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Porto Alegre, 07 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.282

 

   Balança comercial de lácteos: maio apresenta maior déficit dos últimos 16 anos

A balança comercial de lácteos teve um déficit de 22.208 toneladas em maio, 19,4% maior que o apresentado no mês anterior. Em valores, o déficit da balança de lácteos foi de US$ 51,2 milhões. O resultado é reflexo do baixo volume exportado aliado a volumes expressivos de importação.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto.
 
Fonte: MDIC

As exportações apresentaram aumento de 31,3% em volume e de 114,8% em valor. Em maio, foram exportadas 3,7 mil toneladas de produtos lácteos, contra 2,8 mil toneladas em abril. Na comparação com maio de 2015, no entanto, observa-se leve queda de 3,4% nos volumes exportados.

Já as importações, tiveram alta de 21% frente a abril. Com destaque para o leite em pó integral, com alta de 43% no volume importado, chegando a 17,7 mil toneladas importadas. Outros itens como soro de leite (+20%) e queijos (+16%) também apresentaram aumentos expressivos nos volumes internalizados. Por outro lado, as importações de leite em pó desnatado despencaram 45%, totalizando 1.700 toneladas.

As importações de leite em pó (tanto integral quanto desnatado), vieram, em grande parte, do Uruguai, país que foi origem de 77,5% das compras do produto no mês de maio. Outras 3,1 mil toneladas vieram da Argentina (16% do total) e 1,3 mil toneladas foram importadas do Chile (6,5% do total).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 201,4 milhões de litros em maio, aumento de 19,1% em relação a abril. Na comparação com maio de 2015, o aumento nas importações em equivalente-leite é de 107%. 

Já as exportações em equivalente-leite apresentaram aumento de 57,8% sobre o mês anterior, indo de 15,3 milhões de litros para 24,2 milhões de litros. Apesar da alta nas exportações, ao compararmos com 2015, o volume de maio é apenas 1,1% superior ao mesmo mês do ano passado.

Devido a isso, o saldo da balança comercial de lácteos foi negativo em 177,9 milhões de litros, o pior resultado desde janeiro de 2000, quando o saldo ficou negativo em 192,6 milhões de litros. (A matéria é da equipe MilkPoint, a partir de dados do MDIC)
 

UHT no atacado atinge R$3/litro e puxa preços do leite spot e produtor

Levantamento semanal do MilkPoint Mercado apontou que na primeira semana de junho o preço médio do leite UHT recebido pela indústria ultrapassou pela primeira vez na série o patamar de R$3/litro (série iniciada em agosto de 2014). 

 

Para o produtor, os preços também têm tido elevação: em maio, o preço bruto apurado pelo CEPEA/ESALQ chegou a R$1,27/litro na média Brasil. Tal valor é 13,4% superior ao preço deflacionado de maio de 2015.

Já o leite spot (o leite que é comercializado entre indústrias) apresentou alta ainda maior. No levantamento quinzenal realizado pelo MilkPoint Mercado, a média Brasil do leite spot ficou em R$1,71/litro nas negociações para a primeira quinzena de junho, valor deflacionado 30,6% acima do mesmo mês de 2015. Algumas negociações, inclusive, já passaram do patamar de R$1,80/litro em Minas Gerais.

A causa desse cenário é, basicamente, a menor oferta de leite, em função da baixa rentabilidade do produtor em 2015 e início de 2016 e de alguns problemas climáticos. Estima-se que o primeiro semestre esteja com 5 a 6% a menos de leite do que em 2015.

Devido a esse panorama, segundo o CEO da AgriPoint e sócio do MilkPoint Inteligência, Marcelo Pereira de Carvalho, "mesmo com a retração no consumo e aumento das importações, a disponibilidade de leite (em função da menor oferta) caiu mais do que a demanda, o que tem ajudado a elevar os preços de lácteos, em especial o leite UHT". 

Até mesmo o leite em pó industrial (embalagem de 25kg), que é o produto com maior volume de importação, iniciou junho com preços 33% acima do mesmo mês de 2015, já descontando os efeitos da inflação.

Valter Galan, sócio do MilkPoint Inteligência, também adiciona que "apesar da alta nos preços ao produtor, boa parte da receita adicional tem sido utilizada para compensar os aumentos nos custos de produção, o que faz com que o cenário futuro não aponte para grandes recuperações na produção, mesmo com preços expressivamente mais altos ao produtor." Em valores deflacionados, de junho de 2015 pra cá, o preço da saca de milho subiu 97% enquanto a soja subiu 33%, em valores deflacionados. (Milkpoint)

Como a Danone levou seus iogurtes da gôndola para as ruas

 
Kiteiras da Danone em Salvador: o volume de iogurtes que elas vendem já rivaliza com o do pequeno varejo

A vida do grupo de mulheres retratadas na foto ao lado mudou radicalmente nos últimos anos. Todas passaram a dividir parte de seu tempo na atividade de "kiteiras", mulheres de baixa renda que se dedicam a vender, no modelo porta a porta, kits de iogurtes da multinacional francesa Danone em bairros pobres da cidade de Salvador, onde vivem. É o caso de Itana Peixoto Rodrigues, de 39 anos. Ela mora com o marido e o filho de 8 anos num desses bairros, o Uruguai, e virou kiteira em março do ano passado. Até então, quem garantia o sustento da família era o marido, que recebe salário de cerca de 2 000 reais como padeiro.

Com a venda dos kits na vizinhança -- e os ganhos de 30% do valor do produto repassados pela Danone, líder desse segmento no Brasil --, Itana passou a embolsar cerca de 1 200 reais por mês. É com esse dinheiro, economizado ao longo dos últimos meses, que o casal planeja ampliar a fabricação caseira de bolos e tortas, outra fonte de renda da família. Outro exemplo é o de Ana Carla da Conceição, de 35 anos. Ela vende os kits da Danone há quatro anos e se revelou tão hábil na função que foi alçada pela empresa ao posto de "madrinha", responsável por gerenciar dezenas de vendedoras em troca de uma comissão extra de 3,5% sobre o total das vendas do grupo que ela gerencia.

Sua renda mensal é de cerca de 3 000 reais, e foi com ela que Ana Carla, mãe de três filhos, sustentou a família entre maio de 2015 e março deste ano, enquanto o marido, técnico em eletrônica, esteve desempregado. Antes de a história do iogurte começar, Ana Carla não era independente financeiramente e recebia ajuda do programa Bolsa Família. "Há muito tempo deixei de precisar do benefício", diz Ana Carla. Ela já não recebe o apoio do governo. Itana, Ana Carla e mais 897 kiteiras vendem hoje algo como 85 toneladas de iogurte da Danone por mês em Salvador. O volume representa 8% do total vendido pela empresa na cidade, a maior do Nordeste. Com isso, o canal porta a porta já rivaliza localmente com o pequeno varejo.

A expectativa da Danone é que o modelo de vendas se torne, no futuro, seu terceiro maior canal de vendas, abaixo apenas das grandes varejistas nacionais e locais. Motivados por esses números e ansiosos para fazer com que o porta a porta ganhe escala no resto do Brasil, os executivos da Danone iniciaram em maio um recrutamento semelhante na cidade de São Paulo, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Tudo começou em 2011, quando os executivos da Danone decidiram tornar comercialmente viável um modelo em que centenas de mulheres de baixa renda vendessem Danoninho e Activia nas favelas de Salvador. Isso, por si só, já seria um feito. Afinal, se vender para pobres fosse fácil, o guru de gestão e professor na Universidade Harvard C.K. Prahalad, morto em 2010, não teria vendido alguns milhões de livros ensinando grandes empresas a adaptar a esse público suas estratégias de mar¬keting e de distribuição de produtos.

Mas, além de vender para a chamada base da pirâmide, a Danone tinha a ambição de colaborar para a melhoria de vida dessas vendedoras. Pretendia, portanto, criar o que no jargão das ONGs e das companhias enfronhadas em questões sociais e ambientais vem sendo chamado de um "negócio inclusivo" ou "de impacto".

Persistência
Hoje, pode-se dizer que o projeto foi um teste de fogo para a Danone. "A empresa patinou muito, mas teve uma grande resiliência", diz Rogério Silva, sócio-fundador da Move, uma das mais respeitadas consultorias brasileiras em avaliação de impacto social. E só conseguiu fazê-lo, após uma saga de cinco anos, por ter decidido manter os investimentos, apesar dos problemas que desafiavam a viabilidade do canal de vendas. A iniciativa consumiu cerca de 2 milhões de euros, divididos entre a operação brasileira da Danone e o fundo Ecosysteme, criado pela matriz da empresa na França, em 2009, para impulsionar negócios inovadores com pessoas de baixa renda.

No Brasil, os recursos do Ecosysteme foram para outros três projetos além do Kiteiras. Entre eles o Novo Ciclo, que tem como propósito incentivar a profissionalização de 27 cooperativas de catadores de lixo em 23 cidades de Minas Gerais. A persistência da Danone teve uma recompensa -- o aval do BID. Entusiasta dos negócios de impacto e decidido a estimular projetos com essa característica em grandes empresas, o banco vinha observando a iniciativa da Danone há alguns anos. No ano passado, porém, comprometeu-se a doar recursos ao canal: 727.000 euros.

Mas impôs uma condição: para acelerar o ritmo de recrutamento das vendedoras, que vinha a passos lentos, a Danone teria de trabalhar nas periferias em parceria com a operação brasileira da Visão Mundial, ONG internacional que tem como bandeira melhorar a condição de vida de crianças e jovens ao fortalecer o trabalho de outras instituições sociais que já atuam nos bairros pobres das quase 40 cidades onde ela está. As duas partes ganhariam com o acordo. A Visão Mundial, de seu lado, poderia oferecer a milhares de mães uma nova oportunidade de geração de renda. Em troca, a Danone se beneficiaria ao obter para o Kiteiras o endosso de uma instituição social que conta com o respeito e a simpatia dessas comunidades.
"Essas alianças dão bons frutos e, nos últimos anos, nos tornamos hábeis em promovê-las", afirma Aminta Perez-Gold, especialista do BID. Com a parceria, entre julho e dezembro do ano passado o número de kiteiras em Salvador dobrou para quase 800 mulheres.

Com esse exército, mais de 80 toneladas de iogurte passaram a ser vendidas por mês na cidade, e a operação -- tanto para a empresa quanto para o distribuidor envolvido -- passou a fazer sentido financeiramente. Neste mês, a ONG também começou a apoiar a Danone no lançamento do canal em São Paulo -- mais precisamente na zona zul da capital, onde a Visão tem forte presença. Ao usar os conceitos testados em Salvador, os executivos da Danone esperam dar mais celeridade ao projeto na nova fase. O primeiro desafio enfrentado pela empresa na iniciativa foi fruto de uma presunção: os executivos acreditaram que bastava propagandear a iniciativa com carros de som e distribuir panfletos em locais de grande circulação, como terminais de ônibus, que a força da marca atrairia rapidamente um exército de vendedoras nas periferias de Salvador. Estavam errados.

O problema é que as mulheres estavam acostumadas à venda porta a porta com catálogo de itens como cosméticos, e não entendiam bem como isso poderia funcionar com um alimento perecível. Imbuída da missão de influenciar positivamente a vida dessas mulheres, a Danone tinha definido que, se quisessem ser vendedoras, elas teriam de passar, obrigatoriamente, por uma batelada de treinamentos gratuitos com foco em empreendedorismo e gestão, e estava convicta de que isso também seria um chamariz para a iniciativa. Mais uma vez, a empresa se equivocou.

