Porto Alegre, 01 de julho de 2019 Ano 13 - N° 3.012
Acordo entre Mercosul e União Europeia: o que prevê o texto
Sindilat
Porto Alegre, 01 de julho de 2019 Ano 13 - N° 3.012
Acordo entre Mercosul e União Europeia: o que prevê o texto
Porto Alegre, 28 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.011
Leite/NZ
O Rabobank projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 7,15/kgMS, [R$ 1,38/litro], para 2019/20. Em seu relatório trimestral – Dairy Quarterly Q2 2019. Um otimismo em meio ao caos, em que o Rabobank diz que os fundamentos do mercado mundial ficaram presentes em todo o primeiro semestre de 2019: estagnação da oferta, baixos estoques e preços estáveis, e que continuam sendo temas chaves que permeiam todo o setor.
“A produção de leite dos ‘Big 7’ exportadores (União Europeia, Nova Zelândia, Austrália, Uruguai, Argentina e Brasil) em 2019 ficou abaixo à do ano anterior, dando sustentação ao mercado. Fracos finais de temporada na Nova Zelândia e Austrália, junto com forte demanda da China, deram suporte às cotações dos produtos lácteos na Oceania”, diz a analista, Emma Higgins, no relatório do Rabobank.
Higgins diz em sua análise que o segundo semestre de 2019 terá o desafio de melhorar a produção de leite nas regiões exportadoras. “A produção de leite nessas regiões [exportadoras] foi claudicante no primeiro semestre, ficando com o resultado negativo de 0,3%, criando uma tensão no mercado internacional. No entanto, a defasagem da oferta está diminuindo lentamente, e no terceiro trimestre, a expectativa é de que haja crescimento no ‘Big 7’, especialmente entre os produtores do Hemisfério Norte (União Europeia e Estados Unidos da América)”, diz ela.
O banco sugere que haverá menor volume de leite disponível nos países exportadores do Hemisfério Sul no segundo semestre de 2019, e isso é importante para os produtores da Nova Zelândia. “Nossa expectativa é de que haja recuperação do preço das commodities lácteas após esse período de queda sazonal”, disse Higgins.
Do lado da demanda, o relatório diz que o conjunto dos mercados importadores é misto.
“O apetite chinês foi maior do que o esperado nos primeiros quatro meses de 2019, e alguns compradores podem ter estoque adequado. Assim, acreditamos que a demanda chinesa continuará robusta, mas, menos intensa do que no primeiro semestre, o que pode definir o teto dos preços”, acrescenta a analista.
“A economia dos Estados Unidos da América (EUA) está caminhando para uma desaceleração em 2020, enquanto a economia da Eurozona apresenta baixa performance desde 2018. São aspectos que moderam os gastos dos consumidores e limitam a demanda por produtos lácteos”, conclui Higgins. (Dairy News – Tradução livre: Terra Viva)
Argentina: preço do leite ao consumidor dobra e consumo tem queda histórica
Quando o dinheiro não é suficiente para continuar enchendo o bolso como antes, a primeira coisa a sair da lista de compras são os “petiscos" e os "aperitivos". Com o resto, a tática é geralmente escolher embalagens e marcas mais baratas. Mas, se isso não for suficiente, cortes mais drásticos serão impostos: aqueles que implicam em deixar de levar os alimentos essenciais à saúde ou servi-los em quantidades menores.
Esse foi o passo dramático que milhões de famílias argentinas tiveram que fazer este ano, reduzindo seu consumo de leite e produtos lácteos a níveis historicamente baixos. Isso, após seus preços, em apenas um ano, dobrar.
No leite, a escalada foi frenética. Há um ano, no supermercado Capital, o saquinho mais econômico encontrado foi de 22,50 pesos (US$ 0,51). Hoje, no entanto, o preço não fica abaixo de 45 pesos (US$ 1,02): o dobro. Se analisarmos a garrafa de litro, o aumento anual foi de 33 pesos (US$ 0,75), para 64 pesos (US$ 1,43), um crescimento de 94%.
Na mesma linha, as consultoras Focus Market e Scanntech pesquisaram 750 produtos e constataram que o leite foi o segundo que mais encareceu no ano passado: em média, 95,4%. Entre os 10 itens comparados, sachê e longa vida, o valor passou de cerca de 24,30 pesos (US$ 0,55) por litro em maio de 2018 para cerca de 50,10 pesos (US$ 1,14) no mês passado.
O aumento no preço do leite também afetou todos os derivados, como ficou claro no relatório Consumer Price Index divulgado pela Indec na última quinta-feira. Segundo a agência oficial de estatísticas, os lácteos foram os mais afetados pela inflação até agora neste ano, com um aumento de 31,2% em Buenos Aires em cinco meses. Nos últimos 12 meses, já subiram 81,1%, contra uma inflação de 63% no total de alimentos e uma taxa geral de 56,8%.
Para exemplificar, um pote de iogurte de 190 gramas de uma das marcas líderes que há um ano custava 23,50 pesos (US$ 0,53) agora é vendido a 50 pesos (US$ 1,14), um valor 113% mais caro. E o quilo do queijo cremoso, se há um ano valia 164 pesos (US$ 3,74), agora já está em 326 pesos (US$ 7,44). No meio da crise, a resposta das famílias a estes aumentos foi limitar o consumo de produtos lácteos como não o faziam há décadas, bem como voltar-se para os mais econômicos.
Segundo os últimos dados da Secretaria do Agronegócio, atualizados até março, no primeiro trimestre deste ano, 13,2% a menos de leite fluido foi vendido no país comparado há um ano e 21,1% a menos que mesmo mês de 2016. Ou seja, 1 de cada 5 litros de leite tomados três anos antes foi eliminado.
Se analisarmos o consumo de março, o registro mais recente, em leites não refrigerados ("longa vida") a queda no consumo anual atingiu 30,1% em litros, em comparação a uma retração de 3,3% para aqueles de saquinho, que mostra em que medida os compradores se refugiaram nas opções mais baratas. A queda, por sua vez, ultrapassou 21% ao ano em leite em pó e iogurte, alcançou 18,5% em manteiga e 11% em queijos. Mais dispensáveis, sobremesas lácteas e pudins foram consumidos 30,9% a menos e leites achocolatados e aromatizados, 51,5% menos.
