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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.760


Dano progressivo do FAF alerta setor lácteo

Nociva para a produção de laticínios já em 2022, a implementação progressiva do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) deve agravar os problemas do segmento nos próximos anos. Pela regulamentação prevista, a penalização à produção de 5% em 2022 deve chegar a 10% em 2023 e 15% em 2024. Segundo o 1º vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a implementação dessa escala traz impacto muito forte à produção de laticínios, uma vez que ceifa a competitividade do segmento frente a outros estados onde o FAF não existe. O FAF foi criado para estimular a aquisição de insumos dentro do Rio Grande do Sul, algo que, para o segmento, é inviável tendo em vista a origem de itens como embalagens. O tema foi assunto nesta segunda-feira (10/10) de reunião híbrida na Câmara Setorial da cadeia Produtiva do Leite na Secretaria Estadual da Agricultura. 

O assunto já foi levado à Secretaria da Fazenda, mas não houve sensibilização por parte do Governo. Diante das manifestações de representantes da indústria e de produtores, o secretário da Agricultura, Domingos Antônio Velho Lopes, se colocou à disposição para levar novamente a demanda do setor à Secretaria da Fazenda.

Segundo o Sindilat, o tributo representa prejuízo à cadeia, gerando perda de competitividade. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, exemplificou que o Paraná chegou a incluir o leite na redução de benefícios fiscais, mas voltou atrás para proteger sua produção, hoje a segunda em quantidade no país. “Para nos mantermos competitivos, especialmente em relação a Santa Catarina e ao Paraná, precisamos retirar o FAF da cadeia”, reforçou. 

A atual carga tributária do RS, alega Palharini, é um fator de desestímulo à cadeia como um todo.  “O mercado regula os valores pagos à cadeia, então precisamos aparar todas as arestas para garantirmos a competitividade”. O RS, que por anos foi segundo maior produtor, está em terceiro lugar, atrás de Minas Gerais (1º) e do Paraná (2º), e cada vez mais perto de Santa Catarina (4º) e de Goiás (5º).

Eugênio Zanetti, Coordenador da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, destacou a importância de trabalhar como cadeia para buscar tornar o setor mais competitivo e assim frear esse prejuízo ainda este ano. Na reunião, também foram debatidos outros assuntos relacionados ao setor sobre Fundoleite e a continuidade do Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Novos cenários, velhos comportamentos?

O mundo muda, e as transformações acontecem cada vez mais rápido. O ontem pode já ter se tornado obsoleto. O mundo exige de nós adaptações, disruptivas ou não. As inovações batem à porta construindo novos cenários, que nem sempre condizem com velhos comportamentos.
 
Para a produção de alimentos do futuro, inclusive para a cadeia láctea, os novos cenários trazem consigo desafios, ao passo que carregam um leque de oportunidades. No leite, a digitalização, fruto do avanço exponencial da conectividade, expandiu e deu origem aos novos canais de distribuição, e até mesmo a criação de novos modelos de negócio.
 
Também fruto da tecnologia combinados às mudanças no perfil de consumo, os produtos plant-based surgem como concorrentes aos lácteos. Inclusive, já existem até mesmo, aqueles elaborados em laboratório, por meio de processos fermentativos.
 
Aqui, cabem grandes e bons questionamentos: qual o impacto dos produtos vegetais para o mercado de leite e derivados? Os laticínios devem incluir em seu portfólio linhas plant-based?  Ou devem utilizar dos meios de comunicação e das estratégias de marketing para fomentar o consumo de lácteos, construindo uma narrativa própria e genuína?
 
Das gôndolas para o campo, a produção de leite mundial também passa por grandes transformações estruturais, modificando a dinâmica, oferta e o mercado de leite. Essas modificações trazem reflexo direto para as indústrias processadoras. Como lidar com as transformações no campo e a produção de leite do futuro?
 
É neste panorama de mudanças que o Dairy Vision, um dos principais fóruns do leite mundial desde 2015, chega a sua 8ª edição, em Campinas/SP, nos dias 22 e 23 de novembro. Com 26 palestras ministradas por palestrantes nacionais e internacionais, o Dairy Vsion 2022 reunirá os principais líderes e agentes lácteos do mundo para traçar tendências e estratégias competitivas.
 
Explore os novos cenários do leite mundial, tome decisões assertivas e comportamentos estratégicos, participe do Dairy Vision 2022! 
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)
 

Leite spot apresenta alta na primeira quinzena de outubro

Dados do MilkPoint Mercado apontam elevação de 2,71% na primeira quinzena de outubro no leite spot, em comparação a quinzena anterior. O preço se estabeleceu em R$2,65/litro na média Brasil – aumento de R$0,07/litro frente a segunda quinzena de setembro, que fechou em R$2,58/litro.
 
Nesta primeira quinzena de outubro, os preços do leite spot passaram pela segunda variação positiva consecutiva, após quedas acentuadas.
 
Este cenário se formou frente as expectativas de melhora na demanda pelos derivados lácteos e mercado mais favorável para a venda de queijos, o que ocasionou uma diminuição do volume de leite spot ofertado pelas queijarias, gerando uma pressão de alta nos preços. Além disso, o volume de captação de leite no campo pelas indústrias ainda não decolou, intensificando a necessidade de adquirir leite no mercado spot. (Milkpoint Mercado)


Jogo Rápido 

Preço do gás natural cai 5%
A Petrobras anunciou ontem que vai reduzir o preço do gás natural em 5% para seus clientes a partir de 1° de novembro. Os novos preços seguirão vigentes até 31 de janeiro de 2023, conforme estabelecido nos contratos firmados, informou a estatal. Os contratos de gás natural da Petrobras preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações dSo petróleo Brent e da taxa de câmbio. Em agosto, setembro e outubro o petróleo teve queda de 11,5% e o câmbio, depreciação de 6,5%, ou seja, a quantia em reais para se converter em 1 dólar aumentou 6,5%. “A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e, no caso do GNV, dos postos de revenda, e pelos tributos federais e estaduais”, detalhou a companhia em comunicado. As tarifas ao consumidor dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais. Tanto a Naturgy, que atende o Estado do Rio de Janeiro, como a Cegás, do Ceará, já anunciaram que vão reduzir o preço do insumo para os consumidores a partir de novembro. No Rio a queda girou entre 2,9% e 6,8%, enquanto no Ceará o preço declinou 14%. Entre outros quesitos, as cotações do petróleo no mercado global influenciam os preços dos combustíveis estabelecidos pela Petrobras para as refinarias e distribuidoras. Ontem, os preços do barril recuaram no mundo. Em Nova Iorque o contrato do WTI para novembro fechou em baixa de 1,63%, a 91,13 dólares. Em Londres o Brent para dezembro caiu 1,77%, para 96,19 dólares. Dados fracos da China reavivaram preocupações sobre a demanda. Pesquisa da S&P Global mostrou que o índice de gerentes de compras de serviços chinês caiu de 55 a 49,3 em setembro, entrando em território de contração. (Correio do Povo)

 
 
 

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Porto Alegre, 10 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.759


Rotulagem de alimentos tem nova regra no País
 
Entram em vigor neste domingo as novas regras sobre a rotulagem de alimentos. O objetivo é melhorar a clareza das informações e, assim, auxiliar o consumidor a fazer escolhas mais conscientes sobre os produtos. Entre as principais mudanças está a adoção do detalhamento nutricional frontal, além de alterações nas tabelas e alegações nutricionais nas embalagens. Caroline Freitas, que trabalha como responsável técnica e consultora de alimentos no setor varejista, avalia que a rotulagem é um item de extrema importância, pois é a comunicação direta da marca com o consumidor. “Quando o rótulo não apresenta informações corretas e de boa qualidade, o consumidor fica com dificuldades em exercer o seu direito de melhor escolha, e o alimento não cumpre com plenitude o seu papel de nutrir”, orienta. 
 
A profissional lembra que a rotulagem nutricional está à disposição do consumidor brasileiro desde 1998 e vem sendo aprimorada com base na ciência. Em 2014, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu publicidade a problemas recorrentes em relação a aplicação e uso dos atuais critérios, como, por exemplo, baixo nível de educação e conhecimento nutricional dos consumidores. Com as mudanças aplicadas, alimentos que contenham elevada quantidade de açúcares adicionado, gordura saturada e sódio deverão apresentar rotulagem nutricional frontal. “Outra mudança importante ocorre na tabela de informação nutricional, que deve ser desenvolvida de forma padronizada, em suas cores, fontes, tamanho de letra. Passa a ser obrigatória a declaração de açúcares totais e adicionados, do valor energético e de nutrientes por 100g ou 100 ml”, explica Caroline. 
 
