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Porto Alegre, 03 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.160

 

 Torneiros leiteiros serão regulamentados
               
Um grupo de trabalho foi formado nesta quinta-feira (3/12) para regulamentar os torneiros leiteiros no Brasil. O assunto foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura (MAPA), que ocorreu em Brasília. O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, que participou do encontro, avaliou a medida como satisfatória. Isso porque há uma ausência de padronização em relação a esses eventos, que são bem tradicionais em feiras de agronegócios do país. O Sindilat integrará o grupo, que deverá começar a discutir o assunto já a partir de janeiro de 2016.  
Na reunião foi aprovada a participação da Aliança Láctea Brasileira, que é formada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, na Câmara Setorial. Outra novidade é que na próxima segunda-feira (7/12) haverá encontro de representantes do Ministério da Agricultura com o governo Uruguaio, para definir a unificação de normas  entre os dois países envolvendo o queijo processado. 
Durante a reunião foi debatido ainda o andamento do programa Leite Saudável, que busca melhorar a qualificação do produtor. Segundo os dados apresentados, alguns estados estão com dificuldades em aprovar os seus projetos, o que não é o caso do Rio Grande do Sul.  

Reunião da Câmara Setorial da Cadeia de Leite e Derivados 
Crédito: Divulgação/Sindilat
 
 
 
Agropecuária terá PIB positivo em 2015, prevê secretário de Política Agrícola do Mapa
A agropecuária apresentará Produto Interno Bruto (PIB) crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), André Nassar. Nesta quarta-feira (2), ele divulgou nota técnica analisando o resultado do PIB agropecuário do 3º trimestre deste ano, que teve queda de -2% em relação a igual período de 2014. Os números foram anunciados nessa terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Nassar, a variação anual (quatro trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. "Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014, demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014." Abaixo, a íntegra da nota técnica do secretário de Política Agrícola:

PIB agropecuário do 3º trimestre de 2015

O IBGE divulgou em 01 de dezembro de 2015 os resultados do PIB do 3º trimestre de 2015.

Os principais resultados são os seguintes: 


 
O PIB agropecuário apresentou queda de -2% no 3º trimestre de 2015 em relação ao 3º trimestre de 2014. Essa queda ocorreu por conta de menores produções em lavouras colhidas no terceiro trimestre, sobretudo café, cana-de-açúcar e trigo.

Na taxa acumulada em 4 trimestres a agropecuária apresentou crescimento de 2,1%. O mesmo resultado foi observado na taxa acumulada nos 3 trimestres de 2015 (2,1%). Já o PIB total caiu em ambos os casos. Os dados do terceiro trimestre são bom indicativo do que deverá ocorrer no ano de 2015. Ou seja, o PIB agropecuário em 2015 deverá crescer ao redor de 2%.

A mensagem positiva está no fato de que a agropecuária apresentará PIB crescente em 2015, comprovando que o setor continua investindo em aumento de produção e produtividade. O gráfico 1 mostra que a variação anual (4 trimestres) do PIB da agropecuária é sempre positiva, ou seja, o setor tem crescido com consistência. Além disso, a variação em 2015 está em patamares semelhantes a 2014 demonstrando que o setor agropecuário manteve em 2015 seu ritmo de investimento em comparação com 2014. Os dados de 2014 e 2015 mostram que o setor tem conseguido crescer a uma taxa ao redor de 2% ao ano sem interrupção nos últimos 6 trimestres.

O gráfico2 traz o PIB agropecuário trimestral em valores correntes de 2013 a 2015. Em 2015 o comportamento do PIB agropecuário segue a tendência normal de queda ao longo do ano por conta da entressafra do segundo semestre. (As informações são do Mapa)


 
Custo da pecuária leiteira tem nova alta

O custo de produção da pecuária leiteira teve nova alta em novembro. O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção para a atividade, que mede a variação do custo, subiu 2 % em novembro na comparação com outubro. Em relação a novembro de 2014, os custos subiram 14,2%.    
 
A alta dos combustíveis e óleos lubrificantes, de 7,9%, e os suplementos minerais com variações positivas de 6,6%, puxaram os custos para cima. Outros itens que pesaram mais no bolso do produtor de leite foram os medicamentos veterinários e alguns fertilizantes.

Importante destacar que, depois de quatro meses de alta, os preços do milho e do farelo de soja recuaram em novembro, mas este fato não foi suficiente para puxar o indicador para baixo. A expectativa é de mercado mais frouxo para os alimentos concentrados em curto em médio, com a menor movimentação no mercado interno e para exportação. (Fonte: Scot Consultoria)

RS: reunião em Frederico Westphalen articula formação da Câmara Setorial Regional de Leite

O Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen recebeu, na terça-feira (01), lideranças envolvidas na cadeia produtiva do leite para a primeira reunião de articulação e organização da Câmara Setorial Regional do Leite, que abrange municípios das regiões Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea.

A proposta da criação de uma Câmara Setorial de Leite que envolva os municípios destas regiões para organizar a cadeia produtiva do leite surgiu em outubro deste ano, durante o Seminário Regional do Leite, realizado durante a Feira Regional da Agricultura Familiar, Agroindústria, Artesanato e Biodiversidade, em Frederico Westphalen.

Participaram da primeira reunião de articulação representantes de cooperativas, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Secretaria da Agricultura de Frederico Westphalen, de laticínios da região, o assistente técnico regional de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti, o assistente técnico estadual, Jaime Ries, e o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes.

O grupo avaliou como positiva a proposta para formação da Câmara Setorial Regional do Leite. Sem dúvida é um grande passo no sentido de organizar a cadeia produtiva do leite na nossa região, afirmou Sangaletti.

Na primeira quinzena de janeiro será realizada nova reunião, buscando a participação paritária entre órgãos públicos, privados, produtores e de representantes da indústria, abrangendo todos os atores envolvidos na cadeia produtiva do leite.

Nesse espaço de tempo, o coordenador estadual da Câmara Setorial do Leite, Danilo Cavalcanti Gomes, avaliará as formas possíveis para oficializar a criação da Câmara Setorial Regional, que é a primeira em discussão no interior do Estado. (Fonte: Emater/RS)

 
Aquisição
A Coca-Cola deverá entrar em breve no mercado de produtos lácteos no Brasil. Ontem, a companhia, através da Leão Alimentos, e a mineira Laticínios Verde Campo, sediada em Lavras (Sul de Minas), anunciaram que assinaram um contrato de intenções com cláusula de compra. Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a possível operação. Porém, as empresas informam que as negociações ainda estão em curso e não têm prazo estabelecido para a conclusão. Em nota conjunta, as empresas afirmam que os valores e conceitos dos fundadores da Verde Campo sobre inovação e qualidade estão alinhados com o que o Sistema Coca-Cola oferece aos seus consumidores. "Se concretizada essa negociação, o Sistema Coca-Cola Brasil irá inaugurar sua entrada em produtos refrigerados, abrindo oportunidades para no futuro ampliar sua atuação em novos segmentos de bebidas", informa. A empresa mineira tem 15 anos de mercado. A Verde Campo produz iogurtes e queijos. "Já consolidada no mercado de diet e light, a companhia é pioneira e líder absoluta em produtos lácteos sem lactose, sendo proprietária da marca Lacfree". (Diário do Comércio)
 

 

    

         

Porto Alegre, 02 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.159

 

 Robô substitui mão-de-obra na ordenha

A ideia de que um robô execute as tarefas do dia a dia no campo, possibilitando ao produtor mais tempo livre, há alguns anos lembraria um roteiro de ficção científica. Na produção de leite, porém, este cenário começa a virar realidade. Em dois empreendimentos iniciados neste ano no Rio Grande do Sul, ainda em fase de adaptação, a penosa prática da ordenha passou a ser feita pela máquina, sem a necessidade de mão de obra humana. De início, o aparelho conhecido como Sistema de Ordenha Voluntária (VMS, na sigla em inglês), provocou a desconfiança de alguns produtores associados à Dália Alimentos na pacata Nova Bréscia, onde o robô já está em atividade. Afinal, é a própria máquina que identifica, com um laser, a localização dos tetos, encaixando as teteiras no local correto por meio de um braço pneumático. Antes, cada teto é higienizado pelo próprio robô. Todo o processo de ordenha dura até sete minutos e pode ser repetido cinco vezes por dia, enquanto as granjas normais fazem duas ordenhas. "É um projeto que proporciona conforto e bem-estar aos animais e aos produtores de leite", define o supervisor de Gado Leiteiro da Dália Alimentos, Fernando Oliveira de Araújo. Após a ordenha, o leite é encaminhado automaticamente para um resfriador, e de lá segue para o transporte. "Depois que sai da vaca, ninguém coloca a mão no leite", observa Araújo. O sistema totalmente automatizado permite que apenas cinco funcionários trabalhem no condomínio. A estrutura conta, ainda, com um gerador, que é acionado em caso de queda de energia.

Prestes a ser inaugurado oficialmente, no dia 10, o Condomínio Dei Produttori di Latte Brescia -- batizado em homenagem aos imigrantes italianos -- conta com 16 produtores associados. O investimento de R$ 5 milhões na compra dos equipamentos, importados da Suécia, foi feito pela Dália Alimentos, em parceria com a prefeitura, que cedeu o terreno, e com os produtores, que entraram com o rebanho e com a silagem. Outros três empreendimentos serão inaugurados ano que vem em Roca Sales, Arroio do Meio e Candelária. Embora a ordenha robotizada já exista no Estado (leia mais na página 2), este é o primeiro empreendimento da América Latina em formato associativo com pequenos produtores. Em Nova Bréscia, a ordenha robotizada começou a ser feita em outubro. O local conta, até o momento, com 181 animais -- todos da raça Holandês --, sendo 115 em produção de leite. A capacidade, no entanto, é para 210 em lactação, que serão ordenhados por três robôs. Por enquanto, o período é de adaptação, já que todos os animais eram criados a pasto antes de entrar no condomínio. A produção, hoje, está em cerca de 2,5 mil litros por dia, número considerado baixo para o sistema. "Muda toda a rotina, então essa é uma lactação de transição", explica Araújo. A expectativa é de que, na próxima lactação, a produção fique acima de 30 litros por vaca, o que resultaria em um total de 6,3 mil litros por dia. Para o produtor, a implantação do sistema representa mais tempo para dedicar-se a outras atividades. "Dá para desfrutar da qualidade de vida a que todo ser humano tem direito", afirma Admir Lorenzon, 62 anos, que destinou 20 vacas ao condomínio. "Se não fosse esse projeto, alguns iriam desistir da produção", acredita.

