuária). “Importante ressaltar que no acumulado do primeiro semestre de 2020, apenas a Agropecuária registrou criação líquida de empregos (62.419). O resultado de 2021 da Agropecuária se soma à contribuição do setor em 2020. Nos demais setores, a criação de vagas de trabalho representou, em grande medida, a recuperação da intensa perda registrada no ano passado”, pontuo comunicado. 

Em junho, a produção de alimentos abriu 38.005 postos. A região Sudeste segue como grande destaque, com a criação de 27.339 vagas, impulsionado, principalmente, pela colheita de algumas culturas permanentes ou semipermanentes, como café, laranja e cana-de-açúcar. Nordeste, Centro-Oeste e Norte registraram crescimento de 5.953, 3.878 e 1.468 postos de trabalho, respectivamente. 

A região Sul, por outro lado, registrou perda líquida de 633 vagas no mês. Entre as unidades da Federação, São Paulo deu a maior contribuição na geração de empregos no setor, com 25.839 novas vagas criadas. Outros estados que se destacaram foram Mato Grosso (2.455), Minas Gerais (1.523) e Maranhão (1.246). Por outro lado, no mês de junho, houve perda líquida de vagas no setor em duas unidades da federação: Espírito Santo (413) e Rio Grande do Sul (1.467). Acesse aqui o Comunicado Técnico do Caged. (As informações são da CNA, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Rio Grande do Sul terá temperaturas amenas e pancadas de chuva nos próximos dias
Os próximos sete dias terão temperaturas amenas e pancadas de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 31/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Nesta sexta-feira (06), o tempo seco, com formação de nevoeiros vai predominar na maioria das regiões e apenas na Zona Sul e faixa Leste há possibilidade de chuviscos/garoas pela manhã. No sábado (07) e domingo (08), o ar seco seguirá predominando, com elevação da temperatura e valores que deverão alcançar 30°C em vários municípios. Na segunda (09), a presença da massa de ar quente e úmido manterá as temperaturas altas, com grande variação de nuvens em todo Estado e a aproximação de uma frente fria provocará pancadas de chuva na Campanha e Zona Sul. Na terça (10) e quarta-feira (11), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos são baixos e deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das regiões. No Alto Uruguai, Planalto e Serra do Nordeste os valores oscilarão entre 10 e 20 mm, e poderão alcançar 35 mm nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, canola, aveia branca, milho e hortaliças. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  05 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.472


Edmilson Pedro Pelizari é o novo presidente da Emater/RS

O novo presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar, Edmilson Pedro Pelizari, tomou posse na tarde da quarta-feira (04/08), durante a Sessão Extraordinária Conjunta com os titulares e representantes dos órgãos e entidades que integram o Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Emater/RS e o Conselho Administrativo (Conad) da Ascar. Na Sessão houve a deliberação e apreciação e seu nome foi homologado por unanimidade para o cargo, em substituição a Geraldo Sandri, que presidiu a Emater/RS-Ascar pelo período de dois anos e meio. O evento contou com a participação presencial da titular e do adjunto da Seapdr, Silvana Covatti e Luiz Fernando Rodriguez Júnior.

Pelizari agradeceu ao ex-presidente, aos diretores técnico e administrativo, às gerências e a todos os colaboradores pelos três meses que esteve na condição de assessor especial da Presidência. “Agradeço a Sandri pelo trabalho feito nos últimos dois anos e meio de recuperação física e financeira desta importante Instituição de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do nosso Estado”. Pelizari reforçou ainda a vinculação com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). “Estarei no dia a dia conversando com toda a equipe para manter esse trabalho que tem sido feito com bons resultados. Estou ciente dos desafios que o cargo impõe e darei meu melhor para continuar esse importante trabalho, procurando agora junto da diretoria implementar o nosso sistema de fazer gestão, com foco na Aters lá na propriedade dos agricultores, que têm feito a diferença no nosso Estado. Não mediremos esforços e seremos incansáveis pelo bem-estar da Instituição, nossos colaboradores e assistidos. Não vamos inventar a roda, precisamos fazer a roda girar”.

Na ocasião, também foi apreciada e homologada a indicação de Lino Hamann para o cargo de diretor administrativo da Emater/RS e superintendente administrativo da Ascar, em substituição nos impedimentos do atual diretor Vanderlan Vasconselos. A sessão foi realizada de forma virtual em razão da pandemia de Covid-19, que impõe o distanciamento social para a preservação da saúde pública.

Conheça o novo presidente
O novo presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Edmilson Pedro Pelizari, 56 anos, é formado em Administração e em Direito pela Universidade Regional Integrada (URI) do Alto Uruguai e das Missões.

Atuou durante dez anos na iniciativa privada, como gerente de Unidade da Cooperativa Tritícola Palmeirense Ltda (Coopalma) e como diretor Comercial da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Médio e Alto Uruguai Ltda (Creluz).

Tem 28 anos de experiência na área pública, como servidor do município de Pinhal, no cargo efetivo de tesoureiro, como secretário Municipal da Saúde e Assistência Social e como secretário Municipal de Administração. Além disso, foi vice-prefeito por um mandato e prefeito por dois mandatos no município de Pinhal.

Coletiva de Imprensa
A Emater/RS-Ascar realizou uma live de apresentação do novo presidente, Edmilson Pedro Pelizari, na manhã desta quinta-feira (05/08). O evento foi transmitido de forma simultânea no canal do Youtube do Programa Rio Grande Rural e no Facebook da Instituição. Assista clicando aqui. (SEAPDR)
 

Agosto 2021: atualização do cenário global de lácteos

Os fundamentos gerais do mercado ao longo dos próximos trimestres permanecerão, principalmente, favoráveis aos preços, uma vez que a produção de leite no hemisfério norte cresce em um ritmo mais lento e a melhoria da situação da Covid-19 permite a reabertura gradual dos canais de foodservice.

A demanda por produtos lácteos permanece estável, embora interrupções devido à rápida disseminação da variante Delta da Covid-19 em populações não vacinadas saiu do controle em muitas regiões, forçando muitos governos a re-impor as restrições.

O comércio global cresceu 4,8% com relação ao ano anterior em maio de 2021 e 3,9% em relação a maio de 2019. O forte ganho em relação ao ano anterior é parcialmente devido à calmaria no comércio causada pelo impacto das interrupções de portos por causa da Covid-19, mas o aumento contínuo na demanda da China explica uma grande parte dos ganhos totais. O tema recorrente do domínio da China continuou e provavelmente permanecerá nos dados de junho com base nos dados de exportações de junho da Nova Zelândia.

A expansão da demanda da China continua sendo crítica para o equilíbrio do mercado global, com seu crescimento nas importações superando alguns pontos fracos na demanda de leite em pó de algumas regiões desafiadas pela acessibilidade de preços firmes.

No curto prazo, os preços das commodities podem ficar mais fracos, já que os compradores resistem aos preços elevados.

O excesso de leite nos Estados Unidos diminuirá gradualmente, com sinais de um pico no número de vacas, enquanto os volumes de queijo e de manteiga devem melhorar à medida que a demanda se recupera com uma participação mais forte dos foodservices.

O reequilíbrio do mercado de queijos dos EUA terá um impacto importante em sua competitividade de exportação, enquanto o crescimento da produção de leite em pó desacelerará.

O tamanho do pico de produção de leite na Nova Zelândia na atual temporada continua sendo uma incógnita, mas uma “temporada normal” está prevista, e um forte preço do leite conduzirá a uma maior produção nas fazendas da Nova Zelândia.