Para ajudá-la no quesito treinamento, a Danone contratou os serviços da Aliança Empreendedora, ONG brasileira com experiência em prover esse tipo de formação para microempreendedores de baixa renda. Em seu primeiro formato, o curso obrigatório para as kiteiras tinha uma carga horária de 32 horas, divididas em dois encontros semanais ao longo de dois meses. Danone e Aliança, porém, logo depararam com a baixíssima adesão das mulheres. A saída foi retirar a obrigatoriedade da presença das vendedoras em todos os módulos, reduzir à metade a carga horária e ampliar a oferta de horários e locais em que eles podiam ser feitos. Também não funcionou.

Ao longo de cinco anos, Danone e Aliança mexeram inúmeras vezes no formato do treinamento presencial na tentativa de torná-lo mais atraente aos olhos das kiteiras, mas não foram bem-sucedidas. Ao final desse processo de tentativa e erro, no entanto, aprenderam que as mulheres, em sua maioria, têm baixa escolaridade e se sentem intimidadas com a ideia de absorver qualquer conhecimento novo fechadas numa sala de aula. Além disso, participar dos treinamentos também implica superar dificuldades de cunho prático, como contar com alguém para buscar os filhos na escola e conseguir chegar aos locais das aulas usando o transporte público precário da cidade. Por isso, agora a Aliança está apostando nas tecnologias digitais e trabalhando na produção de uma série de vídeos curtos, aos quais as kiteiras poderão assistir no computador ou no celular. 

A Danone ainda enfrentou outro contratempo com o projeto: a dificuldade de encontrar um distribuidor apto a intermediar a relação comercial delicada da empresa com essas vendedoras e a encarar uma operação de entrega de produtos extremamente pulverizada em 122 bairros de Salvador, muitos deles considerados violentos. Tudo isso em troca de uma margem de lucro apertada. "Hoje sabemos que o distribuidor desse canal não deve ter apenas uma gestão afinadíssima do negócio, mas também uma veia social aflorada", afirma Mauro Homem, gerente de sustentabilidade da Danone. Ele se refere à disposição de ir à favela e conhecer de perto as dificuldades dessas mulheres.

A baiana Raquel Macedo de Freitas Guimarães, de 43 anos, dona da empresa de distribuição Qualikits, aceitou o desafio de fazer entregas dos kits de iogurte para as vendedores em 2014. De lá para cá, sua empresa se dedica exclusivamente às entregas. Antes da Qualikits, porém, outros dois distribuidores da Danone desistiram de fazer as entregas. Nos primeiros anos, as taxas de inadimplência chegaram a 17%; e a rotatividade das kiteiras, a até 35%. Para reduzir o problema dos maus pagadores, a distribuidora deixou de vender com boletos e passou a aceitar dinheiro ou cartão. Hoje, o índice de entrada e saída de mulheres é de 15%, considerado baixo por especialistas no mercado de venda direta.

"Nas empresas de cosméticos, essa rotatividade chega a ser duas vezes maior", diz Cláudio Oporto, consultor especializado no setor. Na fase paulistana, a Danone já credenciou dois distribuidores e outros três estão sendo preparados. Todos terão dedicação exclusiva, como se provou eficaz em Salvador. Outras táticas, como a emissão de boleto, serão novamente testadas em São Paulo. Novas surpresas virão pela frente. Mas ninguém disse que seria fácil: estruturar um negócio de impacto em alguns dos bairros mais complicados das metrópoles brasileiras é mesmo uma empreitada. O ganho, no fim, compensa -- para a Danone e para algumas centenas, quem sabe milhares, de famílias da base de nossa pirâmide social. (Revista Exame)

 
Custo de produção da pecuária leiteira não dá trégua
O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção para a pecuária leiteira teve aumento de 0,3% em maio, na comparação com abril último. As quedas no preço dos combustíveis e óleos lubrificantes contribuíram para o menor incremento do índice, em relação aos meses anteriores. Já os preços dos alimentos concentrados e suplementos minerais em alta continuam elevando os custos de produção neste período de entressafra e menor qualidade das pastagens. Na comparação com igual período do ano passado, os custos subiram 30,1% para a pecuária leiteira de alta tecnologia. (Revista Globo Rural)
 

 

Porto Alegre, 06 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.281

 

   Seapi e setor leiteiro negociam georreferenciamento

Reunião do Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira (CTOPL) do Fundesa debateu, nesta segunda-feira (6/6), na sede do Sindilat, a questão do georreferenciamento da produção de lácteos no Rio Grande do Sul. Na ocasião, o coordenador do setor de Informações do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura (Seapi), Eduardo Vergara, pontuou a possibilidade de se estabelecer um sistema de intercâmbio que viabilize ao Estado unir em apenas um banco de dados as informações sobre a produção de leite por produtor, bem como os dados sobre a industrialização de empresas de inspeção estadual e federal. Esse trabalho pode ser viabilizado, ponderou ele, com apoio da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que reúne dados nacionais do setor e é abastecida diariamente pela secretaria.  O tema voltará a ser debatido na próxima semana com a Seapi e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), instituição responsável pelo primeiro Geoleite, georreferenciamento do setor realizado em 2009.  

Apesar das dificuldades de verba e pessoal, Vergara mostrou-se aberto a debater com o setor leiteiro a questão. Pontuou ainda a importância de as empresas auxiliarem nesse processo, fornecerem seus dados, e que o setor defina e informe à Seapi que tipo de relatórios são relevantes para embasamento da atividade para que, então, a ferramenta seja desenvolvida. 

Vergara ainda salientou as ações que estão sendo realizadas com a avicultura e a suinocultura e pontuou as dificuldades vivenciadas para ampliar esse trabalho para outros setores como a bovinocultura leiteira. "Não temos perspectiva de desenvolvimento de uma ferramenta com novas funcionalidades por questões financeiras e de pessoal". Vergara pontuou a dificuldade de manter o cadastro atualizado dos animais existentes no Estado uma vez que nem todos os criadores comunicam mudanças ao sistema oficial. Ele destacou a dificuldade de relacionar os produtores que entregam leite para empresas com SIF, mas que não têm cadastro junto às inspetorias estaduais. Segundo ele, a ideia é que as empresas ajudem nesse trabalho de forma a autorregular e abastecer o sistema. Em um segundo momento, a ideia é oferecer relatórios individuais por empresa e dados setoriais. Contudo, para isso, pontua ele, é preciso desenvolver a ferramenta. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou as peculiaridades que a implementação da Lei do Leite trará ao setor e como a nova legislação amplia a importância do georreferenciamento para criar um banco de dados preciso e confiável.  "Nosso objetivo é trabalhar em parceria. Por isso, resolvemos falar com a secretaria sobre a atual situação para saber como podemos avançar juntos", frisou, lembrando que o alto contingente de produtores e empresas atuando no ramo leiteiro dificulta o trabalho. Uma das ideias é utilizar os Coredes para compilar esses dados. "O Estado tem que ter essa informação para definir políticas e ações de desenvolvimento para toda a cadeia". (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine
 
Simpósio do Leite de Erechim irá debater qualidade do leite

 
A 13º edição do Simpósio do Leite, que ocorre na quarta e quinta-feira (8 e 9/6) em Erechim (RS), reunirá importantes nomes do setor para debater a qualidade do produto brasileiro. No primeiro dia de evento será realizado o tradicional Fórum Nacional de Lácteos, que contará com a mediação do doutor e chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Minas Gerais, Paulo Carmo Martins. A programação ainda inclui cinco palestras e a Mostra de Trabalhos Científicos
 
Para debater o "Cenário da qualidade do leite no Brasil e visão da indústria e produtores e ações governamentais em prol da qualidade do leite", tema da 7º edição do Fórum, estarão presentes o deputado federal Alceu Moreira, o chefe da Divisão Técnica do Senar-RS, João Augusto Araújo Telles, o assistente técnico regional da Emater-RS na Área de Criações, Vilmar Fruscalso, e a gerente de Qualidade de Leite Cru do Laticínios Bela Vista, Athaide Newman Rodrigues da Silva.

O Sindilat é um dos apoiadores do evento, que tem início às 14h30, no Polo de Cultura, do Parque da Accie, em Erechim. As inscrições para participar das atividades do Simpósio podem ser realizadas pelo site simposiodoleite.com.br ou também no início de cada dia de evento. O investimento é de R$ 100,00. Mais informações pelo email contato@simposiodoleite.com.br ou pelos telefones (54) 9691-8408 e 9680-1635. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Produção no país cresceu menos em 2015

O crescimento da produção de queijos no Brasil perdeu fôlego em 2015. Depois de aumentar a taxas entre 8% e 9% em anos anteriores, o avanço foi bem mais modesto, de 2,9%, no ano passado sobre 2014 e alcançou 1,105 milhão de toneladas, segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq). O número se refere aos queijos produzidos por empresas com SIF (Serviço de Inspeção Federal). A desaceleração tem duas razões, de acordo com a entidade: a escassez de leite no Brasil em 2015 e a queda no consumo no segundo semestre do ano passado em decorrência dos efeitos da crise econômica na renda da população brasileira.

A Abiq mantém cautela sobre as estimativas para este ano. No entanto, as previsões iniciais indicam estabilidade na produção ou mesmo uma "eventual queda". Isso porque o cenário de falta de matéria¬prima no país para produzir lácteos persiste assim como a demanda mais restrita por parte do consumidor. A associação, que reúne 60 empresas de queijos do país, pondera que o consumo do produto costuma crescer no período de inverno, o que também poderia influenciar a produção. A despeito da recente perda de "dinâmica" no consumo de queijos no Brasil, o CEO da Lactalis do Brasil Marek Warzywoda, avalia que "existe um potencial gigante para ampliar essa categoria" no mercado nacional. 

Os números do consumo per capita corroboram essa avaliação. Enquanto no Brasil, foram 5,4 quilos per capta ano passado, em países como Chile e Argentina, a demanda por habitante supera os 10 quilos, observa o executivo. Ele nota ainda que a maior parte do consumo no Brasil está focada em queijos básicos, como mozzarella em peça, queijo prato e requeijão. A Lactalis, no entanto, está focada em queijos finos, de maior valor. "Queremos desenvolver essas categorias [queijos finos] aqui no Brasil", afirma. Conforme os dados da Abiq, a mozzarella representa cerca de 30% da produção total de queijos no Brasil. Já os queijos finos têm uma fatia bem menor, de 6,5%. Levantamento da Eumonitor mostra que as vendas de queijos no varejo nacional em 2015 somaram R$ 19,406 bilhões. (Valor Econômico)
 

Lactalis já briga pela liderança em queijos

Desde que chegou ao Brasil em agosto de 2013, a francesa Lactalis deu sinais claros de que tinha grandes ambições para o mercado de queijos do país. Quase três anos depois, a companhia ¬ fundada em 1933 em Laval, na França, como uma pequena fábrica de queijos artesanais ¬ dá passos importantes para buscar se consolidar como líder no segmento no Brasil. A empresa, que em 2013 comprou a Balkis e no ano seguinte os ativos de lácteos da BRF e fábricas da LBR, iniciou no país a produção de mozzarella fresca com a marca Galbani, tradicional na Itália e em outros países europeus. Além disso, está começando a fabricar queijos mozzarella e prato, em peça, com a reconhecida marca francesa Président em unidades brasileiras. Embora o mercado para a mozzarella fresca seja mais restrito, o início da produção das duas marcas internacionais no Brasil é o sinal mais visível da importância que o país tem na estratégia da companhia francesa, maior produtora de queijos do mundo, com faturamento global de € 16,5 bilhões em 2015. A mozzarela fresca está sendo produzida na fábrica da Lactalis em Santo Antônio do Aracanguá (SP). Já os queijos mozzarela e prato, em peça com a marca Président, são fabricados nas plantas de Ijuí e Três de Maio, ambas no Rio Grande do Sul, e também na unidade paulista. 