A remuneração ao produtor irá funcionar de acordo com o valor de mercado de cada animal. A ideia da ordenha robotizada surgiu no Conselho de Administração da cooperativa, que demonstrou preocupação com o fato de que muitas famílias não conseguiam fazer a sucessão no campo. "Vimos que o leite é uma atividade rentável, se bem conduzida, mas que teríamos que ter propostas novas. E fomos buscar soluções mundo afora", explica o presidente do conselho, Gilberto Piccinini, que também preside o Instituto Gaúcho do Leite (IGL). A compra dos equipamentos foi concretizada em 2013, após viagem à Suécia. Segundo Piccinini, a viabilidade do investimento está associada à busca por escala de produção. "Essa escala diminui os custos e damos ao produtor a perspectiva de uma melhor qualidade de vida", observa. (Correio do Povo)

 
 
 
Carrossel eleva rendimento

Diferente do sistema que utiliza apenas o braço robótico, a ordenhadeira rotatória, com capacidade para ordenhar 50 vacas em dez minutos, vem sendo utilizada por grandes produtores de leite que não conseguem encontrar mão de obra para a atividade. Há três anos, a Rasip, de Vacaria, investiu na compra de um equipamento como este e conseguiu duplicar o tambo. Na época, a empresa tinha entre 500 a 600 vacas em lactação. Agora, são mil animais em lactação.

Com a ordenhadeira rotatória, há possibilidade de ampliar o tambo para 1,2 mil vacas. "Funciona como uma linha de montagem", explica o diretor de operações da Rasip Lácteos, Celso Zancan. Cada vaca usa uma tornozeleira eletrônica e é ordenhada três vezes ao dia. Para gerenciar a máquina, importada da Alemanha, são necessários cinco funcionários. No sistema convencional seriam necessárias oito pessoas para trabalhar no processo completo de ordenha. "O rendimento é maior", avalia Zancan, referindo-se à mão de obra automatizada.

O equipamento rotatório demora quatro horas para ordenhar os mil animais, criados em confinamento. A Rasip produz de 25 mil e 28 mil litros de leite por dia, em média. Toda a produção é destinada à fabricação de queijo tipo grana. (Correio do Povo)

Tetra Pak e DeLaval aumentarão n° de vacas leiteiras na China até 2020 e promoverão treinamentos

A Tetra Pak e a DeLaval assinaram um acordo com a Associação de Lácteos da China para treinar 150 gerentes de fazendas leiteiras durante os próximos cinco para que eles sejam capazes de administrar fazendas leiteiras de grande escala. A iniciativa é parte dos planos do governo de aumentar o número de vacas leiteiras criadas nessas fazendas de 45% para 60% até 2020 e melhorar a eficiência de produção, aumentando a qualidade dos produtos e melhorando os padrões de bem-estar animal.

A vice-presidente de comunicações da Tetra Pak para a Grande China, Angela Mou, disse que o programa de treinamento inclui gestão de fazendas leiteiras, cria, nutrição e prevenção de doenças. Isso será fornecido por meio de palestras na Universidade de Agricultura (UAC) de Pequim, um estágio de dois meses em uma fazenda modelo da China e uma oportunidade para visitar e estudar na fazenda Hamra, da De Laval, e outras fazendas leiteiras na Suécia.

"Esse programa de treinamento é aberto para gerentes e técnicos de fazendas leiteiras em toda a China, se eles cumprirem o critério de seleção. A UAC selecionará 150 candidatos usando três critérios e os trainees deverão ser gerentes gerais ou gerentes técnicos de fazendas leiteiras (com mais de 300 vacas leiteiras). Eles deverão ter mais de três anos de experiência de trabalho relevante e deverão ter uma base educacional no manejo de animais ou em medicina veterinária".

De acordo com Mou, a indústria de produção leiteira na China tem tradicionalmente sido limitada a fazendas familiares, com somente uma ou duas vacas. À medida que a demanda por leite fluido está crescendo agora em escala massiva, o governo chinês se comprometeu a tornar a indústria de lácteos mais produtiva, criando fazendas maiores e mais eficientes. "Entretanto, o ritmo de crescimento em fazendas de tamanho médio e grande excedeu o número disponível de produtores com habilidades apropriadas. Dessa forma, o investimento em talento qualificado é requerido".

"O leite fluido não é tradicionalmente consumido na China e no Sudeste da Ásia, mas é visto como uma adição saudável à dieta local. Entretanto, as maiores rendas, o crescimento populacional, a urbanização e as mudanças no gosto e na dieta estão levando a uma maior demanda por leite fluido e produtos lácteos".

O professor, Li Shengli, da UAC, e o cientista chefe de Produção Leiteira do Ministério da Agricultura da China, disseram que o consumo de leite fluido ainda está baixo, em menos de 20 litros per capita. "Isso é aproximadamente metade do consumo na Ásia e um quinto da média na Europa. Entretanto, o aumento da renda disponível, combinada com o desejo das pessoas de melhorar sua qualidade de vida, significa que o tamanho e o potencial de crescimento do mercado doméstico é enorme; a China precisa desenvolver sua própria indústria de lácteos".

A Tetra Pak iniciou o programa de treinamento com a UAC em 2013, para treinar gerentes e técnicos para fazendas modernas. Após dois anos do programa piloto, o programa de treinamento mostrou eficácia e foi reconhecido pela indústria de lácteos, bem como pelo governo.

A primeira colaboração da Tetra Pak e da DeLaval foi melhorar as fazendas que forneciam leite cru para o Programa de Nutrição Escolar da China; até 2014, todas as 194 fazendas envolvidas no projeto alcançaram padrões de qualidade da União Europeia (UE). Os esforços conjuntos das companhias também incluem o desenvolvimento de treinamento virtual para produtores por meio de programas de televisão e distribuição gratuita de DVDs e livretos educacionais.

"Os ministérios chinês e sueco assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) em 2012 para fortalecer a cooperação agrícola bilateral, especialmente no setor leiteiro. Como parte do MoU 2012, cada ano os dois ministério enviam grupos de trabalho para se reunir e discutir áreas de cooperação". (As informações são do Dairy Reporter)

PIB brasileiro cai 1,7% no terceiro trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto), medida da produção e da renda do País, caiu 1,7% no terceiro trimestre deste ano na comparação aos três meses imediatamente anteriores, para R$ 1,481 trilhão, informou ontem o IBGE. É o terceiro trimestre consecutivo de queda do PIB, a mais longa sequência desde o ano de 1990, quando o governo Collor confiscou o dinheiro depositado na caderneta de poupança para tentar conter a hiperinflação. O PIB já havia caído 0,8% no primeiro trimestre e 2,1% no segundo na comparação com os três meses anteriores, segundo dados revisados pelo IBGE. A economia entra tecnicamente em recessão depois de retrair por dois trimestres seguidos. Segundo Claudia Dionísio, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o resultado do PIB reflete a fraqueza da demanda interna brasileira, afetada pela piora do emprego e renda, crédito mais restrito e inflação mais alta. "Estamos vendo assim taxas mais negativas na economia", disse Claudia. 

Pela avaliação da FGV (Fundação Getulio Vargas), entretanto, a recessão começou há ainda mais tempo, no segundo trimestre de 2014, quando houve uma piora geral dos indicadores econômicos. Quando comparado ao mesmo período de 2014, o PIB teve um recuo de 4,5% de julho a setembro. A economia assim recuou 3,2% no ano e 2,5% no acumulado de quatro trimestres (12 meses). Nesta base de compara- ção, foi a queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 1996; e também a sexta queda consecutiva, a maior sequência da série histórica. A manutenção do quadro de recessão fez a economia brasileira registrar o segundo pior desempenho no mundo. O País ocupou, no terceiro trimestre deste ano, a vice-lanterna (41ª posição) do ranking de 42 países que já divulgaram o resultado do PIB no período, apontou a agência classificadora de risco Austin Rating. A retração de 4,5% na atividade econômica brasileira no terceiro trimestre ante o mesmo trimestre do ano anterior só não foi pior do que o desempenho da Ucrânia, país que enfrentou guerra civil, cujo PIB amargou recuo de 7% no período. A economia brasileira sofre com uma combinação de fatores, desde a perda de dinamismo do crescimento econômico global até a conta de anos de uma polí- tica econômica que fragilizou as finanças públicas. 