No total, o Observatório da Cadeia Leiteira Argentina (OCLA) calculou que, em janeiro e fevereiro, o consumo de leite - direto e via derivados - caiu para um patamar equivalente a 183 litros por habitante ao ano. Foi o menor registrado desde 2003. E, tirando 2003, o menor desde 1991. Estima-se, entretanto, que os primeiros quatro meses de 2019 tenham uma média de 180 litros, longe dos 193 litros per capita consumidos em todo o ano de 2018, os 197 de 2017, os 201 de 2016 e os 217 de 2015.
"Em 2018 o consumo diminuiu um pouco, mas a queda deste ano foi muito forte, em quantidades e qualidades. Os lácteos são os produtos básicos em que os maiores cortes estão sendo observados. As pessoas consomem menos sobremesas lácteas, cremes, queijo ralado ou leite com sabor. E no leite, o que mais se destacou foi uma mudança para as marcas secundárias, e do papelão para o sachê, o que até causou complicações para manter a oferta de marcas mais baratas em sachê”, explica Jorge Giraudo, diretor executivo da OCLA.
Segundo o especialista, os aumentos ocorreram principalmente nos primeiros meses deste ano porque, "devido às altas temperaturas", a produção caiu 10%. E, ao mesmo tempo, devido às altas exportações de 2018, as empresas ficaram com poucas reservas para compensar. Essa falta de oferta que permitiu os aumentos, disse Giraudo, já começou a se normalizar. "Mas não esperamos que os valores caiam", adverte.
"Agora o preço é suficiente para a fazenda não estar em crise, porque muitos de seus custos são dolarizados, como os de ração para gado, vacinas e combustíveis", acrescentou David Miazzo, economista da Fundação para o Desenvolvimento Agrícola da Argentina. Nesse contexto, mesmo que a produção se recupere é difícil que o preço caia. Para ressurgir o consumo, o que precisa ser recomposto é o poder de compra dos salários.
Segundo nutricionistas consultados, essa situação é muito preocupante já que o leite é um alimento essencial para a saúde da população e especialmente para o adequado crescimento das crianças. Alimento que, por sua vez, é muito difícil de ser substituído.
A recomendação médica, no país e em todo o mundo, é que as pessoas, para ter uma dieta saudável, consumam cerca de três porções de leite por dia, que podem ser um copo (200 ml) de leite, um iogurte e um pedaço de queijo de 30 gramas, explica Sérgio Britos, diretor do Centro de Estudos de Política Alimentar e Economia.
"O problema é que na Argentina, antes deste último outono, a população vinha registrando um nível de consumo muito inferior ao saudável", afirma. Em média, segundo Britos, as pessoas consumiam 48% menos laticínios do que o ideal: ou seja, a metade. Embora com desigualdades: nos setores de baixa renda o déficit está próximo de 60%, e naqueles com maior renda, a 30%.
"É um preocupante problema nutricional e de saúde que afeta as crianças em particular. Os produtos lácteos são a fonte fundamental de cálcio em nossa dieta e o cálcio é um mineral essencial para a nossa saúde óssea", completou Britos.
"Durante a idade escolar e pré-adolescência, o cálcio se fixa e forma a densidade óssea que terá que nos sustentar ao longo da vida. Portanto, a recomendação desse nutriente é muito exigente neste período. O perigo é que se, devido a um déficit de cálcio, a criança não tiver massa óssea suficiente naquele momento, ele terá um alto risco na idade adulta de ser mais propenso a fraturas e osteoporose", disse Britos.
Em 24/06/19 - 1 Peso Argentino = US$ 0,02283
43,7968 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Clarín, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
Porto Alegre, 27 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.010
Os novos cenários se que desenham para a cadeia produtiva do leite a partir da vigência das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram foco da audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A audiência reuniu integrantes do setor e contou com a presença do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Segundo ele, a adequação às novas regras que trazem alterações na produção, coleta e armazenagem do leite cru, é fator que gera grande preocupação à cadeia leiteira gaúcha e nacional. O dirigente relatou a série de encontros realizados nos meses de maio e junho, em diversos municípios gaúchos, que reuniram grande número de produtores no propósito de esclarecer dúvidas e pontos polêmicos da nova legislação. Os encontros foram realizados pela Superintendência do Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Sindilat e diversas outras entidades do setor lácteo. “O Sindilat - junto com outras entidades - já havia elaborado uma carta aos produtores contemplando informações sobre as principais mudanças implantadas pelas normativas”, afirmou ele.
O representante da indústria gaúcha pontuou que, entre as exigências que mais têm gerado apreensão no setor, estão as que obrigam o leite cru a atingir a temperatura de 4°C três horas após a ordenha (antes da saída da propriedade), e a chegar na plataforma com temperatura máxima de até 7°C, ou 9° graus em casos excepcionais. “Enquanto estivermos em clima frio, mais ameno, não haverá maiores dificuldades em atender ao padrão. A situação deve ser dificultada no verão, quando as temperaturas ultrapassam 40°C em muitas regiões”, alertou Palharini. O dirigente destacou a carência de equipamentos mais modernos para refrigeração do leite em muitas propriedades, a falta de acesso dos produtores a linhas de crédito para a aquisição desses equipamentos e os gargalos de infraestrutura (energia e estradas) como pontos que dificultam o cumprimento dos padrões exigidos pelo Mapa.
Darlan Palharini encerrou sua participação levantando a necessidade de se buscar alternativas para tornar a atividade mais competitiva, passando pela maior geração de renda e, consequentemente, pela qualificação da produção. Uma das alternativas citadas foi a abertura do PEP para derivados de lácteos, modalidade que atualmente só está disponível para o leite cru. “Esta medida não oneraria os cofres públicos e dependeria apenas de ajustes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). “Esse é um instrumento importante para dar fôlego às indústrias, para escoar a produção e para manter a estabilidade de preço ao produtor, a exemplo do que foi feito com o setor do vinho”, afirmou.