Os comerciantes poderão escolher de forma mais clara os alimentos que melhor atendam ao seu nicho de clientes. Para as marcas, abre a possibilidade de reformular ou desenvolver novos produtos, inclusive, tornando-os mais saudáveis e nutritivos. O fato, conforme especialistas, pode ser visto como um adjuvante na promoção da saúde pública, já que auxilia na prevenção de doenças como hipertensão e diabetes. As marcas devem estar atentas aos prazos para adequações e formas de aplicação das normas. O não cumprimento pode acarretar em multas ou recolhimento do produto nos pontos de venda. Júlia Tischer, responsável técnica do Laboratório de Físico-Química do Unianálises, alerta que a adaptação às novas regras requer que sejam feitas análises laboratoriais dos produtos para conhecimento do teor dos nutrientes obrigatórios a serem declarados. 
 
“A partir dessas informações, é necessário realizar o enquadramento do produto nas regras de informação nutricional frontal e de alegações nutricionais”, esclarece. Para ela, a novidade permite informar com maior clareza e auxiliar o consumidor a fazer comparações na prateleira. “Essas mudanças facilitarão a compreensão sobre o conteúdo de ingredientes prejudiciais à saúde e auxiliarão o consumidor a fazer escolhas mais conscientes, especialmente aos que estão buscando uma dieta mais saudável e equilibrada.”
 
Calendário de adaptação
As novas regras para rotulagem de alimentos entram em vigor no dia 9 de outubro, portanto é importante que as empresas estejam atentas ao prazo de adequação. Novos produtos lançados a partir da data já devem estar com os rótulos adequados às novas regras. Para os produtos que já estão no mercado até a data, os prazos para adequação são:
 
• até 9 de outubro de 2023 (12 meses da data de vigência da norma) para os alimentos em geral;
• até 9 de outubro de 2024 (24 meses da data de vigência da norma) para os alimentos fabricados por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, empreendimento econômico solidário, microempreendedor individual, agroindústria de pequeno porte, agroindústria artesanal e alimentos produzidos de forma artesanal;  
• até 9 de outubro de 2025 (36 meses da data de vigência da norma) para as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, observando o processo gradual de substituição dos rótulos. (Jornal do Comércio)


País fechará contas no azul 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que as contas públicas atingiram saldo positivo de R$ 13,5 bilhões após revisão. Se confirmadas as projeções, será a primeira vez em oito anos que o país fechará as contas no azul. Até então o rombo era calculado em R$ 59,3 bilhões. A melhora, detalhou o ministro, representa R$ 72,9 bilhões em relação à projeção anterior. 

O motivo da mudança dos resultados para o campo positivo, explicou Guedes, se deve a fatores como o aumento de arrecadação de impostos e a contenção de despesas. “Se confirmada a projeção para o resultado primário, será a melhor em oito anos. Desde 2014 o Brasil apresentava saldo negativo nas contas públicas”, assinalou o ministro em suas redes sociais.

Em 2022 o governo central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, deverá obter um superávit primário de R$ 13,5 bilhões. Além de as despesas caírem, o governo aumentou projeções de receitas. A estimativa com os novos números está no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas enviado no último dia 22 de setembro ao Congresso. A versão anterior do documento, divulgada em julho, previa um déficit primário de R$ 59,3 bilhões. Desde 2014, ano a ano, o país vem registrando déficit primário. (Correio do Povo)

FAO: Índice de preços dos alimentos permanece caindo; lácteos tem terceira queda consecutiva

O Índice de Preços de Alimentos da FAO, agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, alcançou 136,3 pontos em setembro, queda de 1,5 ponto (1,1%) em relação a agosto, em seu sexto declínio mensal consecutivo.
 
O recuo é resultado da forte queda dos preços internacionais de óleos vegetais e de baixas moderadas de açúcar, carnes e laticínios. Esses movimentos mais do que compensaram a recuperação observada no indicador de cereais. Apesar da nova variação negativa, o indicador da FAO manteve-se 7,2 pontos (5,5%) acima do registrado em setembro de 2021.
 
Lácteos
Os lácteos tiveram a terceira queda mensal consecutiva e atingiu 142,5 pontos em setembro, 0,8 ponto (0,6%) abaixo de agosto, refletindo em grande parte o impacto do euro mais fraco que o dólar.
 
Carnes
As carnes também caíram pelo terceiro mês seguido, para 121,4 pontos em setembro, queda de 0,6 ponto (0,5%) em relação a agosto. Conforme a FAO, câmbio influenciou os preços da carne ovina, enquanto a carne bovina recuou com o aumento das exportações do Brasil. Os preços da carne de aves caíram marginalmente, uma vez que as compras mundiais permaneceram moderadas.
 
Cereais
Por fim, contrariando o que ocorreu com a maioria dos grupos de produtos, os preços dos cereais subiram 2,2 pontos (1,5%) em relação a agosto, e o grupo chegou a 147,8 pontos. “Os preços internacionais do trigo se recuperaram 2,2%, sustentados pela maior incerteza sobre a continuação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro”, diz a FAO.
 
Além disso, as preocupações com as condições de seca na Argentina e nos EUA, bem como o ritmo acelerado das exportações da União Europeia - além da maior demanda interna do bloco em meio à oferta mais apertada de milho -, forneceram mais o suporte aos preços dos cereais. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Cesta básica
Em setembro, a cesta básica em Porto Alegre registrou queda de 0,55%, em relação ao mês anterior, passando a custar R$ 743,94. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o recuo foi puxado pela baixa no preço do leite (-15,99%). (Jornal do Comércio)

 
 

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Porto Alegre, 07 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.758


O que podemos esperar para o próximo mês?

Após o leilão Global Dairy Trade (GDT) passar por correções nos preços, e avançar no mês de setembro, devido ao aumento da demanda de países emergentes, como a Argélia e o Marrocos, que aproveitaram os preços em baixa, os preços voltaram a recuar neste início de outubro, e seguem em níveis baixos.

A demanda chinesa segue aquém do esperado e a oferta começa e se elevar, frente a sazonalidade de produção, ocorrendo pressões de baixa nos valores praticados. Impulsionando este cenário tem-se o risco de recessão econômica mundial, com novos dados norte-americanos trazendo um cenário pessimista para o mercado e a Europa enfrentando crise econômica e energética, frente a problemas climáticos e a guerra da Ucrânia.

Todos estes fatores impactam negativamente nos preços dos produtos internacionais, contribuindo para estimular as importações.

Em contrapartida, os preços no mercado interno passaram por sucessivas quedas nas últimas semanas, frente a demanda ainda desestabilizada e aumento da oferta. Este cenário contribui para desestimular as importações.

Sendo assim, para os próximos meses, com a produção interna de leite aumentando e com preços de vendas das indústrias em patamares inferiores aos vistos meses atrás, as importações devem começar a perder força, e a janela de exportações, pelo menos a curto prazo, ainda deve se manter fechada. (Milkpoint Mercado) 


Resfriamento de vacas pauta segundo dia de discussões do Fórum Tecnológico do Leite de Teutônia
 
O auditório central do Colégio Teutônia esteve praticamente lotado na quarta-feira (05/10), para a segunda etapa da 16ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, de Teutônia. Na ocasião um público de cerca de 300 pessoas – entre agricultores, técnicos, representantes de entidades ligadas ao setor e estudantes – acompanhou palestras, relatos de experiências, debates e oficinas que tiveram como tema central o resfriamento das vacas como alternativa que garanta estabilidade na produção durante todo o ano, inclusive no verão, e bons números zootécnicos.
 
A respeito do assunto principal da atividade, o coordenador do Centro de Treinamento de Agricultores de Teutônia (Certa) e extensionista da Emater/RS-Ascar Maicon Berwanger salienta que ele observa a realidade local dos bovinocultores de leite, estabelecendo ainda diálogo com as principais demandas e gargalos da cadeia produtiva regional. “O tema resfriamento de vacas ainda é relativamente novo no mercado atual e ele parte de estudos e diagnósticos feitos pelo coletivo que planeja o fórum e que busca trazer conteúdos que sejam relevantes e que impactem o dia a dia dos participantes”, comenta.
 