O CEO da Lactalis do Brasil, o polonês Marek Warzywoda, é econômico nas informações sobre as novas linhas de produção no país, mas não esconde o entusiasmo com o potencial de crescimento no mercado brasileiro de queijos. "O grupo tem uma ambição gigante (...) de ser o número um em queijo no Brasil. É exatamente o que o grupo está fazendo no mundo todo", afirmou em entrevista ao Valor. Segundo ele, para garantir essa posição no país, a Lactalis prevê investimentos por um período de cinco anos. O montante do aporte, porém, o executivo não revela. Para produzir a mozzarella fresca Galbani no Brasil, a Lactalis reorganizou a fábrica de Santo Antônio do Aracanguá, onde foram instalados equipamentos importados da Itália. Warzywoda diz que o plano do grupo francês é seguir no Brasil a mesma estratégia introduzida em outros países em que a empresa está. A Lactalis adquiriu a Galbani, líder em queijos na Itália em 2006. Hoje, o grupo francês tem 20 fábricas no mundo produzindo itens da marca italiana. "A estratégia é ter uma produção local, fabricar aqui uma parte de portfólio Galbani, de produtos frescos, e ao mesmo tempo importar outros queijos da marca produzidos na Itália, como o grana padano", explica. A crise no Brasil não amedronta a Lactalis. De acordo com Warzywoda, o interesse pela mozzarella fresca cresce no mundo todo, independentemente da situação macroeconômica. "Temos certeza de que existe um mercado para esse produto. O que está em análise é como esse mercado vai se desenvolver. Sabemos que temos grande oportunidade com esse tipo de queijo, mas temos de analisar a velocidade de desenvolvimento dessa categoria aqui no Brasil". Numa primeira etapa, a capacidade de produção de mozzarella fresca com a marca italiana no Brasil será de 300 a 400 toneladas para um período de 12 meses. Mas o executivo avalia que haverá espaço para volumes maiores e diz que a empresa tem flexibilidade para produzir mais se houver demanda. 

O produto será vendido no varejo e no food service. Inicialmente, será distribuído no Estado de São Paulo, mas o plano é ter distribuição nacional. Sobre a produção de mozzarella e queijo prato com a marca Président no país, o CEO da Lactalis do Brasil, novamente, revela pouco. Foram necessários investimentos em equipamentos nas unidades e feitas adaptações em linhas já existentes, diz. O alto consumo do mozzarella no país surpreende Warzywoda, que admite que a capacidade de produção desse item é elevada. "Temos possibilidade de produzir em três fabricas, mas flexibilidade para nos adaptarmos à demanda". Segundo ele, os dois produtos se enquadram na categoria commodities e serão comercializados no varejo, em peça para fatiamento ou já fatiados, em todo o país. Os queijos finos da marca Président, como brie, camembert, continuarão a ser importados da França. A visão da Lactalis, afirma Warzywoda, é que "para ser número 1 no mercado de queijo local, é preciso ter a possibilidade de produzir marcas locais mas também internacionais nesse mercado". Ademais, é preciso "aproveitar a oportunidade de usar matéria¬prima local, para ter competitividade", acrescenta. De fato, a decisão de passar a produzir queijos mozzarella e prato com a marca Président no Brasil era uma passo natural para a Lactalis. Isso porque, ao adquirir os ativos de lácteos da BRF, foi acordado que a francesa usaria a marca Sadia para esses queijos por um período determinado. Quando essa transição acabar, a marca Sadia não será mais utilizada pela Lactalis em seus queijos. No setor, a estimativa é de que a Lactalis já seja a líder em volume no mercado de queijos do Brasil. Em valor, porém, a empresa fica atrás da Bongrain, que produz queijos com a marca Polenghi, e é controlada pela também francesa Savencia Fromage & Dairy. De acordo com a Euromonitor, a Bongrain teve uma participação de 10,5% do valor das vendas de queijos no varejo em 2015, que somou R$ 19,406 bilhões. A Lactalis ficou com 8,2% desse total. O Laticínios Tirolez foi o terceiro, com 4,9%. 

O valor não considera vendas no food service. Segunda maior na captação de leite no país, a Lactalis produz queijos em cinco de suas 17 fábricas de lácteos no Brasil e tem duas marcas locais para esse produtos, Balkis, focada em São Paulo, e Boa Nata, com presença em Minas Gerais e Rio de Janeiro, principalmente. No mundo, a francesa, que é dona da Parmalat, tem mais de 200 unidades de produção em 42 países, e captou 15,6 bilhões de litros de leite em 2015. (Valor Econômico)

 
Seapi inaugura laboratório

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) inaugurou ontem seu novo Laboratório de Triagem, com capacidade de armazenamento de até 100 mil amostras de material biológico veterinário para análises de sanidade animal. Segundo o secretário Ernani Polo, o empreendimento tornou-se possível graças à parceria com o Fundesa, que participou da reforma da estrutura com R$ 55 mil. "Vamos receber, conferir e encaminhar todas as amostras que necessitem de análise, aprimorando nosso serviço na área sanitária", afirmou o secretário, que anunciou a disponibilização de um veículo exclusivo e equipado para o transporte desses materiais. O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da secretaria, Marcelo Göcks, comemora a inauguração do laboratório, cujas funções já vinham sendo feitas pela seção, mas sem as condições adequadas. As amostras coletadas eram armazenadas em geladeiras distribuídas nas salas do próprio departamento. "Agora teremos tecnologia de resfriamento em local próprio e oito servidores habilitados a conferir essas amostras e enviá-las para os laborató- rios de análises ou rejeitá-las, no caso de estarem impróprias, e exigirem novas coletas", explica. Para o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, a participação do fundo é o reconhecimento da necessidade de qualificação da defesa sanitária. "A iniciativa privada tem interesse em contribuir para melhorar este processo", afirmou. (Correio do Povo)

 
 
Lableite Acreditado
A Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, obteve no final de maio a acreditação pelo Inmetro de seu Laboratório de Qualidade do Leite (Lableite). Fundado em 2005, o centro qualifica por mês até 10 mil amostras de leite produzido n a região. " A acreditação dá visibilidade ao laboratório e eleva seu padrão de confiabilidade", diz a coordenadora, Maria Edi Ribeiro. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 03 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.280

 

  Entidades pedem decreto para regulamentar fatiamento

Lideranças de diversas entidades do setor produtivo e varejista estiveram na manhã desta quinta-feira (2/6) na Secretaria Estadual de Saúde para pedir ao secretário João Gabbardo dos Reis que edite um decreto que regularize a situação dos estabelecimentos que fatiam produtos lácteos e embutidos. Participaram do encontro o secretário da Agricultura, Ernani Polo, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, e o diretor-executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entre outras autoridades. (Assessoria de Imprensa)
 
 

Brasília FestLeite 2016 

A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios - G100 promoveu a edição simplificada do 2º Brasília FestLeite, que foi realizado ontem, comemorando o Dia Mundial do Leite. O Presidente do G100, eleito recentemente, Pedro Augusto F. Guimarães abriu o evento, e junto com Cesar Helou, Diretor da Piracanjuba e Conselheiro do G100, foram os anfitriões do evento.

O representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic abordou o tema: Leite e Produtos Lácteos na nutrição humana, no Mundo. Como entidade responsável pela instituição do Dia Mundial do Leite, a FAO desenvolve inúmeros trabalhos para o incentivo da produção e consumo de leite, como forma de combater, simultaneamente, a pobreza e a desnutrição, principalmente em comunidades carentes.

 

Nilson Muniz, Diretor-Executivo da ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Viva) falou sobre "A Conjuntura do Leite no Mundo e no Brasil". O setor lácteo está passando por uma das maiores crises da sua história ao nível mundial, não somente no que se refere ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda, mas também por enfrentar uma crise econômica longa e profunda, que se arrasta desde 2008.


 
A Frente Parlamentar em Defesa da Bovinocultura do Leite, através de seu presidente, Deputado Celso Maldaner, aproveitou a oportunidade para mostrar o andamento dos projetos de interesse do setor lácteo no Congresso Nacional. Paulo Martins, da Embrapa Gado de Leite, aproveitou para divulgar o Sistema de Inteligência e Monitoramento Temporal e Espacial da Qualidade do Leite (SIMQL), desenvolvido pela Embrapa. Esse monitoramento pretende construir um banco de dados com os resultados das análises de leite feitas no país.

Com isso, será mais fácil detectar regiões, ou mesmo condições de produção que alteram a qualidade do leite. O Sistema foi lançado no início do mês de maio e estará sendo implantando em uma parceria da Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 
Após os debates, as associadas do G100, Piracanjuba e Tirolez, receberam os convidados do evento para degustação de produtos. Alan Bojanic também distribuiu aos participantes o livro: Leite e produtos lácteos na nutrição humana, tradução para o português do original: Milk and dairy products in human nutrition. (Terra Viva)

Grupo inicia estudos para aumentar plantio

O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, propôs a meta de aumentar em 13% a área cultivada com milho no Rio Grande do Sul em reunião com representantes de toda a cadeia produtiva e consumidora do grão, ontem, em Porto Alegre. Inspirada no modelo que está sendo implantado pela Secretaria de Agricultura de Santa Catarina, a iniciativa prevê a criação de um pacote de insumos -- sementes, custos e seguro agrícola estariam incluídos --, subsidiado pela indústria e cerealistas, e o estabelecimento de um preço futuro para o grão. O produtor contrataria o pacote e pagaria com a colheita. "Criamos um grupo de trabalho que vai se reunir novamente sexta-feira para dar andamento à discussão, já em nível técnico, de como implementar o modelo. Foi uma proposta que animou os entes ligados à cadeia produtiva", comentou Polo. "Isso deve amenizar o déficit de milho que o Estado vem enfrentando nos últimos anos", previu. O secretário destacou que o programa realça o papel do milho na rotação das culturas e no melhoramento do solo. Segundo Polo, é preciso criar uma alternativa para equilibrar o setor com incentivo à produção de milho, ao aumento da área plantada e ao abastecimento do grão para quem precisa. 

O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, afirma que as últimas duas safras gaúchas de milho registraram um volume pouco maior que 5 milhões de toneladas cada, sendo que a estimativa de consumo do grão no Estado está entre 6e7milhões de toneladas, com um déficit anual de cerca de 1,5 milhão de toneladas. "A cadeia do milho no Estado é importantíssima, pois está ligada às produções de leite e carnes. Tivemos o primeiro contato com a proposta, que deve propiciar um crescimento conjunto de todo o setor", comentou Pires. 

O dirigente ressalta, entretanto, que é importante manter um preço atrativo ao produtor, ou este terá todo o direito de direcionar sua colheita à exportação. O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, elogiou a iniciativa da Secretaria de Agricultura. "É necessário aumentar a área plantada e a produtividade. Além disso, é importante para o Estado manter o milho aqui dentro, o que vai ampliar significativamente o recolhimento do ICMS", avalia. (Correio do Povo)

Rússia estenderá embargo à UE até o final de 2017

O embargo russo aos produtos alimentícios da União Europeia (UE) se estenderá até o final de 2017, mas a lista de alimentos banidos ou países afetados não mudará de acordo com um projeto de decreto do governo. Ele não pretende ampliar a lista de alimentos proibidos, que atualmente afeta frutas, vegetais, carnes vermelhas, carne de aves, peixe, leite e lácteos, nem aumentar os países afetados pelo embargo, disse o ministro da Agricultura, Alexander Tkachev.

