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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.496


Polo leiteiro do RS recebe o Milk Summit Brazil 2025

A região gaúcha que mais entrega leite cru para a indústria, o Noroeste do Estado, sediará na próxima semana a primeira edição do Milk Summit Brazil 2025. Com uma produção que alcança 741,9 milhões de litros por ano, se destaca abrigando um rebanho superior a 150 mil vacas, que geram R$ 2,03 bilhões anuais em Valor Bruto da Produção (VBP), conforme dados da Emater.Segundo o coordenador do evento e secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a escolha pela região para sediar o evento inspira conexões estratégicas para o desenvolvimento dos eixos temáticos do encontro, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro em Ijuí. “O leite centraliza as discussões que envolvem os aspectos da competitividade, consumo, sustentabilidade e da inovação”, assinala Palharini.O evento promoverá o encontro de ideias entre produtores, cooperativas, indústrias, representantes governamentais e especialistas, ao longo de dois dias, no Parque de Exposições Wanderley Burmann, dentro da programação da Expofest. O calendário completo está disponível no site www.milksummitbrazil.com, onde os participantes também têm acesso a jogos interativos. No primeiro, o desafio é ajudar o produtor a desviar de obstáculos e coletar itens que aumentam a produção. Já o quiz apresenta 17 perguntas sobre nutrição, saúde e produção leiteira, baseadas em dados científicos.O prazo para inscrições no Milk Summit Brazil se encerra no dia 10 de outubro, pelo site Sympla. A entrada é solidária: cada participante deve doar 1 kg de alimento não perecível, e a organização acrescentará 2 litros de leite por inscrição. Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades sociais.O que você precisa saber para aproveitar:

Existe estacionamento no local?
Sim. O Parque de Exposições Wanderley Burmann conta com estacionamento para participantes, pago à parte, no valor fixo de R$ 20,00.

Posso acessar a área VIP?
A área VIP será destinada a palestrantes, patrocinadores, comissão organizadora e autoridades, com acesso controlado mediante pulseira.

Onde posso me hospedar?
Ijuí e região contam com hotéis preparados para receber os participantes do Milk Summit Brazil. Nossa indicação é o Hotel Ijuí, onde é possível verificar a disponibilidade de reservas pelo telefone (55) 99123-3094.

Qual é o aeroporto mais próximo?
O aeroporto mais próximo é o Aeroporto de Santo Ângelo, localizado a cerca de 50 km de Ijuí. Outra opção é o Aeroporto de Passo Fundo, a cerca de 170 km, que oferece mais opções de voos. Para quem vem de fora do Estado, o Aeroporto de Porto Alegre fica a aproximadamente 400 km de distância.

O evento é gratuito?
Sim. O evento é gratuito para quem chegar no turno da manhã. Reforçamos também a Campanha Solidária: cada participante pode levar 1 kg de alimento não perecível, e a comissão organizadora fará a doação de 2 litros de leite para cada quilo arrecadado. Uma oportunidade de unir conhecimento e solidariedade!

Sobre o Milk Summit Brazil 2025
A realização do Milk Summit Brazil 2025 é conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS, Sindilat/RS, Prefeitura de Ijuí, Emater/RS-Ascar, Suport D Leite e Impulsa Ijuí.

O evento conta com o patrocínio de Laticínios Deale, Feuser Representações Comerciais / Rit - Resfriadores, Sistema Fiergs, Frizzo, Italac, Laboratório Base, Lactalis do Brasil, Launer, Grupo Piracanjuba, Coop Santa Clara, Senar, Sicredi, Sicoob, SulPasto e Tetra Pak.

A edição também reúne parceiros institucionais, como a ExpoFest Ijuí 2025, Fecoagro, Fetag, Ciepel, UPF, Escola Técnica Celeste Gobbato, Hooks, Cincuenta, Sebrae, APAJU, FASA, APL Leite, Instituto Manager, Rede Leite, Embrapa, Unijuí, Unicruz, Intituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Farroupilha, CCR/UFSM, Ministério da Agricultura, Setrem, Amuplan, Abraleite, Viva Lácteos e Fundesa.


GDT - GLOBAL DAIRY TRADE

Fonte: GDT editado pelo Sindilat

 

Inclusão e diversão: Pirakids comemora o Dia das Crianças com identidade visual repaginada
 
Nova embalagem aproxima os personagens do público infantil, reforça a inclusão e inspira momentos de energia, sabor e diversão. 
 
Goiânia, 6 de outubro de 2025 – Para celebrar o Dia das Crianças, a linha Pirakids, da Piracanjuba, entra em um novo momento de marca e lança embalagens inéditas, com os personagens agora retratados em 3D. A reformulação dá mais vida, expressividade e proximidade às figuras que já fazem parte da rotina das crianças, reforçando o vínculo emocional com o público entre 5 e 10 anos. 
 
Mais do que um design moderno, as novas embalagens traduzem a essência da marca: energia, sabor, nutrição e diversão. O achocolatado Pirakids é fonte de vitaminas A e D, também disponível na versão zero lactose, e chega para compor a alimentação das crianças com ainda mais apelo visual e conexão com o universo lúdico. 
 
Outro destaque é o protagonismo da Turma do Piradinho. Com oito personagens que refletem diferentes perfis e interesses das crianças, a proposta é que a garotada se sinta representadas e parte desse universo. A diversidade dos personagens é o que diferencia a turminha, ampliando o senso de pertencimento. Agora em 3D, Piradinho, Olímpio, Flora, Tuca, Heitor, Coralina, Vitinho e Valentina ganham expressões mais realistas, transmitindo atitude, pluralidade e identificação. 
 
Cada embalagem traz um dos personagens e, no verso, informações como nome, idade, superpoder, matéria favorita, preferências e sonhos para o futuro. Um QR Code complementa a experiência, convidando as crianças a conhecerem ainda mais sobre o universo da turma e estimulando a descoberta do personagem favorito. 
 
“Ao dar mais destaque aos personagens nas embalagens, buscamos muito mais do que atrair no ponto de venda. Queremos reforçar a ideia de inclusão, respeito e pertencimento, traduzindo valores importantes para a sociedade e para a formação das crianças. O QR Code amplia essa experiência, permitindo que cada criança conheça melhor os personagens, se identifique e crie vínculos com a marca”, afirma a diretora de Marketing do Grupo Piracanjuba, Lisiane Campos. 
 
A nova identidade visual também chega ao Pirakids Zero Lactose, que ganha embalagem repaginada para unificar toda a família de produtos e reforçar uma comunicação integrada, sempre voltada às necessidades das crianças. 
 
Brincar é coisa séria 
 
Neste Dia das Crianças, a Turma do Piradinho convida os pequenos a aproveitarem seus passatempos preferidos: as brincadeiras que atravessam gerações e nunca saem de moda. Pega-pega, esconde-esconde, pique-estátua e pique-bandeira aparecem como inspiração para que as crianças se movimentem, se divirtam e vivam a infância de forma intensa. 
 
Personagens que refletem o universo infantil 
 
• Piradinho: líder da turma, cheio de ideias criativas e maluquinhas. 
• Olímpio: apaixonado por esportes, sonha disputar as Olimpíadas. 
• Flora: ligada à natureza, sempre atenta aos cuidados com o planeta. 
• Tuca: conectado aos animais do campo, quer ser veterinário. 
• Heitor: dedicado aos estudos, adora compartilhar curiosidades. 
• Coralina: artista que ama desenhar e ilustrar aventuras. 
• Vitinho: enérgico e divertido, vive aprontando. 
• Valentina: destemida e corajosa, enfrenta desafios sem medo e acredita que nenhum obstáculo é grande demais para impedir seus sonhos. 
 
Com a renovação da identidade visual, Pirakids reforça o compromisso da Piracanjuba em oferecer não apenas nutrição e sabor, mas também experiências que inspiram, conectam e acompanham o crescimento das crianças. Afinal, cada detalhe, do sabor ao design, foi pensado para estimular vínculos, carinho e diversão no dia a dia dos pequenos. 
 
As informações são do Grupo Piracanjuba

Jogo Rápido

RS tem 65% de probabilidade de ter La Niña nos próximos três meses
As projeções do APEC Climate Center (APCC), sediado na Coreia do Sul, indicam 65% de probabilidade de transição da fase neutra para fase fria (La Niña) no trimestre de outubro a dezembro de 2025. É o que aponta o Boletim Trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O prognóstico climático indica chuvas variando de normal a ligeiramente abaixo da média na maioria das regiões do Rio Grande do Sul no último trimestre do ano. O mês com maiores desvios negativos de precipitação pluvial deverá ser dezembro, especialmente na metade sul e no oeste do estado. Nos meses de outubro e novembro, as precipitações devem ficar mais próximas da média, porém, com maior irregularidade espacial, havendo leve tendência de ficar abaixo da média, principalmente em novembro. As temperaturas do ar sobem gradativamente ao longo do trimestre, devendo ter anomalias mais positivas em dezembro. Os meses de outubro e novembro são bastante variáveis, pois ainda ocorrem incursões frias seguidas de períodos com aquecimento. Com isso, não se descarta, inclusive, a ocorrência de geadas tardias. A amplitude térmica aumenta consideravelmente no trimestre, ou seja, algumas madrugadas frias podem ser seguidas de tardes quentes, especialmente entre novembro e dezembro.  O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 13 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período. (Seapi)

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Porto Alegre, 06 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.495


Do berço à maturidade: por que o leite continua essencial

Mais do que nutrição infantil, o leite protege ossos, previne doenças crônicas e contribui para o envelhecimento saudável, aponta especialista.O leite é um dos alimentos mais completos e acessíveis para o fortalecimento dos ossos e a prevenção de doenças crônicas — e não deve ser restrito apenas à infância. Segundo reportagem do portal VivaBem (UOL), publicada em 10 de setembro de 2025, o consumo regular de leite e derivados desempenha papel essencial ao longo de toda a vida, ajudando na manutenção da massa óssea e muscular e reduzindo riscos de condições ligadas ao envelhecimento.A relação entre leite e saúde óssea é amplamente reconhecida. O cálcio presente nesse alimento é fundamental para o crescimento e a estruturação do esqueleto humano, especialmente durante as fases de desenvolvimento, mas continua sendo indispensável na fase adulta e na maturidade.O papel do leite na prevenção da sarcopenia
De acordo com a reportagem assinada por Janaína Silva, um dos principais benefícios do leite é a prevenção da sarcopenia — a perda de massa e força muscular que ocorre com o passar dos anos, sobretudo entre idosos. Esse processo, que afeta mobilidade e qualidade de vida, pode ser retardado com uma dieta rica em proteínas de alta qualidade, como as encontradas nos laticínios.O leite contém aminoácidos essenciais que contribuem para a regeneração muscular, além de ser uma fonte natural de vitamina D, fósforo e magnésio, nutrientes que trabalham em sinergia para fortalecer ossos e músculos.Leite e saúde cardiovascular
Pesquisas recentes indicam que o consumo equilibrado de leite e seus derivados pode também estar associado à redução do risco de doenças cardiovasculares. Isso se deve à presença de peptídeos bioativos e ácidos graxos benéficos, que podem ajudar na regulação da pressão arterial e na saúde metabólica.

Apesar das controvérsias sobre o consumo de gordura saturada, evidências mostram que o leite integral pode ter efeitos neutros ou até positivos no metabolismo quando inserido em uma dieta balanceada.