Presente na audiência, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, mostrou preocupação quanto à manutenção dos produtores na atividade e à possível exclusão dos mesmos pela não adequação às normas, o que iria representar um impacto social e econômico muito grande ao país. “Precisamos manter quem produz no campo e com uma remuneração justa. É hora de a cadeia do leite deixar de ser o patinho feio do agronegócio e alçar o protagonismo do setor pela sua representação social e econômica”, salientou. Ele informou também que, somente em 2018, o êxodo atingiu 20 mil produtores no Rio Grande do Sul. O diretor do Departamento de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Pública do Mapa, Luis Eduardo Rangel, afirmou que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está atenta à realidade dos produtores de leite do Brasil e que a pasta vem monitorando a cadeia produtiva. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Desde o último dia 30 de maio, as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 estão em vigor, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru em todo o País. As normativas foram propostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e visam, entre outras coisas, a qualidade do leite, uma maior competitividade e a abertura do mercado externo. Em reunião realizada nesta quarta-feira (26), na sede da Farsul, em Porto Alegre, a Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) debateu os principais desafios no dia a dia da atividade leiteira e a relação entre produtor e indústria após a adequação da cadeia às INs.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, fez um raio-x sobre o cenário lácteo no Estado. "A assistência técnica de qualidade é fundamental para que se consiga um bom resultado", frisa. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, as INs vieram para aproximar a cadeia produtiva de ponta a ponta e dividir a responsabilidade com o poder público.
De acordo com o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, anteriormente, o grupo havia sugerido ao Mapa a criação de uma norma de transição para que nenhum produtor fosse penalizado até a adequação total às exigências. "O Mapa criou um comitê técnico para analisar, durante cinco meses, as INs 76 e 77, afim de normatizar a destinação da matéria prima que estiver fora dos padrões de temperatura e contagem padrão em placas (CPP)", conta.
As novas regras não preveem o descarte do leite fora dos parâmetros de exigência, tema levantado por Spies e que foi, incansavelmente, debatido em todas as reuniões itinerantes realizadas pelo Sindilat, Mapa e demais entidades no interior do Estado. "Os encontros têm o objetivo de tirar todas as dúvidas da cadeia produtiva, a partir de dados apresentados por especialistas", alerta Palharini.
Quanto melhor a qualidade, maior a vida útil do produto na prateleira. Segundo supervisor regional do Serviço Nacional de Assistência Rural (SENAR/RS), Herton Lima, é preciso manter um bom relacionamento entre a indústria e os produtores para que, juntos, consigam elevar a qualidade e o nível de produção. "Com as INs todos ganham, produtor, indústria e, principalmente, o consumidor".
Também participaram da reunião o diretor financeiro do Sistema FARSUL, José Alcindo Ávila, o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Luis Antonio Covatti Filho, o presidente do Sistema FAESC, José Zeferino Pedrozo, além de Guilherme Dias, representando o Sistema FAEP e Vagner Miranda Portes, representando a secretaria da Agricultura e Pesca de Santa Catarina. O próximo encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira será no município de Florianópolis (SC), no dia 19 de setembro, na sede da FAESC. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
O preço do leite cru garantido pela FrieslandCampina para o mês de julho de 2019 foi estabelecido em € 35,00/100 kg, [R$ 1,57/litro], queda de € 0,75/100 kg, em relação ao mês anterior, [€35,75/100 kg]. Está incluída uma correção de € 0,39. O preço do leite pago ao produtor pelas principais indústrias de referência está com projeções de queda no mês de julho.
O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.
O preço garantido da FrieslandCampina faz parte do preço do leite que a FrieslandCampina paga, anualmente, aos seus produtores de leite. Mensalmente, o preço garantido é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência.
Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)
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Porto Alegre, 26 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.009
Experiências bem-sucedidas com grupos de produtores de leite do Vale do Rio Pardo, além de palestras sobre qualidade e sanidade do rebanho serão o foco principal do 3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência? O evento acontece no próximo dia 27/06 (quinta-feira), na localidade de Pitingal/Passa Sete, no Salão da Comunidade de São Miguel, a partir das 9h, e tem o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat).
Um dos palestrantes, o engenheiro agrônomo da Emater-RS/Ascar Diego Barden antecipa que uma das experiências que será divulgada no encontro diz respeito ao trabalho realizado em 18 propriedades leiteiras de Venâncio Aires, onde a atuação da assistência técnica produziu efeitos e resultados significativos na produção. “Iniciamos esse trabalho em 2015 e vamos divulgar para o público como conseguimos alcançar tais resultados”, disse o técnico, que falar sobre “Manejo Nutricional de Bovinos de Leite.
A programação inicia com o relato de experiência da família Ruoso, do município de Sobradinho, sobre produção de leite e gestão da propriedade rural. Ainda na parte da manhã, a médica veterinária da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Ana Claudia Mello, falará sobre o panorama da brucelose e da tuberculose bovina no Rio Grande do Sul.
No período da tarde, as atividades têm continuidade com a abertura oficial do evento e a palestra custos de produção e índices zootécnicos de sistemas de produção de leite, ministrada pelo zootecnista e supervisor técnico da empresa Tortuga, Frederico dos Santos Trindade.
SERVIÇO
3º Seminário Regional de Bovinocultura de Leite do Vale do Rio Pardo - Como produzir leite com eficiência?
Data: 27 de junho de 2019
Local: Salão da Comunidade de São Miguel, na localidade de Pitingal - Passa Sete
Hora: 9h
Promoção: Emater/RS-Ascar
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
Acordo entre UE e Mercosul avança e pode sair na sexta
As negociações avançam entre o Mercosul e a União Europeia (UE) na parte técnica, em Bruxelas, e as questões mais sensíveis sobre acesso ao mercado serão tratadas pelos ministros dos dois blocos a partir de hoje à noite. A Confederação Nacional da Industria (CNI) confia na conclusão do acordo político até esta sexta-feira, depois de anos de intensas negociações. Entre negociadores em Bruxelas, o ambiente é otimista, porém moderado, até porque sempre pode haver surpresas de última hora. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, participam hoje, com colegas do Mercosul, de jantar com a comissária de Comércio, Cecilia Malmstrom, e o comissário de Agricultura, Phil Hogan. Na quinta, haverá reunião formal para fechar eventualmente as barganhas.
A avaliação de fontes do Mercosul é de que estaria preliminarmente acertado que o Mercosul também terá uma cesta de redução tarifária com prazo de até 15 anos, devendo incluir itens de máquinas, automóveis e autopeças. A UE, que tem alíquotas menores, chegará à tarifa zero nas importações procedentes do Mercosul em sete anos, com mais cortes já nos dois primeiros anos. Mas ainda há discussões à frente sobre o calendário de desgravação para várias das 9 mil linhas tarifárias. Fontes dão como certo que a demanda europeia para exportar remanufaturados ao Mercosul fica de fora do acordo. Isso é considerado ainda mais importante para o Brasil não abrir mercado para produto velho europeu e sem critério internacional, e era visto como abertura unilateral significativa.
