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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


STN aprova adesão do RS ao Regime de Recuperação
 
O Estado terá seis meses para apresentar plano detalhado. A Secretaria da Fazenda prevê 90 dias. Restrições começaram a valer desde ontem.
 
70 bilhões de reais é o valor estimado da dívida do Estado com a União que será renegociado no RRF.
 
A União trabalha com o prazo de seis meses até a homologação. O governo do Estado acredita numa antecipação desse prazo. De acordo com o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, a conclusão do Plano de Recuperação Fiscal deve sair em torno de 90 dias a contar a partir de agora.
 
O governo disse que encaminhará em 30 dias os primeiros documentos do plano de reestruturação das contas. “O Estado tem ainda uma questão estrutural que é a dívida com a União, que precisa ser solucionada e que está sendo encaminhada a solução a partir do RRF”, destacou Leite.
 
VEDAÇÕES. A partir de agora, o Estado ingressa na fase de validação das oito medidas obrigatórias pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) – já em curso – e de avaliação técnica do seu plano e, por isso, entram em vigor as vedações previstas na lei, como as de gastos com pessoal. Conforme Marco Aurelio, novos incrementos em despesas correntes poderão ser feitas após a homologação do RRF, desde que descritas no plano. Porém, até lá, elas estão vetadas. Isso envolve diretamente o gasto com pessoal. As regras valem para todos os entes que tenham assinado adesão ao RRF, como no caso de Goiás.
 
Para ter o aval, o governo do Estado realizou uma série de medidas obrigatórias. Foram elas: Desestatização (privatização). Reforma da Previdência, com alteração de regras para civis e militares, com mudanças em alíquotas, idades mínimas (civis) e tempos de contribuição. Redução dos incentivos fiscais não Confaz de no mínimo 20%. Reforma Regime Jurídico Servidores Estaduais. Teto de Gastos Estaduais, quelimitará as despesas pela inflação para o período de uma década, o que garantirá disciplina fiscal. Autorização para realizar leilões de pagamento. Gestão financeira centralizada no Executivo. Instituição do Regime de Previdência Complementar
 
A lei federal do RRF apresenta restrições em termos de aumentos de despesas de pessoal e outras de caráter continuado, além de incentivos fiscais que não estejam cobertos no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Essas restrições precisam estar previstas e excepcionalizadas no plano homologado para poderem ser praticadas e, portanto, sofrerão um período de bloqueio em todos os poderes e órgãos autônomos entre a adesão (final de janeiro) e a homologação final do plano. (Correio do Povo)

Emater/RS: cenário permanece desfavorável para a produção de leite

O cenário da bovinocultura de leite continua desfavorável. A disponibilidade de sombra e água é fundamental para minimizar o estresse calórico sofrido pelos animais, sendo que o uso das pastagens deve ser moderado para evitar o rebaixamento excessivo e realizado nos horários de temperatura mais amena para estimular o consumo.

Há um grande esforço na busca de manutenção da produção, ampliando a oferta de silagem, feno e ração, na tentativa de manter o escore corporal das vacas e a produção de leite.

No momento não existe umidade do solo que possibilite o plantio do milho safrinha, o que irá ocasionar a falta de silagem no período de vazio forrageiro de outono.

Com temperaturas que ultrapassaram os 40°C, o forte estresse térmico sobre os animais aumenta a busca por estratégias para minimizar os efeitos do calor, como a opção por manter os animais com ventilação e chuveiros em galpões, nos sistemas de confinamento ou semiconfinamento.

Com o calor, as vacas estão entrando nos bebedouros para se refrescarem, deitando no barro, aumentando os casos de mastite ambiental.

No regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, após a ocorrência das precipitações em 17/01, as temperaturas voltaram a subir rapidamente. Na Fronteira Oeste, aproximadamente 45% das lavouras de milho para silagem já foram colhidas, a maior parte dos silos ainda encontram-se no período de fermentação. Produtores de leite sazonais estão interrompendo as vendas devido à falta de pastagens nativas, cultivadas e também pelo alto custo das rações.

Em São Gabriel, as perdas estimadas são de aproximadamente 30%; em Hulha Negra, 35%. Na de Santa Maria, as lavouras de milho silagem foram comprometidas pela estiagem. O milho está sendo cortado antecipadamente, dando origem a uma silagem de baixo valor nutricional.

Na de Caxias do Sul, as temperaturas extremas verificadas agravaram o estresse térmico das vacas. Estando disponíveis, sistema de refrigeração, ventilação ou mesmo aspersão foram meios utilizados pelos produtores para mitigar o impacto do calor.

Na de Soledade, em Vale do Sol, a água para dessedentação do rebanho está escassa em muitas propriedades e é de baixa qualidade. Em muitas propriedades da região a água é trazida de caminhão pipa para atender a demanda dos rebanhos.

Na regional de Pelotas, a falta e a intermitência da energia elétrica em algumas localidades obrigaram alguns produtores a fazer uso diário de geradores para a ordenha e o resfriamento do leite.

Em Arroio Grande, as chuvas amenizaram a seca que prejudica a atividade, e as pastagens se desenvolveram, ainda que com atraso, oferecendo uma melhor condição de alimentação para as vacas lactantes. A condição atual das pastagens tranquiliza os produtores que já contabilizaram grandes prejuízos.

As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


 
Qual o papel econômico da reprodução nas fazendas de leite?

Além de garantir o futuro do rebanho, os aspectos genéticos e reprodutivos das fazendas de leite estão intimamente relacionados às margens de lucros das propriedades.

Para a utilização parâmetros de reprodução e genética como direcionadores econômicos é necessário um entendimento claro por parte dos produtores e profissionais envolvidos de como cada indicador deve ser medido, otimizado e controlado.  

Para André Navarro Lobato, Médico Veterinário no Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL) e Sócio Administrador na empresa de consultoria Gestão Pecuária e Agricultura, “existem vários indicadores para avaliarmos como está a reprodução em uma fazenda.”

Porém, para ele, três indicadores são essenciais para uma avaliação rotineira: Taxa de Concepção, Taxa de Inseminação e a principal deles, a Taxa de Prenhez, que engloba os dois anteriores.

De acordo com André, os investimentos em reprodução e genética são válidos para todas as propriedades e tamanho/estrutura de rebanho. “A reprodução é importante para qualquer nível tecnológico, tamanho, produção diária ou produtividade por vaca. Os investimentos em reprodução giram em torno de 2 a 6% da Renda Bruta de uma fazenda leiteira. Isso varia em relação à frequência de visitas do veterinário, à intensidade do manejo reprodutivo, ao preço médio do sêmen etc. Em fazendas que fazem o uso rotineiro de FIV esses valores podem aumentar um pouco, variando também com a frequência realizada, se são doadoras próprias etc.”

“Porém, o mais importante é o retorno que a reprodução traz para a fazenda, com aumento direto na produção de leite e no número de bezerras que farão a reposição futura de ‘vacas problemas’,” complementou.

Na prática, André explicou que objetivo final de trabalhar bem a reprodução é manter uma estrutura de rebanho adequada e equilibrada do rebanho. “Quem gera a maior parte das receitas em uma fazenda são as vacas em lactação. Quanto pior a reprodução, maior é a tendência de aumentar o número de vacas secas no rebanho, que são animais que momentaneamente não estão gerando renda, impactando direta e negativamente na rentabilidade da empresa rural.”

Mas o quanto isso impacta de fato na rentabilidade das fazendas de leite? Como estabelecer estratégias reprodutivas que geram resultados superiores para a propriedade? Como adequar a genética ao sistema de produção e ao manejo? Como saber se os índices reprodutivos estão no caminho certo?

Para responder estes e outros questionamentos, no dia 21/03 o MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade contará com a palestra do André Navarro Lobato sobre “Conceitos sobre reprodução e genética e sua relação com rentabilidade.”

Além da reprodução e genética, o Feras da Rentabilidade trará outros pontos essenciais para um leite rentável como índices de produtividade técnica, nutrição e produção de alimentos, conforto e bem-estar animal, qualidade do leite e criação de bezerras e novilhas.

São 18 horas de conteúdo, 30 palestrantes incluindo acadêmicos e casos de sucesso reais para você aplicar no seu negócio e obter lucro na sua propriedade. Em seis encontros semanais online nos dias 14/03, 21/03, 28/03, 04/04, 11/04 e 18/04, vamos juntos fazer do leite bom negócio.

Para mais informações, acesse o site do evento e aproveite para fazer a sua inscrição. Tenha um leite rentável, seja um Fera na Rentabilidade! (Milkpoint)​

Jogo Rápido 

QUARENTENA SOBE PARA 7 DIAS
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) orienta que o tempo mínimo de isolamento de pacientes confirmados com covid-19 passe de cinco para sete dias no Rio Grande do Sul. O prazo começa a valer a partir do começo dos sintomas ou da data da realização do teste, para pessoas assintomáticas. Se a pessoa não estiver com a vacinação em dia, segue a determinação de 10 dias. No caso de contato próximo com pessoas que tiveram o diagnóstico positivo, a pasta voltou a recomendar isolamento. Essas alterações ocorrem em razão do aumento significativo de casos de coronavírus neste mês e também pela circulação do vírus Influenza. Veja perguntas e respostas sobre a quarentena em gzh.rs/isolrs.(Zero Hora)

 

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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


Chuva traz alento, mas segue insuficiente no Estado
Os estragos causados pela chuva em Porto Alegre — com um volume significativo caindo em um curto espaço de tempo — podem dar afalsa impressão de que o problema da estiagem no Estado começa a se resolver. É verdade que, com 378 municípios tendo decretado situação de emergência, qualquer precipitação é bemvinda — e necessária. Mas o tamanho do déficit hídrico e a irregularidade na distribuição mantêm as perdas. 

— No geral, a chuva ajuda a amenizar, mas não reverte quadro nenhum. E a área que mais precisa de umidade, nas Missões e Alto Uruguai, é onde choveu menos - pondera Flávio Varone, meteorologista da Secretaria da Agricultura. No boletim do acumulado de chuva em 24 horas (a partir dos pontos ondeficam as estações meteorológicas do Simagro/Inmet), havia municípios que seguiam marcando zero milímetro de precipitação. Outros, como Campo Bom, somavam 69,6 milímetros. O principal alívio, neste momento, vem dos termômetros. 

Depois de mais de IO dias com patamar elevado, as temperaturas desceram alguns degraus. Um "respiro" para quem cria animais — sejam gado de corte, de leite, aves ou suínos. A combinação de calor e umidade relativa do ar provocaram estresse térmico, afetando o ganho de peso e, em alguns casos, levando à morte. Na estação meteorológica da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, zona sul do Estado, a sensação térmica chegou no último sábado a 62,30C. 