Muito além da infância
Durante anos, o leite foi visto como um alimento “para crianças”. No entanto, os especialistas destacam que seus benefícios se estendem por toda a vida. No Brasil, estudos populacionais mostram que o consumo de laticínios tende a diminuir na idade adulta, especialmente entre mulheres, o que pode aumentar o risco de osteopenia e osteoporose.

Para evitar deficiências, nutricionistas recomendam incluir duas a três porções diárias de laticínios, seja em forma de leite, iogurte natural ou queijos magros. Essa rotina contribui para manter níveis adequados de cálcio e proteínas, essenciais para a saúde óssea e muscular.

Orientações e moderação
Embora o leite seja um alimento valioso, é importante respeitar as necessidades individuais. Pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite devem buscar orientação médica e nutricional para substituições adequadas, como produtos sem lactose ou bebidas fortificadas à base vegetal.

Além disso, o equilíbrio continua sendo a palavra-chave. O excesso de laticínios, principalmente com alto teor de gordura e açúcar (como sobremesas lácteas industrializadas), pode contrariar os benefícios desejados.

Um hábito para todas as idades
O leite, portanto, não é apenas um alimento infantil, mas um aliado estratégico para o envelhecimento saudável. Seu consumo regular, aliado a uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, ajuda a manter a densidade óssea, prevenir a perda muscular e contribuir para uma vida mais ativa e duradoura.

Como resume a reportagem do VivaBem, “o leite é um investimento diário na saúde do corpo e da mente — do café da manhã da infância ao copo morno da maturidade”.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Viva Bem


Consumidor sênior brasileiro e a indústria de lácteos

O público +50 no Brasil cresce e busca lácteos funcionais: probióticos, proteínas, baixo açúcar e saúde óssea. Descubra oportunidades para inovação.

O público acima de 45 anos, a chamada “geração prateada”, é cada vez mais digital, representando uma fatia crescente do consumo e do poder aquisitivo brasileiros.

Segundo o portal CartaCapital, até 2040, 57% da força de trabalho no Brasil será composta por profissionais com mais de 45 anos, trazendo uma grande motivação para se conquistar este consumidor ainda hoje. Mas, se olharmos atentamente para consumidores seniores de agora, vemos que já existe uma oportunidade incrível de mercado:

Os consumidores + 50 anos já representam 24% do consumo das famílias brasileiras, movimentando R$1,8 trilhão por ano. A projeção é que esse grupo alcance 35% do consumo até 2044.

São pessoas que valorizam mais a experiência do que o status, buscam qualidade e praticidade, e têm participação crescente no consumo digital, movimentando R$15 bilhões ao ano em compras online.

Segundo dados do Kantar, o público maduro prioriza alimentos básicos como arroz, feijão, carnes magras, ovos, frutas e leite/derivados. Entre alimentos industrializados, há demanda crescente por produtos com benefícios funcionais, incluindo iogurtes probióticos, queijos magros, leites fortificados e bebidas funcionais.

O envelhecimento aumenta o interesse por laticínios funcionais, saudáveis e adequados à população madura. Após os 45 anos, cresce a busca por leite e derivados ricos em cálcio, proteínas e vitamina D, visando saúde óssea, massa muscular e prevenção de doenças crônicas.

Segundo artigo publicado em setembro/2025 no portal UOL, “A associação entre consumo de leite e derivados e saúde óssea é quase sempre imediata. Como fonte natural de cálcio, esses alimentos, de fato, desempenham papel fundamental no crescimento e fortalecimento do nosso esqueleto, especialmente durante a infância e adolescência — mas também durante a vida adulta e na maturidade”. Um dos principais benefícios é a prevenção da sarcopenia, que é a perda de massa muscular que afeta principalmente a população sênior. O artigo ainda lembra que “ o consumo regular também favorece a saúde muscular e cardiovascular. Entre os efeitos benéficos estão a redução da pressão arterial, a prevenção de doenças cardíacas, o controle da glicemia e o combate à diabetes tipo 2 e à síndrome metabólica”

Mas por que, então, a indústria láctea brasileira ainda não desenvolve produtos para este consumidor – cujo gasto com saúde aumenta significativamente após os 50 anos?

Vale lembrar que o público maduro busca cada vez mais lácteos funcionais: probióticos, iogurtes enriquecidos, queijos magros e alternativas com baixo teor de gordura ou açúcar, além de produtos zero lactose, devido à crescente prevalência de intolerância entre idosos. 

Além disso, o envelhecimento populacional no Brasil impulsiona oportunidades para a indústria inovar com soluções alinhadas às necessidades deste grupo, privilegiando saudabilidade, conveniência, opções sem lactose, rótulos limpos e informações claras sobre benefícios para a saúde de longo prazo. Sim, há queda no consumo de lácteos integrais - mas em prol de versões semidesnatadas, desnatadas e fermentadas, consideradas mais leves e digestivas.

O NCOA (National Council on Aging), em artigo recente, recomenda o consumo de iogurte grego como fonte de proteína, já que apenas uma xícara contém 17 gramas de proteína, além de 20% da ingestão diária recomendada de cálcio e probióticos, que nos ajudam a manter a saúde intestinal..

1. Desenvolvimento de Lácteos Funcionais e Adaptados - lácteos com benefícios como alta concentração de cálcio e proteína, versões sem lactose, reduzidas em açúcar e gordura, voltadas à saúde óssea, digestiva e muscular da terceira idade.

2. Embalagens Práticas e Acessíveis – uma das maiores dificuldades do público maduro refere-se às embalagens. Pense em design ergonômico, fáceis de abrir e manusear, porções individuais e materiais recicláveis, facilitando o uso para idosos com limitações motoras. Muito importante, também, desenvolver rótulos com informações ampliadas e, eventualmente, QR codes para se ter acesso a informações complementares.

3. Comunicação Direcionada e Experiências Sensorial – Engana-se quem pensa que este público não valoriza marketing sensorial. Ações de focadas em sabor, textura, cores e aromas atrativos, que estimulem memórias afetivas e experiências agradáveis são muito bem aceitas por consumidores +50 anos. (e por que não valorizar as histórias de vida e protagonismo na longevidade?)

4. Conteúdo Educativo e Institucional - Parcerias com profissionais de saúde para disseminar informações sobre a importância do consumo regular de lácteos, guias e campanhas educativas sobre o papel dos lácteos para longevidade ativa e saudável, usar as redes sociais e iniciativas presenciais em comunidades sêniores valem a pena!

As informações são do Milkpoint

Importações de laticínios da China aumentam 6% neste ano

A demanda da China continua forte, apoiando o comércio global de laticínios.

Entre janeiro e julho, a China aumentou suas compras de laticínios em volume e valor; o aumento foi de 16% em dólares, com as vendas de soro de leite se destacando em comparação ao declínio do leite em pó integral.

A China está acelerando suas importações de laticínios: de acordo com dados do CLAL divulgados pela OCLA e reportados pela Blasina y Asociados, o volume importado atingiu  1.772 toneladas entre janeiro e julho de 2025, representando um aumento de 6% em relação ao ano anterior  . Em julho, o volume mensal foi de 265.144 toneladas, representando um crescimento de quase 7% em relação ao mesmo mês de 2024.

Em termos monetários, o aumento é ainda mais pronunciado: em dólares, as importações cresceram  16% no acumulado do ano  em relação ao ano anterior.

As importações de  soro de leite  lideraram o crescimento: 410.804 toneladas até julho, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Em contraste,  o leite em pó integral (WMP) , um dos produtos mais exportados do Uruguai, registrou uma queda de 13%, passando de 43.116 para 37.584 toneladas.

Até o momento, neste ano, a China importou 291.575 toneladas de LPE, apenas 1% a menos que em 2024. No entanto, em moeda estrangeira, essas compras aumentaram 17%. Em julho, o dólar subiu 8% para este produto.

Fonte:  Blasina y Asociados — “As importações de lácteos chineses acumularam um aumento de 6% neste ano”  Blasina y Asociados


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat. (Sindilat)

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Porto Alegre, 03 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.494


Uruguai avança na limitação do uso do termo "laticínios" a produtos de origem animal

A proposta orçamentária proíbe o termo "laticínios" para produtos de origem vegetal e redefine a representação da INALE. O Ministro Fratti defendeu a medida perante os legisladores.O projeto de lei orçamentária em análise no Parlamento uruguaio inclui uma disposição fundamental para a indústria de laticínios: a  proibição do uso da palavra "laticínios" em produtos que não sejam de origem animal . A medida visa fortalecer a transparência para os consumidores e proteger a identidade da produção tradicional.O Artigo  261  estabelece que nomes associados a produtos lácteos e seus derivados não podem ser utilizados em publicidade, rótulos ou apresentações comerciais de alimentos que não se enquadrem na definição estabelecida no Regulamento Nacional de Alimentos. Isso se aplica tanto a produtos de origem vegetal quanto àqueles cultivados artificialmente em laboratório.O Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca,  Alfredo Fratti , explicou à Comissão de Orçamento que o objetivo é "deixar claro que o leite é exclusivamente de origem animal". A iniciativa conta com o apoio do Instituto Nacional de Laticínios (INALE) e da Câmara das Indústrias de Laticínios.Apoio técnico e institucional
Ricardo de Izaguirre, presidente da INALE, enfatizou que esta regulamentação está em conformidade com as normas internacionais e as regulamentações da União Europeia. "O leite é uma secreção natural com propriedades nutricionais amplamente reconhecidas, desde proteínas até globulinas de alto valor", observou.

A medida também visa fortalecer a proteção ao consumidor, proibindo o uso de rótulos ou informações que possam induzir ao erro e dando prazo de 120 dias para que o Poder Executivo implemente sua regulamentação.

Mudanças na governança da Inale
O Orçamento também introduz mudanças na  forma como os membros do conselho da Inale são nomeados . Até agora, os regulamentos de 2007 exigiam eleições sindicais que nunca ocorreram, levando a nomeações temporárias por mais de 18 anos.

A nova proposta permite que associações de produtores, industriais e produtores de queijo nomeiem diretamente seus representantes, uma medida que De Izaguirre considerou essencial para "normalizar a situação e agilizar as operações do Instituto". Além disso, a posição do presidente como representante legal da organização é fortalecida.

Um passo estratégico para a indústria láctea uruguaia
A iniciativa é interpretada como um  avanço estratégico para a competitividade e diferenciação do setor lácteo uruguaio , em um contexto global onde a confusão entre alimentos de origem animal e alternativas vegetais gera tensões comerciais e de comunicação.

Fonte:  All The Field


Leite Spot: confira valores da segunda quinzena de setembro/2025

Mercado spot registra queda de R$ 0,09 no preço do leite, fechando média nacional em R$ 2,39, apesar do aumento do volume negociado.

Na segunda quinzena de setembro, o preço do leite spot recuou R$0,09, fechando a média nacional em R$2,39, segundo dados do MilkPoint Mercado.

Gráfico 1. Preços da média Brasil do leite spot (R$/litro).

