Pular para o conteúdo

Escolas da Região Metropolitana de Porto Alegre deram início, nesta quarta-feira (18/5), às oficinas culinárias com produtos lácteos na Fenasul, em Esteio (RS). Um dos primeiros grupos a ser recebido pela equipe do estande Mundo do Leite foi composto por alunos da Escola Aberta, da Vila Cruzeiro, de Porto Alegre. A ação integra o projeto Leite na Escola, da Secretaria da Agricultura (Seapi), e é uma iniciativa conjunta com o Sindilat e apoio do Senar. Neste ano, o sindicato participa da Fenasul no espaço Mundo do Leite, no Pavilhão de Gado Leiteiro do Parque de Exposições Assis Brasil. “É com grande satisfação que fizemos essa parceria com o Sindilat para trazer as crianças para a Fenasul e mostrar todo esse universo por meio do projeto Leite na Escola. E conseguimos fazer isso de uma maneira divertida, por meio da elaboração de uma receita com leite em pó, o que permite o manuseio do produto”, pontuou o representante da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes. A ação foi destacada pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra: "É um momento de mostrar às novas gerações a força da produção do campo, e que os alimentos que chegam todos os dias à mesa são fruto de muito trabalho".

A diversão para quem participou da oficina foi garantida, destacou a nutricionista do Senar/RS Marjana de Mattos, que coordenou os trabalhos. Atentos, os alunos da professora Márcia Leal, que conduziu a Esteio estudantes do 1º ao 5º ano da Escola Aberta, devem seguir trabalhando a temática em sala de aula. “Oficinas como essa trazem bastante enriquecimento, porque permitem que eles manuseiem os produtos e ajuda para a própria formação deles como cidadãos”, destacou.

A atividade ainda incluiu apresentação técnica sobre o leite e seus derivados, proferida pela estudante de Medicina Veterinária Carini Machado Viana. “É incrível ver a satisfação deles no olhar. Eles se interessam e participam, é muito bom trabalhar com as crianças sobre esse universo”, pontuou. Na sequência, os alunos foram conduzidos a um roteiro pelos bretes para conhecer melhor o mundo do setor lácteo. “As crianças vão ver o espaço dos animais, aprender as diferenças entre terneiros e vacas, entender como é realizada a ordenha e por onde passa o leite vendo os tanques de expansão, além de explicar a importância da higienização em todo processo”, cita Carini. As oficinas seguem nesta quinta e sexta-feira com horários pela manhã e tarde.

Considerada a maior mostra do outono gaúcho, a Expoleite Fenasul 2016 segue até o dia 22 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O evento é uma promoção da Secretaria da Agricultura e da Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) e tem apoio do Sindilat.

Fotos: Carolina Jardine

Com o objetivo de promover a confraternização entre crianças com deficiências físicas, terapeutas e voluntários, o Educandário São João Batista, de Porto Alegre, está promovendo as Olimpíada da Acessibilidade nesta quarta, quinta e sexta-feiras. A entidade filantrópica visa o tratamento e a educação de crianças e adolescentes com limitações físicas. Os jogos incluem atividades como corrida de cadeiras de rodas (com e sem acompanhante), chutes livre à gol com ajuda de botas especiais, brincadeiras que desenvolverão o tato, como adivinhação com caixas táteis e alimentos os quais vão ingerir.

Em parceria com o Gabinete da Primeira Dama, o Sindilat está apoiando a iniciativa. Além da oferta de lanche para as crianças, foram confeccionadas medalhas para os participantes. "São momentos como esse que colocam o setor lácteo ao lado da sociedade. É preciso estimular as crianças em todas as suas potencialidades", pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

 

Fotos: Priscila Gauto

Representantes do setor produtivo, fiscais agropecuários e parlamentares se reuniram na tarde de quarta-feira (11/5) para participar de encontro sobre os modelos de serviços de inspeção de produtos de origem animal. Com palestra do médico veterinário e representante da Organização Internacional da Saúde Animal (OIE) para as Américas, Luiz Barcos, foram apresentados as principais experiências realizadas em vários países como Nova Zelândia, Austrália, França, Alemanha e México.