Berwanger observa ainda o fato de outros temas, como alimentação do rebanho, genética, qualidade do leite, equipamentos e outros já terem sido discutidos anteriormente. “Só que hoje em dia o conforto animal parece carecer de uma atualização, dada a sua relevância”, explica, justificando a escolha do médico veterinário e consultor técnico Top Leite Adriano Seddon como palestrante. Seddon, uma das referências quando o assunto é o bem-estar do rebanho, apresentou o painel “Como resfriar suas vacas e não perder dinheiro neste verão?”, trazendo dados técnicos e informações sobre o assunto.
 
Em sua manifestação, o palestrante partiu de um dos principais gargalos da produção de leite em regiões quentes e úmidas – como é o caso do Vale do Taquari – para ressaltar a importância dos cuidados com a temperatura dos animais para que seu estresse pelo calor seja minimizado e a produtividade seja preservada. Apresentando cálculos na prática, Seddon destacou como a adoção de tecnologias de baixo investimento podem representar grande retorno financeiro para as propriedades. “Uma vaca resfriada é uma vaca estabilizada, com menos problemas metabólicos, mais eficiência e mais qualidade na matéria-prima”, frisou.
 
Durante a palestra, instigou o público a refletir sobre qual seria a “vaca mais importante da propriedade”, dando como resposta a vaca “pré-parto”. “Seguida pela seca, pela pós-parto e aí sim a que está em lactação”, comentou. Esta quebra de paradigmas evidencia o fato de que resfriar vacas que estejam próximas do parto garantirá bom desempenho das gerações seguintes. “Nesse sentido, mitigar o estresse térmico, tiras as vacas do sol, adotar espaços de deslocamento do rebanho sombreados e adotar a combinação ‘vento e água’ será fundamental para um melhor desempenho”, afirma.
 
Cases apresentam bons resultados
Ainda dentro da programação, dois produtores de leite apresentaram cases com resultados satisfatórios no que diz respeito ao resfriamento das vacas, sendo eles Fabrício Balerini, de Vespasiano Corrêa e Edemar Follmann, de Boa Vista do Buricá. Balerini, um dos agraciados com o Prêmio Referência Leiteira na última Expointer, comentou os caminhos que levaram as atuais 100 vacas em lactação a produzirem cerca de 4.200 litros de leite ao dia, o que também dialoga com investimentos em tecnologias que visam promover o conforto animal do rebanho.
 
Ele descreveu os caminhos na implantação de sistemas que buscavam minimizar o estresse térmico, em um período em que não tinham muita clareza sobre os tipos de investimentos que seriam necessários para o atendimento desta demanda. Em sua fala, apresentou gráficos que evidenciavam o aumento da produtividade de leite com a implantação de seis ventiladores no free stall. “O que se pode perceber foi que o sistema se pagou em menos de seis meses, o que garante ainda uniformidade, padrão de manejos e um ótimo efeito cumulativo”, pondera.
 
A fala do Follmann foi ao encontro da de Balerini. “Muitas vezes a gente tende a esperar o problema chegar para somente aí pensar em uma solução”. O produtor valorizou a implantação do sistema de resfriamento de vacas, que fez com que a produção no verão, que antes tinha uma queda de quase 50%, fosse mantida. “Em linhas gerais, durante todo o ano, a média no aumento da litragem por animal chegou a sete litros, sendo 12 litros de incremento no verão”, pontuou. “Assim, é importante dar valor a quem nos apresenta tecnologias eficientes”, finalizou.
 
Autoridades elogiam
Presente no evento, o presidente da Emater/RS, Alex Corrêa, valorizou a oportunidade de troca de conhecimentos entre os envolvidos e a busca por tecnologias de baixo investimento que possam resultar em um retorno satisfatório. “Nesse sentido, estamos ao lado dos agricultores na busca incessante por fortalecer a atividade rural”, analisou. Já a coordenadora do curso Técnico em Agropecuária do Colégio Teutônia, Cristiana Terra, comentou a evolução constante da cadeia produtiva do leite e os impactos regionais nesta que é a base de renda de muitas famílias da região. A mesa das autoridades também contou com o Prefeito de Teutônia Celso Forneck.
 
Com o tema “Tecnologias que impactam na rentabilidade da atividade leiteira”, o 16º Fórum Tecnológico do Leite teve início na noite de 29 de setembro, com transmissão online de dois cases de criação de terneiras. O vídeo já foi visualizado por quase duas mil pessoas desde o seu lançamento. Alusiva ainda aos 70 anos do Colégio Teutônia, a programação contou com o apoio da Prefeitura de Teutônia, patrocínio ouro de Certel Artefatos de Cimento, Top Leite, Duagro, Gestor RP, Select Sires e Milkparts; patrocínio prata de Languiru, Dália Alimentos, Sindilat/RS, Machado Agropecuária, Samaq Massey Ferguson, Comercial Agrícola Maná, Nutron, Tangará, Cooperagri, Sicredi Ouro Branco, Fábio Guilhermano e Launer Química. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 39/2022 – SEAPDR
 
A próxima semana permanecerá com muita umidade e temperaturas amenas no RS. Na quinta (06), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo estado, com risco de temporais isolados, granizo e fortes rajadas de vento. No sábado (08), a presença de ar quente e úmido favorecerá a elevação das temperaturas, sem previsão de chuva em todo Estado. No domingo (09), a rápida propagação de uma frente fria vai trazer o retorno da chuva em todo estado. 
 
Na segunda-feira (10), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com ligeiro declínio das temperaturas e nevoeiros ao amanhecer. Na terça (11), o deslocamento de uma nova área de baixa pressão entre o RS e SC vai provocar chuva em todo estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta-feira (12), a chegada de uma nova massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e manterá as temperaturas amenas. 
 
Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


Jogo Rápido 

Boletim CILeite_Custo de produção de leite cai em setembro. Variação foi de -0,9%.
 Queda significativa no custo de produção de volumosos, motivada pela queda do óleo diesel e dos adubos. O trimestre julho a setembro, que marcou pico da entressafra no Brasil Central,  registrou volatilidade de preços dos insumos. A inflação acumulada no ano é de 3,4%. No acumulado de doze meses a variação dos custos de produção atinge 8,0%. Os dados e análises você encontra no Boletim ICPLeite/Embrapa do CILeite: https://www.cileite.com.br/sites/default/files/ICPLeite_setembro_2022.pdf
(Fonte: CILeite/Embrapa)

 
 
 

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Porto Alegre, 06 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.757


Balança comercial de lácteos: importações seguem em alta

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (05/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de aproximadamente -190 milhões de litros em equivalente-leite no mês de setembro, uma diminuição de 25 milhões, ou aproximadamente 13,2% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (setembro/2021), o saldo foi ainda mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -73 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 117 milhões de litros, ou -61,6%.

Esta foi a quinta variação negativa consecutiva, e o valor é segundo menor da séria histórica, ficando atrás apenas de setembro de 2016, quando o saldo atingiu -193 milhões. Confira a evolução no saldo da balança comercial de lácteos no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

As exportações seguiram desestimuladas, e não registraram grandes alterações, passando por uma leve elevação. O período apresentou um aumento de 0,7 milhões de litros no volume exportado, representando um avanço de aproximadamente 10,1%.

Ao se comparar com 2021, o cenário é semelhante, ocorrendo um acréscimo de 0,6 milhões de litros, representando um avanço de aproximadamente 8,6% no volume exportado no período.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

 
Do lado das importações, observou-se um forte avanço nas negociações, frente aos preços internacionais estarem operando em patamares baixos.

O mês de setembro apresentou um aumento de 14,8% nas importações, em relação ao mês anterior, com um acréscimo no volume de importações de 25,4 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, também se nota um forte aumento entre os volumes importados; em setembro de 2021, 80,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 146,6%, configurando um aumento expressivo de 117,4 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir.

Este resultado foi o segundo maior para o volume de importações da série histórica, ficando atrás apenas de setembro de 2016, quando as importações atingiram 225,5 milhões de litros em equivalente-leite.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Esse expressivo aumento nos volumes importados e exportações ainda desestimuladas, sem grandes alterações, ocasionaram o segundo saldo mais negativo da balança comercial de lácteos da série histórica, e o recorde para o mês de outubro, apresentando o resultado mais negativo do ano, até o momento.

Este cenário se formou devido alguns fatores, tais como: os preços internacionais operando em patamares baixos e os preços dos derivados lácteos no mercado interno.