O engenheiro agrícola e pesquisador Carlos Reisser Junior diz que o equipamento tem sensores para cálculo de diferentes variáveis e que a tão falada sensação térmica é uma medida calculada por equação matemática. Leva em consideração a temperatura e a umidade relativa do ar, além da velocidade do vento: - É sentida por animais de sangue quente, tanto que se viu a perda de aves, por estresse térmico. Mostra a condição extrema que vínhamos passando nas últimas semanas.

Por lá, no entanto, a chuva era praticamente inexistente: às 17h22min — os dados são atualizados minuto a minuto -, a soma era de 0,2 milímetro. Conforme boletim semanal da Emater, os volumes de chuva foram "um alento"para a soja, "mas não o suficiente para melhorar a performance do ciclo". Há 2% da área estimada ainda por plantar, com a maior parte das lavouras (56%) em floração e enchimento de grão.   (Zero Hora)

Previsão de temperaturas mais amenas e chuvas isoladas para os próximos dias
A próxima semana terá temperaturas mais amenas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (28), o ingresso de uma massa de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, e apenas nos setores Norte e Leste deverão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (29) e domingo (30), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com temperaturas condizentes com o verão, amenas no período noturno e em torno de 30°C durante o dia. Na segunda (31/01) e terça-feira (01/02), o deslocamento de uma nova frente fria no oceano favorecerá a ocorrência de chuvas isoladas em todas as regiões. Na quarta (02/02), a chegada de uma massa de ar seco manterá o tempo firme em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das regiões, podendo alcançar 50 mm em alguns municípios dos Campos de Cima da Serra. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.(SEAPDR)

A colheita do milho avançou para 34% da área cultivada
De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (27/01) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o plantio chega a 97% da área total estimada, sendo 34% já está colhido, 13% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 26% em enchimento de grãos e 20% em maturação.

As altas temperaturas e predomínio de tempo seco induziram à rápida maturação. A massa colhida apresentou espigas e grãos de tamanho reduzido, dificultando a operação de separação do restante da planta, necessitando redução de velocidade de deslocamento e maior atenção na plataforma de colheita mecanizada. As lavouras em enchimento de grãos e maturação, que representam 41% da área plantada, apresentam uma rápida senescência das folhas, podendo comprometer a formação final dos grãos.

As lavouras irrigadas ainda apresentam potencial produtivo satisfatório, porém o fornecimento de água não é capaz de reduzir o estresse causado pelas temperaturas noturnas elevadas, que aumentam a respiração das plantas e causam menor acúmulo dos produtos oriundos da fotossíntese. As temperaturas máximas próximas dos 40°C também podem reduzir a duração do ciclo da cultura e afetar a germinação dos grãos de pólen na floração, fatores que podem condicionar a redução da produtividade.

MILHO SILAGEM
A estiagem provocou retardamento na semeadura do milho silagem, repercutindo em atraso na produção de alimentos para o rebanho bovino. As chuvas ocorridas entre 17 e 22 de janeiro permitiram a retomada da semeadura nas principais regiões produtoras no Estado. Estima-se que 70% da área destina a cultura tenha sido implantada. A colheita já alcançou 48% da área ocupada e a produtividade obtida é 17,5 toneladas por hectare, representando 52% de redução na quantidade inicialmente estimada. A qualidade do material ensilado também está aquém da expectativa inicial, com plantas com folhas mais fibrosas e com proporção de grãos abaixo do ideal. (Emater/RS)



Fonterra, líder global em lácteos, eleva previsão de preços ao produtor
A neozelandeza Fonterra, maior cooperativa do mundo de laticínios, elevou nesta semana sua previsão de preços que paga ao fornecedor de leite. Na revisão, a terceira desde outubro, a Fonterra disse ver um quadro de demanda consistente e oferta global de matéria-prima mais restrita. 

A cooperativa informou que seus fornecedores receberão de 8,90 a 9,50 dólares neozelandeses por quilo (o equivalente a R$ 32,60 e R$ 34,80) para o ano de produção que termina em meados de 2022. A previsão anterior era de 8,40 a 9 dólares neozelandeses pelo quilo do leite (ou R$ 30,77 a R$ 32,96). 

Se considerado o valor médio da faixa de previsão, o volume desembolsado pela Fonterra chegaria a 13,8 bilhões dólares neozelandeses (R$ 50,5 bilhões), montante que equivale a 6% do produto interno bruto da Nova Zelândia. A cooperativa informa que a demanda global continua forte e o que crescimento da oferta, por sua vez, deve ficar abaixo da média. 

A produção de leite na Europa caiu em relação ao ano anterior e, nos Estados Unidos, desacelerou-se devido aos altos custos de alimentação, disse a Fonterra. (Valor Econômico)

Jogo Rápido 

Uruguai – Preço do leite ao produtor fechou com a média de US$ 0,34
Preços/UR – O preço do leite ao produtor em 2021 registrou sua melhor média anual em pesos e a média mais alta desde 2017, em dólares, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). Foi de 15 pesos por litro, 19% acima do valor registrado em 2020. E em dólares foi US$ 0,34, melhora interanual de 15%, a primeira elevação depois de três anos consecutivos de queda dos preços em dólares. O câmbio fechou com a média de 43,55 pesos por dólar e, 4% acima de 2020. O preço do litro captado em dezembro foi de 15,47 pesos e US$ 0,35, em ambos os casos acima dos valores de novembro, e crescimento de 19% em pesos e 14% em dólares, na comparação com dezembro de 2020. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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Porto Alegre, 27 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.586


Leite A2: conheça os benefícios e saiba como produzir

Quem é produtor de leite sabe que o consumidor é cada vez mais exigente. Por isso, o mercado tem procurado entregar um produto com a maior qualidade possível. E é aí que o leite A2 pode se tornar um diferencial importante e rentável.

Com mais pessoas sendo diagnosticadas com baixa tolerância à lactose, cresce a busca por produtos que fujam do desconforto típico desse quadro. E a boa notícia é que não é necessário fugir do leite bovino, pois, com melhoramento genético, as vacas A2A2 podem ser ótimas saídas para o consumidor e também para o produtor.

Entenda o que é o leite A2
Leite A2 é diferente do tradicional (A1) em razão da caseína, mas, para entender o significado disso, é preciso conhecer o leite além do que se vê “a olho nu”.

O leite bovino é formado por água e componentes sólidos, como gordura, vitaminas, minerais e proteínas totais. Entre essas proteínas, existem as do soro e as do leite. Essas últimas são chamadas de caseínas e abrigam uma série de substâncias proteicas: alfa s1, alfa s2, kappa, betacaseína, entre outras.

A betacaseína é a mais prevalente e tem 13 variações genéticas. As duas variações mais importantes são a A1, mais comum, e a A2, cujo mercado tem crescido em razão de melhorar o conforto de quem bebe o leite desse tipo. 

Saiba como produzir leite A2

A principal medida para conseguir produzir o produto é apostar no melhoramento dos animais. Assim como na pecuária de corte, a genética é um fator primordial na qualidade da produção leiteira, e os cientistas têm oferecido uma contribuição cada vez mais importante ao setor. 

Para atingir a betacaseína A2, é importante que tanto o gameta usado na fecundação como a vaca que recebe o esperma bovino tenham a genética correta. Por isso, costuma-se dizer que é necessário espécimes A2A2 para iniciar essa produção. As raças zebuínas são as que mais oferecem o DNA adequado.

Planejamento

Quando se compra leite, tem-se uma mistura do produto de vários animais. Assim, é importante que o produtor invista em diferentes animais, que permitirão produzir em maior escala o leite específico.

Por isso, o início do investimento em cabeças com melhoramento genético exige um investimento de médio e alto porte. É fundamental planejar a entrada no setor, estimar o aporte necessário e se atentar à certificação. No Brasil, já há rebanhos certificados, mas ainda há muito espaço no mercado.

Além disso, deve-se manter a qualidade da produção e o bem-estar animal. Esses fatores não são importantes apenas por respeitarem os bovinos, mas também porque se ganha em volume e rentabilidade.

Fonte: Fundação Roge, Beba Mais Leite, Cooperativa Agropecuária Vale Rio Doce, Prodap.

Campanha ABIQ reforça benefícios nutricionais e saudabilidade dos queijos

Resumida no conceito Queijo é Bom e Faz Bem, a ABIQ Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, com o apoio financeiro de Associados Queijeiros, iniciou ontem , 26 de Janeiro, nas redes sociais, forte ação nacional de divulgação dos benefícios nutricionais e saudabilidade dos queijos produzidos pela indústria queijeira barasileira.

Concentrada no Facebook, Instagram, LinkedIn, Google Display e Google Search, a Campanha apresentará até Julho, de forma leve, moderna e interativa tudo que os queijos trazem de bom para a saúde e o bem estar. Explorará também toda sua diversidade, sabores e usos versáteis em diversas ocasiões, além de falar da contribuição do setor para a sociedade. O investimento previsto para essa fase supera meio milhão de reais.

“Sabemos que queijos estão presentes de alguma forma, em 93,7% de lares brasileiros, segundo dados Kantar do final de 2021. Já é um queridinho, mas temos ainda muitas oportunidades de ampliar o consumo, especialmente levando em conta que cada vez mais estamos nos preocupando com uma alimentação nutritiva e saudável em novos estilos de vida“ afirma Fabio Scarcelli, presidente da entidade. E completa “Essa Campanha visa trazer fatos novos, acabar com mitos e mostrar que queijo é uma alimento que ajuda e faz bem em qualquer dieta equilibrada. É para amantes de queijos e para conquistar amantes de vida saudável, longa e produtiva, não importa a idade”.

Para saber mais e conhecer porque que devemos colocar mais queijo na nossa rotina, a Landing Page da Campanha se encontra no site da ABIQ e nas mensagens de suas mídias sociais Facebook, Instagram e Linkedin. 

As informações são da ABIQ, adaptadas pela equipe MilkPoint. 





Sancionada com vetos lei que destina milho da Conab a pequenos criadores de animais

Vetos serão analisados posteriormente pelo Congresso

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com dois vetos a Lei 14.293/22, que institui o Programa de Venda em Balcão, com o objetivo de promover o acesso do pequeno criador de animais ao estoque público de milho. A lei foi publicada no Diário O cial da União nesta quarta-feira (5).

Com origem na MP 1064/21, aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em dezembro, a lei reformula o Programa de Venda em Balcão (ProVB), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para concentrar sua atuação na venda de milho do estoque público a pequenos criadores de animais.

