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Porto Alegre, 19 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.843

Reprodução de bovinos reunirá time de especialistas durante simpósio em Porto Alegre

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) promove na sexta-feira (26) o V Simpósio de Reprodução de Bovinos com a presença de palestrantes renomados do Brasil e do exterior. Além de temas importantes ligados à reprodução bovina - de raças de leite e de corte - o evento vai ampliar a discussão sobre outros aspectos que integram à produção de qualidade, como nutrição e sanidade animal.

De acordo com o professor da disciplina Grandes Ruminantes da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS André Dalto, a expectativa é reunir cerca de 250 pessoas, especialmente veterinários, estudantes e, em menor número, produtores rurais.  "O evento propõe uma atualização do que está sendo feito em termos de pesquisa sobre reprodução bovina de leite e de corte, a troca de conhecimentos, o fortalecimento das relações entre os profissionais e, ainda, a prospecção de novos projetos e parcerias na área", elenca Dalto, que juntamente com os professores João Batista Borges (UFRGS) e Rodrigo Gonçalves (Ulbra) coordena o simpósio.

O V Simpósio de Reprodução de Bovinos acontece em Porto Alegre, no Auditório Informática - Campus do Vale da UFRGS. Entre os palestrantes confirmados para o evento estão Milo Wiltbank (Universidade de Wisconsin), Alejo Menchaca (Fundação URAUy), Pietro Baruselli (USP), Thiago Gallina (Unipampa), Hélio Rezende (ABS) e Felipe Moura (Pasto On Line). O evento começa às 8h e se estende até às 19h. Informações podem ser obtidas no e-mail simposiodebovinos@gmail.com ( Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Fila de petições de registro de alimentos está zerada

Registro de alimentos - A quantidade de petições para registro de alimentos que aguardavam na fila da Anvisa para avaliação da área técnica caiu de 640, em setembro de 2017, para apenas três, em setembro deste ano. O resultado representa uma queda de 99,5%, o que, tecnicamente, significa que a fila está zerada.

No mesmo período avaliado, os pedidos relacionados a alterações pós-registro de alimentos caíram de 391 para 35. Isso equivale a uma redução de 91%, o que também demonstra uma diminuição muito importante no número de pedidos que aguardavam na fila.

Melhorias
Segundo a titular da Gerência Geral de Alimentos da Anvisa, Thalita Lima, a redução drástica das filas de registro e pós-registro é resultado do esforço da equipe de gestores e servidores da área, bem como da melhoria de processos e gestão, com foco em resultados.

"Nossa estratégia começou a ser implantada em 2016, com uma reestruturação interna, separando os processos de análise de registro, pós-registro e avaliação de segurança e eficácia de ingredientes, permitindo melhor gestão e aprofundamento das especificidades da avaliação de cada tipo de petição", afirma Thalita.

"Trabalhamos intensamente na metrificação dessas análises, o que permitiu à área adotar o teletrabalho, que prevê um aumento de produtividade de, pelo menos, 20%", explica o gerente de Registro de Alimentos da Agência, Nélio Aquino. "Também revisamos os check lists de documentos, detalhando de forma clara e específica como deveriam ser instruídos e analisados os processos. Por último, fizemos o desmembramento das filas de petições, conforme a complexidade das análises", completa Aquino.

Suplementos
A conclusão da estratégia da Anvisa foi concretizada com a publicação do marco normativo de Suplementos Alimentares, por meio de cinco resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs), além de uma instrução normativa (IN), aprovadas pela Dicol em julho de 2018.

"Estabelecemos as listas dos ingredientes permitidos, os respectivos limites mínimos e máximos, bem como as listas das alegações autorizadas para uso. As listas dão transparência ao que está aprovado, auxiliando na fiscalização e tornando dispensável a análise prévia dos produtos", diz a gerente de Pós-Registro de Alimentos da Agência, Ângela Castro.

Ela explica que, mesmo mantendo seis categorias de alimentos sob registro obrigatório, a meta da área para o próximo ano é de que a primeira manifestação em relação às petições de registro e pós-registro seja feita no prazo de 60 dias, conforme estabelece o Decreto-Lei 986, de 1969.

Novo paradigma
A redução das filas, aliada ao rigor técnico da norma de suplementos alimentares, insere a área de Alimentos da Anvisa em um novo paradigma regulatório, em sintonia com o modelo adotado por países europeus, pelos Estados Unidos e pelo Canadá. Isso porque, agora, o foco transcende o registro e passa a ser a avaliação de segurança e eficácia de novos ingredientes.

A Anvisa vem se estruturando e aprimorando seus processos para enfrentar esse desafio. "As análises de segurança e eficácia são mais complexas e, consequentemente, requerem maior tempo de análise em relação às petições de registro e pós-registro. Para otimizarmos nossa atuação, trabalhamos no mapeamento de fluxos, na parametrização das análises e na padronização dos pareceres técnicos", explica a gerente de Avaliação de Riscos e Eficácia da Agência, Lígia Schreiner.

Essas mudanças trazem novos desafios à Agência. Por isso, para o próximo ano, três processos de trabalho serão o foco da atuação área:

1.    Avaliação de segurança e eficácia: aprimoramento dos elementos da análise técnica, em alinhamento contínuo com as referências internacionais; revisão dos check lists de documentos, formulários internos de análise e pareceres técnicos; metrificação e inserção das modalidades de teletrabalho e dispensa de controle de assiduidade (DCA) na área; adoção de estratégias de organização das filas de petições, além da capacitação constante da equipe técnica.
2.    Agenda regulatória: fortalecimento da análise de impacto regulatório, da simplificação, da previsibilidade e da racionalização do estoque regulatório, executada dentro de uma dinâmica fluída e articulada, com vistas à proposição de medidas regulatórias efetivas, proporcionais e construídas com transparência e participação social.
3.    Comunicação com os atores externos: aprimoramento do diálogo com o setor produtivo e com os consumidores, aperfeiçoando os canais de comunicação, e reforço ao reconhecimento da Agência enquanto fonte relevante, confiável e útil de informações.

Recursos
Ganhos importantes de eficiência já haviam sido alcançados pela área nos recursos de alimentos. "No ano passado, já havíamos reduzido drasticamente a fila de recursos. A publicação da Lei 13.411, de 2016, aliada a forças-tarefas e à padronização de procedimentos internos, permitiram a redução da fila de 58 para 10 recursos aguardando análise, quantidade compatível com a capacidade de saída da área técnica, o que tem mantido essa fila em níveis baixos e estáveis", explica a chefe da Coordenação de Análise e Instrução de Recursos de Alimentos (Corea), Ana Paula Peretti. Os dados citados por ela são referentes ao período de janeiro de 2017 a setembro deste ano. Confira os dados completos do levantamento da Anvisa. (Anvisa)

 

IN que internaliza a qualidade do leite e pó e outros regulamentos é publicada no DOU

No último dia 16/10 foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a Instrução Normativa n° 53/2018 que internaliza o Regulamento Técnico Mercosul de Identidade e Qualidade do Leite em Pó. Segundo fontes seguras, essa foi a última etapa de uma longa negociação. Dentre os padrões estabelecidos, alterou-se o teor mínimo de proteína do leite em pó de 36% para 34%. Também, foi definida a lista de ingredientes para padronização. O principal objetivo do anexo é "fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que deverão ser cumpridas para o leite em pó e o leite em pó instantâneo destinados ao consumo humano, com exceção do leite destinado às formulações para lactantes e farmacêuticas". Sobre a descrição apontada no documento, "entende-se por leite em pó o produto que se obtém por desidratação do leite de vaca, integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para a alimentação humana, mediante processos tecnologicamente adequados. O teor de gordura e/ou proteínas poder ajustar-se unicamente para cumprir os requisitos de composição estipulados na Seção 4 do presente RTM, mediante adição e/ou extração dos constituintes do leite, de maneira que não se modifique a proporção entre a proteína do soro e a caseína do leite utilizada como matéria-prima".

Com relação à composição, para ajustar o teor de proteínas do leite de vaca, "poderão ser utilizados os seguintes produtos lácteos: Retentado de leite > o retentado de leite é o produto que se obtém da concentração da proteína do leite mediante ultrafiltração do leite integral, leite parcialmente desnatado ou leite desnatado; Permeado de leite > o permeado de leite é o produto que se obtém da extração da proteína e da gordura do leite mediante ultrafiltração do leite integral, leite parcialmente desnatado ou leite desnatado; Lactose > constituinte natural do leite, que se obtém usualmente do soro, com um teor de lactose anidra não inferior a 99,0% m/m na base seca. Pode ser anidra ou conter uma molécula de água de cristalização ou constituir uma mistura de ambas as formas".

Para a entrada em vigor deste RTIQ (Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade), a ANVISA também teve que editar a Resolução RDC nº 244/2018, que dispõe sobre os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em leite em pó. Confira abaixo a publicação na íntegra. (MilkPoint)

A produção de leite na UE em 2018 pode subir somente 0,8%
Produção/UE - Nos sete primeiros meses de 2018 a captação de leite na União Europeia (UE) aumentou 2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A previsão para o segundo semestre é de que haja queda 0,3% na mesma comparação, o que limitaria o crescimento anual a apenas 0,8%, de acordo com as últimas estimativas da Comissão Europeia (CE). Para 2019, as previsões comunitárias apontam para uma captação similar à de 2018, ou seja, aumento em torno de 0,9%. Em relação ao rebanho a projeção é que o desempenho seja similar em 2018 (com queda de 0,3%) e em 2019 (-0,4%). O motivo da queda na captação deste ano foi a forte seca que afetou os países do norte e centro da Europa e que impactaram fortemente na produção de pastagens e volumosos. O clima excepcionalmente quente e seco no centro e norte da Alemanha, Benelux e noroeste da França afetaram o crescimento das pastagens. Estima-se que a produtividade nesses países tenha sido a menor em 20 anos. Entre janeiro e julho, a Itália foi a que teve maior aumento da captação acumulada (+7,2%), seguida pela Alemanha (+3,2%), Polônia (+2,7%) e a Espanha (+2,4%), de acordo com a Eurostat. Dentre os grandes produtores, somente houve redução no nível de entregas nos sete primeiros meses de 2018, na Holanda (-1,4%) e Irlanda (_0,5%). De acordo com as previsões da CE, a captação de leite conjunta de 2018 da Alemanha, Bélgica, Itália, Polônia e Espanha serão maiores que as de 2017, e a variação estará entre 2 e 3%. Mas, serão menores na Irlanda (pela seca) e na Holanda (pela obrigação de reduzir o fosfato). Quanto às previsões de preço, é possível que na segunda metade do ano, os preços aumentem ligeiramente, mas, isto não significaria crescimento das margens do pecuarista porque houve incremento dos custos de produção (não somente a alimentação animal, mas, também a energia). (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Porto Alegre, 18 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.842

Conseleite SC 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de outubro de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Setembro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Outubro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Conseleite SC) 

 
 
 

Uruguai investe em novas tecnologias na produção leiteira

Na quarta-feira passada (10), foi inaugurado na cidade de Paysandú um novo projeto de última geração na Rede Setorial Tecnológica (RTS) por meio de um investimento de cerca de US$ 700 mil que aposta em uma cadeia leiteira de futuro no Uruguai. Com grande participação do público, a RTS inaugurou sua plataforma de pesquisa na unidade de laticínios da Estação Experimental Mário A. Cassinoni, da Faculdade de Agronomia.