Por outro lado deve ser incluída cláusula permitindo ao Mercosul usar o drawback, regime especial aduaneiro que garante desoneração na importação ou aquisição interna de insumos usados na fabricação de bens voltados à exportação. Será permitido desde que se cumpra uma regra de origem. Na área agrícola, as indicações ontem eram de que a discussão sobre cotas para carne bovina, etanol e açúcar ficam para decisão dos ministros. A cota para carne de frango está praticamente finalizada. Em indicação geográfica, o Mercosul teria garantido flexibilidade para o uso de nomes de queijos como parmesão e gorgonzola. Fontes do Mercosul são prudentes porque não se sabe se o comissário agrícola, Phil Hogan, chegará na barganha final com mais exigências para a Europa vender leite e queijos para o Mercosul. Também persiste o problema de acesso para o vinho europeu. Se Hogan tentar levar mais do que sabe que o Mercosul pode conceder, a situação poderá complicar de novo. Já se observa na Europa movimentos para a formação da próxima Comissão Europeia. O mandato atual termina em outubro. Phil Hogan quer ser o novo comissário de Comércio, no lugar de Malmstrom. Esse cargo é, por natureza, liberal enquanto o da agricultura é marcadamente protecionista. Se Hogan for inflexível na etapa final da negociação, isso pode dificultar sua acessão ao novo posto, desestimulando países fortes como a Alemanha a lhe dar apoio.
Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o acordo com a UE tem pelo menos três dimensões. Primeiro, é estratégico. Será o mais importante acordo de livre-comércio que o Brasil já firmou na história. Considera que "é o passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacionais". Passa a ter acesso a 25% do mercado mundial. Antes disso, produtos brasileiros só tinham acesso a 8% do comércio do mundo com isenção ou redução do imposto de importação. Segundo, é estruturante. O acordo vai gerar benefícios para o Brasil. Abre o mercado europeu para bens agrícolas, industriais e também para prestadores de serviços brasileiros. E abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, "o que vai exigir do Brasil aprofundamento das reformas domésticas", acrescenta. E terceiro, o acordo é gradual, na visão da indústria brasileira. O tratado integra o Brasil a uma das maiores economias do mundo e isso vai exigir um ajuste do lado brasileiro, principalmente do setor industrial. "É importante ressaltar que o acordo vai ter dispositivos para lidar a competitividade da indústria europeia. Prevê um período de mais de uma década de redução de tarifas e vamos ter uma série de regras sobre como essa integração vai acontecer. A mudança não vai ser abrupta", diz Abijaodi. (Valor Econômico)
Audiência Pública
As novas regras para a produção de leite no País serão discutidas nesta quinta-feira (27) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.
O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que pediu a realização do debate, lembra que, em novembro de 2018, o Ministério da Agricultura fixou novas regras para a produção de leite, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A. As mudanças entraram em vigor em maio de 2019.
A Instrução Normativa (IN) 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria. Na IN 77, são definidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro para o consumidor. Esses critérios englobam desde a organização da propriedade até a capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas.
Porto Alegre, 25 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.008
Mais Leite Saudável supera a marca de 60 mil produtores
Desde o início do Mais Leite Saudável, em outubro de 2015, 63.706 produtores já foram beneficiados pelo programa. Em média, entre 10 mil e 15 mil novos produtores ingressam anualmente e cerca de 25 mil a 30 mil são atendidos por ano com assistência técnica, educação sanitária ou melhoramento genético.
Entre os estados com mais produtores alcançados estão o Rio Grande do Sul (18.230), Minas Gerais (18.222), Santa Catarina (11.666), Paraná (4.734) e Mato Grosso (3.360).
Quase R$ 240 milhões foram investidos em projetos de fomento, gerando aos laticínios participantes R$ 4,5 bilhões em créditos presumidos, disponibilizados em forma de compensação de impostos ou monetização. Os benefícios incluem aumento da rentabilidade, da produtividade e competitividade, de boas práticas agropecuárias, incentivo à certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, melhoramento genético de rebanhos, da qualidade do leite (contagem de células somáticas e bacterianas) e microbiológica, além da redução da mortalidade de bezerras.
Produtores, laticínios, técnicos de campo e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promovem o fomento para pequenos e médios produtores de leite, com impacto positivo no desenvolvimento de 2.068 municípios em mais de 20 estados.
Com mais de 600 projetos aprovados, dos quais 385 em vigência, o programa não está restrito apenas a estabelecimentos sob Inspeção Federal. De 440 laticínios participantes, 76,4% estão sob inspeção Federal (SIF) e 23,6% sob inspeção estadual ou municipal (SIM ou SIE).
O Mais Leite Saudável não se restringe à bovinocultura de leite, podendo contemplar projetos para bubalinocultura e caprino e ovinocultura.
Cerca de metade dos projetos em execução são de assistência técnica e gerencial. Outras ações estão distribuídas na Melhoria da Qualidade do Leite (38,7%), Melhoramento Genético (6,8%), Implementação de Manejo Sanitário, incluindo controle de brucelose e tuberculose (3%), e redução da taxa de mortalidade de bezerras 0,5%.
O Programa Mais Leite Saudável passou a ser estratégico do Mapa, com meta de 150 mil produtores a serem atendidos até 2035. A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, responsável pela gestão do programa, trabalha para viabilizar essa meta, apostando haver muito espaço para crescimento.
Uma das ferramentas para sua expansão é o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), instituído pela Instrução Normativa 77, de novembro do ano passado. A coordenação (CBPA) tem realizado seminários em todas as regiões brasileiras para divulgação do plano e do programa.
Qualificação de fornecedores de leite
A implementação do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) é obrigatória aos laticínios. A ferramenta funciona como controle e aproximação da sua relação com os produtores, visando maior segurança para o consumidor e maior desenvolvimento da atividade.
“A obrigatoriedade de possuir um plano de qualificação amplia a assistência técnica a produtores, por parte dos laticínios, o que resulta em melhoria da produtividade, da qualidade e, consequentemente, da competitividade na cadeia leiteira nacional”, observa o coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Rodrigo Dantas.