Na segunda quinzena de setembro, o mercado spot de leite manteve a tendência de alta no volume negociado. No entanto, os preços recuaram, pressionados pela combinação de oferta crescente e demanda que permanece moderada, indicando equilíbrio delicado entre produção e consumo no período. (Milkpoint)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1887 de 02 de outubro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

Devido ao período de transição das pastagens, houve necessidade de aporte nutricional com concentrados energéticos e proteicos, até que as forrageiras estivais estejam plenamente disponíveis. Contudo, em muitas propriedades, há oferta satisfatória de silagem, o que contribui para a estabilidade da produção e para evitar oscilações. O estado corporal e sanitário dos bovinos leiteiros está apropriado. As chuvas intercaladas com dias de sol dificultaram o manejo do rebanho, aumentando o barro próximo às instalações e demandando maior atenção à higiene e à saúde dos animais. Ainda assim, os parâmetros de qualidade do leite atenderam à legislação.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite melhorou em razão das condições climáticas adequadas ao longo do período, que reduziram problemas com barro e permitiram a utilização das pastagens, sem restrições significativas. 

No município de Bagé, a prática de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) está aumentando em rebanhos mais tecnificados devido à praticidade e à possibilidade de planejamento das parições para determinados períodos do ano. 

Na de Caxias do Sul, a produtividade ficou estável. A qualidade do leite produzido segue dentro dos parâmetros preconizados pela legislação, tanto em relação à contagem de células somáticas (CCS) quanto à contagem padrão em placas (CPP). 

Na de Ijuí, a produção apresentou leve incremento em relação ao período anterior. Os produtores aumentaram a oferta de silagem devido à redução da produção das forrageiras de inverno. 

Na de Pelotas, a produção se elevou, beneficiada pela qualidade da pastagem, nos municípios de Jaguarão, de Pedras Altas, de Pedro Osório e de São Lourenço do Sul. Nos demais, ficou estável. 

Em Arroio do Padre e em Arroio grande, houve registros de tuberculose em alguns rebanhos. 

Na de Santa Maria, a produtividade tem se elevado gradualmente em função da recuperação recente das pastagens. 

Na de Santa Rosa, para suprir a demanda nutricional das vacas, os produtores intensificaram o uso de volumosos, como silagem de milho e feno, além de concentrados proteicos.  Ainda assim, observou-se pequena redução da produção diária de leite. (Emater/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA (02 A 08/10/2025)
Na última semana, o tempo oscilou entre condições estáveis e instáveis em grande parte do Rio Grande do Sul.Nos próximos dias, o tempo voltará a ficar instável em grande parte do Rio Grande do Sul. Em 02/10 (quinta-feira), o transporte de umidade para o Noroeste do Estado deixará o tempo instável na região, e podem ocorrer chuvas fracas a moderadas em alguns municípios. Nas demais áreas, não há expectativa de chuva significativa. Em 03 (sexta-feira) e 04/10 (sábado), efeitos de circulação ajudarão a manter o tempo instável, com possibilidade de chuva em grande parte das regiões do território gaúcho. A partir do dia 03/10, as temperaturas entram em elevação. Em 05 (domingo), 06 (segunda-feira) e 07/10 (terça feira), a passagem de uma frente fria reforça a instabilidade, provocando chuva em todas as regiões. Em 05/10, a precipitação será mais concentrada no Extremo Sul, e em 06 e 07/10 deverá atingir praticamente todas as regiões. Em 08/10 (quarta-feira), com o afastamento do sistema, o tempo voltará a se estabilizar principalmente nas regiões Central e Sul do Estado. Por conseguinte, há previsão de chuva apenas no Noroeste do Estado. Nas demais regiões, não há previsão de chuva significativa. Entre os dias 06/10 e 08/10, as temperaturas tendem a entrar em declínio em praticamente todas as regiões. De forma geral, os totais de precipitação previstos variam entre 30 e 100 mm. Em alguns pontos isolados da Fronteira Oeste, os acumulados podem ainda ultrapassar 100 mm. No Nordeste e Sudeste do Estado, os volumes devem ser menores e não devem ultrapassar os 50 mm. (Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos)

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Porto Alegre, 02 de outubro de 2025                                                      Ano 19 - N° 4.493


Senado aprova texto-base de 2º projeto da regulamentação da reforma tributária e devolve à Câmara

O texto-base do projeto que cria o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), medida que faz parte da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária promulgada em 2023, foi aprovado no Senado Federal na noite desta terça-feira (30).A versão, que também disciplina outros pontos do novo sistema de impostos, seguirá para mais uma análise da Câmara dos Deputados antes de ser enviado à sanção presidencial. Ainda falta a votação dos destaques, trechos analisados separadamente.O projeto tem disposições sobre impostos específicos, como ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e detalha o mecanismo que separa as receitas de tributos entre os entes federados.Pouco antes da votação, o relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que ainda havia demandas para que o projeto fosse alterado, mas que as negociações já haviam sido exauridas. "Chegamos à exaustão sobre a matéria. Agora, o que não há entendimento, que se resolva pelo voto", disse ele.O projeto cria o Comitê Gestor do IBS, destinado a gerir a parte dos impostos unificados que cabe a Estados e municípios. O órgão será composto por representantes indicados por governadores e prefeitos e editará normas infralegais sobre o novo sistema de impostos, que entra em vigor em janeiro de 2026.Além disso, o projeto institui a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) - essa última é a parte do novo imposto unificado que caberá à União. A ideia é que o órgão uniformize as jurisprudências que disserem respeito aos dois tributos.O texto-base aprovado reduz as chances de autuação das empresas que não conseguirem cumprir as novas obrigações fiscais no ano-teste de 2026. Pelo texto, o contribuinte será intimado para resolver as pendências antes da imposição definitiva de multa. Se ele atender o pedido no prazo de 60 dias, a penalidade será extinta.

No próximo ano, não haverá recolhimento dos novos tributos, mas as empresas terão de emitir documentos fiscais com informações que permitam calcular a alíquota que será cobrada a partir de 2027.

Entre as alterações feitas de última hora por Braga para garantir apoio ao projeto está a redução de impostos sobre as SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), por sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ).

O relator também incluiu no texto, já durante a discussão em plenário, um trecho que preserva incentivos à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Foi um pedido dos senadores Cid Gomes (PSB) e Augusta Brito (PT). Os dois são do Ceará, estado que tenta consolidar essa indústria.

Também, a pedido do governo, concedeu benefícios a fundações de apoio à ciência e tecnologia. O projeto inclui bebidas açucaradas, como refrigerantes, na cobrança escalonada do IS (Imposto Seletivo) entre 2029 e 2033, como será feito com bebidas alcoólicas e fumígenos. Foi fixado um teto de 2% para essa alíquota sobre refrigerantes.

O teto do IS entrou no projeto em uma etapa anterior de tramitação e foi um dos pontos que motivou a exposição de divergências no plenário.

"O IS é um instrumento regulatório para reduzir o consumo dos alimentos que causam doenças não transmissíveis crônicas. Se eu estabeleço um teto mínimo, de até 2% para além da alíquota de todos os impostos, estou deixando de cumprir esse papel", disse o senador Humberto Costa (PT-PE) sobre o teto para refrigerantes.

O IS é destinado a desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente. É comum esse tipo de cobrança ser conhecida como "imposto do pecado". Ele deve começar a valer em 2027, mas o governo ainda precisa enviar ao Congresso um projeto com as alíquotas relativas a cada produto atingido.

O texto deixa claro que o ITCMD não incide sobre benefícios de previdência privada complementar herdados e também simplifica o cálculo do imposto em transmissões de ações ou cotas não negociadas em bolsa. (Jornal do Comércio)


O que o Sudeste Asiático me ensinou sobre leite

Diana Jank mostra como o comportamento de consumo em Singapura pode inspirar novas estratégias para o leite no Brasil, unindo propósito e leveza.

Recentemente estive em Singapura como parte da visita do Programa Nuffield, do qual sou uma bolsista do ano de 2025.

Antes de chegar ao supermercado para analisar a gôndola de leite - como sempre faço não importa aonde eu esteja no mundo (risos) - eu já estava esperando duas realidades. A primeira é que eu não encontraria nenhuma produção local, afinal, estamos falando de uma ilha menor do que a cidade de São Paulo, com limitadíssimo acesso a recursos naturais e à terra. Mais de 90% dos produtos consumidos pelos singapurianos são importados e o governo possui um plano ousado de produzir localmente 30% da demanda nutricional do país até 2030. A segunda é que o espaço dedicado ao leite seria pequeno. Os orientais tendem a ser mais intolerantes e apresentarem maiores dificuldades de digestão da proteína do leite, portanto, o consumo - de forma geral - é muito menor se comparado a Europa, por exemplo.

De fato, visitei alguns supermercados e não havia nenhuma marca de leite local. Por outro lado, fiquei surpresa ao encontrar inúmeras garrafas e caixinhas de leite 100% fresco produzidos na Austrália, China e Indonésia. Encontrei também uma grande variedade de leite A2, bastante alinhado à necessidade asiática sobre melhor digestibilidade. Qualquer produto oriundo da Austrália tem uma excelente reputação e é visto como premium, portanto o preço é sempre mais alto. A máxima vale para diferentes categorias além do leite como carnes, vinhos e frutas por exemplo.

As gôndolas refrigeradas destinadas a leites e derivados eram realmente pequenas. Especialmente quando comparamos com os Estados Unidos no momento atual que vive um aumento no consumo de leite associado a uma super valorização de alimentos frescos, básicos e minimamente processados.

Diferentemente de outras visitas a outros supermercados e em outros países, o que mais chamou minha atenção não foi uma tendência específica, um rótulo diferente ou um sabor inovador, e sim o que podemos aprender com o comportamento de consumo do singapuriano. A lição veio do mercado de carnes, mas se aplica perfeitamente ao leite porque acredito que produções de alimentos de origem animal acabam enfrentando dificuldades parecidas.

Durante meu tempo em Singapura, tive a oportunidade de visitar a sede da ANZ (Australia and New Zeland Banking Group) e de entender melhor sobre o setor de carnes, de grãos, de trade e dos principais números sobre os países que fazem parte do Sudeste Asiático. O que mais me marcou foi a verdadeira aula dada por Andrew Cox - Diretor da MLA (Meat&Livestock Australia - a organização da indústria de carne vermelha da Austrália que atua como uma ponte entre produtores, indústria e consumidores, garantindo que a carne bovina, ovina e caprina do país seja competitiva, sustentável e valorizada no mundo todo) sobre marketing e consumo.

A tomada de decisão - especialmente no mercado de nicho - no Ocidente está mais relacionada à integridade do que será consumido, enquanto na Ásia é sobre sabor, preço e segurança alimentar. Esqueça orgânico, grass-fed ou carbono zero, inclusive para público A/B. Andrew trouxe a importância de focar na mensagem e nos consumidores. Gastar milhões para se defender e convencer pessoas que não gostam do que você produz, não faz sentido. É muito mais importante falar sobre sabor, ensinar diferentes formas de consumo e criar memórias familiares ao redor da comida do que qualquer outro ponto. A fala dele veio carregada de leveza.

Pode soar bastante óbvio, mas me deixou bastante reflexiva. Preciso afirmar que, grande parte do meu tempo à frente de uma marca de leite de alto valor agregado no Brasil, é gasto pensando em posicionamento de marca. É impossível, para mim, pensar na conexão com o meu consumidor sem falar de sustentabilidade, bem-estar animal ou certificação. E, indiscutivelmente, essas pautas são essenciais. Além da parte prática e óbvia de ser fundamental pensarmos sobre isso para um futuro ambiental, social e economicamente saudável, já está comprovado que esse consumidor esclarecido está disposto a pagar mais pela garantia de estar consumindo um alimento `do bem` e ir muito além do valor nutricional, se conectando com os propósitos, valores e essência da marca em questão.