"O Ministério da Agricultura da Rússia já começou a preparar um projeto de decreto fornecendo extensão às medidas de resposta até o final de 2017. A lista de produtos agrícolas não deverá expandir, estamos falando apenas de estender a duração". O embargo deveria terminar no final do verão (europeu) desse ano.

O projeto de decreto será enviado ao presidente, Vladimir Putin, para aprovação. "O embargo atualmente está efetivo até o final de agosto", disse o Primeiro Ministro, Arkady Dvorkovich. "Eu acho que esses documentos serão aprovados, a menos que mudanças miraculosas ocorram na geopolítica".

Ele disse que a extensão do embargo significa "boas notícias para os produtores agrícolas domésticos". Entretanto, um relatório da Comissão de outubro de 2015 descobriu que os produtores russos não estão sendo capazes de acompanhar a demanda por certos produtos, notavelmente queijos e lácteos. "Do lado da demanda, o consumo russo e as importações continuam abaixo das do ano passado, porque a Rússia não pode compensar a redução nas importações de queijos dos países 'banidos' nem importando mais de outros países e nem produzindo mais domesticamente".

"Recentemente, plantas de processamento na Nova Zelândia receberam autorização para exportar novamente à Rússia, mas nenhum fluxo importante de queijos é esperado. Parece que a produção de 'queijos' análogos mais baratos (baseados em proteínas lácteas e gorduras vegetais) está sendo desenvolvida".

De acordo com dados da UE, as exportações à Rússia caíram 43% - uma perda de cerca de €4,4 bilhões (US$ 4,90 bilhões) - entre agosto de 2014 e junho de 2015 comparado com o mesmo período do ano anterior, embora essas perdas tenham sido de alguma forma compensadas pelas maiores exportações a outros países, como Estados Unidos, China, Hong Kong, Coreia do Sul e outros mercados asiáticos.

Em novembro do ano passado, a analista do Euromonitor, Kinda Cheib, disse que Itália, Espanha, França e Reino Unido provavelmente perderiam menos de 1% em receitas de exportação devido à continuidade do embargo, com os países menores sendo mais afetados. "Países menores como Estônia deverão ser os mais impactados. O país deverá registrar queda de 16% nas receitas de exportações". Em agosto do ano passado, a Rússia estendeu o embargo, incluindo Islândia, Liechtenstein, Albânia e Montenegro.

Em 2013, a Rússia era o segundo destino mais importante de alimentos agrícolas para países europeus, representando cerca de €11,6 bilhões (US$ 12,93 bilhões). 

Em 02/06/16 - 1 Euro = US$ 1,11503
0,89672 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são do Foodnavigator.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Seapi e CCGL firmam acordo

A Secretaria de Agricultura (Seapi) e a CCGL firmaram, ontem, termo de cooperação para a certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose. A meta é atingir, em dois anos, todo o rebanho que fornece leite para a cooperativa, que inclui 40 mil vacas nas regiões Central, Serra e Noroeste. Segundo o secretário Ernani Polo, outras 15 empresas devem assinar acordos semelhantes em breve. O Estado conta com 500 propriedades credenciadas como livres das duas doenças. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 02 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.279

 

  Sindilat participa de encontro sobre desafios do setor para os próximos 20 anos 

Adaptação às mudanças climáticas, geração de valor, sustentabilidade, qualidade de vida e apoio à construção de políticas públicas são os cinco desafios do setor lácteo para os próximos 20 anos. As diretrizes foram listadas nesta quinta-feira (2/6), durante workshop realizado pela Embrapa Clima Temperado. O encontro, que ocorreu na Estação Terras Baixas, em Capão do Leão (RS), reuniu representantes de instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação e entidades da cadeia produtiva do leite. 

Durante o evento, foram apresentados os principais projetos desenvolvidos pela instituição por meio do Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária Leiteira (Sispel), que comemora 20 anos de atividades em 2016. "Foi um importante encontro para tomarmos conhecimento dos projetos que a Embrapa já desenvolveu e também para discutirmos a construção de novos projetos que levem em conta as necessidades do campo e da indústria", destacou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, citando a importância das empresas manterem o foco em inovação, sustentabilidade e competitividade, respeitando os valores e tendências de uma economia globalizada. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 

Anvisa mantém prazo para indústrias identificarem alergênicos no rótulo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve o prazo para as empresas alimentícias especificarem em seus rótulos os ingredientes que podem provocar alergia, como leite, soja, amendoim e trigo. A decisão ocorreu durante reunião da diretoria colegiada realizada na manhã desta quarta-feira (1/6), em Brasília/DF. Com o pedido de prorrogação da RDC 26/2015 negado por unanimidade pelos componentes do colegiado da agência, as indústrias têm até o dia 2 de julho para se adequar às exigências com novas embalagens ou utilizar adesivo com as informações adicionais sobre os riscos de alergia. 
 Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou que as empresas associadas ao Sindilat já possuem cerca de 90% dos seus rótulos ajustados à resolução. "O número de embalagens que ainda precisam ser ajustadas é relativamente pequeno", destacou. 

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o assunto será levado para debate entre os associados para estudo das ações cabíveis para minimizar o impacto da medida para os laticínios gaúchos. Uma das hipóteses em estudo é a orientação para o uso de etiquetas que indiquem a presença de alergênicos nas embalagens, o que evitaria o descarte do material já confeccionado e estocado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Fonterra anuncia previsão de preço do leite para a estação de 2016/17

A Fonterra Co-operative Group Limited anunciou na semana passada a previsão de abertura do preço do leite, de NZ$ 4,25 (US$ 2,84) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,35 (US$ 0,23) por quilo de leite - para a estação de 2016/17, o que denota um aumento de 35 centavos (23,41 centavos de dólar) com relação à previsão para a estação atual.

O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a previsão leva em conta uma série de fatores, incluindo a alta taxa de câmbio do dólar neozelandês com relação ao dólar americano, os volumes fornecidos de outras importantes regiões produtoras de leite, os atuais níveis de estoques globais e a previsão econômica de importantes importadores de lácteos.

"As condições nas fazendas são muito desafiadoras. A força do balanço patrimonial da cooperativa está nos permitindo aumentar a taxa de avanço na primeira metade da nova estação. Também traremos pagamentos adiantados para essa estação. Isso fornecerá certa assistência com os fluxos de caixa nas fazendas. Estamos fazendo isso enquanto continuamos com nossas políticas e mantemos nossa disciplina financeira", comentou John. 

Segundo ele, o dólar neozelandês está relativamente alto e atualmente está impactando os preços do leite e as previsões. "Esperamos que os preços globais dos lácteos melhorem gradualmente durante a estação à medida que os produtores do mundo todo reduzem a produção em resposta aos menores preços do leite. Entretanto, continuamos pedindo cautela com os orçamentos nas fazendas", completou.  

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que os fundamentos de longo prazo para os lácteos globais continuam positivos com a demanda devendo aumentar em 2% a 3% por ano devido à crescente população mundial, aumento das classes médias na Ásia, urbanização e fatores demográficos favoráveis".

"Além da desaceleração no crescimento da oferta global, estamos vendo as importações em importantes mercados de lácteos melhorando em comparação com o ano anterior. O crescimento do consumo de lácteos da China continua positivo e sua demanda por importações tem se mantido estável durante os últimos eventos do GlobalDairyTrade. Esperamos que esses direcionadores resultem no reequilíbrio do mercado comercializado globalmente. Permaneceremos focados em garantir os melhores retornos possíveis para nossos produtores, convertendo seu leite em produtos de alto valor para clientes em todo o mundo".

Não houve mudanças para a previsão para a atual estação, de 2015/16, que continua em NZ$ 3,90 (US$ 2,60) por quilo de sólidos do leite e NZ$ 0,32 (US$ 0,21) por quilo de leite.

Em 30/05/16 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,66904
1,49289 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Consumo 

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) instituiu o dia 1º de junho como o Dia Mundial do Leite. Atualmente, a produção mundial ultrapassa 500 bilhões de litros por ano. O Brasil é o quinto maior produtor do mundo, atrás da União Europeia, Índia, Estados Unidos e China. No País, Minas Gerais é o Estado que tem maior volume de produção: são mais de 9,5 bilhões de litros por ano, participação de 26,63% do total. No último ano, o Valor Bruto da pecuária leiteira do Estado foi estimado em R$ 8,01 bilhões. Segundo o IBGE, o Estado detém um rebanho efetivo de 5,9 milhões de vacas ordenhadas, com produtividade média de 1.612,7 litros /vaca /ano.

A maioria dos mais de 350 mil produtores são considerados de pequeno e médio portes, o que mostra a importância social da cadeia leiteira no Estado. No Brasil, depois de Minas Gerais, que lidera em volume de produção, participando com 26,63%, vem o Rio Grande do Sul (13,32%), além do Paraná (12,89%), Goiás (10,47%) e Santa Catarina (8,48%). No Estado, destaca-se a região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, que produz 25,88% do volume total. Logo atrás vem a região Sul/Sudoeste de Minas (15,81%), Central Mineira (6,06%), Vale do Rio Doce (8,62%) e Zona da Mata (8,31%). Atualmente o Brasil ocupa a 65ª posição no consumo mundial de produtos lácteos, com uma média anual de 170 litros por pessoa, valor abaixo do ideal estabelecido pelas Nações Unidas, que é de 200 a 220 litros por ano. (Diário do Comércio)

Queijos
Lojas e produtores de queijo confiam na fidelidade do consumidor do alimento para atravessar a crise econômica sem prejuízos. Empresas de São Paulo e Minas Gerais planejam abrir pontos virtuais para dinamizar as entregas e aumentar a produção de itens artesanais em até 40%, em 2016. Em alguns comércios, no primeiro bimestre, houve alta de 25% no faturamento, comparado a igual período do ano passado. No bairro de Pinheiros, em São Paulo, a Mercearia Mestre Queijeiro, criada há dois anos, vende 45 tipos de queijos de 30 produtores de dez Estados. O mais vendido é o minas da Serra da Canastra. Uma peça de um quilo custa R$ 76, diz o dono da loja, Bruno Cabral, que também trabalha como comprador, vendedor, entregador e maturador de queijos. Cabral teve a ideia de montar a empresa quando estudava gastronomia na Espanha, em 2007. Em Barcelona, trabalhou em um estabelecimento que vendia mais de 350 opções do produto. "Foi ali que comecei meus estudos no setor. Fiz um curso de produção promovido pelo governo da Catalunha e me tornei o especialista em queijos da loja, por três anos", lembra. Depois de oito anos na Europa, fundou a Mestre Queijeiro como uma distribuidora. "A coisa cresceu e achei que era a hora de abrir uma loja." (Valor Econômico)

 

Porto Alegre, 01 de junho de 2016                                                Ano 10- N° 2.278

 

  Leilão GDT: índice de preços apresenta leves elevações

 O resultado do leilão GDT desta quarta-feira (01/06) registrou alta de 3,4% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$ 2.329/tonelada. Apesar da alta, o leite em pó integral apresentou queda de 1,7% em relação ao leilão passado sendo comercializado a US$ 2.205/tonelada. 

O leite em pó desnatado foi o que apresentou forte variação, com elevação de 12,1%, fechando a US$ 1.867/tonelada. O queijo cheddar foi comercializado a US$2.669/tonelada, tendo elevação de 7,8% em relação ao leilão anterior, segundo o índice de preços do leilão GDT.

Foram vendidas 24.046 toneladas de produtos lácteos neste leilão, cerca de 13,3% abaixo do volume no mesmo período do ano passado, o que mostra que o mercado não tem apresentado sinais expressivos de melhora.