Após passarem por sucessivas quedas, os preços internacionais seguem em baixa. A China, ainda com demanda desestabilizada, associado ao aumento da oferta mundial, frente a sazonalidade de produção, vem impactando nos preços internacionais e ocasionando pressões de baixa.

Um outro ponto que vem atuando para consolidar o cenário baixista dos preços é o risco de recessão econômica mundial, que vem se intensificando, com os Estados Unidos apresentando aumento na inflação, elevando a taxa básica de juros novamente em 0,75 p.p em sua última reunião do Federal Reserve, em uma tentativa de controlar essa questão, e a Europa e China enfrentando desaceleração econômica e problemas energéticos e climáticos, com a Europa enfrentando uma das piores crises energéticas dos últimos tempos, reflexos do clima quente e seco, e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Esses fatos associados a baixa disponibilidade de leite no mercado interno no 1º semestre, que impactaram nos preços, nos últimos meses, trouxeram um ganho de competitividade para os produtos internacionais, o que refletiu em um maior volume de importações. 

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em setembro, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado.

O leite em pó integral teve uma elevação de 11% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, os produtos que tiveram maiores variações com relação à importação foram o leite em pó desnatado e o soro de leite, com aumentos de 63% e 41,4%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o leite UHT, os queijos e o creme de leite, que juntos, representaram 88% da pauta exportadora. O leite UHT e o leite condensado apresentaram avanços de 51% e 136% no volume exportado, respectivamente, enquanto o leite em pó integral recuou cerca de -88%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de setembro deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em setembro de 2022.

(Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT/(Milkpoint Mercado) 


Aliança Láctea defende plano de exportação para escoamento da produção

Frente ao atual cenário de lácteos, a Aliança Láctea Sul-Brasileira, formada por Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, defendeu, na manhã desta quinta-feira (6/10), a necessidade de se desenvolver um plano de exportação. A medida foi apontada pelo o atual coordenador da Aliança e ex-secretário de Estado da Agricultura de SC, Airton Spies, como uma estratégia para expandir a competitividade do segmento. “Para desenvolver o setor precisamos ser estratégicos”, frisou. O dirigente destacou a importância de um alinhamento da cadeia para traçar ações de incentivo e desenvolvimento a fim de efetivar a conquista do mercado externo. O encontro, realizado na sede da Federação da Agricultura do Paraná e de forma on-line, reuniu secretários de Estado, presidentes de federações e sindicatos.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Guilherme Portella, reforçou a importância de trabalhar o setor para esse movimento, buscando competitividade de custo e escala. “Temos que desenhar cenários para exportação e alinhar nossa estrutura para alcançar esses mercados. Trabalhando especialmente o custo para alcançar a competitividade necessária”. Pontuou, ainda, a necessidade de se fomentar o aumento de consumo interno como parte de um trabalho de valorização do setor, citando os projetos “Fazenda Doce de Leite” e “Arte na Caixinha”, desenvolvidos pelo sindicato na Expointer e pós-evento. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, complementou que as ações serão desenvolvidas ao longo do ano de 2022 e até dezembro de 2023 para o público de 5 a 10 anos a fim de ampliar o conhecimento sobre a atividade leiteira, bem como sobre o destino correto das embalagens de leite.

Veterinário espanhol Rafael Ortega Arias de Velasco, realizou apresentação sobre “Estratégias para melhorar a competitividade do leite e sua influência no teor de sólidos”, passando questões como nutrição, bem-estar e sanidade dos rebanhos.

Como alinhamento final ficou acertado entre os participantes pontos a serem trabalhados em plano de desenvolvimento da cadeia visando às exportações a fim de que o setor se torne mais competitivo. Sendo o ponto de partida buscar soluções para o grande entrave que é o custo do leite entre os principais exportadores e encontrar alternativa ao atual cenário em que só se consegue exportar diante de um câmbio favorável ou com uma grande valorização dos lácteos no mercado internacional. As propostas serão debatidas em novo encontro agendado para novembro. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Espanha – A captação de leite cai pelo sexto mês consecutivo

A captação de leite na Espanha em agosto foi de 602.011 toneladas, 3,9% menos que em agosto de 2021. 
 
É o sexto mês consecutivo em que a produção cai. Para a organização rural Unión de Uniones (UyU) esta tendência mostra que o setor não recupera, apesar dos incentivos e ligeiros aumentos de preços.
 
No acumulado anual, a produção de leite alcança 4.987.789 toneladas, o que representa queda de 1,62% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
A média nacional dos preços, em agosto, foi de 0,476 €/litro, o que representou aumento de 0,013 €/litro em relação a julho de 2022 e 40,83% superior ao valor de agosto de 2021.
 
Ainda assim, o número de produtores continua caindo; em agosto de 2022 foram 10.918, 793 menos que em agosto do ano passado (mais do que a média de perda que era de 700 por ano).
 
Por outro lado, os dados dos preços do leite a nível da União Europeia (UE) divulgados pelo Observatório do Mercado do Leite (MMO), comprovam as denúncias da UyU. O aumento do preço do leite ao produtor, em julho,  (os dados para agosto são provisórios ou estimativas), na Espanha foi de 39% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já a média na UE foi 42%. Entre os seis maiores produtores europeus (Espanha é o sétimo), o aumento de preços, em relação a julho do ano passado, variou entre 18% (França) e 60% (Holanda).
 
Quanto ao setor orgânico, em agosto, o leite declarado por compradores a nível nacional foi de 3.818 toneladas (-9,7% em relação a agosto de 2021), com o preço médio de 0,529 €/litro (11,84% superior a agosto de 2021). No acumulado do ano são 32.878 toneladas. (Fonte: Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br) 


Jogo Rápido 

INSCRIÇÕES ABERTAS: 2º Prêmio Referência Leiteira RS  
Os produtores de leite do RS podem se inscrever até 31/10/2022 no 2º Prêmio Referência Leiteira RS, para as categorias “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistemas à base de pasto” e “Propriedade Referência em Produção de Leite – Sistema de Semi confinamento ou confinamento”. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. As inscrições serão realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS e a divulgação dos resultados e premiação durante a Expointer 2023. Acesse o regulamento e a ficha de inscrição clicando aqui. (As informações são do Sindilat/RS)

 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 05 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.756


Divergências travam debate de regras para proteínas alternativas
 
As divergências sobre a nomenclatura das proteínas alternativas travaram o andamento da proposta de regulamentação do mercado de produtos plant-based no país. A minuta de normativa, que estava prestes a entrar em consulta pública, deverá ser reestruturada após o ministro da Agricultura, Marcos Montes, defender a proibição do uso de termos como “carne”, “leite”, “hambúrguer” e “queijo” para designar itens que não sejam de origem animal.
 
Em agosto, Montes enviou ofícios aos ministérios da Saúde e da Justiça solicitando a “urgente restrição dos rótulos e marcas comerciais que usam indevidamente o nome de produtos tradicionais de origem animal em produtos de origem vegetal”. O texto diz que “utilizar os mesmos nomes para designar produtos vegetais, que têm diferentes características e distintos valores nutricionais, induz o consumidor a erro”. Para o ministro, o consumidor pode “achar que está adquirindo produto conhecido e com as mesmas características, o que não é verdade”. Uma nota técnica do ministério foi mais enfática e pediu que se coíba o uso dos termos tradicionais nos produtos plant-based, mesmo que acompanhados das expressões “vegetal” ou “vegano”. O documento critica, por exemplo, as designações de itens como “creme de leite de arroz”, “queijo vegano” e “manteiga de coco”. 
 
Histórico
O ofício e a nota técnica não levaram em consideração o trabalho da equipe do próprio ministério, que desde 2019 discute o tema com diversos agentes das cadeias de produção vegetal e animal para buscar consensos sobre as normas. O teor enfático dos documentos foi recebido como um balde de água fria, apurou o Valor. A proposta inicial era criar uma regulamentação com informações claras e conceitos básicos, mas sem proibições contundentes. O trabalho estava estruturado e havia possibilidade, mesmo que remota, de a assinatura ocorrer ainda em 2022. Agora, vai se tentar definir um texto que possa entrar em consulta pública até o fim do ano. Temor Pequenos e médios frigoríficos - que, ao contrário das grandes empresas de carne, não investem em proteínas alternativas - e também laticínios temem perder mercado para os produtos plant-based que usam a nomenclatura “tradicional”. Esses segmentos comemoraram a posição que o ministério adotou no ofício e na nota técnica.
 
