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11/04/2019

Porto Alegre, 11 de abril de 2019                                              Ano 13 - N° 2.957

    Sindilat participa de reunião do Grupo de Trabalho da Proteína Animal 

As novas diretrizes do Grupo de Trabalho de Proteína Animal do Rio Grande do Sul para este ano começaram a ser traçadas na manhã desta quinta-feira (12), durante reunião que aconteceu na sede do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com representantes do governo do Estado e entidades da cadeia produtiva de proteína animal.

O vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, destacou a importância do grupo e o empenho dos representantes do governo em seguir discutindo e fomentando soluções para os gargalos da produção de proteína animal no Estado. Representando a indústria láctea gaúcha, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, afirmou que cada cadeia ligada ao segmento de proteína animal apresenta demandas específicas "No setor dos lácteos, uma das principais demandas refere-se às instruções normativas (IN) 76 E 77", exemplificou, referindo-se às novas normas do Ministério da Agricultura para o setor leiteiro do país. Segundo o dirigente, é necessário que o grupo priorize as demandas que englobam todas as cadeias e as organize em blocos. 

Todas as entidades que representam o setor da proteína animal no Rio Grande do Sul, juntamente com o setor público, confirmaram a necessidade de reavaliar os eixos de trabalho que foram estabelecidos durante a gestão do ex-governador José Ivo Sartori. A partir desse diagnóstico, serão traçadas novas estratégias para combater os gargalos que pesam sobre os agentes envolvidos na cadeia produtiva. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Camila Silva 
 
                 

Argentina: fechamentos de fazendas leiteiras diminuiu devido à melhora nos preços

O Observatório da Cadeia de Lácteos da Argentina (OCLA) divulgou um relatório com sua análise da situação dos laticínios, que também destaca as perspectivas do setor. O fato marcante do relatório é que o processo de fechamento das fazendas leiteiras está sendo interrompido.

Que a produção de leite está em crise há anos, não é novidade. O fechamento das fazendas leiteiras do ano passado, segundo dados oficiais, totalizaram 150. De qualquer forma, o OCLA afirma agora que essa tendência teria sido freada devido às melhores condições para o primeiro elo da cadeia. Segundo eles, nos primeiros meses do ano, houve uma notável melhora no preço do leite, quase 70% em relação aos valores do início de 2018.

O "Observatório Lácteo" é um programa encarregado da Direção Nacional de Planejamento Estratégico Setorial. Mas a Agroindústria atribuiu à Fundação a "Promoção e Desenvolvimento da Fundação da Cadena Láctea Argentina (PEL)" a responsabilidade de obter as informações e divulgá-las quando for útil para os membros da cadeia de laticínios. Segundo a análise da situação leiteira do Observatório, e parafraseando o Ministro das Finanças, Nicolás Dujovne, parece que "o pior já passou".

O documento diz textualmente: "depois de um estágio (2016-2017) onde o fechamento/agrupamento de rebanhos leiteiros foi muito alto, explicado em grande parte pelo excesso de chuvas registrado em várias bacias leiteiras do país, a evolução dos custos das matérias-primas, alto custo financeiro e rentabilidade negativa em uma grande população de fazendas leiteiras (refletida pelo INTA-IAPUCO), as informações mostram, para praticamente todas as bacias hidrográficas, que os casos de fechamento com liquidação de vacas são isolados”.

O OCLA disse ainda que as empresas de laticínios que fecham "estão associadas às fazendas leiteiras de menor porte (menos de 2.000 litros por dia) e administradas por produtores com maior idade e dificuldades para a continuidade familiar (sem sucessores)".

De acordo com a análise feita pelo OCLA, no entanto, outros processos permanecem firmes, como o crescimento das fazendas leiteiras de maior produtividade e escala que, além disso, fazem parte de estabelecimentos com outras atividades e são os que têm mais ferramentas para suportar a crise.

"As fazendas leiteiras de maior escala e eficiência continuam no negócio crescendo e integrando à produção de leite à produção de grãos para auto-abastecimento, e intensificando a produção de carne (aproveitando o bom momento dessa atividade). Ou seja, um aumento na escala e diversificação é previsto", disse o OCLA em seu relatório.

Com relação ao desempenho econômico do setor produtivo, o relatório indica que nos últimos 10 meses houve uma melhora significativa na lucratividade: "O preço do leite para o produtor para janeiro de 2019 foi de 9,83 pesos (US$ 0,22) por litro, o que representa um aumento de 4,1% em relação ao mês anterior e 69,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior”. Em seguida, o Observatório acrescenta que "o custo de produção por litro de leite foi de 9,60 pesos (US$ 0,20) por litro em janeiro de 2019, 82,2% superior ao mesmo mês do ano anterior".

