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07/05/2018

 
 

Porto Alegre, 07 de maio de 2018                                              Ano 12 - N° 2.729

 

Fenasul reflete dificuldades, mas projeta superação
 

Foto: Carolina Jardine 
A Fenasul 2018, de 16 a 20 de maio, deve marcar um movimento de união do setor laticinista para enfrentar as dificuldades que vêm corroendo a rentabilidade de toda cadeia produtiva.  A tônica foi destaca nos discursos de autoridades presentes no lançamento da exposição, realizado na manhã desta segunda-feira (7/5) no Gabinete da Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre. Confiante, o secretário da Agricultura, Odacir Klein, disse que a exposição terá muito sucesso porque, além de diversos patrocinadores, terá esforço expressivo do setor e do governo do Estado, que garantiu infraestrutura e serviços. O evento também contou com a presença do deputado e ex-secretário Ernani Polo, que deu início às tratativas para realização da mostra ao fim de seu mandato.  "Apesar da crise, será um evento excelente com bons resultados", frisou Klein.

Neste ano, a Fenasul e a Expoleite ocorrerão em paralelo a evento da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC), a Copa do Mundo do Cavalo Crioulo. A ideia é reunir forças e levar público ao Parque de Exposições Assis Brasil. Ação essa que deve contar com o apoio da Prefeitura de Esteio. 

A exposição também espera ter aumento na participação de animais. Segundo o presidente da Gadolando, Jorge Fonseca da Silva, a previsão é ter de 30 a 40 produtores e cerca de 200 exemplares da raça Holandês, bem acima dos 136 inscritos em 2017. "Os produtores estão estrangulados e trazer um animal para Esteio custa entre R$ 800 e 1200. Se tivermos recursos para subsidiar a vinda de produtores, podemos chegar a 250 inscritos", prevê, lembrando que o prazo para cadastrar bovinos da raça terminar no final desta semana.  Com o objetivo de enxugar despesas, a organização da feira estuda cortar o uso de pistas cobertas, um conforto implementado apenas nos últimos anos. Além do gado Holandês e do Crioulo, a Fenasul ainda deve contar com provas do cavalo Árabe e aguarda-se confirmação de exposição de aves. Presente no lançamento, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, anunciou apoio ao evento com cota de patrocínio. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Indústria, comércio e agricultura fundam a Câmara de Comércio Brasil-Argentina

Foto: Dudu Leal / Assessoria de Comunicação do Sistema FIERGS 
 
Com a finalidade de promover e incentivar o desenvolvimento das relações comerciais e econômicas entre a Argentina e o Estado do Rio Grande do Sul, foi fundada nesta segunda-feira (7/5) em Porto Alegre, a Câmara Empresarial Argentino-Brasileira do Rio Grande do Sul (CEAB-RS). A solenidade, que ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), contou com a participação do embaixador do país no Brasil, Carlos Magariños.  A nova entidade terá Fiergs, Fecomercio e Farsul são associados honorários. Os demais associados, pessoas físicas e jurídicas, terão seis meses de carência para contribuir. A presidência da CEAB-RS será exercida de forma rotativa entre os representantes dos três setores - indústria, comércio e agricultura. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, participou da cerimônia e destacou a importância desta parceria estratégica para o setor lácteo. "Vamos fazer conversações e troca de experiências em busca de novos mercados por meio de ações conjuntas entre os dois países", comentou Palharini. A Argentina tem 10 mil produtores de leite e produz 10 bilhões de litros por ano. Entre as atividades já programadas pela CEAB-RS para 2018 está uma missão comercial do setor de alimentos com visita de empresas argentinas ao Rio Grande do Sul; uma missão comercial, organizada pela Fiergs, de empresas brasileiras à Argentina; e a participação da CEAB-RS na Federação de Câmaras de Comércio Brasil-Argentina. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Importação de leite sobe 40% em abril

De acordo com os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril, o Brasil importou 39,9% a mais de leite em relação a março, sendo internalizados 91,2 milhões de litros em equivalente leite. Mesmo assim, com as importações mais "tímidas" no começo do ano, o acumulado dos quatro primeiros meses de 2018 é inferior ao volume importado no mesmo período tanto de 2017 quanto de 2016 (-39,7% e -29,6% respectivamente), como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Evolução das importações brasileiras em equivalente leite nos 4 primeiros meses do ano. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.