A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal (CBPA), responsável por coordenar o acompanhamento da execução das ações dos planos de qualificação em todo país, publicou em maio, o Guia Orientativo para Elaboração do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite. Para saber mais sobre o Programa Mais Leite Saudável, clique aqui. (As informações são do Mapa)
Preços/NZ
Guy Trafford olha o cenário para a nova temporada depois da terceira queda consecutiva do GDT. Com poucas exceções, bancos e analistas preveem o preço do leite ao produtor em torno de NZ$ 7,00. O banco ANZ projeta NZ$ 7,30; o Westpac NZ$ 7,20; o Rabobank NZ$ 7,15; e o ASB NZ$ 7,00.
A fonterra publicou a faixa de NZ$ 6,25-NZ$ 7,25, com o ponto médio em NZ$ 6,75;
No entanto, o DairyAnalytics atribuiu o valor de NZ$ 6,57.
O fato de haver diferenças maiores do que 10% indica que existem muitas incertezas no momento, e que pelo menos, por enquanto, não devem se dissipar até o final do ano. O certo é que muitas dessas projeções já estão lançadas há muitos meses, e podem ser revisadas pelos economistas a qualquer momento. O mais seguro seria ficar na média da Fonterra, NZ$ 6,75. É um valor que abarca alguns indicadores globais e o que a Fonterra deve pagar aos seus agricultores para que permaneçam na atividade. Outras indústrias fizeram as seguintes projeções: Synlait, NZ$ 7,00; Westland igual à Fonterra; Tatua, NZ$ 7,50; a Open Country ainda não divulgou suas projeções, mas, normalmente se alinha à Fonterra.
Isto nos leva a olhar para os preços internacionais no momento. O último GlobalDairyTrade registrou nova queda de -3,8%. É a terceira baixa e a maior dos últimos tempos. O leite em pó integral caiu 4,3% e está agora cotado a US$ 3.006/tonelada, acumulando seis quedas sucessivas. Ainda que o valor esteja em torno da média dos últimos três anos, as incertezas sobre o mercado e a produção não recomendam previsões razoáveis.
Pelo menos para 215 produtores, o pagamento de NZ$ 6,75 não parece ser tão ruim, pois aderiram à opção lançada pela Fonterra. Outras oportunidades para aderir a essa opção estarão disponíveis nos próximos meses.
Dado que muitos preveem pagamento de NZ$ 7,00, os bancos aproveitam para tentar negociar com os fazendeiros a redução das dívidas, acreditando que eles não irão receber preços menores. (Fonte da Notícia:interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 24 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.007
Leite/Oceania
A Austrália está produzindo em junho, a metade do leite em relação ao ano passado, nesse mês que é o de mínimo sazonal. Para se ter uma ideia, na temporada 2017/2018, junho representou 7,5% de todo o leite produzido na Austrália.
Com o clima mais frio, o crescimento das pastagens é menor. Muitos produtores de leite estão cansados com essa temporada que termina. Um período excepcionalmente seco em muitas regiões, com preços de grãos elevados, água de irrigação racionada e cara. Inúmeros produtores reduziram o tamanho do rebanho para lidar com a situação. Todos esses fatores mantiveram a produção de leite abaixo do desejável e reduziram a rentabilidade dos produtores de leite. O planejamento para o próximo ano está repleto de incertezas ainda. Qual a renda que será proporcionada pelo rebanho menor e como irão conseguir alimentar os animais, e quanto de grão terão. Muitos produtores estão projetando o futuro com base na decepcionante temporada passada.
Na Nova Zelândia junho é o mês de menor volume no ano. Em 2081 representou menos de 1% do leite de toda a temporada. É um mês tranquilo do ano. Muitas fábricas interrompem o processamento para fazer manutenção. Os produtores começam a lidar com frio, chuva e lama, típicos do inverno. A alimentação do rebanho corresponde ao que foi armazenado e está em estoque. É tempo de baixo faturamento.
O conforto das vacas, normalmente, é uma preocupação no verão, quando o tempo está quente, mas, também é um desafio para os produtores da Nova Zelândia com o frio e a umidade do inverno. Levar os animais para áreas secas e mais protegidas do frio é um trabalho frequente nesse período. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Produção/AR
Os produtores de leite da Argentina começaram a receber mais que seus pares uruguaios depois de atravessarem uma “montanha russa” que deixou muitos pelo caminho. Em maio passado o preço médio ponderado do leite pago ao produtor da Argentina ao nível nacional por 337 indústrias foi de 14,54 pesos por litro, o equivalente a US$ 0,324/litro, considerando o câmbio médio de referência publicado pelo Banco Central (BCRA).
É 5,1% maior do que o registrado em abril deste ano (US$ 0,308/litro) e 21% superior ao de maio do ano passado (US$ 0,267/litro), segundo dados publicados pelo Departamento Nacional dos Lácteos, com base nas declarações apresentadas ao Sistema de acompanhamento do setor lácteo (Siglea).
Diante da queda na oferta, algumas indústrias foram a campo “roubar” produtores de outras empresas iniciando um ciclo de altas dos preços, impulsionada pela concorrência crescente. O preço médio ponderado de maio passado (14,54/litro) corresponde a um composição média de 3,72% de matéria gorda e 3,46% de proteína. O leite de maior qualidade (mais de 7,27% de sólidos e menos de 50 CBT e de 200 CSS) foi pago a 14,87 pesos o litro em maio.
Diferente da Argentina, onde existem muitas grandes e médias indústrias de laticínios, no Uruguai, o principal formador de preços do leite é a cooperativa Conaprole, que exporta a maior parte dos produtos lácteos que elabora. O último dado oficial disponível, publicado pelo Instituto Nacional do Leite (Inale, mostra que em abril passado o valor médio pago ao produtor de leite ficou em 10,40 pesos/litro (US$ 0,30/litro). Para o mês de maio a estimativa é de que o preço médio seja similar ao de abril.
Ainda que a política da Conaprole seja evitar ajustes abruptos de preços ao seus sócios fornecedores, os valores atuais não cobrem os custos de boa parte das fazendas de leite (especialmente as de menor escala).
O preço médio do leite em pó integral exportado pelo Uruguai foi, em maio passado, de US$ 2.952/tonelada (um valor 5% menor ao do mesmo mês de 2018), enquanto que a manteiga foi de US$ 4.789/tonelada (-14%) e os queijos vendidos a US$ 4.079/tonelada, teve cotações idênticas às do ano passado, segundo o Inale.