A crise política também não dá trégua. Os principais componentes do PIB tiveram queda neste terceiro trimestre. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1,5%, e os investimentos tiveram queda de 4% frente aos três meses anteriores. Pela ótica da oferta, a indústria teve uma baixa de 1,3% no mesmo tipo de comparação. Segundo o IBGE, o consumo do governo -- o que inclui União, estados e municípios -- continuou crescendo no terceiro trimestre, em 0,3% frente aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2014, porém, houve queda de 0,4%. O setor agropecuário contribuiu negativamente para o PIB, uma das surpresas da divulgação, com baixa de 2,4% na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Frente ao mesmo período de 2014, a queda foi de 2%. Os dados revisados apontam um recuo ainda maior da agropecuária no segundo trimestre. O valor anterior, de 2,7% de queda, foi ampliado para 3,5%. Segundo a gerente do IBGE, o terceiro trimestre concentrou a colheita de culturas que estão com safra menor neste ano, como café, cana-de-açúcar, laranja e algodão. Claudia disse que o setor responde por 5,2% do PIB brasileiro, e não foi, portanto, o que mais pesou no resultado. (Jornal do Comércio)

 
 
Exportações
As exportações de soja em grãos, farelo e óleo de soja, milho, carne suína, etanol e petróleo bruto do Brasil nos primeiros 11 meses de 2015 já superam os volumes registrados no ano de 2014 inteiro, em um momento em que a desvalorização do real favorece a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.  (Fonte: Reuters)

         

Porto Alegre, 01 de dezembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.158

 

 Leilão GDT: apesar de alta, preços permanecem baixos

O resultado do leilão GDT desta terça-feira (1/12) registrou alta de 3,6% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.419/tonelada. É a primeira subida depois de 3 quedas seguidas no leilão.

O leite em pó integral apresentou alta de 5,3%, sendo comercializado a US$ 2.260/tonelada. O leite em pó desnatado também subiu, indo a US$1.918/ton (3,2%). Já o queijo cheddar manteve a queda do evento passado, chegando a US$2.829/tonelada (-1,5% sobre o último leilão).

Apesar da alta, os preços ainda permanecem expressivamente abaixo dos valores observados entre 2013 e início de 2014, quando o mercado ficou no patamar de US$5.000/ton.

Neste leilão foram vendidas 28.158 toneladas de produtos lácteos, valor cerca de 28,3% inferior ao mesmo período do ano passado. Os contratos para entrega futura de leite em pó integral também tiveram aumento, com os preços futuros oscilando entre US$2.175 (para fevereiro de 2016) e US$2.454/ton (para junho de 2016). Esses dados mostram que, de acordo com o Leilão GDT, durante o primeiro semestre de 2016 não devemos ter uma retomada dos preços observados no passado recente. (Fonte: Global Dairy Trade, elaborado pelo MilkPoint Inteligência)

 

 
 
Prêmio Sindilat de Jornalismo tem 60 trabalhos inscritos
O 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo começou com o pé direito. Encerradas as inscrições nesta segunda-feira (30/11), foram cadastrados 60 trabalhos de jornalistas de diferentes estados e veículos divididos em quatro categorias: impresso, on line, eletrônico e fotografia. A Comissão Julgadora terá agora um árduo trabalho para eleger os finalistas e os grandes vencedores, que serão conhecidos em festa no Hotel Plaza São Rafael na noite do dia 10/12, em Porto Alegre. 

O corpo de jurados do 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo é formado por integrantes da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (Arfoc), Federação da Agricultura do RS (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag) e Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Santa Clara conquista 8º Carrinho AGAS

Os Queijos Santa Clara são mais uma vez destaque no Carrinho AGAS, distinção concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados para os melhores fornecedores do Estado, eleitos pelos supermercadistas. Quem recebeu o prêmio em nome da Cooperativa foi o diretor Administrativo e Financeiro Alexandre Guerra. O troféu foi entregue pelo diretor da Agas Leonardo Taufer, em evento na Casa NTX, em Porto Alegre.

Este é o terceiro ano que a categoria Queijos é contemplada na pesquisa, que visa se adequar aos hábitos dos consumidores gaúchos. A Santa Clara é reconhecida pela qualidade de seus produtos, recebendo premiações especialmente pela sua linha de queijos, que contempla mais de 20 tipos.

Este é o oitavo Carrinho AGAS conquistado pela Santa Clara. Nas edições anteriores, a Cooperativa foi a Melhor Fornecedora de Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004), Alimentos Resfriados (2003) e de Queijos em 2013 e 2014, desde que a categoria passou a fazer parte da pesquisa.

A pesquisa é realizada com um questionário aplicados para dirigentes dos 251 maiores supermercados gaúchos e a apuração, realizada pela AGAS em parceria com a Nielsen Brasil, tem como critérios qualidade do produto ou serviço, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 
Confirmação
Presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, Adolfo Brito recebeu a confirmação de que, a partir de 1˚ de janeiro de 2016, serão abertas inscrições para instalação de telefone fixo e Internet de até 1 megabyte em propriedades rurais localizadas a até 30 quilômetros das sedes dos municípios gaúchos. A determina- ção atende à nova resolução da Anatel. A empresa Oi, vencedora da licitação, será a responsável pelos serviços. Após as inscrições, a operadora terá 90 dias para a instalação. O custo aproximado será de R$ 69 a R$ 79 por mês. Segundo Brito, em fevereiro de 2016 será proposta, em parceria com o deputado Elton Weber, a cria- ção de subcomissão para acompanhar a prestação dos serviços. (Correio do Povo)

         

Porto Alegre, 30 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.157

 CEPEA: problemas climáticos evitam maiores quedas nos preços ao produtor

O movimento sazonal de enfraquecimento dos preços do leite ao produtor se manteve em novembro, mas algumas atenuantes limitaram as quedas. Uma delas são as chuvas, excessivas no Sul e escassas no Nordeste. Outra foi um forte reajuste em Minas Gerais.

No balanço, o preço recebido pelo produtor (sem frete e impostos) recuou 0,57% de outubro para novembro, com a média a R$ 0,9675/litro, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Na comparação com novembro/14, o preço está 5,9% menor em termos reais (deflacionados pelo IPCA de outubro/15). O valor bruto (inclui frete e impostos) pago pelos laticínios/cooperativas foi de R$ 1,0541/litro, redução de 0,46% em relação ao mês anterior.

Nos estados do Sul, as chuvas se intensificaram a ponto de reduzir a produção de leite em muitas regiões, além de dificultarem a captação do produto. Já na Bahia, é a falta de precipitações que tem diminuído a produção, informa o Cepea.

Representando a média ponderada de sete estados, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) de outubro apontou queda de 0,86% frente a setembro. Na Bahia, no entanto, a redução mensal chegou a 13,99%. O Rio Grande do Sul também teve queda importante, de 5,78%, seguido por Santa Catarina (-4,55%) e Paraná (-1,47%). Diferentemente, São Paulo (2,74%), Minas Gerais (1,72%) e Goiás (1,62%) mantêm o ritmo de crescimento na produção, conforme avançam as chuvas.

Outro fator que impactou diretamente nos preços pagos ao produtor foi o reajuste feito por um laticínio de grande porte na mesorregião sul/sudoeste de Minas, diante do aumento da concorrência por produtores nessas praças. Com isso, a média do estado, que vinha em tendência de queda, reagiu e amenizou a baixa nacional.

Segundo alguns colaboradores do Cepea, o excesso de chuvas na região Sul, além de prejudicar a produção, também tem impedido o pecuarista de fazer a reforma das pastagens, comum nesta época do ano. Com isso, o mercado de insumos para essas atividades nessas regiões está desaquecido, podendo haver consequências negativas futuras quanto ao fornecimento de pastagens de qualidade para alimentação dos animais.

O aumento da precipitação no Sul também divide a expectativa dos agentes consultados pelo Cepea quanto aos preços no próximo mês. Uma parte dos entrevistados (45,7%), que representa 51,6% do leite amostrado, acredita que o recuo deve se manter em dezembro. Por outro lado, 42,9% dos entrevistados, que representam 47,7% do volume amostrado, indicam estabilidade. E apenas 11,4% acreditam em alta.

No mercado de derivados, após quatro meses de quedas para o leite UHT e de três meses para o queijo muçarela, ambos se valorizaram no fechamento parcial de novembro. Alguns colaboradores apontam leve melhora na demanda por esses derivados, o que ajudou na recuperação dos preços. O leite UHT e o queijo muçarela negociados no atacado do estado de São Paulo tiveram médias de R$ 2,2628/litro e de R$ 13,54/kg, respectivamente, em novembro, 3,39% e 1,17% superiores aos valores de outubro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de SP e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). (CEPEA)
 
Produtores de leite da União Europeia querem que comissário da Agricultura deixe o cargo por crise no setor leiteiro

O chefe do European Milk Board (EMB) pediu a remoção do comissário da Agricultura da União Europeia (UE), Phil Hogan, pela maneira como ele lidou com acrise no setor leiteiro. Em uma carta enviada a Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, Romuald Schauber pediu a remoção de Hogan de seu cargo. Hogan manteve por vários meses desse ano a posição de que a indústria de lácteos não está em crise, antes de finalmente admitir em julho que a indústria estava enfrentando "sérias dificuldades".

Em sua carta, o presidente do EMB, Schauber, disse que a situação nas fazendas europeias de lácteos "piora a cada dia". Por meses, os preços do leite ao produtor tem sido de apenas 25-30 centavos de euro (26,5-31,84 centavos de dólar) por litro, enquanto os custos de produção estão em mais de 40 centavos de euro (42,45 centavos de dólar) por litro. Enquanto algumas fazendas já faliram, outras ainda continuam somente produzindo leite escoradas pelos empréstimos do governo, disse Schauber. Ele disse que a crise é pelo desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado de lácteos. Porém, Schauber disse que Hogan falhou em fornecer soluções para a crise, dizendo que suas ações tinham mostrado um desrespeito em ajudar os produtores de leite.

"Na última reunião do Conselho de Agricultura, Hogan falou novamente sobre a estabilização do mercado de lácteos. Essa foi outra afirmação em uma série de comentários que nos deixou em dúvida se Phil Hogan realmente quer encontrar uma solução ou se ele é capaz de fazer isso". Em janeiro, o Comissário negou completamente a existência de crise no setor leiteiro. No final de setembro, em uma entrevista na televisão com a ViEUws, ele declarou que não era verdade que os preços não cobrem os custos de produção: "eu não acho que muitos produtores estão produzindo abaixo dos custos de produção. Eles disseram que estão, mas no final do dia, continuam produzindo".