A verdade é que, por mais que seja muito importante evidenciar a missão de uma marca, jamais podemos nos esquecer de make it fun. 

O conteúdo divertido engaja, conecta, aproxima e é imprescindível para a construção de um bom storytelling. Em tempo, acredito que já vivemos anos mais turbulentos em relação à imagem do leite no Brasil e que, como setor, ainda é possível fazer muito mais - de forma organizada e potente - , mas talvez o comportamento de consumo mais descomplicado do Sudeste Asiático esteja aí para nos lembrar de que jamais devemos nos esquecer de quem realmente gosta e valoriza o leite. Não podemos nos perder no pessimismo, na insegurança e no discurso reativo, investindo tempo e dinheiro para defender obvialidades. Tem gente que não gosta de leite e está tudo bem. A icônica campanha da Got Milk? Sintetiza bastante essa linha de pensamento: se conecta com o público por meio de um conteúdo jovial, moderno, divertido e bonito. Vai muito além da pautas sobre saudabilidade e não perde tempo com discursos cansativos defendendo a importância do leite na vida do ser-humano.

Que não deixemos de seguir tendências dinamarquesas, mas que a gente não se esqueça do Sudeste Asiático. Me parece uma combinação de sucesso para um Brasil que respira diversidade. (Diana Jank para Milkpoint)

ARGENTINA: Preços ao produtor devem permanecer estáveis na primavera

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite podem estar próximos da média histórica. A produção de leite cresceu 11% entre janeiro e julho, mas o preço real caiu 7%.

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite parecem destinados a permanecer estáveis durante a primavera. Segundo o consultor  Marcos Snyder , os preços se ajustarão à média histórica, apesar das atuais tensões de mercado.

Produção e consumo em ascensão
Entre janeiro e julho de 2025, a produção de laticínios argentina cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada por condições favoráveis e maior mobilização da cadeia de suprimentos. Ao mesmo tempo, o consumo interno apresentou recuperação, passando de 170 para 190 litros de equivalente per capita por ano.

No entanto, esse crescimento ocorreu à custa de preços constantes mais baixos. Na comparação anual, o  preço do litro equivalente de óleo industrial caiu 7% em termos reais , corroendo a renda dos produtores diante do aumento da inflação.

Preço e expectativas recentes
Em agosto, o preço médio pago às fazendas leiteiras foi de  US$ 473,7 por litro , um aumento nominal de 13,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, comparado à inflação no atacado de 23,1%, esse aumento está desatualizado em termos reais.

Snyder diz que, embora a indústria tenha cortado os preços do leite cru em moeda constante, ela o fez proporcionalmente ao declínio em seus próprios valores de vendas, tentando manter as margens operacionais sem perder o fornecimento.

Para a primavera, o analista estima que os preços ao produtor permanecerão estáveis, provavelmente em níveis próximos à média histórica em dólares. Essa estabilidade ajudaria a indústria a garantir o fornecimento de matéria-prima, evitando o aumento da competição por leite entre os processadores.

Fonte:  La Nación  — “Os preços pagos aos produtores de leite devem permanecer estáveis na primavera.”  LA NACION


Jogo Rápido

Inscreva-se no Milk Summit Brazil 
O futuro do setor lácteo passa por Ijuí! Nos dias 14 e 15 de outubro, o Milk Summit Brazil 2025 reunirá produtores, indústrias, cooperativas, pesquisadores e especialistas para debater os grandes temas que movimentam a cadeia produtiva do leite: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Serão dois dias de palestras, debates, networking e experiências únicas que fortalecem o setor e aproximam todos os seus elos. As inscrições são gratuitas e estão abertas em www.milksummitbrazil.com (Sindilat)

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Porto Alegre, 01º de outubro de 2025                                                    Ano 19 - N° 4.492


Senado aprova texto-base de 2º projeto da regulamentação da reforma tributária e devolve à Câmara

O texto-base do projeto que cria o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), medida que faz parte da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária promulgada em 2023, foi aprovado no Senado Federal na noite desta terça-feira (30).A versão, que também disciplina outros pontos do novo sistema de impostos, seguirá para mais uma análise da Câmara dos Deputados antes de ser enviado à sanção presidencial. Ainda falta a votação dos destaques, trechos analisados separadamente.O projeto tem disposições sobre impostos específicos, como ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e detalha o mecanismo que separa as receitas de tributos entre os entes federados.Pouco antes da votação, o relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM), disse que ainda havia demandas para que o projeto fosse alterado, mas que as negociações já haviam sido exauridas. "Chegamos à exaustão sobre a matéria. Agora, o que não há entendimento, que se resolva pelo voto", disse ele.O projeto cria o Comitê Gestor do IBS, destinado a gerir a parte dos impostos unificados que cabe a Estados e municípios. O órgão será composto por representantes indicados por governadores e prefeitos e editará normas infralegais sobre o novo sistema de impostos, que entra em vigor em janeiro de 2026.

Além disso, o projeto institui a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) - essa última é a parte do novo imposto unificado que caberá à União. A ideia é que o órgão uniformize as jurisprudências que disserem respeito aos dois tributos.

O texto-base aprovado reduz as chances de autuação das empresas que não conseguirem cumprir as novas obrigações fiscais no ano-teste de 2026. Pelo texto, o contribuinte será intimado para resolver as pendências antes da imposição definitiva de multa. Se ele atender o pedido no prazo de 60 dias, a penalidade será extinta.

No próximo ano, não haverá recolhimento dos novos tributos, mas as empresas terão de emitir documentos fiscais com informações que permitam calcular a alíquota que será cobrada a partir de 2027.

Entre as alterações feitas de última hora por Braga para garantir apoio ao projeto está a redução de impostos sobre as SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), por sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ).

O relator também incluiu no texto, já durante a discussão em plenário, um trecho que preserva incentivos à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Foi um pedido dos senadores Cid Gomes (PSB) e Augusta Brito (PT). Os dois são do Ceará, estado que tenta consolidar essa indústria.

Também, a pedido do governo, concedeu benefícios a fundações de apoio à ciência e tecnologia. O projeto inclui bebidas açucaradas, como refrigerantes, na cobrança escalonada do IS (Imposto Seletivo) entre 2029 e 2033, como será feito com bebidas alcoólicas e fumígenos. Foi fixado um teto de 2% para essa alíquota sobre refrigerantes.

O teto do IS entrou no projeto em uma etapa anterior de tramitação e foi um dos pontos que motivou a exposição de divergências no plenário.

"O IS é um instrumento regulatório para reduzir o consumo dos alimentos que causam doenças não transmissíveis crônicas. Se eu estabeleço um teto mínimo, de até 2% para além da alíquota de todos os impostos, estou deixando de cumprir esse papel", disse o senador Humberto Costa (PT-PE) sobre o teto para refrigerantes.

O IS é destinado a desestimular o consumo de produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente. É comum esse tipo de cobrança ser conhecida como "imposto do pecado". Ele deve começar a valer em 2027, mas o governo ainda precisa enviar ao Congresso um projeto com as alíquotas relativas a cada produto atingido.

O texto deixa claro que o ITCMD não incide sobre benefícios de previdência privada complementar herdados e também simplifica o cálculo do imposto em transmissões de ações ou cotas não negociadas em bolsa. (Jornal do Comércio)


O que o Sudeste Asiático me ensinou sobre leite

Diana Jank mostra como o comportamento de consumo em Singapura pode inspirar novas estratégias para o leite no Brasil, unindo propósito e leveza.

Recentemente estive em Singapura como parte da visita do Programa Nuffield, do qual sou uma bolsista do ano de 2025.

Antes de chegar ao supermercado para analisar a gôndola de leite - como sempre faço não importa aonde eu esteja no mundo (risos) - eu já estava esperando duas realidades. A primeira é que eu não encontraria nenhuma produção local, afinal, estamos falando de uma ilha menor do que a cidade de São Paulo, com limitadíssimo acesso a recursos naturais e à terra. Mais de 90% dos produtos consumidos pelos singapurianos são importados e o governo possui um plano ousado de produzir localmente 30% da demanda nutricional do país até 2030. A segunda é que o espaço dedicado ao leite seria pequeno. Os orientais tendem a ser mais intolerantes e apresentarem maiores dificuldades de digestão da proteína do leite, portanto, o consumo - de forma geral - é muito menor se comparado a Europa, por exemplo.

De fato, visitei alguns supermercados e não havia nenhuma marca de leite local. Por outro lado, fiquei surpresa ao encontrar inúmeras garrafas e caixinhas de leite 100% fresco produzidos na Austrália, China e Indonésia. Encontrei também uma grande variedade de leite A2, bastante alinhado à necessidade asiática sobre melhor digestibilidade. Qualquer produto oriundo da Austrália tem uma excelente reputação e é visto como premium, portanto o preço é sempre mais alto. A máxima vale para diferentes categorias além do leite como carnes, vinhos e frutas por exemplo.

As gôndolas refrigeradas destinadas a leites e derivados eram realmente pequenas. Especialmente quando comparamos com os Estados Unidos no momento atual que vive um aumento no consumo de leite associado a uma super valorização de alimentos frescos, básicos e minimamente processados.

Diferentemente de outras visitas a outros supermercados e em outros países, o que mais chamou minha atenção não foi uma tendência específica, um rótulo diferente ou um sabor inovador, e sim o que podemos aprender com o comportamento de consumo do singapuriano. A lição veio do mercado de carnes, mas se aplica perfeitamente ao leite porque acredito que produções de alimentos de origem animal acabam enfrentando dificuldades parecidas.

Durante meu tempo em Singapura, tive a oportunidade de visitar a sede da ANZ (Australia and New Zeland Banking Group) e de entender melhor sobre o setor de carnes, de grãos, de trade e dos principais números sobre os países que fazem parte do Sudeste Asiático. O que mais me marcou foi a verdadeira aula dada por Andrew Cox - Diretor da MLA (Meat&Livestock Australia - a organização da indústria de carne vermelha da Austrália que atua como uma ponte entre produtores, indústria e consumidores, garantindo que a carne bovina, ovina e caprina do país seja competitiva, sustentável e valorizada no mundo todo) sobre marketing e consumo.

A tomada de decisão - especialmente no mercado de nicho - no Ocidente está mais relacionada à integridade do que será consumido, enquanto na Ásia é sobre sabor, preço e segurança alimentar. Esqueça orgânico, grass-fed ou carbono zero, inclusive para público A/B. Andrew trouxe a importância de focar na mensagem e nos consumidores. Gastar milhões para se defender e convencer pessoas que não gostam do que você produz, não faz sentido. É muito mais importante falar sobre sabor, ensinar diferentes formas de consumo e criar memórias familiares ao redor da comida do que qualquer outro ponto. A fala dele veio carregada de leveza.

Pode soar bastante óbvio, mas me deixou bastante reflexiva. Preciso afirmar que, grande parte do meu tempo à frente de uma marca de leite de alto valor agregado no Brasil, é gasto pensando em posicionamento de marca. É impossível, para mim, pensar na conexão com o meu consumidor sem falar de sustentabilidade, bem-estar animal ou certificação. E, indiscutivelmente, essas pautas são essenciais. Além da parte prática e óbvia de ser fundamental pensarmos sobre isso para um futuro ambiental, social e economicamente saudável, já está comprovado que esse consumidor esclarecido está disposto a pagar mais pela garantia de estar consumindo um alimento `do bem` e ir muito além do valor nutricional, se conectando com os propósitos, valores e essência da marca em questão.

