Pular para o conteúdo

04/10/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.513


Mais um recorde de produção

Desde 2016, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, com apoio de entidades parceiras, tem desenvolvido um trabalho para profissionalizar a produção de leite em Frederico Westphalen. O panorama, a partir da adoção de novas tecnologias e mudanças no sistema de produção, tem sido, a cada ano que passa, positivo no que diz respeito ao aumento da produtividade, gerando mais renda e qualidade de vida a quem trabalha com a bovinocultura de leite e participa deste processo. Neste período, a produção de leite em FW só tem aumentado.

Em 2016, quando iniciou essa nova proposta de acompanhamento aos produtores, foram 13 milhões de litros de leite. Em 2019 foram 17,3 milhões de litros e em 2020, a produção no município chegou a 19,1 milhões de litros de leite. Conforme explica o engenheiro agrônomo, especialista em Pecuária de Leite e extensionista da Emater, Jeferson Vidal Figueiredo, isso se deve a muitos fatores, e ocorreu mesmo em um ano com uma das piores secas dos últimos tempos, superando as expectativas.

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição no número de produtores, que era 423 em 2014. Em 2016, o número de propriedades envolvidas com a bovinocultura de leite era 306 e em 2020 era 260. “Tem diminuído o número de produtores, mas a produção vem aumentando. Os produtores que são atendidos pela Emater e outras entidades ou empresas estão se profissionalizando, é uma mudança de concepção da atividade leiteira”, aponta Figueiredo.

Os dados da pesquisa, que sempre é divulgada em relação aos números do ano anterior, mostram que a receita para os produtores de leite, já corrigida pelo IPCA, foi de R$ 32,6 milhões em 2020, contra R$ 23,2 milhões em 2019 e R$ 14,1 milhões em 2015, um aumento de 130% neste período de cinco anos, o que indica que está ocorrendo a capitalização na propriedade, que permite mais investimentos, como o aumento do plantel, melhoramento genético e, inclusive, a aquisição de insumos mais qualificados. – Esses resultados mostram uma evolução muito grande na atividade leiteira do município. Por muitos anos tivemos uma média de produção mais baixa do que no Estado e agora nos equiparamos. Além disso, houve uma mudança de categoria, pois, em 2016, a maior parte dos nossos produtores, 56%, produzia menos de 100 litros de leite por dia e era responsável por 25% da produção, faixa que, atualmente, concentra 45% das propriedades e corresponde a 12% da produção.

Em contrapartida, 7% dos produtores produziam mais de 300 litros de leite por dia em 2016, sendo responsáveis por 21% da produção. Hoje, 21% dos produtores produzem acima de 300 litros de leite por dia, o que representa 55% da produção total do município. Ou seja, estamos vivendo uma concentração da produção, e isso está ligado à profissionalização –, comenta.

Evolução

Ainda, houve evolução na produtividade média por vaca/dia que, em 2015 era de 9,9 litros e passou para 15,3 litros em 2020. O levantamento também aponta que neste período, entre 2016 e 2020, cerca de 70% dos produtores de leite conseguiram evoluir na atividade, buscando melhorias por meio de assistência técnica, informações, ferramentas, troca de experiências e mudanças. (Folha do Noroeste)


Primeira fazenda leiteira com emissões líquidas de carbono zero da Nestlé está na África do Sul

A fazenda de laticínios Skimmelkrans em George, na província de Western Cape na África do Sul, é a primeira fazenda leiteira da Nestlé destinada a atingir emissões líquidas de carbono zero em 2023. A fazenda se destacou por meio do trabalho prudente do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume. Os 4 pilares da agricultura regenerativa, ou seja, solo, água, biodiversidade e pecuária, são integrais.

A fazenda leiteira, de propriedade da família Kuyler de 4ª geração e administrada por 30 funcionários, produziu leite para a Nestlé na África do Sul por um período ininterrupto de 60 anos. A fazenda opera em um ecossistema de biodiversidade, desde a liberação de estrume no solo até o cultivo de sua própria ração animal.

A Dairy Global conversou com Hoven Meyer, gerente do grupo de serviços agrícolas da Nestlé East and Southern Africa Region, para saber mais sobre os planos de emissões líquidas zero da fazenda. “Embora existam muitas maneiras de criar operações mais sustentáveis para fazendas leiteiras, Skimmelkrans se diferencia pelo trabalho do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume, onde ocorrem algumas das maiores reduções de gases de efeito estufa”, disse Meyer.

1.000 vacas, 20.000 litros de leite

A raça predominante no passado era a Friesland Holsteins, mas a raça Jersey foi introduzida devido a uma necessidade crescente de sólidos de leite mais elevados pela Nestlé. O rebanho atual de 1.000 cabeças, composto de 80% de vacas leiteiras Jersey e 20% de vacas Friesland Holstein, produz uma média de 20.000 litros de leite por dia, ou 20 litros por vaca. A pegada de carbono analisada da linha de base da fazenda para 2019 foi de 1,1 kg CO2e/kg de leite com proteína e gordura corrigidas. O programa de intervenção de redução de carbono da fazenda foi calculado ao longo de 3 anos para atingir o status de emissão líquida zero de carbono.

Setor a base de pastagens da África do Sul

A Nestlé trabalha em cerca de 187 países em todo o mundo. Então, por que a África do Sul foi escolhida para este projeto? “A África do Sul tem um setor de lácteos baseado em pastagens muito avançado e, portanto, foi escolhida para implantar a primeira fazenda leiteira com emissão líquida zero de carbono do grupo.