Apesar dessas afirmações, Hogan teve acesso a vários estudos científicos que provam que os produtores não recebem um preço pelo leite que cubra seus custos de produção, disse Schauber. A EMB pediu que a Comissão Europeia responda à carta até 4 de dezembro.

Em setembro, Hogan anunciou um pacote de 500 milhões de euros (US$ 530,74 milhões) de pacote de ajuda aos produtores após milhares de produtores europeus terem ido às ruas de Bruxelas para protestar. Apesar de os líderes do setor rural terem elogiado o pacote, alguns produtores descreveram isso como "uma gota no oceano" e muitos estão usando o dinheiro para pagar contas e empréstimos. 

Em 27/11/15 - 1 Euro = US$ 1,06
0,94208 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) (As informações são do Farmers Weekly)

Nova IN deve sair em 2016

A nova Instrução Normativa que aprova o regulamento técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT) deve ser publicada até o início de 2016. O Ministé- rio da Agricultura diz que assim que ela for divulgada, terão iní- cio os trabalhos de classificação dos estados e intensificação das ações de combate à brucelose e tuberculose animal. Uma consulta pública, encerrada em outubro, recebeu mais de 200 sugestões e questionamentos de 60 entidades ou indivíduos. (Correio do Povo)
 

Confirmada vacinação de 59% do rebanho
A coordenadora do Programa de Combate à Aftosa do RS, veterinária Lucila dos Santos, disse ontem que 59% dos 5 milhões de bovinos e bubalinos do Estado já tiveram a dose de reforço da vacina confirmada em sistema. A veterinária ponderou, contudo, que a maior parte das inspetorias deixa para incluir no sistema as comprovações de vacinas após o término da campanha, no dia 30. "Acreditamos que o índice vacinal se mantenha igual ao de anos anteriores, na casa dos 97%", afirmou. (Correio do Povo)

 

         

Porto Alegre, 27 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.156

 

 China: Sindilat disponibilizará formulários para aprovação de plantas

Diante das boas expectativas para negócios com o mercado chinês, o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) disponibilizará a partir de segunda-feira (30/11) os formulários para que as empresas façam o registro de suas plantas. Essa etapa é fundamental para que elas estejam aptas a exportar produtos para a China. As informações estarão no site do Sindicato, informou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, nesta sexta-feira, durante a reunião dos associados. "É um passo muito importante para o setor lácteo gaúcho e vamos buscar dar o máximo de apoio às empresas para encaminharem os formulários", pontuou Guerra.

Na ocasião, a representante do Sindilat e da CCGL, Michele Muccillo Selbach, e o diretor da Lactalis, Guilherme Portella, detalharam os encontros durante a missão à China organizada pelo Ministério da Agricultura. Ambos ressaltaram que o mercado é importante pelo alto consumo, mas também por ser um parceiro comercial importante. Eles também destacaram ser importante o preenchimento dos formulários e o envio dos mesmos até 10 de dezembro. "Já existe o acordo sanitário entre Brasil e China, mas falta agora apenas que as empresas preencham o formulário e enviem as informações", destacou Michele. A princípio, após a aprovação das plantas é possível dar início às negociações. (Assessoria de Imprensa Sindilat)      
 

Foto: Reunião dos Associados 
Crédito: Divulgação Sindilat

 
 
Zildo de Marchi prestigia reunião

A reunião de associados contou com a presença especial do empresário Zildo de Marchi, que presidiu o Sindicato durante mais de duas décadas (1972 e 1994). Aos presentes, ele falou sobre a sua experiência no setor lácteo e destacou a importância de as empresas estarem sempre atentas às inovações. Ao completar 90 anos, recentemente, ele lançou o livro "Barriga no balcão, olhos no mundo!", no qual relata a sua trajetória profissional. A obra foi escrita pelos jornalistas Danilo Ucha e Paula Sória. (Assessoria de Imprensa Sindilat)    

   

Foto: Alexandre Guerra e Zildo de Marchi 
Crédito: Divulgação Sindilat

Pioneira na adesão do PAS Leite Campo, Piá assina termo de compromisso com programa

Nesta sexta-feira, dia 27, a Cooperativa Piá assinou um termo de compromisso com o Programa Alimento Seguro - PAS Leite Campo, promovido pelo Ministério da Agricultura e aplicado no Rio Grande do Sul pelo SENAI.
 
O PAS-Leite tem o objetivo de aumentar a segurança e a qualidade na cadeia de leite e derivados, evitando contaminações, aumentando a competitividade no mercado e adequando a produção brasileira às exigências do mercado interno e internacional. Além de reduzir custos, otimizar processos e aumentar os ganhos dos participantes.
 
Através da assinatura do termo, a Piá se compromete a utilizar seus profissionais qualificados da área do leite para melhorar a matéria-prima, aumentado a segurança alimentar de toda a cadeia produtiva. "Para nós, essa parceria vem de encontro com as diversas ações que já estamos realizando com foco na qualidade do nosso produto e na excelência do sistema de produção que utilizamos", destaca o presidente da Cooperativa, Gilberto Kny.
 
Cooperativa pioneira na adesão do PAS Leite Campo, a empresa foi também uma das primeiras indústrias no Estado a inovar em processos de qualidade de matéria-prima, com a utilização de tarro de coleta individual e refrigerados, já na década de setenta. "Todas as ações que estamos realizando visam desenvolver a agricultura familiar, promovendo a sucessão familiar e também uma melhor qualidade de vida para os agricultores. Na ocasião da assinatura, também foi realizado um almoço de comemoração pelo encerramento do curso "Capacitação de Instrutores PAS Leite Campo", que qualificou 18 profissionais da assistência técnica da Piá. Durante sete meses, eles serão os multiplicadores das informações sobre as boas práticas de produção para se obter um alimento seguro nas propriedades rurais dos associados. Serão realizadas visitas e aulas teóricas e práticas. Após, o Senai realizará uma auditoria nas propriedades rurais.
 
A Cooperativa já realizou a etapa de capacitação com todos os seus transportadores, do Programa Alimento Seguro - PAS Leite. (Assessoria de Imprensa Piá)

Maior oferta faz preço do leite recuar mais uma vez

Os preços do leite ao produtor voltaram a recuar neste mês no país, reflexo do aumento da oferta no período de safra. A matéria-¬prima entregue em outubro ¬ e paga em novembro ¬ registrou preço médio de R$ 0,959 por litro, queda de 0,4% sobre o pagamento anterior, segundo a Scot Consultoria. A demanda desaquecida por leite também ajuda a pressionar o mercado, afirma Rafael Ribeiro, analista da Scot. Ele avalia que o recuo só não foi mais forte em decorrência do atraso das chuvas em importantes regiões produtoras de leite, como Minas Gerais e Goiás. "Agora o clima está mais regular. O clima vinha segurando a queda", afirma, em referência ao período sem chuvas em outubro. A falta de precipitação afeta o desenvolvimento das pastagens usadas na alimentação do rebanho leiteiro, o que influencia a produção de leite.

 

Além disso, o aumento dos custos da ração por causa da alta do milho e da soja também vinha desestimulando o investimento em suplementação da alimentação, segundo Ribeiro, o que segurou um incremento mais forte da oferta. Mas a disponibilidade voltou a crescer. "A produção deve aumentar de forma mais significativa a partir de dezembro", estima o analista. Com isso, a expectativa é de novas quedas nos preços pagos ao produtor nacional. Pesquisa da Scot com mais de 100 laticínios e cooperativas do país indica que 55% dos ouvidos esperam manutenção dos valores ao produtor no pagamento de dezembro, 35% acreditam em queda e 10% em alta. Embora a demanda esteja enfraquecida, o levantamento da Scot mostra que, na média do mês, houve pouca variação nos preços do leite longa vida. A cotação no atacado paulista ficou em R$ 2,10 em novembro ante R$ 2,12 em outubro. No varejo, ficou em R$ 2,86 em novembro. Havia sido de R$ 2,85 no mês anterior. (Valor Econômico)

 
El Niño
Lideranças do agronegócio reunidas em simpósio em São Paulo nesta quinta-feira, dia 26, veem com apreensão o mercado de grãos em 2016, em função da infraestrutura precária do país e da ocorrência do El Niño, que pode provocar chuva na época da colheita. Um eventual excesso de precipitação em fevereiro provocado pelo fenômeno climático em fevereiro, por exemplo, traria complicações na logística e atrasaria o programa de escoamento da safra, na opinião do presidente e CEO da Bunge Brasil, Raul Padilla. (Canal Rural)
 

 

         

Porto Alegre, 26 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.155

 

 Força Nacional do Suasa terá grupo de elite de fiscais agropecuários, diz ministra 

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou nesta terça-feira (24) a Força Nacional do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (FN-Suasa), que contará com um "grupo de elite" de fiscais agropecuários equipados e treinados para atender a emergências sanitárias e fitossanitárias.

A Força Nacional do Suasa foi lançada juntamente com o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira e com o processo eletrônico de exportação Canal Azul. As três iniciativas fazem parte do Plano de Defesa Agropecuária 2015-2020, apresentado pelo Mapa em maio deste ano.

A FN-Suasa será convocada sempre que for declarada emergência sanitária ou fitossanitária ou em outros casos de comprovada necessidade técnica. O grupo conta com 628 fiscais agropecuários federais, estaduais e municipais (entre médicos veterinários e engenheiros agrônomos) e servirá, de acordo com a ministra, para "prevenir e apagar incêndio".