A verdade é que, por mais que seja muito importante evidenciar a missão de uma marca, jamais podemos nos esquecer de make it fun. 

O conteúdo divertido engaja, conecta, aproxima e é imprescindível para a construção de um bom storytelling. Em tempo, acredito que já vivemos anos mais turbulentos em relação à imagem do leite no Brasil e que, como setor, ainda é possível fazer muito mais - de forma organizada e potente - , mas talvez o comportamento de consumo mais descomplicado do Sudeste Asiático esteja aí para nos lembrar de que jamais devemos nos esquecer de quem realmente gosta e valoriza o leite. Não podemos nos perder no pessimismo, na insegurança e no discurso reativo, investindo tempo e dinheiro para defender obvialidades. Tem gente que não gosta de leite e está tudo bem. A icônica campanha da Got Milk? Sintetiza bastante essa linha de pensamento: se conecta com o público por meio de um conteúdo jovial, moderno, divertido e bonito. Vai muito além da pautas sobre saudabilidade e não perde tempo com discursos cansativos defendendo a importância do leite na vida do ser-humano.

Que não deixemos de seguir tendências dinamarquesas, mas que a gente não se esqueça do Sudeste Asiático. Me parece uma combinação de sucesso para um Brasil que respira diversidade. (Diana Jank para Milkpoint)

ARGENTINA: Preços ao produtor devem permanecer estáveis na primavera

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite podem estar próximos da média histórica. A produção de leite cresceu 11% entre janeiro e julho, mas o preço real caiu 7%.

Em dólares, os preços pagos aos produtores de leite parecem destinados a permanecer estáveis durante a primavera. Segundo o consultor  Marcos Snyder , os preços se ajustarão à média histórica, apesar das atuais tensões de mercado.

Produção e consumo em ascensão
Entre janeiro e julho de 2025, a produção de laticínios argentina cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada por condições favoráveis e maior mobilização da cadeia de suprimentos. Ao mesmo tempo, o consumo interno apresentou recuperação, passando de 170 para 190 litros de equivalente per capita por ano.

No entanto, esse crescimento ocorreu à custa de preços constantes mais baixos. Na comparação anual, o  preço do litro equivalente de óleo industrial caiu 7% em termos reais , corroendo a renda dos produtores diante do aumento da inflação.

Preço e expectativas recentes
Em agosto, o preço médio pago às fazendas leiteiras foi de  US$ 473,7 por litro , um aumento nominal de 13,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, comparado à inflação no atacado de 23,1%, esse aumento está desatualizado em termos reais.

Snyder diz que, embora a indústria tenha cortado os preços do leite cru em moeda constante, ela o fez proporcionalmente ao declínio em seus próprios valores de vendas, tentando manter as margens operacionais sem perder o fornecimento.

Para a primavera, o analista estima que os preços ao produtor permanecerão estáveis, provavelmente em níveis próximos à média histórica em dólares. Essa estabilidade ajudaria a indústria a garantir o fornecimento de matéria-prima, evitando o aumento da competição por leite entre os processadores.

Fonte:  La Nación  — “Os preços pagos aos produtores de leite devem permanecer estáveis na primavera.”  LA NACION


Jogo Rápido

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O futuro do setor lácteo passa por Ijuí! Nos dias 14 e 15 de outubro, o Milk Summit Brazil 2025 reunirá produtores, indústrias, cooperativas, pesquisadores e especialistas para debater os grandes temas que movimentam a cadeia produtiva do leite: competitividade, consumo, sustentabilidade e inovação. Serão dois dias de palestras, debates, networking e experiências únicas que fortalecem o setor e aproximam todos os seus elos. As inscrições são gratuitas e estão abertas em www.milksummitbrazil.com (Sindilat)

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.491


1ª EXPOFEST COOPAR/POMERANO atrai aproximadamente 5 mil pessoas

Nos dias 26 e 27 de setembro de 2025, a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul LTDA (Coopar Pomerano) promoveu a 1ª Expofest Coopar/Pomerano, em sua Unidade Matriz, na Boa Vista, 6º Distrito de São Lourenço do Sul/RS. Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul e SD Esportes e Eventos Ltda foram co-promotores do evento, além disso o evento contou com o apoio da Embrapa, FETAG-RS, Emater/RS-Ascar, e Secretaria de Desenvolvimento Rural-RS. O evento teve uma ampla programação, abrangendo:
- Palestras técnicas: onde os visitantes puderam ampliar conhecimentos e trocar experiências. Sendo abordado temos como sustentabilidade em propriedades rurais, nutrição de bovinos e inovação no campo.- Mostra de Produtos de Empresas Parceiras: iniciativa que visou oportunizar uma aproximação do produtor aos parceiros comerciais da cooperativa, para esclarecimentos de dúvidas e conhecimento de novas tecnologias, buscando assim o desenvolvimento de suas propriedades.- Mostra de terneiras e novilhas: visando incentivar o melhoramento genético, bem como mostrar a evolução já conquistada pelos produtores associados da cooperativa. Participaram do julgamento, terneiras e novilhas das raças Jersey e Holandesa. 

- Feira da Agricultura Familiar: pavilhão contou com a participação de 20 expositores da região de abrangência da cooperativa. Ação realizada pela COOPAR Pomerano, SD Esportes e Eventos Ltda, Prefeitura Municipal, FETAG/RS, EMATER/RS-ASCAR e Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado, visando apoiar a comercialização de produtos da agricultura familiar e incentivar a agregação de valor aos produtos agrícolas.

- Desfile de rua: contou com a participação do mascote da cooperativa o “Pomeraninho”; do primeiro caminhão adquirido pela cooperativa, o qual transportou Conselheiros e sócios fundadores; das Grandes Campeãs e Reservadas de Grandes Campeãs (raças Jersey e Holandesa); de carroças; de bicicletas antigas; de tratores e máquinas antigas; de Fuscas e carros antigos; de cortes visitantes; e de candidatas à Corte COOPAR/POMERANO 2025.

- Escolha da Corte de Soberanas COOPAR/POMERANO 2025: sendo eleitas Pamela Maria Heller como Rainha e Nathana Radmann Kruger como Princesa.

Além disso, o evento contou com mais um marco importante da trajetória da cooperativa, com a inauguração do Centro Administrativo e das instalações da Fábrica de Rações. Foram momentos de grande emoção para todos os presentes, com essa importante conquista da cooperativa.

O evento buscou valorizar a cultura dos povos, unindo o passado ao presente, o uso de sistemas agrícolas tradicionais com a evolução na agricultura. Com a iniciativa a cooperativa almeja que os jovens conheçam e se orgulhem da trajetória de seus pais e avós, que permaneçam no meio rural e continuem escrevendo a história de seus antepassados.

A realização do evento buscou ainda dar mais visibilidade ao Sul do Rio Grande do Sul, evidenciando e valorizando a agricultura familiar, assim como seus produtos. Além de ser um momento festivo para comemorar as conquistas dos agricultores da região. (COOPAR Pomerano)


Produtor de Júlio de Castilhos dobra lucro e vira referência em leite a pasto

A família do agricultor Renato de Lima Machado, de Júlio de Castilhos, comemora um salto histórico na renda da propriedade. Em apenas um ano, a lucratividade da atividade leiteira cresceu 117%, resultado direto da adoção de técnicas modernas de manejo de pastagens e alimentação do rebanho.

Os números foram apresentados na última quinta-feira (25/09), durante o Dia de Campo Pecuária Leiteira Lucrativa, realizado na propriedade localizada no Assentamento Santa Júlia, com a participação de mais de 70 pessoas, entre produtores e estudantes. O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, dentro do projeto Rede Elite a Pasto, com apoio da Cresol.

Tecnologia que gera resultado
Na propriedade de 19 hectares, dos quais 15 são destinados à pecuária leiteira, a virada de chave veio com a aplicação de conhecimentos científicos em sistemas de produção a pasto.

Segundo o engenheiro agrônomo Leandro Ebert, da Emater/RS-Ascar, o aumento de produtividade e a redução de custos foram obtidos com a introdução de novas forrageiras, como o trigo para pastejo BRS Tarumaxi e a cevada BRS Korbel consorciada com trevo em Tifton 85. Essas áreas foram apresentadas durante o dia de campo.

Outro ponto decisivo foi o Pastoreio Rotatínuo, que ajusta as alturas do pasto e o horário de ordenha para garantir maior consumo do alimento de menor custo: o próprio pasto. O manejo incluiu ainda a redução no uso de silagem e ração concentrada, permitindo melhor equilíbrio nutricional. "O maior consumo de pasto bem manejado foi transformado em mais leite de baixo custo", explicou Ebert.

Rentabilidade em alta
A comparação com a soja, referência agrícola na região, mostrou a dimensão do resultado: a renda agrícola por hectare saltou de 37 para 79 sacas equivalentes de soja. O dado evidencia o potencial da pecuária leiteira a pasto, especialmente para pequenas propriedades que buscam eficiência e sustentabilidade.

Ebert destacou ainda que o aumento da rentabilidade não significou cortes em investimentos. Pelo contrário, os recursos foram aplicados de forma estratégica, priorizando áreas de maior retorno, como a produção de forragem.

Mais lucro e mais qualidade de vida
Além dos ganhos financeiros, Renato Machado ressaltou a melhoria na rotina da família. Com a redução do número de piquetes de mais de 30 para apenas seis no verão, o manejo tornou-se mais simples.

O produtor também comemorou os novos horários de ordenha, mais tardios pela manhã e mais cedo à tarde, que permitem dormir mais e encerrar a jornada de trabalho mais cedo.

Campanha de vacinação
O evento também abriu espaço para orientações sanitárias. Técnicos da Secretaria de Agricultura e da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Júlio de Castilhos falaram sobre a campanha de vacinação contra brucelose, prevista para as próximas semanas. Foram destacados os procedimentos de testes, a emissão Guia de Trânsito Animal (GTA) e a importância da prevenção da zoonose, que pode afetar tanto rebanhos quanto pessoas.

Assessoria de Comunicação da Emater/RS-Ascar

Saldo líquido de agosto é positivo em 147.358 vagas de trabalho, mostra Caged

O mercado de trabalho brasileiro criou 147.358 novos empregos formais em agosto, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em julho, o saldo havia sido positivo em 134.251 vagas, já incorporando os ajustes na série. É o pior resultado para o mês de agosto desde 2020, início do Novo Caged.

O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um saldo positivo de 182 mil novas vagas. As expectativas para esta leitura variavam de 110 mil a 215.151 vagas.

O saldo do mês é 61,6% menor do que o observado em agosto de 2024, quando foram criados 239.069 novos postos de trabalho, considerando a série com ajustes. O Caged registrou 2.239.895 admissões e 2.092.537 demissões em agosto deste ano.

O saldo de janeiro a agosto é positivo em 1.501.930 postos formais, um resultado 13,8% menor do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram criados 1.742.664 novos empregos formais.