Segundo o governo, há falta de demanda dos bene ciários pelos outros alimentos antes vendidos pelo programa (trigo, feijão e sorgo, por exemplo), e a escassez do milho justi ca a reformulação das regras amparadas em portarias.

Quem pode comprar
Poderão comprar milho pelo ProVB os pequenos criadores de animais, incluídos os aquicultores, que possuam ativa sua declaração de aptidão junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com cadastro e regularidade na Conab.

A lei proíbe acesso ao programa para os produtores integrados e integradores, que trabalham por meio de contratos com os compradores do produto nal. No caso de animais, os integradores fornecem os insumos e os integrados retornam com o produto nal (animal para o abate).

Estoques e limites
As compras de milho integram a política de formação de estoques públicos e serão limitadas ao total anual de 200 mil toneladas. Excepcionalmente, se houver disponibilidade orçamentária, o limite poderá ser superior. Já o volume de compra por CPF será de 27 toneladas mensais.

Caberá à Conab dimensionar a demanda de milho pelo ProVB, propondo sua quantidade e os valores necessários para a compra e remoção do estoque do local de venda para o local de consumo pelo pequeno produtor.

A Conab também deverá propor o limite de compra por criador segundo o consumo do rebanho, realizar os leilões de compra e remoção dos estoques, propor o preço da venda por estado ou região e implementar os procedimentos necessários para o acesso.

A nova lei atribui ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento competência para avaliar e aprovar a proposta da Conab para compra de milho; avaliar e aprovar as propostas para o limite máximo de compra por criador e o preço de venda; e editar normas complementares.

Vetos
O presidente vetou dois artigos do texto. Um deles permitia acesso do pequeno criador das regiões Norte e Nordeste ao estoque público de farelo de soja e caroço de algodão, nas mesmas regras do milho.

Na mensagem de veto, o governo explicou que a política especí ca aos estados das duas regiões, onde o farelo de soja e o caroço de algodão são mais caros, não tem previsão orçamentária no ProVB, o que, além de demandar mais recursos, prejudicaria o programa do milho, que é o item mais relevante na alimentação de animais. E também geraria assimetria com outras regiões do País. O governo destacou ainda que não forma estoque de farelo de soja e caroço de algodão, que são mais perecíveis que o milho, impossibilitando garantir qualidade do produto.

Foi vetada também a possibilidade de compra de milho por agricultor que não tenha a declaração de aptidão (DAP-Pronaf) ativa, mesmo que se enquadre nos critérios de renda bruta anual do Pronaf ou explore imóvel de até dez módulos scais.

O governo a rmou que a não exigência do DAP-Pronaf di culta comprovar o status de pequeno criador. E alegou que ao aumentar o limite do imóvel de quatro para até dez módulos scais, caria incluído no ProVB um público de maior porte, que já tem mais facilidade de acesso a mercados de insumos não subvencionados.

Os vetos serão analisados pelo Congresso Nacional, em sessão a ser marcada. (Agência Câmara Notícias) 
 

Jogo Rápido 

9,33 mil
Foi o número de animais da raça holandesa, voltada à produção de leite, registrados em 2021 no RS. De acordo com a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), a quantidade representa alta de 16,32% na comparação com 2020 e reflete o incremento de associados e o trabalho da entidade de conscientização do produtor para que faça sua representação. (Zero Hora)

 

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Porto Alegre, 26 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.585


Chuva é essencial para tentar salvar "metade" da lavoura no RS
 
Se fosse possível frear o avanço das perdas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul neste momento, a fatura a ser paga já seria alta.
 
Estimativa feita pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS) mostra que considerando apenas o valor bruto da produção (ou seja, o faturamento), o tempo seco causou prejuízo de R$36,14 bilhões aos produtores gaúchos. Considerando a matriz insumo-produto, com o efeito que cada real "dentro da porteira" gera fora dela, o impacto financeiro tem um alcance ainda maior: R$ 115,67 bilhões só com as culturas de soja e de milho.
 
São cifras que impressionam, principalmente porque essa não é uma matemática fechada. A manutenção do tempo seco só fará crescer os prejuízos. E nem mesmo a volta da umidade será capaz de hidratar o que ficou pelo caminho.
 
— Se o clima normalizar, vamos salvar 50% da safra. Não tem mais chance de acontecer o que aconteceu o ano passado — pondera Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS, em relação ao recuo projetado na cultura da soja, conforme a Rede Técnica de Cooperativas (RTC).
 
Levantamento feito com 23 associadas indica que, até o último sábado, as lavouras de soja já acumulavam perdas médias de 48,7% — mas que também chegam a 70% em alguns casos. A título de comparação, no dia 4 de janeiro, o percentual médio era de 24%. 
 
Essa redução é em relação ao que se esperava colher no início da atual safra — cerca de 22 milhões de toneladas. Geomar Corassa, gerente de pesquisa da CCGL e coordenador da RTC, pondera que "a sequência de dias com altas temperaturas e sem chuva pode conduzir a prejuízos ainda maiores":
 
 — Dada essa deficiência hídrica, a solução neste momento é a chuva. A produtividade média esperada para o ciclo vigente era de 60,2 sacas por hectare. Agora, caiu para 31 sacas. Da mesma forma, o segundo boletim apresentado pela Emater apontou um avanço do quadro da estiagem, com mais de 253 mil propriedades afetadas no RS. É um contingente 22% maior do que há apenas IO dias, quando saiu o primeiro balanço parcial. Outra informação que dá dimensão dos estragos causados vem dos pedidos de Proagro (seguro). Até o dia 20, 6.521 comunicações haviam sido feitas à Emater. (Zero Hora)

Retomada faz arrecadação federal aumentar 17,36% reais em 2021

“Lucratividade crescente” levou receita com IR de empresas e CSLL a crescer 31% acima da inflação no ano



A arrecadação federal terminou o ano passado com alta real de 17,36% em relação a 2020 e no maior patamar da série histórica, conforme divulgado ontem pela Receita Federal. O resultado foi influenciado principalmente pela retomada da atividade econômica. Além disso, o secretário especial do órgão, Julio Cesar Vieira Gomes, afirmou 

que há indícios de continuidade do crescimento da arrecadação neste início de ano, mas não deu mais detalhes sobre o tema.
De acordo com as informações publicadas pela Receita, a arrecadação federal alcançou R$ 1,878 trilhão em 2021, contra R$ 1,479 trilhão no ano anterior. A série histórica, já corrigida pela inflação, tem início em 1995.

“O primeiro [fator] sem sombra de dúvidas foi o processo de recuperação econômica pelo qual passamos em 2021”, disse, em apresentação realizada para comentar os números do ano passado. “Temos uma tendência já pelos dados de janeiro de 2022 que essa retomada do crescimento econômico aumentará, será crescente durante o ano.”

Gomes destacou, por exemplo, que as “empresas tiveram lucratividade crescente em 2021”, com a arrecadação do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aumentando 31%, sempre em termos reais, em relação a 2020. Com isso, a arrecadação do IRPJ/CSLL superou os R$ 393 bilhões no ano passado.


No entanto, aproximadamente R$ 40 bilhões dos R$ 393 bilhões corresponderam a pagamentos atípicos do IRPJ/CSLL, de acordo com o órgão. Ainda assim, segundo a Receita, caso fossem considerados todos os fatores “não recorrentes”, a arrecadação ficaria em R$ 2,056 trilhões - acima portanto do observado. Isso porque as compensações tributárias tiveram impacto negativo de mais de R$ 216 bilhões.
Além da “recuperação da lucratividade das empresas”, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, chamou a atenção positivamente para o desempenho da arrecadação ligada a commodities e à “recuperação parcial” do mercado de trabalho.

Segundo ele, o crescimento da arrecadação “explicará a redução do déficit” primário do governo federal no ano passado. O resultado primário de 2021 será divulgado amanhã pelo Tesouro Nacional.
“Vamos encerrar 2021 com déficit apurado muito menor em relação ao que havia sido estimado, graças ao desempenho da arrecadação dos tributos federais”, disse, lembrando que no início do ano passado a estimativa era de um déficit primário de R$ 248 bilhões.

Questionado sobre as afirmações do secretário a respeito do bom desempenho dos dados no primeiro mês do ano, Malaquias afirmou apenas que “em janeiro os tributos arrecadados decorrem de fatos geradores em dezembro” e que “a Receita continua acompanhando o desempenho” e a aderência que a arrecadação tem em relação aos indicadores macroeconômicos.

“A tendência é que a trajetória da arrecadação siga o desempenho da atividade econômica”, afirmou. Gomes participou da apresentação dos números, mas não da entrevista coletiva.

Por fim, além do desempenho da atividade econômica, Malaquias e Gomes destacaram o papel que reestruturações internas e programas de “conformidade fiscal” entre a própria Receita e contribuintes tiveram para aumentar a arrecadação em 2021, ao facilitar o pagamento de impostos por empresas, por exemplo.

Não houve menções à entrega de cargos por auditores da Receita, que reivindicam a regulamentação de um bônus de produtividade e eficiência. Mas Malaquias fez questão de exaltar o trabalho dos funcionários do órgão no ano passado.

“Todos sabemos da importância da administração tributária. Quando há um pessoal engajado, voltado e focado no desempenho e na produtividade da sua função, tivemos sempre resultados positivos”, afirmou. “Chegamos ao fim de 2021 com a sensação de dever cumprido. A missão da Receita Federal de entregar ao Estado os recursos necessários para a sua atividade foi cumprida com bastante empenho e vigor.” (Valor Econômico)



Uruguai: Inale estima crescimento de 9% na receita das exportações de lácteos em 2021
 
O volume de negócios gerado pelas exportações uruguaias de produtos lácteos em todo o ano de 2021 cresceu 9%, em relação ao alcançado em janeiro-dezembro do ano anterior. Isso resultou dos melhores preços recebidos, com aumentos especialmente importantes no leite em pó integral, leite em pó desnatado e manteiga.
 
Isso foi apurado pelos técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), que informaram que considerando o conjunto dos quatro itens (o queijo se soma aos anteriores) em 2021 foram exportados US$ 753,8 milhões, com base em dados da Direção Nacional das Alfândegas (DNA).
 
Se a leitura for feita no volume colocado, em janeiro-dezembro do ano passado, foram atingidas 199.216 toneladas (considerando todos os itens) e houve queda de 4% no leite em pó integral, uma queda de 6% no leite em pó desnatado, uma queda de 5% no caso do queijo e queda de 9% na manteiga em relação ao mesmo período de 2020.
 
