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18/05/2015

leiteeeComo já foi publicado no MilkPoint, na terça-feira (12/05) a ministra Kátia Abreu se reuniu com representantes do setor produtivo.

Nesse encontro foi apresentado um conjunto de ações e metas para melhorar, no horizonte de quatro anos, a competitividade da cadeia do leite nos cinco maiores Estados produtores: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás.

A organização das medidas em prol da competitividade setorial foi classificada em seis pilares fundamentais:
1. Assistência técnica;
2. Política Agrícola;
3. Sanidade animal;
4. Qualidade do leite;
5. Marco regulatório;
6. Promoção ao consumo de lácteos.

Fontes presentes na reunião informaram ao MilkPoint ainda que a Ministra mencionou criar um sétimo pilar: Melhoramento genético.

Agora, com o sumário executivo do projeto liberado, abaixo apresentamos as medidas classificadas de acordo com seus respectivos tópicos (pilares).

Assistência Técnica

A proposta tem como objetivo a ascensão dos produtores de leite das classes D e E, para a classe C, prevendo atender um grupo de aproximadamente 80 mil produtores no período de 4 anos. O trabalho terá como base as tecnologias disponíveis e aplicáveis às diversas realidades brasileiras, muitas delas desenvolvidas e/ou aprimoradas pelas instituições de ensino e pesquisa, permitindo a melhoria da produção, da produtividade e da qualidade do leite do produtor. Há também foco a gestão financeira em busca da rentabilidade do negócio.

Pretende-se também que o leite chegue às plataformas das indústrias com padrão de qualidade superior.

Política Agrícola

Disponibilidade de financiamentos de custeio e investimento é essencial para promover incrementos em produtividade. Investimentos em tecnologias para a modernização da atividade contribuirão para melhoria da qualidade do leite, que consequentemente gera maior rendimento na industrialização.

Concomitantemente, são necessárias ações para escoamento da produção. Ou seja, adequações nos instrumentos de apoio à comercialização, de forma a garantir a sustentabilidade na aquisição do leite dos produtores. Estas adequações vão desde ajustes nos montantes tomados pelas empresas e cooperativas, chegando até a atualização dos preços mínimos do leite nas diversas regiões.

Sanidade Animal

Além de ser uma questão de saúde pública, afeta diretamente a produtividade e limita a abertura de novos mercados aos produtos lácteos. O projeto pretende revisar o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), sendo que a principal proposta de alteração é a categorização dos estados em classes (prevalências, estimadas por estudos padronizados e realizados pelos serviços veterinários oficiais) e níveis de controle (ações de defesa sanitária animal).

A quantidade de estabelecimentos pecuários que apresentam animais reagentes para brucelose e tuberculose, é ferramenta de escolha de estratégia, evitando o desperdício de tempo e recursos. No mínimo 80% das bezerras sejam vacinadas contra brucelose nos próximos 2 anos.

Ressalta-se que Santa Catarina, devido ao baixo nível de prevalência para brucelose, encontra-se em estágio de erradicação da doença, motivo pelo qual é o único estado que não tem obrigatoriedade da vacinação. O MilkPoint publicou também essa semana que o estado é uma zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Qualidade do Leite

Para melhorar a qualidade, integridade e segurança do leite produzido nos estados beneficiados, foram estipuladas algumas metas que darão continuidade ao avanço no desafio de ampliar o consumo interno e tornar nosso produto competitivo nas exportações.

• Reestruturação do Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL)
• Criação do Sistema Nacional de Monitoramento Espacial e Temporal para Melhoria da Qualidade e Competitividade do Leite (SIMQL)
• Aprimoramento do Sistema SIGSIF e da Plataforma PGA
• Fortalecimento da Rede de Laboratórios

Marco Regulatório

O respeito concorrencial é fundamental para o desenvolvimento de uma competição isonômica do setor industrial. Para tanto, trabalho conjunto entre o MAPA e o setor privado para a atualização dos artigos referentes a lácteos no RIISPOA, e a publicação de Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQs) de derivados de leite é previsto. Ao mesmo tempo, é preciso a harmonização dos parâmetros de qualidade entre os serviços de inspeção Federal, Estadual e Municipal.