No acumulado dos últimos 12 meses (de setembro de 2024 a agosto de 2025), os números mostram 1.438.243 contratações líquidas, menor que o saldo observado no período de setembro de 2023 a agosto de 2024 (1.804.122). (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Saudabilidade redefine o mercado de bebidas lácteas
A crescente demanda dos consumidores por saudabilidade, bem-estar e sustentabilidade tem reconfigurado o mercado de bebidas lácteas. Essa mudança de comportamento não apenas amplia as categorias disponíveis nas gôndolas, como também impulsiona a inovação em embalagens e formulações. A pesquisa da Euromonitor International (“Top Global Consumer Trends 2025”) mostra que o foco não é apenas o aumento da expectativa de vida, mas sim a extensão da expectativa de saúde. O estudo revela que 52% dos consumidores acreditam que estarão mais saudáveis nos próximos cinco anos.  Tetra Pak Index, com 5 mil entrevistados em dez países, incluindo o Brasil, reforça essa percepção: 70% dos consumidores estão dispostos a abrir mão da conveniência em troca de produtos mais saudáveis. O levantamento apontou, ainda, que para 70%, os produtos saudáveis não devem comprometer o meio ambiente; e 54% reconhecem a responsabilidade individual na adoção de dietas mais sustentáveis. Esse cenário se reflete nos resultados de mercado. Em 2024, a Tetra Pak Brasil registrou 9,7% de crescimento no volume de embalagens para bebidas proteicas, totalizando 270 milhões de unidades. A Mondor Intelligence projeta que o mercado global de bebidas proteicas prontas para consumo, avaliado em US$ 1,35 trilhão em 2020, crescerá a uma taxa anual de 7,72% entre 2022 e 2027. Paralelamente, o segmento de suplementos alimentares também apresenta expansão acelerada: segundo a Future Market Insights, deve ultrapassar US$ 252 bilhões em 2025, com CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de 7,5% no período 2015–2025. No portfólio da Tetra Pak, o envase de bebidas funcionais com proteína e ingredientes de base láctea cresceu 7% em 2024 em relação ao ano anterior. As marcas acompanham esse movimento. A Nestlé ampliou a categoria com o Nutren Senior®, enquanto a Cimed lançou o Lavitan High Protein. O movimento de co-branding também surge como tendência. Pesquisa do Instituto QualiBest, que analisou 26 categorias, mostrou que 76% dos consumidores comprariam produtos fruto de parcerias entre marcas, reforçando o potencial dessa estratégia para ampliar alcance e relevância. Um exemplo é a parceria entre Piracanjuba e a rede Milky Moo, que resultou no lançamento de bebidas proteicas, além do Pirakids sabor Chicletin. Esses lançamentos combinam saudabilidade, praticidade e inovação em sabores, atendendo diferentes ocasiões de consumo. O avanço das categorias de bebidas lácteas demonstra que saudabilidade e sustentabilidade deixaram de ser diferenciais para se tornarem exigências centrais do consumidor moderno. A expansão das bebidas proteicas, dos suplementos funcionais e das estratégias de co-branding evidencia um mercado em transformação, no qual conveniência, inovação e responsabilidade ambiental precisam coexistir. As informações são da Tetra Pak, adaptadas pela equipe MilkPoint.

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Porto Alegre, 29 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.490


CILEITE: Dados sobre os principais indicadores para a cadeia produtiva do leite como preços do leite no mercado brasileiro e internacional, relação de troca ao produtor, balança comercial brasileira de leite e derivados

Indicadores Leite e Derivados - Setembro/2025

O preço do leite ao produtor, cotado a R$ 2,63 por litro em julho de 2025 na média nacional, registrou queda de 0,9% no mês e de 3,6% nos últimos 12 meses.A relação de troca leite/mistura melhorou em julho/25  quando comparada com o mês anterior, e com o  mesmo mês do ano de 2024. Foram necessários 29,3 litros de leite para aquisição de 60 kg de mistura.

No varejo, o preço médio da cesta de lácteos caiu 0,4% em agosto/25. No acumulado em 12 meses apresentou alta de 3,4%, contrastando com a inflação brasileira de 5,1% no período, medida pelo IPCA. O leite em pó registrou a maior alta mensal, 0,2% e o UHT a maior queda, 1,0%.



As importações brasileiras de leite e derivados, alcançaram 161 milhões de litros equivalentes em agosto/25, registrando queda de 6,5% no mês e queda de 12,2% em relação a agosto/24. O principal produto importado foi o leite em pó.

As exportações cairam 4,8% em agosto/25 na comparação com o mês anterior, fechando em 5,2 milhões de litros equivalentes e registraram alta de 26,9% em comparação com agosto/24. 

No acumulado de 2025, o saldo da balança comercial de lácteos apresentou déficit de US$ 626 milhões, correspondente ao volume de 1.364 milhões de litros de leite equivalentes.

O preço internacional do leite em pó integral registrou queda de 5,3% na primeira quinzena de setembro/25 em relação a  agosto/25, cotado a US$ 3.809/tonelada e o leite em pó desnatado, queda de  5,8%, cotado a US$ 2.620/tonelada.

Fonte: Boletim Indicadores Leite e Derivados
Coordenação: Glauco R. Carvalho, Luiz A. Aguiar de Oliveira e Samuel J. de M. Oliveira
Colaboração: Henrique Salles Terror e Caio Prado Villar de Azevedo. (Graduandos da UFJF)
Centro de Inteligência do Leite: www.cileite.com.br / Embrapa Gado de Leite: www.embrapa.br/gado-de-leite


SC: sistema de leite estacional garante férias da ordenha

Produção eficiente, descanso e agroturismo: casal de Xanxerê (SC) adota sistema de leite estacional, inspirado na Austrália, e muda rotina no campo.

Um método de produção de leite inspirado em experiências australianas vem transformando a rotina de produtores rurais em Xanxerê, Oeste de Santa Catarina. Na propriedade Rancho João, Celis Andressa Gasparetto e o marido André implantaram o sistema de leite estacional, que organiza a reprodução das fêmeas, permite períodos de descanso para as vacas e oferece mais qualidade de vida para a família.

O sistema adotado pela família baseia-se na pastagem rotacionada com sombreamento, definindo períodos específicos de reprodução.

— Durante o ano, apenas dois meses são destinados à inseminação das fêmeas aptas. Com isso, a secagem das vacas ocorre praticamente ao mesmo tempo, durante um período de 30 a 50 dias, sem produção de leite e sem necessidade de ordenha diária — explica Celis.

A referência veio da vivência do casal na Austrália. André trabalhou por três anos e Celis por um ano em fazendas que utilizavam modelo semelhante, embora com rebanhos maiores, geralmente acima de 150 vacas.

"O sistema de leite estacional é usado em diversos países porque considera a sazonalidade climática e a oferta de pastagens, tornando a produção mais eficiente e sustentável" destaca.

Eficiência na mão de obra e rotina organizada
A principal motivação do casal para adotar o sistema no Brasil foi a eficiência no uso da mão de obra.

"Na Austrália, três pessoas cuidavam de 300 vacas sem sobrecarga de trabalho. Quando voltamos, sabíamos que aqui enfrentaríamos desafios semelhantes, então decidimos aplicar o modelo que tínhamos vivenciado" relata Celis.

Hoje, a propriedade mantém 30 vacas em ordenha e 15 fêmeas para reposição, em 12 hectares que incluem pastagens e produção de milho para silagem. O sistema também proporciona um período de descanso para os produtores.

"Em média, conseguimos cerca de 40 dias de férias da ordenha, entre fevereiro e março. Durante esse período, as vacas permanecem na pastagem de verão e o manejo diário se resume a trocar os animais de piquete, verificar água, fornecer sal mineral e acompanhar os partos nos últimos dias. Uma pessoa consegue dar conta de tudo em menos de duas horas por dia" explica Celis.

Vida no campo e lazer em família
Com a rotina mais leve nesse período, o casal aproveita para curtir a vida no campo e a família. Entre piqueniques, pescarias, acampamentos, trilhas e cavalgadas, também reservam alguns dias para visitar a família de André em Santa Fé do Sul (SP) e conhecer novos lugares.

"Adoramos estar no campo, mas é bom poder variar um pouco e aproveitar outros espaços" comenta Celis.

Rotina organizada ao longo do ano
A organização da propriedade segue a lógica do sistema estacional. Em outubro, quando a maioria das fêmeas já está prenha, a rotina se torna mais leve.

"As fêmeas que não emprenharam dentro da estação definida entre 5 de julho e 5 de setembro são vendidas em fevereiro. Nessa época, o plantio do milho e os principais manejos já foram concluídos, e as vacas estão em pastagem de verão, sem necessidade de fornecimento de silagem" detalha Celis.

Além da produção de leite, a propriedade se tornou um espaço de aprendizado e turismo rural. A família recebe estudantes, profissionais e produtores, incluindo crianças e jovens, para vivenciar a rotina da propriedade.

"Estamos desenvolvendo o turismo rural técnico e pedagógico e planejamos expandir o agroturismo, agregando valor ao leite por meio do beneficiamento direto na propriedade" afirma Celis.

As informações são do Nsc total via Milkpoint

Anvisa, Ministério da Saúde e Opas promovem evento sobre monitoramento da regulação de alimentos no Brasil

A Anvisa, o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) irão realizar um evento sobre "Evidências para o monitoramento da regulação de alimentos no Brasil: contribuições para a implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição". O encontro será no auditório da Anvisa, em Brasília, no próximo dia 9 de outubro, das 13h30 às 18h.

O objetivo do evento é discutir os avanços e as evidências relacionadas ao monitoramento da regulação de alimentos no Brasil como estratégia de apoio à implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com destaque para: 

Apresentação do projeto “Monitoramento da rotulagem de alimentos no Brasil: organização de base de dados, análise de informações estratégicas e elaboração de um sistema nacional de monitoramento”.

Apresentação da caracterização dos rótulos de alimentos e bebidas segundo a classificação NOVA (que divide os alimentos em quatro categorias, de acordo com o nível de processamento industrial ao qual foram submetidos: alimentos in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados).

Apresentação dos resultados de estudos sobre a restrição do uso de gorduras trans industriais em alimentos para apoiar a Avaliação de Resultado Regulatório (ARR) da Anvisa sobre o tema.

O evento será aberto a todos os interessados, com vagas limitadas à capacidade do auditório da Agência. Confira a programação.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 3/10, por meio deste formulário de inscrição. 