No cálculo deve-se estimar uma renda média no Capital Médio Operado de 5%, o que significa mais 1,70 pesos (3,8 centavos de dólar). Nesse caso, o custo seria de 11,30 pesos (US$ 0,25) por litro.

Mas ainda assim o documento sustenta que "as principais relações de preço produto/insumo/produto melhoraram desde janeiro de uma maneira importante. Nos últimos dois meses, após 10 meses consecutivos negativos, a rentabilidade apresenta valores positivos, ainda insuficientes para cobrir a expectativa mínima”, concluiu o relatório.

Em 10/04/19 - 1 Peso Argentino = US$ 0,02281
43,8427 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do https://bichosdecampo.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Preços/NZ

Produtores de leite estão “cautelosamente otimistas” de que as atuais previsões sejam cumpridas, mas, elas dependerão do comportamento da economia global, diz a economista Susan Kilsby do Banco ANZ.

Ela comenta o relatório da Pesquisa Agri Focus de abril, sobre o mercado de lácteos que poderá fechar essa temporada com NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,27/litro], e iniciar a próxima com NZ$ 7,30/kgMS, [R$ 1,45/litro]. No entanto, existe um grande risco sobre a economia global.

Kilsby disse a Dairy News que do lado da oferta está havendo uma sustentação razoável dos preços porque houve queda na produção em todo o mundo. Mas, do lado da demanda, existe um pouco mais de incertezas. “Estou começando a ver a economia global lenta, que ainda não chegou à demanda dos lácteos, mas, que existe um grande risco”.

Nosso maior mercado de lácteos está em nações em desenvolvimento da Ásia. “Os lácteos são mais vulneráveis em países em desenvolvimento do que em nações desenvolvidas, como a Nova Zelândia, onde as pessoas consideram como básicos os produtos lácteos. Nos países em desenvolvimento é considerado um luxo, por grande parte da população. E, assim depende da economia. Ainda está existindo crescimento na maioria das regiões em desenvolvimento, mas, as taxas de crescimento estão em queda, em relação a anos anteriores. A grande demanda atual é procedente da China que é o maior importador mundial de produtos lácteos”, disse ela.

E esse mercado (chinês), é muito opaco, quando se trata de projetar o comportamento da demanda. A China tem sua própria indústria de laticínios, que é bastante considerável e produz mais leite do que a Nova Zelândia. Mas, é muito caro produzir leite lá. Então, quando os preços das commodities não estão excessivamente altos, o mercado interno compete com as importações, e, eles estão nessa posição há alguns anos. O crescimento da indústria de laticínios nos próximos quatro ou cinco anos não deverá ser razoavelmente grande e as importações deverão continuar”.

O desafio para os produtores de leite da Nova Zelândia é o crescimento dos custos de produção, que estão aumentando com mão-de-obra e o cumprimento das exigências ambientais. Muitas fazendas estão fazendo empréstimos. Embora o preço do leite pareça bom, provavelmente não haverá muita rentabilidade”.

O relatório Agri Focus diz que a expectativa é de que a oferta de leite na Nova Zelândia aumente 2,75%, nesta temporada, em relação à temporada passada. Todo crescimento foi obtido no início da estação. Nos três últimos meses da temporada, os volumes devem cair cerca de 5% em relação ao passado. A expectativa é de que o volume de leite produzido fique estabilizado nos níveis atuais. (Rural News – Tradução livre: Terra Viva)

 
Leite UHT 
O preço do leite UHT subiu na primeira semana de abril, após três semanas consecutivas de queda. Entre 1º a 5 de abril, a cotação média do derivado foi de a R$ 2,3927/litro – o menor preço mensal dos últimos cinco anos –, alta de 0,36% frente à semana anterior. De acordo com colaboradores do Cepea, esse cenário se deve à melhora nas vendas, por causa do período de início de mês, e aos estoques controlados de laticínios. Por outro lado, o queijo muçarela seguiu em baixa pela terceira semana seguida, reflexo do baixo consumo e das poucas negociações entre laticínios e atacados. Assim, de 1º a 5 de abril, o preço médio foi de R$17,2804/kg, baixa de 0,26% em comparação à semana passada. (Cepea)

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