Também há a reestruturação da Divisão de Inspeção de Leite e Derivados (DILEI) do MAPA, que, entre outras coisas, permitirá maior participação nas decisões que envolvam MERCOSUL, CODEX ALIMENTARIUS, entre outros fóruns nacionais e internacionais.

Promoção ao consumo de lácteos

As ações neste pilar visam o aumento da demanda interna e o incremento das exportações. Valorizar a imagem dos lácteos, por meio de suas características nutricionais, é de extrema necessidade: atualmente o consumo per capita de lácteos do brasileiro, em equivalente leite, é de 180 litros por ano, abaixo de países vizinhos como Argentina e Uruguai e muito abaixo dos países europeus, principalmente em derivados como iogurtes e queijos.

Em relação às exportações será dada maior celeridade aos trâmites e procedimentos de exportação, além de priorizar a participação efetiva do governo brasileiro nas negociações bilaterais e/ou regionais para redução ou eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias. Confira aqui a apresentação do projeto. (Mapa)

18/05/2015

Durante o programa Guaíba Correio Rural, apresentado pelo jornalista Otto Bede, que foi ao ar neste sábado (16/05) na rádio Guaíba, o presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, ressaltou a importância dos temas “exportação” e “qualidade” que serão discutidos durante a 38ª Expoleite e 11ª Fenasul, que acontecem de 27 a 31 de maio, no Parque Assis Brasil, em Esteio.

O Rio Grande do Sul, com cerca de 121 mil produtores, produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, sendo o segundo maior produtor do país. O RS teve, nos últimos 10 anos, crescimento de 103%, o dobro do Brasil, que cresceu 56%. A produção gaúcha de leite corresponde a 13% da produção brasileira. “Em breve seremos autossuficientes e desde já precisamos buscar novos mercados”, disse Guerra. Hoje, 60% da produção gaúcha é vendida para outros estados, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo ele, o fim das cotas de leite na União Europeia impõe que o setor lácteo brasileiro se torne mais competitivo. “O Rio Grande do Sul, como o segundo maior produtor nacional, pode ter papel de destaque nesse novo cenário. Plantas industriais do Estado já estão certificadas ou em processo de qualificação para venderem produtos lácteos no Exterior. ”

Para o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, que também participou do programa Guaíba Correio Rural, o consumo de derivados lácteos como queijo e iogurte ainda é bem menor no Brasil, se comparado com Argentina e França, por exemplo. “Enquanto o consumo de queijo no Brasil é de quatro quilos per capita/ano, na Argentina é de 11 quilos per capita/ano e na França, 26 quilos. “Portanto, existe espaço para o setor crescer. Para isso, precisamos criar incentivos para a modernização do parque industrial e campanhas institucionais para o aumento de consumo e a modernização na legislação para divulgação dos produtos lácteos”.

O presidente da Associação os Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Marcos Tang, que também participou do programa Guaíba Correio Rural, disse que o produtor deve buscar a qualidade de seu rebanho, com a consequente valorização do leite produzido. “A indústria vai agregar valor e este leite. Com a vaca registrada, rastreabilidade, vamos abrir novos mercados. A fidelização da cadeia láctea passa pelo produtor até o consumidor. ”

A Gadolando, juntamente com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do RS, patrocina a 38ª Expoleite e 11ª Fenasul. Tang ressaltou a importância dos patrocinadores - entre eles o Sindilat -, e apoiadores para o bom andamento do evento. “O objetivo é refletir o melhor possível um segmento da importância do leite. ”

Neste ano, a novidade fica com o espaço Mundo do Leite, dentro do Pavilhão de Gado Leiteiro, voltado a proporcionar aos jovens contato com a realidade do segmento leite. O estante Mundo do Leite levará os visitantes a um passeio por toda a produção do setor, desde a propriedade rural até o consumidor final. Serão apresentadas todas as etapas pelas quais o produto passa, destacando os processos de boas práticas. A projeção será acompanhada por técnicos que irão interagir com o público infantil. Os visitantes, ao final, serão convidados a degustar produtos lácteos. (ComEfeito Comunicação Estratégica)