O leite em pó integral continua sendo, de longe, o produto mais exportado: 141.176 toneladas em todo o ano de 2021, ou seja, 70,8% do total embarcado, gerando receita de US$ 491,2 milhões, 65,1% do total obtido. As receitas do leite em pó integral cresceram 10%, as do leite em pó desnatado o mesmo, as da manteiga 16%, e houve queda de 3% no caso do queijo.
 
A firmeza nos valores dos lácteos no cenário mundial foi confirmada na terça-feira, 18 de janeiro, no leilão da Fonterra (Global Dairy Trade), com valores em alta novamente e preços médios acima de US$ 4.000 para a média dos lácteos e para o leite em pó integral, que o Uruguai mais exporta.
 
Em relação aos preços médios alcançados, com base na comparação de janeiro-dezembro de 2021 com aquele período de 2020, melhorou 14% no leite em pó integral, houve aumento de 16% no leite em pó desnatado, aumento de 2% no queijo e melhorou 27% na manteiga.
 
Se o preço recebido em dezembro de 2021 for comparado com o de dezembro de 2020, foram registradas melhorias em todos os produtos; o maior aumento foi para manteiga (+31%), seguido de leite em pó integral (+14%), leite em pó desnatado (+11%) e queijo (+1%).
 
Por fim, considerando o mais recente, ou seja, exclusivamente o que aconteceu com os negócios correspondentes a dezembro de 2021, os preços médios foram:
 
US$ 3.532 por tonelada de leite em pó integral
US$ 2.995 por tonelada de leite em pó desnatado
US$ 4.129 por tonelada de queijo
US$ 4.369 por tonelada de manteiga
 
Os destinos dos produtos lácteos
 
O relatório do Inale também revelou que, considerando os últimos 12 meses, 25% dos produtos lácteos exportados foram para o Brasil, 23% para a Argélia, 20% para a China, 6% para a Rússia e 4% para o México e o resto (22%) para outros mercados.
 
A Argélia foi o principal destino do leite em pó integral (32% do total embarcado); Brasil para leite em pó desnatado (54%) e queijos (27%); e Rússia para manteiga (45%).
 
As informações são do El Observador, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Jogo Rápido 

 MILHO/CEPEA: Ritmo de negócios é lento; Cotações seguem em alta 
Milho - Os preços do milho continuam em alta no mercado físico nacional, mesmo com o início da colheita da primeira safra no Sul. Segundo colaboradores do Cepea, as consecutivas valorizações têm preocupado compradores, que reportam dificuldades para recompor estoques. No estado de São Paulo, especificamente, mesmo com o aumento da oferta do Centro-Oeste, demandantes têm preferido comprar o cereal paulista, que estava nos armazéns desde a colheita da segunda safra. Porém, menores volumes – a preços mais altos – têm sido adquiridos, mas com entrega rápida. Entre 14 e 21 de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 1,6%, fechando a R$ 98,33/saca de 60 kg na sexta-feira, 21, acumulando 15 dias consecutivos de alta e voltando aos patamares de agosto de 2021. (CEPEA)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.584


Efeito da Estiagem nas atividades agrícolas é atualizado pela Emater/RS-Ascar

Mais de 253 mil propriedades de 9.600 localidades do Rio Grande do Sul sofrem com os efeitos da estiagem, situação essa que deixa 22 mil famílias sem acesso à água. Em todo o Estado, 92.800 produtores de milho e 82.400 produtores de soja registram perdas e muitos recorrem ao Proagro. A produção leiteira também tem registrado perdas em 27.289 propriedades gaúchas. Confira estes e outros números no Boletim Evento Adverso nº 2, divulgado na tarde segunda-feira (24/01) pelas gerências de Planejamento (GPL) e Gerência Técnica (GET) da Emater/RS-Ascar, clicando aqui. 
 
BOVINOCULTURA DE LEITE
A estiagem afeta com maior intensidade 27.289 estabelecimentos produtores de leite no RS, onde se estima uma perda média na produção diária de leite da ordem de 82,5 litros por propriedade. Dessa forma, a redução na produção diária de leite no Estado é de aproximadamente 2,2 milhões de litros.
 
A menor oferta de pastagens para os rebanhos, com a consequente necessidade de adquirir maior quantidade de alimentos de fora da propriedade, agrava a crise enfrentada pelos produtores. (Emater/RS)  

Cinco culturas ocupam 70% da área agrícola do Brasil, diz Imaflora
 
Em todos os anos no intervalo entre 1985 e 2017, arroz, cana, feijão, milho e soja ocuparam, sempre, ao menos 70% da área total de cultivo
 
Em um estudo inédito, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) constata que a produção agrícola brasileira tem forte concentração em poucas culturas. A pesquisa "Produção de Alimentos no Brasil: Geografia, Cronologia e Evolução" analisou o período entre 1985 e 2017. Em todos os anos avaliados no levantamento, cinco itens - arroz, cana-de-açúcar, feijão, milho e soja - ocuparam, sempre, ao menos 70% da área total de cultivo no país.
 
Nos anos 2000, a soja ganhou papel de destaque e ultrapassou o milho como a principal cultura agrícola brasileira. Em 2017, a oleaginosa ocupava 43,2% da área, seguida pelo milho, com 22,5%. Cana-de-açúcar (13%), feijão (3,9%) e arroz (2,6%) completam a lista principal.
 
O estudo relata a evolução da fronteira agrícola nas últimas décadas, passando de um crescimento de pastagens entre 1985 e 2006 para uma forte expansão das áreas agrícolas no período mais recente.
 
A expansão de áreas de agricultura foi maior do que a de pastagens em 54,9% das 558 microrregiões (grupo de municípios definido pelo IBGE) do país entre 2006 e 2017, enquanto o crescimento das áreas de pastagem foi superior em 29,3% das microrregiões. A expansão das áreas de floresta foi maior em apenas 15,8% das áreas nesse período.
 
Em 2017, a área ocupada pela agricultura era de 78,7 milhões de hectares, aumento de 26% em relação a 2006 e de 39% em relação a 1988. Já a produção cresceu 57% em comparação com 2006 e 85% se comparada com a colheita de 1988.
 
"De forma geral, o aumento da produção foi duas vezes maior do que a expansão das áreas produtivas entre os anos 1988 e 2017, indicando ganhos de produtividade no período", constata o estudo. "Essa grande expansão da agricultura pode ser explicada, entre outros fatores, pelo aumento das áreas de cana-de-açúcar na região Sudeste e das áreas de soja no Centro-Sul", diz Vinicius Guidotti de Faria, coordenador de Geoprocessamento do Imaflora.
 
O forte crescimento da demanda internacional por commodities puxou o aumento da produção brasileira no período analisado. O volume da produção de soja cresceu 536% e a área, 221%. No caso do milho, a produção aumentou 295% e a área, 32%. E, na cana-de-açúcar, a produção cresceu 194% e a área, 145%.
 
Já no caso do arroz, a área de produção diminuiu 67%, mas a produção aumentou 5,5%. Movimento similar ocorreu com o café, que perdeu 40% de sua área de cultivo, mas que, com ganhos de produtividade, teve aumento de produção de 96%.
 
"Embora algumas culturas apresentem processos bastante dinâmicos e heterogêneos, outras, em especial a soja, demonstram que o aumento de produtividade não evitou o processo de expansão, ocasionando um fenômeno chamado 'efeito rebote', quando o aumento de produção causado pela intensificação gera uma busca por novas áreas, ao invés da permanência na área original, conhecido como 'efeito poupa-terra'", diz o Imaflora.
 
Em 2017, a cultura da soja prevalecia em 27,6% das microrregiões do país, o feijão, em 6,9%, e o arroz, em 3,8%. A despeito da concentração, a produção de outras culturas, em menor escala, permanece. "As áreas especializadas na produção de soja, milho e cana-de-açúcar são bastante nítidas no país. Mas não podemos afirmar que a expansão dessas grandes commodities reduziu a variedade de culturas em escala regional. No geral, a produção agrícola do país não perdeu em quantidade e em diversidade, mas observou uma mudança na forma de se produzir, com aumento da produtividade e da área de algumas culturas", explica Guidotti.
 
Por outro lado, de acordo com o estudo do Imaflora, a concentração em culturas de exportação foi diretamente responsável pela redução do número de estabelecimentos agropecuários e pelo aumento da área média das propriedades. Entre 2006 e 2017, o número de estabelecimentos diminuiu 2% no país. Já a área média dos estabelecimentos passou de 64,5 hectares em 2006 para 69,2 hectares em 2017, um aumento de 7,4%.
 
"Ao olharmos o Brasil como um todo, essas mudanças parecem pequenas, mas o fato é que as mudanças foram bastante acentuadas em algumas regiões", diz Guidotti.
 
No Sul do país, o número de estabelecimentos diminuiu 15,2% e área média das propriedades aumentou 21%, indicando uma forte concentração produtiva na região. "Esse fenômeno pode ser explicado pela crescente complexidade da gestão da atividade agrícola e o alto custo de tecnologias que, ao lado de outros fatores, têm levado parte considerável dos pequenos produtores e produtores familiares a desistir da atividade agropecuária", completou.
 
O efeito é mais intenso na agricultura familiar, que perdeu quase 500 mil estabelecimentos de 2006 a 2017, passando de 84% do total para 77%. Desde 2006, uma pequena parcela de grandes estabelecimentos ocupa mais da metade da área agropecuária brasileira. "Seria preciso repensar a agricultura no Brasil para termos avanços nos próximos 30 ou 40 anos que tenham como objetivo a produção de alimentos e a melhoria no meio rural, com efeitos positivos do ponto de vista econômico e social", afirma Guidotti.
 
"Essa configuração do rural brasileiro, que acaba pressionando pequenos agricultores a expandirem suas áreas e tecnificarem seus cultivos para que a produção seja rentável, requer a construção de novas políticas públicas voltadas a essa população rural - com o incentivo para a inserção de jovens no campo e a valorização da agricultura em pequena escala, por exemplo", diz Ana Chamma, pesquisadora do Grupo de Políticas Públicas (GPP) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e uma das autoras do estudo. (Valor Econômico)
 




 
Conseleite Paraná
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 25 de Janeiro de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite  denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2022 é de R$ 3,3648/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de 
referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. 