As informações são da Anvisa


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm desconto no Dairy Vision 2025
Associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) tem 10% de desconto nas inscrições para o Dairy Vision 2025, evento que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, durante o Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas (SP). O encontro concentrará mais de 20 palestras de especialistas nacionais e internacionais em dois dias de programação, para debater o tema “Lácteos voltando ao protagonismo?”. Serão cinco painéis que desdobram o tema na ampliação de mercados, sustentabilidade, oportunidades e desafios de produtos com alta proteína, estratégias comerciais e a aplicação de inovações tecnológicas no segmento. As inscrições podem ser feitas no site oficial www.dairyvision.com.br. Para ter acesso ao desconto, associados do Sindilat/RS devem realizar o cadastro no link disponível no site do Sindilat, clicando aqui. (Sindilat)

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Porto Alegre, 26 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.489


Leite projetado a R$ 2,3149 para o mês de setembro no RS

Para o mês de setembro, o valor de referência projetado para o leite no Rio Grande do Sul está em R$ 2,3149, 2,37% abaixo do estimado no mês de agosto (R$ 2,3712). O dado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (26/09) durante reunião do Conseleite. O colegiado também divulgou o valor consolidado de agosto, que fechou em R$ 2,3861, 2,97% abaixo do valor final de julho (R$ R$ 2,4592).O coordenador do Conseleite, Darlan Palharini, lembra que os dados reproduzem o mercado dos primeiros 20 dias do mês de setembro e consideram informações fornecidas pelas indústrias. (Sindilat/RS)

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Setembro de 2025

atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2025. 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1886 de 25 de setembro de 2025

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite reagiu bem à oferta forrageira, e os animais estão em boas condições corporais e sanitárias, favorecidas pelo clima. A atividade continua estável, apesar do impacto das chuvas. Os produtores têm garantido alimentação e conforto aos rebanhos para manter a produção regular. Em função da chegada da primavera, intensificaram-se as orientações técnicas para o controle da primeira geração de carrapatos; esse período é estratégico para ações de manejo sanitário.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite reagiu bem à qualidade e oferta das pastagens de inverno. Na Campanha, os trevos e o cornichão agregaram qualidade à dieta dos rebanhos. Na Fronteira Oeste, as pastagens perenes de verão, que apresentaram rebrote antecipado, contribuíram para o incremento da produção. 

Em São Gabriel, a produção de leite foi retomada em decorrência do aumento da oferta forrageira nesse início de primavera. Na de Caxias do Sul, as temperaturas amenas favoreceram o bem-estar das vacas leiteiras. A produtividade se manteve em razão da oferta de pasto de qualidade, da silagem de milho e da suplementação concentrada. O estado corporal dos animais está estável. Foram adotados manejos de endo e ectoparasitas. A qualidade do leite atingiu os parâmetros exigidos pela legislação. Na de Erechim, o estado nutricional e sanitário estão dentro do normal, beneficiados pelo conforto térmico das temperaturas amenas.

Na de Ijuí, a produção de leite está em alta devido à elevada disponibilidade de forragem das plantas anuais de inverno. Na de Passo Fundo, os rebanhos apresentaram estado nutricional e escore corporal satisfatórios. As vacas em lactação pastejaram em áreas de melhor qualidade, mas receberam complementação com silagem, ração concentrada e sal mineral. Na de Pelotas, a produção leiteira se manteve estável na maior parte da região; em alguns municípios, como São Lourenço do Sul, houve aumento devido ao acesso a pastagens cultivadas. As temperaturas médias foram adequadas ao bem-estar dos animais. Na de Porto Alegre, a produção aumentou. 

Na de Santa Maria, a produção se estabilizou com volume satisfatório. Na de Santa Rosa, as chuvas, no início e no fim do período, elevaram a umidade do solo, dificultando o manejo de animais, a ordenha, a oferta de alimentação e o acesso às pastagens. Em relação aos aspectos alimentares, muitas propriedades estão bem abastecidas com silagem, o que deve contribuir para manter a produção estável e evitar grandes oscilações na oferta de leite. (Emater/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA O PERÍODO DE 25/09 A 01/10/2025
Nos últimos sete dias, o tempo permaneceu instável na maior parte do Rio Grande do Sul. Nos próximos dias, o tempo voltará a ficar estável em grande parte do Rio Grande do Sul. No entanto, essa condição será temporária, já que a instabilidade retornará em seguida e voltará a predominar. Nos dias 25 (quinta-feira) e 26/09 (sexta-feira), a estabilidade predominará em praticamente todo o território gaúcho. Assim, não há previsão de chuva significativa nesses dois dias e, a partir do dia 26/09, as temperaturas devem voltar a se elevar em todas as regiões. Em 27 (sábado) e 28/09 (domingo), a possível atuação de um cavado (área alongada de baixa pressão) poderá manter as condições instáveis. No dia 27/09, são esperadas chuvas fracas a moderadas (pontualmente fortes) na Região Sudoeste do Estado, principalmente na Fronteira Oeste, Missões e em parte da Região Central e da Campanha.  Já no dia 28/09, os núcleos de precipitação devem se concentrar principalmente nas regiões Central e Norte. Em 29/09 (segunda-feira), o tempo voltará a se manter estável em grande parte do Estado, sem previsão de chuvas significativas. Entretanto, nos dias 30 (terça-feira) e 01/10 (quarta-feira), o transporte de umidade deve favorecer novamente a instabilidade nas regiões Central e Norte, onde são previstas chuvas fracas a moderadas, e localmente fortes em alguns municípios. De forma geral, os totais de precipitação previstos variam entre 30 e 100 mm na porção mais ao Norte e Centro-Oeste do Estado. Nas demais regiões, os acumulados devem ser menores, não ultrapassando 50 mm. (Simagro – Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos)

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Porto Alegre, 25 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.488


Conseleite/PR divulga projeção do valor do leite a ser pago em outubro/25

O Conseleite/PR divulga projeção do valor de referência leite entregue em setembro a ser pago em outubro. Confira!A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 23 de Setembro de 2025 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2025 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2025, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2025 é de R$ 4,3089/litro.

Demanda se mantém estável frente à expansão da oferta de leite
A oferta de leite segue em forte crescimento, impulsionada pela formalização, maior captação, avanços na tecnificação e adoção de confinamentos, conforme aponta a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2024. Mesmo diante desse aumento da produção, a demanda se mantém estável, sustentada por fatores como renda, mercado de trabalho, o que explica a redução nos preços pagos ao produtor.

Evolução histórica dos valores de referência do Conseleite/PR

As informações são do Conseleite/PR


Conseleite/MG divulga projeção dos valores do leite entregue em setembro/25

A diretoria do Conseleite/MG, aprova e divulga os valores de referência para o leite entregue no mês de setembro de 2025 a ser pago em outubro de 2025. Confira!

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 24 de Setembro de 2025, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2025 a ser pago em Agosto/2025

b) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2025 a ser pago em Setembro/2025.

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2025 a ser pago em Outubro/2025.

Demanda se mantém estável diante da crescente oferta de leite
A oferta de leite continua em expansão, impulsionada pela formalização, maior captação, avanços na tecnificação e uso de confinamentos, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2024. Apesar desse crescimento da produção, a demanda se mantém estável, sustentada por fatores como renda e mercado de trabalho, o que contribui para a leve redução nos preços pagos ao produtor.

 

Evolução histórica dos valores de referência do Conseleite/MG

As informações são do Conseleite/MG

Suplementação reforça segurança alimentar dos bovinos na entressafra

Com a transição do inverno para a primavera, os produtores enfrentam um período de desafio na alimentação do rebanho. Nesse momento de entressafra, ocorre a redução da qualidade das pastagens, as espécies de inverno perdem vigor e as de verão ainda estão em início de desenvolvimento, resultando em baixa disponibilidade de forragem para os animais.
Além da queda no valor nutritivo, é nesta época que surgem plantas tóxicas, como a maria-mole (Senecio spp.), que, se consumida, pode causar intoxicação e morte dos bovinos. Isso exige atenção redobrada no manejo dos campos e na oferta de alternativas alimentares seguras.

"A maria-mole contém alcaloides pirrolizidínicos, que se transformam em pirróis no fígado. Esses pirróis impedem a mitose hepática, processo que permite a regeneração do órgão. Com a mitose bloqueada, o fígado perde sua função, o que leva ao surgimento de sintomas que resultam na morte do animal", explica Fernando Karam, chefe do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor - IPVDF, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), e parceiro da Emater/RS-Ascar na orientação de práticas agropecuárias.

Segundo Jaime Ries, assistente técnico estadual da Bovinocultura Leiteira da Emater/RS-Ascar, a entressafra é estratégica porque influencia o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. "A redução na qualidade do pasto compromete o ganho de peso e a condição corporal das vacas, podendo refletir em deficiência reprodutiva", destaca o extensionista.

SUPLEMENTAÇÃO EM BOVINOS

A suplementação pode ser realizada de diferentes formas, dependendo da categoria animal e do objetivo do produtor. O sal proteinado é indicado quando a limitação principal é de proteína. Favorece a digestibilidade do pasto e estimula o consumo de forragem, sendo útil em períodos de pastagem seca ou de baixa qualidade.

Os suplementos energéticos são utilizados quando há necessidade de aumentar a energia da dieta, auxiliando no ganho de peso, especialmente em sistemas de engorda. Já os suplementos volumosos, como silagem de milho, sorgo ou feno, complementam a dieta quando há escassez de pasto, garantindo o aporte de fibra e energia.

O momento ideal para iniciar a suplementação é quando se observa queda na disponibilidade ou qualidade da forragem, o que geralmente acontece no fim do inverno e começo da primavera. O monitoramento das pastagens e a avaliação da condição corporal dos animais são ferramentas práticas para definir o início do fornecimento.

Segundo o extensionista Jaime Ries, "a definição da quantidade depende de fatores como categoria animal (vacas em lactação, novilhos em engorda ou bezerros em recria), objetivo de produção e qualidade do pasto disponível", ressalta.

Em linhas gerais, recomenda-se que o suplemento represente entre 0,5% e 1% do peso vivo do animal em sistemas de engorda, podendo variar em situações específicas. A orientação técnica, feita por meio da assistência da Emater/RS-Ascar, é fundamental para ajustar a dieta conforme cada realidade.

Mais do que um custo, a suplementação deve ser vista como um investimento na produtividade e na saúde do rebanho. Animais bem nutridos apresentam melhor desempenho, maior resistência a doenças e maior eficiência reprodutiva, resultando em melhores índices econômicos para a propriedade.

"A suplementação garante que os animais não percam condição corporal nesse período crítico e permite que mantenham um bom desempenho produtivo. É uma estratégia que traz retorno direto ao produtor, tanto no leite quanto na carne", explica Ries.

A Emater/RS-Ascar segue apoiando os produtores rurais com orientações técnicas para enfrentar o período da entressafra, fortalecendo a pecuária gaúcha com práticas de manejo alimentar que garantem sustentabilidade e competitividade.

Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção do agro alcançou R$ 1,406 trilhão em agosto
O VBP 2025 cresceu 11,3%, com destaque para lavouras e pecuária. A bovinocultura liderou, e o leite somou R$ 71,5 bilhões, crescimento de 5,2% frente a 2024.O Valor Bruto da Produção Agropecuária, com base em agosto de 2025, alcançou R$ 1,406 trilhão, de acordo com a publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Este valor é 11,3% maior em relação à safra de 2024. Com o bom desempenho das culturas de amendoim (43%), soja (8,8%), milho (11,7%), café (47,2%), mamona (38%) e algodão (8,4%), a lavoura teve um crescimento de 10,8%, com um total de R$ 928,07 bi este ano, frente a R$ 837,52 bi em 2024. As variações negativas mais significativas foram da batata-inglesa (-61,1%), laranja (-17,9%), feijão (-15,9%), arroz (-10,2%), banana (-3,5%) e cana-de-açúcar (-1,3%). Já para a atividade pecuária, o ranking com os cinco primeiros produtos que obtiveram crescente desempenho, comparado à safra de 2024, foi: bovinos (20,5%), frango (4,7%), leite (5,2%), suínos (9,6%) e ovos (14,1%). A pecuária totalizou 12,3% de aumento, passando de R$ 425,77 bi no ano passado para R$ 478,08 bi em 2025. Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 322,1 bilhões, seguida do milho com R$ 164,0 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 117,9 bilhões, café com R$ 115,2 bilhões e algodão com R$ 36,6 bilhões. Esses cinco produtos somados representaram 53,8% do total do VBP apurado. Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 204,1 bilhões, a avicultura por R$ 111,0 bilhões e o leite por R$ 71,5 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,5% do total do VBP. Este estudo mostra a dinâmica do setor agropecuário nacional, visto o importante crescimento da ordem de 11,3% em relação à safra passada, o que esclarece o montante de recursos apropriado pelos produtores neste ano. Com relação à dinâmica regional, o estado de Mato Grosso representa 15,7% do total, com R$ 221,3 bilhões, seguido de Minas Gerais com 12% e R$ 168,3 bi, São Paulo com 11,3% e R$ 159,0 bi, e Paraná com 11,2% e R$ 157,4 bi. Uma análise sobre os produtos mostra que, em Mato Grosso, a soja, o milho, o algodão e os bovinos representam 93% do total do VBP estadual, de R$ 221,3 bi. Já em Minas Gerais, o café, a soja e o leite têm destaque, com participação de 57% de R$ 168,3 bi. Em São Paulo, a cana-de-açúcar, o café e a laranja puxam 63,6% do total de R$ 159,0 bi. Finalmente, no Paraná, milho, soja e frango representam 63,5% do total de R$ 157,4 bi. As informações são do Mapa.