"Trata-se de um grupo de elite dos fiscais federais, estaduais e municipais. Será o Bope do Ministério da Agricultura", disse Kátia Abreu. "Onde houver risco alto de alguma praga ou doença, vamos usar essas pessoas. Queremos conviver de forma tranquila com um possível risco, sem desespero, mas com preparo. Temos que manter a calma e tomar atitudes", completou.

Todos os 628 fiscais da Força - destes, 270 são do quadro do Ministério da Agricultura - receberão equipamento, coletes e uniformes diferenciados. "A ideia é que esse grupo de elite tenha acesso a qualquer lugar do país sem que pareça uma intervenção no estado", explicou Kátia Abreu.

O secretário de Defesa Agropecuária, Décio Coutinho, usou a gripe aviária para exemplificar um possível foco de ação da Força. "Essa enfermidade está espalhada por todo o mundo, trazendo risco não só para a produção da avicultura, mas também para a saúde humana. Não sabemos o dia e hora em que ela vai chegar ao Brasil, mas temos que estar preparados e aptos a combatê-la", explicou.

A ministra ainda destacou a importância de os fiscais federais, estaduais e municipais se integrarem e afirmou que não existe defesa agropecuária isolada em estados ou em municípios.

Defesa agropecuária
Durante o lançamento dos programas, Kátia Abreu fez um rápido balanço sobre as ações de defesa agropecuária desenvolvidas pelo Mapa este ano e projeções para 2016, dando efetividade ao Plano de Defesa Agropecuária.

O ministério tem ajudado e trabalhado em parceria para que os únicos três estados que ainda têm casos de febre aftosa - Roraima, Amapá e Amazonas - erradiquem a doença até o final deste ano.

O objetivo é que 100% país seja declarado livre de febre aftosa com vacinação, status que será pleiteado pelo Brasil junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2016. O Mapa também espera obter da entidade o reconhecimento de 14 estados como zonas livres de peste suína clássica.

A ministra lembrou que este ano já transferiu por meio de convênio R$ 26 milhões para investimento em defesa agropecuária a 12 estados. As demais unidades da federação ainda não receberam a verba por estarem inadimplentes. "Assim que os estados gastarem essa parcela, já temos mais recurso pronto para o ano que vem", disse.

A ministra também destacou o Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas, que destinará R$ 12 milhões para o combate da praga nos pomares brasileiros em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Mapa)

 
 
Setor agrícola dos EUA pode ter em 2015 menor lucro desde 2002

O setor rural dos Estados Unidos deve encerrar 2015 com mais uma queda de lucratividade após o pico registrado em 2013, puxado pelo tombo nos preços dos grãos e de produtos pecuários. A previsão foi feita pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), que estima que o resultado líquido dos produtores rurais do país este ano será de US$ 55,9 bilhões. Em agosto, o órgão havia projetado um lucro de US$ 58,3 bilhões Se a nova projeção for confirmada, o lucro agrícola do país será o menor desde 2002, tanto em termos reais como nominais. Em relação ao melhor resultado da história, registrado em 2013, esse resultado líquido representaria uma retração de 55%. Já na comparação com o resultado do ano passado, quando a rentabilidade já vinha em baixa, o lucro deve cair 38%.

O órgão americano calcula que a renda com a produção agrícola do país ficará em US$ 18,2 bilhões, uma retração de 8,7% na comparação anual, por conta da desvalorização dos preços de milho, soja e trigo. Já a receita do setor pecuário deverá chegar a US$ 25,4 bilhões, o que representaria uma redução de 12%, puxado pela desvalorização dos preços do leite, dos suínos, frangos e bovinos. Para compensar a queda dos preços, os subsídios governamentais deverão crescer e alcançar US$ 10,8 bilhões, um aumento de 10,4% na comparação com o desembolso do ano passado. Em contrapartida, os gastos também devem arrefecer, na ordem de 2,3%, estima o USDA, por conta da redução dos custos com energia e com ração.

Apesar disso, o risco financeiro para os produtores rurais americanos deve crescer neste ano, "indicando aumento da pressão financeira no setor", sinalizou o departamento. Entretanto, o órgão observou que a relação entre dívida e capital próprio deve se manter em patamares historicamente baixos. (As informações são do Valor Econômico)

 
 
Importações chinesas de leite em pó caem para menor volume em seis anos
 
As importações chinesas de leite em pó caíram para apenas 19,46 milhões de quilos em outubro, 37,8% a menos que em setembro para o menor volume mensal total desde 2009. Com relação ao ano anterior, as importações de leite em pó em outubro caíram 37%. Nos 10 primeiros meses, as importações acumuladas de leite em pó da China ficaram 44,2% menores que no ano anterior.

As importações de leite em pó desnatado ficaram particularmente fracas, em 7,98 milhões de quilos, o menor volume em três anos. As importações de leite em pó desnatado foram quase 50% menores que no ano anterior e 58,8% menores que em setembro em uma base média diária. As importações chinesas de leite em pó integral também não impressionaram; caíram para o menor volume em 13 meses, de 11,48 milhões de quilos. Isso foi 25,3% menor do que em outubro de 2014 e 15,7% menor o que os volumes médios diários de setembro.

É difícil determinar se esses dados decepcionantes implicam que a demanda por leite em pó da China está declinando, se a produção doméstica de leite em pó integral está deslocando as importações, ou se os estoques chineses continuam grandes o suficiente para desestimular mais importações.

Talvez tudo isso tenha parcela de culpa. Seja qual for a razão, a queda na demanda chinesa por leites em pó é particularmente preocupante para a indústria de lácteos da Nova Zelândia. O país está enfrentando uma competição mais acirrada pelo estreitamento do mercado. A Nova Zelândia ainda mantém uma grande participação nas importações de leite em pó integral da China, mas em outubro, somente 40% das compras de leite em pó desnatado da China vieram da Nova Zelândia. Em termos absolutos, a Nova Zelândia enviou 68,1% a menos leite em pó desnatado para a China em outubro do que em setembro.

Ao mesmo tempo, companhias da Europa estão ganhando terreno. As exportações da França de leite em pó desnatado para a China alcançaram o maior valor em 11 meses mesmo com as importações totais de leite em pó desnatado pela China caindo para seu menor valor em três anos. Em outubro, a França foi responsável pela maior parte do mercado de leite em pó desnatado do que em qualquer outro mês desde dezembro de 2002. Até Europa e Rússia retomarem suas relações comerciais, os processadores europeus provavelmente terão grandes volumes de leite em pó. Pena que o maior comprador mundial de leite em pó parece ter perdido seu apetite. (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Café da manhã debaterá desafios das cadeias produtivas de aves, suínos e laticínios
As entidades organizadoras do V AVISULAT ¬ Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios realizam no dia 10 de dezembro, quinta¬-feira, às 9h, no Centro de Eventos FIERGS (Av. Assis Brasil, 8787 ¬ Sala D3 ¬ 300), em Porto Alegre, um Café da Manhã com tema Desafios das cadeias produtivas para o cenário econômico de 2016, para imprensa e convidados do setor. O evento tem como objetivo refletir o ano que encerra sob o ponto de vista desses setores, destacar os desafios para 2016 a partir de dados e leitura de cenários e apresentar os preparativos para a 5ª edição do AVISULAT, de 22 a 24 de novembro de 2016. (Fonte: Agrolink com informações de assessoria)
 

 

         

Porto Alegre, 25 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.154

 

 10 mesorregiões foram responsáveis por 60% do crescimento na produção de leite desde 2004

A produção brasileira de leite já ultrapassa o dobro do que era há 25 anos. Desde 1990, cresce quase 4% ao ano, estimulada pelo aumento do consumo e pela consolidação de novos estados que ganharam representatividade na produção de leite. Entre as 10 mesorregiões que mais cresceram (em volume produzido) nos últimos 10 anos, as do Sul ocupam 5 posições, enquanto as outras 5 foram divididas entre Minas Gerais (3 mesorregiões) e Goiás (2 mesorregiões).

A primeira colocada em crescimento, Noroeste Rio Grandense (RS), teve um aumento de quase 2 bilhões de litros em sua produção desde 2004. Isso representa 92% da produção da região Norte inteira em 1 ano.

Tabela 1 - Ranking das 10 mesorregiões que mais cresceram na produção de leite em volume nos últimos 10 anos e produção diária de leite em 2004 e em 2014 (em mil litros). 

 

Em 10 anos o Brasil teve aumento um aumento de 11,7 bilhões de litros de leite em sua produção e as 10 mesorregiões que mais cresceram nesse período contribuíram com 60,6% dessa evolução. Ao analisarmos as 10 mesorregiões que mais cresceram em porcentagem desde 2004, a região Norte é a que possui o maior número de representantes. Das 10 primeiras ranqueadas, metade é da região Norte. 

A região Sul apresentou 3 mesorregiões entre as que tiveram maior taxa de crescimento. Um reflexo disso é que, em 2014, ela se tornou a maior produtora do Brasil, ultrapassando a região Sudeste. Além disso, é nessa região do país que tem havido a maior parte dos investimentos em fábricas para a produção de derivados lácteos - diversas empresas passaram a operar ou tem investido na ampliação de suas plantas.

O Sul do Amapá, primeira mesorregião colocada no ranking, cresceu 14,6% ao ano no período entre 2004 e 2014 e pulou dos 4,8 milhões de litros em 2004 para 13 milhões de litros em 2014. Isso representa um salto de 4 mil litros produzidos diariamente (em 2004) para 17 mil litros atualmente. Ainda assim, é uma quantidade muito baixa, menor inclusive que a produção de diversas fazendas listadas no Top 100 MilkPoint 2015: o Sul do Amapá ficaria na 22ª posição. (Najara Nino Diniz/MilkPoint)

 
Tabela 2 - Ranking das 10 mesorregiões com maior taxa anual de crescimento nos últimos 10 anos (em %) e produção anual de leite em 2004 e em 2014 (em mil litros).
 