CONSUMO DE DERIVADOS PER CAPITA 2012

15/05/2015

1604383 636642116371625 825124310 nNo Brasil e no mundo, o grande desafio da atualidade é manter os jovens no campo e capacitá-los para o exercício da liderança, tanto nos negócios como na vida comunitária. Em Santa Catarina, onde vive na área rural 16% da população, desenvolve-se um amplo esforço das entidades ligadas ao agronegócio para a valorização dessa parcela da sociedade catarinense.

De olho nessa questão, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil criaram o programa CNA Jovem. O programa prepara jovens do meio rural para impulsionar ainda mais o setor agropecuário, que transformou o país de importador a exportador de alimentos, lidera o ranking da produção mundial e sustenta a economia do Brasil.

O jovem que participa do programa tem oportunidade de ser inserido em discussões de grande relevância para o agro e de ter acesso a pessoas de influência e poder que decidem os rumos do setor. O programa oferece um curso de formação que permite o desenvolvimento pessoal e profissional como líder. O jovem será estimulado a desenvolver desafios práticos voltados para o agronegócio e a propor planos de ação de grande relevância para o seu respectivo Estado.

A turma-piloto do programa CNA Jovem já passou pelo processo de formação, com identificação de novas lideranças para o agro e de oportunidades de negócios, Inovação no setor, sucessão familiar dos empreendimentos rurais e fortalecimento da imagem do setor na sociedade. O programa oferece 300 horas de formação, que associa o conhecimento das temáticas de interesse do agronegócio com a prática de tomada de decisões. Ao final do processo de formação, serão indicados, como Líderes Jovens da CNA cinco candidatos, que poderão ter seus projetos de negócios implantados em nível nacional e estadual. Eles farão uma visita técnica à China para contatos e aprendizado.

Na esteira desse programa, a Federação da Agricultura e Pecuária de SC cria neste ano o núcleo Faesc Jovem, que já nasce com quatro empresários rurais que se destacaram no programa CNA Jovem: Jecson Gandini de Campo Erê, Renato Sochdig de Iraceminha, Edson Colombo de Lages e Marlon Duffecky de Monte Castelo. Com formação, arrojo e iniciativa, esses jovens mudam o mundo. (Boletim Faesc)

15/05/2015

languiru 200Considerando o trabalho constante em busca da eficiência produtiva e primando pela qualidade de seus produtos, a Cooperativa Languiru está desenvolvendo o programa Boas Práticas na Fazenda (BPF), iniciativa que orienta os produtores de leite associados a adotar procedimentos e controles que contribuem para aumentar a qualidade e a segurança do leite.

Num primeiro momento, sete propriedades foram certificadas. Em reunião em abril com a direção da Languiru, coordenação do Setor de Leite do Departamento Técnico e da produção da Indústria de Laticínios, os associados receberam certificados e placas de identificação, com selo que atesta que a propriedade de leite é certificada pelo programa BPF da Languiru.

“Este é um momento histórico, a Languiru é pioneira entre as cooperativas gaúchas nesta certificação das propriedades de seus associados produtores de leite. Num momento conturbado do mercado, a Languiru intensifica a busca pela profissionalização do setor e qualidade da matéria-prima”, avaliou o presidente Dirceu Bayer na reunião com os associados certificados.

Para ele, ações como essa beneficiam toda a cadeia produtiva. Além de bonificar esses produtores associados, a medida atende exigências da legislação e expectativas do mercado consumidor. “Essas propriedades certificadas pelo BPF servirão de inspiração aos demais associados da Languiru, além de agregar valor à propriedade e ao plantel de animais produtivos”, acrescentou Bayer, elogiando os envolvidos no desenvolvimento do BPF.