Os contratos futuros de leite em pó integral continuam sem apontar para grandes mudanças ao longo de 2016. Até dezembro, as projeções estimam preços entre US$2.186 e US$2.216/ton, sem nenhuma alteração significativa no atual patamar de preços (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint)

 
 

 

Safra de leite mais 'justa' no Sul tende a sustentar preços

Problemas climáticos no período de formação das pastagens de inverno, preços baixos no ano passado e concorrência com culturas mais rentáveis como soja e milho estão reduzindo a produção de leite no Rio Grande do Sul, segunda maior bacia leiteira do país. Além da oferta menor, a safra também tende a atrasar, o que deve manter os preços sustentados em nível nacional. Isso porque a produção do Sul costuma amenizar a escassez durante a entressafra no Sudeste e Centro ¬Oeste, quadro que está mais grave neste ano. O presidente do Conselho Estadual do Leite (Conseleite/¬RS), que reúne entidades de produtores e indústrias, Jorge Rodrigues, estima que a produção gaúcha no acumulado até maio ficará cerca de 20% menor do que no mesmo período de 2015. De acordo com ele, os volumes de junho e julho também devem permanecer abaixo do normal por conta do atraso das pastagens. Conforme o IBGE, as indústrias no Rio Grande do Sul adquiriram 1,373 bilhão de litros de leite cru no Estado de janeiro a maio de 2015. Em junho e julho foram mais 590,7 milhões de litros. O Estado é o segundo maior produtor nacional de leite, com 3,488 bilhões de litros vendidos para a indústria em 2015, atrás de Minas Gerais, com 6,440 bilhões de litros. Rodrigues afirma que os preços aos produtores não acompanham o aumento dos custos há dois anos, e a tendência deve persistir nos próximos meses. 

Por isso, a soja ocupou áreas de pastagens devido à melhor rentabilidade. Segundo ele, o preço de referência do produto padrão foi de R$ 0,9886 por litro em abril e deve avançar para R$ 1,0091 em maio. "Estamos abaixo da média [de produção] no segundo trimestre, e a dificuldade deve se manter no terceiro", diz o assistente técnico estadual de leite da Emater¬/RS, Jaime Rias. Segundo ele, o desestímulo gerado pela redução (deflacionada pelo IGP¬M) de 9,7% nos preços médios ao produtor apurados pela entidade em 2015, soma¬-se à alta dos custos com insumos como fertilizantes, e também do milho e farelo de soja usados na ração para o gado leiteiro. Para o consumidor, a alta nos preços do leite UHT nos supermercados gaúchos chegou a 30% desde o início do ano, para cerca de R$ 2,70 o litro, calcula o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat¬/RS), Alexandre Guerra. Rias diz que o excesso de chuva e de geadas no outono prejudicou a formação das pastagens de azevém e aveia, típicas de inverno, e algumas áreas serão ocupadas por lavouras de milho em julho e agosto, o que sinaliza problemas mais adiante. Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em mercado de lácteos, acrescenta que houve menor disponibilidade de sementes para o plantio das pastagens este ano. Essa escassez é decorrência do excesso de chuvas em abril de 2015, que levou ao alagamento de algumas regiões de plantio no Sul. Agora, as áreas de pastagens plantadas em abril deste ano enfrentam escassez de chuvas em alguns regiões e excesso em outras, segundo Galan. "Deve haver um comprometimento da produção da pastagens", diz. 

Outro fator que pode afetar a oferta de leite na região Sul são os preços altos do milho que desestimulam o investimento, pelos produtores, na ração para o gado. Diante desse cenário, diz o analista, a produção na safra de leite do Sul não deve ser tão grande quanto se imaginava. "Normalmente, o pico de preços do leite [no país] acontece em maio e junho e a partir de julho começa a cair. Mas, este ano, os preços mais altos tendem a se sustentar". Com a menor produção local de leite e os baixos preços internacionais, as importações de leite em pó pelo Brasil subiram 26,8%, para 35,7 mil toneladas de janeiro a abril deste ano, segundo o Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires, essa é mais uma "ameaça" que pode desestimular os produtores gaúchos. (Valor Econômico)
 

Governo já tem até oito alvos para acordos bilaterais 

À caça de acordos bilaterais para dar mais dinamismo ao comércio exterior e inserir o país nas cadeias globais de produção, o chanceler José Serra dispõe de um punhado de alvos imediatos. São países com quem o governo brasileiro já vinha conversando nos últimos meses sobre a possibilidade de lançar ou intensificar negociações, mas cujas perspectivas ganham nova dimensão com as diretrizes recém¬ anunciadas pelo novo ministro. Fora da América do Sul, região onde produtos brasileiros já gozam de acesso privilegiado, pelo menos seis a oito países ou blocos econômicos estão no radar das equipes diretamente responsáveis no governo pelas negociações de novos acordos bilaterais. Os resultados mais rápidos podem vir das discussões com o México. Elas não precisam ser tocadas em conjunto pelo Mercosul porque foram iniciadas antes da norma que impede seus sócios de negociar isoladamente. O acordo atual concede descontos mútuos nas tarifas de importação para quase 800 produtos industriais e agrícolas do Brasil. Há consenso para expandir essa lista para cerca de 4,5 mil itens. Busca-¬se uma ampliação ainda maior, para até 6 mil produtos, com redução gradual das tarifas em um período máximo de dez anos. 

O novo tratado, que envolverá maior abertura em serviços e em compras públicas, tem boas chances de ser assinado no segundo semestre. O Mercosul, no entanto, não é visto como empecilho por funcionários do governo brasileiro acostumados às negociações comerciais. A Argentina tem adotado um discurso de maior liberalização após a posse do presidente Mauricio Macri. Uruguai e Paraguai, dependentes de mercados externos e com menos setores para proteger, têm uma postura historicamente mais agressiva. O único complicador apontado pelos brasileiros, em conversas reservadas, é a Venezuela. E a razão passa longe de divergências ideológicas. O país, que exercerá a presidência rotativa do bloco na segunda metade do ano, tem menos estrutura e experiência administrativa para concentrar as atividades negociadoras ¬ isso exige organizar reuniões, compilar textos e liderar discussões entre os sócios do Mercosul. Dois blocos estão na mira para acordos de livre comércio. Um é o EFTA, formado por quatro países ¬ Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein ¬ que não aderiram à União Europeia. Eles têm uma reunião agendada para a próxima semana, em Montevidéu, a fim de explorar a possibilidade de lançamento de negociações formais. A avaliação brasileira é que existe um caminho livre para avançar. Por ter apenas quatro membros, esse bloco não precisa enfrentar o mesmo exaustivo trâmite de consultas internas que Bruxelas precisa fazer aos 28 integrantes da UE ao discutir ofertas de liberalização para o Mercosul.

No caso da SACU, união aduaneira liderada pela África do Sul, os sul¬-americanos já têm um acordo de preferências tarifárias desde 2008. As alíquotas menores só entraram em vigência há dois meses porque o Congresso Nacional, no Brasil, aprovou um texto remetido pelo governo que tinha erros de tradução do inglês para o português e precisou ratificá-¬lo novamente para corrigir as falhas constatadas. Agora, os dois lados querem discutir um tratado que não beneficie apenas setores específicos e cubra uma parte "substancial" do comércio. Outra frente considerada promissora é com o Canadá. Há interesse manifestado pelos canadenses e a indústria brasileira não indicou, em consulta pública realizada pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) no ano passado, grande quantidade de setores com necessidade de proteção ¬ conhecidas pelas áreas técnicas como "sensibilidades". O mapeamento de interesses "ofensivos" e "defensivos" feito pelo MDIC ¬ rebatizado como Ministério da Indústria, Comércio e Serviços ¬ com a iniciativa privada abrangia possibilidades de negociações com outros três países: Índia, Tunísia e Líbano. "Todos oferecem perspectivas promissoras", afirma o ex¬-ministro Armando Monteiro. Ele não vê contraposição, mas complementaridade entre os acordos bilaterais e as discussões no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que considera o foro adequado para buscar redução dos subsídios à agricultura. 

Para o embaixador Régis Arslanian, que chefiou a equipe de negociadores do Itamaraty na década passada e hoje é sócio-¬sênior da GO Associados, Serra poderá colher os primeiros resultados em pouco tempo. A ampliação da cobertura de acordos existentes, como SACU e Índia, tende a ser mais rápida. "É uma tarefa que o novo chanceler poderia levar adiante, com resultados, em um período de seis a oito meses." Para tratados de livre comércio, que eliminam completamente as tarifas de pelo menos 85% a 90% dos produtos, o desafio é maior. Arslanian ressalta que os acordos discutidos atualmente não abrangem só bens e entram na discussão de temas como serviços, compras governamentais, normas técnicas e regras ambientais ou trabalhistas. Por isso, sem deixar de buscar a abertura para seus produtos agropecuários, o embaixador recomenda que o Brasil não fique refém da agenda agrícola para sentar¬-se à mesa de negociações com outros parceiros. "Precisamos demonstrar espírito construtivo e que somos guiados pela flexibilidade", frisa Arslanian. Monteiro concorda com a visão de que as negociações não passam mais somente pela questão de bens, mas afirma que sua gestão à frente do ministério já havia se pautado por esse princípio. Tanto que foram fechados acordos com os Estados Unidos, que não dependiam do Mercosul, para harmonizar regras e normas técnicas para setores da indústria. Acordos de serviços, de investimentos e compras governamentais foram firmados com países da América do Sul e da África. (Valor Econômico)

 

 Laticínios vencem o Top of Mind 
A marca Elege e a Cooperativa Santa Clara receberam o prêmio Top Of Mind como a marca mais lembrada pelos gaúchos na categoria Leite e Queijos, respectivamente. Na pesquisa, realizada pela Revista Amanhã em parceria com a Segmento Pesquisas, a Santa Clara, que é vencedora pelo sexto ano consecutivo, conquistou 33,3% da lembrança dos entrevistados. A cerimônia de premiação foi realizada na noite de terça-feira (31/05), na Sogipa em Porto Alegre. Na categoria Leite, pela qual Elege foi a primeira colocada, na sequência foram as marcas Piá, Parmalat, Dália e Santa Clara, respectivamente. Além dos premiados, o evento também reuniu comunicadores e convidados. Para prestigiar a conquista da Santa Clara, o presidente do Sindilat e diretor administrativo e financeiro da cooperativa, Alexandre Guerra, marcou presença na premiação. Em 26 edições da premiação, este é o sexto ano em que o segmento Queijos é pesquisado. A pesquisa ouviu a opinião de 1200 pessoas, com idades entre 16 e 65 anos, de todas as classes sociais, em 34 municípios do Rio Grande do Sul. Em 2016, a pesquisa mapeou as marcas mais lembradas em 124 categorias. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Porto Alegre, 31 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.277

 

  Workshop vai discutir tendências para a bovinocultura de leite

 
 

Em comemoração aos 20 anos do Sistema de Pesquisa e Desenvolvimento em Pecuária Leiteira (Sispel), a Embrapa Clima Temperado promove na próxima quinta-feira (2/6) um workshop para discutir as tendências e elencar as prioridades para o desenvolvimento da bovinocultura de leite para os próximos 20 anos. O evento tem início às 8h30min e ocorre na Estação Experimental Terras Baixas, em Capão do Leão (RS).