A sustentabilidade da forte demanda chinesa por leite em pó integral, queijo e manteiga é especificamente crítica para o quão bem a Nova Zelândia pode equilibrar seus suprimentos de leite em pó integral e influenciar a disponibilidade de gordura da manteiga - que já sofre com a fraca demanda nos mercados em desenvolvimento (Artigo de Dustin Boughton, da Maxum Foods, traduzido e adaptado pela equipe MilkPoint)






Programa Balde Cheio oferece capacitação para produtores e técnicos de leite

Técnicos e produtores rurais vinculados à Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul, (Coopar) participaram de capacitação do Programa Balde Cheio na quinta-feira (29/07). A capacitação foi realizada de forma virtual e contou com a presença do instrutor do programa, Juliano Alarcon Fabrício, e com os coordenadores do Balde Cheio no Rio Grande do Sul (RS), a pesquisadora Renata Suñé, da Embrapa Pecuária Sul, e o analista Sergio Bender, da Embrapa Clima Temperado. 

A Coopar, sediada em São Lourenço do Sul, é mais uma entidade a participar do Balde Cheio e terá o acompanhamento técnico de quatro produtores de leite da região. Para Estevão Kunde, diretor técnico da Coopar, o projeto chega em um momento em que a atividade cresce na região, mas que precisa de mais tecnologia e conhecimento para avançar. “O projeto propicia uma aproximação entre técnicos e produtores, com grandes possibilidades de desenvolvimento para ambos”. Já o analista da Embrapa, Sérgio Bender, ressaltou que o Balde Cheio ajuda a mudar a realidade de produtores familiares, sempre com a estreita participação dos próprios produtores e dos técnicos. 

Nessa capacitação inicial foi realizada uma entrevista com os quatro produtores envolvidos que participaram juntamente com o técnico da cooperativa que vai fazer o acompanhamento. O instrutor do programa no RS, Juliano Fabrício, fez diferentes perguntas sobre a atividade nas propriedades, como o tamanho da área utilizada para a produção de leite, número de vacas em lactação, tipos de pastagens utilizadas no inverno e no verão, entre outras. Segundo o instrutor, um primeiro passo é o próprio produtor conhecer melhor a atividade e o meio é fazer o registro de todas as questões relacionadas à produção e comercialização. 

“É preciso ter dados econômicos, dados sobre a produção leiteira, da produtividade de cada vaca, dados climáticos e tudo mais que tem relação direta com a atividade”. No Rio Grande do Sul o programa foi retomado há mais de dois anos e hoje já está presente em várias propriedades de diferentes regiões.

De acordo com a pesquisadora Renata Suñé, cada uma das unidades atendidas tem suas metas e objetivos, que são detectadas e priorizadas entre os técnicos e os produtores. “Já temos observados ganhos em várias propriedades, sempre de acordo com os objetivos de cada produtor, seja o aumento da oferta de forragem, aumento da produtividade por vaca, a qualidade do leite, entre outras questões relacionadas à atividade”. (As informações são da Embrapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Entidades gaúchas participam de reunião com embaixador do Uruguai nesta sexta-feira
A produção de milho no Uruguai para o abastecimento do mercado gaúcho será pauta de reunião entre entidades do agronegócio com o embaixador do Uruguai, Gustavo Vanerio Balbela. O encontro ocorrerá nesta sexta-feira (6/8), às 9h, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). A nova fronteira agrícola será possibilitada pela ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. A reunião é uma demanda organizada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP). Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) buscará um espaço para maior integração com o governo uruguaio e também com o setor produtivo. Isso porque, segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Uruguai tem um dos menores custos de produção de leite e o RS é mais um corredor de transporte para os derivados do país. “Não vimos no Uruguai um concorrente e sim um fornecedor de produtos lácteos para o Brasil”, acrescentou. As entidades ainda devem tratar sobre o cenário geral do setor lácteo e parcerias com o Inale. Além de Heinze e de Balbela, devem participar da reunião o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, e representantes de entidades como Asgav e Fetag. O presidente da Farsul será representado no encontro por Francisco Schardong. (Assessoria Imprensa Sindilat/RS)


 

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Porto Alegre,  04 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.471


Prêmio Exportação RS divulga empresas vencedoras
Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL, receberá o prêmio Personalidade Competitividade Internacional 2021

O conselho do Prêmio Exportação RS reconhecerá 63 empresas na sua 49ª edição, número recorde na história do mérito. O evento de premiação das organizações gaúchas que obtiveram desempenho destaque no cenário exportador será realizado no dia 23 de setembro, na Casa NTX, em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, também será entregue a distinção Personalidade Competitividade Internacional 2021 ao diretor-presidente da CCGL, Caio Vianna.

Segundo o presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS, Fabrício Forest, as entidades representadas no conselho do mérito chancelam a credibilidade da iniciativa e são responsáveis pela condução de um processo criterioso para selecionar os vencedores. "O Prêmio Exportação está próximo de completar 50 anos de atuação e esta marca ressalta a relevância de um dos principais movimentos para fortalecimento do setor no Brasil. Além de condecorar, temos como objetivo capacitar empresários e compartilhar conhecimento para que a cultura exportadora seja parte, cada vez mais, da estratégia e do planejamento das organizações", enfatiza Forest.

O conselho do Prêmio Exportação RS é formado por lideranças de instituições que possuem relação de suporte ou apoio ao cenário exportador gaúcho. São elas: ADVB/RS, Apex-Brasil, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, FARSUL, Fecomércio, Federasul, FIERGS, Lide-RS, Portos RS, Sebrae-RS, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hub Transforma RS e UFRGS.

Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL, receberá o prêmio Personalidade Competitividade Internacional 2021. A distinção tem como objetivo enaltecer lideranças que realizam ações de incentivo à inserção de produtos brasileiros no mercado exterior. Vianna é engenheiro Agrônomo e é produtor rural nos municípios de Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Atualmente, é diretor do Sindilat, vice-presidente da Associação Brasileira de Angus e faz parte do Conselho de Administração da Fecoagro.

Confira os associados do Sindilat/RS que estão entre os agraciados do 49º Prêmio Exportação RS:

Destaque Inovação Tecnológica
• - CCGL

Alimentos
• - Cooperativa Languiru
• - RAR

As informações são do Grupo Amanhã adaptadas pelo Sindilat/RS
 

Importações lácteas da China aumentam em 33,3%

No primeiro semestre de 2021, as importações de lácteos da China cresceram 33,3% em volume de produtos, o que equivale a cerca de 11,4 bilhões de litros de leite, + 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Com este volume de importações, a China representa pouco mais de 25% do comércio mundial de lácteos (excluindo operações intra-União Europeia). 

As importações dos produtos que representam o maior volume (50%) e valor (40%), leite em pó e soro, cresceram 33,7% e 44,9%, respectivamente, no período analisado. As importações de leite fluido também tiveram um crescimento expressivo de 49,2%. Os produtos que caíram no volume importado foram os de maior valor agregado/unidade, como fórmulas infantis, lactose para uso alimentar, iogurtes e outros produtos fermentados. 

O valor total das importações em dólares cresceu 16,9% nestes 6 meses, e o valor médio passou de US $ 3.872 / ton para US $ 3.396 / ton (-12,3%), o que confirma o comentário do parágrafo anterior, que indica que as importações cresceram em produtos commodities e caíram em produtos de maior valor agregado/unidade. 