No Uruguai o câmbio real registra uma supervalorização crescente, o que dificulta a competitividade das indústrias exportadoras. Em abril passado, segundo o último dado publicado pelo Banco Central do Uruguai, o câmbio se encontrava em 94,6. No mesmo mês de 2018 e 2017, os valores eram, respectivamente 94,8 e 99,7. Em abril de 2016 a cotação do peso uruguaio era de 106,2. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 21 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.006
Leite UHT
Em maio, o preço do leite UHT no mercado atacadista de São Paulo permaneceu em alta, fechando o mês com média de R$ 2,60/litro, aumento de 3,47% frente a abril/19 e de 3,62% em comparação com o mesmo período no ano passado.
Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário, que se deve ao alto preço no campo, não deve permanecer nos próximos períodos, devido às baixas negociações e à demanda ainda enfraquecida. Por outro lado, o queijo muçarela teve média de R$ 17,64/kg em maio, queda de 0,55% frente a abril e de 0,10% em comparação a maio/18. Em praticamente todos os dias da primeira quinzena de junho, os preços do leite UHT caíram, fechando com média de R$ 2,50/litro, queda de 3,21% frente ao mês anterior. O queijo muçarela, por sua vez, também se desvalorizou, porém, com menos intensidade. Na primeira quinzena de junho, o preço médio foi de R$ 17,56/ kg, baixa de 0,22%. Nas duas primeiras semanas de junho, laticínios reduziram suas produções e, consequentemente, seus estoques, devido às baixas negociações. A pesquisa diária de preços é realizada pelo Cepea e tem apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Por Munira Nasrrallah/CEPEA)
Leite/Europa
A produção de leite na Europa Ocidental já passou do período de pico em quase todas as regiões, e caminha para s quedas sazonais. Elevadas temperaturas significam queda de produção em países como Alemanha e França, contribuindo para a redução da oferta.
Em algumas desses dois países a temperatura já chegou a 26ºC, e a previsão para a semana que vem é de 32ºC. A produção de leite na União Europeia (UE) está menor do que o previsto no início do ano. De janeiro a abril registrou crescimento em torno de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados obtidos do site CLAL. Em abril de 2019 a produção de leite na UE foi 1,3% maior do que a registrada em abril de 2018, de acordo com a ZMB.
O leite para a produção de queijo continua sendo prioridade na Europa Ocidental. A demanda doméstica está forte, e as exportações também estão bem ativas. De janeiro a abril as exportações de queijos da UE subiram 3% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Eurostat. Os Estados Unidos compraram 7% mais queijos no período. E na outra ponta, de janeiro a abril, a produção subiu 0,7% em relação ao mesmo período de 2018.
O queijo é responsável por cerca de um terço das importações de produtos lácteos pela Rússia. Em abril de 2019 a Rússia importou quase 5,5% a mais de queijo do que em relação ao mesmo mês do ano passado. A importação de manteiga teve crescimento de 148,4% em abril. A Bielorrússia foi, de longe, o maior fornecedor de manteiga e queijos para a Rússia. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 19 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.005
Palmeira das Missões encerra primeiro ciclo de debates sobre INs 76 e 77
A cidade de Palmeira das Missões (RS) recebeu, nesta quarta-feira (19/6), o encontro que encerra a primeira etapa do ciclo de debates que percorre o Rio Grande do Sul para esclarecer as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorreu no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e reuniu diversos produtores de leite da região, que foram em busca de informação prestada por especialistas.
O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, abriu o debate ressaltando a importância dos encontros que geraram esclarecimentos e proporcionaram novos caminhos para que os integrantes da cadeia produtiva possam atender às exigências do Ministério da Agricultura. “Observar questões como certificação do leite para tuberculose e brucelose agrega qualidade e benefício a toda a cadeia e diz respeito à saúde pública”, alertou. O dirigente também apresentou números que revelam a liderança do setor leiteiro gaúcho nas indenizações do Fundesa no primeiro trimestre deste ano. Foram R$ 1,07 milhão em contribuições, R$ 1,079 milhão em investimentos setoriais e R$ 24, 8 milhões de saldo até 31 de março.
O desempenho da cadeia no Fundesa está diretamente ligado aos resultados do Programa Mais Leite Saudável, implementado em 2017 pelo Ministério da Agricultura e que visa certificar processos dentro das propriedades rurais e que hoje já soma mais de 30 mil produtores beneficiados, conforme apresentou o médico veterinário do Mapa, Roberto Lucena. Em âmbito regional, a Lei do Leite, criada de forma pioneira no país, foi destacada pela médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato. A especialista lembrou que a lei 14.835/2016 foi criada para dar maior transparência na produção, coleta, transporte e recepção do leite para a indústria.
O depoimento ficou a cargo do produtor Ari Busanello, de Boa Vista das Missões. Preocupado em se adequar aos parâmetros de qualidade, já iniciou a implantação de ordenhadeiras robotizadas em sua propriedade. Outro investimento recente foi em um compost barn, que atualmente abriga 80 vacas. “Ou investia ou parava de trabalhar”, contou. Outro exemplo positivo veio da professora da UFSM Ione Pereira Velho, que falou sobre os resultados obtidos na Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, instituição de Palmeira das Missões que reúne 318 alunos de 51 cidades. Segundo ela, os animais da Escola Técnica já produzem dentro dos padrões exigidos pela legislação, e citou exemplo da CBT, cuja média de vários anos está em 37,03 mil UFC/ml e, em CCS, de 271 mil/ml.
A veterinária do Mapa Milene Cé lembrou que as mudanças chegam para beneficiar os consumidores, que, por meio das INs, terão à disposição produtos de vida mais longa nas prateleiras. Neste sentido, ela salientou que a interrupção da coleta do leite não adequado às normas não se dará imediatamente após o primeiro resultado negativo. Mas, sim, após um cálculo médio baseado em três meses de coleta.
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Junho de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Maio de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2019 é de R$ 2,4547/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
Preço do leite longa vida caiu no atacado em junho
Foi observado um mercado mais frouxo para os derivados do leite na primeira quinzena de junho. Na comparação com o fechamento do mês anterior, os preços dos lácteos caíram 0,4% no mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos e estados cotados pela Scot Consultoria.