“O vácuo legal abre a possibilidade de abusos e de uso indevido da nomenclatura, além de aumentar a chance de pedidos de fiscalização e apreensão de produtos já amplamente comercializados”, afirmou ao Valor uma pessoa a par das discussões. Há críticas de que a discussão teria ficado mais “política” do que “técnica”. “A tentativa de regulação deu dois passos para trás”, disse. O ministro Marcos Montes pediu posicionamentos técnicos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde, e à Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, que ainda não responderam oficialmente. Ele também sugeriu a criação de uma norma conjunta para regular o setor de plant based que preveja “novos termos para esses produtos distintos”, citando o exemplo da “diferenciação bem-estabelecida na sociedade brasileira” entre a manteiga, de origem animal, e a margarina, de base vegetal. 
 
Confusão para o consumidor
Nos documentos, o principal argumento do ministério é que usar nos produtos à base de vegetais os termos que já batizam itens de origem animal pode confundir o consumidor. No entanto, segundo pesquisas divulgadas por empresas do segmento plant-based, os consumidores escolhem as proteínas de origem vegetal de maneira consciente. A convicção de que as pessoas sabem distinguir os produtos vegetais e animais existe também no governo, até porque os preços desses itens são bastante diferentes. A avaliação é que proibir a nomenclatura não é a melhor saída. Um exemplo é o caso de uma lei de 1965 que vetou o uso da palavra “couro” para fazer referência a materiais sintéticos, mas que nunca surtiu efeito. Cedo ou tarde, a regulamentação deverá trazer normas claras sobre nomenclatura, rotulagem, fabricação, comercialização, composição e qualidade dos produtos. As regras sobre contaminantes de agrotóxicos e questões microbiológicas deverão assegurar proteção básica aos consumidores.

Marketing
A proposta também vai tentar impedir campanhas de marketing que depreciem os produtos dos concorrentes. Para quem acompanha o tema, a atual animosidade entre frigoríficos e laticínios surgiu com os ataques do setor de plant-based às proteínas animais. Consultado, o Ministério da Justiça disse que a Senacon está em contato frequente com o Ministério da Agricultura para buscar um consenso sobre os produtos plant based e que fiscaliza as marcas. “Caso a secretaria avalie que os produtos estejam confundindo o consumidor, [as empresas] serão notificadas para que, no prazo legal, se adequem”, diz. As que não se adequarem “poderão sofrer as medidas administrativas previstas em lei, como suspensão do fornecimento de produtos e sanções pecuniárias”. Anvisa e Ministério da Agricultura não responderam até a conclusão deste texto. (Valor Econômico)


As pautas do agro com prioridade na "fila" da Assembleia

Com os representantes da Assembleia Legislativa dos próximos quatro anos escolhidos, as pautas do agro a receberem prioridade já estão na ordem do dia. Uma delas, estabelecida pela Frente Parlamentar Agropecuária Gaúcha, é aumentar o orçamento da pasta da Agricultura. - É desproporcional. Hoje, a secretaria recebe 1% do orçamento do Estado e representa um setor que contribui com mais de 30% da economia gaúcha - afirma Elton Weber, deputado estadual reeleito e presidente da frente parlamentar.
 
Ele cita como outro foco da Assembleia, a simplificação de burocracias relacionadas a licenciamentos ambientais para construção de reservatórios de água. Essa questão vem sendo apontada por representantes do agro como uma maneira de amenizar a estiagem. No primeiro turno das eleições, 18 deputados estaduais que integram a Frente Parlamentar Agropecuária Gaúcha foram reeleitos. 
 
Na lista dos integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) do Congresso, 13 deputados federais que representam o RS também ganharam novo mandato. (Zero Hora)

4 motivos para participar do Dairy Vision 2022

O Dairy Vision, desde 2015, é consagrado como um dos principais fóruns de discussão do leite mundial. Durante as sete edições já realizadas do evento, o Dairy Vision reúne os principais agentes do setor para traçar tendências, estratégias competitivas e antecipar-se assertivamente ao futuro.
 
Este ano, para a 8ª edição, que acontecerá em Campinas, nos dias 22 e 23 de novembro, o Dairy Vision 2022, com palestrantes nacionais e internacionais, trará importantes pautas para o presente e o futuro do leite mundial: as transformações estruturais no campo, marketing, produtos concorrentes, novos canais de distribuição, inovação, tecnologia, comunicação e muito mais!  
 
Confira abaixo 4 motivos para participar do Dairy Vision 2022: 
1) Networking: o ponto de encontro dos principais executivos da cadeia do leite do Brasil, o Dairy Vision é hoje um dos mais relevantes eventos do segmento e proporciona networking de altíssimo nível.
 
2) Conteúdo Diferenciado: a excelência e a credibilidade de mais de 22 anos do MilkPoint Ventures na entrega do melhor conteúdo do leite, traz para a 8ª edição do Dairy Vision os melhores palestrantes e os temas mais relevantes.
 
3) Novamente juntos, presencialmente: em Campinas, dias 22 e 23 de novembro temos um encontro marcado. Entenderemos as mudanças da cadeia láctea em busca de encontrar as oportunidades para o setor. Elas existem, e são muitas! Cabe nós reconhecê-las de modo a traçar estratégias competitivas.
 
4) Experiência: mais do que um evento, uma verdadeira imersão no setor lácteo. Novas tecnologias disponíveis, mudanças no perfil do consumo, regulamentação, novos canais de venda, produtos substitutos e mudanças estruturais na oferta de leite são alguns dos assuntos abordados!
 
Aproveite para conferir também alguns depoimentos dos participantes do último Dairy Vision, realizado online em 2021:
 
“Excelente seleção dos palestrantes. Agregador e atual. Parabéns por mais um excelente evento.” - Luciana Franco, TechnoLeite Representação
 
“Tema abordado é muito atual e gera grande expectativa para o setor, pois estamos iniciando uma grande jornada de mudanças de hábitos e cultura. Isso com certeza será decisivo para as indústrias e fazendas seguirem na atividade. O meio ambiente e os consumidores têm pressa.” - Anderson Lessa Lemos de Santana, Nestlé
 
“Excelente grade de palestras e de palestrantes, temas muito relevantes. Parabéns a todos pela organização.” - Jair da Silva Mello, CCGL.
 
Associados do Sindilat tem 15% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

ANTT reduz valores da tabela
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União de ontem nova tabela com preços mínimos do frete rodoviário. O ajuste para menos nos valores ocorre após a Petrobras anunciar nova retração do preço do diesel. De acordo com a lei, sempre que ocorrer oscilação no preço do produto em índice superior a 5%, para mais ou para menos, novos valores são adotados. Para a tabela A, de “transporte rodoviário de carga lotação”, a redução média foi de 2,89%. Para a tabela B, de operações com a contratação apenas de veículo de cargas, houve reajuste médio, para menos, de 3,21%. Na tabela C, de “transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho”, a retração média ficou em 3,37%. E na tabela D, para operações com a contratação apenas do veículo de carga de alto desempenho, a redução média foi de 3,68%. (Correio do Povo)

 
 

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Porto Alegre, 04 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.755


GDT - 04/10/2022


(Fonte: GDT)


Emater/RS: disponibilidade de pastagens expressiva auxilia produção de leite

A disponibilidade de pastagens está mais expressiva, permitindo a melhoria do estado corporal devacas em lactação, das novilhas e das vacas secas. As temperaturas amenas e a regularidade na oferta alimentar têm favorecido o manejo reprodutivo das novilhas e vacas.

Segue a perspectiva de manutenção de baixos preços pagos pelo litro do leite, o que está causando problemas a diversos produtores para se manter na atividade. A preocupação aumenta mais devido ao custo de produção, pois houve novos aumentos de preço da alimentação concentrada em função do alto custo da soja, do milho e do trigo.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produção de leite nas principais bacias da região da Campanha e da Fronteira Oeste continua em crescimento.
 
Na regional de Frederico Westphalen, as pastagens anuais de inverno estão em final do ciclo, o que reduz a qualidade da forragem, impactando na produção do leite.
 
Na de Ijuí, a produção de leite segue estável, porém houve necessidade de aumento do fornecimento de alimentos conservados, principalmente silagem, devido à diminuição da produção das forragens de inverno e ao fato das forragens de verão ainda não estarem com bom acúmulo, o que tem elevado os custos de produção.
 
Na de Passo Fundo, os produtores estão com dificuldade para a manutenção dos níveis de produção de leite neste período de transição entre o inverno e a primavera, havendo necessidade do aumento do fornecimento de alimentos conservados.
 