A Rede Setorial de Inovação cumpre o objetivo de fornecer respostas sólidas, baseadas em informações científicas geradas nos sistemas de produção e estações experimentais, trabalhando em conjunto com profissionais, produtores e instituições públicas e privadas envolvidas na rede. A proposta implica em uma interação associativa de atores do setor para realizar conjuntamente funções em pesquisa, desenvolvimento e comunicação.

Este projeto, além de ser um importante investimento econômico público/privado do país, constitui um esforço humano que se comunica com valores muito típicos do setor leiteiro: intenso trabalho, solidariedade, generosidade, trocas, questionamentos, debates, acordos, entre outros. 

Por que uma RTS?
A RTS é um acordo entre UdelaR, Conaprole, INALE, CRI, INIA, LATU e ANII para fortalecer a pesquisa, a inovação, o desenvolvimento e a formação de capital humano em na cadeia láctea uruguaia. O acordo inicial baseou-se em um projeto chamado "Sistemas de produção de leite competitivos, simples e sustentáveis: o desafio da leiteria uruguaia" (outubro de 2015 a setembro de 2019).

O processo de intensificação da produção de laticínios uruguaia nos últimos 10 anos resultou em sistemas leiteiros com maiores níveis de produtividade, com aumento de carga animal e produção individual, melhores resultados econômicos, custos mais altos, maiores exigências de investimento, níveis aumento da complexidade (maior demanda de capital humano) e maior pressão sobre os recursos naturais. Além disso, os sistemas que estão na fronteira produtiva não têm respostas claras do ponto de vista tecnológico.

A Rede Setorial de Inovação está em conformidade com o objetivo de fornecer respostas sólidas, baseadas em informações científicas provenientes de informações nacionais e regionais, dos sistemas de produção e das estações experimentais, trabalhando em conjunto com os profissionais que oferecem serviços em nível comercial, os produtores que controlam suas fazendas leiteiras e as instituições públicas e privadas envolvidas na RTS. A proposta implica uma mudança metodológica de interação associativa de atores do setor para realizar funções em pesquisa e extensão em conjunto.

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento em Escala Comercial na EEMAC
Exemplo > para estimar o impacto do ambiente, construiu-se um estábulo para o grupo controle que será usado para visualizar diferentes estratégias de manejo que estão sendo realizadas no país e outras alternativas tecnológicas de baixo custo.

Os cochos estão disponíveis com sensores que permitem determinar o consumo individual das 64 vacas. Uma nova fazenda leiteira com equipamentos de ordenha de última geração foi construída com registro automático dos eventos mais importantes e que estão associados ao processo. Essas pesquisas são importantes porque contribuem para que o país responda aos desafios de crescimento e competitividade no setor lácteo. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Secretário Geral da ISO destaca o papel das normas internacionais de segurança alimentar

WDS 2018 - A Federação Internacional do Leite (FIL) desempenhou um papel fundamental na promoção de padrões ISO entre seus membros em todo o mundo e contribuiu para a formulação de normas e diretrizes internacionais para o setor lácteo. O Secretário Geral da Organização Internacional de Normatização (ISO), Sergio Mujica, disse isso em mensagem gravada em vídeo para a Conferência de Segurança Alimentar da IDF World Dairy Summit 2018 (WDS-2018) em Daejeon na Coreia do Sul, realizada em 17 de outubro de 2018.

"Essa forte colaboração entre a FIL e a ISO continua através do desenvolvimento conjunto de padrões para métodos de análise e amostragem de produtos lácteos, que reúnem conhecimento e padrões em laticínios para aperfeiçoamento de conformidades em segurança e qualidade de alimentos", disse Mujica. 

"Esta conferência internacional é uma plataforma útil para reunir especialistas e participantes globais do setor lácteo para fortalecer a colaboração em segurança, sanidade e sustentabilidade de alimentos com padrões internacionais. O compartilhamento de experiências e ideias inovadores pode trazer um bem maior para a comunidade no mundo todo".

A eficiência no uso circular de recursos pode levar ao desperdício zero
A mudança de paradigma que está ocorrendo no século XXI sai da eficiência linear de produção em direção à eficiência circular no uso de recursos, o que pode levar à meta de desperdício zero, disse o Dr. Martin Scholten da Universidade de Wageningen da Holanda. Ele explicou que isso envolve a otimização no uso eficiente de recursos do sistema agroalimentar, onde a biomassa, incluindo resíduos agrícolas, resíduos alimentares, e estercos sejam usados como fertilizantes orgânicos para produzir cultivos de alimentos.

O recurso circular ajuda na sustentabilidade do planeta, dos lucros, e das pessoas, afirmou Dr. Scholten, quando falava sobre O Futuro do Leite: Desafios e Perspectivas, dentro da programação do dia 16 de outubro do WDS-2018 em Daejeon.

"Os alimentos circulares respeitam o clima ao usar com inteligência os recursos para cultivar a terra, sem produzir com a utilização de uma ração específica, melhor usa das terras agrícolas, redução das emissões agrícolas, uso inteligente de adubo, adubação orgânica de base biológica e mais sequestros de carbono", disse Dr. Scholten.

Leite na Escola sustenta saúde, educação, e o futuro das crianças
Os programas Leite nas Escolas fornecem às crianças do mundo nutrientes chaves que irão ajuda-las a crescer e desenvolver de forma saudável. Além disso incentivam a formação de bons hábitos alimentares que permanecerão por toda a vida, disse a presidente da FIL, Judith Bryans, ao fazer a palestra sobre Contribuição do Leite nas Escolas para a Nutrição Infantil Mundial, no segundo dia da WDS-2018.

"Se você não está com a sua fome saciada, com alimentos saudáveis e nutritivos, é difícil se concentrar na educação, e aproveitar ao máximo da escola. Devemos garantir que as crianças estejam bem nutridas. Todas as crianças do mundo, sejam elas ricas ou pobres, merecem ter acesso a comida suficiente para não passarem fome. Eles também merecem ter alimentos que sejam nutritivos, culturalmente aceitáveis e acessíveis", declarou Bryans.  

"O leite fornece às crianças uma série de nutrientes, incluindo cálcio, proteína de boa qualidade, uma variedade de vitaminas e sais minerais necessários para o crescimento. Devemos também reconhecer que os nutrientes do leite vêm como um pacote conhecido como matriz do leite. Essa matriz funciona como uma orquestra sinfônica de nutrientes. Possuem um elevado grau de sinergia para proporcionar benefícios à saúde", afirmou Bryans. Salientou ainda que os produtos lácteos feitos a partir do leite, como iogurte e queijo, são veículos importantes de suprimento nutricional às crianças. Para entender melhor o status dos programas Leite na Escola em todo o mundo, o Comitê Permanente de Nutrição e Saúde da FIL/IDF vai realizar uma nova pesquisa em 2018/19 cujos resultados serão apresentados na WDS-2019, em Istambul, na Turquia.

A Drª Bryans disse que o programa Leite na Escola tem um impacto sobre os agricultores no alívio à pobreza e sustentabilidade. Também é um apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ao reduzir a pobreza, promover saúde e bem-estar, educação de qualidade, igualdade de gênero, trabalho digno e crescimento econômico.

O representante da Organização de Promoção da Produção de Leite, Narongrit Wongsuwan, da Tailândia compartilhou dados sobre os esforços que o governo de seu país está fazendo para melhorar a qualidade do leite para beneficiar o programa Leite na Escolas. Rafael Fabrega, da Tetra Laval Food for Development, disse que a nova pesquisa sobre Leite na Escola fornecerá dados úteis para justificar o financiamento continuado de governos na manutenção desses programas que são benéficos para as crianças. (FIL/IDF - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Novas normas para o comércio
Um conjunto de normas assinadas ontem pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, vai facilitar o comércio agropecuário no Mercosul. Uma das medidas dispensa o Certificado Fitossanitário para importações em Áreas de Controle Integrado (ACI), o que deve, segundo o ministério, desburocratizar a fiscalização e agilizar o fluxo de cargas em fronteiras como Foz do Iguaçu e Santa Helena, no Paraná; Uruguaiana e São Borja, no Rio Grande do Sul; e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 17 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.841

Senado aprova novo prazo para a adesão
 
Com uma semana de atraso, o projeto de lei de conversão à medida provisória 842/2018, que prorroga até o dia 31 de dezembro deste ano a data de adesão dos produtores agropecuários ao Programa de Regularização Rural (PRR), foi aprovado ontem pelo Senado e deve ser encaminhado nos próximos dias à sanção do presidente Michel Temer. A matéria deveria ter sido votada no último dia 9, mas foi devolvida pelo Senado à Câmara dos Deputados para correção de inconsistências no texto. Em razão do final da validade, no dia 10, da MP 834/2018, que permitia a adesão ao refinanciamento das dívidas com vantagens até o dia 30 de outubro, o atraso criou um vazio jurídico e, em tese, obriga os produtores ao pagamento total de débitos com o Pronaf e o Funrural, por exemplo, enquanto não for publicada a sanção.

Membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado Jerônimo Goergen alerta que, mesmo aqueles produtores que já tenham recebido notificação de dívida da Receita Federal, no âmbito da lei n° 13.606, que instituiu o PRR, devem aguardar a sanção da MP, que tornará inválidos os chamamentos em função do novo prazo. "É importante o produtor saber que o conteúdo da MP 842/2018 já foi negociado com o governo, sendo improvável qualquer veto à extensão do prazo e benefícios previstos", tranquilizou Goergen.

A MP 842 revogou cinco artigos da lei 13.606 que haviam sido vetados pelo presidente Michel Temer. Posteriormente, os vetos foram derrubados e a medida recebeu emendas, que além da prorrogação do prazo, conseguiram manter vantagens como o desconto nas multas e alíquotas diferenciadas. Análise divulgada pelo Poder Executivo indica, entretanto, que a MP, agora aprovada para seguir à sanção, pode representar renúncia fiscal de R$ 17 bilhões. (Correio do Povo) 

Pecuária de leite apresenta estagnação em 2018 após crescimento de 5% em 2017

Pecuária de leite - A produção de leite sob inspeção no Brasil fechará 2018 com crescimento próximo de 0%, segundo projeta o Núcleo de Desenvolvimento Socioeconômico da Embrapa Gado de Leite (MG). O setor fechou o primeiro semestre deste ano registrando uma queda de produção da ordem de 0,3%, comparado ao mesmo período de 2017. Entre os fatores que contribuíram para o resultado ruim estão a greve dos caminhoneiros e o aumento dos custos de produção. "Em maio, quando ocorreu a greve, registrou-se o pior índice que se tem notícia para um único mês, com a produção ficando 9,3% mais baixa que o ano anterior", diz o pesquisador da Embrapa Glauco Carvalho. Esse número revela que deixaram de ser captados 176,7 milhões de litros de leite.