Para o leite longa vida (UHT), a queda foi mais acentuada nas indústrias, de 3,6% no mesmo período. O leite longa vida fechou cotado, em média, em R$2,59/litro. Esse recuo de preços no atacado, mesmo com a produção da matéria-prima (leite cru) em queda, está atrelado a dificuldade de os laticínios escoarem a produção em patamares de preços mais altos.
No varejo, em São Paulo, o cenário foi de praticamente de estabilidade, com queda de 0,1% na primeira metade de junho, frente a quinzena anterior, na média de todos os produtos lácteos cotados. Para essa segunda quinzena de junho, a expectativa é que o mercado continue mais frouxo, tanto no varejo como no atacado, em decorrência do consumo mais enfraquecido, normalmente, observado na segunda metade do mês.
Outro fator que contribui para esse cenário é o início das férias escolares no final de junho, que em uma época de consumo deixando a desejar é mais um fator que pode pressionar o mercado negativamente.
Por fim, o incremento de produção da matéria-prima (leite cru) no sul do país, importante bacia leiteria nacional, também poderá contribuir com esse cenário de preços mais frouxos. (Scot Consultoria/Agrolink)
O preço que a indústria está pagando ao produtor vem tendo uma escala sem freios. Já superou os US$ 30 por litro, valor considerado base para que a atividade seja rentável. O Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) informou que o preço pago aos produtores de leite pelo leite cru cresceu 9,1% em maior, com relação a abril.
A média ficou em 14,54 pesos por litro, 9,1% a mais que os 13,32 pesos por litro do mês anterior. Isso significa, alta de 56,7% em 2019, e um incremento de 130% em relação aos 6,32 pesos de maio de 2018.
Comparação
Essas variações são bem superiores ao aumento do custo de vida medido pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec): a inflação mensal foi de 3,1%, o que representa um acúmulo anual de 19,2%, e um reajuste de preços de 57,3% nos últimos doze meses.
Se bem que os produtos lácteos nas gôndolas também tenham subido mais que o custo de vida em geral (entre 6,1 e 7,5% mensal, entre 31,2 e 39,5% no acumulado de 2019, e entre 81,1 e 87,9% anual), o preço pago aos produtores supera esses índices.
Esses 14,54 pesos significam US$ 0,32/litro, [R$ 1,23/litro], superando os US$ 0,30, [R$ 1,15/litro], que é o valor mínimo considerado para que a atividade seja rentável. (Fonte: Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)
Porto Alegre, 18 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.004
Setor lácteo debate adequação às INs 76 e 77 em Frederico Westphalen
Na manhã desta terça-feira (18), entidades ligadas ao setor lácteo estiveram reunidas na cidade de Frederico Westphalen para debater a adequação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em vigor desde 30 de maio, e que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O evento aconteceu no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre representantes de indústrias, acadêmicos e produtores de leite.
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a realização das reuniões itinerantes pelo interior do Estado têm o objetivo de sanar dúvidas da cadeia produtiva desde o manejo da ordenha até o transporte para a plataforma. "O evento conta com uma série de apresentações que incluem dados que comprovam que as INs vieram para qualificar o produto com objetivo de buscar o mercado da exportação", afirma.
Na oportunidade, Palharini expôs o desempenho do setor leiteiro nas indenizações do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), abrindo os números do primeiro trimestre de 2019. A cadeia do leite foi a que mais arrecadou no período, com o montante de R$ 1,072 milhão. Os investimentos somaram R$ 1,079 milhão, aplicados em indenizações referentes a casos de tuberculose e brucelose, num total de 148 processos e 985 animais abatidos. Até 31 de março deste ano, o saldo era de R$ 24, 8 milhões. Palharini destacou a importância do resultado alcançado pelo setor e lembrou que o desempenho é fruto do resultado do programa Mais Leite Saudável que, cada vez mais, busca a certificação das propriedades e amplia a conscientização sobre a importância desse trabalho dentro da cadeia produtiva. “De 2013 para cá, as indenizações vêm crescendo. Há seis anos, começamos com um valor de R$ 1,23 milhão, e devemos encerrar 2019 com mais de R$ 5 milhões", comemora.
A médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato revelou aos participantes as principais motivações para a criação da Lei do Leite. Sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, que integra a IN77, e o programa Mais Leite Saudável falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, que explicou as vantagens da assistência técnica dentro das propriedades. No relato do campo, os produtores Elizete e Irineu Perlin, de Caiçara (RS), deram voz às mudanças necessárias para garantir qualidade do leite de ponta a ponta da cadeia. Atendidos pelo projeto Meu Tambo, Meu Futuro, iniciativa da Cotrifred, o casal citou que as exigências para garantir qualidade não são recentes. “Sabíamos o que tínhamos que fazer, mas muito se deixa para depois”, reflete Elizete. Quando ingressaram no projeto, foram capacitados e conscientizados sobre a importância da boa gestão da propriedade e em todas as suas fases de manejo dos animais, além de priorizar a higiene e a limpeza dos equipamentos.
Após exibir um panorama geral sobre as INs 76 e 77, a médica veterinária do Mapa Milene Cé ressaltou que a interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados fora da média geométrica padrão. "As novas normas preveem que as empresas façam uma coleta mensal para análise da contagem bacteriana, mas nada impede que se façam mais coletas para elevar a média geométrica trimestral", avalia. Quanto à destinação do produto que não chegar na plataforma dentro da temperatura exigida, Milene informou que, por hora, o mesmo não será descartado.
No final da reunião, os palestrantes responderam as principais dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou via transmissão simultânea no Facebook do Sindilat. O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, URI e Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Coopar recebe homenagem da Assembleia Legislativa do RS
Projeto de pequenos que deu certo. Assim definiu o deputado Zé Nunes (PT) sobre a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar), que recebeu a medalha da 55° Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A cerimônia de entrega do mérito ocorreu na tarde desta terça-feira (18/6), no Salão Júlio de Castilhos da ALRS.
Segundo Nunes, a justificativa da proposição da medalha à cooperativa se deve ao seu intenso trabalho na região de São Lourenço do Sul. "A Coopar surgiu no início dos anos 90, quando não tínhamos política para agricultura familiar", lembrou. A idealização e construção da cooperativa, afirmou o parlamentar, se deu através de uma realidade adversa e desafiadora. "Se desenvolveu, cresceu e é uma referência com duas indústrias transformando leite e três unidades de recebimento de grãos".