A China é o principal importador de leite em pó integral e seu principal fornecedor é a Nova Zelândia, que detém 93% desse produto no gigante asiático (498.750 toneladas), no período de janeiro a junho de 2021. A Austrália foi o segundo fornecedor (14.593 toneladas), enquanto o Uruguai ficou em terceiro lugar com 11.650 toneladas e um crescimento interanual de 35%. (OCLA com base em informações publicadas por CLAL.it e China Customs. As informações são do Edairynews, traduzidas pela Equipe MilkPoint)





5 atletas olímpicos americanos que ajudaram a promover o leite nos EUA

Tornar-se um atleta olímpico não é tarefa fácil. Requer paixão, dedicação e vantagens competitivas. Sem falar nas de horas de treinamento intenso acompanhadas de uma dieta estratégica.

Para a maioria dos atletas olímpicos, essas dietas incorporam carboidratos, gorduras saudáveis, frutas, vegetais e muitas proteínas. Embora cada dieta possa parecer diferente para cada atleta, aqueles que competem nos Jogos Olímpicos de 2020 compartilham uma dieta básica comum para abastecer seus corpos: leite.

• Corrida

Elle Purrier St. Pierre, uma produtora de leite de Vermont que se tornou uma estrela do atletismo mundialmente conhecida, não tem medo de compartilhar sua paixão por produtos lácteos. Ela pode ser vista desfrutando de um copo de leite frio após uma longa corrida ou de uma fatia de queijo repleta de proteínas após um treino intenso.

Um fato curioso: Elle Purrier cresceu na fazenda de sua família, onde ela ia antes da escola todas as manhãs para ordenhar 40 vacas.
 
 
• Natação

Katie Ledecky se tornou famosa por uma infinidade de razões, incluindo o fato de que ela pode nadar em uma piscina olímpica com um copo de leite com chocolate em cima da cabeça. Esta nadadora mais condecorada de todos os tempos se tornou viral em 2020, após compartilhar exclusivamente como ela reabastece seu corpo com leite.

Competindo na prova de nado livre de 1500 metros, Ledecky levou para casa o ouro. Durante o nado, os comentaristas da NBC Sports falaram sobre seu intenso treinamento e regime nutricional.

A atleta explicou como abasteceu seu corpo pela manhã com mingau de aveia —feito com leite —, manteiga e frutas. Além disso, comentou que bebe uma garrafa de 350 ml de leite com chocolate após cada treino.

 
• Ginástica

Simone Biles sabe que a recuperação é tão importante quanto o treinamento. Por isso, tornou-se garota propaganda do Core Power, um shake de proteína produzido pela Fairlife. Após passar horas na academia, esta atleta olímpica opta por reabastecer com 26 gramas de proteína láctea de alta qualidade da Core Power.


“Nos meses que antecederam os jogos olímpicos, usar o Core Power para apoiar minha recuperação foi essencial”, disse Biles em um comunicado à imprensa da Fairlife. “Como os fãs do Core Power sabem, é uma ótima forma de reabastecer e construir músculos magros depois de um treino duro, e eu amo que pode fazer parte da rotina de treino de todos.”

Outra ginasta movida a laticínios é Mykayla Skinner. Recentemente, ela competiu nos Jogos Olímpicos de 2020 como especialista em aparelhos individuais e anteriormente era alternativa para a equipe olímpica de 2016. Antes de ir para Tokyo, Skinner compartilhou em seu canal no YouTube como ela reabasteceu suas energias ingerindo com leite com chocolate depois de um treino durante as seletivas olímpicas.


• Vôlei de praia
Após crescer no estado de Wisconsin, conhecido como America’s Dairyland, Bill Kolinske se tornou jogador de vôlei de praia e sabe o que é preciso para se recuperar após uma prática intensa. Beber leite e consumir laticínios fazem parte da rotina diária deste atleta olímpico.


As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

Jogo Rápido  

Sindilat no Terraviva
A visita de parlamentares a cooperativas gaúchas, em julho, foi pauta no Bem da Terra desta quarta-feira (04/08). O programa do Canal Terraviva abordou o cenário do setor lácteo no Rio Grande do Sul e os avanços previstos para os próximos meses. A entrevista com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi comandada pela jornalista Renata Afonso. O Fundoleite foi um dos destaques durante a programação. Acompanhe o programa completo clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 

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Porto Alegre,  03 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.470


Associados do Sindilat têm 30% de desconto em inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado
 
Parceiro institucional da 11ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) garante aos seus associados desconto de 30% na inscrição para o evento. O fórum, que ocorrerá nos dias 21 e 22 de setembro de forma virtual, terá como temática a ‘Precificação e proteção de preços de leite no mercado lácteo brasileiro’. Os associados podem garantir sua participação pelo site do evento. 

A programação, que está prevista para iniciar às 13h50 do dia 21/9, contará com a participação de palestrantes como Isabela De Marchi, gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc, Mario Rezende, da Danone, Paulo Molinari, da Safras & Mercado, Ana Paula Gilsogamo, analista sênior de Alimentos e Bebidas – Mintel, entre outros. Entre os assuntos que serão explanados pelos profissionais estão os cenários para os mercados de milho e de soja em 2021 e em 2022, as novas tendências para o mercado lácteo e as experiências de contratos de precificação de leite.

No primeiro dia de fórum, a discussão será focada nos prováveis cenários futuros das mais importantes variáveis que afetam o segmento. Já no segundo dia de evento, os profissionais trarão para debate um tema de bastante relevância para o setor: a formação de preços e as ferramentas para diminuição da volatilidade do valor dos produtos lácteos. O fórum também contará com espaços para perguntas dos participantes. Saiba mais clicando aqui.

Confira a programação completa: 
21 de setembro
• 13h50 - Abertura Painel: Ambiente futuro de mercado
• 14h - Ambiente econômico e possíveis cenários para o final de 2021 e para 2022 – com Maurício Une, Economista Sênior no Rabobank
• 14h30 - Cenários para os mercados de milho e soja 2021 e 2022
• 15h - Espaço Patrocinador
• 15h10 - Cenários para o mercado lácteo no final 2021 e no início de 2022
• 15h40 - Debate
• 16h - Break
• 16h10 - Inovações e novos lançamentos de lácteos no Brasil e no mundo: o que vem aparecendo nas gôndolas dos supermercados? – com Ana Paula Gilsogamo, Analista Sênior de Alimentos e Bebidas - Mintel
• 16h40 - Espaço Patrocinador
• 16h50 - Mesa redonda: Foodservice – como está a recuperação em 2021 e quais as perspectivas para 2022?
• 17h20 - Debates, perguntas, conclusões do primeiro dia

22 de setembro
• 13h50 - Abertura Painel: Contratos, formação de preços e ferramentas de proteção de preços
• 14h - Novas tendências para o mercado lácteo – ESG da fazenda a mesa do consumidor – impactos para produtores e indústrias 
• 14h30 - A contribuição da embalagem de produtos lácteos para fatores ESG – com Isabela De Marchi, Gerente de Sustentabilidade para América do Sul da SIG Combibloc
• 14h40 - Apresentação dos resultados da pesquisa sobre as novas exigências do consumidor em ESG e a formatação de novas exigências nos modelos de Supply dos laticínios brasileiros
• 15h - Contratos futuros na cadeia leiteira – oportunidades e possíveis limitantes
• 15h30 - Experiências de contratos de precificação de leite – com Mario Rezende, Danone
• 16h - Debate 
• 16h30 - Break
• 16h40 - Seguro de preço para a cadeia leiteira – o modelo de resseguro de preço
• 17h10 - Ferramentas financeiras e de funding para o agronegócio – Fintechs e sua inserção futura no mercado lácteo
• 17h50 - Debates e perguntas
• 18h10 - Conclusões e encerramento
Assessoria de imprensa com informações do Fórum MilkPoint Mercado.
 