Intitulado SISPEL +20, o workshop busca integrar as instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação com a cadeia produtiva do leite. O Sindilat participará do encontro com a presença do presidente Alexandre Guerra, do secretário-executivo Darlan Palharini e a consultora de Qualidade Letícia Vieria Cappiello.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, a proposta do encontro também é apresentar as principais tecnologias, processos, produtos e serviços que a Embrapa disponibiliza para a sociedade. Mais informações pelo telefone (53) 3275-8410 ou pelo e-mail: clima-temperado.eventos@embrapa.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 


Qualidade do leite será tema de palestra no Dia Mundial do Leite
 


Dia Mundial do Leite - Daqui dois dias, 1º de junho, a Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios - G100 estará se reunindo com setores importantes da cadeia láctea, para comemorar o Dia Mundial do Leite, em uma edição simplificada do Brasília FestLeite.

Estará em destaque a palestra sobre o SIMQL, que será proferida pelo esquisador da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins. O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) lançado no dia 06 de maio por técnicos do MAPA e da Embrapa Gado de Leite, é um software desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Mapa, que terá a capacidade de gerenciar dados de amostras de leite em todo o país. 
 
De acordo com Paulo Martins, "os dados disponíveis até agora não geravam informações para o setor produtivo. Eles eram apurados isoladamente e não havia um sistema que os organizasse de maneira a permitir uma observação mais qualificada do leite produzido no Brasil". O SIMQL pretende resolver esse problema. A palestra será as 15h 15 minutos no Auditório Nereu Ramos, no subsolo do Anexo II da Câmara dos Deputados. (Terra Viva)


Alemanha: governo ajudará produtores de leite com mais de 100 milhões de euros

O que é atraente para os consumidores, é ameaçador para muitos agricultores. Os preços do leite estão em queda livre na Europa. Os mais de 70 mil produtores na Alemanha temem que isso custe a existência de seus estabelecimentos. Há meses que não conseguem sequer cobrir seus custos. Por isso, o ministro alemão da Agricultura, Christian Schmidt, convocou uma "cúpula do leite" ontem (30/05) para discutir medidas de emergência.

Após a reunião, Schmidt afirmou que o governo ajudará os produtores com mais de 100 milhões de euros, na forma de linhas de crédito e alívios fiscais, entre outras medidas. Produtores de leite recebem em média 23 centavos de euro por litro e, em algumas regiões, até menos que 20 centavos. Eles afirmam que seriam necessários pelo menos 30 ou 35 centavos por litro para que não tenham prejuízo. Como consequência, o número de estabelecimentos produtores de leite no país vem caindo pela metade desde 2000.Flutuações nos preços do leite não são novidade. Já em 2009, eles ficaram abaixo dos 22 centavos, subindo em 2013, temporariamente, para em torno dos 40 centavos. Desde então, o preço só cai. Vale lembrar que o negócio é desaquecido pela demanda mais fraca da China e dos países exportadores de petróleo. 

O bloqueio à importação pela Rússia, por causa do confronto na Ucrânia, faz com que mais leite permaneça na UE, diluindo os preços. Nos Estados Unidos e na Nova Zelândia a produção cresceu, assim como em alguns países da UE após o fim da cota que limitava a produção de leite na Europa, em 2015. Além disso, os agricultores aumentaram a produção, para tentar manter a receita, apesar dos preços baixos, o que faz com que a situação se agrave ainda mais.
A raiz do problema é a abundância de leite no mercado. A associação dos agricultores alemães acredita que as cooperativas de leite, que têm contato direto com os produtores, têm obrigação de discutir quais quantidades são possíveis de serem comercializadas a preços razoáveis. (MilkPoint)


Menores estoques chineses impulsionam preços do leite em pó neozelandês

Os preços do leite em pó integral da Nova Zelândia aumentaram 7% em maio com relação ao mesmo período do ano anterior direcionados pela menor oferta e maior demanda de exportação da China. Até esse mês, a demanda chinesa tinha caído com relação ao ano anterior, de acordo com a firma de análise de commodities,Mintec. 



Agora, com estoques estimados em 90.000 toneladas - 18% a menos que no ano anterior - a China começou a aumentar suas importações de leite em pó integral da Nova Zelândia à medida que quer repor seus níveis.

Suas importações totais aumentaram 25% com relação ao ano anterior nos primeiros três meses de 2016, para 204.000 toneladas, com a maioria vindo da Nova Zelândia. A maior demanda de exportação e a menor oferta resultaram em um aumento nos preços da Nova Zelândia para as commodities. (MilkPoint)

Vacinação chega ao fim
A primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa termina hoje com pelo menos 67% do rebanho gaúcho imunizado. De acordo com a fiscal agropecuária Graziane Rigon, da Secretaria de Agricultura, Pecuá- ria e Irrigação, o número deve crescer porque os pecuaristas têm até o dia 7 de junho para comprovar a vacinação na inspetoria sanitária de suas regiões. "Além disso, há um prazo de 30 dias para a tabulação dos dados pela secretaria, o que significa que o número final deve ser conhecido lá por 15 de julho", diz. A meta desta etapa é chegar a 90% de cobertura vacinal das 13,9 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos do Estado. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 30 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.276

 

  Brasília Fest Leite realiza sua 2º edição

A Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100) realizará no dia 1º de junho a segunda edição do Brasília Fest Leite. O evento acontecerá no auditório Nereu Ramos no anexo 2 da Câmara dos Deputados, Congresso Nacional (Brasília/DF), a partir das 14 horas de quarta-feira.

O Brasília Fest Leite vai contar com quatro palestras abordando temas importantes para a cadeia produtiva do leite e seus consumidores.

Após a abertura e composição da mesa às 14 horas, será iniciada a palestra do representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, falando sobre "Leite e Produtos Lácteos na nutrição humana no mundo". Em seguida, o Diretor Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de leite Longa Vida, Nilson Muniz, falará sobre "A Conjuntura do Leite no Mundo e no Brasil", às 14 horas e 50.

O chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, às 15 horas e 15 minutos, vai realizar a palestra sobre o Sistema de Inteligência do Monitoramento Temporal e Espacial da Qualidade do Leite. E para finalizar o ciclo de palestras, a Frente Parlamentar da Bovinocultura do Leite irá abordar o andamento dos projetos de leite de interesse do setor em tramitação no Congresso Nacional, às 15 horas e 45.  Antes do encerramento, às 17 horas, haverá degustação de produtos lácteos que acontece às 16. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
Leite/UE 

As compras de intervenção do leite em pó desnatado a preço fixo alcançaram o limite de 218.000 toneladas, apesar de ter sido dobrado um mês atrás. Por esse motivo a Comissão Europeia encerrou o programa de compras de intervenção a preços fixo. As ofertas apresentadas a partir de 25 de maio foram recusadas.

Foi aberto um novo sistema de intervenção por licitação, cuja primeira rodada vencerá no dia 7 de junho de 2016, às 12:00 horas (Horário de Bruxelas). O Comissário da Agricultura, Phil Hogan anunciou sua intenção de propor elevação do teto de intervenção a preço fixo para 350.000 toneladas. A intervenção de manteiga a preço fixo continua aberta, e até 15 de maio o volume comprado atingiu 84.572 toneladas, e o teto é de 100.000 toneladas. (Agrisalon - Tradução livre: Terra Viva)

Decreto transfere cinco secretarias para Casa Civil

O presidente da República em exercício, Michel Temer, transferiu cinco secretarias do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário para a responsabilidade da Casa Civil. Segundo Decreto publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, ficam transferidas: a secretaria especial de agricultura familiar e do desenvolvimento agrário; a secretaria de reordenamento agrário; a secretaria de agricultura familiar; a secretaria de desenvolvimento territorial; e a secretaria extraordinária de regularização fundiária na Amazônia Legal.

Ainda de acordo com o Decreto 8.780, ficam transferidas para a Casa Civil as competências de reforma agrária; de promoção ao desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares; e de delimitação das terra dos remanescentes das comunidades dos quilombos e determinação de suas demarcações, a serem homologadas por decreto.

O texto diz ainda que as competências transferidas serão exercidas pela Casa Civil de imediato, com a utilização das estruturas que dão suporte a elas. Com o Decreto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) passa a ser vinculado à Casa Civil da Presidência da República. Antes, ele estava vinculado ao antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário. (Correio do Povo)

Classe média em declínio

Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (Abep) mostra que de 2015 para 2016 a classe que abrange famílias com renda mé- dia de R$ 4,9 mil perdeu 533,9 mil domicílios. A categoria dos que ganham R$ 2,7 mil encolheu em 456,6 mil famílias. Ao mesmo tempo, classes mais pobres ganharam reforço. Na categoria de famílias com renda média de R$ 1,6 mil, o incremento foi de 653,6 mil domicílios. Outras 260 mil famílias passaram a fazer parte das classes D e E, com renda média de R$ 768. "Em termos absolutos é um acréscimo de mais de 910 mil famílias nas classes pobres em só um ano", afirma Luis Pilli, da Abep. Resultado que chamou a atenção é que a classe A, que conta com reservas e patrimô- nio para se defender da alta da inflação e do desemprego, cresceu em 109,5 mil famílias no período. Com isso, ao todo, 4 milhões de pessoas se movimentaram de alguma forma na escala social por causa da crise, mas a maioria perdendo status. (Correio do Povo)

Marca mais barata ganha espaço

O brasileiro faz de tudo para economizar. Esse movimento, que ocorre desde o ano passado, atinge várias frentes: do carrinho do supermercado às horas de lazer em família. Pesquisas feitas pela consultoria Nielsen ao longo de 2015 e no início deste ano mostram que 61% dos brasileiros estão economizando no entretenimento fora do lar, 64% reduziram os gastos com combustível e eletricidade e 44% decidiram trocar as marcas preferidas, priorizando preço. A migração atinge alimentos, bebidas, higiene e limpeza. Com isso, mais de 50% dessas categorias tiveram perdas nas vendas, principalmente marcas líderes. "Com mais de 10 milhões de desempregados no país, o consumidor está com o bolso apertado", afirma Domenico Filho, lí- der de indústria da Nielsen, que monitora o consumo. Segundo ele, a retração ocorre de forma generalizada, mas a classe C, a nova classe média que emergiu nos últimos tempos e que agora dá um passo atrás na escala social, é quem puxa para baixo o consumo de itens básicos. (Correio do Povo)

Dívida de empresas cai pela 2˚ vez

A dívida bruta total de 265 empresas de capital aberto brasileiras teve queda pelo segundo trimestre consecutivo entre janeiro e março, segundo levantamento da Economática. No período, o estoque da dívida ficou em R$ 1,317 trilhão, ante R$ 1,401 trilhão no último trimestre de 2015. De julho a setembro do ano passado, o estoque da dívida das companhias atingiu o patamar mais elevado dentro do período analisado (desde 2011), de R$ 1,423 trilhão.