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Porto Alegre, 24 de setembro de 2025                                                 Ano 19 - N° 4.487


Queda no preço da dieta reduz custos de produção em agosto na “média Brasil”

Em agosto, os custos de produção voltaram a cair na “média Brasil”, com retração de 0,38% no Custo Operacional Efetivo (COE). Entre as praças monitoradas, o comportamento foi distinto, com elevações em SP e no PR e recuos no RS, MG, GO, SC e BA.Na nutrição dos animais, as rações apresentaram queda de 1,02% na “média Brasil” . Apesar de a maioria das regiões acompanhadas ter seguido esse movimento, houve elevações no PR e em SP, enquanto na BA, os preços permaneceram estáveis. Em agosto, os grãos se valorizaram: a saca de milho avançou 0,38% e a de soja, 2,64%, em relação a julho. O farelo registrou um aumento mais brando, de 0,6% no mês. Mesmo com a valorização dos insumos base da ração, a queda nas cotações pode estar relacionada a estoques mais folgados nas indústrias, que adotaram estratégias de manutenção dos valores para garantir escoamento.Ainda assim, no acumulado parcial do ano, o preço da dieta permanece acima dos patamares do início de 2025. Em contrapartida, a categoria de suplementos minerais subiu 0,26% de julho para agosto, na “média Brasil”
.
Esse comportamento é típico desta época do ano,quando a menor disponibilidade de pastagens eleva a demanda por esses produtos em diversas regiões – esse cenário vem sendo captado desde junho.Os custos com operações mecanizadas, por sua vez, registraram leve alta de 0,22%¸entre julho e agosto, na “média Brasil” , devido aos reajustes no preço do diesel.Apesar da elevação mensal, na parcial do ano, a categoria ainda acumula queda de 3,69%. Para os insumos agrícolas, agosto foi marcado por retrações: adubos e corretivos caíram 0,29% e os defensivos, 1,37%, ambos na “média Brasil”. 

O período é caracterizado pela demanda mais reduzida na utilização desses insumos na maioria dos estados brasileiros, o que tende a refletir em preços mais baixos no balcão. No mercado de medicamentos, as variações foram pequenas, com estabilidade nas categorias de antibióticos, vacinas e produtos para controle parasitário. A exceção foi a categoria de antimastíticos, com forte retração de 7,75% na “média Brasil”, pressionada principalmente pelo PR, onde foram verificadas os maiores recuos do mês.

PODER DE COMPRA – Em julho, o produtor de leite precisou de 24,25 litros para adquirir uma saca de 60 kg de milho, 5,79% a menos que em junho. No período, o cereal se desvalorizou expressivos 6,63% (para R$ 63,63/sc de 60 kg), enquanto o preço médio do leite caiu (0,90%), em R$ 2,62/litro. Dessa forma, o poder de compra em julho se mostrou melhor que a média dos últimos 12 meses (26,8 litros/saca).  (CEPEA)


Projeto bilionário criará maior fábrica integrada de laticínios do mundo

Com investimento de US$ 3,5 bi, Argélia terá mega fazenda com 272 mil vacas e usina que produzirá 100 mil t/ano de leite em pó. Confira

A Argélia deu um passo decisivo para reduzir sua dependência de importações de leite em pó ao anunciar um projeto de US$ 3,5 bilhões que promete ser o maior complexo de laticínios do planeta. A iniciativa é fruto de uma parceria estratégica entre o governo argelino, por meio do Fundo Nacional de Investimento, e a Baladna, uma das maiores produtoras de laticínios do Catar. A joint venture resultou na criação da Baladna Algeria SPA, empresa responsável por implementar e administrar o empreendimento.

O plano prevê a instalação de várias fazendas na província de Adrar, totalizando 272 mil vacas em 117 mil hectares de terra. O projeto inclui ainda a construção de uma unidade industrial com capacidade para produzir até 200 mil toneladas de leite em pó por ano.

A construção deve começar em 2026 e a produção está prevista para iniciar no final de 2027. Quando atingir sua capacidade plena, a planta terá condições de atender cerca de 50% da demanda nacional por leite em pó, reduzindo de forma significativa a dependência externa.

Segundo estimativas oficiais, o projeto deverá criar aproximadamente 5 mil empregos qualificados, impulsionando a economia local e transformando a Argélia em um polo estratégico do mercado de laticínios no norte da África. Atualmente, o país importa mais de 400 mil toneladas anuais de lácteos, com valor próximo a US$ 800 milhões, sendo o quarto maior consumidor de leite em pó do mundo, atrás apenas da China, do Brasil e da União Europeia.

Pontos-chave do projeto:

Investimento total de US$ 3,5 bilhões

Instalação de 272 mil vacas em 117 mil hectares

Produção estimada de 200 mil toneladas de leite em pó/ano

Criação de cerca de 5 mil empregos qualificados

Início da construção em 2026 e produção a partir de 2027

Capacidade para atender 50% da demanda nacional argelina

As informações são do The Fence Post, do Dairy News 7x7 e do Ecofin Agency traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint

Efeitos do calor sobre a saúde, reprodução e produção de vacas leiteiras

Entenda como o estresse térmico compromete a produção e a reprodução de vacas leiteiras, afetando qualidade do leite e rentabilidade da fazenda.

Você já reparou no seu gado, vacas com baixa produção em épocas mais quentes? Isso pode estar interligado ao estresse térmico, que é uma condição fisiológica adversa que ocorre quando um organismo é incapaz de dissipar o calor gerado pelo metabolismo, comprometendo suas funções biológicas normais.

Esse fenômeno é especialmente relevante na pecuária leiteira, pois afeta diretamente a produtividade e o bem-estar dos animais. Quando expostos a temperaturas elevadas, os bovinos ativam mecanismos fisiológicos para  dissipar o calor excessivo, como o aumento da frequência respiratória e do suor,  porém, quando esses mecanismos não são suficientes, ocorre o estresse  térmico (PEGORINI, 2011). 

As vacas leiteiras, por apresentarem alta produção metabólica, são particularmente suscetíveis a esse estresse, o que pode resultar em perdas  significativas para a indústria leiteira. 

Esse tipo de estresse é comum em situações de ondas de calor repentinas, onde os animais não têm tempo suficiente para se adaptar ou quando a exposição ao calor excessivo ocorre de maneira contínua, provocando alterações hormonais que podem comprometer a eficiência produtiva e reprodutiva dos animais (PEGORINI, 2011).

A ocorrência do estresse térmico calórico agudo está diretamente associada a mudanças bruscas nas condições ambientais, especialmente em regiões com clima tropical e subtropical. Durante esses episódios, os bovinos  apresentam sinais evidentes de desconforto térmico, como a busca por sombra  e o aumento da ingestão de água (FIALHO et al., 2018). Além disso, há uma elevação da temperatura corporal, que pode desencadear quadros de hipertermia se não forem adotadas medidas de mitigação. Em situações extremas, esse tipo de estresse pode levar à exaustão térmica e até à morte dos animais, tornando essencial a implementação de estratégias para reduzir seus impactos. Em rebanhos leiteiros de alta produção, esse fenômeno compromete a ingestão de alimentos, reduzindo a disponibilidade de nutrientes essenciais para a lactação e a reprodução (PEGORINI, 2011). 

Entre os principais efeitos do estresse térmico na reprodução, destaca-se  a interferência nos hormônios reprodutivos, gerando um aumento da incidência  de falhas reprodutivas, tornando-se um desafio para a manutenção da eficiência produtiva das propriedades leiteiras (ROCHA et al., 2012). 

Estudos indicam que a elevação da temperatura corporal materna prejudica o ambiente uterino, comprometendo o desenvolvimento embrionário nas fases iniciais da gestação. Além disso, a deficiência na vascularização  placentária resulta em menor suprimento de nutrientes para o feto, o que pode levar a abortos espontâneos ou ao nascimento de bezerros com baixo peso (MOTTA NETO, 2017). 

A relação entre bem-estar animal e produtividade é amplamente estudada e evidencia que vacas submetidas a melhores condições ambientais apresentam maior produção leiteira, sendo que o estresse gerado por instalações inadequadas, manejo incorreto e interações humanas negativas pode  comprometer o consumo alimentar e o desempenho metabólico dos animais  (Ferreira et al., 2013). Além disso, ambientes desfavoráveis favorecem o  desenvolvimento de doenças, como mastite e claudicação, resultando em maiores custos com tratamento e redução da longevidade produtiva dos bovinos (Santos; Neves; Ribeiro, 2021). 

A composição do leite é sensível às condições ambientais e ao manejo dos animais. Estudos indicam que o estresse térmico, a superlotação e a falta de conforto afetam negativamente a produção e a qualidade do leite (Fonseca et  al., 2024). O leite de vacas submetidas a condições adversas pode apresentar menor teor de proteínas e gorduras, além de um aumento na presença de hormônios do estresse, que influenciam negativamente suas propriedades nutricionais e tecnológicas (Silva et al., 2022). Dessa forma, estratégias que garantam o conforto térmico, como sombreamento ou resfriamento artificial, e o manejo adequado dos animais são essenciais para assegurar a qualidade do leite. (Milkpoint)


Jogo Rápido

Grupo Piracanjuba obtém certificação inédita em segurança de alimentos
No Grupo Piracanjuba, qualidade não se negocia, se garante. Com essa máxima, o Laboratório de Microbiologia da fábrica de Bela Vista de Goiás (BVG) conquistou a acreditação ISO 17025 do Inmetro em ensaio de patógenos Salmonella e Listeria. Essa certificação, reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é inédita no setor de laticínios e constata a competência técnica do laboratório. O resultado é fruto de mais de um ano de trabalho e reforça o compromisso da empresa com a qualidade e a segurança dos alimentos, assegurando testes mais precisos, confiáveis e em conformidade com os mais altos padrões nacionais. A ISO 17025 estabelece os critérios gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração, garantindo que operem com precisão e confiabilidade. Essa norma abrange aspectos como a gestão da qualidade, a qualificação do pessoal, o controle de equipamentos e as condições ambientais. (Terra Viva)