Gdt - Global Dairy Trade



Fonte: GDT – Adaptado Sindilat/RS



 
 
Fenômeno La Niña deve voltar nos próximos três meses, aponta boletim do Simagro
 
O mestre em meteorologia da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e responsável pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), Flávio Varone, divulgou o prognóstico para agosto, setembro e outubro. Segundo ele, o próximo trimestre ainda permanecerá sem influência de eventos climáticos globais, o que manterá o restante do inverno e o começo da primavera com padrões próximos da média no Rio Grande do Sul. “Nos próximos meses há previsão de retorno do fenômeno La Niña, o que poderá provocar a redução da chuva no último trimestre de 2021”, aponta.

Para os meses de agosto e setembro, as precipitações deverão se manter próximas da média na maioria das regiões. Somente algumas áreas da Campanha poderão ter valores ligeiramente superiores a normal em agosto. Em outubro, a previsão indica a redução da chuva, e são esperados volumes abaixo da média em grande parte do Estado, com maior diminuição da precipitação na Metade Leste. O prognóstico das temperaturas mínimas e máximas indicam valores abaixo da normalidade em todo o Rio Grande do Sul, com elevação natural das máximas entre setembro e outubro. Veja o boletim completo do SIMAGRO-RS clicando aqui.

Chuva:
• Agosto: Valores próximos da média na maior parte do RS e ligeiramente acima na Campanha.
• Setembro: Totais próximos da normalidade em todo Estado.
• Outubro: Seco na Metade Leste e ligeiramente abaixo da média nas demais regiões.

Temperatura Máxima:
• Agosto: Abaixo do padrão climatológico na maioria das regiões, com valores menores nas Missões.
• Setembro: Abaixo da normalidade em todo Estado.
• Outubro: Ligeiramente abaixo do normal nos setores Sul, Leste e Norte e próximos da média no restante das regiões. 

Temperatura Mínima:
• Agosto: Abaixo da média nos setores Oeste, Noroeste e Norte, com valores dentro da normalidade no restante do Estado.
• Setembro: Abaixo do normal na maioria das regiões, com valores médios no Litoral.
• Outubro: Abaixo do normal na maior parte das áreas, com valores próximos da média no Litoral Sul. (SEAPDR)

Jogo Rápido  

Confiança do empresário tem maior alta desde 2013
Impulsionada por bom humor de empresários de serviços, cuja atividade começa a se recuperar com avanço de vacinação contra covid-19, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3,1 pontos em julho ante junho, para 101,9 pontos. Foi a maior pontuação do indicador desde junho de 2013 (103,1 pontos) e a primeira vez desde outubro de 2013 (100,2 pontos) que o indicador ultrapassa os 100 pontos, quadrante favorável do ICE, informou ontem a fundação. Para o Superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, (FGV/IBRE), Aloisio Campelo, a confiança dos empresários pode se manter favorável no segundo semestre. Altas mais intensas no indicador dependerão de crescimento sustentável nos próximos meses. A confiança de serviços, entre as quatro áreas pesquisadas pelo indicador (as outras são indústria, comércio e construção) foi a que mais contribuiu para bom desempenho em julho. E isso é resultado do ritmo mais ágil da vacinação e da maior circulação e consumo. (Valor Econômico)


 

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Porto Alegre,  02 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.469


Leite: margem do produtor não está ruim, mas produtor deve ter cautela, diz Embrapa

Para o pesquisador da Embrapa, com a projeção de queda para os preços do leite no período de safra, o produtor não deve se arriscar

O custo da alimentação do rebanho leiteiro tem apresentado forte alta neste ano, o que tem preocupado o produtor rural. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Aldo Stock, a forte demanda por grãos da China, que passou de 2 milhões para 25 milhões de toneladas por ano pressionou o mercado mundial de grãos, e o Brasil não ficou de fora.

Por outro lado, o pesquisador comenta que o preço do leite pago ao produtor subiu 47% nos últimos três anos, mesmo com o preço do concentrado em alta de 77%, a margem fica na casa dos 39%, segundo o pesquisador.

“Não é uma margem ruim, no entanto, entramos no período de safra, onde a tendência é de que nos preços e os grãos, que estão no momento de colheita e deveriam cair, na verdade estão subindo. Diante do momento de incerteza, o produtor não deve se arriscar. Trabalhar com parceria e muita gestão, é um momento de ser conservador e não se arriscar”, afirma.

Sobre os preços do leite, Stock diz que os valores praticados no Brasil estão em linha com aqueles praticados no mercado internacional. “Considerando a composição do concentrado, com 70% de milho e 30% de soja, o valor é de 0,46 centavos de dólar para 1 kg de leite e de 0,33 centavos para 1 kg de concentrado”, destaca. Veja o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
 

Caged tem saldo de 309 mil empregos em junho 

Após a criação de 276.043 vagas em maio (dado revisado nesta quinta-feira, 29), o mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia.

O resultado do mês passado decorreu de 1,601 milhão de admissões e 1,291 milhão de demissões. Em junho do ano passado, em meio à primeira onda da pandemia de Covid-19 no País, houve fechamento de 30.448 vagas com carteira assinada.

O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês. As projeções eram de abertura líquida de 175.000 a 350.000 vagas em junho, com mediana positiva de 267.600 postos de trabalho.

No acumulado do primeiro semestre de 2021, ao saldo do Caged já é positivo em 1,536 milhão vagas. Nos seis primeiros meses do ano passado, houve destruição líquida de 1,198 milhão postos formais.

De acordo com o ministério, 3,558 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em junho graças às adesões em 2020 ou 2021 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.

Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para junho na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 309.442 mil vagas no sexto mês do ano. (Correio do Povo)





Somos parte do problema

Nos últimos anos, as discussões relacionadas ao cuidado com o meio ambiente, com a sociedade e com a governança corporativa avançaram rapidamente, dando origem a sigla ESG, acrônimo para os três termos em inglês. Sobretudo para questões ambientais, os olhos de consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às ações de governos e organizações, não cabendo somente projetos de mitigação de danos, mas sendo necessário o investimento em alternativas alinhadas ao conceito de economia sustentável e de baixo carbono.

No setor de embalagens para alimentos e bebidas, por muitos anos houve uma ênfase na importância da reciclagem e na reintrodução do material descartado em um novo ciclo de vida. Ainda que a reciclagem continue sendo um pilar importante na estratégia de diferentes empresas, incluindo a que eu represento, e que nos últimos anos tenhamos avançado em termos de infraestrutura e tecnologia, é ponto comum que mais precisa ser feito. Sozinha, a reciclagem não dará conta do desafio à frente.

Relatório da ONU divulgado em 2019 aponta que até 2060 a demanda global por matérias-primas irá praticamente dobrar, o que exigirá de governos e organizações um olhar atento e de longo prazo que não se limite unicamente à reciclagem de resíduos.  Neste contexto, a renovabilidade será um fator crucial direcionando os esforços da indústria e o padrão de compra de uma parcela cada vez maior de consumidores.

A última edição do estudo Environment Research, conduzido pela Tetra Pak em quinze países, incluindo o Brasil, indica que mais da metade dos consumidores (53%) têm propensão a considerar uma marca cuja embalagem seja considerada ambientalmente responsável. Quando questionados sobre inovações que gostariam de ver nas embalagens, surgem como principais respostas o uso de matérias-primas de origem renovável (36%), novidades que contribuam para o enfrentamento de questões climáticas (36%) e o uso de certificações que atestem a produção responsável (29%).