Na regional de Pelotas, em Arroio Grande, as matrizes estão sendo inseminadas para que entrem com cria, quando as pastagens de inverno já estiverem estabelecidas no próximo ano.
 
Na de Porto Alegre, em Charqueadas, como resultado da realização de testes para detecção de animais com brucelose e com tuberculose bovina, houve o registro de sete animais reagentes para esta doença. Esses animais estão sendo encaminhados para abate sanitário, e a propriedade está fechada para compra e venda de animais (exceto vendas para abate dos animais negativados).
 
Na regional de Santa Rosa, a produção de leite se manteve estável, porém os produtores já começam a se preocupar com o período de vazio forrageiro primaveril. Nas propriedades com áreas maiores de pastagens perenes de verão, como tífton, jiggs, capim kurumi e aruana, o vazio forrageiro será de menor intensidade. (As informações são do Emater-RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Projeção de alta do PIB de 2022 sobe de 2,67% a 2,70%

O mercado financeiro continuou a melhorar as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 no Boletim Focus, conforme divulgação realizada ontem pelo Banco Central. A projeção para a alta do PIB em 2022 subiu de 2,67% para 2,70%, 14ª alta seguida, contra 2,26% há um mês.A estimativa para a expansão do PIB em 2023 também cresceu, de 0,50% para 0,53%, ante 0,47% um mês antes. 

Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 avançou de 2,70% para 2,75%. No caso de 2023, houve 36 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação da mediana de 0,58% para 0,70%. O Relatório Focus ainda mostrou redução na projeção para o crescimento do PIB em 2024, de 1,75% para 1,70%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,80% e 2,00%, respectivamente. O Focus mostrou também nesta segunda-feira estabilidade para o prognóstico da relação entre resultado primário e o PIB deste ano, com o superávit previsto mantido em 0,90%. 

Há um mês, o porcentual era de 0,30% do PIB. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,40%, contra 6,75% de um mês atrás. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros. O relatório ainda trouxe manutenção em 58,40% na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. Era 59,00% um mês atrás. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido 

Decreto oficializa recursos
O governo do Estado disponibilizou R$ 50,04 milhões para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 1 mil ao segundo grupo de agricultores familiares beneficiados pelo programa SOS Estiagem. A expectativa é atender 50,8 mil produtores de municípios que decretaram situação de emergência na última estiagem, com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa em 1º de fevereiro de 2022 e renda bruta anual de até 100 mil reais. A autorização consta do decreto Nº 56.676, publicado ontem no Diário Oficial do Estado (DOE). O montante provém do Fundo Rotativo de Emergência da Agricultura Familiar, da Secretaria da Agricultura (SEAPDR) e poderá ser poderá ser suplementado até R$ 69,57 milhões, conforme orçamento. Contudo, o calendário para pagamento do benefício segue indefinido, tanto aos produtores contemplados nesse decreto quanto os do anterior (quilombolas, indígenas, ribeirinhos residentes em zonas rurais e assentados da reforma agrária). Segundo informa a SEAPDR, a definição dos cronogramas de repasses depende ainda de ajustes “burocrático-operacionais do agente bancário”. O calendário de pagamento será disponibilizado no site www.sosestiagem.rs.gov.br. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 03 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.754


Crescimento do setor lácteo na próxima década
 
O ano de 2022 não vem sendo fácil para o setor lácteo. Custos altos, problemas com fertilizantes e baixas margens de lucro foram alguns dos problemas enfrentados pelos produtores. Apesar desse cenário ruim, as previsões apontam para um futuro promissor desse mercado. 
 
Segundo a Tetra Pak, maior produtora mundial de embalagens para o setor lácteo, a demanda global por alimentos lácteos deve crescer 36% na próxima década, impulsionada pelo aumento da população mundial e pela elevação do poder de compra nos países da Ásia, África e América Latina. 
 
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) segue a mesma linha e afirma que a produção mundial de leite irá crescer em todo o planeta (clique aqui para saber mais sobre o tema).
Além disso, especialistas do Centro de Inteligência do Leite (CILEITE) concordam que há muito mercado para a cadeia produtiva do leite brasileira crescer. O aumento da demanda mundial deve fazer com que o agronegócio do leite nacional venha a investir, cada vez mais, na exportação. 
 
Aumentar a produtividade total dos fatores de produção, buscar assessoria técnica profissional especializada, dar suporte aos esforços de exportação, melhorar a governança da cadeia, otimizar a logística e reduzir custos de produção e investir no aumento da qualidade da matéria-prima e dos produtos lácteos são alguns elementos indispensáveis nesse processo de crescimento. 
 
As previsões são boas e o mercado vai exigir preparação, planejamento e execução adequada dos produtores, além claro de políticas públicas que ofereçam suporte para o setor. (Elaboração Terra Viva)


China: importações de lácteos desaceleram junto com a economia

As importações de lácteos da China desaceleraram em meio aos lockdowns pelo Covid e a uma economia enfraquecida que fez muitos analistas reduzirem suas estimativas de crescimento econômico para 2022 e 2023 para o país.
 
O Goldman Sachs, por exemplo, recentemente cortou sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2023 de 5,3% para 4,5%. O PIB deste ano para a China está previsto em 4,4%, bem abaixo da meta percentual de 5,5 do país.
 
“Por enquanto, a China continua casada com sua estratégia de zero Covid, que resultou em bloqueios abrangentes nos principais centros metropolitanos, e isso prejudicou a recuperação econômica”, disse Monica Ganley, analista do Daily Dairy Report e diretora da Quarterra, uma consultoria agrícola em Buenos Aires. “O enfraquecimento da economia da China, juntamente com grandes estoques suspeitos de leite em pó, provavelmente continuarão desacelerando as importações de lácteos.”
 
As importações de lácteos da China permaneceram fracas em agosto na maioria das categorias, de acordo com dados do Trade Data Monitor. As importações de leite em pó caíram com relação ao ano anterior em todos os meses desde fevereiro na China, e agosto não foi exceção. No entanto, a queda foi mais severa para o leite em pó integral, a maior parte proveniente da Nova Zelândia.
 
As importações de leite em pó integral caíram em 59,5% para 30 milhões de quilos em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações de leite em pó desnatado caíram 2,4%, mais modestos, mas subiram 20,4% em relação ao mês anterior. As importações de leite fluido e creme e queijo também caíram 40,1% e 10%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
 
No entanto, nem todas as importações de lácteos da China caíram em agosto. O país importou 63 milhões de quilos de soro de leite, um salto de 1,2% em relação às compras de agosto de 2021. O ganho foi o primeiro aumento ano a ano desde setembro de 2021, observou Ganley, e provavelmente refletiu uma recuperação no setor de carne suína da China.
 
“À medida que as margens do produtor de suínos melhoraram e o rebanho suíno cresceu, a demanda por ingredientes para rações, como soro doce desidratado e permeado, aumentou”, disse ela. “O crescimento tem sido um benefício especial para os fornecedores dos EUA, que conquistaram uma participação cada vez maior desse mercado.”
 
As importações de gordura da China também aumentaram, com manteiga e gordura do leite anidra aumentando 32% e 8,8%, respectivamente. As importações de fórmula infantil também subiram, 23,1% com relação ao ano anterior.
 
“Além da recuperação lenta da China, os analistas acreditam que os estoques de produtos lácteos do país cresceram nos últimos anos, uma crença que foi reforçada pelas fracas importações de leite em pó integral”, disse Ganley. “Assim, parece provável que a demanda por laticínios na China permaneça precária nos próximos meses. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
Argentina: produção de leite teve leve recuperação em agosto

As fazendas leiteiras argentinas produziram 1,062 bilhão de litros de leite em agosto, o que significa 7,3% a mais que em julho e 0,6% a mais que no mesmo mês do ano passado, segundo o relatório mensal elaborado pela Direção Nacional de Laticínios.
 
Dessa forma, eles cortaram uma sequência negativa de dois meses com uma redução ano a ano na ordenha, como pode ser visto neste gráfico elaborado pelo Observatório da Cadeia Leiteira da Argentina (OCLA).
 
Essa leve recuperação só confirma o complicado cenário que as fazendas leiteiras estão vivendo devido à menor oferta de pastagens para alimentação das vacas, em função do período de estiagem.
 