De acordo com Barcos, cada Estado deve buscar seu sistema de inspeção, em atividades que passam pela boa governança, recursos humanos, capacidade de resposta, comprometimento, legislação clara e envolvimento e integração entre o setor privado e público, adaptado a sua realidade. “Conhecer as práticas consolidadas em outros países é o primeiro passo para estudos na construção de um modelo próprio e eficaz que possa dar continuidade ao desenvolvimento de todos os setores produtivos do Estado”, destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, presente no evento.

Durante o encontro, o palestrante também ressaltou a necessidade de compartilhar responsabilidades em todos os níveis da cadeia produtiva, envolvendo setor público e privado, em processos que integrem desde o produtor até o consumidor. Segundo o secretário de agricultura, Ernani Polo, o governo do Estado criou um comitê gestor do aprimoramento do serviço de inspeção e um grupo executivo em que participam servidores da secretaria para atender essa necessidade.

Para o secretario, o encontro foi importante no sentido de colher subsídios para avançar neste tema no RS. “É importante verificar experiências já consolidadas de grandes países, que Luiz Barcos nos apresentou e que pode nos dar um caminho. Queremos que o Estado possa cumprir de forma adequada suas obrigações de fiscalização, mas que, ao mesmo tempo, os setores produtivos cresçam cada vez mais. Nosso desafio é construir um modelo nosso, dentro deste processo de debate e construção conjunta, para avançar nesta direção”, pontuou Polo.

A OIE foi fundada em 1921, possui 181 países membros e recomenda diretrizes para legitimar medidas de proteção agropecuária e saúde alimentar. O evento foi realizado pela a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através do Departamento de Defesa Agropecuária, no auditório da Emater.

Fonte: Imprensa Sindilat, com informações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação.

Foto: Alexandre Farina

A Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul tem grande vocação para o agronegócio, especialmente no que se refere à cadeia produtiva leiteira. E, buscando potencializar o alcance de produtos de alta qualidade e produtividade, o Arranjo Produtivo Local (APL) da Fronteira Noroeste tem tido importante destaque neste debate, como ocorreu nesta quarta-feira (11/5), no auditório do Campus Setrem, em Três de Maio. O encontro recebeu mais de 60 pessoas, entre representantes de instituições de ensino, cooperativas, organizações, sindicatos, entidades, beneficiadoras de leite, além de produtores, para debater e traçar estratégias relativas à cadeia produtiva do leite.

Entre os objetivos da reunião esteve a construção de um plano de atividades a ser desenvolvido neste primeiro ano na região. No esforço de fortalecer a cadeia produtiva do leite no Noroeste do Estado, o APL se propõe a servir como um instrumento para a capacitação de profissionais que atuam no segmento. Segundo o diretor técnico da Funcap e gestor do APL, Diórgenes Albring, entre as funções está incentivar e auxiliar no maior investimento em mão de obra local. “Investir em qualificação profissional é essencial para elevar o nível de qualidade da nossa produção”, disse.

Representando o Sindilat, o secretário-executivo Darlan Palharini destacou que o APL é fundamental no processo de desenvolvimento da região, reconhecendo dificuldades e oportunidades. “A APL Leite já é uma realidade e está se solidificando, trazendo mais parceiros e discutindo marcos regulatórios. É uma grata surpresa e o Sindicato espera colaborar e que este exemplo sirva para outras regiões do Estado. A busca do APL gera desenvolvimento”, enfatizou, destacando que a região Noroeste é uma das maiores bacias leiteiras do Estado.

Com informações de Paulo Vitor Daniel/Assessoria de Comunicação Setrem

Crédito: Leonardo Konzen/Assessoria de Comunicação Setrem

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) levará à Fenasul 2016 um novo projeto de conscientização sobre o consumo de leite direcionado a escolas de ensino fundamental. Em parceria com a Secretaria da Agricultura (Seapi), Fetag, Farsul, Senar e Ministério da Agricultura, as Oficinas Culinárias mostrarão às crianças a importância do leite na alimentação e o doce sabor que ele pode dar aos pratos mais simples. O roteiro faz parte do Projeto Leite na Escola, da Seapi, integrará escolas públicas da Região Metropolitana de Porto Alegre e será realizado nos dias 18, 19 e 20 de maio no estande do Mundo do Leite, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A programação começa com apresentação do vídeo do Mundo do Leite, que explica em detalhes o processo produtivo do campo à indústria. Em seguida, as crianças participarão de palestra orientativa sobre consumo e, por fim, serão convidadas a produzir deliciosos docinhos à base de leite em pó e chocolate. Estão previstas, diariamente, duas oficinas no turno da manhã e duas à tarde. “Nosso projeto na Fenasul 2016 irá explicar às crianças que o leite que chega à mesa é resultado de um longo e delicado processo. Também queremos mostrar a esses estudantes todo o potencial do leite na culinária por meio de uma deliciosa brincadeira na cozinha”, pontuou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