Outros projetos líquidos zero seguiram em outros países onde a Nestlé tem uma pegada de leite fresco”, diz Meyer. “Vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia usando a energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo.” “Trabalhamos muito para garantir que o projeto Skimmelkrans não só tenha sucesso em alcançar emissões líquidas de carbono zero, mas também se torne um modelo que as fazendas operadas pela Nestlé possam implementar com eficácia.

Em pouco mais de um ano, começamos a ver alguns resultados positivos com este projeto: vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo”, disse Meyer. Ele observa que o aumento na produção de leite foi impulsionado por pastagens multi-espécies com alto teor de proteína e um sistema de manejo de pastagem adequado. Meyer analisa as estratégias da fazenda para combater as emissões para chegar a zero líquido e discute solo, água, pasto/ração, esterco, energia renovável e fermentação entérica.

- Solo: A análise completa do solo da fazenda foi feita na plataforma completa de 600ha para determinar a linha de base da pegada em todos os diferentes componentes. A partir da análise do solo, um programa completo de correção do solo foi calculado com a ajuda de especialistas sobre como corrigir exatamente o estado do solo. As diferentes intervenções incluem correção de pH (cal/gesso), uso de fertilizante orgânico (cama de frango), redução de fertilizantes químicos e tratamento de todas as microdeficiências do solo para melhorar a saúde do solo. A análise completa do solo da fazenda será feita anualmente para determinar as melhorias e novas áreas de intervenção.

- Água: Todo o sistema de irrigação da fazenda está ligado a um sistema computadorizado de leitura da umidade do solo, onde a umidade do solo é registrada de hora em hora em diferentes profundidades de raiz, resultando em economia máxima de água na fazenda. Esse sistema já comprovou uma economia de 15% de água nas pastagens por ano.

- Pastagens/Alimentos: O estabelecimento de pastagens perenes (azevém, trevo, banana-da-terra e alfafa) tem sido muito favorável nas práticas de cultivo mínimo na fazenda. A fazenda baseada em pastagens consiste atualmente em uma plataforma leiteira de 600 hectares - 400 hectares estão sob irrigação de pivô central e 200 hectares de terra seca são usados para a produção de ração. O modelo fornece 80% de ração na fazenda com 20% de concentrado de ração comprado.

- Estrume: O sistema existente de tanque de estrume foi alterado para uma barragem agitadora com uma prensa de estrume. Durante a ordenha, o esterco da vaca é coletado e separado em líquidos e sólidos usando uma prensa de esterco. Os líquidos são irrigados diretamente nas pastagens, enquanto os sólidos são levados para as terras férteis mais baixas e liberados como composto. Além disso, a fazenda usou cerca de 4.000 toneladas de esterco de galinha como fertilizante orgânico - substituindo alguns fertilizantes químicos com uma grande pegada de carbono.

- Energia renovável: Foi instalada uma usina solar para diminuir o uso da eletricidade convencional, e a fazenda já atingiu uma queda de 40% no uso da energia convencional. O excedente de energia solar produzida durante o dia é alimentado no sistema de rede municipal.

- Fermentação entérica/produção de metano: Testes em colaboração com Research Farm & Academia estão em andamento na fazenda para avaliar aditivos/componentes de ração com menor impacto de metano.

A biodiversidade é uma prioridade

Outras operações ecológicas na fazenda incluem alojamento para corujas e alojamento para morcegos. Além disso, os cursos d’água são limpos de vegetação estranha, que é até mesmo reaproveitada (a acácia negra é lascada e dada às vacas devido ao seu alto teor de proteína). Todas as intervenções na fazenda líquida zero serão implementadas em todas as fazendas Nestlé em seus distritos de abastecimento de leite. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Setor leiteiro Argentino completa dois anos ininterruptos de crescimento produtivo

As fazendas leiteiras argentinas produziram 1,055 bilhão de litros em agosto e, assim, alcançaram um crescimento de 3,9% na produção de leite em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o relatório mensal da Direção Nacional de Laticínios. Dessa forma, eles acumulam um aumento de 3,9% até agora neste ano (4,4% medidos em uma média diária).

Segundo uma série elaborada pelo Observatório da Cadeia do Leite Argentina (Ocla), o último mês permitiu somar dois anos ininterruptos de aumento produtivo. A curva ascendente começou em agosto de 2019, quando a variação homóloga foi de 2,1%. Daquele momento até hoje, em todos os meses houve uma produção maior do que no mesmo mês do ano anterior.

Na verdade, os níveis atuais de produção estão acima do projetado no início do ano. A Ocla costuma consultar as 20 indústrias que mais recebem leite na Argentina, que esperavam entre janeiro e agosto um aumento na oferta de 2,2 por cento, previsão que ficou aquém, à luz dos dados oficiais, de 1,7 ponto percentual. Assim, a projeção para todo o ano, que era uma recuperação de 1,5 por cento, passou para 2,6 por cento, o que significaria um volume total anual de 11,4 bilhões de litros, o maior valor desde 2015. (As informações são do La Voz, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Pelotas abre sua Expofeira no dia 4

A 95ª Expofeira Pelotas será aberta segunda-feira (4) no Parque Ildefonso Simões Lopes. O evento terá formato híbrido, digital e presencial, com público simultâneo limitado a 2.500 pessoas. A programação conta com mais de cem atividades, entre as quais estão nove leilões de animais, e segue até o dia 10. De segunda-feira a sábado ocorre a Conferência Rural (de forma híbrida) e o ciclo de palestras Momento Masters. As inscrições para algumas atividades e a programação completa podem ser feitas na página da 95ª Expofeira na internet. (Correio do Povo)


 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *