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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.820


Calor e chuvas de baixo volume previstos para os próximos dias no RS

Os próximos sete dias permanecerão com calor e chuvas de baixo volume no Rio Grande do Sul. 

É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. 

Até domingo (15), a lenta propagação de uma área de baixa pressão manterá grande variação de nuvens e provocará pancadas de chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados, sobretudo no Oeste e Metade Norte. 

Na segunda (16) e terça-feira (17), o tempo seco vai predominar, com temperaturas elevadas e acima de 35 °C em diversas regiões. Na quarta-feira (18), a aproximação de uma frente fria favorecerá maior variação da nebulosidade, e são esperadas pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões.

 Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 35 mm na maioria das localidades do Estado. No Noroeste e nos Campos de Cima da Serra, os valores deverão oscilar entre 35 e 50 mm e poderão alcançar 60 mm em alguns municípios as Missões e Vale do Uruguai. 

O boletim também aborda a situação das culturas de soja, milho, milho silagem, arroz e feijão. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


Uruguai registra exportações recordes de lácteos em 2022, com o Brasil sendo o principal mercado

O Uruguai exportou 59,7 mil toneladas de produtos lácteos em 2022, no valor de US$ 890,2 milhões. O Brasil foi o principal destino dos produtos lácteos uruguaios, principalmente pela exportação de leite em pó integral.

A Argélia ficou em segundo lugar. E em terceiro lugar ficou a China, com o leite em pó integral também sendo o principal produto exportado para o país asiático. O preço médio de exportação do leite em pó integral em 2022 foi de US$ 3.963 por tonelada, uma melhora de 16% em relação à média de US$ 3.417 em 2021.

As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Dezembro registra nova queda no custo de produção de leite

Pelo quarto mês seguido o custo de produção de leite apresentou queda. Em dezembro, o ICPLeite/Embrapa teve uma variação de -0,2%. Contribuíram para este comportamento o custo de produção de Volumosos, principalmente. 

Este foi o quarto mês consecutivo a apresentar deflação. Desde agosto o custo de produção, medido pelo ICPLeite/Embrapa, vem apresentando queda contínua, acumulando uma variação de -3,4% neste período, o que compensou a elevação de custos ocorrida no primeiro semestre. O ano de 2022 fechou com elevação de custos de produção acumulado em 1,0%. 

Custo de Volumoso fez a diferença No mês de dezembro o grupo Volumosos apresentou variação de -3,2%, num momento em que as chuvas começam a ser abundantes na maior parte do Brasil. A queda foi resultante de mais uma redução de custos com adubos e defensivos. O grupo Minerais registrou queda de -0,4%. Também o grupo Energia e combustível teve variação de -0,3%, resultante da retração dos preços de gasolina e óleo diesel.

Três grupos apresentaram preços em elevação. Os preços do grupo Qualidade do leite cresceram 9,8% em apenas um mês. O grupo Sanidade e reprodução 0,8%, seguido pelo grupo Concentrado, que registrou variação de 0,3%. Neste grupo, vale registrar, ocorreu significativa dispersão nos preços considerados, já que farelo de soja variou positivamente, em contraponto às variações negativas de preços do trigo, milho, algodão e polpa cítrica. Estes dados são apresentados no Gráfico 1.

Ao longo dos doze meses de 2022, o ICPLeite/Embrapa acumulou uma inflação de custos de produção de 1,0%. Contribuíram para este crescimento restrito três grupos na composição dos custos, que acumularam desempenho negativo. O grupo Energia e combustível teve variação anual de -14,3%, bem próximo do acumulado pelo grupo Volumosos, que foi de -11,7%, enquanto o grupo Concentrado registrou -1,4%.

Em sentido contrário, quatro grupos puxaram a inflação para cima, com destaque para os grupos Qualidade de leite e Mão de obra que, respectivamente, acumularam 18,2% e 17,6%. O grupo Minerais acumulou variação anual de preços de 12,8%, enquanto que o grupo Sanidade e reprodução teve variação de 9,5%. Os dados constam do Gráfico 2.

Em 2022 o comportamento dos preços dos insumos trouxe muita intranquilidade para os produtores de leite. O ano iniciou com as incertezas geradas pela guerra da Rússia e Ucrânia, que fez os insumos importados, como fertilizantes e matéria-prima para defensivos e minerais, subirem de preços em curto espaço de tempo. O resultado foi que, no primeiro quadrimestre do ano, o ICPLeite/Embrapa acumulou uma inflação de 6,6%. Mas, nos meses subsequentes foram registradas deflações, com os custos de produção caindo por três meses seguidos, entre abril e julho, quando retrocederam para o acumulado de 1,2%. No mês subsequente, nova onda de elevação de custos, fez com que o ICPLeite/Embrapa atingisse 4,3% acumulado nos dois primeiros quadrimestres do ano.