A estagnação acontece depois de um ano (2017) em que a produção cresceu 5%, deixando para traz um longo período de crise. Os anos de 2015 e 2016 haviam apresentado queda de 2,7% e 3,7%, respectivamente. A diferença é que naquele biênio a produção leiteira atravessava uma crise global. No pior momento, o preço internacional do litro do leite pago ao produtor chegou a US$ 0,22 e a tonelada do leite em pó foi vendida a US$ 2 mil (em setembro deste ano o produto foi vendido a US$ 3 mil a tonelada). Segundo o International Farm Comparison Network (IFCN), rede que compara os custos das fazendas produtoras de leite no mundo, o preço pago ao produtor está estabilizado em US$ 0,35 por litro, próximo ao preço histórico que é de US$ 0,37.

De acordo com o também pesquisador da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock, a estabilização do preço internacional indica que a demanda pelo produto está crescendo no mundo. Esse crescimento ainda não teve a capacidade de elevar os preços, pois também há um ligeiro crescimento da oferta. Importantes players do setor vêm aumentando suas produções: Estados Unidos (1,2%,), União Europeia (1,5%), Nova Zelândia (5%) e Uruguai (5%). Entre os grandes exportadores, a exceção é a Argentina, cujo volume de produção vem desacelerando devido à crise econômica pela qual aquele país atravessa, com forte desvalorização cambial, inflação elevada e incremento dos custos de produção de leite. 

  

Melhoras no mercado para 2019
Devido ao fim da entressafra, o consumidor deve pagar menos pelo produto nos próximos meses (no auge da entressafra, o preço do leite UHT ao consumidor chegou a custar R$ 4,10/litro). Já para o produtor, a expectativa é que o preço fique melhor no início de 2019, comparado ao início de 2018, pois, segundo Carvalho, a relação entre oferta e demanda está mais ajustada. Com relação ao mercado global, durante a conferência anual do IFCN, realizada em Parma, na Itália, os especialistas estimaram um crescimento um pouco mais robusto na demanda de lácteos para o próximo ano. A tendência é que os preços pagos ao produtor se sustentem. Em reais, segundo os indicadores do IFCN, o produtor internacional está recebendo uma média de R$ 1,10 pelo litro de leite, enquanto o produtor brasileiro recebe em média R$ 1,27.

A conferência do IFCN também fez estimativas a longo prazo. Stock, que representou o Brasil no evento, afirma que, para atender à demanda por produtos lácteos em 2030, o setor deverá aumentar a produção em 304 milhões de toneladas por ano. Isso equivale a três vezes a produção leiteira dos Estados Unidos, atualmente. Para ativar essa produção, o IFCN estima que o preço do leite mundial atinja US$ 0,40 (superior à média histórica). A conferência do IFCN também analisou a automação e as tecnologias digitais emergentes adotadas nas fazendas (softwares, hardwares, sensores, câmeras, etc.). "O volume de dados gerados com a big data na pecuária de leite é crescente", afirma Stock. Segundo ele, os dados contêm informações preciosas que possibilitam revelar padrões, tendências e associações, especialmente relativos ao comportamento e interações entre indicadores. "O big data está levando à criação de novos valores para produtores de leite, laticínios e consumidores." Stock diz ainda que a disponibilidade de informações está ajudando a melhorar a produtividade e o manejo do rebanho. "Com as tecnologias se tornando mais acessíveis aos produtores, ampliaremos as fontes de informação, conquistando maior precisão e rapidez na solução de problemas complexos", conclui. (Embrapa)

Adesão ao Susaf preocupa CRMV
O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) manifestou preocupação com o decreto estadual que permite a adesão de prefeituras e agroindústrias ao Sistema Unificado Estadual de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) apenas com a apresentação de auditorias documentais. Para o conselho, o modelo desconsidera dificuldades dos Sistemas de Inspeção Municipal e torna os profissionais vulneráveis. "Os produtos circularão sem comprovação de equivalência através de auditoria e os fiscais e responsáveis técnicos estarão expostos às sanções", advertiu o conselho. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 16 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.840

Fundesa aumenta indenização aos produtores de leite em 9,82%  


Foto: Leticia Szczesny

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) anunciou o reajuste na tabela de indenizações aos produtores de leite em 9,82%. O aumento passará a valer para os animais positivos para tuberculose ou brucelose protocolados a partir da última segunda-feira (15/10).  A nova tabela será aplicada sobre todas as faixas etárias com valores diferenciados de acordo com a idade dos animais.  

De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat), Darlan Palharini, as novas indenizações devem incentivar criadores a realizar os testes nos rebanhos. Para ele, o controle das zoonoses no Estado é um importante passo para a produção continuar crescendo no mercado interno e externo.

Na ocasião, o Fundesa divulgou o montante das indenizações pagas aos produtores no terceiro trimestre de 2018, no valor de R$ 713.863,02. A gerente administrativa do Sindilat, Julia Bastiani, acompanhou a reunião realizada na sede do Fundesa, em Porto Alegre. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT

O Índice GDT de hoje manteve a trajetória de queda iniciada em maio, e acumula queda de 7,65% em relação ao índice do início de 2018, e de 10,49% em relação ao mesmo período de 2017. A manteiga apresenta a maior desvalorização em relação ao ano passado, -29,52%, e de 5,73 em relação a janeiro de 2018. Mesmo assim, ainda tem uma cotação 5,73% maior que a registrada em setembro de 2016.

O leite em pó desnatado é o produto que apresentou a melhor recuperação tanto em relação ao início do ano (16,36%), como em relação a setembro de 2017 (4,33%). O leite em pó integral, o produto mais negociado na plataforma, perdeu 5,44% em relação ao início do ano, e de -10,14% quando comparado com outubro de 2017. (GDT/Terra Viva) 

Conseleite PR 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 16 de Outubro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. (Conseleite Paraná)

UE: futuros de lácteos atingem volume recorde
Quase 20 mil toneladas de leite em pó desnatado, manteiga e soro de leite foram negociadas na Bolsa Europeia de Energia (EEX) em setembro, o maior volume de produtos já registrado. Isso proporcionou um impulso de liquidez necessário para o mercado depois que o verão quente despertou preocupações sobre os volumes de produção. O futuro do leite em pó desnatado foi lançado na EEX em 2010, mas o mercado tem sido estrangulado desde então por falta de liquidez no setor de derivativos. Agora, as empresas do setor de lácteos, incluindo cooperativas tradicionalmente conservadoras, estão se tornando mais ativas à medida que buscam se proteger contra a flutuação dos preços. A volatilidade tem sido uma característica consistente do setor de laticínios desde meados dos anos 2000, quando a UE começou a reduzir seu limite de intervenção, onde comprava produtos em um determinado nível para estabilizar os preços. O mercado recebeu um impulso em 2015, quando Bruxelas decidiu abolir o sistema de cotas, o que significou que os volumes de produção de produtos lácteos da UE deixariam de ser limitados. No entanto, a baixa liquidez nos mercados de derivativos da UE dificultou a proteção dos compradores e vendedores nos últimos anos, o que impediu a estabilização do mercado. Graças ao influxo de capital do aumento dos volumes de negociação, os principais processadores agora podem usar futuros para mitigar as flutuações de preços. Esta mitigação será particularmente importante à medida que o Brexit se aproxima. Espera-se que a saída do Reino Unido da UE tenha um impacto significativo nos setores leiteiro do Reino Unido e da Irlanda. (As informações são do portal European CEO, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 15 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.839

Expoijui promove seminário com temas de interesse do produtor de leite 

A Expoijuí, considerado um dos maiores eventos do Rio Grande do Sul por sua expressão de feira cultural e de negócios, dedicou uma tarde inteira de palestras com temas de interesse dos produtores de leite do Estado. Realizado com a parceria do Sindilat e outras entidades/ empresas, o Seminário sobre Forrageiras - Leite e Carne a Base de Pasto reuniu cerca de 100 pessoas, entre produtores, estudantes e profissionais da área técnica.

O seminário realizado no dia 12 de outubro, na Casa do Produtor, juntou um time de especialistas convidados que abordou temas importantes para quem vive da pecuária leiteira. A primeira palestra foi conduzida pelo médico veterinário José Francisco Xavier da Rocha, que falou sobre a 'Utilização de escores para maior eficiência de bovinos de leite'.   Rocha elencou quatro escores - corporal, fezes, cocho e locomoção - que, se bem apurados pelo criador com o auxílio de um profissional técnico, trazem benefícios para a atividade e maior retorno financeiro. "A técnica não é uma novidade, mas é muito pouco utilizada. Por isso, a importância do evento para disseminar esse conhecimento", afirmou Emerson Pereira, professor do Departamento de Estudos Agrários do curso de Agronomia e Medicina Veterinária da Unijuí.  Segundo ele, a prática proporciona a captação de 4 a 6 litros a mais por vaca/dia. 

Outro tema que atraiu a atenção foi 'Manejo de Pastagens em Sistemas Integrados', conduzido pelo agrônomo Jean Carlos Mezzalira.  Neste painel, foi difundida a importância de uma nova forma de realizar o pastoreio dos animais, o chamado pastoreio rotatínuo. Trata-se de um conceito de manejo baseado no comportamento animal que busca oferecer a melhor condição de pasto que propicie o maior consumo de forragem no menor espaço de tempo. "A técnica consiste em aumentar a eficiência do pastejo alimentando animais com as pontas das folhas, e o resíduo fica mais alto", informou Pereira. Dessa forma, o animal ganha em nutrientes de qualidade e o giro do piquete se torna mais rápido. A palestra teve transmissão pelo Canal Sinuelo, no YouTube.

Encerrando o seminário no palco da Expoijui, o tema 'Gestão na Propriedade Leiteira', foi um dos que mais contou com a interação do público, pois abordou a gestão em todas as suas formas dentro de uma propriedade -  seja de pessoal, financeira, de estoques, de máquinas, etc. O tema foi desenvolvido pelo agrônomo Marcelino Colla. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Réus Futebol Clube, de Viamão, promove evento para 350 crianças com o apoio do Sindilat

Pelo segundo ano consecutivo, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) foi parceiro da festa de Dia das Crianças organizada pelo Réus Futebol Clube, da cidade de Viamão. Na tarde do dia 12 de outubro, 350 crianças puderam desfrutar de brincadeiras, atrações musicais, brindes e produtos lácteos oferecidos pelo Sindilat.

De acordo com Daniel Alano, diretor social do clube, a parceria com o sindicato é de extrema importância para a manutenção da atividade. "Como somos uma instituição sem fins lucrativos, o evento só é realizado com apoio. Ao se tornar parceiro, o Sindilat possibilita oferecer algo que muitas crianças participantes não têm acesso por se tratar de famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica", frisou. 