A Economática nota que a dívida das empresas brasileiras de capital aberto tem correlação muito elevada com a variação cambial devido a empréstimos tomados em moeda estrangeira. Assim, a queda recente do dólar contribui para a redução do endividamento das companhias. O segmento com maior volume de dívida é o de petróleo e gás, com 34,55% do total ou R$ 455,08 bilhões, sobretudo devido à situação da Petrobras. No primeiro trimestre o endividamento da estatal atingiu R$ 450 bilhões. O segundo setor com maior estoque de dívida é energia elétrica: R$ 174,48 bilhões. Mineração vem na sequência com R$ 114,83 bilhões. (Correio do Povo)

Ásia terá forte crescimento na venda de carnes e lácteos, diz BMI
A Ásia deve se tornar uma das regiões com crescimento mais rápido nas vendas de carne e lácteos no mundo, acompanhando a crescente demanda mundial por alimentos ricos em proteínas, afirmou a consultoria BMI Research em nota. A BMI reforça que a venda de carnes e aves na Indonésia tende a crescer 11,9% por ano, atingindo US$ 18,5 bilhões em 2020. As vendas das Filipinas, por sua vez, aumentarão 9,7% ao ano, chegando a US$ 27,4 bilhões em 2020.A nota afirma ainda que os produtos lácteos vão experimentar um forte crescimento, com as vendas na Indonésia atingindo um crescimento anual de 12,4% e as Filipinas registrando um aumento de 10% ao ano na venda desses alimentos. (As informações são do Estadão)

 

Porto Alegre, 27 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.275

 

   Gadolando elege nova diretoria

Jorge Fonseca da Silva é o novo presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando). Em assembleia realizada na quarta-feira (25/05), na sede da Gadolando em Porto Alegre, foi eleita a nova diretoria para o biênio de 2016 a 2018, que também conta com os vice-presidentes Sarah Waihrich Salles, Vandir Regis da Silva Paiva, Ana Cristina da Silva Wendelsten e Itamar Tang. Nos últimos quatro anos, a Gadolando foi comandada pelo médico e criador Marcos Tang. 

Ao assumir o cargo, o novo presidente disse que tem um desafio a partir dos números alcançados pela diretoria anterior, e que o objetivo é dar mais atenção à valorização do produto. Ele defende a participação ativa da entidade nas políticas que afetam o preço do leite "Chegamos ao final do mês sem saber o preço do nosso produto. É preciso mudar esta mentalidade", frisou. A cerimônia foi prestigiada por lideramças do setor, entre elas o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínio do RS (Sindilat), Darlan Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Consulta pública que permite o registro de produtos de origem animal de forma eletrônica é aberta

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública para a instrução normativa que permitirá o registro dos produtos de origem animal de forma eletrônica, num único padrão. O registro deverá ser feito por meio de um sistema informatizado (em construção) que ficará disponível no site do Mapa. Hoje, o registro chega ao ministério em papel impresso e precisa de aprovação prévia. Com a informatização, o processo será muito mais rápido.

O projeto de instrução normativa estabelece os procedimentos de emissão, renovação, alteração, auditoria e cancelamento de registro de produtos de origem animal (carnes, mel, ovos, pescados e derivados) produzidos em estabelecimentos registrados ou relacionados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), bem como em empresas estrangeiras habilitadas a exportar para o Brasil. A consulta foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24) e vale por 60 dias.

"Com essa nova forma de fazer o registro, teremos maior agilidade na aprovação dos processos. Atualmente, o tempo varia de três a seis meses. Com a nova instrução normativa, a aprovação será imediata", ressalta o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. Com a mudança, as próprias empresas serão responsáveis pelo registro. E, se for necessário, o ministério fará auditorias para verificar a conformidade.

As sugestões para a consulta pública devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico cnt.dipoa@agricultura.gov.br ou para a Coordenação de Normas Técnicas da Coordenação-Geral de Programas Especiais do Mapa - Esplanada dos Ministérios - Bloco D - Anexo A - Sala 414 A - CEP 70.043-900 - Brasília - DF. (As informações são do Mapa)

El Niño está próximo do fim, avalia departamento da Austrália

O fenômeno climático conhecido como El Niño, que vem impactando lavouras ao redor do mundo desde o segundo trimestre de 2015, está perto de acabar, apontou o Departamento de Meteorologia da Austrália nesta terça-feira, 24. 

As temperaturas na superfície do mar na região tropical do Oceano Pacífico caíram e os ventos voltaram a soprar na direção normal, o que indica o fim do padrão climático do El Niño, avaliou o departamento em relatório. "Medições sugerem baixa probabilidade de que as temperaturas voltem aos níveis do El Niño."

O fenômeno, o mais forte verificado desde o início dos registros em 1950, alterou o regime de chuvas no mundo, provocando estiagem na Austrália, Ásia e África, enquanto causou fortes chuvas e enchentes na América do Sul. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 60 milhões de pessoas ficaram em situação de risco por causa da falta de alimentos provocada pela estiagem.

Apesar do fim do El Niño, há preocupação quanto à possível ocorrência do La Niña até o fim do ano. "Padrões e modelos internacionais indicam que a região tropical do Pacífico seguirá esfriando. De oito padrões, seis já estão confirmados, sugerindo que o La Niña deve se formar entre junho e agosto", afirmou o departamento. Ainda assim, o relatório aponta que as chances de o fenômeno ocorrer são de 50%.

O La Niña geralmente provoca secas acima do comum nas Américas do Norte e do Sul, enquanto aumenta a incidência de chuvas na Oceania, Ásia e América Central. O fenômeno também aumenta as chances de ciclones tropicais no Pacífico. (AQs informações são do jornal O Estado de São Paulo e Dow Jones Newswires)

Marcas próprias 

As marcas próprias, também conhecidas lá fora como private label, representam atualmente quase a metade (48%) do faturamento do varejo britânico, onde nasceram em 1869 por iniciativa da rede de supermercados Sainsbury.

Na Espanha, correspondem a 38% das vendas e 20% nas cadeias varejistas americanas. Na Argentina, 5%, e no Brasil, 1%, de acordo com o mais recente levantamento da Kantar Worldpanel. Um por cento parece um percentual desprezível, mas não é. Como por aqui as marcas próprias estão mais presentes nas prateleiras de alimentos, é possível afirmar que movimentaram R$ 2,6 bilhões no ano passado, quando as 500 maiores redes de supermercados somaram um faturamento de cerca de R$ 260 bilhões, de acordo com a Abras, a associação nacional do setor.

Tão importante quanto os dados que revelam a participação das marcas próprias no mercado brasileiro -que segundo o instituto Nielsen já teria se aproximado de 5%-, o fato é que, com a crise, o brasileiro passou a prestar bem mais atenção nelas. No ano passado, 31,9 milhões de lares consumiram ao menos um produto de marca própria -500 mil domicílios a mais do que em 2014, de acordo com a Kantar Worldpanel. "A marca própria é uma excelente ferramenta para enfrentar a crise", afirma Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), criada há dez anos e que estima representar um mercado de aproximadamente R$ 4 bilhões anuais. (Diário do Comércio/SP)

Importação de lácteos aumentou em abril
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações brasileiras de lácteos aumentaram em abril. O volume totalizou 21,18 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em março deste ano, a alta foi de 25,7%. Para os gastos, o aumento no período foi de 27,1%, totalizando US$53,59 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 15,58 mil toneladas, num total de US$37,98 milhões no mês de abril. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram o Uruguai com 47,0%, a Argentina com 36,8% e o Chile com 5,8%. Na comparação com igual período do ano passado, a importação aumentou 44,1% em valor e 76,3% em volume. A menor disponibilidade interna e os baixos patamares de preços dos lácteos no mercado internacional contribuíram para o cenário. (Fonte: Scot Consultoria)

Porto Alegre, 25 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.274

 

   Sindilat apresenta panorama do setor no II Seminário Regional do Leite

 

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Lacticínio do RS (Sindilat) Darlan Palharini apresentou, no dia 24, os principais avanços trazidos para o setor pela Lei do Leite. A apresentação foi proferida durante palestra no II Seminário Regional do Leite, no Centro Cultural de Constantina, RS.

A programação do evento teve como principais abordagens além da Lei Estadual do Leite, a IN 62 e a apresentação da Câmara Setorial Regional do Leite. O Sindilat também apresentou o panorama da produção láctea e palestrou sobre como cumprir a legislação em toda a cadeia produtiva do leite.

Na apresentação, as mudanças com a Lei nº 14.835, a Lei do Leite, para o setor, foram esclarecidas. As propriedades fornecedoras de leite cru devem estar regularizadas com as obrigações sanitárias estabelecidas; explica entre quem a comercialização de leite cru pode ser realizada; os transportadores de leite cru devem ter vinculação com os estabelecimentos por contrato, sendo proibida a intermediação da compra e venda, e também é exigido um treinamento pelos estabelecimentos de processamento ou postos de refrigeração de leite conforme critérios da SEAPI. O veículo responsável pela coleta e pelo transporte de leite cru deve atender legislação vigente e normas específicas emitidas pela SEAPI, além de ser exclusivo para o transporte de lácteos e estar devidamente identificado. 

O leite cru que não atender às exigências estabelecidas em normas e na legislação vigente, no momento da coleta, deve ser rejeitado pelo transportador cadastrado e permanecer na propriedade, sendo proibida a sua comercialização. A Lei diz que o transvase de leite cru deverá ser efetuado em circuito fechado, obedecendo a normas de segurança e ambientais, e agora se admite que o transporte de leite cru em latões ou tarros em temperatura ambiente desde que seja entregue ao estabelecimento processador no máximo até 2 horas após a conclusão da ordenha.

O evento foi realizado pelo Escritório regional da Emater de Frederico Westphalen, Câmara Setorial Regional de Leite e pelo Comitê Técnico de Leite de Constantina. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 
 
 
Aliança Láctea constata avanço de projetos do PIS/Cofins

Reunidos na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), em Florianópolis (SC), representantes da Aliança Láctea debateram os avanços do Programa Leite Saudável, lançado em setembro de 2015 pelo governo federal. O principal ganho, pontuaram os dirigentes, foi com relação aos projetos técnicos produzidos pelas indústrias para obtenção de créditos de PIS/Cofins. Segundo o médico veterinário da Secretaria de Agricultura do RS (Seapi), Fernando Groff, a situação de aprovação das ações é similar na Região Sul, com cerca de três a quatro projetos aprovados por estado e várias ações já iniciadas. No Rio Grande do Sul, com apoio do Sindilat, foram apresentadas diversas proposições para ampliar o controle da tuberculose e brucelose do rebanho leiteiro. Apesar do avanço dos projetos promovidos pelos laticínios na melhoria da qualidade do leite, foi mencionado que as iniciativas de assistência técnica direta ao produtor que compõem o Leite Saudável ainda não tiveram início.

Segundo Groff, as lideranças ainda aproveitaram o momento para avaliaram o cenário econômico da atividade leiteira, que vem operando com preços que permitem baixa remuneração e volumes baixos de produção. Ainda ponderaram o impacto danoso do ingresso de lácteos de outros países do Mercosul no mercado nacional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Eumar Novacki é o novo secretário-executivo do Ministério da Agricultura

O presidente da República, Michel Temer, nomeou Eumar Novacki, coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, como secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A nomeação de Novacki foi publicada na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial da União.

Bacharel em Direito pela Universidade de Cuiabá, com curso superior de Bombeiros e Policiais Militares e pós-graduação de Aperfeiçoamento em Direito Público e de Aperfeiçoamento e Aviação para Oficiais, Novacki vinha exercendo as funções de assessor especial institucional da PM de MT e assessor parlamentar no Senado.

No governo do Estado de Mato Grosso, Novacki foi chefe da Casa Civil, secretário de Comunicação e chefe de gabinete do governador. Também foi ajudante de ordens do governador, respondeu pelo comando do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, coordenou o 1º ano do curso de Formação de Oficiais e Estágio Supervisionado e comandou pelotões da Polícia Rodoviária Estadual de Mato Grosso. Além disso, participou de cursos e encontros internacionais nas áreas de gestão pública e segurança pública. (As informações são do Mapa)

Secretaria de Defesa Agropecuária abre consulta pública sobre registro de produtos de origem animal

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública para a instrução normativa que permitirá o registro dos produtos de origem animal de forma eletrônica, num único padrão. O registro deverá ser feito por meio de um sistema informatizado (em construção) que ficará disponível no site do Mapa. Hoje, o registro chega ao ministério em papel impresso e precisa de aprovação prévia. Com a informatização, o processo será muito mais rápido.