Jogo Rápido 

 Clima adverso faz Argentina decretar estado de emergência agrícola 
Não é apenas o Sul do Brasil que sofre com os efeitos do clima adverso neste início de ano. Na Argentina, a Comissão Nacional de Emergência e Desastres Agropecuários (CNEyDA, na sigla em espanhol) reuniu-se na última sexta-feira (21/01) e decretou emergência agrícola em áreas afetadas das províncias de Santa Fé, Misiones, Córdoba e Mendoza. As lavouras foram prejudicadas nessas regiões pela falta e chuvas e incêndios, diz comunicado da comissão. O ministro da Agricultura argentino, Julián Domínguez, afirmou que a decisão do governo federal e dos governadores é acompanhar os produtores. Em Santa Fé, o problema é a seca. Nas províncias de Misiones e Córdoba, além da estiagem, vários incêndios afetam as áreas produtivas. Já em Mendoza, as perdas foram causadas por geadas e granizo. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 24 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.583


Pressão sobre os derivados de leite

Na produção de leite, atividade presente em 451 das 497 cidades gaúchas, a elevação de custos e a redução da oferta devem encarecer os laticínios. Levantamento da Emater contabiliza que 1,6 milhão de litros deixam de ser captados, por dia, no Estado, em razão da estiagem. 
 
Significa R$ 200 milhões em dinheiro que deixarão de circular pelos municípios do Estado, estima o secretário-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini. O cenário, afirma, ganha complexidade nas propriedades menores - aquelas com captação diária de 300 litros a mil litros de leite. Esse tipo de área responde por quase 60% da produção. Nas maiores, acima de 2 mil litros, a reserva de alimentação, armazenada para o inverno, tem sido usada, agora, para compensar perdas, o que amplia as incertezas. 
 
Com a quebra na safra de milho, estimativas apontam que a saca (60 quilos) do grão, comercializada, hoje, acima de R$ 95, supere com folga os R$ 100. Isso demandaria, segundo Palharini, medidas emergenciais. Entre os exemplos, o dirigente cita a necessidade de disponibilizar acesso ao "milho balcão" aos produtores. Essa modalidade, com preços fixados pelo governo federal, ajudaria a garantir a silagem (ração) para o gado leiteiro, bem como a continuidade da cadeia produtiva. 
 
Outra situação diz respeito à entressafra no Sul. No período, derivados de Minas Gerais e Goiás costumam ganhar escala no mercado. O problema é que por lá, em razão de condições opostas às daqui, o excesso de chuva prejudica o setor, diminui a oferta e pressiona ainda mais a alta nos preços. (Zero Hora)
 
 

Antibióticos: Resistência antimicrobiana agora é a principal causa de morte em todo o mundo, segundo estudo
 
Análise do Lancet destaca a necessidade de ação urgente para lidar com infecções bacterianas resistentes a antibióticos
 
A resistência antimicrobiana representa uma ameaça significativa para a humanidade, alertaram os líderes da saúde, pois um estudo revela que se tornou uma das principais causas de morte em todo o mundo e está matando cerca de 3.500 pessoas todos os dias.
 
Mais de 1,2 milhão – e potencialmente milhões mais – morreram em 2019 como resultado direto de infecções bacterianas resistentes a antibióticos, de acordo com a estimativa mais abrangente até o momento do impacto global da resistência antimicrobiana (RAM).
 
A análise rigorosa que abrange mais de 200 países e territórios foi publicada no Lancet. Diz que a RAM está matando mais pessoas do que HIV/Aids ou malária. Muitas centenas de milhares de mortes estão ocorrendo devido a infecções comuns anteriormente tratáveis, diz o estudo, porque as bactérias que as causam se tornaram resistentes ao tratamento.
 
“Esses novos dados revelam a verdadeira escala da resistência antimicrobiana em todo o mundo e são um sinal claro de que devemos agir agora para combater a ameaça”, disse o coautor do relatório, professor Chris Murray, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade. de Washington.
 
“Precisamos aproveitar esses dados para corrigir o curso da ação e impulsionar a inovação se quisermos ficar à frente na corrida contra a resistência antimicrobiana”.
 
Estimativas anteriores do impacto da RAM na saúde foram publicadas para vários países e regiões, e para um pequeno número de combinações de agentes patogênicos em uma ampla variedade de locais. No entanto, até agora nenhuma estimativa cobriu todos os locais ou uma ampla gama de patógenos e combinações de drogas.
 
O novo relatório Global Research on Antimicrobial Resistance (Gram) estima mortes relacionadas a 23 patógenos e 88 combinações patógeno-droga em 204 países e territórios em 2019. A modelagem estatística foi usada para produzir estimativas do impacto da RAM em todos os locais - incluindo aqueles com sem dados – usando mais de 470 milhões de registros individuais obtidos de revisões sistemáticas da literatura, sistemas hospitalares, sistemas de vigilância e outras fontes de dados.
 
A análise mostra que a RAM foi diretamente responsável por cerca de 1,27 milhão de mortes em todo o mundo e associada a cerca de 4,95 milhões de mortes em 2019. Estima-se que o HIV/Aids e a malária tenham causado 860.000 e 640.000 mortes, respectivamente, em 2019.
 
Embora a RAM represente uma ameaça para pessoas de todas as idades, as crianças pequenas correm um risco particularmente alto, com uma em cada cinco mortes atribuíveis à RAM ocorrendo em crianças menores de cinco anos.
 
O relatório destaca a necessidade urgente de ampliar as ações para combater a RAM e descreve ações imediatas para os formuladores de políticas que ajudariam a salvar vidas e proteger os sistemas de saúde. Isso inclui otimizar o uso de antibióticos existentes, tomar mais medidas para monitorar e controlar infecções e fornecer mais financiamento para desenvolver novos antibióticos e tratamentos.
 
A enviada especial do Reino Unido para a resistência antimicrobiana, Dame Sally Davies, disse que a RAM é “um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta”. Ela acrescentou: “Por trás desses novos números estão famílias e comunidades que estão sofrendo tragicamente o peso da silenciosa pandemia de RAM. Devemos usar esses dados como um sinal de alerta para estimular a ação em todos os níveis”.
 
Regionalmente, as mortes causadas diretamente por RAM foram estimadas como mais altas na África Subsaariana e no sul da Ásia, com 24 mortes por 100.000 habitantes e 22 mortes por 100.000 habitantes, respectivamente.
 
Em países de alta renda, a RAM levou diretamente a 13 mortes por 100.000 e foi associada a 56 mortes por 100.000. Na região da Europa Ocidental, que inclui o Reino Unido, mais de 51.000 pessoas morreram como resultado direto da RAM.
 
Outros especialistas disseram que o Covid-19 demonstrou a importância dos compromissos globais com medidas de infecção e controle, como lavagem das mãos e vigilância, e investimentos rápidos em tratamentos.
 
Tim Jinks, chefe do programa de infecções resistentes a medicamentos do Wellcome Trust, disse: “A pandemia de Covid-19 destacou a importância da colaboração global: líderes políticos, a comunidade de saúde, o setor privado e o público trabalhando juntos para enfrentar um problema ameaça global à saúde.
 
“Como o Covid-19, sabemos o que precisa ser feito para lidar com a RAM, mas agora devemos nos unir com um senso de urgência e solidariedade global se quisermos ter sucesso”. (THE GUARDIAN)
 




Iogurtes: conheça os benefícios e veja como escolhê-los
 
Produtos lácteos, como leites, queijos e iogurtes, são alimentos essenciais para o bom funcionamento do organismo, além de ajudarem a fortalecer nosso sistema imune. Os iogurtes, em especial, devem ultrapassar os US$ 100 bilhões de valor global, conforme indica o Innova Market Insights – um número inédito.
 
Esse produto versátil é oriundo da fermentação do leite, adicionado a fermentos lácteos que por meio desse processo se transformam em iogurte, uma rica fonte de proteínas de elevado valor biológico com todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo precisa, além de minerais como cálcio, fósforo, magnésio e potássio, e vitaminas como as do complexo B.
 
O cálcio, por exemplo, é fundamental para a mineralização e formação óssea, sendo de extrema importância durante a gravidez, lactação, infância e menopausa. O fósforo e magnésio são também importantes para a formação óssea e reparação de tecidos; potássio participa na contração muscular e regulação da pressão sanguínea.
 
Com tantas opções no mercado, escolher um iogurte requer os mesmos cuidados que os demais alimentos: evitar aqueles que tenham edulcorantes ou corantes artificiais, aditivos químicos, excesso de açúcar e amido, preferindo os que contenham ingredientes naturais, feitos de uma matéria-prima de qualidade.
 
Os iogurtes naturais, que não são artificialmente adoçados (ou seja, com aquele gostinho azedo), podem ser consumidos com frutas in natura, misturados com mel, geleias naturais, açúcar de maçã, pastas de mix de castanhas, chocolate extra amargo derretido, entre tantas outras opções.
 
Uma alternativa saudável são os iogurtes com o whey protein na composição, em especial para praticantes de atividades físicas, uma vez que esse suplemento à base da proteína do soro do leite tem todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo precisa na regeneração e recuperação muscular, bem como na construção de tecidos. Além disso, o whey protein tem potencial antioxidante, protege nossas células, atua na imunidade e ainda estimula a redução do peso corporal, sendo então uma ótima opção de suplemento não apenas para atletas ou para momentos de práticas esportivas.
 
Outra questão envolvendo iogurtes é a lactose. De acordo com o Instituto Datafolha, cerca de 70% da população tem algum grau de intolerância ao açúcar do leite, abrindo espaço para um nicho de mercado: bebidas lácteas sem lactose (que contém a enzima lactase adicionada ao produto).
 
Por fim, aqui estão 5 dicas para escolher o iogurte que mais se adequa às suas necessidades:
 
Leia atentamente o rótulo. É uma forma de conhecer o produto que vai consumir, verificando a composição nutricional, a lista de ingredientes e a presença de possíveis alergênicos.
 
 Quando for ao supermercado, deixe para pegar os iogurtes só no final. Como eles são produtos refrigerados, quanto menor o tempo que ficam expostos a temperaturas superiores, melhor.
 
Armazene os iogurtes sempre na geladeira, colocando na frente os que têm um prazo de validade menor.
 
O líquido transparente que muitas vezes aparece na superfície dos iogurtes ou coalhadas é o soro de leite que se separou dos demais componentes do iogurte. A presença desse líquido não indica que o iogurte está estragado. Inclusive, o soro do leite é a matéria-prima do whey protein e é riquíssimo em aminoácidos essenciais.
 
Você pode incluir o iogurte em diversas refeições ao longo do dia, como café da manhã, lanches ou ceia, consumindo com frutas, granolas, cereais, shakes, smoothies, sorvetes, ou em refeições mais robustas, em forma de molho.
Os iogurtes são alimentos bastante benéficos e que se adequam a diversos momentos. São práticos, saborosos e você ainda pode personalizar e consumir da forma que mais agrada sem perder os valores nutricionais.
 