“Evidentemente, os efeitos da importante seca que afeta a maior parte das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos ligados à alimentação do rebanho) afetaram a produção em agosto de 2022”, destacou a OCLA.
 

Em relação aos custos, vale ressaltar que a incidência negativa pode ser maior no atual mês, devido à vigência do “dólar da soja” e seu impacto nas dietas fornecidas pelos produtores de leite.
 
Acumulado com incerteza
Dessa forma, até agora neste ano, a produção de leite acumula um crescimento de 0,7%, em linha com a expansão de 0,6% projetada pelas empresas consultadas pela OCLA no início do ano.
 
No entanto, qual será o número final de 2022 parece ser muito difícil de projetar, segundo a análise do Observatório.
 
“Uma desaceleração no crescimento da produção com relação ao ano anterior é evidente desde maio. Os próximos quatro meses se apresentam com um panorama incerto dos aspectos meteorológicos, custos de produção e preços no mercado interno e externo (preços controlados, menor consumo, queda dos preços internacionais, atraso cambial e tarifas de exportação), o que dificulta projetar um possível comportamento da produção”, destacou a OCLA. (As informações são do Infocampo, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Cepea registra queda de 14,7%
O preço do leite captado em agosto e pago aos produtores em setembro registrou queda de 14,7% (R$ 0,52 o litro) frente ao mês anterior, chegando a R$ 3,0476/litro na “Média Brasil” líquida do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Conforme divulgou o A diminuição ocorre em função do enfraquecimento da demanda em agosto e ao aumento das importações nos últimos meses. Conforme a Secex, em agosto, as compras externas do produto subiram quase 64%.  (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 30 de setembro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.753


INSCRIÇÕES ABERTAS: 2º Prêmio Referência Leiteira RS 
 
Produtores de leite do Rio Grande do Sul poderão inscrever suas propriedades no 2º Prêmio Referência Leiteira RS a partir desta quarta-feira (21/9). A premiação, que terá categorias inéditas e duas etapas de inscrição, é realizada pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), pela Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).
 
Os primeiros a se inscrever serão os produtores de leite que desejarem concorrer à premiação de “Propriedade Referência em Produção de Leite”, que, diferente da edição anterior, será separada em duas categorias distintas: os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O período será de 21 de setembro a 31 de outubro.

Acesse o regulamento e a ficha de inscrição pelo site do Sindilat.

A exemplo do ano anterior, a inscrição será realizada nos escritórios municipais da Emater/RS.
 
Em março de 2023, abrem as inscrições para concorrer nas novas categorias: “Inovação”, “Sustentabilidade Ambiental”, “Bem-estar Animal”, “Protagonismo Feminino”, “Sucessão Familiar” e “Gestão da Atividade Leiteira”.
 
A premiação busca reconhecer e valorizar o trabalho dos produtores de leite. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, explica que o prêmio é também uma forma de incentivar as boas práticas no setor. “Esse prêmio é um reconhecimento pelo esforço daqueles que cumprem o seu papel com qualidade, cuidado e dedicação”, afirma.
 
Poderão se inscrever produtores do Rio Grande do Sul com produção individual ou coletiva, desde que estejam vinculados à indústria de laticínios que adquira leite no Estado. Cada vencedor será premiado com um troféu e um notebook Positivo. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023. (As informações são do Sindilat/RS)


Município é apresentado a projeto da Embrapa para crianças

Foi apresentado ao Município, nesta quinta-feira (29), o projeto Fazenda Doce de Leite, iniciativa que visa educar crianças sobre a produção de leite e derivados por meio de ações como a peça de teatro “Na Fazenda Doce de Leite”. A apresentação, realizada por representantes da Embrapa Clima Temperado, contou com a participação da prefeita Paula Mascarenhas e da secretária de Educação e Desporto, Adriane Silveira. A instituição busca uma parceria para oferecer as atividades aos estudantes da rede de ensino municipal.
 
A peça teatral, que também mostra como a agricultura faz parte da vida de todos e promove interação entre o público da zona rural e da urbana, foi apresentada durante a Expointer 2022, onde mais de 5,2 mil crianças foram atendidas em uma semana. “Agradeço a visita de vocês. Queremos focar cada vez mais em políticas públicas voltadas às crianças”, afirmou Paula.
 
O projeto é desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS). (Prefeitura Municipal de Pelotas)

Primeira noite de programação destaca criação de terneiras
 
Na noite de 29 de setembro ocorreu a abertura da programação da 16ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, realização do Colégio Teutônia e da Emater/RS-Ascar. Com transmissão on-line do primeiro dia, a live com apresentação de dois cases de criação de terneiras já contou com mais de mil visualizações. Evento tradicional da cadeia produtiva, este ano a temática aborda “Tecnologias que impactam na rentabilidade da atividade leiteira”. O Fórum também integra a programação de 70 anos do CT e terá continuidade na próxima quarta-feira, dia 05 de outubro, com atividades presenciais no Auditório Central do educandário, abordando conforto e bem-estar animal.

Evolução do Fórum
Falando em nome do CT, a médica veterinária Cristiana Terra, professora e coordenadora do curso Técnico em Agropecuária, valorizou as parcerias na organização do Fórum, lembrando a origem da programação. “A cada edição procuramos trazer temas relevantes para discussão, abordando a evolução do agronegócio e buscando a ampla troca de experiências.”

A secretária da Agricultura e Meio Ambiente de Teutônia, Lídia Dhein, destacou a importância da cadeia leiteira para o município, com produção de 35 milhões de litros de leite/ano e 379 produtores. “O Fórum é voltado especialmente aos produtores, enriquecendo o nosso trabalhador do campo com informações e tecnologias em todas as etapas de produção.”

O presidente da Emater/RS-Ascar, Alex Corrêa, mencionou o relatório socioeconômico gerado a cada dois anos pela entidade. “Esse material é utilizado como base para elaboração de estratégias para a atividade e execução de políticas públicas para a cadeia produtiva.”

Programação
A programação presencial do dia 05 de outubro, no Auditório Central do Colégio Teutônia, terá foco no conforto e bem-estar animal. A recepção e credenciamento serão a partir das 9h40min, com abertura oficial às 10h. Às 10h15min acontece a palestra “Como resfriar suas vacas e não perder dinheiro neste verão”, com o médico veterinário Adriano Seddon, consultor técnico Top Leite/Cowcooling. Às 12h haverá almoço que privilegia o networking.

À tarde serão abordados os resultados obtidos por meio do resfriamento das vacas, as melhorias alcançadas e as dificuldades ainda enfrentadas. Às 14h será apresentado o case do produtor de leite de Vespasiano Corrêa/RS, Fabrício Balerini; seguido de apresentação do produtor de leite de Boa Vista do Buricá/RS, Edemar Follmann, às 14h20min.

A partir das 14h40min haverá debate e espaço para perguntas, com moderação do técnico da Emater/RS-Ascar, Maicon Berwanger. Às 15h15min acontece oficina prática com simulações de sistemas para resfriamento de vacas, com encerramento previsto para às 15h50min.

Durante o dia os patrocinadores ouro do evento terão “mesas de negócio” no espaço do Auditório Central do CT, com a possibilidade de demonstrações e ações de relacionamento com o público presente.
 
Inscrições
As inscrições podem ser realizadas pelo site do Colégio Teutônia – www.colegioteutonia.com.br. Inscritos até às 12h do dia 03 de outubro garantem almoço gratuito (haverá a possibilidade de se inscrever na hora, porém, sem o almoço gratuito).
 