O evento contou com a apresentação musical  dos alunos do projeto Fábrica de Gaiteiros, do músico Renato Borghetti, brincadeiras promovidas pelos recreacionistas do projeto Recreando da Prefeitura  Municipal de Viamão, brinquedos infláveis e a Hora do Conto, atividade promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia da Vila Esmeralda, de Viamão. Para fechar o dia especial, todas as crianças foram presenteadas com brinquedos. O projeto é realizado há 15 anos e, de acordo com Alano, a cada ano o evento toma proporções maiores, agrega mais parceiros e beneficia mais crianças. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Daniel Alano / Divulgação

Leite: crise derruba produção no RS e afasta pecuaristas da atividade

Produção/RS - A crise econômica do país diminuiu a produção de leite no Rio Grande do Sul. A informação vem do Sindilat, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados. Além do empobrecimento das classes C, D e E, o custo alto afastou muitos produtores da atividade. Exportar o leite gaúcho pode ser uma saída. O produtor rural Ricardo Biesdorf, já produziu 8 mil litros de leite por dia, agora ele teve que baixar para 3 mil litros. Ricardo associa a queda com a variação do preço que no estado vai de R$ 1,10 a R$ 1,70 o litro.

"A gente tem uma variação de preço muito grande durante o ano, entre 55% a 60%, e fazer planejamento com esta diferença de preço é muito complicado. Aí tem meses que você tem que pensar em tirar seu leite para tentar baixar a produção e isto acontece naturalmente via safra ou entressafra do leite e a gente vai fazendo estratégias para tentar superar estes momentos".

Em 2017, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul produziu 4,55 bilhões de litros de leite, volume de 66 milhões de litros a menos do que no ano de 2016. Mesmo não sendo considerado  um número representativo comparado ao total da produção, o setor continua em alerta.

"Como nestes dois últimos anos a crise econômica que atinge o país, e a gente sabe que o produto lácteo é consumido mais efetivamente pelas classes C,D e E classes econômica, isso acaba refletindo. Ou seja, se subiu a passagem de ônibus a pessoa já tem que refazer seu orçamento, então isto contribuiu para que todo mundo fosse rever os custos", afirmou Darlan Palharini, diretor executivo da Sindilat. Além da crise econômica, os custos altos que afastaram produtores da atividade também explicam a redução na produção.

"O produtor de leite está ganhando nos centavos, e se você erra onde economizar, você pode acabar com o seu sucesso. Mas o problema é como planejar isto, porque o produtor rural não sabe o momento em que vai aumentar ou diminuir, até um tempo atrás se tinha esta ideia da safra e entre safra mas hoje fugiu da mão do produtor quando vai ter uma remuneração de preço melhor", completa Ricardo. Apesar da redução na produção isso não tem enfraquecido o setor que vem crescendo nos últimos anos. Desde as operações "leite compensado" que revelaram adulterações no leite, muito se avançou com a criação de uma lei estadual que garante a segurança durante o transporte e reforça as análises na propriedade e na indústria. Agora o próximo passo é ganhar mercado com a exportação do leite.

"Estamos tentando abrir o mercado chinês e está tendo uma viagem agora nos próximos dias chefiada pelo ministro Blairo Maggi para China. Mas isso é o que o estamos conversando com as entidades para que a gente possa ter um planejamento estratégico para saber  quais as regiões do mundo, tudo que vamos vai explorar. Porque são ações que às vezes demoram entre 2 até 15 anos pra você entrar neste mercado. mas o mais importante é que o mundo todo tem que enxergar no brasil um país exportador", finaliza o diretor executivo da Sindilat. Acesse ao vídeo (Canal Rural)

O consumo de leite no café da manhã reduz a glicose no sangue durante o dia

Leite no café da manhã - O consumo de leite no café da manhã reduz a glicose no sangue durante o dia, segundo um estudo realizado por pesquisadores canadenses da Universidade de Guelph, em parceria com a Universidade de Toronto. 

"As doenças metabólicas estão aumentando em todo o mundo, sendo a diabetes tipo 2 e a obesidade as principais preocupações com a saúde humana. Portanto, tem havido um impulso no desenvolvimento de estratégias dietéticas para a redução do risco e o tratamento da obesidade e da diabetes para ajudar os consumidores a melhorar sua saúde", declarou Douglas Goff, autor do estudo.

Os pesquisadores examinaram os efeitos do consumo de leite no café da manhã sobre os níveis de glicose no sangue e depois de uma segunda refeição. Observaram que o leite consumido com cereais durante o café da manhã reduziu a concentração de glicose no sangue pós-prandial em comparação com a água. A alta concentração de proteínas lácteas também minimizou a concentração desse tipo de glicose em comparação com a concentração normal de proteína láctea.

Por outro lado, o tratamento com alto teor proteico reduziu o apetite depois da segunda refeição, em comparação com o equivalente com baixo teor de proteínas. A equipe examinou os efeitos do aumento da concentração de proteínas e a proporção de proteína de soro no leite consumido com um cereal matinal rico em carboidratos sobre a glicose no sangue, saciedade e ingestão de alimentos durante o dia.

A digestão das proteínas do soro do leite e caseína presentes naturalmente no leite ajudam a liberar os hormônios gástricos que retardam a digestão, aumentado a sensação de saciedade. A digestão das proteínas do soro de leite atinge este efeito mais rapidamente, enquanto que as proteínas da caseína proporcionam um efeito mais duradouro. Finalmente, eles descobriram que o leite consumido em um café da manhã rico em carboidratos reduz a glicose no sangue inclusive depois do almoço, e o leite rico em proteínas teve um efeito maior. (Central Lechera Asturiana - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Aplicativo disponibilizado
A Embrapa colocou a versão digital da Roda do Crescimento à disposição do pecuarista de leite, gratuitamente, na Internet. A ferramenta permite que o produtor gerencie os animais de recria, indicando se as bezerras e as novilhas estão abaixo ou acima do peso desde o dia do nascimento até a fase reprodutiva. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 11 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.838

Sindilat participa de evento sobre Logística Reversa de Embalagens


Crédito: Leticia Szczesny

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) participou, na tarde de quarta-feira (10/10), de evento promovido pela Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore) para alertar sobre a importância de as empresas investirem na destinação correta de embalagens após o consumo. A série de palestras ocorreu no centro de eventos da Fiergs e tratou sobre as medidas impostas pela Lei 1235/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e prevê o cumprimento do Sistema de Logística Reversa (SLR). Segundo o presidente da Aslore, Marcos Oderich, o objetivo do SLR é, acima de tudo, preservar o ecossistema. "Nós queremos criar um outro momento com relação ao meio ambiente". 

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a indústria láctea já investe em logística reversa de embalagens e colabora na preservação do meio ambiente. No entanto, ainda esbarra no alto custo de implementação do SLR. "Para que um maior número de setores aderisse ao sistema, seria necessária participação do governo federal e/ou estadual no sentido de possibilitar benefícios de subprodutos destes resíduos descartados", disse. A consultora do Sindilat, Letícia Vieira, também acompanhou as palestras.

A parceria com o poder público também foi exaltada pelo advogado da Felsberg Adovogados, Fabricio Solare. Segundo ele, a viabilidade econômica é essencial para que a lei seja implementada, assim como as ações empresariais, pois a multa pelo descumprimento do SLR vai de 5 mil a 5 milhões. O profissional lembra que as empresas devem atuar junto ao consumidor, criando pontos de descarte de embalagens, e  junto aos responsáveis pela reciclagem. "É preciso investir em melhorias nos produtos para que gerem menos resíduos", exemplifica,  ressaltando que é preciso conscientizar os compradores sobre a importância de separar os diferentes tipos de lixo. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

 

Custo com sanidade é baixo, mas manejo inadequado pode resultar em prejuízo

Custos leite - Os gastos com sanidade animal têm participação relativamente pequena nos custos totais de propriedades pecuárias. Conforme o levantamento do projeto Campo Futuro da CNA, em parceria com Cepea, na "média Brasil" (composta por BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), esse grupo de insumo representa cerca de 5% do COE (Custo Operacional Efetivo) do produtor de leite.
Os medicamentos utilizados para o controle parasitário, por sua vez, têm significativa participação dentro desse grupo de insumo, variando de 16% a 43% (Figura 1) dos custos totais com a sanidade dos rebanhos. Os ectoparasitas causam relevantes perdas econômicas à produção pecuária no Brasil, em especial a leiteira. Dentre esses parasitas, o que mais se destaca pela incidência e pelos prejuízos são os carrapatos - além de causadores da diminuição do desempenho produtivo dos animais, são transmissores de doenças, como a Tristeza Parasitária Bovina. Mesmo tendo um impacto econômico significativo, nota-se que o controle de carrapatos muitas vezes é negligenciado nas diversas regiões de produção leiteira do País. Ao longo dos anos, o desenvolvimento de medicamentos eficazes no controle dos carrapatos reduziu consideravelmente as perdas associadas ao parasita no campo. Porém, o uso inadequado desses produtos como única alternativa de controle traz novos problemas para a produção leiteira tropical. Dentre eles destaca-se o surgimento de populações resistentes aos produtos carrapaticidas e a presença de resíduo desses produtos no leite. Nesse sentido, é imprescindível que produtores utilizem carrapaticidas, mas de forma racional para evitar desperdícios e prejuízos tanto na fazenda quanto na cadeia como um todo. O controle estratégico se baseia na aplicação de medicamentos em função do ciclo de vida do carrapato, ao contrário do método tradicional, que prega a aplicação de carrapaticidas quando o rebanho apresenta alta carga parasitária. 

Com o auxílio de um técnico que conhece a biologia do parasita na região, o tratamento será realizado nas épocas ideias para o controle químico. O teste de sensibilidade do carrapato aos princípios ativos, oferecido gratuitamente pela Embrapa Gado de Leite, é fundamental para o sucesso do controle. Segundo cálculos do projeto Campo Futuro, o custo médio anual com carrapaticidas é de R$39,94 por vaca em lactação. Apesar de ser um desembolso baixo em relação a outros custos da fazenda, os prejuízos decorrentes do controle ineficiente podem aumentar muito esse valor. Com a chegada do período quente e úmido do ano, o produtor deve estar atento, uma vez que se inicia o momento ideal para controle estratégico das populações de carrapatos. (Cepea) 

 

"Trump vence 'batalha do leite' contra vizinhos"

Batalha do leite - "É como uma placa de táxi. Se você quiser criar gado de leite ou galinhas no Canadá, primeiro tem que adquirir uma espécie de franquia do governo - o que é quase impossível - ou gastar um bom dinheiro comprando licença e quotas de produção de quem já está no negócio. Para apenas uma vaca leiteira, por exemplo, o 'pedágio' para entrar no ramo custa 30 mil dólares canadenses (cerca de R$ 90 mil). E há pedágios semelhantes para galinhas poedeiras, frangos de corte e perus. Se no Brasil as placas de táxi sofreram enorme desvalorização após o advento dos aplicativos de transporte particular, no Canadá as licenças dos pecuaristas acabam de levar um duro golpe, após o país ceder à pressão do presidente norte-americano Donald Trump para desregulamentar o setor. O agricultor canadense Henry Holtmann estava tão otimista com o mercado leiteiro que esperava construir um novo espaço para alojar suas 550 vacas. Mas os planos terão que aguardar por causa do novo pacto comercial assinado pelo país com os EUA. O acordo, que inclui também o México, permitirá que os americanos enviem mais leite para o norte, quebrando a engrenagem do setor leiteiro canadense, gerenciado de forma a combinar precisamente a produção conforme a demanda.