Queijos Santa Clara conquistam Carrinho AGAS
A Cooperativa Santa Clara tem seus queijos reconhecidos pelos supermercadistas pelo terceiro ano consecutivo com a conquista de seu 8º Carrinho AGAS, premiação promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados. A Santa Clara é campeã da categoria Queijos desde que passou a fazer parte da pesquisa, em 2013.

A premiação dos vencedores será realizada dia 30, em Porto Alegre, reunindo autoridades e personalidade do estado, fornecedores premiados e supermercadistas.

Em sua 32ª edição, 12ª com parceria da Nielsen Brasil para as pesquisas, a Agas premia 36 empresas escolhidas a partir de entrevistas com 251 dos maiores supermercados do estado, considerando critérios de qualidade do produto ou serviço, relacionamento com o varejo, índices de ruptura, capacidade de inovação e cumprimento de prazos.

Nas edições anteriores, a Cooperativa foi a Melhor Fornecedora de Laticínios (2010, 2011 e 2012), Bebidas Lácteas (2004), Alimentos Resfriados (2003) e de Queijos em 2013 e 2014. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

Dália Alimentos é Top de Marketing 2015

Mais um troféu compõe a galeria da Dália Alimentos. Desta vez, a cooperativa foi agraciada com o prêmio Top de Marketing 2015, durante a 33ª edição do evento promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB-RS).

A entrega da distinção, que neste ano foi norteada pelo tema "É nos piores momentos que os melhores aparecem", ocorreu na última terça-feira, dia 24 de novembro, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. O evento é consagrado como a grande Festa do Marketing do Sul do país. Selecionada no segmento Agribusiness, com o Projeto Criança Dália - Ações no Presente para um Futuro Melhor - a Dália Alimentos esteve entre as 22 categorias premiadas na noite.

O Top de Marketing reconhece as melhores práticas de marketing do mercado gaúcho e levou ao palco organizações indicadas pelo mercado, as quais defenderam suas causas diante de uma comissão formada por experientes e consagrados empresários e executivos. 

Recebeu o prêmio, representando a empresa, o presidente Executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas. Ao fazer uso da palavra, destacou a satisfação da marca Dália ter sido agraciada com a premiação estadual, dedicando e compartilhando o prêmio com as 4,4 mil famílias rurais associadas e com os 2,4 mil funcionários. "Cada um, através da doação espontânea de algum valor para o Projeto Criança Dália, merece ser lembrado neste importante momento em que a Dália é reconhecida pelo belo projeto social que desenvolve de forma conjunta."

Também acompanhou a cerimônia de premiação o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini; e o supervisor de Marketing, Nei Quinto Barzotto. (Assessoria de Imprensa Dália Alimentos)

 
 
El Niño se estenderá até meados de 2016
O El Niño, que ocorre no Oceano Pacífico, deverá durar até meados de 2016, ao contrário do arrefecimento no primeiro trimestre apontado pelos modelos climáticos internacionais. Segundo o Escritório de Meteorologia da Austrália, a temperatura da água do Pacífico não deverá voltar à normalidade até o outono no Hemisfério Sul -- ou seja, a partir de março. A previsão inicial era de que ele atingisse o seu pico no fim deste ano e começasse a perder força já no início de 2016. O fenômeno climático elevou os preços das commodities agrícolas, segundo a FAO, como açúcar e óleo de palma. (As informações são do Valor Econômico)

         

Porto Alegre, 24 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.153

 

  Preço do leite registra tendência de estabilidade em novembro no RS
 
O preço do leite padrão deve apresentar tendência de estabilidade no Rio Grande do Sul neste mês de novembro. Dados divulgados hoje (24/11) na reunião do Conselho Paritário do Leite (Conseleite), realizada na Farsul, indicam que o valor projetado para o mês é de R$ 0,8454 o litro, 1,03% maior do que o consolidado do mês de outubro, que ficou em R$ 0,8367.
 

De acordo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, que apresentou o estudo, o resultado do mês de outubro teve alta de 1,94% acima do que foi projetado, que inicialmente estava previsto em R$ 0,8208 o litro. 
 
Pesquisador Eduardo Finamore apresenta os dados do Conseleite 
Crédito: Divulgação/Sindilat 
 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, que também presidiu a reunião, a leve elevação no preço se deve a uma parte da margem do aumento de custos, como nos combustíveis e na energia, que a indústria repassou ao produto final. Ao mesmo tempo, está impactado pela retração provocada pelas condições climáticas, com o excesso de chuvas, registradas neste ano. "Houve elevação de custos em função dos gastos maiores com a produção e pela recuperação dos prejuízos provocados pelas condições climáticas", afirmou Guerra.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Isolamento digital contribui para o êxodo rural

O Rio Grande do Sul tem hoje, conforme o último censo do IBGE, realizado em 2010, 336 mil jovens vivendo no meio rural o equivalente a apenas 12,73% de toda a população do Estado na faixa etária de 15 a 29 anos. Esse número vem encolhendo e, de acordo com pesquisadores ligados ao campo, um dos fatores que contribui e pode agravar o êxodo nos próximos anos é o isolamento em plena era digital.

- Sem acesso à internet, eles se sentem inferiorizados. Esse é, com certeza, um dos motivos que tem levado os jovens a deixarem o campo - lamenta Josiane Einloft, diretora e coordenadora da Juventude Rural da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

De acordo com Josiane, as novas gerações - que poderiam garantir a sucessão nas propriedades familiares - não desejam apenas acessar as redes sociais, mas também baixar aplicativos que possam ajudar no gerenciamento da produção e realizar pesquisas sobre manejo e equipamentos. Afinal, diferentemente de seus pais, esses jovens exigem respostas mais práticas e rápidas para as suas dúvidas.

Pesquisador lamenta ausência de políticas públicas para o setor
Para o professor Marcelo Antonio Conterato, do programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diminuição do número de jovens no campo também está relacionada com a queda na taxa de fecundidade. Conterato lembra que, nos anos 1970, no país, as mulheres que viviam no meio rural tinham, em média, 7,7 filhos, quase três vezes mais do que atualmente. O professor, no entanto, reconhece que a qualidade (ou a falta de) nos serviços de comunicação interfere na decisão dos jovens de migrar ou permanecer em seus locais de residência.

- É inadmissível que, em pleno século 21, na sociedade da informação, boa parte de quem vive no meio rural esteja desconectado. Os jovens que vivem no campo têm o mínimo de informação e conseguem comparar as realidades. Então, muitos acabam optando por se mudar para centros urbanos médios, que têm uma estrutura de serviços mais abrangente e consolidada. No final dos anos 1990, bastava que a TV tivesse bom sinal. Hoje em dia, isso não é mais suficiente - explica.

Na avaliação de Conterato, que também coordena o bacharelado à distância em Desenvolvimento Rural, é lamentável a ausência de políticas públicas que estimulem a melhoria da prestação de serviços de comunicação no campo. Segundo ele, a maioria das ações são voltadas para a produção, o que "se justifica, mas não tem estancado o êxodo rural". (Zero Hora)

 
Faeg reivindica melhorias na comercialização com laticínios
 
Dando continuidade às discussões que visam buscar melhorias em relação às condições atuais de comercialização do leite em Goiás, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, se reuniu com mais de 50 produtores, representantes de vários municípios goianos, durante encontro da Comissão de Pecuária de Leite da entidade, realizado na última semana. Na ocasião, os presentes avaliaram a mais recente ação do grupo. Com a ajuda da Faeg, os Sindicatos Rurais (SRs) encaminharam um documento para os laticínios, cooperativas e/ou associações solicitando a adequação nos prazos de pagamento, bem como a entrega da nota fiscal de venda do leite no ato da entrega.

Em continuidade, foi retomado um dos principais problemas que afligem o lado dos agropecuaristas de leite: a informalidade das indústrias de processamento em relação ao pagamento do leite comprado dos produtores. Os produtores se dispuseram a relatar as principais condições, tanto climáticas quanto de custos de produção, para que a Faeg possa ter em mãos as informações necessárias a fim de conhecer e compreender a real situação em cada canto do estado.

Ao destacar as condições da cadeia leiteira, José Mário, que também é presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem em Rural em Goiás (Senar Goiás), fez questão de ressaltar que o leite é o único produto que ainda se encontra numa situação diferenciada dos demais produtos agropecuários. "Ele é o único que, em relação ao pagamento, recebe com prazos girando em torno de 45 a 55 dias. Outro problema que dificulta ainda mais a situação é o fato de que não há o repasse de um documento fiscal formal no momento de entrega do leite às indústrias", informa Schreiner.

Para o presidente, esses problemas já vêm a muito deixando os produtores de cabeça quente, porém, atualmente, estão sendo agravados por fatores como a alta no custo de produção e o clima, com a falta de chuvas. E justamente sobre esse aumento nos custos de produção que Schreiner orientou os produtores a pensarem na redução de custos como uma alternativa em tempos de recessão econômica. "Os produtores decidiram que irão realizar a seleção dos melhores animais a fim de reduzir o consumo da ração, que ultimamente tem se apresentado com um custo bastante alto", relata o presidente.

Mercado
A situação do mercado financeiro também esteve em pauta no decorrer do evento. O gerente de Assuntos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Alves, comentou que houve, de outubro em relação a setembro, um aumento significativo das importações de leite. Mas acrescenta que isso, logicamente, é oriundo de produtos que já tinham sido comercializados há 5 ou 6 meses antes e que está impactando agora. "Não tivemos chuvas significativas ao ponto de gerar um grande excedente de leite. E registrou-se recuperação de 3% dos preços dos derivados lácteos nos últimos 15 dias como, por exemplo, no caso do longa vida. Então, não vemos justificativas para quedas expressivas de preços aos produtores nesse momento", acrescenta. (As informações são da Faeg)

 
Produção de leite na Europa continua forte em setembro

A captação de leite na Zona do Euro em setembro excedeu os níveis do ano anterior em 3,2%. A produção nas 27 nações da União Europeia (UE-28) que reportaram dados preliminares (a Espanha não reportou) totalizou 11,67 milhões de toneladas. Isso traz as captações até agora nesse ano nesses 27 países para um aumento de 2,2% com relação aos primeiros nove meses de 2014.