Em busca de alternativas que respondam às novas demandas nas gôndolas, um caminho que a indústria de alimentos e bebidas tem percorrido é a pesquisa e desenvolvimento de matérias-primas alternativas que possam ser incorporadas às embalagens. Em nosso negócio global, estabelecemos o compromisso de investir € 100 milhões anualmente pelos próximos cinco a dez anos (algo em torno de R$ 600 milhões no câmbio atual) com foco no desenvolvimento de soluções sustentáveis - somando esforços futuros com outros conduzidos nas últimas décadas.

Atualmente, muitas das opções de embalagens disponíveis no mercado já contam, em parte, com materiais de origem renovável, mas isso responde somente a parte do desafio que enfrentamos. A questão central está em desenvolver uma embalagem que seja inteiramente renovável ou que trabalhe com um mix de matérias-primas vegetais e recicladas – naturalmente, ainda podendo ser direcionada para reciclagem pós-consumo.

Na Europa, já existem projetos que se propõem a incorporar polímeros reciclados a embalagens cartonadas. Ainda que sejam testes iniciais e com capacidade limitada de produção, a ideia é avançar em esforços do tipo até que seja possível alcançar capacidade global (em termos de produção e infraestrutura) para a substituição de plásticos de origem fóssil por opções recicladas. O caminho não é curto e muito menos simples, mas é certamente uma alternativa interessante e que se soma a outras já estabelecidas - como o uso de plástico produzido a partir da cana-de-açúcar em embalagens que atendem diferentes categorias de alimentos e bebidas.

Contudo, ao abordar o tema sustentabilidade é preciso ter em mente uma visão macro que se proponha a ir além da embalagem ou do produto em si, mas que também considere o seu impacto ambiental ao longo de todo o ciclo de vida. Isso significa dizer que absolutamente tudo importa, desde a fabricação, distribuição, consumo e descarte até a reintrodução dos resíduos gerados em um novo ciclo produtivo.

Atualmente, o sistema global de produção de alimentos é responsável por 26% das emissões de gases de efeito estufa registradas no planeta, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Reduzir esse impacto depende de uma série de fatores, passando por ações enfáticas de prevenção ao desmatamento ilegal até formas de produção e distribuição que gerem ganhos ambientais e operacionais para a indústria.

Por exemplo, hoje quase a metade do impacto climático em nossa cadeia de valor vem da operação dos equipamentos que entregamos aos nossos clientes em todo o mundo. Paulatinamente, temos desenvolvido soluções de processamento e envase capazes de reduzir o consumo de energia, água e insumos dessas máquinas, consequentemente elevando a eficiência operacional e ambiental da indústria alimentícia. Como um dos resultados disso, temos como meta zerar o nível de emissões na cadeia de valor da qual fazemos parte até 2050 (em nossas operações, temos como meta atingir o mesmo objetivo até 2030).

No que diz respeito à distribuição, algumas empresas já utilizam carros e caminhões elétricos em sua frota como forma de reduzir a sua pegada ambiental (uma opção interessante no Brasil, se considerado que mais de 80% da nossa matriz elétrica é composta de fontes renováveis).

Ao abordar a contribuição da indústria de alimentos e bebidas para os problemas que enfrentamos hoje relacionados à sustentabilidade, não busco apontar culpados. Mas é preciso ter bastante claro que da mesma forma que somos parte do problema, também somos parte da solução. Em um movimento em cadeia, precisamos trabalhar junto aos nossos clientes e fornecedores em alternativas que preservem a natureza e seus recursos.

Isso não significa o abandono de esforços realizados nos últimos anos em relação à reciclagem – este continuará sendo um tema importante e cada vez mais cobrado por consumidores em todo o mundo. Contudo, é necessário exercitar uma visão mais abrangente sobre a sustentabilidade e seus impactos para o planeta, para os consumidores e para as empresas. Como parceiros da indústria, estabelecemos este compromisso como uma prioridade de negócio. (Marcelo Queiroz é presidente da Tetra Pak Brasil)

Jogo Rápido  

CMN altera limites da Receita Bruta Agropecuária Anual
O Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou ontem (29/07) os limites “da Receita Bruta Agropecuária Anual (RBA) para efeito da classificação do produtor rural, pessoa física ou jurídica”, segundo o Ministério da Economia. Os limites para pequenos produtores subiram de R$ 415 mil para R$ 500 mil. Para os médios produtores, o limite passou de R$ 2 milhões para R$ 2,4 milhões, e, para os grandes, o limite agora é superior a R$ 2,4 milhões. Além disso, o CMN também aumentou de R$ 165 mil para R$ 200 mil o limite anual para a compra de colheitadeira automotriz usada com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No caso de outras máquinas, equipamentos e implementos usados, o limite subiu de R$ 80 mil para R$ 96 mil. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre,  30 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.468


Emater/RS: custos de produção apresentam queda

Aumentou a produção de leite em propriedades mais especializadas na atividade.

A exceção se dá em sistemas baseados em áreas de campo nativo ou com insuficiência de pastagens cultivadas de inverno. Nesse sistema, alguns produtores suspendem temporariamente a atividade até meados da primavera, quando a recuperação de pastagens nativas permite a produção de maiores volumes e retomada na comercialização de leite.

O estado sanitário das matrizes bovinas em geral encontra-se satisfatório, com redução de ectoparasitos favorecida pelas baixas temperaturas. Com menos chuvas, não há formação de barro, diminuindo os riscos de contaminação do leite e de incidência de mastites ambientais.

Seguem as recomendações de vacinação contra brucelose bovina e, nos locais indicados pelas Inspetorias de Defesa Agropecuária, contra raiva herbívora.

Em relação à comercialização do leite, o preço em geral aumentou, e os custos de produção já apresentam queda devido à diminuição dos valores dos insumos.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, os produtores de Hulha Negra monitoram o rebanho, pois com as baixas temperaturas aumenta a ocorrência de rachaduras nos tetos das matrizes, o que pode causar mastites.

Na de Ijuí, o levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar em todos os municípios indica diminuição do número de produtores, aumento da concentração de animais e adoção do sistema estabulado compost barn, sem redução da produção total.

Outro fato observado é o aumento da produtividade animal, atingido com a melhora da genética do plantel e com alimentação mais balanceada.

Na de Erechim, cresce o interesse dos bovinocultores em investir na infraestrutura das granjas leiteiras, intuito freado apenas pela significativa alta no preço dos materiais de construção. Aumentaram os casos de leite instável não ácido (LINA) em virtude das mudanças na dieta.

Na regional de Santa Rosa, os técnicos extensionistas da Emater/RS-Ascar constataram um aumento dos valores de nitrogênio ureico do leite (NUL), com valores acima de 22 mg/dL, indicando dietas com proteína bruta alta, provavelmente devido ao alto valor nutricional das pastagens anuais de inverno (aveia e azevém), junto com a oferta de concentrados. Diante disso, tem sido recomendado aos produtores que busquem o equilíbrio da dieta, diminuindo a suplementação proteica e substituindo por carboidratos mais energéticos e com maior teor de fibra. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint) 

 
Soro de leite transformado em ácido cítrico para a indústria de Alimentos

Soro de leite – A partir do soro de leite pode-se obter produtos de alto valor agregado, como o ácido cítrico, composto sem calorias e que por sua pureza é utilizado nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química, além de tecidos e pinturas.

O método para obter o ácido cítrico foi desenvolvido por Adriana Lorena Betancourt Garcés, engenheira química da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) Sede Manizales.

Cerca de 90% do fluido que se separa da coalhada, na fabricação dos queijos, é soro de leite, que apresenta um alto teor de proteínas e sua degradação exigem um alto consumo de oxigênio, fazendo com que a demanda química para as águas residuais da indústria de laticínios aumente.