"Isso não vai resolver os problemas dos Estados Unidos com o excesso de oferta de leite", afirma Holtmann, que representa a terceira geração da família de produtores de Rosser, Manitoba. Ele passará o inverno revisando o impacto do acordo comercial e avaliando se seus planos de expansão ainda valem a pena. "É um tapa na cara dos produtores canadenses que trabalham duro todo dia para manter a oferta", lamenta.

Vencedores e vencidos
Os produtores dizem que vão perder com o novo acordo, que dará aos Estados Unidos acesso facilitado ao mercado de produtos lácteos canadenses e vai acabar com o sistema de precificação do país. Esse sistema tem sido repetidamente atacado pelo presidente americano Donald Trump. O setor leiteiro era um dos últimos entraves para viabilizar um acordo de livre comércio entre os dois países e o primeiro-ministro Justin Trudeau havia jurado proteger o setor. Na segunda-feira (1º), Trudeau prometeu recompensar os agricultores para amortecer o golpe.

"É desapontador que eles tenham concordado com isso", lamentou David Wiens, vice-presidente da Associação de Produtores de Leite do Canadá, entidade baseada em Ottawa e que representa cerca de 12 mil produtores do país. "É uma grande vitória dos EUA e, consequentemente, para os canadenses é uma derrota". Como parte do acordo, o Canadá eliminará sua política denominada de "Classe 7", que torna o leite mais barato para as indústrias que compram de produtores domésticos os suprimentos de leite ultra-filtrado, um ingrediente concentrado usado para aumentar a quantidade de proteína em queijos e iogurtes. Enquanto o sistema ajuda a dar suporte a uma rede de processamento que está sendo construída no Canadá, os fazendeiros norte-americanos reclamam que ela efetivamente bloqueia as importações e derruba os preços mundiais do produto. Os EUA estão lutando com um excesso de leite e Trump disse, em abril, que o Canadá está tornando os negócios dos produtores americanos "muito difícil". As concessões canadenses impulsionarão a quantidade de leite, queijo e nata que os EUA conseguirem despachar sem tarifação para o país vizinho, incluindo um aumento das exportações de leite fluido para 50 mil toneladas no sexto ano de vigência do acordo, segundo informa o escritório de representação comercial dos EUA.

O Canadá também dará aos EUA mais acesso ao seu sistema de laticínios, gerenciado pela oferta, cotas e tarifas de importação. O país já havia desistido de interromper o seu lucrativo sistema em outras duas oportunidades de acordo, uma com a União Europeia e outra com países do Pacífico.

Compensações
Em discurso a jornalistas em Ottawa, a ministra de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, confirmou que o Canadá vai oferecer compensações aos produtores porque "é a coisa mais justa a ser feita". O acordo encurtará investimentos no setor e deve segurar os planos de expansão de produtores e da indústria do setor, segundo Wiens. Com mais produtos norte-americanos nas prateleiras das lojas, a demanda pelos lácteos canadenses deve recuar, diz ele.

Do outro lado, os americanos estão bebendo cada vez menos leite e o consumo total diminuiu, ao passo que os consumidores buscam alternativas para o produto, como o leite de amêndoas. Ao mesmo tempo, a crescente demanda por manteiga e nata resultou em sobra de leite desnatado, que é descartado quando a gordura é removida. Em 2017, o Canadá importou US$ 368 milhões em produtos lácteos dos EUA, enquanto na via oposta da fronteira cruzaram somente US$ 116 milhões, um déficit de US$ 252 milhões. Ainda assim, os lácteos representam um pequena fatia dos US$ 500 bilhões em transações de bens entre os dois países anualmente. O Canadá possui um sistema que limita a oferta, por isso os produtores do país estão indo bem e os "consumidores não, porque estão pagando mais", diz Tom Vilsack, chefe executivo do conselho de exportação de produtos lácteos dos EUA. Nos Estados Unidos, a oferta não é limitada artificialmente, então os produtores produzem mais, o que "coloca o peso sobre o consumo e as exportações". Segundo Vilsack, ainda há muitos detalhes que devem ser examinados para determinar precisamente qual o impacto que esse acordo comercial terá agora e no futuro." (Gazeta do Povo) 

Fonterra reduz estimativa de preço ao produtor de leite para 2018/2019
Fonterra - A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, reduziu sua estimativa de preço ao produtor para a temporada 2018/2019, que começou em 1º de junho. A projeção foi cortada para um intervalo de 6,25 a 6,50 dólares neozelandeses (US$ 1 = 1,5431 dólar neozelandês) por quilo de leite em pó, de 6,75 dólares neozelandeses na estimativa anterior. A redução foi atribuída ao aumento da produção na Europa, nos EUA e na Argentina. A Fonterra disse também que pretende fazer pagamentos antecipados aos produtores usando o piso do intervalo, de 6,25 dólares neozelandeses, em vez do ponto médio. "Isso pode sugerir que a companhia vê riscos baixistas para sua projeção", disse o banco australiano Westpac. "Eu sei que é difícil para produtores quando os preços caem, mas é importante que eles tenham o quadro mais atualizado para tomar as melhores decisões para seus negócios", disse o CEO da Fonterra, Miles Hurrell. "Nós operamos em um mercado global extremamente volátil, então é muito difícil fornecer uma previsão exata para o preço ao produtor neste começo de temporada. Por exemplo, condições climáticas podem mudar de repente e isso pode ter um impacto significativo sobre a oferta global de leite." (Globo Rural)

Porto Alegre, 10 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.837

  RS: receita da Farsul com exportação do agronegócio recua 17,3% em setembro

O setor agropecuário do Rio Grande do Sul exportou 17,3% menos em valor em setembro em relação a igual mês do ano passado. O Estado faturou US$ 874 milhões, sendo soja e carnes os principais produtos exportados, aponta o Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS, divulgado pelo sistema Farsul nesta terça-feira, 9. “Apenas o grupo cereais teve resultado positivo, puxado pelo arroz”, diz nota do Sistema Farsul.

O complexo soja exportou o equivalente a US$ 470 milhões, recuo de 13,7%, na comparação com setembro de 2017. Farelo de soja também caiu, 2%, para US$ 40,68 milhões, e soja em grão cedeu 17,5% em faturamento, para US$ 409 milhões. Já o óleo de soja avançou 174% em faturamento, para US$ 20,79 milhões.

No grupo carnes o resultado foi uma retração de 42% no valor exportado, o equivalente a US$ 177 milhões. Frango e suínos tiveram as vendas reduzidas pela metade, uma retração de 51,8% e 50,2%, para US$ 50,05 milhões e US$ 22,71 milhões, respectivamente. Já a carne bovina apresentou um aumento de 12,6% no valor exportado, encerrando o mês de setembro a US$ 20,98 milhões. 

Na comparação entre os meses de agosto e setembro de 2018, também houve retração de 16,2% no valor (ante US$ 1,044 bilhão em agosto deste ano) e 22,6% no volume exportado – em setembro foi exportado 1,519 milhão de toneladas e, em agosto, 1,964 milhão de toneladas. 

O complexo soja registrou queda de 25,3%, assim como fumo (- 5,3%) e produtos florestais (- 22,8%). Já o grupo carnes teve alta de 24,9%, puxado pelas vendas de frango e suínos (80,5% e 18,2%). A comercialização da carne bovina caiu 18,5%. O arroz foi o responsável pelo aumento de 44,3% do grupo cereais, com um crescimento de 45% no período.

No acumulado do ano, o agronegócio do Rio Grande do Sul exportou US$ 8,957 bilhões, um aumento de 4,5% na comparação com o mesmo período de 2017. O setor foi responsável por 67,3% do valor total exportado pelo Estado. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 316 milhões. A China segue como principal destino do produto gaúcho, com 47,9% do total comercializado. Na sequência vêm Estados Unidos (3,6%) e Eslovênia (2,9%). (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
 
 

Indústria entra em operação

Após período de testes e avaliações, foi inaugurada ontem a fábrica de laticínios Pampa Milk, em Uruguaiana. A planta industrial abriu 14 empregos diretos e vai produzir iogurte e queijos lanche, colonial e prato. O investimento foi de R$ 1 milhão. (Correio do Povo)

No radar

A “Fidelidade Rural” ficou evidente no balanço da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). De 245 parlamentares, 117 foram reeleitos e permanecem na bancada. No Senado, com a migração de deputados, o percentual é ainda maior. Dos 27 senadores atuantes na frente, 18 permaneceram, cerca de 67%. Na Câmara, dos 218 deputados, 99 foram reeleitos. (Zero Hora)

Maratona de soluções

A criação de soluções para o agronegócio será tema da App Challenge Aegro, hackathon (maratona de programação) que envolverá, no dia 17, estudantes de engenharia da computação, web design e administração de diferentes universidades. O desafio é desenvolver, em oito horas, produto que supere obstáculos da produção:

- Queremos fazer a ponte entre os desafios dos produtores, que estão muito longe da universidade, e a academia – diz Pedro Dusso, diretor-executivo da Aegro, que promove o evento com o Centro de Empreendimentos em Informática da UFRGS. (Zero Hora)

 
 

Empresários querem adiar aplicação de multa na tabela do frete mínimo

A aplicação de multas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por descumprimento na tabela de frete mínimo foi criticada hoje (9) por representantes do setor empresarial. Em audiência pública para tratar do tema, os representantes pediram o adiamento na aplicação da regra.

Em setembro, a ANTT informou que estudava aplicar multa de R$ 5 mil por viagem àqueles que contratarem transporte rodoviário de carga com valor inferior ao disposto pela tabela. A agência disse estudar também a aplicação de R$ 3 mil para quem anunciar ou intermediar a contratação de frete com valor inferior aos piso mínimo.

Para a representante da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva, há uma inversão no debate. Ela criticou a aplicação da multa sem que o debate sobre a tabela tenha sido pacificado. “Há inversão, ao regulamentar questão acessória sem que a principal esteja definida”, afirmou Andressa.

Também criticaram a medida, os representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). Eles argumentaram que há incongruências na regra e que a ANTT poderia aplicar uma multa desproporcional, podendo ser maior até mesmo que o frete. “Há um problema real de transparência”, disse o gerente executivo CNI, Pablo Cesário.

Cesário disse ainda que a confederação vai entrar com mais uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a tabela de frete. A tabela vigente, publicada pela ANTT no mês passado, considera o preço mínimo por quilômetro, eixo e carga transportada, além dos custos.

Caminhoneiros
Os caminhoneiros presentes na audiência se posicionaram a favor da tabela. Eles apresentaram uma proposta de aperfeiçoamento para a fiscalização quanto ao cumprimento da tabela, com a criação de um sistema informatizado. Este sistema só liberaria a emissão do Certificado de Transporte Eletrônico (CT-e) com a aplicação do frete mínimo definido na tabela.
“Precisamos avançar nesse debate. Já estamos discutindo isso há cinco ou seis meses, e nada aconteceu”, disse o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José de Araújo.
A Lei 13.703, de 2018, que instituiu a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, prevê que uma nova tabela com frete mínimo deve ser publicada quando houver oscilação superior a 10% no preço do óleo diesel no mercado nacional.

