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19/06/2019

Porto Alegre, 19 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.005

  Palmeira das Missões encerra primeiro ciclo de debates sobre INs 76 e 77

A cidade de Palmeira das Missões (RS) recebeu, nesta quarta-feira (19/6), o encontro que encerra a primeira etapa do ciclo de debates que percorre o Rio Grande do Sul para esclarecer as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorreu no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e reuniu diversos produtores de leite da região, que foram em busca de informação prestada por especialistas.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, abriu o debate ressaltando a importância dos encontros que geraram esclarecimentos e proporcionaram novos caminhos para que os integrantes da cadeia produtiva possam atender às exigências do Ministério da Agricultura. “Observar questões como certificação do leite para tuberculose e brucelose agrega qualidade e benefício a toda a cadeia e diz respeito à saúde pública”, alertou. O dirigente também apresentou números que revelam a liderança do setor leiteiro gaúcho nas indenizações do Fundesa no primeiro trimestre deste ano. Foram R$ 1,07 milhão em contribuições, R$ 1,079 milhão em investimentos setoriais e R$ 24, 8 milhões de saldo até 31 de março.
 
O desempenho da cadeia no Fundesa está diretamente ligado aos resultados do Programa Mais Leite Saudável, implementado em 2017 pelo Ministério da Agricultura e que visa certificar processos dentro das propriedades rurais e que hoje já soma mais de 30 mil produtores beneficiados, conforme apresentou o médico veterinário do Mapa, Roberto Lucena. Em âmbito regional, a Lei do Leite, criada de forma pioneira no país, foi destacada pela médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato.  A especialista lembrou que a lei 14.835/2016 foi criada para dar maior transparência na produção, coleta, transporte e recepção do leite para a indústria.

O depoimento ficou a cargo do produtor Ari Busanello, de Boa Vista das Missões. Preocupado em se adequar aos parâmetros de qualidade, já iniciou a implantação de ordenhadeiras robotizadas em sua propriedade. Outro investimento recente foi em um compost barn, que atualmente abriga 80 vacas. “Ou investia ou parava de trabalhar”, contou. Outro exemplo positivo veio da professora da UFSM Ione Pereira Velho, que falou sobre os resultados obtidos na Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, instituição de Palmeira das Missões que reúne 318 alunos de 51 cidades. Segundo ela, os animais da Escola Técnica já produzem dentro dos padrões exigidos pela legislação, e citou exemplo da CBT, cuja média de vários anos está em 37,03 mil UFC/ml e, em CCS, de 271 mil/ml.
 
A veterinária do Mapa Milene Cé lembrou que as mudanças chegam para beneficiar os consumidores, que, por meio das INs, terão à disposição produtos de vida mais longa nas prateleiras.  Neste sentido, ela salientou que a interrupção da coleta do leite não adequado às normas não se dará imediatamente após o primeiro resultado negativo. Mas, sim, após um cálculo médio baseado em três meses de coleta. 

O encontro encerrou com uma mesa redonda, cujo objetivo foi responder as dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião foi promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Corede Rio das Várzeas, Escola Técnica Celeste Gobbato e Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Beatriz Moraes
 
                  
 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Junho de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Maio de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2019 é de R$ 2,4547/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Preço do leite longa vida caiu no atacado em junho

Foi observado um mercado mais frouxo para os derivados do leite na primeira quinzena de junho. Na comparação com o fechamento do mês anterior, os preços dos lácteos caíram 0,4% no mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos e estados cotados pela Scot Consultoria.

Para o leite longa vida (UHT), a queda foi mais acentuada nas indústrias, de 3,6% no mesmo período. O leite longa vida fechou cotado, em média, em R$2,59/litro. Esse recuo de preços no atacado, mesmo com a produção da matéria-prima (leite cru) em queda, está atrelado a dificuldade de os laticínios escoarem a produção em patamares de preços mais altos.

No varejo, em São Paulo, o cenário foi de praticamente de estabilidade, com queda de 0,1% na primeira metade de junho, frente a quinzena anterior, na média de todos os produtos lácteos cotados. Para essa segunda quinzena de junho, a expectativa é que o mercado continue mais frouxo, tanto no varejo como no atacado, em decorrência do consumo mais enfraquecido, normalmente, observado na segunda metade do mês. 

Outro fator que contribui para esse cenário é o início das férias escolares no final de junho, que em uma época de consumo deixando a desejar é mais um fator que pode pressionar o mercado negativamente. 

Por fim, o incremento de produção da matéria-prima (leite cru) no sul do país, importante bacia leiteria nacional, também poderá contribuir com esse cenário de preços mais frouxos. (Scot Consultoria/Agrolink)

 
 
Preço/AR 

O preço que a indústria está pagando ao produtor vem tendo uma escala sem freios. Já superou os US$ 30 por litro, valor considerado base para que a atividade seja rentável. O Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) informou que o preço pago aos produtores de leite pelo leite cru cresceu 9,1% em maior, com relação a abril. 

A média ficou em 14,54 pesos por litro, 9,1% a mais que os 13,32 pesos por litro do mês anterior. Isso significa, alta de 56,7% em 2019, e um incremento de 130% em relação aos 6,32 pesos de maio de 2018.
Comparação

Essas variações são bem superiores ao aumento do custo de vida medido pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec): a inflação mensal foi de 3,1%, o que representa um acúmulo anual de 19,2%, e um reajuste de preços de 57,3% nos últimos doze meses.

Se bem que os produtos lácteos nas gôndolas também tenham subido mais que o custo de vida em geral (entre 6,1 e 7,5% mensal, entre 31,2 e 39,5% no acumulado de 2019, e entre 81,1 e 87,9% anual), o preço pago aos produtores supera esses índices.

Esses 14,54 pesos significam US$ 0,32/litro, [R$ 1,23/litro], superando os US$ 0,30, [R$ 1,15/litro], que é o valor mínimo considerado para que a atividade seja rentável. (Fonte: Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 
Mapa Leite 
A partir do dia 20 de junho, as capacitações ministradas pelo Senar-RS por meio do programa Mapa Leite serão realizadas na região noroeste do Rio Grande do Sul, no laticínio Tchê Milk sediado no município de Santo Cristo/RS. A primeira etapa dos treinamentos ocorreu em maio no Vale do Taquari. Os cursos são destinados a transportadores de leite e técnicos das indústrias de laticínios. O objetivo é garantir a qualidade do leite que sai das propriedades participantes do programa até a sua transformação em derivados. A primeira capacitação do Noroeste gaúcho, em 20 e 21 de junho, terá oito horas para transportadores e oito para técnicos da indústria de laticínios. Os treinamentos nessa região irão incluir temas como composição química do leite, identificação dos principais contaminantes, processo de obtenção, coleta e transporte do leite, zoonoses transmitidas pelo produto, higienização dos utensílios de coleta. Um dos pontos mais importantes é o que trata das mudanças na legislação por meio da instrução normativa 76 e 77. O Projeto Mapa Leite é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Senar para fornecer assistência técnica e gerencial a 3,3 mil propriedades rurais, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento seguro e de qualidade. A ação está presente nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Página Rural)

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