No último quadrimestre, os preços dos insumos arrefeceram e o ano fechou com a inflação de custos reduzida, mostrando que os custos de se produzir leite em dezembro de 2022 foi 1,0% acima que o ocorrido em dezembro de 2021.

Apesar da inflação de custos de produção de leite ter apresentado resultado favorável aos produtores, por ter sido diminuta, a instabilidade de preços ao longo do ano criou um ambiente de forte incerteza. Ao longo de doze meses, os custos subiram cinco meses e caíram sete, sinalizando volatilidade de preços como marca, o que trouxe incerteza. O Gráfico 3 mostra os dados. 


Fonte: ICPLeite - Embrapa


Jogo Rápido 

Peres presidirá Assembleia
Presidente estadual do Republicanos, Carlos Gomes diz que os cinco deputados estaduais eleitos para a próxima legislatura se reuniram e, por maioria, indicaram Sergio Peres para presidir a Assembleia em 2026, ano em que a cadeira caberá ao partido. Peres é o decano da bancada do Republicanos e vinculado à ala religiosa que comanda a legenda. Ele disputou a indicação com o estreante Gustavo Victorino, mais votado na eleição à Assembleia e apoiado pelo deputado federal eleito Tenente-coronel Zucco. Prevaleceu o mais antigo. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.820


Governo do RS atualizará plano de enfrentamento à estiagem

Informação foi confirmada durante fórum que debate ações para combater a seca no Estado

O governo do Estado confirmou, na tarde desta quarta-feira (11/1), durante a primeira reunião de 2023 do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, que realizará um plano atualizado de enfrentamento à estiagem. O projeto, ainda sem data definida, será apresentado ao governador Eduardo Leite pelos secretários estaduais que tratam do assunto.

A informação foi dada pelo secretário da Casa Civil, Artur Lemos, durante o encontro, que teve a participação de outros representantes do governo e de entidades ligadas ao agro.

“Alguns pontos prioritários levados em conta para elaborar o novo plano é o combate à fome e ao desabastecimento de água, assim como a distribuição de cestas básicas e a aquisição, por parte do governo, de produtos da agricultura familiar em cestas básicas, para fomentar a produção das famílias do campo. Outros tópicos que vamos trabalhar é reforçar os investimentos do programa Avançar e dar mais celeridade aos projetos que já estão em andamento”, detalhou Lemos.

No fórum, também foram debatidas propostas que amenizem os efeitos econômicos e sociais desencadeados pela falta de chuva no Rio Grande do Sul. Entre as proposições, estão questões relacionadas ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 1 mil para famílias de pequenos agricultores, a construção de novas cisternas, recursos para a manutenção e ampliação do número de caminhões-pipa para o abastecimento humano, financiamento com juros subsidiados e renegociação de dívidas, entre outros. 

Além de Lemos, estiveram presentes os titulares das pastas que integram o Fórum: Giovani Feltes (Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação), Ronaldo Santini (Desenvolvimento Rural), Marjorie Kauffmann (Meio Ambiente e Infraestrutura), Claudio Gastal (Planejamento, Governança e Gestão) e coronel Luciano Boeira (Casa Militar), além do diretor técnico da Emater, Alencar Paulo Rugeri.

Integram o Fórum a Assembleia Legislativa, a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do RS (FecoAgro/RS), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do RS (Fetraf-RS), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Ocergs Organização Sindical, a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e o Sindicato da Indústria de Latícinios e Produtos Derivados do Estado do RS (Sindilat/RS).

Tema prioritário
Antes do fórum, foi realizada uma reunião entre o governador Eduardo Leite e os titulares das secretarias envolvidas com o enfrentamento à estiagem. O encontro serviu para monitorar o andamento dos projetos do governo. Na ocasião, Leite pediu celeridade na execução das iniciativas em apoio aos produtores, como perfuração de poços e construção de açudes, microaçudes e cisternas, entre outras. 

O governador também reforçou a necessidade de ampliar a integração entre as áreas técnicas para monitoramento da seca e das medidas de auxílio. Ele ressaltou que, a exemplo da pandemia, a estiagem merece que o governo agregue dados e informações para ter o "dedo no pulso" e acompanhar de perto a situação. Também foram discutidas alternativas para otimizar a execução de recursos para convênios e projetos de combate à estiagem. 