Paralisação
A política foi uma das reivindicações dos caminhoneiros que paralisaram as estradas de todo o país em maio. A lei estabelece que os pisos mínimos de frete deverão refletir os custos operacionais totais do transporte, definidos e divulgados nos termos da ANTT, com prioridade para os custos referentes ao óleo diesel e aos pedágios.

De acordo com a legislação, a ANTT publicará duas vezes por ano, até os dias 20 de janeiro e 20 de julho, uma norma com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas, bem como planilha de cálculos utilizada para a obtenção dos pisos mínimos. A norma será válida para o semestre em que for editada. Uma primeira tabela foi publicada pela ANTT em maio. (Isto É)

 

O pesquisador aposentado Sebastião Barbosa toma posse hoje como presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em substituição a Maurício Antônio Lopes. Agrônomo, especialista em entomologia, entrou no quadro da Embrapa em 1976. (Zero Hora)

Porto Alegre, 09 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.836

Argentina: nos primeiros 8 meses, exportação de leite em pó tem aumento de 82%

As exportações argentinas de leite em pó 'explodiram' nos primeiros oito meses do ano. O forte ajuste de desvalorização foi o que permitiu esse avanço, em um contexto de menores preços internacionais e maiores custos internos.

Entre janeiro e agosto, as colocações do produto atingiram 70.857 toneladas, um aumento de 82% em relação ao mesmo período de 2017. Medido em pesos - graças à desvalorização e tendo um valor médio em dólar de 30,1 pesos -, o preço médio foi de 95.433 pesos (US$ 2.504,86) contra 59.717 pesos (US$ 1.567,41) por tonelada há um ano atrás.

Esse aumento diminui quando medido em termos reais, ou seja, contra a evolução da inflação. No ano encerrado em agosto, o Índice de Preços Básicos do Produtor acumulou alta de 45,9%. Assim, o preço do peso registrou aumento real de 9,5%.

O forte avanço nas exportações não se traduziu em um aumento similar nos preços ao produtor, devido ao fato de que as vendas externas representam uma porcentagem minoritária de comercialização de leite na Argentina. Desta forma, no último ano, o aumento do preço recebido pelos produtores foi de 32% em termos nominais, sem contar a inflação.

De acordo com as últimas estatísticas até julho, nos primeiros sete meses do ano, a produção de leite foi de 5,740 bilhões de litros, com expansão de 6,7% em relação ao mesmo período de 2017. (As informações são do El Observador, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
RS: cooperativas geram 60 mil empregos por ano e faturam R$ 43 bilhões
 

As cooperativas se espalham pelo Rio Grande do Sul. O estado conta atualmente com 426 associações de produtores que dividem diariamente esforços e resultados, e que geram em média 60 mil empregos por ano. De acordo com o Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado (Sescoop-RS), as organizações somaram em 2017 um faturamento de R$ 43 bilhões. O volume, considerado recorde no ano, é resultado de qualificação no campo, e mostra o bom desempenho das cooperativas nas mais diversas regiões em que estão inseridas, conforme destaca o extensionista rural e social da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Marcos Servat. "O próprio IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) comprova que municípios que têm sede de cooperativa no local têm um índice mais elevado. O contexto econômico nosso hoje não permite mais amadores em qualquer tipo de ramo e na agricultura não é diferente", explica. 

As capacitações passaram a se tornar constantes pelo estado, e fazem parte da rotina de quase 3 milhões de associados gaúchos.  Os 21 associados da Cooperlat de Tuparendi, no Noroeste do estado, conseguiram, em 12 anos, modernizar o sistema de ordenha, aumentar a produção em 50%, e ainda comprar a frota que transporta o leite até as indústrias. "Melhorou as tecnologias de produção, melhoramos a qualidade, subimos o volume, aprendemos a transportar, hoje temos um dos melhores transportes", ressalta o presidente da cooperativa, Joares Ghellar. 

O ramo com o maior número de contratações é o agronegócio, mas as oportunidades se espalham ainda pela área da saúde, educação e crédito. "Através dessa formação, dessa educação, nós temos percebido que os recursos financeiros têm sido muito melhor utilizados e maximizados os seus resultados", reforça Giovani John, diretor executivo de uma cooperativa de crédito do Noroeste do estado. 

A Família Camargo, de Giruá, recebe técnicos para ajudar a planejar os gastos. Em 30 anos, eles viram o número de hectares crescer mais de sete vezes, o que estimula Adriano Camargo, filho de agricultores, a permanecer no campo. "Incentiva a gente a produzir cada vez mais e melhor e cada vez mais melhorando e se aperfeiçoando com as tecnologias", diz. Juntos, os agricultores gaúchos têm encontrado uma série de benefícios com o trabalho associado. Máquinas são compartilhadas entre os cooperados, gerando economia na produção e agilidade na entrega do produto. 

"Isolado, um produtor pequeno não consegue nada, vai comprar um insumo caro, um medicamento é tudo mais caro, então na cooperativa a gente consegue comprar isso bem mais acessível", opina o agricultor Paulo Moz. 

A qualificação é o que gera emprego, renda e oportuniza jovens a permanecerem na agricultura. Foi o que aconteceu a médica veterinária Mariane Moz, de 24 anos, responsável pelo controle de toda a produção de leite da família em Tucunduva. Desde que ela voltou para propriedade, após se formar, o volume gerado pelas vacas triplicou. "A gente tem acompanhamento de várias empresas, vários técnicos que dão palestras, dão suportes na propriedade. Tivemos muitas melhoras e muitos resultados bons", celebra. Compartilhando conhecimento, produzindo mais e com maior qualidade, os produtores rurais colhem um trabalho feito por muitas mãos. (As informações são do portal de notícias G1)

 

Japão: fabricantes de queijo temem acordo comercial com a UE

Embora tenham se passado 30 anos, Kazuhiko Ochiai ainda lembra da primeira vez que provou queijo em uma visita à França, um prazer para o paladar que inspirou o ex-pesquisador a começar a produzir sua própria variedade no Japão. No entanto, hoje ele teme que um acordo comercial entre a UE e o Japão possa desencadear uma enxurrada de queijos baratos importados da Europa, que poderiam tirar uma fatia generosa do seu próprio negócio.
 
Ochiai faz cinco tipos de queijo, incluindo brie e uma variedade semelhante ao comté. Seus negócios cresceram, e as vendas alcançam 20 milhões de ienes (US$ 177.500) este ano, acima dos 2 milhões de ienes de quando ele começou, há uma década. "Não podemos atender à demanda", disse o homem de 74 anos, que emprega apenas um punhado de funcionários. Mas ele se preocupa com o impacto do acordo de livre-comércio, que eliminará a pesada tarifa de 29,8% atualmente imposta aos queijos importados. "Estou preocupado com o longo prazo", disse Ochiai à AFP em sua pequena fábrica na cidade montanhosa de Nasushiobara, ao norte de Tóquio, enquanto seus colegas trabalhavam dando forma e embalando queijos especiais. 
 
"Acho que a concorrência de preços será acirrada. É difícil para nós baixar o preço porque é preciso tempo e esforço para os pequenos produtores de queijo", disse ele, acrescentando que o leite é muito mais barato na Europa que no Japão.
 
O acordo assinado em julho - o maior já negociado pela UE - cria uma enorme área de livre-comércio que cobre quase um terço do PIB global, eliminando tarifas para tudo, de carros japoneses ao queijo francês.
Anunciando o acordo, o primeiro-ministro Shinzo Abe disse que o povo japonês "poderá desfrutar de excelentes vinhos ou queijos da Europa".
 
O consumo japonês de queijo está aumentando, de 279.000 toneladas em 2007 para 338.000 toneladas uma década depois, de acordo com as estatísticas mais recentes do ministério da fazenda. Mas há muito espaço para crescimento. O consumo anual per capita é de apenas 2,66 kg, em comparação com 27,2 kg na França, 24,7 kg na Alemanha e gritantes 28,1 kg na Dinamarca. Cerca de três quartos do queijo consumido é importado, principalmente da Austrália e da Nova Zelândia.
 
Centenas de quilômetros ao norte, na ilha de Hokkaido, onde a maioria dos laticínios japoneses é fabricada, os criadores de gado também observam os desdobramentos comerciais com inquietação. "Estamos preocupados que a demanda por queijo fabricado no Japão possa ser perdida", contou a Cooperativa Agrícola do Japão à AFP. 
 
Outra preocupação é a possibilidade de, diante da maior concorrência, os fabricantes de queijo passarem a pressionar os produtores de leite para reduzir seus preços. Quase todo o leite usado na produção de queijo no Japão vem de Hokkaido.
 
Empenhados em apoiar os agricultores familiares - um importante grupo de apoio político a Abe - o governo já anunciou medidas para amortecer o impacto. O governo de Abe destinou 15 bilhões de ienes em subsídios "para conter o crescimento do queijo europeu antes que o acordo comercial entre em vigor", segundo o Ministério da Agricultura. Os fabricantes podem usar os subsídios para expandir suas instalações, participar de treinamentos no exterior para melhorar a qualidade ou promover o consumo de queijo. Ochiai deposita suas esperanças nos gostos de queijo dos consumidores japoneses, que tendem a preferir variedades mais suaves.
 
"Não são muitos os japoneses que gostam de queijo com sabores muito fortes. Uma maneira de competir é produzir queijo com sabores suaves que mais pessoas japonesas gostariam. Acho que a única maneira é melhorar a qualidade e fazer queijos saborosos", concluiu Ochiai. (As informações são do portal de notícias G1, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

LEITE/CEPEA: UHT e muçarela iniciam outubro em direções opostas
Leite UHT - Entre 1º e 5 de outubro, a cotação do leite longa vida caiu 0,32% em comparação à semana anterior, indo a R$ 2,57/litro no dia 5 - essa é a 13ª semana consecutiva de queda do UHT. De acordo com colaboradores do Cepea, esse cenário se deve ao baixo consumo e à queda na produção. Por outro lado, com o mercado calmo, o queijo muçarela iniciou o mês em alta. De 1º a 5 de outubro, o preço médio negociado foi de R$ 18,53/kg, aumento de 2,36% frente ao período anterior. (Cepea)

 

Porto Alegre, 08 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.835

Cadeia produtiva traça plano para exportação

O setor de lácteos definiu seis estratégias para tentar ampliar a exportação de seus produtos. Hoje, o mercado externo absorve 1% dos 25 bilhões de litros inspecionados no Brasil. Como o consumo anual está estagnado em cerca de 170 quilos de lácteos por habitante no país, a proposta é viabilizar as condições para atrair compradores estrangeiros. "Se focarmos a produção para a exportação, vamos continuar com o mercado interno aquecido porque temos potencial de crescimento para até 230 quilos por habitante ao ano", sustenta Thiago Rodrigues, assessor técnico em Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, entidade que promoveu o encontro que elaborou a lista de ações, nesta semana, em Brasília. 