...continuar lendo "Cooperativa Languiru certifica produtores associados"

15/05/2015

images 1O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) planeja iniciar um fundo de até US$ 50 bilhões, que será gerenciado pela Caixa Econômica Federal, para investir em projetos de infraestrutura no Brasil, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto.

Detalhes sobre o novo fundo serão anunciados na próxima semana, durante a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ao Brasil, afirmou a fonte. Uma porta-voz da Caixa não quis comentar o assunto e a assessoria de imprensa do ICBC não estava imediatamente disponível para comentar.

O fundo será usado para financiar projetos principalmente nos setores de ferrovias, energia e agricultura. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, especialmente em razão do forte apetite do país asiático por commodities brasileiras, como soja e minério de ferro.
Com o fundo, o envolvimento da China na economia brasileira vai aumentar. No mês passado, o Banco de Desenvolvimento da China abriu uma linha de crédito de US$ 3,5 bilhões para a Petrobras. (Jornal do Comércio) 

15/05/2015
 

MP 665:

imagesSeguro-desemprego: o empregado terá que ter trabalhado por, no mínimo, 12 meses consecutivos para ter direito ao benefício pela primeira vez; na segunda, serão exigidos nove meses de trabalho e, nas demais, seis meses ininterruptos antes da demissão. Antes da MP, bastavam seis meses de trabalho em qualquer situação. 

Abono salarial: para ter direito ao benefício, o trabalhador terá que comprovar pelo menos 90 dias de carteira assinada; antes, bastavam 30 dias. 

Seguro defeso: restringe o acesso dos pescadores artesanais ao benefício durante a piracema. 

MP 664: 
Altera as regras de pensão por morte, definindo carências e tempo de recebimento conforme a faixa de idade do beneficiário. Por meio de emenda, a Câmara aprovou uma alternativa ao fator previdenciário para aposentaria, a fórmula 85/95, que leva em conta idade e tempo de contribuição para concessão do benefício. 

MP 669: 
Ainda não foi votada. Aumenta as alíquotas de contribuição das empresas sobre a folha de pagamento

Com as três emendas, o governo pretendia fazer uma economia de R$ 18 bilhões, mas já abriu mão de cerca de R$ 3 bilhões com as modificações feitas pelo Congresso Nacional nas MPs 665 e 664. (Jornal do Comércio) 

 

 

15/05/2015

A batalha global de produtores de petróleo por fatia de mercado está só começando, num ambiente quase de saturação da oferta, diz a Agência Internacional de Energia (AIE) em seu relatório mensal. O preço do barril caiu quase 50% desde junho, pela combinação de menor demanda e alta da produção de óleo de xisto nos EUA.

Para manter fatia de mercado, os membros da Opep, o cartel de produtores, resolveram manter a alta a produção, elevando a pressão sobre os produtores americanos, que têm custos mais elevados.

Agora, a AIE diz que, após meses de corte de custos e baixa na extração, o aumento no suprimento de petróleo nos EUA parece estar diminuindo. Mas a agência diz ser prematuro considerar que os produtores da Opep ganharam a disputa pelo mercado. "Na verdade, a batalha está apenas começando."

Primeiro, porque produtores de fora da Opep tiveram bom desempenho. A AIE elevou a projeção desses países em 200 mil barris diários. As petrolíferas russas lidaram "excepcionalmente bem" com a menor cotação do petróleo e as sanções internacionais, graças a um regime tributário que atenua o pagamento de imposto quando o preço cai e o rublo se desvaloriza.

A AIE nota ainda que, apesar de seus problemas, a Petrobras é uma história de sucesso. A produção brasileira cresceu 17% no primeiro trimestre, em relação a 2014. A China também elevou a produção, assim como Vietnã e Malásia.

Ao mesmo tempo, na Opep não há sinais de corte de produção em defesa do preço. A AIE alerta que o mercado global está quase em vias de saturação, por causa da manutenção da produção da Opep em níveis próximos de seu recorde. Para a AIE, a produção global supera a demanda em 2 milhões de b/d.