Autora: Liz Galvão - Nutricionista - As informações são da NB Press Comunicação, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Jogo Rápido 

Santa Catarina estima perdas de mais de 40% na safra de milho
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Cepa) estima que as chuvas irregulares e mal distribuídas em dezembro e janeiro podem provocar perdas de 43% na safra de milho e de 30% na produção de soja do Estado. Como a seca e as altas temperaturas persistem, os produtores catarinenses ainda podem sofrer mais prejuízos. De acordo com a Epagri/Cepa, a estiagem começou quando as lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo. O Estado previa colher 2,79 milhões de toneladas do cereal na primeira safra nos cerca de 330 mil hectares de cultivo, mas, agora, a estimativa é de produção de 1,59 milhão de toneladas, uma quebra de 43% em relação à projeção inicial. No início da colheita, a produtividade média está entre 120 e 130 sacas por hectare nas áreas cultivadas mais cedo. A maior parte das lavouras foi plantada mais tarde e sofreu mais, segundo Haroldo Tavares Elias, engenheiro agrônomo da Epagri/Cepa. "A redução da produtividade varia muito, sendo estimada entre 20% a 80% entre as diferentes microrregiões geográficas e também dentro delas. Em várias regiões, o efeito da estiagem gera perdas na produção de mais de 40%", explica. As regiões Oeste, Extremo-oeste e Planalto Norte são as mais afetadas pela falta de chuvas. Para a soja, a estimativa inicial era de produção de 2,63 milhões de toneladas em 698 mil hectares. Com cerca de 30% de perdas, a colheita deve ficar agora em 1,7 milhão de toneladas. Segundo a Epagri/Cepa, os prejuízos são bastante diferentes entre as regiões em função do calendário de plantio. A soja de ciclo precoce, em que as cultivares têm menos tempo de recuperação, foi a mais afetada. As altas temperaturas potencializaram os danos, provocando queima das folhas e encurtamento do ciclo da planta. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.581


Margens apertadas e pouco leite no campo

O título desse artigo ilustra um pouco das dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva do leite no Brasil ao longo de 2021.

Foi um ano de margens apertadas, de difícil repasse de preços entre indústria e varejo e, ao mesmo tempo, com pouco leite no campo devido a um aperto nas margens do produtor.

Essa dificuldade toda foi oriunda de um consumo mais fraco, em que uma parcela dos consumidores das classes mais baixas, que ajudaram na demanda no ano passado, não tiveram fôlego e nem bolso para sustentar seu próprio consumo.

E isso ocorreu por vários motivos, principalmente econômicos, como alto desemprego, o menor aporte de recursos em programas de assistência à renda e a alta da inflação. No caso específico da inflação, que já não incomodava por vários anos, atingimos índices anualizados no patamar de 10%, o que prejudica o poder de compra das famílias. Além disso, a política monetária para seu controle envolve aumento de juros, o que encarece o crédito, o investimento e acaba afetando a retomada da economia.

O aperto de margem que recaiu sobre o produtor de leite veio inicialmente com uma elevação de preços dos concentrados a base de milho e farelo de soja. Em seguida a alta dos fertilizantes também encareceu o alimento volumoso. Por outro lado, o baixo consumo acabou induzindo um recuo nos preços do leite ao produtor de agosto de 2021 em diante.

Esse conjunto de fatores afetou a oferta de leite, com recuo de 4,9% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo trimestre do ano passado; no ano, a queda acumulada é de 1,2%.

O cenário mais difícil de rentabilidade tem levado produtores a repensar a atividade, com alguns projetos em aceleração e outros em situação de vulnerabilidade. O fato é que existem dois movimentos em curso no campo, sendo um de elevados investimentos em tecnologia e escala e outro de produtores deixando a atividade.

No mercado de derivados lácteos, o leite UHT tem enfrentado dificuldades para trabalhar diferenciação, agregação de valor e, consequentemente, margens. Especialmente após a recessão brasileira, em 2015 e 2016, as margens pioraram e a absorção de preços pelo consumidor tem sido mais difícil.

Historicamente, o spread  da indústria sobre o produtor, representado pela diferença de preços entre eles, ficou em R$1,88/litro, deflacionado pelo IGP-DI (Gráfico 1). Em 2021, esse spread recuou para R$1,24, o que colocou as margens industriais em situação complicada, dado que desse valor ainda é necessário deduzir os custos industriais, logística, embalagens, além dos custos fixos. O leite UHT está em um mercado onde a agregação de valor e a diferenciação precisam ser pensadas constantemente.

Existe uma parcela da população disposta a pagar mais por esse leite, mas esse consumidor tem de perceber o diferencial do produto, seja em rastreabilidade, pagada de carbono, saudabilidade, ou outras características físicas ou mesmo de percepção do consumidor.




No caso do queijo muçarela, a situação também foi difícil. Apesar do retorno gradativo do foodservice, a indústria de muçarela não conseguiu repassar os aumentos de custo que tiveram e o spread médio sobre o produtor também recuou em 2021. Em média, esse spread está em torno de R$8,61/kg, mas em 2021 caiu para R$6,03/kg (Gráfico 2).

No ano passado, o spread industrial foi um pouco acima da média histórica, mostrando que os repasses de preços aconteceram e o consumidor absorveu. Inclusive, as vendas de queijos pelos supermercados registraram bom volume e classes mais baixas de renda tiveram forte presença no consumo. Este ano, uma parcela dessa população não conseguiu manter suas compras.



Finalmente, no caso do leite em pó, a situação foi ainda mais adversa, por ser um produto que historicamente consegue manter uma margem sobre a matéria prima em torno de R$7,60/kg. Mas em 2021, esse valor recuou para R$4,35/kg (Gráfico 3), mesmo com uma menor concorrência com o produto importado.

Isso ilustra bem como algumas regiões de maior consumo de leite em pó como a Norte e a Nordeste sentiram o impacto negativo da pandemia sobre a economia e a renda das famílias.



Portanto, foi um ano com margens apertadas em determinados produtos. Obviamente que nem todos os derivados lácteos e laticínios sentem da mesma forma. O mix de vendas faz diferença na rentabilidade da empresa e as margens dos produtos também são variáveis. O direcionamento para nichos específicos e diferenciais de agregação de valor ao produto ajudam muito a atenuar as baixas margens na negociação de commodities.

Por outro lado, em grandes plantas industriais essas commodities são fundamentais para diluir os custos fixos, mas ganhos de eficiência e produtividade precisam ser incorporados quase que constantemente na rotina das empresas.

Uma lição importante deste cenário é de que a sustentação da cadeia do leite depende do consumidor, de seus gastos. É preciso entender suas preferências, suas demandas e o seu orçamento. Mas também é possível influenciar suas decisões. (Autor Glauco Rodrigues Carvalho - Pesquisador - Embrapa Gado de Leite)

Conseleite/MG: Queda de 0,77% no preço do leite a ser pago em fevereiro

Conseleite/MG - A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 19 de Janeiro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 



a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Novembro/2021 a ser pago em Dezembro/2021. 

b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022. 

c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2022 a ser pago em Fevereiro/2022. Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA: O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. 





2020 TERMINOU COM A MAIOR PRODUÇÃO MUNDIAL DE LEITE DA HISTÓRIA

Pela primeira vez na história, a produção mundial ultrapassou 900 milhões de toneladas de leite por ano, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

O ano de 2020 fechou como um bom ano para a indústria láctea mundial e, apesar das complicações geradas pela pandemia, a produção estabeleceu um recorde histórico de mais de 900 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 3% ao ano.

O volume atingiu 910 milhões de toneladas e, segundo o Observatório da Cadena Láctea Argentina (OCLA), “o crescimento se deve principalmente à tendência dinâmica da produção de leite de vaca e búfala na Índia”.

Enquanto o leite de vaca representa mais de 80% da produção mundial total de leite (735 milhões de toneladas em 2020), a taxa de crescimento do leite de búfala é duas vezes maior.

As entregas globais de leite de vaca aumentaram significativamente em 2020, com um aumento médio de 2,5%, depois de um ritmo um pouco mais lento em 2019. A OCLA destaca ainda que todos os países, com exceção da Ucrânia e dos países da África Subsaariana, mostraram um aumento nas entregas de leite.



Como pode ser visto no gráfico abaixo, um dos principais problemas enfrentados pela atividade leiteira no mundo todo é que enquanto a produção está aumentando, e em alguns casos o rebanho, o número de produtores (produtores leiteiros) trabalhando está diminuindo ano a ano.



Finalmente, vale mencionar que durante 2020 nosso país ficou em décimo primeiro lugar no ranking dos principais produtores mundiais de leite, aumentando sua produção em 7,5% em relação a 2019. (Edairy)


Jogo Rápido 

Próximos dias serão de calor intenso em todo o Rio Grande do Sul
Nos próximos sete dias, o calor seguirá intenso no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 03/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Até sábado (22), a presença do ar quente manterá as temperaturas próximas de 40°C na maioria das regiões, condição que favorecerá a ocorrência de pancadas de chuva e trovoadas isoladas, associadas com o forte calor. No domingo (23), a aproximação de uma área de baixa pressão manterá maior variação de nuvens, o que deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas, típicas de verão, na maioria das regiões. Na segunda-feira (24), o tempo firme e muito quente seguirá predominando e somente na Zona Sul e na faixa Leste deverão ocorrer pancadas de chuva de verão. Na terça (25) e quarta-feira (26), a atuação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em grande parte do Estado, com possibilidade de temporais isolados. Os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das áreas. Nos setores Norte e Nordeste, os volumes oscilarão entre 35 e 50 mm, podendo superar 60 mm em alguns municípios. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)

 

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Porto Alegre, 20 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.581


Balança comercial de lácteos foi a melhor em seis anos, diz consultoria

A balança comercial brasileira de lácteos registrou déficit de US$378,84 milhões em 2021, o melhor resultado registrado desde 2015

A balança comercial brasileira de lácteos registrou déficit de US$378,84 milhões em 2021, segundo dados da Secex.

De acordo com a Scot Consultoria, apesar do saldo negativo, foi o melhor resultado registrado desde 2015. O número está 22,9% melhor que em 2020 e 8,9% melhor frente a 2019.

Segundo a analista de mercado Sophia Honigmann, a melhoria se deu em decorrência da diminuição da importação e do aumento da exportação.

Importação de lácteos
No acumulado do ano, a importação caiu 21,7% em volume e 16% em gastos em relação a 2020. Foi o menor volume registrado nos últimos sete anos (137,7 mil toneladas).