As estratégias, entre outras, são incentivar a identificação de mercados potenciais e construir acordos comerciais; melhorias na sanidade do rebanho; participação em feiras e missões internacionais; industrialização e capacitação para exportação; redução dos custos e tributos; e elaboração de produtos de maior valor agregado. Um documento, com todos os itens, será entregue ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em novembro. "Queremos que o ministro tome conhecimento e use estas propostas na transição do governo", diz Rodrigues. 
 
O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que até 2025 a Região Sul passará dos atuais 35% para 50% da produção nacional de leite. "Precisa existir uma política de médio e longo prazo para que possamos escoar parte desta produção, dar estabilidade de preço no mercado interno e previsibilidade ao produtor", defendeu, ao considerar que parte das propostas pode ser viabilizada em curto prazo, mas que, para outra parte, há necessidade de um esforço governamental e união de toda a cadeia. (Correio do Povo)
 
 

CAMINHO DE PREOCUPAÇÃO

Impactado pelo tabelamento do frete, o setor produtivo promete acompanhar de perto a audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), amanhã. Na ocasião, serão discutidas propostas para regulamentar sanções a quem não aplicar os valores estabelecidos. Uma das entidades preocupadas com o tema é a Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz).

- A ANTT inverteu a ordem e regulamentará primeiro as multas. O processo foi feito à revelia dos usuários, não temos ingerência, e isso nos preocupa muito - diz Andressa Silva, diretora-executiva da entidade.

Além da audiência, há consulta pública desde o dia 9 de setembro, para coleta de sugestões. O prazo, aliás, é um dos pontos questionados pelo Abiarroz. O consenso é de que, na prática, o tabelamento não está funcionando. Mais do que isso, tem provocado efeito que só agrava o real motivo da baixa remuneração dos fretes, que é o excesso de oferta. Para não ficarem reféns, empresas estão investindo em frota própria.

No caso do arroz, a alta dos custos foi de 35% a 50% com a primeira tabela. Após a atualização, em razão do aumento do diesel, mais 5% foram acrescidos, diz Andressa. Presidente da Associação das Empresas Cerealistas do RS, Vicente Barbiero se diz desanimado. A expectativa era de que o STF julgasse ações de inconstitucionalidade da tabela neste ano, o que não deve acontecer.

- Estamos perdendo uma baita oportunidade de aproveitar o dólar alto. Os negócios futuros de soja estão completamente parados - diz o dirigente. (Zero Hora)

Sudeste Asiático: mercado de lácteos ganha cada vez mais importância

Recentemente, o Sudeste Asiático era um 'deserto de laticínios'. Os supermercados tinham leite, queijo e iogurtes, porém, em uma quantia ínfima comparada ao varejo de outros países. Ao mesmo tempo, processadores de alimentos também procuravam outros segmentos para os seus ingredientes. Para muitas pessoas, o termo "leite" não se referia a nada além de soja, amêndoa ou coco. Sugerir que uma vaca estava envolvida em sua produção era algo incomum. No entanto, hoje a região é vista por muitos analistas como uma das mais vitais no mundo dos lácteos. Em comparação com os mercados lácteos estabelecidos, o consumo permanece baixo no Sudeste Asiático, mas sua importância está aumentando cada vez mais. Calculou-se que região consome menos de 20 kg de lácteos per capita a cada ano, comparado a 300 kg em mercados desenvolvidos como a Austrália. Mas, de acordo com dados do Rabobank, o consumo no Sudeste Asiático deve crescer 3% a cada ano até 2020. Em comparação com o crescimento mínimo na Austrália e até com a queda do consumo em toda a Europa, a região é muito desejada pelos vendedores de lácteos.

"O Sudeste Asiático está se tornando a área mais importante para o comércio de produtos lácteos", como o analista da indústria CIAL colocou em um relatório de fim de ano para 2017.

Ritmo, não quantidade
Os mercados da Indonésia e do Vietnã devem ter o ritmo mais acelerado de crescimento, de 3,9% e 4,5% ao ano, respectivamente. Isso se deve ao rápido desenvolvimento de suas economias com base em crescimento rápido e em população mais jovem. No sul da Malásia, com suas grandes populações étnicas chinesas - e associadas à intolerância à lactose - tem havido pouca tradição de incorporar laticínios nas cozinhas regionais, tanto caseiras quanto processadas. No entanto, com uma economia mais madura e uma perspectiva mais ocidental em comparação com seus vizinhos, o país tem testemunhado o crescimento da demanda ao ponto de estar sendo vista como uma das líderes no consumo de leite líquido.

A capital da Malásia, Kuala Lumpur, divulgou números no ano passado que estimam em quase 20 litros per capita por ano. Ao mesmo tempo, o ex-primeiro-ministro Najib Razak anunciou uma estratégia para promover o uso de laticínios mais difundido e um plano para aumentar a produção doméstica com a meta de produzir 2,25 bilhões de litros de leite até 2050 - embora muitos acreditem que esse número seja inatingível. A demanda por leite também está aumentando em Cingapura. Segundo dados do Euromonitor,  a cidade-Estado presenciou um aumento de 12% no consumo de 2011-16, embora, curiosamente, alguns estudos tenham descoberto que metade da população do país não bebe leite. Isso significa que a outra metade dos moradores consome grandes quantidades de leite para produzir o maior consumo médio do Sudeste Asiático, com mais de 60 litros por ano.

A Tailândia tem sido ativa no uso de laticínios por décadas. Em 1992, as autoridades de Bangkok lançaram sua primeira iniciativa para estimular o consumo de leite nas escolas, e a Tailândia agora tem uma das indústrias de lácteos mais avançadas da região. Ela agora produz cerca de 45% dos lácteos consumidos no país, em comparação com uma estimativa coletiva de 3% em outros países do Sudeste Asiático, com exceção da Indonésia e do Vietnã, que registram 20% cada, segundo o Rabobank. As Filipinas dependem de importações para praticamente todo seu consumo (suprindo domesticamente apenas 1% do consumo). A Organização das Nações Unidas ficou particularmente impressionada com o progresso da Tailândia. Seus dados sugerem que o programa de leite escolar ajudou o consumo per capita a aumentar mais de onze vezes até 2002, para 23 litros por ano. A FAO também credita o esquema para ajudar a reduzir as taxas de desnutrição infantil de 18% quando começou a menos de 5% em 2006.

"O Sudeste Asiático é provavelmente um dos mercados de lácteos mais dinâmicos do mundo", disse Tony Emms, que até recentemente era diretor regional do escritório do Sudeste Asiático do Conselho de Exportação de Laticínios dos EUA. "Esta região não produz muito leite e precisa de importações", complementou ele sobre o segundo maior mercado de exportação dos EUA, depois do México. Em termos de valor, os fornecedores enviaram remessas de mais de US$ 690 milhões de leite em pó, queijo, manteiga, soro e lactose para o sudeste da Ásia em 2017, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, de acordo com uma análise de dados do final do ano do Departamento de Agricultura dos EUA. Ao mesmo tempo, as exportações de queijo para a região cresceram em 6.000 toneladas no ano passado, um aumento de 52% em relação a 2016.

Os analistas identificaram vários fatores que explicam por que o Sudeste Asiático se tornou uma região isolada de crescimento de produtos lácteos, incluindo economias pujantes da região, populações em expansão e progresso na indústria de alimentos. 

Direcionadores de crescimento
O Fundo Monetário Internacional projeta um forte e estável crescimento de 5-6% ao ano até 2019 para as chamadas nações economicamente mais importantes do Sudeste Asiático, com baixas ou declinantes taxas de desemprego. Como resultado, as condições econômicas estão alimentando a expansão da classe média e as mudanças na dieta. Com quase o dobro da população dos Estados Unidos, o Sudeste Asiático é vasto e cresce em aproximadamente três vezes o seu ritmo. Como muitas dessas nações se tornam mais urbanizadas, os estilos de vida estão se tornando mais rápidos, com mais pressões de tempo e mudanças nos hábitos sociais que exigem alimentos convenientes que contêm mais ingredientes lácteos. Sessenta por cento da população vietnamita está agora abaixo de 35 anos - um segmento jovem e dinâmico que está impulsionando a demanda por novos produtos processados e de fast food. No outro extremo da escala, em cidades altamente urbanizadas e desenvolvidas, como Cingapura, que possuem hotéis cinco estrelas e restaurantes sofisticados, há uma oportunidade crescente de queijos de alta qualidade, por exemplo.

De acordo com o Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA, a implementação do bloco comercial da Asean, com uma redução nas barreiras comerciais juntamente com o aumento da demanda, provou ser extremamente atraente para as empresas de alimentos e bebidas. Para tirar proveito disso, segundo a USDEC, empresas locais e multinacionais estão investindo em países como Indonésia, Malásia e Cingapura para desenvolver capacidade de desenvolvimento de produtos não apenas para atender à demanda nacional, mas para exportar para a região mais ampla e até para lugares como a China, o Oriente Médio e a África. Isso criou um mercado significativo para ingredientes lácteos de alto valor, feitos com especificações rigorosas. O food service está se tornando um fator no consumo de lácteos à medida que países do Sudeste Asiático se modernizam nesse sentido. Embora a penetração de restaurantes em cadeia varie por país, a região como um todo não está quase saturada. O Vietnã conseguiu a sua primeira loja da Starbucks cinco anos atrás e o McDonald's dois anos depois, e ambos os estabelecimentos foram um sucesso imediato.

Enquanto isso, os consumidores do Sudeste Asiático, muitas vezes apoiados por iniciativas do governo, têm crescido muito mais bem informados sobre o papel dos lácteos na saúde e na nutrição. Por exemplo, o Programa Nacional de Nutrição do Vietnã, programado para vigorar até 2020, estimula o consumo de cálcio para a resistência óssea, leite para a saúde infantil e laticínios em geral como parte de uma dieta saudável para elevar os níveis médios de altura. A confiança nos lácteos está levando as pessoas a incorporarem leite, queijo e outros produtos que contêm laticínios em suas dietas tradicionais. Ao mesmo tempo, os alimentos funcionais estão se tornando mais prevalentes, especialmente nas economias mais desenvolvidas, como Cingapura, Malásia e Tailândia.

Desafios ainda enfrentados
Agora que muitas prateleiras de supermercados do Sudeste Asiático estão repletas de produtos lácteos, o futuro parece brilhante para os exportadores, mas ainda há desafios. As margens de exportação, por exemplo, aumentaram significativamente devido ao excesso de oferta de importações e à forte concorrência dos players locais. As cadeias de fornecimento precisam ser melhoradas, especialmente para envios de produtos que não se saem bem no calor e na umidade do Sudeste Asiático, a menos que sejam tratados com cuidado. Além disso, o acesso às regiões do interior é muitas vezes lento e custoso. Analistas, como os do Rabobank, recomendam o estabelecimento mais amplo de modelos de parceria com distribuidores que possam fornecer uma estratégia proeminente de entrada no mercado e da cadeia de fornecimento. "Isso pode ajudar a reduzir custos e auxiliar a navegação pelos riscos complexos e inerentes associados à regulamentação", sugere, embora alertando que "envolver um importador ou distribuidor dedicado pode exigir investimentos complementares em atividades de marketing por trás das fronteiras".