Além disso, a Coopar conta com mais de 4.600 famílias associadas, distribuídas em 14 municípios e, atualmente, recebe até 130 mil litros de leite por dia nas suas duas indústrias. Segundo o presidente da Coopar, Nildo Rutz, a conquista do mérito é um momento histórico. "Essa experiência mostra que vale a pena disponibilizar recursos e alavancar comunidades", finalizou Nunes, que usou a totalidade do seu tempo no Grande Expediente para homenagear a cooperativa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
(Fonte: GDT, adaptada pelo Sindilat)
À imagem e semelhança
Espaço de articulação política no Congresso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) conta, a partir de hoje, com uma versão na Assembleia Legislativa do Estado. Proposta por Rodrigo Lorenzoni (DEM), a Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha também quer ser referência:
- A ideia é que possamos identificar nossas demandas, para conciliarmos com as da FPA da Câmara.
Neste mês, a frente gaúcha levará representantes do setor de ovinos para reunirão com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em julho, traz debate com a Federarroz-RS. (Zero Hora)
Porto Alegre, 17 de junho de 2019 Ano 13 - N° 3.003
Na oportunidade, as entidades expuseram os problemas que têm enfrentado no dia a dia das atividades. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas reuniões visam a melhoria na qualidade dos produtos, através de uma boa sintonia entre empresas e fiscalização, principalmente no que se refere a procedimentos. "Nesses encontros sempre há um bom diálogo entre as entidades e o setor público, até mesmo quando há divergências", reflete.
De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, a fiscalização é a peça fundamental para o sucesso dos setores. "Infelizmente, não existe um padrão de fiscalização, mas estamos trabalhando junto aos sindicatos e entidades para fazer o melhor trabalho possível", ressalta.
Ao final da reunião, Covatti Filho sugeriu que os encontros aconteçam de forma periódica para que SEAPDR tenha certeza de que as ações promovidas surtem efeito para a ponta e afirmou que irá trabalhar na criação de um conselho consultivo.
Carlos Barbosa sedia em julho dois eventos sobre a cadeia do leite e queijos
Um amplo debate sobre a cadeia produtiva do leite desde a matéria-prima até o produto final é a proposta do 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite, encontro que acontece no dia 4 de julho, a partir das 8h30min, no auditório da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa/RS. O evento, promovido pela Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL), contará com palestras e debates que colocarão em destaque os problemas e desafios atuais do setor leiteiro no Estado e no país. “A proposta é reunir um público de diferentes áreas, entre profissionais, pesquisadores, docentes, técnicos laticinistas e estudantes, além de congregar universidades e empresas para o intercâmbio de experiências”, ressalta a diretora científica da AGL, Neila Richards.
Já no dia 5/7, a AGL promove o 5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’, com a proposta de ampliar o conhecimento sobre os queijos gaúchos por meio de uma disputa julgada por uma bancada eclética formada por especialistas de diversos países, como Argentina, Uruguai, Costa Rica e Equador. O corpo técnico do 5º Curso de Juízes de Queijo, ocorrido nos dias 6 e 7 de junho, também vai integrar o time de jurados. O concurso acontece a partir das 9h, no Memorial Santa Clara, em Carlos Barbosa.
Uma das finalidades do concurso, que teve início em 2015, é o de reconhecer a excelência dos melhores queijos gaúchos. A premiação será Medalha de Ouro para o queijo que atingir de 95 a 100 pontos, Medalha de Prata, para pontuação de 90 a 94 e Medalha de Bronze, para o produto que atingir entre 84 e 89 pontos. “O sistema de pontuação é o mesmo aplicado em concursos internacionais e é utilizado pelas indústrias para melhorar a qualidade dos seus produtos nos quesitos que receberam baixa pontuação. Quem é o maior beneficiado é o consumidor gaúcho, que irão adquirir produtos lácteos de empresas preocupadas com a melhoria contínua dos queijos por eles produzidos”, afirma Neila.
Serviço:
21º Seminário Internacional de Queijos e Leite
Quando: 4/7
Onde: Auditório da Cooperativa Santa Clara – Carlos Barbosa/RS
5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’
Quando: 5/7
Onde: Memorial da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa / RS
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
Créditos: Iran Mattos
Conseleite/MG: preço projetado do leite padrão entregue em junho aumenta para R$ 1,32
O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite MG) definiu um novo valor referência para o leite em Minas Gerais. O litro do leite padrão entregue em maio (a ser pago em junho) foi calculado em R$ 1,3088 e o valor projetado para o leite entregue em junho (a ser pago em julho) é de R$ 1,3203.
A Conseleite diz ainda que oferece para o produtor, além do valor referência, sua plataforma digital que gera valores personalizados para cada agricultor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.Conforme a associação, o valor referência serve de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias, sendo atualizado mensalmente. Porém, destaca que o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros aspectos, como volume, qualidade da produção, sua fidelidade junto ao laticínio, além de outros adicionais.
A associação lembra que os valores de referência referem-se ao “leite padrão”: 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas por ml, 100 mil ufc/ml e produção individual diária de até 160 litros/dia. (As informações são do Conseleite/MG)
Duas Perguntas – Alceu Moreira
Alceu Moreira é deputado federal, presidente do MDB-RS e da Frente Parlamentar Agropecuária.
Qual a sua avaliação sobre a liberação de registros de defensivos agrícolas neste ano?
A liberação de defensivos tem um rito processual a ser seguido, no qual nenhum dos passos pode ser substituído. O que acontece é que tínhamos uma série de produtos que já estavam aprovados na Anvisa, mas que, por questões puramente ideológicas, foram reprimidos. Alguns aguardavam liberação há cerca de 10 anos. O que a direção está fazendo é simplesmente liberar os produtos que já tinham seus processos concluídos.
Que reflexos esta liberação pode ter na produção agrícola nacional?
Quando um mesmo produto é utilizado durante 10 a 15 anos, a lavoura cria resistência e exige doses maiores do defensivo. Ter novas fórmulas no mercado possibilita tratarmos a nossa produção agrícola com maior precisão e segurança, tanto alimentar quanto ecológica e no momento da aplicação. O Brasil vende produtos para 192 países, e todos eles exigem exames toxicológicos. Alguém acredita que a comunidade internacional iria comprar se os produtos brasileiros não estivessem dentro dos padrões exigidos? (Zero Hora)