Neste ano, o Sindilat também apoiará a realização do Concurso de Sólidos entre os animais da raça Holandês. A disputa, organizada pela Seapi, Ufrgs e Embrapa, valoriza as vacas que produzem um leite com maior quantidade de gordura e proteína, aspectos altamente valorizados pela indústria. O Sindilat está oferecendo premiação em dinheiro e troféus aos três primeiros colocados de cada categoria (Vaca Jovem e Vaca Adulta) em um total de R$ 10.000,00.

Durante a Fenasul, o Sindilat ainda promoverá encontro entre os laticínios e a promotora do Ministério Público do RS Caroline Vaz, juntamente com o médico veterinário da Seapi Vilar Ricardo Gewher no dia 20/5, às 14h, na Casa da Farsul. A reunião será um momento para conversar sobre os critérios relacionados ao fatiamento de queijos e derivados. Pela manhã do mesmo dia 20, será realizada a reunião mensal do Conseleite a partir das 10h, também na Casa da Farsul no Parque de Exposições Assis Brasil.

O Secretário da Agricultura, Ernani Polo, espera que, dentro de alguns dias, seja publicado no Diário Oficial do Estado o decreto que regulamenta a Lei do Leite. O texto final foi remetido nesta quarta-feira (11/5) pela Secretaria da Agricultura (Seapi) à Casa Civil, informou Polo, durante lançamento da Fenasul 2016, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini. Resultado de trabalho realizado junto com as entidades do setor, entre elas o Sindilat, a matéria estabelece responsabilidade e critérios para a produção, transporte e processamento de produtos lácteos no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o encaminhamento é uma vitória de todos, "uma vez que materializa diversos pedidos dos laticínios, entre eles a liberação para o transvase do leite".

O café da manhã de lançamento da exposição reuniu autoridades, lideranças do agronegócio e imprensa. Na ocasião, o presidente da Gadolando, Marcos Tang, destacou a força da exposição mesmo em um momento de crise como o atual. “Faremos a feira com muita teimosia. Sabemos que as exposições mundialmente tendem a ter redução no número de animais inscritos e aumento da qualidade. Quem vai é porque está com o animal pronto”, disse.

Entre as principais novidades desta edição, pontuou Tang, está o Concurso de Sólidos, que terá apoio do Sindilat e está sendo organizado pela Seapi, Ufrgs e Embrapa. O sindicato aportará R$ 10 mil para premiação dos três primeiros colocados nas categorias Vaca Jovem e Vaca Adulta. Segundo Tang, é importante que os criadores usem a informação sobre capacidade de produção de sólidos (gordura e proteína) dos animais para seleção genética. “É uma ferramenta que deve ser muito usada, está disponível e é valorizada pela indústria”, acrescentou.

Em sua manifestação, o governador do Estado, José Ivo Sartori, disse que o momento é de trabalhar juntos para o avanço do setor e pela realização de uma grande Fenasul. “Sem trabalho não acontece nada. Estamos no segundo lugar no ranking nacional e queremos trabalhar mais para chegar a primeiro”, pontuou referindo-se à produção gaúcha que perde apenas para a de Minas Gerais. Valorizando a atividade, o governador lembrou que o leite é fonte de renda fixa para milhares de famílias gaúchas e classificou a a regulamentação da Lei do Leite como “um passo importante” em busca da excelência.

Depois de negociação entre autoridades sanitárias e lideranças do setor produtivo, foi anunciada, hoje (3/5), em reunião convocada pelo Ministério da Agricultura, em Brasília, a prorrogação por dois anos dos novos limites para o leite previstos na Instrução Normativa 62, que entrariam em vigor em 1º de julho de 2016. O texto regula os níveis de contagem de bactérias (Contagem Padrão em Placas - CPP) e Contagem de Células Somáticas (CCS), critérios importantes para definir a qualidade do leite produzido no campo. Com a decisão, os tambos brasileiros seguem operando com parâmetros de contagem máximo de 500 mil CS por ml ao invés de ver o controle acirrado para 400 mil CS/ml. Quanto à contagem de bactérias, o parâmetro continua em 300 mil UFC/ml ao invés de diminuir para 100 mil UFC/ml, como estava inicialmente previsto.

Datada de 29 de dezembro de 2011, a IN 62 traz os parâmetros a serem seguidos no campo em uma escalada que aumenta o rigor quanto a questões sanitárias e de higiene. O texto - que deu seguimento à antiga IN 51/2002 - ainda narra processos a serem seguidos, como a limpeza dos tetos das vacas e a uniformização dos profissionais envolvidos com a ordenha.

Veja abaixo a tabela de escalado do controle:

 

Imagem inline 1

 

Altamente rigorosa, a tabela inicialmente definida pela IN 62 (acima) impõe redução drástica nos parâmetros principalmente para os estados da região Sul. “Como o leite é um organismo vivo, essa redução é considerada muito brusca para um setor que lida com diversas variáveis. Não são critérios que se pode mudar em quatro ou cinco anos. Nosso pleito sempre foi por mais prazo", pontuouo secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhou a reunião em Brasília.

Segundo ele, o setor ficou satisfeito com a prorrogação uma vez que dá aos produtores e, consequentemente, aos latícinios um pouco mais de tempo para adaptação. “É preciso entender que os padrões atualmenteprevistos pela legislação brasileira são muito mais rígidos do que os de muitos outros países. A IN 62 hoje já é mais exigente do que a lei norte-americana”, esclareceu Palharini.

 

Crédito Foto: Carlos Silva/ Ministério da Agricultura

A Granja Tang, de Farroupilha, foi uma das principais expositoras da sexta edição da FestLeite, realizada em Anta Gorda entre os dias 28 de abril e 1º de maio. A Tang Melinha Alexander 8136 foi eleita Grande Campeã desta edição, que contou com mais de cem animais inscritos. A Granja ainda conquistou o primeiro lugar no conjunto Vacas Leiteiras, Fêmea Jovem e nas categorias Criador, Expositor e Afixo.

A granja associada à Cooperativa Santa Clara também conquistou a primeira colocação nas categorias Novilha Júnior, Novilha Intermediária, Terneira Sênior, Vaca 3 Anos Sênior, Vaca 4 anos e Vaca Jovem. Animais da granja ainda foram escolhidos como reservados e terceiros lugares em várias categorias.

De acordo com Itamar Tang, um dos proprietários da granja, as premiações são fruto da dedicação e investimento em genética: “O resultado sempre aparece quando fazemos as coisas com carinho”, comemorou.

Foto: Divulgação

A primeira empresa gaúcha de inspeção estadual do setor lácteo teve sua indicação ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA) confirmada nesta quinta (28/04). A medida autoriza a Cotrilac, de Anta Gorda, a comercializar seus produtos além das fronteiras do Rio Grande do Sul. A inclusão no Sistema equipara as exigências para inspeção estadual ao padrão nacional, liberando, desta forma, acesso a novos mercados. A certificação foi entregue pelo secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, durante a abertura da 6ª FestLeite, em Anta Gorda.

Responsável pela produção dos produtos Latsul e Bella Estância, a Cotrilac possui uma captação mensal de aproximadamente 1,5 milhão litros de leite. Segundo a proprietária da Cotrilac, Nádia Penso, obter a certificação é um reconhecimento ao trabalho desenvolvimento nos últimos anos pela empresa. “Com a venda para outros Estados, diminui a nossa dependência do comércio interno, possibilitando, inclusive, um equilíbrio nos preços pagos aos nossos produtores de leite”, destaca a empresária. 

O início dos negócios ainda deverá demorar um pouco, em função da necessidade de adaptações e ajustes nas embalagens, como nomenclaturas. “Já estamos prospectando alguns negócios, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste”, adianta ela, ressaltando o apoio dado pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).

Além dos benefícios fiscais que advém da medida, ela também representa abertura de mercado e estimula a concorrência dos produtos lácteos gaúchos em outras praças. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, considerou a certificação como o coroamento de um longo trabalho realizado pela empresa. “Parabenizamos e reconhecemos essa conquista da Cotrilac, que com certeza é um marco para o setor no RS”, disse.

A inclusão da empresa no sistema de inspeção levou meses de trabalho, ação essa que foi acompanhada de perto pelo Sindilat. Com apoio técnico, o sindicato auxiliou a associada Cotrilac por meio de visitas e orientação dos processos. “Além da importância nessa conquista, as ações promovidas pelo Sindilat reforçam o seu compromisso com o leite gaúcho”, pontua Nádia.

O movimento da Cotrilac deve ser seguido por outras empresas, muitas delas já encaminharam solicitação à Secretaria da Agricultura. Atualmente, apenas frigoríficos com inspeção estadual estavam habilitados ao SISBI-POA. Segundo o chefe substituto da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), Vilar Ricardo Gewehr, para receber a indicação ao sistema, a empresa precisa atender uma série de exigências estruturais e processuais que garantam a inocuidade e a segurança dos alimentos comercializados.

Segundo Ernani Polo, a certificação da Cotrilac é uma conquista muito importante. “Após um período sem poder realizar indicações, agora temos este momento como uma retomada das ações da Seapi para indicações ao Sisbi, fruto de um trabalho dedicado de nossa equipe, especialmente do Dipoa", afirmou.

Crédito: Gabriel Leão/ Secretaria da Agricultura 

Os 38 projetos encaminhados pelos laticínios gaúchos para desenvolvimento de ações de melhoria da qualidade do leite já somam R$ 27,13 milhões em investimento. Os planos de trabalho são pré-requisito para elevação dos repasses de créditos de PIS/Cofins às indústrias e devem beneficiar milhares de famílias no campo. Os projetos gaúchos somam 30% de todos os pedidos encaminhados no Brasil. O balanço foi divulgado pelo fiscal do Mapa responsável pelo assunto no RS, Roberto Lucena, a lideranças das indústrias na tarde desta sexta-feira (29/04) em reunião no Sindilat, em Porto Alegre.

Lucena informou que três deles já estão aprovados pela Superintendência do Mapa/RS, foram remetidos a Brasília e devem estar validados na primeira quinzena de maio. Os três referem-se a ações de controle da Tuberculose e Brucelose e foram assinados pelas empresas CCGL, Frizzo e Laticínios Pinhalense. Dos 38 projetos, 14 tratam de ações de controle de brucelose e tuberculose, movimento que foi capitaneados pelo Sindilat/RS. Somadas, as 14 iniciativas representam investimento de R$ 2,4 milhões que irão beneficiar 2,4 mil propriedades rurais com rebanho de mais de 70 mil cabeças.

Segundo Lucena, após aprovação no RS, os projetos devem passar por uma nova análise em Brasília para, então, serem lançado no Diário Oficial e viabilizar repasse às empresas. Do total, 31 estão em fase de ajustes junto aos laticínios e o restante em análise pelas equipes do Mapa/RS. “Não quer dizer que estão inadequados, mas que precisam de um ajuste de formatação”, pontuou, colocando-se à disposição para esclarecer dúvidas.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é essencial que os projetos estejam consistentes e sejam plenamente validados pelo Mapa, uma vez que o percentual de repasse de crédito é vital para os laticínios. “Estamos trabalhando com uma margem muito apertada. Não tem como perder nenhum valor, imagine um volume de recursos como esse”, salientou.

Lucena explicou que as ações devem ser iniciadas em breve ou mantidas mesmo que ainda não tenham obtido aprovação. Isso porque é do dia do início do projeto que passam a valer retroativamente os créditos de PIS/Cofins. Tão logo seja aprovado, o plano de trabalho do laticínio deverá passar por fiscalizações do Ministério da Agricultura e da Receita Federal. A primeira compreende uma auditora técnica e a segunda, análise de documentação e questões fiscais.

Para quem ainda não apresentou seu projeto, Lucena sugere que faça contato com equipe do Mapa/RS para obter informações básicas sobre como colocar a ideia no papel.

Entenda como funciona

Os laticínios têm créditos presumidos de PIS/Cofins fixo em 20%. Com a lei 13.137/2015, viabilizou-se que as empresas que se dispõem a investir em sanidade tenham esse percentual elevado para 50%. Para se creditar do valor, é preciso reinvestir 5% do bolo em ações voltadas à qualificação dos processos no campo e no rebanho. Os projetos devem ter duração de até 36 meses.

Crédito: Carolina Jardine
Na foto: Alexandre Guerra (E) e Roberto Lucena (D)