O investimento previsto no programa Avançar para projetos e ações que reduzam o impacto da seca no Rio Grande do Sul é R$ 320 milhões – parte desse valor foi executada no ano passado e outra será em 2023. 

Algumas ações realizadas
Auxílio Emergencial – SOS Estiagem

Implementado em setembro de 2022, o auxílio paga R$ 1 mil a indivíduo ou núcleo familiar de dois perfis:

- Famílias de povos e comunidades tradicionais e assentados de reforma agrária, cerca de 12,9 mil pessoas beneficiadas: 89% deste público já recebeu o auxílio. Investimento de R$ 12.977.000.

- Agricultores familiares, aproximadamente 67,4 mil famílias: cerca de 70% resgataram seu benefício. Investimento de R$ 67.455.000.

Microaçudes e poços

Desde 2019, foram executados 572 microaçudes e 513 poços com apoio do governo ou via convênios firmados com municípios. Novos convênios foram e estão sendo firmados. (Governo RS, adaptado pelo Sindilat)


A receita do município tricampeão na produção de suínos e leite do RS

Santo Cristo, no Noroeste, tem a liderança nas duas atividades em três anos consecutivos, segundo dados do IBGE

Localizado no noroeste do Estado, o município de Santo Cristo chegou ao tricampeonato consecutivo na liderança da produção gaúcha de suínos e leite. Foram 64,4 milhões de litros em 2021 (último resultado consolidado), de acordo com o IBGE, o equivalente a 14,5% do total. Nos suínos, são mais de 154 mil animais, fatia de 2,5% do total do Estado. E os ingredientes que alimentaram essa conquista do município que tem 14 mil habitantes vão da aptidão local aos investimentos públicos e privados feitos no desenvolvimento das atividades. 

A região onde fica Santo Cristo, no norte do Estado, é tradicional na pecuária, tanto a de leite quanto a de corte, afirmam Darlan Palharini, secretário-executivo Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS), e Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips).

— O Noroeste é a região com maior captação de leite. Não é à toa que a partir dos anos 2000 empresas maiores, além dos pequenos laticínios e queijarias que já existiam, começaram a se instalar na região, como a CCGL, a Lactalis e a Italac — acrescenta Palharini.

Os produtores também fizeram a parte deles, investindo em genética na bovinocultura de leite e recebendo incentivo da indústria para aprimorar a criação de suínos, acrescenta Vanderlei Neuhaus, chefe do escritório local da Emater.

Assim como a prefeitura, explica Elton Backes, coordenador da Agricultura da prefeitura do município:

— Nosso município já tinha uma vocação para produção de suínos e leite. Resolvemos facilitar para que o produtor e as empresas investissem ainda mais. Hoje, temos granjas que faturam R$ 400 mil por ano só em leite.

São 80 horas gratuitas de terraplanagem para produtores que desejam montar galpões para criação de animais e cem  horas para empresas se instalarem no município. Incentivos que somaram R$ 500 mil somente em 2022. Por meio da parceria com uma cooperativa, a prefeitura também subsidia parte do valor da inseminação artificial. 

Backes está certo de que Santo Cristo se manterá, novamente, na liderança nos dados de 2022. Já que, mesmo com pelo menos duas estiagens no meio do caminho, de 2019 para 2021, o município seguiu com a produção crescendo. Em 2020, o município produziu 59,2 milhões de litros e 140 mil animais. Em 2019, quando recebeu o título de Campeão Gaúcho pelo governo do Estado, 52,1 milhões de litros e 138 mil animais.

Atualmente, o município soma 500 propriedades rurais com produção de leite e suínos e dois laticínios maiores, o Tchê Milk e o Doceoli. Em Santa Rosa, há um frigorífico da Alibem, que processa a maior parte da criação de suínos de Santo Cristo. (Zero Hora)

CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR: Secretária executiva anunciada 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou Marcela Carvalho como secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado à pasta.

Ela é servidora da carreira, analista de comércio exterior do MDIC, graduada em Relações
Internacionais pela Faculdade Integrada do Recife e mestre em Desenvolvimento e Comércio Internacional pela Universidade de Brasília (UnB).

A servidora foi secretária adjunta de desenvolvimento do MDIC, chefe da assessoria internacional e chefe da área de Comércio Exterior do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Taxa sobre exportação de adubos já entrou em vigor na Rússia 
A Rússia já passou a tributar a exportação de fertilizantes minerais, segundo a agência de notícias russa Tass. O imposto, de 23,5%, incide sobre fertilizantes vendidos ao exterior por mais de US$ 450 a tonelada. A medida entrou em vigor em 1º de janeiro e terá validade até o fim de 2023. O Kremlin também aumentou a cota de exportação de fertilizantes minerais, que passou a ser de 11,8 milhões de toneladas e valerá até maio. Conforme o governo russo, o imposto visa assegurar a oferta do insumo no mercado local. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.819


Balança comercial de lácteos: importações se mantém estáveis

O que podemos esperar para o próximo mês?