No primeiro semestre, o volume importado aumentou 36,4% comparado ao mesmo período do ano anterior. Já no segundo semestre o volume foi 48,6% menor.

De acordo com Honigmann, a captação brasileira de leite no acumulado do ano, de acordo com o Índice de Captação da Scot Consultoria, foi 1,1% menor que a registrada em 2020.

Em um texto assinado pela consultora, ela explica que o volume adquirido de leite cru de janeiro a setembro (últimos dados disponíveis) diminuiu 1,4% na comparação com 2020.

“Tal fator indica que houve menor disponibilidade de matéria-prima no mercado, no entanto, a economia brasileira fragilizada e a consequente demanda fraca, somadas ao dólar em altos patamares, impediram que as importações aumentassem”, escreve.

Países e produtos
Os maiores fornecedores em volume foram a Argentina e o Uruguai, respondendo por 55,4% e 33,9% do volume importado. Ou seja, 89,3% do total veio dos nossos vizinhos.

O principal produto importado foi o leite em pó (75,7 mil toneladas), seguido dos queijos (31,9 mil toneladas) e do soro de leite (20,2 mil toneladas).

Considerando o leite em pó, o preço médio do produto importado em 2021 foi de US$3.252,00 por tonelada, alta de 9,7% na comparação com a média de 2020, cuja cotação fora de US$2.963,00/tonelada.

“Para uma comparação, o quilo no mercado doméstico em 2021 ficou cotado, em média, em R$23,57, ou US$4.372,69 por tonelada, considerando o câmbio médio no ano passado em R$5,39 por dólar. O produto importado custou 25,6% menos que o nacional”, complementa.

Exportação
A exportação de produtos lácteos em 2021 subiu em volume e faturamento, 18,5% e 1,3%, respectivamente, na comparação com 2020.

O país embarcou 38,8 mil toneladas, o melhor volume embarcado desde 2016, em grande parte devido à demanda interna frouxa e ao câmbio elevado.

O principal produto exportado foi o leite em pó, perfazendo 40,5% do total de lácteos embarcados. Em 2021, a Venezuela foi a principal compradora dos produtos lácteos brasileiros.

Expectativas para 2022
Para o primeiro semestre, os preços futuros do leite em pó no mercado internacional estão entre US$3.846,00 e US$3.941,00/tonelada, segundo a plataforma Global Dairy Trade.

Se os preços futuros se consolidarem, estes ficarão, em média, 0,4% menores que em igual período de 2021.

Com relação ao câmbio, o dólar é um fator de desincentivo às importações. No último Boletim Focus do Banco Central, de 7 de janeiro, a estimativa é de que a cotação média do dólar seja de R$5,60 para 2022.

A produção nacional deverá crescer moderadamente em 2022. As expectativas de custos menores com a alimentação concentrada podem dar fôlego ao mercado, mas as expectativas com relação ao escoamento dos lácteos não são positivas, já que a economia brasileira ainda deve sofrer com os impactos da pandemia de covid-19 e inflação ao longo do ano. Com isso, a projeção é de que a balança comercial de lácteos brasileira seja negativa. (Canal Rural)

Auxílio Brasil deve injetar, no mínimo, R$ 84 bilhões na economia

Auxílio Brasil - Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado hoje (19), analisa que o programa Auxílio Brasil deverá injetar na economia, ao longo deste ano, pelo menos R$ 84 bilhões, dos quais 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato, enquanto 25,74% (R$ 21,62 bilhões) se destinarão para quitação ou abatimento de dívidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro.

O programa Auxílio Brasil substituiu o Bolsa Família, extinto no ano passado, e teve suas primeiras parcelas mensais pagas aos beneficiários em 2022 a partir de ontem (18).

Em entrevista à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, explicou que o valor de R$ 84 bilhões foi apurado tomando por base o benefício mínimo de R$ 400. “Como a gente não sabe quanto cada brasileiro vai receber, porque depende de outras variáveis, a gente fez a conta por baixo. Como o benefício mínimo é de R$ 400 pago a 17,5 milhões de famílias, durante 12 meses, isso perfaz R$ 84 bilhões”. Esse será o valor que o programa vai disponibilizar, no mínimo, em 2022. Entretanto, como o benefício é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões.

A estimativa da CNC é que 70% desse montante se destinará ao consumo imediato, mas não ao consumismo, até porque os elegíveis do antigo Bolsa Família estão na pobreza extrema ou na pobreza, afirmou Bentes. “Há necessidades de curtíssimo prazo, por conta da pandemia e da letargia da economia, e as famílias vão ter que fazer frente a esses gastos com alimentação, com medicamentos, serviços do dia a dia, transportes”, indicou.

Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. “A gente estima que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércio”. Isso significa um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional.

Bentes advertiu, entretanto, que isso não vai salvar as vendas do comércio em 2022. “Mas pode ajudar o comércio a ter um ano menos amargo no momento em que a expectativa para a economia, este ano, tem sido corrigida para baixo. A expectativa é que a economia cresça 0,3% este ano. Então, ajuda no sentido de disponibilizar um pouco mais de recursos para consumo, o que acaba aliviando um pouco mais o ano difícil que o comércio vai ter pela frente”.

Endividamento
Diante do grau de endividamento da população, o percentual de recursos destinado ao pagamento de dívidas tende a ser relativamente alto dessa vez. Segundo dados do Banco Central (BC), 30,3% da renda média dos brasileiros estavam comprometidos com dívidas no terceiro trimestre do ano passado, maior patamar da série histórica iniciada em 2005. “Mas a gente sabe que, por conta da inflação, dos juros mais altos, o comprometimento da renda seguramente deve aumentar um pouco, pelo menos nessa primeira metade de 2022”. (Agência Brasil)






Taxa do Fundesa será de 0,00145 por litro em 2022

O recolhimento para o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) pela cadeia produtiva da bovinocultura de leite neste ano foi definido em R$ 0,00145 por litro industrializado. Assim, o valor a ser pago será de R$ 0,00072 para produtores e 0,00072 para a indústria no Rio Grande do Sul. A nova taxa passou a valer em 1º de janeiro de 2022.

Toda a arrecadação do Fundesa é destinada a indenizar os proprietários de animais com zoonoses como tuberculose e brucelose, bem como promover ações de prevenção contra doenças infectocontagiosas, sob controle e erradicação, reconhecidas nos programas de sanidade animal.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destaca a importância do Fundesa: “Sempre lembramos aos associados e produtores que apenas os contribuintes terão direito às indenizações pelo Fundo, que é de extrema relevância para o crescimento do setor lácteo”, afirma.

A taxa de contribuição com o Fundesa é calculada anualmente, considerando a Unidade Padrão Fiscal (UPF), que corrige as taxas e tributos cobrados pelo Estado. O valor da UPF-RS, relativo ao exercício de 2022 foi reajustado em 10,42%, ficando R$ 23,3635 pela Instrução Normativa RE Nº 107, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 24 de dezembro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Jogo Rápido 

Dia Mundial do Queijo - Por que eles são os queridinhos dos produtos lácteos?
 Dia Mundial do Queijo – O queijo é o queridinho dos produtos lácteos, e você sabe por quê? Ele combina saúde e nutrição com conforto e praticidade, além de ser delicioso!  Os queijos trazem consigo a tradição, a cultura e as raízes da região onde foram criados. Além de deliciosos são fontes de proteínas, vitaminas e cálcio. É um alimento aconchegante e combina com tudo: doces, salgados, quente, frio. - São versáteis, você pode comê-lo a qualquer hora e em qualquer lugar. Os queijos são produtos lácteos feitos à base de leite e são produzidos em uma variedade de formas, texturas e sabores.  O queijo é uma excelente fonte de proteína. Uma fatia grossa de queijo mussarela (30g) pode conter cerca de 6,7g de proteína e que já representam 30% das necessidades diárias recomendadas para uma dieta equilibrada de 2.000 calorias. Os queijos estão entre as mais ricas fontes alimentares de cálcio, mineral que desempenha um papel essencial na saúde óssea, no desenvolvimento dos dentes, na prevenção de cáries e na prevenção da osteoporose. Neste dia do queijo se delicie com uma fatia de queijo de sua preferência e torne seu dia mais nutritivo e saboroso!  (Fonte: ABIQ)

 

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Porto Alegre, 19 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.580


Petróleo atinge maior cotação desde 2014 por receio com oferta
 
O barril do Brent, referência internacional nas negociações, chegou a ser cotado a US$ 87,63; cenário ameaça alimentar novas altas na inflação mundial
 


Os preços do petróleo atingiram seu maior patamar em sete anos nesta terça-feira, impulsionado pelas apostas de que a demanda poderia superar a oferta ainda em 2022, um cenário que também ameaça alimentar novas altas na inflação mundial.
 
O barril do tipo Brent, referência internacional nas negociações da commodity energética, subiu 1,3%, para US$ 87,63 [nas negociações do meio do dia], maior patamar desde outubro de 2014, quando a cotação chegou superou os US$ 115.
 
Tanto o Brent quanto o West Texas Intermediate (WTI), referencial para o mercado americano do petróleo, acumulam valorização em torno a 13% desde o início do ano. A cotação do WTI chegou a US$ 85,74. [No fim do dia, Brent e WTI fecharam cotados a US$ 86,74 e US$ 84,83 o barril, respectivamente, nas bolsas de Londres e Nova York]
 
Alguns analistas preveem que os referenciais do petróleo poderiam superar os US$ 100 por barril neste ano, a menos que ocorra um aumento na oferta.
 
Paul Horsnell, estrategista de commodities no Standard Chartered, disse que alguns operadores vêm apostando que a oferta terá dificuldades para acompanhar a demanda, uma vez que a economia mundial continua recuperando-se da desaceleração iniciada em 2020 em decorrência da pandemia da covid-19.
 
“O júri ainda está deliberando sobre qual seria a capacidade ociosa [de produção], mas quando se materializa uma percepção de que seria bem fininha, isso pressiona os preços para cima”, disse.
 
Os Estados Unidos defendem que os principais produtores de petróleo do mundo, representados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), aumentem a produção mais rapidamente para ajudar a controlar a inflação. Os preços ao consumidor nos EUA, na comparação anual, subiram 7% em dezembro, a maior elevação desde 1982.
 
Até agora, no entanto, a Opep e seus aliados mantiveram o plano acordado em julho, de retomar apenas gradualmente a produção cortada no início da pandemia, elevando-a em 400 mil barris diários a cada mês.
 