O Fórum Tecnológico do Leite conta com o apoio da Prefeitura de Teutônia, patrocínio ouro de Certel Artefatos de Cimento, Top Leite, Duagro, Gestor RP, Select Sires e Milkparts; patrocínio prata de Languiru, Dália Alimentos, Sindilat/RS, Machado Agropecuária, Samaq Massey Ferguson, Comercial Agrícola Maná, Nutron, Tangará, Cooperagri, Sicredi Ouro Branco, Fábio Guilhermano e Launer Química. (Assessoria de Imprensa Fórum Tecnlógico do Leite)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 38/2022 – SEAPDR
Nos próximos sete dias as temperaturas permanecerão amenas e há condição de chuva expressiva no RS. Na quinta (29) e sexta-feira (30/9), a presença de um cavado (área de baixa pressão alongada) manterá grande variação de nuvens e a possibilidade de pancadas de chuva em todo Estado. No sábado (01/10) e domingo (02/10), o tempo firme vai predominar na maioria das regiões, somente na Zona Sul e nos setores Nordeste e Leste, o céu permanecerá encoberto e ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Entre a segunda (03) e quarta-feira (05), o ingresso de uma massa de ar seco e frio vai afastar a nebulosidade e provocará ligeiro declínio das temperaturas, com possibilidade de geadas isoladas, principalmente na Campanha, Serra do Sudeste e Serra do Nordeste. Os totais esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria dos municípios do RS. Na Zona Sul, Missões, Planalto e nos Campos de Cima da Serra os totais deverão variar entre 20 e 35, e poderão alcançar 50 mm no Vale do Uruguai. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de setembro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.752


Avisulat volta em modelo mais dinâmico e compacto
 
Depois de uma pausa em função da pandemia, o Congresso e Central de Negócios Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios (Avisulat) volta a ser realizado em modelo mais enxuto e dinâmico. O encontro, que ocorrerá de 28 a 30 de novembro em Porto Alegre (RS), contará com exposições, estandes, palestras magnas e programação técnica dos três setores. “Os conteúdos que iremos levar ao evento certamente serão um suporte aos setores envolvidos: empresários, produtores, técnicos e dirigentes. Estaremos trazendo temas atuais e desafiadores para colaborar nesse momento de transição que teremos daqui para frente”, destacou o presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, durante a apresentação oficial da programação da Avisulat na manhã desta quinta-feira (29/9).  
 
Promovido por Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) e Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos RS (Sips), o evento terá como tema central os desafios e as inovações para ampliação de mercados de proteína animal. O setor de lácteos terá programação intensa no primeiro dia da Avisulat com palestras de especialistas e cases de sucesso. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini afirmou que o foco será no consumidor do futuro e no trabalho estratégico voltado à sanidade e ao mercado de lácteos.  "Esperamos que, através dessas novidades, contribuindo com o setor de aves e suínos, façamos um grande Avisulat", ponderou Palharini. 
 
O presidente do Fundesa e diretor-executivo do Sips, Rogério Kerber, apresentou a programação técnica da suinocultura, que, em parceria com a Embrapa, terá palestras na manhã do dia 29 de novembro.
 
A abertura oficial do evento será no dia 28 de novembro a partir das 10h45min no Centro de Eventos Fiergs – Teatro do Sesi. A expectativa é receber cerca de três mil pessoas ao longo dos três dias de atividades. As inscrições devem ser feitas pelo site www.avisulat.com.br. As vagas são limitadas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Faltam profissionais qualificados para indústrias do RS
 
Quase dois terços de todas as indústrias gaúchas (64,4%) têm dificuldade de contratar trabalhadores devido à falta de profissionais qualificados no mercado, concluiu a Sondagem Industrial Especial do RS de julho de 2022, realizada pela Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).
 
A pesquisa aponta maior problema na área de produção, na qual 99% enfrentam problemas na busca por técnicos e 98,1% por operadores. O estudo revela, ainda, que os setores de pesquisa e desenvolvimento e vendas/marketing também têm representado desafio à contratação para 95,8% e 90,3% das empresas, respectivamente.
 
Qualificação
A constatação dessas dificuldades já havia feito a Fiergs anunciar R$ 300 milhões em cinco anos na área de educação, em maio. Mesmo com desemprego ainda elevado, o problema afeta ainda mais as empresas de pequeno porte (77,6%). Na avaliação dos industriais gaúchos consultados no levantamento realizado pela Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, além da perda de produtividade, há prejuízo na garantia e melhora de produtos, apontada por 59,4%, e a expansão da produção, indicada por 43,5%.
 
Também segundo o estudo, 93,8% das empresas consultadas têm mecanismos para contornar o problema. A capacitação na própria sede é o mais utilizado, por 86,2%. O fortalecimento da política de retenção do trabalhador (45,4%) e a capacitação fora da empresa (33,8%) foram a segunda e a terceira medidas mais utilizadas.
 
Educação
O levantamento mostrou ainda que 97,2% das indústrias gaúchas concordam que precisam investir na qualificação do trabalhador, sendo que 79,6% têm dificuldades para efetivar o investimento. O pouco interesse dos funcionários (38,4%), a má qualidade da educação básica (37%) e a alta rotatividade (36,6%) foram os entraves apontados.
 
A Sondagem Especial foi realizada entre 1º e 11 de julho, com 219 indústrias gaúchas, sendo 49 pequenas, 74 médias e 96 grandes. Para ler o resultado completo acesse gzh.rs/fiergsp. (Zero Hora)
 
 
Empresa de laticínios investe R$ 170 milhões
 
Começa a tomar forma em Palmeira das Missões uma das maiores plantas de industrialização de soro do leite no Rio Grande do Sul, com uma capacidade de processamento de até 1,4 milhão de litros do produto por dia a partir de abril de 2024. O investimento, que chegará a R$ 170 milhões, agora em fase de construção na área que pertencia até 2020 à Nestlé, é feito por um grupo de oito laticínios produtores de queijo da região, que formou a Whey do Brasil. 
 
Na última semana, o projeto foi aprovado pelo Fundopem para obtenção de redução de ICMS nos próximos anos. As informações constam no Anuário de Investimentos 2022 do Jornal do Comércio. “É um projeto que vínhamos trabalhando para viabilizar há alguns anos. Durante muito tempo o soro do leite resultante da produção de queijo era um problema para o produtor. Era descartado com alto risco poluente. Hoje, é uma grande oportunidade para a cadeia do leite gaúcho, e especialmente para os pequenos produtores terem maior valor agregado ao seu produto”, diz o empresário Wlademir Dall’Bosco, presidente da Mandaká Alimentos, que é uma das integrantes do consórcio Whey do Brasil. Fazem parte do grupo ainda a Friolak, de Chapada, Doceoli, de Santo Cristo, Frizzo, de Planalto, São Luís, de Marau, Kiformaggio, de Nonoai, Paladar da Serra, de Guaporá e Stefanello, de Rodeio Bonito. 
 
Todas empresas integrantes da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil). De acordo com Dall’Bosco, o soro resultante destas oito produções de leite será absorvido em sua totalidade pela Whey do Brasil, mas também representará mais oportunidade para o setor no Norte do Estado. “Precisaremos buscar mais leite, e vamos ao mercado. Nossa ideia é estimular o processo produtivo com melhoria técnica e de eficiência no campo”, explica Dall’Bosco, que já presidiu a Apil. Para que se tenha uma ideia, a cada quilo de queijo produzido, restam 9 litros de soro de leite. Já há indústrias processadoras deste produto no Rio Grande do Sul, mas esta será a primeira experiência deste grupo de empresas neste setor. Há perspectiva de gerar 160 empregos diretos e mais de 200 indiretos. As obras devem estar concluídas em dezembro de 2023. E enquanto elas acontecem, será instalado o equipamento considerado essencial para esta produção, a torre de secagem do soro. 
 
Depois, segundo Dall’Bosco, o restante do maquinário será instalado para que a produção tenha início. “Não se trata de uma adaptação. O que funcionava neste local antes era um ponto de recebimento de leite da Nestlé. Ficamos somente com a área. Toda a instalação começa do zero”, aponta o empresário. Sairão de Palmeira das Missões, a partir deste primeiro investimento, soro em pó comum e desmineralizado, obtidos a partir da secagem do soro do leite, além dos compostos lácteos que servem desde ao produto final nas prateleiras às indústrias de panificação e de sorvetes, por exemplo.
 
A expectativa é de que, em curto prazo, a capacidade produtiva poderá até mesmo triplicar. “É uma indústria com importância para fornecermos produto final ao consumidor, com preços mais em conta, e também matéria prima para uma vasta cadeia industrial, desde a indústria alimentar até insumos para o produção animal”, explica Dall’Bosco. O principal mercado consumidor do que será produzido pela Whey do Brasil está, de acordo com o empresário, concentrado nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido 

HOJE: Fórum Tecnológico do Leite terá programação híbrida
No dia 29 de setembro, às 20h, pela página do Colégio Teutônia no Youtube, ocorre a transmissão on-line de palestras relacionadas ao tema “Como preparar a vaca do futuro”. Com moderação da médica veterinária Cristiana Terra, a Granja Rutz, de Westfália/RS, será apresentada como case de aumento da média de produtividade e investimento na criação de terneiras; e a Agropecuária Vale Verde, de Paverama/RS, fará apresentação sobre a criação de terneiras como alternativa de melhor custo-benefício. Clique aqui e assista! (Colégio Teutônia)