O ano de 2022 encerrou com as importações em patamares elevados. Após atingir recordes de importações no mês de setembro, o volume veio em queda, porém, mesmo com os recuos, as importações fecharam o ano elevadas. Já as exportações seguiram desestimuladas, sem grandes alterações nesta reta final do ano.

Com a dinâmica que vem se formando, de sucessivos recuos nos últimos meses para os derivados lácteos (devido ao aumento da oferta de leite matéria-prima, e uma demanda ainda desestabilizada) e o dólar volátil, passando por avanços nos últimos dias (devido ao período de transição entre governos), as importações devem iniciar o ano de 2023 em queda, bem como as exportações desestimuladas.

Mesmo com esses recuos, as importações devem seguir em patamares elevados, devido ao atual cenário, e as quedas dos preços no mercado internacional. Além disso, devem iniciar o ano de 2023 bem superiores ao ano de 2022, visto que no início do ano passado as importações estavam desestimuladas, operando em patamares baixos. (Milkpoint)


Argentina – Programa de Governo investirá quase 10 bilhões de pesos no setor lácteo

Leite/AR – O ministro da Economia, Sergio Massa, e o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca, Juan José Bahillo, anunciaram o Programa de Incentivo à Produção de Leite, que compensará a média mensal de litros de leite vendidos entre os meses de outubro de 2021 e setembro de 2022.

O ministro da Economia destacou que “se existe uma atividade federal na Argentina é a produção de leite. Estamos no coração produtivo da Argentina. É uma atividade construída com a soma do campo e da indústria; não na luta entre o campo e a indústria, mas o campo transformado em um pilar para a industrialização e desenvolvimento da Argentina para agregar cada vez mais valor, neste mundo em que a guerra pela proteína pode proporcionar.

O secretário de Agricultura, afirmou que “O Incentivo à Produção de Leite é uma iniciativa que atende ao compromisso da Secretaria e do Ministério da Economia de fortalecer todas as economias regionais do país. Nosso trabalho é estar perto dos atores produtivos para tomar as melhores decisões para o setor”.

O programa consiste em melhorar a rentabilidade de 79% dos produtores e produtoras do país, outorgando um valor fixo em pesos por litro de leite durante quatro meses de acordo com os estratos:

- Aqueles que comercializaram até 1.500 litros de leite por dia, receberão 15 pesos por litro.

- Aqueles que comercializaram entre 1.501 e 5.000 litros por dia, receberão 10 pesos por litro.

Desta forma, o Governo Nacional fará um investimento total de 9,16 bilhões de pesos para fortalecer os pequenos e médios produtores em uma atividade que se caracteriza por um alto valor agregado, geração de emprego e raízes territoriais, impulsionando as economias locais de distintas regiões do nosso país.

Cabe destacar que o programa fornecerá uma compensação máxima de até 600.000 pesos mensais por produtor ou produtora, alcançando 2.616 produtores e produtoras que comercializam até 1.500 litros diários, e a 2.525 produtores e produtoras que comercializam entre 1.501 e 5.000 litros diários.

Durante o anúncio, realizado em Villa Maria, na província Córdoba, foram entregues ANR, dentro do Programa Nacional de Agregação de Valor para Cooperativas Agroindustriais “CoopAr”, destinado às Cooperativas Agroindustriais de todo o país, em um valor total de 167.739.521 pesos.

Este programa tem como objetivo a promoção e execução de projetos de investimentos em bens de capital, infraestrutura e capital de trabalho destinados a aprimorar a competitividade, a agregação de valor na origem, as exportações, assim como a vinculação da produção agroindustrial com os outros setores econômicos. (Fonte: Agrositio – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Leite/América do Sul: A expectativa em relação ao mercado das commodities lácteas no Cone Sul é de cautela

O comércio de commodities lácteas no sul do continente está fraco desde o início de dezembro. As competições esportivas internacionais seguidas pelas férias do final de ano significaram um período a mais de recesso nos países do Cone Sul. Existe a esperança de que a atividade comercial aumente em 2023, mas o mercado está muito cauteloso. 

O comércio com a China desacelerou provocando a queda dos preços globais das commodities lácteas. O comércio dentro e fora do Mercosul ajuda a compensar parte das perdas provocadas pelo menor embarque para os portos chineses. Também os movimentos políticos em alguns países da América do Sul e Central estão criando alguns obstáculos para processamento, embarque e comércio nesses países.

Espera-se que nos meses de verão a produção de leite caia. As expectativas são pessimistas diante dos baixos preços das commodities lácteas, junto com as condições secas do tempo que elevam os custos operacionais tanto nas fazendas, como no processamento.

Enquanto isso, espera-se que haja melhoria na colheita de soja no Brasil, enquanto outras partes do Cone Sul aguardam a quebra de safra, em decorrência das condições secas do solo.

As cotações do leite em pó desnatado (SMP) sofreram queda diante da fraca demanda do Sudeste Asiático. Já os preços do leite em pó integral (WMP) ficaram estáveis com o fortalecimento do comércio na região, no Norte da África e partes da Europa. No entanto, o quadro não é muito otimista na região e no mundo.   

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido 

Volume menor
A falta de chuva que traz prejuízos às lavouras de grãos do Rio Grande do Sul também está fazendo "secar" os tambos de leite. Na regional da Emater de Frederico Westphalen, no norte do Estado, a estimativa é de uma perda média de 15% no volume recolhido. Reflexo da combinação de redução na oferta de alimento e água para os animais com o estresse térmico causado pelas altas temperaturas. Ingrediente principal da dieta das vacas nessa área, a pastagem é impactada pelo tempo, assim como o milho silagem. E a alternativa de suplementar traz uma despesa adicional justamente quando o rendimento é reduzido, pontua Luciano Schwerz, gerente-regional da Emater de Frederico Westphalen: - Os produtores estão muito preocupados com esse cenário que mais uma vez causa prejuízos. Nos últimos quatro anos a atividade leiteira sofre danos por falta de chuva. Não só pelo volume de alimento que diminui, mas também pela qualidade. Condição que traz um efeito cascata também à indústria. - Com pouca chuva, aumenta o custo para o produtor, que terá uma oferta menor de matéria-prima para as indústrias. É mais um problema para a atividade leiteira, que já vem de um período bastante complicado - acrescenta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS. A sequência de problemas preocupa, dado o histórico entre 2015 e 2021, período em que o Estado perdeu metade dos produtores de leite, conforme dado da Emater. - Quando você está entrando no quarto ano consecutivo de não conseguir alimento para os animais, pesa mais. Acaba secando a vaca, tirando de produção antes do que precisaria. O produtor está tendo de decidir todo dia, se vende todo o gado, parte. Está tendo de tomar decisões todos os anos - lamenta Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês no RS. (Zero Hora)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.818


Balança comercial de lácteos: importações se mantém estáveis
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (06/01) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos se manteve praticamente estável, fechando o mês de dezembro em 140,0 milhões de litros em equivalente-leite.

Os números apontam um leve recuo de aproximadamente 2,1 milhões de litros em equivalente-leite, ou -1,4%.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (dezembro/2021), o saldo permaneceu em nível inferior, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -71,1 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente -96,9%. Esse cenário se formou em meio as importações se mantendo em nível praticamente estável.

Olhando para o acumulado de 2022, o ano encerrou-se com um saldo da balança comercial 25% inferior ao acumulado de 2021, muito em virtude do aumento das importações no segundo semestre deste ano.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As exportações passaram por um ligeiro avanço, porém, seguiram desestimuladas. O período apresentou um avanço de 1,4 milhões de litros no volume exportado, representando um aumento de aproximadamente 23,0%. Ao se comparar com 2021, observa-se um decréscimo de 2,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente 22,7% no volume exportado no período.

No acumulado de 2022, as exportações fecharam o ano 12,1% inferiores que o acumulado de 2021. Após passar por uma janela de exportação no início do ano, frente ao aumento dos preços no mercado internacional, que atingiram recordes históricos, as exportações perderam força no segundo semestre, o que influenciou no resultado negativo comparando-se com o ano de 2021.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Do lado das importações, o ritmo das negociações se manteve estável ao longo do mês de dezembro. Após apresentar significativos recuos entre outubro e novembro, o último mês do ano apresentou um leve recuo de 0,3% nas importações, em relação ao mês anterior, com um decréscimo no volume de importações de 0,5 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, nota-se as importações seguem em um patamar elevado. Em dezembro de 2021, 80,8 milhões de litros em equivalente-leite foram importados; já em 2022 esse valor teve uma expressiva variação positiva de aproximadamente 82,7%, configurando um aumento de 66,8 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir. Este resultado foi o segundo maior para o volume de importações no mês de dezembro, ficando atrás apenas de 2020.