Os preços dos produtos lácteos no final do ano passado aumentaram e os produtores em locais como Holanda e Irlanda responderam de forma entusiasmada. A produção de leite aumentou, preparando o terreno para rígidas multas por excederem as cotas e para uma menor produção de leite no começo desse ano. Agora que as "algemas" das cotas não existem mais, o leite está jorrando nesses países novamente. A produção em setembro na Irlanda aumentou 15,9% com relação ao ano anterior e as captações na Holanda aumentaram 9,3% com relação ao ano anterior.

 

Apesar de as nações que são maiores produtoras de leite não terem registrado aumentos tão dramáticos, elas reportaram também uma produção maior e os ganhos com relação ao ano anterior estão acelerando. Na Alemanha, a produção em setembro foi 3% maior do que no ano anterior, 2,7% a mais que em agosto. As captações na França se mantiveram estáveis com relação ao ano anterior em julho e agosto, mas aumentaram 1,5% em setembro. Desde o fim da cota, a produção de leite na Europa totalizou 3,4% a mais do que no ano anterior.

Se o crescimento continuar em ritmo lento na Alemanha e na França e em ritmo acelerado em locais como Holanda, Irlanda, Dinamarca e Bélgica, a produção de leite na Europa deverá ultrapassar as melhoras modestas na demanda global, o que poderá pesar nos mercados mundiais. "Os preços ainda não estão restringindo o fluxo de leite". (As informações são do Daily Dairy Report)

 
Aftosa
Termina no próximo dia 30 a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado. Nessa fase, devem ser imunizados animais com até 24 meses de idade. Na região central, 130 mil de um total de 340 mil bovinos e bubalinos já foram imunizados conforme a Secretaria da Agricultura. Pecuaristas do Pronaf ou do Pecfam com até 30 exemplares recebem as doses gratuitamente. (Zero Hora)

 

 

    

 

         

Porto Alegre, 23 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.152

 

  Última semana para concorrer no 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo


 As inscrições para o 1º Prêmio Sindilat de Jornalismo encerram-se na próxima segunda-feira (30/11). Promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), a iniciativa irá premiar as melhores reportagens produzidas pela mídia especializada no agronegócio e sobre o setor lácteo. O Prêmio é dividido em quatro categorias: mídia impressa, mídia eletrônica, on line e fotografia. Todas as peças devem ter data de publicação/veiculação entre 1º/01/2015 e 29/11/2015. 

Para concorrer é muito simples, basta enviar os trabalhos e a documentação necessária para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. Além da produção (PDF para texto e foto, e link para vídeo/áudio e web), também devem ser anexados cópias de um documento de identidade, registro profissional e ficha de inscrição preenchida. Os trabalhos que não tiverem a expressa identificação do autor deverão remeter um atestado de autenticidade. Os finalistas serão divulgados até o dia 5 de dezembro.

A entrega da premiação será realizada durante a festa de fim de ano do Sindicato, no dia 10 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Maiores informações no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
Setor lácteo gaúcho está em um novo patamar
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, detalhou os avanços conquistados pelo setor lácteo gaúcho em busca de maior tecnificação e qualidade durante o 3º Simpósio da Ciência do Agronegócio, na Capital. Promovido por estudantes de mestrado e doutorado ligados ao Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócio (CEPAN) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o evento reuniu pesquisadores nacionais para debater os novos rumos da produção sustentável. Em sua manifestação, realizada na útlima sexta-feira (20/11), Palharini pontuou os inúmeros investimentos desenvolvidos por produtores e laticínios que, juntos, vêm trabalhando para oferecer produtos de maior qualidade ao consumidor. Entre eles, citou pesquisa que está testando medidores de vasão em parceria com a Embrapa, em Pelotas. A ideia, destaca ele, é avaliar as potencialidades desses equipamentos em auferir a qualidade e a condição das amostras de leite coletadas.  "A fraude é uma questão isolada. Depois de momentos conturbados, podemos dizer que hoje o setor lácteo gaúcho está em um novo patamar", salientou Palharini. O executivo ainda detalhou números que expressam a pujança e força do segmento na economia gaúcha e apresentou o vídeo institucional da Vitrine do Leite.

O evento, que começou na quinta-feira (19/11), terminou na sexta-feira no Salão de Atos da Faculdade de Agronomia. O 3º Simpósio da Ciência do Agronegócio abordou temas relevantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul, como os limites ecológicos do crescimento econômico e o sucesso da combinação entre inovação, tecnologia e sustentabilidade. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 20 de novembro de 2015, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de outubro de 2015 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de novembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

Mudanças nas cadeiras

Três projetos de lei apresentados pelo Executivo na última semana propõem alterações nas composições dos conselhos deliberativos de três fundos estaduais: do leite (Fundoleite), da erva-mate (Fundomate) e dos ovinos (Fundovinos).

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, diz que as modificações sugeridas decorrem da necessidade de ajustes em virtude da extinção de algumas pastas. No caso do Fundoleite, a Agricultura passará a ter, se o projeto for aprovado, seis integrantes no conselho - hoje tem quatro.

- São os dois que eram da antiga Ciência e Tecnologia - diz Polo. (Zero Hora)

Clima diminui a produção de leite em 5% no Estado

A bovinocultura de leite é mais uma atividade prejudicada pelo clima adverso no Rio Grande do Sul. O excesso de chuvas, verificado desde julho, está impedindo a utilização das pastagens, a produção do feno e a implantação das lavouras de milho para silagem. Além disso, os alagamentos dificultam o manejo dos animais e a coleta do leite pela indústria. A estimativa de entidades ligadas ao setor é de que a produção recue 5% em novembro. Do lado dos produtores, a principal reclamação diz respeito ao aumento dos custos com a alimentação.

De acordo com o assistente técnico estadual em Produção de Leite da Emater-RS, Jaime Ries, é natural uma queda de 5% na produção a partir de outubro devido ao fim do ciclo de pastagens. Entretanto, em 2015, a umidade deve tirar mais 600 mil litros diários sobre a redução normalmente esperada para essa época do ano. "O impacto na qualidade é mais difícil de mensurar, mas também acontece, pois aumentam as chances de infecção da glândula mamária e os animais chegam mais sujos para a ordenha, o que implica em maiores cuidados na higiene para evitar infecções bacterianas", explica Ries.

A situação abrange todo o Estado, mas a Emater traz relatos de localidades, como na região de Bagé, em que a indústria não consegue chegar com os caminhões para fazer a coleta. Segundo o presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, o setor não conseguirá manter a média de crescimento de 6% ao ano no Rio Grande do Sul, um dos objetivos para abertura de novos mercados de exportação. "Não conseguimos os resultados que projetávamos para o período em virtude das chuvas dos últimos 90 dias, perdendo, inclusive, o pico de produção em agosto", afirma.
Se a quantidade ofertada atrapalha os planos da indústria, o produtor, por sua vez, se ressente com o aumento dos custos de produção. O presidente da Associação de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang, estima que o gasto para obter um litro de leite esteja, em média, entre R$ 0,90 e R$ 1,00 em um sistema de semiconfinamento, quando deveria estar entre R$ 0,70 e R$ 0,80. Outros problemas nas propriedades, além do transporte, dizem respeito à falta recorrente de luz, atrasando a ordenha e o resfriamento, o que tem levado ao descarte do produto em casos pontuais.

Ao mesmo tempo, os preços tampouco são considerados satisfatórios. "A grande maioria não está tendo rentabilidade. Ou está no empate ou está negativo", lamenta Tang. O último levantamento da Emater, baseado em estatísticas semanais, aponta um valor médio para o Rio Grande do Sul de R$ 0,86 por litro. No ano passado, no mesmo período, o preço pago ao produtor era, em média, de R$ 0,95 no Estado. A região de Soledade tem os melhores índices, recebendo R$ 0,93 por litro. Em Santa Maria, Santa Rosa e Frederico Westphalen, os valores são mais baixos, na casa de R$ 0,83.

Efeitos podem se prolongar por mais um semestre
Para a Associação dos Criadores de Gado Holandês (Gadolando), os efeitos negativos do excesso de chuva não são momentâneos, podendo impactar no cenário do setor no próximo semestre, mesmo que o clima melhore. Isso porque a produção de feno, atividade paralela a bovinocultura de leite, praticamente estagnou nos últimos meses. O feno é utilizado como fibra na alimentação das vacas de alta lactação, mas seu corte, sua secagem e seu armazenamento ficaram limitados pela umidade. Com isso, o produtor foi obrigado a usar seu estoque ou comprar de outras regiões.

"O problema é que o feno que guardaríamos nesse período seria utilizado no verão e durante o próximo inverno", destaca o presidente da Gadolando, Marcos Tang. Com muita demanda e pouca oferta, o preço do feno aumentou. Os produtores foram obrigados a buscar o suplemento no Paraná e, inclusive, em Minas Gerais, elevando os custos de produção, já que uma propriedade com 100 animais pode gastar até 15 fardos por dia. Os criadores que, por sua vez, se valeram do estoque terão problemas de abastecimento nos próximos meses.

Além disso, houve atraso no plantio de milho para silagem e perdas de pastagem, o que encarece a alimentação animal. "Pastagem de qualidade é uma forma de baixar os custos, pois com alto índice de fibra, diminuímos os gastos com suplementação. E o milho que tivermos para silagem será colhido apenas em março. Ou seja, esses fatores fundamentais no custo foram altamente impactados pelas condições climáticas", completa Tang. As mesmas condições, segundo a Emater, dificultam o desenvolvimento do milho que foi plantado.