A pesquisa foi realizada com o soro produzido na fábrica de queijos da Indústria Celema (Manizales), na qual foram utilizados 4 métodos de fermentação para encontrar o de melhor rendimento para produzir ácido cítrico.

“Este é o ácido orgânico mais utilizado no campo dos produtos alimentícios e farmacêuticos para ressaltar o sabor de uma extensa variedade de produtos. Além disso, a indústria de alimentos e farmacêutica utiliza o ácido para limpeza e polimento de ferro e aço, no acondicionamento e tratamento de águas residuais, na preparação de resinas, pinturas, tintas e vernizes e na estamparia de tecidos”, explica a pesquisadora.

Atualmente o ácido cítrico é obtido pela fermentação de soluções açucaradas por bolores, extração do caldo de limão e lima e do caldo dos resíduos do abacaxi que é gerado nas fábricas de conservas. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)




Meteorologia: Perspectivas do clima para o planejamento da lavoura serão pauta de encontro de associados da Languiru

Languiru promove evento virtual no próximo dia 11 de agosto

Estiagem no último verão com picos de temperatura, seguida de geada e ondas de frio histórico, inclusive com neve em diversos municípios gaúchos, marcam um clima instável. Os profissionais de meteorologia têm tido trabalho para trazer informações sobre o clima, dados muito importantes para as atividades do campo. Mais trabalho que o deles têm tido os produtores rurais, que precisam planejar sua safra em meio a essa instabilidade.

As condições climáticas para o segundo semestre de 2021 e início de 2022 serão abordadas no evento “Perspectivas do clima para planejamento da lavoura”, com a meteorologista e diretora geral da MetSul Meteorologia, Estael Sias, no Encontro de Associados da Cooperativa Languiru. Realizado no formato digital, ocorre no dia 11 de agosto, no período da tarde. De caráter técnico e de cunho informativo, o evento tende a se tornar periódico, com novas edições abordando temas de interesse do quadro social da Languiru

Programação: A programação inicia às 14h, com apresentação de projetos da Languiru para o segundo semestre de 2021 e a participação do presidente da Cooperativa, Dirceu Bayer; às 14h30min, a palestra “O que esperar do clima para planejar a safra de verão?”, com a meteorologista Estael Sias; e previsão de encerramento às 15h20min.

As inscrições podem ser realizadas diretamente com o Departamento Técnico da Languiru, pelo WhatsApp (51) 99678-4176, fones (51) 3762-5647 e 0800-645-3062. Concluintes e participantes de cursos de formação da Cooperativa já estão inscritos automaticamente. Demais vagas são destinadas para livre inscrição dos associados. O link do evento virtual será disponibilizado aos inscritos na véspera. (Languiru)

Jogo Rápido  

Frio e geada permanecem no Estado nos próximos dias
A próxima semana será marcada pelo frio e geadas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 30/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater/RS e o Irga. Até sábado (31), a presença da massa de ar frio manterá as temperaturas baixas, com formação de geadas na maioria das regiões. No domingo (01/8), o ar seco seguirá predominando, com ligeira elevação da temperatura e valores que deverão superar 20°C em diversas localidades. Na segunda (2) e terça-feira (3), o tempo seguirá seco na maioria das regiões, com aumento da nebulosidade e apenas nos setores Norte e Nordeste há possibilidade de chuvas fracas e isoladas. Na quarta-feira (4), o tempo firme, com grande amplitude térmica vai predominar, com maior elevação das temperaturas ao longo do dia. Os valores esperados são baixos e deverão ser inferiores a 5 mm na maioria das regiões. No Planalto e Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 5 e 10 mm, e poderão alcançar 20 mm nos Campos de Cima da Serra. O boletim também apresenta as condições atuais das culturas de trigo, canola, tabaco, pastagens de inverno, campo nativo e pastagens de verão. O documento completo pode ser consultado clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  29 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.467


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 29 de julho de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de junho de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de julho de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


ESPECIAL GEADAS/CEPEA: PESQUISADORES DO CEPEA AVALIAM IMPACTOS DAS GEADAS

De modo geral, as geadas afetam a alimentação do rebanho. O fenômeno causa o crestamento (queima da parte vegetativa) das pastagens, além de diminuir consideravelmente a qualidade da alimentação volumosa, que já vinha limitada devido ao tempo seco.
 
Após as geadas registradas em grande parte do Brasil nas últimas semanas, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avaliam no texto a seguir os possíveis impactos causados pelas baixas temperaturas. Confira:
 
MILHO: As preocupações com o clima nas regiões produtoras de milho no Brasil têm impulsionado as cotações do cereal, visto que as recentes geadas e as previsões de nova frente fria podem reduzir o potencial produtivo das lavouras. Neste contexto, vendedores brasileiros estão reticentes em negociar a preços menores, reduzindo a liquidez interna. Além disso, no Brasil, produtores voltam as atenções à colheita da segunda safra 2020/21, que segue atrasada em relação à temporada anterior em todas as regiões produtoras. Assim, agricultores priorizam as entregas dos lotes negociados antecipadamente, aguardando o avanço da colheita para contabilizar as possíveis perdas de produtividade.
 
LEITE: De modo geral, as geadas afetam a alimentação do rebanho. O fenômeno causa o crestamento (queima da parte vegetativa) das pastagens, além de diminuir consideravelmente a qualidade da alimentação volumosa, que já vinha limitada devido ao tempo seco. Vale mencionar que as geadas também provocam danos à aveia, forragem de inverno bastante utilizada no Sul do Brasil nesta época e muito importante para manter os níveis de produção do leite. Com a alimentação volumosa prejudicada, a atividade fica mais dependente do concentrado, que também vem registrando custos altos – o milho vem se valorizando devido aos danos provocados pelo clima adverso. Esse cenário deve afetar o volume de produção do leite nos próximos períodos. (Edairy)
 
 
 
 
 
Reconhecer a importância dos lácteos é vital, disse o presidente da IDF
O presidente da Federação Internacional de Lácteos (IDF), Piercristiano Brazzale, enfatizou o papel vital dos laticínios nas dietas saudáveis e sustentáveis antes da Pré-Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, que está sendo realizada na Itália entre 26 e 28 de julho de 2021.

A Pré-Cúpula da Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU definirá o cenário para o evento global culminante em setembro, reunindo diversos atores de todo o mundo para alavancar o poder dos sistemas alimentares para gerar progresso em todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
 
Todos os atores dos sistemas alimentares e os líderes mundiais devem se concentrar no desafio de fornecer alimentos nutritivos a milhões de pessoas famintas em todo o mundo, incluindo crianças cujo desenvolvimento e futuro dependem da segurança nutricional.
 
A Pré-Cúpula, o pré-evento da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU, visa apresentar as mais recentes abordagens científicas e baseadas em evidências para a transformação dos sistemas alimentares em todo o mundo, lançar um conjunto de novos compromissos por meio de coalizões de ação e mobilizar novos financiamentos e parcerias.
 
Tudo isso será alcançado promovendo o engajamento diversificado de todos os quadrantes para descobrir a mais ampla gama de soluções e ter o máximo impacto, juntos. A IDF e seus membros estão ativamente envolvidos no processo.
Reconhecendo o papel vital do setor de lácteos
 
O leite é uma parte importante de dietas saudáveis e balanceadas, e a Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU oferece a oportunidade perfeita para espalhar a palavra. É uma oportunidade para o setor de laticínios global e a IDF promoverem sua contribuiçãO para combater a fome e todas as formas de desnutrição; para mostrar as ações do nosso setor em todos os aspectos da sustentabilidade; para apoiar a importância da ciência e da inovação, bem como o papel significativo da segurança alimentar.
 