Analisando o acumulado de 2022 nota-se que as importações fecharam o ano 26% superiores ao acumulado de 2021. O volume de importações iniciou o ano em patamares baixos, impactados pelos preços internacionais elevados. Ao longo do ano o cenário se reverteu e as importações ganharam força no segundo semestre do ano.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Desta forma, com as importações e exportações mantendo-se similares ao mês de novembro, o ano de 2022 fechou com o segundo saldo mais negativo para o mês de dezembro.

As quedas nos preços internacionais contribuíram para manter os produtos internacionais competitivos, refletindo em manutenção do cenário observado em novembro.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em dezembro, temos o leite em pó integral, o leite em pó desnatado, os queijos e o soro de leite, que juntos representaram 95% do volume total importado. O leite em pó integral teve um recuo de 25% em seu volume importado. Em contrapartida, o leite em pó desnatado e o soro tiveram uma elevação de 105% e 54,8%, respectivamente, em seus volumes importados. Os queijos, por sua vez, recuaram 21%.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite, o leite UHT, e os queijos, que juntos, representaram 82% da pauta exportadora. O leite UHT recuou cerca de 53%, enquanto o leite condensado e o creme de leite avançaram 180% e 19%, respectivamente.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de dezembro deste ano.
 

Tabela 1. Balança comercial láctea em dezembro de 2022.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.


"Queremos ser o maior cliente da agricultura familiar", diz Edegar Pretto ao assumir a Conab

O deputado estadual Edegar Pretto foi confirmado na tarde desta sexta-feira (6) como novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão responsável, entre outras coisas, por regular os estoques públicos de alimentos. O nome do gaúcho foi apresentado à imprensa pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, na sede do Ministério da Economia, em Brasília.

Em sua primeira manifestação, Pretto, que concorreu ao governo do Rio Grande do Sul nas últimas eleições, ficando em terceiro lugar no primeiro turno, disse que irá garantir aos agricultores que optarem por produzir alimentos que tenham viabilidade econômica.

— Queremos ser o maior cliente da agricultura familiar. Se optarem em produzir comida, através das compras institucionais, vamos adquirir produtos, formar histórico, e ajudar a acabar com a fome no país — disse Pretto.

O agora presidente da empresa pública elogiou o corpo técnico do órgão e destacou que a Conab coopera com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e com o Programa Mundial de Alimentos. Pretto destacou também o restabelecimento do papel da companhia no enfrentamento da fome.  (Zero Hora)

Exportações brasileiras de milho dobraram em 2022

Os embarques brasileiros de milho confirmaram as expectativas e mais do que dobraram em 2022, em linha com a recuperação da colheita após a forte quebra de safra no ano anterior. E, como mostraram dados que a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) divulgou ontem, as vendas de soja em grão ao mercado externo não resistiram à queda da produção na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul e recuaram, em um dos poucos declínios das exportações na última década.

Segundo a Anec, as exportações de milho atingiram o recorde de 43,1 milhões de toneladas no ano passado, ou 109,4% a mais que em 2021. Em dezembro, os embarques do cereal cresceram 75,4% em relação ao último mês do ano anterior, para 5,8 milhões de toneladas. E o ritmo deverá continuar forte em janeiro. Segundo a entidade, o volume chegará a 4,3 milhões de toneladas, uma alta de 94,6% ante o mesmo mês de 2021.

Já as exportações de soja em grão recuaram 10,2% em 2022, para 77,8 milhões de toneladas. Em dezembro, o volume foi de 1,5 milhão de toneladas, 40,2% menor do que o do último mês de 2021. Desde 2013, essa foi apenas a terceira queda anual, todas elas resultado de quebras de safra causadas por problemas climáticos. A Anec projeta que, neste mês, os embarques continuarão fracos, já que a colheita da safra 2022/23 ainda está no início. A expectativa é que sejam escoadas 1,3 milhão de toneladas, volume 42,4% menor do que o de um ano atrás.

Os embarques de farelo de soja cresceram 21% ao longo do ano passado, para 20,4 milhões de toneladas - apesar de terem caído 10,8% em dezembro, para 1,4 milhão de toneladas. Para janeiro, a previsão é de nova baixa, de 15,4%, para 1,3 milhão de toneladas. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), os embarques de farelo tendem a ficar estáveis este ano, mas, com o aumento da produção, as exportações do grão devem crescer para 93 milhões de toneladas.