"Mesmo quem tem pastagem no intervalo entre as culturas de inverno e verão ou quem conseguiu plantar mais cedo, evita soltar os animais para não causar prejuízos na compactação do solo pelo pisoteamento", afirma o assistente técnico estadual em Produção de Leite da Emater, Jaime Ries. Algumas áreas de baixada estão alagadas ou viraram barro. "Chuvas pesadas nesse momento entre os ciclos de plantio, além do movimento do gado, podem trazer problemas duradouros de erosão", alerta. (Jornal do Comércio)
 

Embalagens em discussão
O deputado Luis Carlos Heinze irá propor hoje aos membros da Mesa Diretora da Câmara Federal a separação e o prolongamento das discussões do PL 8.194/2014 e seus 22 PLs correlatos apensados. A matéria original, que tramita em regime de urgência, obriga a indicação de lactose nas embalagens de alimentos. As demais querem que o rótulo também indique o volume de gordura trans, açúcar e sal, entre outras informações. "Tem coisas boas e outras não", diz Heinze. A Associação Brasileira de Laticínios é contrária ao PL 8.194/2014 por entender que confunde o consumidor.  (Correio do Povo)


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Porto Alegre, 20 de novembro de 2015                                                 Ano 9 - N° 2.151

 

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 19 de Novembro de 2015 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2015 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2015. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite - Santa Catarina. (FAESC)
 
 
Ministério da Agricultura divulga programa Leite Saudável no RS
              
O Ministério da Agricultura (MAPA) realizou nesta quinta-feira (19/11), em Porto Alegre, um encontro para promover e esclarecer dúvidas sobre o Programa Leite Saudável, lançado pelo governo federal no final de setembro. A iniciativa busca elevar a qualidade do produto nacional, uma vez que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite. Representando o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Fabiane de Oliveira, acompanhou o encontro. Nesta semana, os técnicos do MAPA também realizaram encontro no Interior do Estado divulgando o projeto.

Sobre o cenário nacional, deu-se destaque para o fato de que a produção do leite segue em alta. Ao mesmo tempo, a produtividade média continua baixa. Os representantes do Ministério destacaram que o objetivo do programa, além da melhoria do produto, é ampliar a produtividade e a competitividade por meio do desenvolvimento da assistência técnica, melhoramento genético e boas práticas agropecuárias. Ao mesmo tempo, o Programa Leite Saudável busca promover o aumento da renda e a ascensão social dos produtores rurais. O público alvo são 80 mil produtores de leite dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul.

Basicamente, para ampliar a competitividade do setor lácteo ficaram definidos sete eixos principais. São eles: a ampliação da assistência técnica gerencial; melhoramento genético; política agrícola; sanidade animal; qualidade do leite; a definição de um marco regulatório e a ampliação de mercados. O investimento total para o Leite Saudável é de R$ 386, 9 milhões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Cálculo eleva PIB gaúcho para 8,2% em 2013

Agora é oficial. A nova metodologia de aferição dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do País, divulgada em março deste ano pelo IBGE, está valendo. O modelo utilizado para incorporar as mudanças passa a utilizar como referência o ano de 2010 para a consolidação de uma nova série histórica. Um dos objetivos é unificar os sistemas para abarcar de forma mais abrangente as diferentes realidades econômicas regionais.

Pelo novo cálculo, o PIB gaúcho de 2013 apresentou o maior crescimento entre os estados brasileiros. A variação de 8,2% supera o desempenho da economia nacional que registrou alta de 3% no mesmo período. Em valores nominais, o PIB atingiu a cifra de R$ 331,095 bilhões, em 2013.

O dado expressivo, entretanto, é fruto de uma retomada da normalidade no agronegócio, tendo em vista que, em 2012, o Estado havia registrado crescimento negativo em função da estiagem. Antes da revisão, o Rio Grande do Sul já ostentava o melhor desempenho de 2013 (5,8%). Isso porque, no ano imediatamente anterior, o fator climático reduziu a safra de grãos e, por consequência, limitou a expansão da economia gaúcha. Deste modo, o maior impacto no desempenho medido em 2013 veio da agricultura, que cresceu 79,3% sobre 2012.

Além disso, a indústria de transformação cresceu 7,3% no período, puxada pela produção automotiva e de máquinas e equipamentos. Também houve incremento no comércio (7,0%) e na construção civil (6%). A divulgação dos resultados foi feita pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). Ao mesmo tempo, as demais instituições estaduais, sob a coordenação do IBGE, também apresentaram as contas regionais oficiais de 2013 e a revisão dos dados de 2010 a 2012. A partir das novas referências, o crescimento do PIB gaúcho, em 2011, foi de 4,4%, enquanto a economia brasileira cresceu 3,9%. Já em 2012, a economia gaúcha recuou 2,1%, influenciada pelo desempenho da agricultura (-43,3%) e da indústria de transformação (-5,4%). O PIB do Brasil cresceu 1,9% naquele ano.

Na comparação entre as 27 economias regionais, é possível constatar que o Rio Grande do Sul diminuiu a sua participação na composição do PIB nacional, que chegou a R$ 5,3 trilhões depois da revisão dos valores. A fatia gaúcha passou de 6,7%, pelo método antigo, para 6,21% no atual. Por isso, em 2013, o Estado perdeu a quarta posição no ranking para o Paraná. As primeiras posições continuam ocupadas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Neste contexto, entre 2012 e 2013, Rio de Janeiro ( 0,78%), São Paulo ( 0,23%) e Goiás ( 0,16%) ganharam relevância na composição do PIB nacional. Rio Grande do Sul (-0,49%), Minas Gerais (-0,28) e Distrito Federal (-0,27) reduziram suas participações no período.

Entre os fatores determinantes, o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha, destaca o aumento da participação de outras unidades federativas na agropecuária. Além disso, Rocha explica que, antes, não havia uma matriz regional de produção e custos agropecuários. O cálculo era feito com base na repartição dos valores em estados de referência, feito a partir do Censo Agropecuário de 2006. Agora, cada unidade da Federação passa a ter a sua própria matriz de aferição de resultados. Da mesma forma, em empresas que possuem sedes administrativas separadas da operação industrial, o valor adicionado (VAB) passa a ser computado para o local onde existe a sede. Isso gera alterações significativas. No caso da Petrobras, por exemplo, uma parcela era incorporada nos estados. Agora, o desempenho da empresa será alocado no Rio de Janeiro. Isso, segundo o pesquisador, não afeta o peso da indústria naval gaúcha, prestadora de serviços para a estatal, mas provoca certa influência na participação gerada pelas refinarias de petróleo.

Outra mudança implicou no recenseamento das fornecedoras de energia com o objetivos de delimitar com precisão onde os valores seriam contabilizados. A definição passou a considerar a localização das casas de força, o que alterou o cálculo relativo à participação das usinas em alguns estados. (Jornal do Comércio)

 
Aumento na oferta de leite impõe novas quedas no mercado global

Os preços internacionais do leite em pó no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) devolveram, desde meados de outubro, boa parte dos ganhos registrados nos quatro pregões anteriores. No último leilão quinzenal, realizado na terça-feira, as cotações do leite em pó integral caíram 11% para US$ 2.148 por tonelada. Já as cotações do leite em pó desnatado tiveram queda de 8,1%, recuando para US$ 1.851 por tonelada. No leilão do dia 6 de outubro, o leite integral tinha alcançado um valor médio de US$ 2.824 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado chegara a US$ 2.267, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados nesses leilões são referência para o mercado internacional de lácteos.

A redução da oferta nos leilões anunciada pela neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, fez os preços se recuperarem nos pregões a partir de agosto, depois de terem atingido baixas históricas. A empresa diminuiu os volumes oferecidos no leilão, mas vendeu no mercado. O efeito da estratégia, porém, perdeu força nos últimos leilões. Segundo Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, "os fundamentos do mercado não mudaram" em relação ao período de alta. Assim, as quedas dos últimos três pregões parecem ter sido um ajuste após altas fortes, que tiveram "características de especulação". Ele observa que a produção de leite continua em alta nos Estados Unidos e também na Europa, onde o fim do regime de cotas estimula esse cenário. Já na Nova Zelândia, a produção acumula queda de 3% na safra (de junho até setembro). Mas esse recuo não é suficiente para compensar os aumentos na produção pois o principal importador mundial de lácteos, a China, continua fora do mercado, explica. 

Outro fator baixista são os estoques elevados de leite em pó desnatado na Europa e nos Estados Unidos, segundo Galan. Rafael Ribeiro, da Scot Consultoria, também avalia que o período de aumento na oferta de leite no mercado internacional explica a redução dos preços. "Houve um ajuste com a redução da oferta pela Fonterra, mas a demanda continua fraca. [A diminuição] Não foi suficiente para sustentar a cotações internacionais", diz. O quadro também é de cotações pressionadas ao produtor no mercado brasileiro. A razão é que após um atraso na entrada da safra de leite de Minas Gerais e Goiás, por conta do clima seco, os volumes começaram a crescer. A demanda também está fraca. Segundo dados da Kantar, citados por Galan, de janeiro a setembro o consumo de leite longa vida caiu 4% na comparação com igual período de 2014. (Valor Econômico)

 
 
 
No radar
O RIO GRANDE do Sul perdeu para o Paraná o posto de quarta maior economia do Brasil apontou IBGE. Mas, no campo o Estado vai melhor. Olhando as atividades de maneira isolada, o RS é o segundo mais importante do país na pecuária, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Na agricultura, é terceiro, depois de Paraná e São Paulo. (Zero Hora)