A estratégia ajudou os preços do petróleo a subir desde agosto, mas nem todos os membros do grupo Opep+ (que inclui a Rússia desde 2016) conseguiram atingir suas cotas mensais, aumentando os temores de que a capacidade de produção extra no mercado seria limitada.
 
“Os operadores sempre vão querer se antecipar a qualquer história”, disse Horsnell. Ele acrescentou, porém, que os cálculos do Standard Chartered indicam que nenhum déficit real de oferta se materializaria antes de 2024.
 
“Acho que há capacidade ociosa suficiente na Arábia Saudita, no Iraque, nos Emirados [Árabes Unidos] e em um ou outro lugar por aí, indicando que não há circunstâncias neste ano, a não ser por alguma grande interrupção geopolítica no fornecimento, em que capacidade ociosa possa cair abaixo de 3 milhões de barris por dia e comece a ficar um pouco estreita.” (Valor Econômico)

Conselheiros aprovam contas do Fundesa-RS de 2021
 
Em Assembleia Geral Ordinária, integrantes do Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram sem ressalvas o parecer do Conselho Fiscal sobre a prestação de contas relativa a 2021. A reunião foi realizada no formato virtual na tarde desta segunda-feira (17/01). O saldo atual do fundo é de R$ 105,1 milhões, um crescimento de mais de 9,2% em relação ao exercício de 2020 que finalizou em R$ 95,8 milhões.
 
A receita, ao longo de 2021 foi de pouco mais de R$ 17 milhões, entre arrecadação e rendimentos financeiros. As despesas do fundo no exercício foram totalizadas em R$ 7,4 milhões. Deste valor, R$ 6,7 milhões foram destinados a investimentos setoriais e indenizações por abate sanitário aos produtores, em especial da cadeia do leite. O volume de recursos aportado nas indenizações para a pecuária leiteira, entretanto, foi menor do que o registrado em 2020: R$ 3,7 milhões ante R$ 6,4 milhões no exercício anterior. "Acreditamos que os efeitos da pandemia possam ter prejudicado o bom andamento dos procedimentos de testagem dos animais a campo", justificou o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber.
 
Na reunião também ficou definido o calendário de assembleias de prestação de contas do fundo, que acontecem todos os trimestres, em abril, julho, outubro e em janeiro de 2023 já a apresentação das contas referentes ao atual exercício. As informações ficam disponíveis no site do Fundesa (www.fundesa.com.br). Toda a documentação apreciada será encaminhada à Secretaria Estadual da Fazenda, Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage), Assembleia Legislativa e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. (Assessoria de imprensa Fundesa-RS)







Argentina – A onda de calor agravou a queda sazonal da produção de leite
 
Produção/AR – O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) realizou um levantamento no qual apurou que a queda da produção de leite nos primeiros dias de janeiro é, em média, 11% em relação a dezembro passado, com extremos individuais de 7% a 13%.
 
Deste modo, se confirma que a onda de calor teve efeito sobre a produtividade das vacas, pois, normalmente, a queda sazonal da produção é de 9,5% nos primeiros dias de cada ano.
 
Em 2016 (-15,0%); 2017 (-10,7%); 2018 (-4,9%); 2019 (-10,0%); 2020 (-8,3%); 2021 (-8,0%); Média (-9,5%).  
 
“Evidentemente, as escassas precipitações até o dia 16 e os altíssimos valores de ITH (Índice de Temperatura e Umidade) geraram quedas acima da queda sazonal normal. Seguramente todas as melhorias relativas ao bem-estar animal em muitas instalações mitigaram em parte o estresse térmico ao que foram submetidas as vacas na onda de calor”, analisou o OCLA.
 
Neste marco, ao realizar a comparação em termos interanuais, janeiro está 1,5% abaixo do mesmo mês em 2021. “Agora, é preciso ver os impactos das precipitações na captação de leite e como seguem as temperaturas para determinar se a queda de janeiro supera esse 1,5%”, acrescentou o OCLA.
 
Metodologia
 
Esses dados foram obtidos de consultas realizadas a uma dezena de indústrias que compram mais de 40% de leite que se ordenha na Argentina.
 
A mostra de empresas consultadas, segundo o OCLA, é altamente representativa já que se refere ao leite captado nas quatro principais províncias e proveniente de uma estratificação de fazendas por tamanho, muito similar à estratificação da população total. (Fonte: infocampo.com.br – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Jogo Rápido 

Piracanjuba está entre as 100 maiores empresas do agro pela Forbes 
100 maiores - A revista de edição número 92 da Forbes, trouxe a lista das 100 Maiores Empresas do Agro. A Piracanjuba encontra-se classificada nesta lista na colocação de número 33 dentre as 100 maiores empresas do agronegócio do Brasil.  A Lista Forbes Agro 100 traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s. Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings. Foram considerados também o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta. (Terra Viva com informações da Forbes)

 

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Porto Alegre, 18 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.579


Global Dairy Trade - GDT 
 
 
 As informações são do Global Dairy Trade adaptadas pelo Sindilat/RS

Gado de corte e de leite sofrem com estiagem
 
Prejuízo no engorde de bovinos de corte e falta de reposição do gado leiteiro estão entre os maiores problemas
 
Os impactos no gado de corte são preocupantes, mas não tão graves quanto está sendo para o gado leiteiro. “A estiagem eleva consideravelmente o preço da produção do litro porque você não tem uma pastagem adequada”, explica o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang. A produção de silagem representa 70% do que é consumido pela vaca, o restante é suplementação. E está escassa nas propriedades dos produtores. Nem nas dos vizinhos e está cada vez mais longe para mandar buscar, relata Tang.
 
A alimentação impactando no resultado da produção e no processo reprodutivo do rebanho leiteiro são fatores que devem gerar impactos a longo prazo para o setor leiteiro. “O ideal é repor 20% do rebanho anualmente para manter a produção”, explica o dirigente, que relata a janela de 24 meses para que um
Terneiro comece a produzir leite, relata Tang. 
 
Estiagens recorrentes pedem soluções a longo prazo
 
A média de chuvas no Rio Grande do Sul para o período atual está em torno de 1800 milímetros anuais, contudo, nos últimos anos, existem regiões registrando um volume de 1000 mm a 1100 mm por ano, abaixo do esperado, explica o diretor e coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Farsul, Domingos Antônio Lopes. “O cenário é muito preocupante. Cada dia que passa aumenta o prejuízo do produtor, problemas graves nas lavouras de milho e de soja e gravíssimo na pecuária leiteira”, lamenta.

Lopes relata que a situação é complicada porque as entidades não veem uma solução a curto prazo, e que por isso, vêm alinhando, com o governo estadual e com os parlamentares gaúchos, através de audiências públicas, medidas que possam ajudar nos momentos de crise. Ações de longo prazo, como a de preservação de água nas propriedades, esbarram na legislação federal que prevê a interferência em área de preservação permanente somente nos casos de interesse social, utilidade pública ou impacto ambiental. “A ideia é que a irrigação se torne algo de interesse social ou de utilidade pública. Reservar água a nível de propriedade levará a uma perda ambiental no curto prazo, mas a médio prazo, trará ganho de fauna e de flora.” (Jornal do Comércio)




Volta da chuva é um alento, mas ainda faltam volume e distribuição
 
A chuva voltou, mas ainda não é uma realidade em todos os municípios do Rio Grande do Sul. Dados da rede de 64 estações meteorológicas do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro) e do Inmet mostram que, no acumulado entre as 9h de domingo e de ontem, as precipitações variaram de zero a 38,4 milímetros. Ou seja, há pontos onde não choveu e outros onde o volume é considerado muito bom.
 
— A chuva ficou concentrada mais ao sul e ao leste — completa Flávio Varone, meteorologista da Secretaria da Agricultura e coordenador do Simagro.
 
Em Cambará do Sul, por exemplo, foram 36,6 milímetros, e em Bento Gonçalves, cinco. Já em Vacaria, Santo Augusto e Alegrete, não caiu uma gota. Diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri reforça o 
que mostram os índices pluviométricos: houve irregularidade na distribuição.
 
— A chuva foi muito variada, mas veio, isso já ajuda. A única forma de começar a enxergar uma luz é a retomada da precipitação — pondera Rugeri. Na primeira quinzena de dezembro, Maiquel Junges, produtor de Não-Me-Toque, no norte do Estado, e coordenador regional dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Alto Jacuí, havia relatado e registrado em vídeo as perdas que se acumulavam nas lavouras de milho. Perguntado sobre os últimos dias, desabafou:
— Não choveu nada. A soja está indo pelo mesmo caminho do milho, que perdeu grande parte, mais de 90%. Presidente da Cotrijal, cooperativa que tem sede em Não-Me-Toque, Nei César Mânica afirma que a situação segue complicada na região:
 
- É preciso normalizar a chuva para que ainda se possa ter uma safra razoável na soja. Há áreas que ainda não puderam sequer ser semeadas e outras que precisaram ser replantadas em razão das condições climáticas desfavoráveis. Presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado, Décio Teixeira diz que a medição feita da temperatura na superfície do solo indicou 50 0C. 
 
— Na região de Uruguaiana tem regiões onde a soja torrou, lavouras grandes, caprichadas — descreve o dirigente. Coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Júlio César Rocha Lopes observa que a chuva foi importante para apagar focos de incêndio no Interior. Ressalva, no entanto, que são irregulares: — A estiagem continua. (Zero Hora)

Jogo Rápido 

Estiagem afeta produção de leite no Sul do país, diz Sindilat
 A estiagem tem causado muitas revisões nas projeções de safra de milho e soja em estados do Sul do Brasil. A situação não é diferente nas principais regiões produtoras de leite, que também amargam perdas que resultam das intempéries. No Paraná, a estimativa é de que quase 200 milhões de litros deixem de ser produzidos, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões, segundo a Secretaria da Agricultura do Estado. No Rio Grande do Sul, a Emater projetou, até a semana anterior, redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no estado – em algumas regiões, uma queda de quase 10%. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, a tendência é que o prejuízo aumente nos próximos meses. “Temos duas realidades. Nós temos os pequenos produtores, que estão sofrendo mais, por falta de infraestrutura. E os médios e grandes produtores, que até não está sofrendo tanto com a perda da produção, mas está assustado com a elevação dos custos. O elevado custo de produção, aliás, vai ser o grande desafio da atividade leiteira. Nós estamos com os preços muito achatados. Para que a produção não cai mais, vai depender de como o mercado vai reposicionar os preços”, explica. Clique aqui e assista a entrevista de Palharini para o Canal Rural. (Canal Rural)