No caso do trigo, por fim, a Anec informou que o Brasil enviou ao exterior 3,2 milhões de toneladas em 2022, o que representou um aumento de 188,8% em relação ao ano anterior. Em dezembro, foram 689,2 mil toneladas, volume superior às 538,6 mil toneladas do mesmo mês de 2021. As exportações brasileiras do cereal ganharam força com a boa colheita e com o aquecimento da demanda, um reflexo da guerra entre Rússia e Ucrânia, dois países que normalmente são grandes exportadores. (Valor Econômico)


Jogo Rápido 

O mais baixo crescimento
Números preliminares do Censo 2022 mostram que o crescimento da população brasileira de 2010 a 2022 foi o mais baixo desde o início da medição, em 1872. O número de habitantes aumentou de 191 milhões para 208 milhões. O Nordeste teve a menor variação entre as regiões. Cresceu metade da média nacional. Os dados definitivos saem em março. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 06 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.817


Incentivo fiscal favorece produção industrial de soro do leite RS

Uma das primeiras medidas do novo governo de Eduardo Leite (PSDB) assim que tomou posse, no dia 1º de janeiro, foi assinar um decreto que amplia o crédito presumido para estabelecimentos que produzem leite e soro do leite, contemplando também a produção da lactose e a proteína concentrada de soro de leite (WPC), mais conhecida como Whey Protein, suplemento alimentar amplamente utilizado por pessoas do mundo fitness. Segundo a Receita Estadual, a medida visa manter os produtores no Rio Grande do Sul e incentivar a produção do Whey Protein, tornando o Estado mais competitivo. 

"Havia um movimento de empresas que estavam pensando em expandir a produção de Whey Protein fora do Estado. O benefício vai gerar investimento e empregos aqui", avalia o subsecretário da Receita, Ricardo Neves Pereira. O incentivo deve valer por "prazo indeterminado", embora uma restrição nacional permita o benefício até 2032.

Pereira considera ainda que o Rio Grande do Sul já possui cadeias bem estruturadas para a produção da proteína do soro do leite. "Temos pelo menos duas empresas focadas na atividade. Elas fabricam a proteína e depois podem produzir o Whey para alguma marca específica. Se acontecer, seremos um dos principais produtores no Sul do País", projetou o subsecretário.

A alíquota das saídas interestaduais, ou seja, a tributação aplicada quando as mercadorias são destinadas a outras estados da federação, é de 12%. Com a medida sancionada pelo governador, empresas que produzem a proteína no Rio Grande do Sul terão uma alíquota de 7%. "É um incentivo forte. Vale para todas as empresas do setor", explicou Neves.

O incentivo foi concedido após uma série de conversas, negociações e protocolos de intenção com a categoria da cadeia leiteira, que começaram no ano passado, quando também foi anunciado pelo consórcio Whey do Brasil um investimento de R$ 170 milhões em Palmeira das Missões para a produção do Whey Protein. 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) enxerga a medida com bons olhos. O secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, disse, em nota, que "o incentivo na produção de lácteos gera isonomia tributária frente à guerra fiscal dos outros estados concorrentes (SC/PR/MG/SP)." O comunicado ressalta ainda que, há dois anos, o sindicato apresentou um estudo sobre a perda de competitividade de alguns derivados fabricados pela indústria gaúcha.

Apesar disso, o setor ainda identifica dificuldades à produtividade gaúcha. O Fator de Ajuste de Fruição (FAF), que em 2022 era de 5%, a partir de 1º de janeiro de 2023 foi para 10% e chegará a 15% em 2024. "Mantemos uma expectativa positiva quanto à revisão desta norma, a fim de diminuir as perdas principalmente do leite UHT, queijos, leite condensado e demais derivados", escreveu Darlan.

O presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil), Humberto Brustolin, concorda. "Para retomar a competitividade do setor lácteo gaúcho em relação aos outros estados, é extremamente necessário que seja revisto o FAF que vem retirando ano a ano os créditos presumidos das empresas do Rio Grande do Sul, deixando as mesmas em situação muito desfavorável no mercado lácteo nacional", ponderou.

Medida pode acelerar segunda fase de empreendimento no Noroeste do RS

No ano passado, o consórcio Whey do Brasil anunciou um investimento de quase R$ 170 milhões em Palmeira das Missões, uma das maiores plantas de industrialização de soro do leite no Rio Grande do Sul, com uma capacidade de processamento de até 1,4 milhão de litros do produto por dia a partir de abril de 2024.

Com o novo decreto que amplia o crédito presumido para o setor lácteo, sancionada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), a segunda etapa do empreendimento que irá tratar da produção das proteínas como Whey, que está prevista para 2026, pode ser acelerada. 