E enquanto as empresas estão equilibrando as necessidades das oportunidades do mercado local, o crescimento do volume e as margens locais estão bem abaixo daqueles oferecidos nos mercados de exportação. A realidade comercial para os exportadores é que grande parte da capacidade será dedicada a negócios de menor margem e maior volume. Como resultado, é necessária uma seleção cuidadosa de contatos de marca própria e clientes de manufatura para garantir que os níveis apropriados de produção sejam mantidos sem prejudicar a lucratividade. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 


Nestlé lança app para os seus fornecedores de leite
Pensando em ferramentas para estreitar o relacionamento com os produtores de leite, a Nestlé lançou um novo aplicativo chamado Leiteria, destinado aos seus fornecedores. Segundo o manual, ele oferece aos produtores a agilidade no recebimento de informações e a possibilidade de gerenciar os resultados relacionados ao seu fornecimento de leite. Com ele, os produtores terão acesso de forma rápida, simples e independente a informações como: demonstrativos de pagamento e nota fiscal; volume de leite coletado; resultados de qualidade e preço recebido, além da possibilidade de consultar o histórico e realizar o comparativo de resultados entre períodos. Confira o aplicativo no site. (As informações são da Nestlé, adaptadas pela Equipe MilkPoint.)

 

Porto Alegre, 05 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.834

Setor lácteo abre caminho para exportações

O setor lácteo brasileiro deu o pontapé inicial para a criação de uma política de exportação do leite brasileiro. Os primeiros alinhamentos foram traçados nesta quinta-feira, em Brasília, em reunião entre a Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), a Agência Nacional de Exportação (Apex), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e sindicatos.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a intenção é tornar a exportação viável e constante para equilibrar o mercado do leite no Brasil, que está em crescimento, principalmente no estado do RS, de SC e do PR. Desta forma, a produção excedente teria mercado certo e o produtor, uma previsibilidade maior sobre o preço mínimo remuneratório. "Só os três estados do Sul, até 2025, devem responder por 50% da produção nacional. Com o aumento da produtividade, será necessário regular estoque e ser competitivo no mercado nacional e internacional", argumenta.

O projeto conta com metas de curto, médio e longo prazos. Foram traçados seis pontos prioritários de discussão e análise: agenda regulatória, inteligência de mercado, promoção comercial, financiamento para produção, industrialização e capacitação para a exportação, competitividade e pesquisa e desenvolvimento. "Nossa ideia foi alinhar pensamentos e ações em âmbito nacional para que o setor, unido, consiga não ser mais refém das crises econômicas ou da oferta de leite, que tanto interfere no preço - para mais, ou para menos, no país", explica Palharini. As prioridades serão ações em prol da certificação sanitária da produção e do aumento de produtividade a custos competitivos, paritários com o mercado mundial. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Preço garantido da FrieslandCampina - outubro de 2018

FrieslandCampina - O preço garantido do leite cru pela FrieslandCampina para o mês de outubro de 2018 foi de € 38/100 quilos de leite, [R$ 1,75/litro]. A FrieslandCampina aumentou €1,00 em relação ao mês anterior.

A elevação em outubro foi, parcialmente, motivada pela expectativa de aumento nos preços de alguns produtos lácteos. No preço garantido também está incluída uma correção de € 0,76 correspondente a estimativas feitas a menor no preço de referência em meses anteriores.

 

O preço garantido do leite orgânico para outubro de 2018 é de € 47,00 por 100 quilos, [R$ 2,16/litro]. O preço garantido do leite orgânico ficou estável em relação ao mês anterior. 


 
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 800.000 quilos de leite por ano. Até 2016 o volume era de 600.000 quilos. A alteração do volume base de bonificação e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

Índice FAO dos produtos lácteos - setembro de 2018

Índice FAO dos Lácteos - O Índice FAO dos produtos lácteos fechou com 191,5 pontos em setembro. Houve um recuo de 4,7 pontos (2,4%) em relação ao mês anterior, prolongando a tendência de baixa pelo quarto mês consecutivo. Em setembro as cotações internacionais da manteiga, do queijo e do leite em pó integral contraíram, enquanto houve recuperação do leite em pó desnatado.

As perspectivas bem mais favoráveis em relação às disponibilidades para exportação pesaram sobre os preços internacionais da manteiga, do queijo e do leite em pó integral. O contrário ocorreu com o leite em pó integral que teve recuperação em setembro, registrando elevação de 16,2% desde o início do ano, em grande parte sobre o efeito da recuperação da demanda por leite em pó desnatado produzido recentemente. (FAO - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 

O Rabobank reduz previsão dos preços dos lácteos, mesmo com modesto crescimento da produção

Preços/Rabobank - Enquanto a oferta combinada de leite crescia entre os exportadores mundiais de lácteos, 'Big 7', as exportações de lácteos desaceleraram no terceiro trimestre, e o início da temporada de produção de leite da Nova Zelândia registrou baixa demanda para os lácteos com origem na Oceania, diz o último relatório do Rabobank.

O banco agora prevê um preço mais baixo do que os projetados NZ$ 6,65/kgMs para 2018/19. O banco especializado em agronegócio disse que a desaceleração dos negócios combinada com o aumento de produção verificada no segundo trimestre de 2018 no 'Big 7' (União Europeia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Uruguai, Argentina e Brasil), resultou em alteração de apenas 1% na comparação anual, mas, refletindo no terceiro trimestre que também foi influenciado por outros fatores, incluindo a seca em parte do Norte da Europa.

O relatório aponta que a diminuição da produção de leite de áreas afetadas pela seca não condiz com o início da temporada na Nova Zelândia, onde o clima quase perfeito e mais vacas em lactação no inferno resultaram em crescimento de 5% na produção entre junho e agosto. A analista de laticínios, Emma Higgins, autora do relatório do Rabobank disse que o salto na oferta de leite na Nova Zelândia reduziu a urgência dos compradores de lácteos oriundos da Oceania no último trimestre e isso continua, refletindo, inclusive, no último GDT.

"Essa falta de urgência do comprador resultou na quebra dos preços, que subsidiaram a revisão para baixo da previsão de preço para a temporada 2018/19 de NZ$ 6,80/kgMS, para NZ$ 6,65/kgMS", disse ela.

Embora a previsão do preço do leite pelo Rabobank tenha sido reduzida, Higgins diz que a queda não foi maior porque o Rabobank tem a expectativa de que a oferta de leite será mais apertada no próximo ano.

"Em suma, a captação de leite nas maiores regiões exportadores crescerá modestamente nos próximo 12 meses em comparação com o ano anterior, em decorrência das margens apertadas para os fazendos e efeitos prolongados de climas adversos", acrescenta ela.

"A previsão é de que a disponibilidade de lácteos para exportação será significamente mais apertada nos próximos meses, o que proporcionará um aumento na cotação das commodities lácteas, particularmente durante 2019 - e isso foi levado em consideração na previsão revisada".

Emma Higgins também acredita que a demanda chinesa irá aumentar no restante de 2018, sendo um outro fator que sustentará o preço do leite na Nova Zelândia nesta temporada.

"Mesmo que a produção de leite local venham melhorando na China, a demanda por leite continua firme. Existe previsão de que haja aumento das importações chinesas em todo o final deste ano, o que ajudará a absorver parte do excesso de leite em estoque na Nova Zelândia", concluiu ela.

Crescimento mais lento da oferta global
Embora a produção de leite da Nova Zelândia tenha dado um saldo, o relatório diz que uma série de questões em outras regiões chave para a produção de leite contribuiu para desacelerar o crescimento da produção em todo o "Big 7" no terceiro trimestre.

"Tempo quente e seco reduziram as pastagens na Austrália, enquanto a falta de chuvas em partes importantes do norte e oeste reduzia o volume de leite na Europa. Outros lugares também foram afetados. A oferta de leite nos Estados Unidos continuou acompanhando as médias históricas. A greve dos caminhoneiros no primeiro semestre no Brasil diminuiu o crescimento da oferta de leite e os alimentos caros agora podem começar a prejudicar a produção da Argentina", explica Higgins.

"Como resultado, os fluxos estimados para os exportadores de lácteos "Big 7" no terceiro trimestre de 2018 teve crescimento anual de apenas 0,4% - o menor percentual desde 2016".

Emma Higgins diz que o impacto de uma alimentação animal mais cara, e margens muito apertadas para os produtores ao nível global são agora evidentes e o aperto continuará em 2019.

"Os rebanhos leiteiros nacionais encolhem na Austrália, Europa e Estados Unidos como resultado da dificuldade dos produtores em administrar os custos. Novos aumentos nos preços do leite ao produtor serão necessários para cobrir os custo maiores dos insumos e aumentar o crescimento do volume", acrescenta ela.

O que observar
A guerra comercial Estados Unidos/China; variações cambiais das moedas; e crescimento da produção na Nova Zelândia. Esses fatores têm o potencial de alterar os preços globais dos lácteos nos próximos meses.

"A extensão da guerra comercial sobre os laticínios ainda não foi totalmente sentida, como as incertezas em relação ao impacto sobre o crescimento econômico da China e nas exportações dos Estados Unidos, juntamente com o impacto nos custos de alimentação em ambos os países. A crescente valorização do dólar norte-americano contra a maioria das moedas é outro fator significativo observado. O fortalecimento do US$ contra as principais moedas de países importadores, provavelmente enfraquecerão o poder de compra de regiões importadoras chave", lembra Higgins.

Higgins disse que é preciso ficar alerta em relação à alta na produção da Nova Zelândia, depois de condições climáticas ideais no inverno e na primavera. "O Rabobank prevê crescimento de 2% na produção para a temporada 2018/19. No entanto, com a entrada em vigor das penalidades que a Fonterra estará aplicando para o uso da semente de palma (PKE), os níveis de produção de leite no primeiro semestre de 2019 poderá ficar comprometido", acrescenta Higgins. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Fonterra: produção de leite na Nova Zelândia cresce 5% em agosto
Fonterra - A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, disse que a produção total de leite no país aumentou 5% em agosto ante igual período do ano passado. Esse desempenho foi motivado principalmente pelo clima favorável em algumas regiões, disse a empresa, lembrando que a temporada ainda está no início. Nos 12 meses até agosto, a produção ficou estável na comparação anual. Em agosto, a Fonterra coletou 97 mil toneladas de leite em pó, um aumento de 3% na comparação anual. Na Ilha Norte, foram coletadas 70 mil toneladas, em linha com o volume de agosto do ano passado. Na Ilha Sul, a coleta aumentou 13%, para 26 mil toneladas. As exportações totais de lácteos pela Nova Zelândia cresceram 6%, ou 17 mil toneladas, em julho ante igual mês do ano passado, disse a Fonterra. Os embarques de leite em pó integral e manteiga cresceram 32 mil toneladas, mas houve uma queda de 16 mil toneladas nas exportações de leite em pó desnatado. (Estadão)