Participando do evento em nome do setor global de lácteos como um delegado do setor privado, o presidente da IDF, Piercristiano Brazzale, disse:
 
“O setor de laticínios apoia esforços para melhorar os sistemas alimentares para nutrir a crescente população mundial com dietas saudáveis produzidas de forma sustentável. Estou ansioso para contribuir com a discussão que estabelecerá as bases para uma Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU baseada na ciência, inclusiva, equilibrada e produtiva, que reconheça o importante papel dos alimentos de origem animal nas dietas.”
 
Lançando novas ações ousadas para alimentos
É vital, de acordo com o Sr. Brazzale, que avaliemos completamente os muitos benefícios dos alimentos de origem animal, como laticínios, ao considerar futuras dietas.
 
“Para atender às necessidades de nutrientes e proteínas de uma crescente população global sem sobrecarregar o planeta, os animais e as plantas não devem ser vistos como entidades concorrentes, mas sim como fontes de alimentos simbióticos que fornecem diferentes benefícios nutricionais e ambientais. Os alimentos lácteos são nutricionalmente benéficos, ambientalmente sustentáveis, economicamente viáveis e culturalmente aceitáveis. Os laticínios precisam fazer parte das novas ações e estratégias ousadas para o cumprimento dos ODS. ”
A contribuição vital dos lácteos em todas as trilhas de ação
A pré-cúpula oferece uma oportunidade de chamar a atenção para o leite e aumentar a conscientização sobre o papel dos laticínios em dietas saudáveis, produção de alimentos responsável e apoio aos meios de subsistência e às comunidades.
 
Isso é apoiado por dados da FAO que mostram que o sustento de mais de um bilhão de pessoas é apoiado pelo setor de laticínios e que os laticínios são consumidos por mais de seis bilhões de pessoas em todo o mundo. Os programas de leite escolar implementados em todo o mundo tem alimentado mais de 160 milhões de crianças por vários anos.
 
A IDF está apoiando sessões afiliadas sobre: Elevando a Ambição Climática para o Setor Agrícola Global: Uma Abordagem do Laticínio; Proteínas sustentáveis para todos; Alimentando o futuro: inovações globais em proteína animal sustentável; e promoção da inocuidade dos alimentos para cumprir a agenda dos ODS para 2030.
Para obter mais informações sobre o trabalho da IDF em sustentabilidade e como os laticínios contribuem para as metas de desenvolvimento sustentável, visite o site da IDF. (As informações são da IDF, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido  

Santa Clara é agraciada pela 11ª vez em Queijos no Top Of Mind
A qualidade dos Queijos Santa Clara é destaque pelo 11º ano consecutivo no Top Of Mind, pesquisa realizada pela Revista Amanhã. Desde a inclusão da categoria, a Cooperativa é campeã invicta em Queijos. Em 2021, os Queijos Santa Clara lideram com 31,4% das citações dos entrevistados, com percentual superior as demais marcas. A Cooperativa também aparece entre as mais lembradas da categoria Leite. Nesta edição, a pesquisa foi realizada com 1.200 consumidores do Rio Grande do Sul com variáveis de sexo, classe social e idade. A premiação dos Top Of Mind 2021 ocorreu ontem, 27 de julho, em um evento on-line. O evento pode ser assistido no Canal do Grupo Amanhã no Youtube clicando aqui. (Santa Clara)


 

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Porto Alegre,  28 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.466


Indústria se aproximada retomada com estoques perto de zero




Em meio às projeções de maior aquecimento econômico nos próximos meses, com possibilidade de maior demanda, os estoques da indústria de transformação até junho de 2021 operavam no limite, sem recuperar patamar pré-pandemia. O alerta é da pesquisadora Claudia Perdigão, da Fundação Getulio Vargas, que elaborou estudo sobre o tema, com base em dados da Sondagem da Indústria da FGV.

De acordo com a especialista, em junho, o saldo de estoques da indústria de transformação, na sondagem, ficou em 1,5 ponto negativo, muito próximo de zero, o que sinaliza “perfeito equilíbrio”, com oferta igual à demanda. A média histórica, antes da pandemia, para saldo de estoques na indústria de transformação, é mais distante de zero, em 5,2 pontos negativos, disse a pesquisadora.

O atual cenário reflete combinação de custo de produção mais alto, em especial a energia, em ambiente de falta de insumos. Isso desestimula estocagem alta entre as indústrias, disse Claudia. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) confirmaram ao Valor, respectivamente, a existência de estoques abaixo do normal e demanda alta em seus segmentos. Os estoques em baixa afetam empresas nacionais, como a Agrale, de chassis e tratores, e também multinacionais, caso da AGCO Corporation no Brasil e a John Deere, fabricantes de máquinas agrícolas.

Na pesquisa, foi perguntado a 1.098 empresas se os estoques, em junho, estavam “normais, excessivos ou insuficientes”: 8,6% informaram “insuficiente”; 10,1%, “excessivo”, e o restante, “normal”, com estoque suficiente para atender à procura. O cálculo é feito da seguinte forma: toma-se a parcela das empresas que consideram os estoques “insuficientes” e se diminui dela a fatia das companhias que avaliam os estoques como “excessivos”. Chega-se então a um saldo. Se o resultado for negativo, como no caso em questão, significa que a maioria das empresas declarou estoques acima do normal.

O indicador negativo, de 1,5 ponto em junho, por ser muito próximo de zero e bem distante da média histórica para o setor, não é motivo de comemoração, disse a pesquisadora. Ocorre que, diferentemente do ano passado quando a indústria também operava com estoques baixos, não havia perspectiva de crescimento econômico mais aquecido. Em maio, a produção industrial cresceu 1,4% ante abril após três meses de queda, segundo o IBGE. “Em um contexto de retomada e de choque de oferta, tanto pela escassez de insumos quanto pela crise energética, esse estoque mais baixo gera preocupação” constatou ela.

Um exemplo é o saldo de bens de capital na indústria de transformação. Em junho, a parcela dos que declararam “excessivos” os estoques ficou em 16,4%, sendo 9,1% a fatia dos que os classificaram como “insuficientes”. O saldo nesse caso foi de 7,3 pontos negativos, distante da média histórica do segmento de 13 pontos negativos.

Em sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entre os dias 1º e 15 de julho, com 80 empresas observou-se elevação de 20% para 26% em parcela de empresas com estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal.

No primeiro trimestre, os estoques foram destaque no PIB do período. A coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Rebeca Palis disse, na ocasião, que a variação positiva em estoques estaria relacionada à agropecuária e ao estoque de soja não exportada. O plantio e a colheita atrasaram, o que retardou embarques. (Valor Econômico)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de Julho de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2021 é de R$ 3,1991/litro.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 




Alterada IN que aprova regulamento técnico para rotulagem de produto de origem animal

Rotulagem – Foi publicado nesta terça (27), pelo Mapa, a Portaria Nº 240, de 23 de julho de 2021 que altera a IN nº 22, de 24 de novembro de 2005 sobre a rotulagem de produto de origem animal embalado.

As alterações principais foram em relação às informações obrigatórias que o rótulo deve apresentar. A IN passou a vigorar com alteração no carimbo de inspeção, no qual antes era específico a obrigatoriedade do carimbo de Inspeção Federal, agora sendo não especificado, passando a valer carimbos oficiais de inspeção.

Passou a valer a possibilidade de rotulagem para produtos isentos de registro no MAPA, sendo obrigatório a indicação da expressão "Produto Isento de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento", além de incluir o CPF nos casos em que couber, o que antes era apenas o CNPJ.