 
Em abril, o destaque fica o para o leite em pó integral. No mês, foram importadas 6,5 mil toneladas, 111% de aumento em relação a março, mas ainda 13,5% menor quando comparadas às 7,6 mil toneladas importadas em abril/2017. A explicação para essa quantidade importada - mesmo com o dólar em franca valorização em abril - é o fato de esse leite em pó entregue em abril ter sido negociado em meados de fevereiro e em março, quando o dólar estava em torno de R$ 0,20 mais baixo, e o mercado interno vivenciava um momento de demanda de leite em pó integral aquecida e preços em alta.
Entre outros destaques, o leite em pó desnatado (1,2 mil toneladas importadas) teve queda mensal de 14,7% nas importações, com a demanda interna fraca e mercado bem abastecido. Nos queijos, as 2,1 mil toneladas importadas representaram queda mensal de 6,3%. Já a manteiga, ainda por reflexo dos preços internos altos, oferta escassa de gorduras e demanda mais ativa, teve um aumento de 13,4% em seu volume importado, chegando a 669,9 toneladas em abril. Confira na tabela 1 o saldo dos produtos lácteos negociados internacionalmente em abril pelo Brasil.
Tabela 1. Balança comercial láctea em março de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.
 
Com uma maior importação em relação a março e queda de 18,8% nas exportações, o saldo da balança comercial teve nova queda, chegando a -83 milhões de litros de leite, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex.  (MilkPoint)
 

 
 
Queda de preços do leite longa vida pressionou os resultados da Jussara

Depois de ter registrado um resultado recorde em 2016, a Usina de Laticínios Jussara viu seu lucro recuar 97%, saindo de R$ 45,047 milhões para R$ 1,263 milhão no ano passado, de acordo com o balanço publicado pela companhia. A receita líquida da Jussara, que tem sede em Patrocínio Paulista (SP), também diminuiu, a despeito do aumento de 5% nos volumes comercializados, refletindo, sobretudo, a queda dos preços do leite longa vida no mercado. As vendas líquidas da empresa somaram R$ 794,333 milhões, retração de 4,65% em comparação com os R$ 833,042 milhões de 2016. 

 
 
Assim como outras empresas do setor de lácteos, a Jussara foi afetada por um mercado desaquecido e com maior oferta em 2017. A produção inspecionada de leite para processamento cresceu no ano passado, o que fez os preços ao produtor caírem 6% na média no pais, de acordo com Odorico Alexandre Barbosa, diretor-superintendente da Jussara. A disponibilidade de leite longa vida também aumentou em função da maior quantidade de matéria-prima. Os preços do longa vida da indústria ao varejo, no entanto, caíram de forma mais acentuada, 16%, afirmou. "Houve excedente de oferta de matéria-prima e retração no consumo", disse o empresário. Nesse ambiente, as margens da Jussara foram bastante pressionadas, saindo de "atípicos" 12% em 2016 para apenas 1,7% em 2017. Apesar do último ano difícil, Barbosa mostra otimismo e espera um 2018 com melhores resultados. Até em função do próprio ciclo do setor de leite, que intercala períodos de oferta mais elevada de matéria-prima com os de menor disponibilidade, o diretor da Jussara avalia que 2018 "tende a ser melhor que no ano passado". Segundo ele, "o primeiro trimestre ainda está lento", mas as margens "estão mais razoáveis", num cenário de preços "mais comportados" do leite ao produtor. Apostando na melhora do mercado, Barbosa acredita que a Jussara conseguirá alcançar um faturamento bruto entre R$ 1,050 bilhão e R$ 1,080 bilhão este ano. A empresa esperava atingir a marca de R$ 1 bilhão em 2017, mas a queda nos preços do leite longa vida num mercado desaquecido a impediu de bater a meta. A Jussara encerrou o último ano com receita bruta de R$ 929 milhões, abaixo dos R$ 947 milhões registrados no ano anterior. (Valor Econômico)
 
 

Leite/Espanha - Captação recorde de leite na Espanha em março
Em março passado, a captação de leite na Espanha continuou subindo em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas, de forma menos intensa em comparação com os dois primeiros meses de 2018. O incremento em março foi de 1,6%.  Em fevereiro havia sido de 3,7%, e em janeiro de 5,2%. Os pecuaristas espanhóis produziram 627.322 toneladas de leite em março, de acordo com os últimos dados publicados. É um volume mensal recorde.  No primeiro trimestre de 2018 foram captadas 1,8 milhões de toneladas de leite, representando aumento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2018. O preço médio recebido pago foi de 32,4 centavos/litro, caindo 0,5 centavos quando comparado com fevereiro. Ainda assim este preço é 1 centavo maior que o valor pago um ano atrás, e 2 centavos mais que o pago há dois anos. É semelhante ao preço de 2015, mas, fica 6,7 centavos abaixo do valor recebido pelos produtores em 2014. O preço na Espanha está bem abaixo da média da UE-15. O preço calculado pela LTO Nederland em março foi de 33,58 centavos/kg, ou 34,61 centavos/litro, portanto 2,2 centavos/litro acima do preço espanhol. (Agrodigital - Tradução Livre: www.terraviva.com.br)

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