Os países do Golfo aumentaram a produção e investem agressivamente em futura capacidade. Arábia Saudita, Kuait e Emirados Árabes Unidos tambem aumentaram a exploração. Iraque e Líbia, em pleno conflito interno, continuam a explorar. No Irã, a produção alcançou o maior volume desde julho de 2012, quando as sanções internacionais entraram em vigor contra o petróleo iraniano.

Para a AIE, mesmo se uma demanda mais elevada que prevista contribuir para limitar essa situação, o crescimento do consumo mundial não será excepcional. E sinaliza que a quase saturação no caso do petróleo parece estar passando para a refinaria ¬ o que pode por sua vez anular rapidamente a recente alta no preço do barril.

A AIE diz que o aperto na exploração de petróleo nos EUA deve ser examinado no contexto atual. Com a persistente turbulência políticas no Oriente Médio e no norte da Africa, os riscos sobre os preços não são pequenos no mercado de petróleo atualmente. Assim, diante do papel central que o petróleo dos EUA tem no aumento do fornecimento, uma desaceleração nesse suprimento teria forte impacto no equilíbrio do mercado. (Valor Econômico)

15/05/2015

bandeira ue2A zona do euro acelerou ligeiramente o crescimento no primeiro trimestre, com expansão da França, mas também da Alemanha e Itália. Em meio a essa expansão, porém, o Brasil perdeu terreno e foi superado pelo Canadá como décimo maior parceiro comercial dos europeus.

Estatísticas europeias a que o Valor teve acesso mostram que entre os maiores ganhadores no comércio com os 28 países da União Europeia (UE) estão os canadenses, neste começo de ano. Suas exportações aumentaram 31% para o bloco europeu e suas importações originárias da Europa cresceram 15% entre janeiro e março.

No mesmo período, as exportações brasileiras sofreram contração de 1% para a UE e as importações procedentes da Europa caíram 2,6%. Mas em março as exportações do Brasil cresceram 12% em relação a março de 2014 para o bloco comunitário, ante resultado negativo em janeiro e fevereiro.

Em todo caso, a fatia de produtos brasileiros no total importado pela UE está agora em torno de 1,6% ¬ seu menor nível desde 2003. Em 2011, chegou a 2,3% do que os europeus compravam no exterior. A média era de 2%.

Por sua vez, países como Canadá, Índia e Turquia vêm aumentando sua fatia no total importado pelos europeus.

"Esse resultado não está acontecendo só com a Europa", afirma Luigi Gambardella, presidente da Associação UEBrasil, que visa estimular negócios bilaterais.

"O Brasil exporta sobretudo commodities e, com menos demanda, exporta menos. Com a recessão, o Brasil compra também menos da Europa. O Brasil precisa melhorar a competitividade de sua indústria". O Brasil era habituado a superávit comercial com os europeus, que atingiu o pico de € 11,6 bilhões em 2007. Desde 2012, porém, o país passou a acumular déficit, que atingiu € 5,8 bilhões no ano passado. No primeiro trimestre de 2015, o déficit acumulado é de € 1,4 bilhão.

Os canadenses derrubaram o Brasil da posição de 10º parceiro europeu com trocas adicionais de € 3 bilhões, dos quais quase € 2 bilhões foram aumento de exportações para o mercado europeu. Suas vendas de peças para o setor aeronáutico, com alto valor agregado, quase quadruplicaram.

No caso do Brasil, o comércio com a UE sofreu contração de € 320 milhões entre janeiro e marco. No período, o Brasil conseguiu aumentar a exportação de café para a UE, assim como minério e aço. E continuou importando mais produtos químicos, por exemplo.

Para Jonathan Loynes, economista chefe para Europa da Capital Economics, a inflação baixa na zona do euro deve continuar a estimular o consumo nos próximos trimestres. E o euro desvalorizado deve ajudar exportações. Mas persistem riscos de que a crise na Grécia afete a recuperação.