O projeto de instrução normativa estabelece os procedimentos de emissão, renovação, alteração, auditoria e cancelamento de registro de produtos de origem animal (carnes, mel, ovos, pescados e derivados) produzidos em estabelecimentos registrados ou relacionados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), bem como em empresas estrangeiras habilitadas a exportar para o Brasil. A consulta foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24) e vale por 60 dias.

"Com essa nova forma de fazer o registro, teremos maior agilidade na aprovação dos processos. Atualmente, o tempo varia de três a seis meses. Com a nova instrução normativa, a aprovação será imediata", ressalta o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel. Com a mudança, as próprias empresas serão responsáveis pelo registro. E, se for necessário, o ministério fará auditorias para verificar a conformidade.

As sugestões para a consulta pública devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico cnt.dipoa@agricultura.gov.br ou para a Coordenação de Normas Técnicas da Coordenação-Geral de Programas Especiais do Mapa - Esplanada dos Ministérios - Bloco D - Anexo A - Sala 414 A - CEP 70.043-900 - Brasília - DF. (MAPA)

Governo argentino compensará produtores de leite com 318 milhões de pesos

O Ministério da Agroindústria da Argentina aprovou o pagamento de 318,5 milhões de pesos (US$ 22,62 milhões) no marco do Regime de Compensações para Produtores de Leite, correspondentes aos meses de fevereiro e março.

A resolução 187/2016, publicada no Boletim Oficial, lembra que os beneficiários são aqueles produtores de leite que produziram e comercializaram leite cru durante esses meses e estiveram incluídos na classificação de fazendas fornecedoras de operadores lácteos.

Além disso, a medida alcança todos os produtores de leite que tenham produzido e elaborado leite cru em usinas de sua propriedade durante os meses de fevereiro e março de 2016 e em "fazendas fábrica" na província de Buenos Aires.

O benefício consiste em uma compensação econômica de 40 centavos de peso (2,84 centavos de dólar) por litro para os primeiros 3.000 litros diários de produção. Os beneficiários das províncias de Entre Ríos, Córdoba e Santa Fé receberão um aporte adicional de 10 centavos de peso (0,710 centavos de dólar).

Em 24/05/16 - 1 Peso Argentino = US$ 0,07105 
14,0341 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com). (As informações são Agência de Notícias Telám)

 
 

Febre aftosa: governo paulista inaugura laboratório do Instituto Biológico
O governo de São Paulo inaugura nesta quarta-feira, 25, novo laboratório de biossegurança do Instituto Biológico. Em nota, o governo informa que foram investidos cerca de R$ 2 milhões no laboratório, que será usado na análise de doenças como febre aftosa, estomatite vesicular, língua azul, vaccínia bovina, pseudovaríola bovina, ectima contagioso e mormo. "As instalações atendem aos requisitos de Segurança Biológica Nível 3 (NB3), estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal para manipulação de substâncias e micro-organismos que ofereçam risco à saúde humana e animal." (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

 

 

 

    

Porto Alegre, 24 de maio de 2016                                                Ano 10- N° 2.273

 

   Associados reúnem-se com o Ministério Público

Laticínios associados ao Sindilat reuniram-se com a procuradora do Ministério Público Estadual, Caroline Vaz, na sexta-feira passada (20/5), para tomar conhecimento sobre as ações que estão sendo adotadas para intensificar o controle sobre o fatiamento de produtos lácteos e embutidos. O encontro ocorreu na sede da Farsul, no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a programação da Fenasul.(Assessoria de Impresnsa Sindilat)
 
 
 
Concurso de Sólidos premiou criadores de Santo Augusto e Serafina Corrêa
 
Crédito Foto: Ana Smidt/Gadolando

O Concurso Leiteiro de Sólidos 2016 consagrou as vacas Dália Propriedade Giliotto 567, da Cabanha Giliotto, de Serafina Corrêa (categoria adulta) e CR Judde 1352 Super CSP, da Cabanha Rottili & Rodrigues, de Santo Augusto (categoria jovem) como as grandes vencedoras desta edição. A premiação, realizada pelo Sindilat, ocorreu na noite de sábado (21/5) durante a festa de confraternização da Expoleite/Fenasul, em Esteio/RS.

Primeira colocada na categoria Vaca Adulta, a Dália Propriedade Giliotto 567 registrou produção de 8,85 quilos de proteína, gordura e lactose em 64,51 quilos de leite. Já a vaca CR Judde 1352, primeiro lugar na categoria Jovem, produziu 7,74 quilos de sólidos em 60,45 quilos de leite. Além do troféu, cada criador recebeu o valor de R$ 2,5 mil pela conquista. Foram reconhecidas também as vacas que tiveram o segundo e terceiro melhor resultado em cada categoria, que receberam R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente. Ao todo, o sindicato entregou R$ 10 mil em prêmios.

O concurso, organizada em parceria com a Seapi, Ufrgs, Embrapa e Gadolando, é realizado com o objetivo de valorizar as vacas que produzem leite com maior quantidade de gordura e proteína, aspectos altamente valorizados pela indústria.

Confira os vencedores:
CATEGORIA ADULTA
1º LUGAR:
Vaca: Dália Propriedade Giliotto 567
Produção: 8,85 kg de sólidos em 64,51 kg de leite
Expositor: Lidenor Giliotto
Município: Serafina Corrêa/RS
2º LUGAR:
Vaca: Dália Propriedade Giliotto 517
Produção: 7,72 kg de sólidos em 65,93 kg de leite
Expositor: Lidenor Giliotto
Município: Serafina Corrêa/RS
3º LUGAR
Vaca: Festleite P. Ferraboli 220 Shottle
Produção: 7,38 kg de sólidos em 65,82 kg de leite
Expositor: Paulo Ferraboli
Município: Anta Gorda/RS

CATEGORIA JOVEM
1º LUGAR
Vaca: CR Judde 1352 Super CSP
Produção: 7,74 kg de sólidos em 60,45 kg de leite
Expositor: Cabanha Rottili & Rodrigues
Município: Santo Augusto/RS
2º LUGAR
Vaca: Tang Letícia Spirte Shottle 8139
Produção: 6,58 kg de sólidos em 54,96 kg de leite
Expositor: Orlando, Marcos e Itamar Tang
Município: Farroupilha/RS
3º LUGAR
Vaca: Tang Melinha Alexander 8136
Produção: 6,551 kg de sólidos em 55kg de leite
Expositor: Orlando, Marcos e Itamar Tang
Município: Farroupilha/RS
(Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Leite/UE 

O leite vendido através de uma cooperativa ou não, parece não proteger muito o pecuarista da volatilidade de preços do leite, mas, os produtos que são elaborados e a proporção das exportações, tem um peso importante na volatilidade. De acordo com os dados do Departamento de Agricultura (DG Agri) da Comissão Europeia, os países que mais recorrem à elaboração do leite em pó desnatado (LDP) e manteiga e que mais exportam são os que apresentam mais volatilidade no preço do leite que recebe o produtor.

O gráfico a seguir analisa a volatilidade do preço do leite entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2016 como diferença entre o mais alto e o mais baixo recebido pelo agricultor. Segundo o gráfico, países como Bélgica e Irlanda que destina de 75-80% do seu leite para esses produtos têm uma elevada volatilidade, com mais de 22-24 centavos/kg de diferença entre o maior e o maior preço que recebe o produtor. A Holanda, que só destina 40% de sua produção para industrialização, exporta muito, e também tem elevada volatilidade. No extremo oposto está a Itália, onde menos de 20% de sua produção é destinada a LDP e manteia e onde a volatilidade é muito pequena, com variação que não ultrapassa 10 centavos/kg. França, Polônia, Reino Unido e República Checa também são países que têm menor volatilidade de preços e que dedicam menos de 60% do volume de leite para produtos industrializados, concentrando a maior parte da produção à elaboração de leite fresco e queijo. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)


 

 
Leite/França

A captação de leite em março da França caiu 1% em março, em relação ao mesmo mês de 2015, depois de subir 1,9% em janeiro e 4,9% em fevereiro (tendo que lembrar que houve um dia a mais) de acordo com dados do Ministério da Agricultura da França. Houve aumento de 1,8% no acumulado do trimestre, em relação ao mesmo período de 2015, totalizando 6.377 milhões de litros.

É preciso considerar que nos dois primeiros meses de 2015 as cotas ainda estavam em vigor, era final de temporada, e houve contração da produção para evitar multas. A produção durante a campanha 2015/16 chegou a 24.700 milhões de litros, representando 1,3% a mais que na temporada anterior. Segundo a FranceAgrimer, a expectativa é de que a produção continue caindo em abril. O preço do leite no mês de março foi de € 287/1000 litros, com queda de € 5,1/1.000 litros em relação ao preço de fevereiro e de € 18,5/1.000 litros em relação a março do ano anterior. 

No conjunto da UE, a produção de leite continua aumentando. Nos dois primeiros meses do ano, a captação subiu 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério francês. A evolução por país é variada. Na Alemanha o crescimento foi de 7,8%, na Polônia 10%, e na Holanda 18,5%. Enquanto isso, na França houve aumento de 3,3%. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 

 
Blairo Maggi viaja à China em sua primeira missão oficial ao exterior

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) viaja para a China, no início de junho, em sua primeira missão internacional à frente do ministério. Ele vai participar da Reunião de Ministros de Agricultura do G20 - grupo formado por 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, além da União Europeia. Durante a viagem, o ministro também se reunirá com o governo chinês para discutir temas de comércio bilateral.

A chegada a Pequim está prevista para o dia 1º de junho, quando o ministro se reunirá na Administração para Supervisão da Qualidade e Quarentena (AQSIQ). O órgão é responsável pela política de controle sanitário e fitossanitário das importações chinesas de produtos agropecuários.

Blairo Maggi vai tratar de temas sanitários, como o pedido de missão chinesa de auditoria ao Brasil para a ampliação do número de estabelecimentos habilitados a exportar carne bovina, suína e de aves para aquele país. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, mais de 100 frigoríficos pedem abertura de mercado.

Depois do encontro em Pequim, o ministro seguirá para a Reunião de Ministros de Agricultura do G20, no dia 3 de junho, na cidade de Xian. O bloco de países discutirá medidas para promover a segurança alimentar, o desenvolvimento rural e o crescimento agrícola sustentável em escala global, além de assegurar a contribuição da agricultura para o alcance dos objetivos da Agenda 2030, que visa o Desenvolvimento Sustentável, incluindo a erradicação da fome e da pobreza extrema.

Além da reunião do G20, a agenda do ministro prevê reuniões bilaterais com os ministros de Agricultura da China, Argentina, Japão, Rússia e Coreia do Sul, entre outros. (As informações são do Mapa)

 

Produção/AR

O vice-presidente da Confederação Rural Argentina (CRA), Jorge Chemes, disse que a produção de leite neste último ano, teve queda de 50%, em decorrência do congelamento de preços e de problemas climáticos. "O setor lácteo vive uma crise estrutural há muitos anos", declarou Chemes ao program da Radio 10. Acrescentou que nesse último ano "foi muito mais grave porque não somente tivemos um congelamento mas, também queda de preços. Na realidade não encontramos solução", completou o produtor de leite, acrescentando que: "A indústria tem que fazer muitos ajustes e os supermercados também". O produtor "está sendo o fator de ajuste da cadeia" e não pode mais continuar. "Estou há 40 anos produzindo leite e estou cansado de pagar os desajustes dos outros elos da cadeia", se queixou. (Ambito - Tradução livre: Terra Viva)