Foram retirados a obrigatoriedade de constar no rótulo as informações de categoria do estabelecimento, de acordo com a classificação oficial quando do registro do mesmo no DIPOA; marca comercial do produto, entre outras.

Também houve alterações nos tópicos de Apresentação da Informação Obrigatória e nos Casos Particulares.

Nos casos de produtos de origem animal com adição de gordura vegetal é requerida a indicação da expressão ''CONTÉM GORDURA VEGETAL'', logo abaixo do nome do produto, em caracteres uniformes, tanto no corpo, como na cor das letras, sem intercalação de dizeres ou desenhos e com letras em caixa alta e em negritos.

>> Para saber todas as alterações acesse aqui a PORTARIA Nº 240, DE 23 DE JULHO DE 2021 (Terra Viva com dados do Diário Oficial da União)

 

Jogo Rápido  

Justiça reduz tributação de cargas
A Justiça Federal em São Paulo permitiu a uma empresa retirar do valor aduaneiro – base de calculo do Imposta de Importação IPI, PIS/Cofins e ICMS – as despesas relativas ao desembarque e movimentação de cargas em portos e aeroportos (capatazia) nas operações anteriores a março de 2020. Na ocasião, o STJ decidiu que a capatazia deve integrar o cálculo. Desde então, importadores e União aguardem que a Corte decida a partir de quando valerá a cobrança. O montante a ser devolvido às empresas pode chegar a R$12 bilhões. (Valor Econômico)


 

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  27 de julho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.465


Conseleite indica valor de referência de R$ 1,7086 em julho e pressão de custos

O valor de referência projetado para o leite no mês de julho é de R$ 1,7086, 1,35% abaixo do consolidado de junho (R$ 1,7319). Os dados apresentados nesta terça-feira (27/07) pelo Conseleite levam em conta os primeiros dez dias do mês e refletem o início da safra aliado a um período de custos elevados no campo e na indústria, o que garantiu estabilidade de preços. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, o cenário de insumos em alta deve segurar os preços em um patamar mais estável durante a safra, garantindo um cenário atípico com dois anos seguidos de valores mais altos (2020 e 2021). “Os gráficos mostram o impacto da pandemia, com valorização do preço do leite puxado pela elevação das commodities no mercado internacionais”, explicou.

Lideranças dos produtores indicam que grãos, silagens, medicamentos e arrendamento de terras tiveram reajustes, prejudicando a margem da atividade leiteira. Situação similar à vivenciada na indústria, com alta de embalagens, insumos, combustíveis e, principalmente, pela necessidade de repasse aos produtores. “Precisamos que os preços do leite ao mercado consumidor permaneçam nesses níveis. Depois de um primeiro semestre operando sem margens na indústria, o setor está no fio da navalha. Não há como voltar ao preço do leite de um ano atrás”, ressaltou o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra.

As dificuldades de receita fizeram com que muitos criadores deixassem a atividade nos últimos meses o que, de certa forma, deve evitar excedentes demasiados na safra. A opção foi substituir o leite por atividades mais lucrativas, como o cultivo de grãos e oleaginosas.

Enquanto isso, o setor segue o debate na tentativa de enxugar custos.Uma das opções debatidas durante a reunião do Conseleite foi a ampliação do uso de pastagens cultivadas, o que reduziria os desembolsos com grãos e silagem. Apesar da tentativa, os produtores alegam que o desenvolvimento está aquém do esperado em função de fatores climáticos. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Commodities: Ainda não é possível falar em superciclo de commodities, afirmam economistas

Preços deverão recuar, mas para patamares ainda elevados

As altas consistentes nos preços dos produtos agropecuários nos últimos anos ainda não são suficientes para constatar a formação de um novo superciclo das commodities, na opinião de economistas e analistas de mercado que debateram o tema em um seminário virtual da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta segunda-feira.

Mas, segundo eles, como as projeções apontam para uma mudança de patamar nas cotações em relação ao período pré-pandemia, é preciso que o governo adote ações necessárias para transformar o “boom” de grãos e carnes em prosperidade econômica para o país.

O economista Otaviano Canuto, membro sênior do Policy Center for the New South e ex-vice-presidente do Banco Mundial, disse que o Brasil precisa “fazer o dever de casa” e aproveitar a alta de preços das commodities para alavancar o crescimento econômico em geral. “Se não fizermos nada para destravar o péssimo ambiente de negócios e a carência de investimentos em infraestrutura, esse boom de commodities não se traduzirá em prosperidade mais ampla no país”, afirmou. Segundo ele, é cedo para afirmar se o mundo vive ou não um novo superciclo das commodities. (Valor Econômico)

 
 
Pesquisa testa novo método de remoção de lactose do leite

A quantidade de dissacarídeo (lactose) nos alimentos lácteos varia entre os produtos; alguns queijos contêm virtualmente zero, enquanto o leite contém a maior quantidade de lactose de todos os laticínios em aproximadamente 4-5% em peso. Como grande parte da população mundial é intolerante à lactose, há uma demanda crescente por leite sem lactose.

O leite geralmente é delactosado por meio da hidrólise da lactose, via conversão enzimática em galactose e glicose. No entanto, esse processo pode aumentar a doçura e alterar a coloração, e pode diminuir o valor nutricional.

Um grupo de pesquisa liderado por Aaron Morelos-Gomez do Global Aqua Innovation Center da Shinshu University investigou agora a aplicação de membranas de nanofiltração à base de óxido de grafeno para leite.

As membranas de óxido de grafeno podem criar uma camada de incrustação porosa; portanto, seu desempenho de filtração foi considerado capaz de ser mantido melhor do que as membranas poliméricas comerciais.

A estrutura química e laminar da membrana de óxido de grafeno permitiu uma maior permeação de lactose e água, rejeitando gordura, proteínas e alguns minerais. Portanto, a textura, o sabor e o valor nutricional do leite foram preservados melhor do que com as membranas poliméricas comerciais.

A concentração de lactose e fluxo de permeado de lactose foi muito maior do que as membranas de nanofiltração comerciais, devido à camada de incrustação porosa e à estrutura laminar da membrana de óxido de grafeno. A incrustação irreversível foi melhorada usando uma membrana de suporte com tamanho de poro de 1 μm para a membrana de óxido de grafeno. Isso causou a formação de uma camada de incrustação porosa que permitiu uma maior recuperação do fluxo de água após a filtração do leite.

A pesquisa demonstrou que a aplicação de membranas de óxido de grafeno proporcionou boa propriedade anti-incrustante e alta seletividade para lactose, tornando-a particularmente adequada para aplicações na indústria de laticínios.

O método tem alto potencial para remover açúcares de bebidas enquanto preserva outros ingredientes, aumentando seu valor nutricional. A alta propriedade anti-incrustante contra uma solução rica em matéria orgânica, como o leite, o torna potencialmente adequado para outras aplicações, como tratamento de águas residuais e aplicações médicas.

O grupo de pesquisa planeja continuar explorando aplicações de membranas de óxido de grafeno.

Para obter mais informações sobre esta pesquisa, o estudo ‘Membranas de óxido de grafeno para leite sem lactose’ pode ser encontrado na Carbon. (As informações são do Foodprocessing.com.au, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido  

No radar
Está autorizada a começar a distribuição das sementes de milho e sorgo do Programa Troca-Troca da Secretaria da Agricultura. Neste momento, as entregas são voltadas a um grupo prioritário de entidades em 125 municípios. A partir da próxima semana, as demais regiões passam a receber. A previsão da secretaria é de que a finalização ocorra dentro de três a quatro semanas. (Zero Hora)