Em abril, economistas da Organização Mundial do Comercio (OMC) sugeriram que as perspectivas de expansão das exportações brasileiras eram melhores na UE e nos Estados Unidos do que na China em 2015, por causa da desaceleração chinesa e da melhora da situação nas duas outras grandes economias. Em 2014, o Brasil teve a maior queda nas exportações entre as grandes economias. O país caiu três posições no ranking de maiores exportadores (de 22º para 25º) e a participação no comércio global baixou de 1,3% para 1,2% do total. (Valor Econômico)

15/05/2015

Milk SplashA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira (13), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que torna obrigatória a realização de testes em produtos agropecuários in natura ou semiprocessados importados, para analisar resíduos de princípios ativos de agrotóxicos.

O projeto ainda exige inspeção sanitária para a comercialização, estocagem, processamento, industrialização e transporte desses produtos. A intenção é impedir a entrada, no território brasileiro, de enfermidades que têm atingido outras partes do mundo - como a gripe aviária e o "mal da vaca louca" - e de pragas recentemente chegadas ao Brasil - como a ferrugem asiática da soja.

Quem desrespeitar a lei, além de responder civil e penalmente pela infração e ter o produto contaminado apreendido, estará sujeito a multa de até R$ 10 milhões e poderá ter a licença para comercializar a mercadoria suspensa ou cancelada.

O relator, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), recomendou a aprovação do projeto e das emendas da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Elas excluem da inspeção os produtos que passaram por processamento industrial nos países de origem. O relator manteve o controle de resíduos e a inspeção sanitária apenas em produtos agropecuários, derivados e subprodutos, importados nas formas in natura ou semiprocessadas. C

Clique aqui para acessar o  PL 6897/2006. (Agência Câmara de Notícias)

15/05/2015

Milk SplashA questão da saúde e seu atrelamento à nutrição e ao exercício físico tem pautado diversas publicações nos mais diferentes veículos midiáticos. O blog Ciência inForma, idealizado e mantido por professores e pós-graduandos da Escola de Educação Física e Esporte (Eefe) da USP, utiliza-se da importância que o assunto tem ganhado para abordá-lo do ponto de vista científico, mas com uma linguagem acessível.

Criado há cerca de quatro meses, o blog surgiu da parceria entre os professores Bruno Gualano, Guilherme Artioli e Hamilton Roschel e as pesquisadoras Fabiana Benatti e Desire Coelho, ambas bacharéis e pós- graduadas pela Eefe, com a intenção de difundir a pesquisa e o conhecimento científico da Universidade para a população. Juntos, os autores publicam textos com assuntos em voga no cenário jornalístico, mas sempre com embasamento nos estudos realizados em suas áreas de atuação.

O professor Gualano aponta que o principal objetivo do Ciência inForma é desmistificar assuntos relacionados à saúde, à nutrição e ao exercício físico, os quais ganham cada vez mais espaço em jornais, revistas e sites, através do conhecimento que possuem como profissionais da área. Além disso, o blog também tem a premissa de se desligar da linguagem técnica e rebuscada usada no meio acadêmico, explicando os tópicos das publicações com um vocabulário menos científico e promovendo a aproxima- ção com o público em geral. Diferenciando-se de outros veículos pela própria linha editorial que construiu, o blog acaba quebrando alguns mitos que a imprensa convencional divulga. Como exemplo, Gualano citou seu texto sobre o CrossFit, modelo de treinamento realizado em circuito mesclando exercícios extenuantes de força e resistência e que ganhou grande espaço em academias.

Segundo ele, a prática é benéfica, mas não para qualquer pessoa: é preciso que haja uma avaliação da pessoa e de seu estilo de vida para recomendar o exercício correto. “O que a mídia faz é mostrar a modalidadecomo ideal para todo mundo, o que não é verdade. Não existe um exercício ideal para todos, mas sim ideal para determinado indivíduo”, completa.
O maior desafio, de acordo com o docente, é a disponibilidade de tempo para a edição do conte- údo do blog. Os cinco integrantes são professores e pesquisadores, portanto dividem seutempo entre as três publicações semanais no Ciência inForma e sua vida acadêmica. (Agência USP/Jornal do Comércio)