Segundo palavras de Humberto Brustolin, presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil) e da Laticinios Kiformaggio Ltda, de Nonoai, uma das empresas integrantes do consórcio, o incentivo "imediatamente não impacta para a Whey do Brasil", mas "é um motivo para se analisar os cronogramas, e sendo consenso do grupo, pode-se até mesmo antecipar a segunda fase", disse.

A primeira fase, prevista para iniciar ao final do ano, contempla a produção de Soro em pó Desmineralizado e Compostos Lácteos em geral. A segunda etapa, prevê a produção, além do Whey Protein (Concentrado proteico de soro), a WPI (proteína isolada de soro) e o permeado de soro.

Os principais prédios da obra da primeira etapa, segundo Brustolin, encontram-se na fase final. "Além disso, 80% de todos equipamentos estão adquiridos, alguns já instalados como silos, caldeira. Outros já entregues como cristalizadores e centrífugas e os demais itens estão em fase de execução", comentou o presidente da Apil. A planta deve começar a operar no primeiro trimestre de 2024. Do montante total para a execução da planta, 60% já foi desembolsado para a construção da fábrica.

A unidade da Whey do Brasil iniciará sua produção já habilitada para exportação e pretende gerar cerca de 150 empregos diretos. "Somos detentores da matéria-prima soro fluido/concentrado, uma vez que as empresas sócias do empreendimento detêm o volume necessário para que se consiga produzir sem interrupções, tendo assim uma vantagem competitiva importante", destacou Humberto. 

Ainda fazem parte do consórcio as seguintes empresas: Friolak, de Chapada; Doceoli, de Santo Cristo; Frizzo, de Planalto; São Luís, de Marau; Mandaká Alimentos, de Nova Boa Vista; Paladar da Serra, de Guaporá; e Stefanello, de Rodeio Bonito. (Jornal do Comércio)


Boletim integrado agrometeorológico Nº 01/2023 – SEAPDR 

Os próximos dias permanecerão com calor e chuvas de baixo volume no RS. Entre a quinta-feira (05) e o domingo (08), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com muito calor e temperaturas próximas de 40°C em algumas regiões. 

Na segunda-feira (09) e terça-feira (10), as temperaturas permanecerão elevadas e a combinação do calor e umidade deverá provocar pancadas de chuva, típicas de verão, especialmente na Metade Norte. 

Na quarta-feira (11), a aproximação de uma área de baixa pressão favorecerá maior variação da nebulosidade e são esperadas pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. Os valores previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Metade Sul. No restante do Estado, os totais deverão oscilar entre 15 e 20 mm na maioria das localidades. (SEAPDR)

Ministro diz que governo vai dialogar sobre fim do saque-aniversário do FGTS: "Não tem canetaço"

Luiz Marinho, no entanto, confirma a intenção de reverter medida que, segundo ele, contraria "função histórica" do fundo

Garantia do trabalhador após uma eventual perda do emprego e fundo de investimento habitacional. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho essas são as finalidades históricas às quais o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) precisa voltar a servir.

Em entrevista para o Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, desta quinta-feira (5), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reafirmou a intenção de dar fim ao saque-aniversário do FGTS, mas que o governo preza pelo diálogo e que não haverá "canetaço" neste sentido.

— Não vamos fazer um encaminhamento imediato. Nós vamos apresentar para o conselho curador do Fundo de Garantia, para, em tendo concordância do conselho curador, encaminhar ao presidente Lula para poder posteriormente dar os encaminhamentos necessários para a reversão deste processo — afirmou Marinho.

Legislação trabalhista
Questionado sobre uma possível revisão da reforma trabalhista — feita ainda na gestão de Michel Temer, em 2017 —, o ministro afirmou que não existe uma proposta para mudanças mais profundas na legislação, mas que é necessário criar um fórum entre as classes trabalhadoras e o empresariado para possíveis ajustes.

— Não haverá uma negociação para ter um pacote global da reforma trabalhista. Não é essa a ideia. A ideia, é na mesa permanente diálogo entre as centrais sindicais e os empresários, ir construindo entendimentos, consensos. E nessa medida que vai acontecendo você vai oferecendo ao Congresso Nacional as possibilidades de correções — afirmou.

Uma possível mudança na legislação trabalhista ressaltada por Marinho é a regulamentação dos serviços prestados por meio de aplicativos. Para o ministro, estes trabalhadores precisam ter garantida uma rede de proteção, que não necessariamente será vinculada à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

— Nós vamos ouvir em especial os profissionais de aplicativo, que não são só os motoristas, não são só os motoboys. Tem aí um conjunto de plataformas atuando, até no trabalho doméstico. É preciso compreender que onde tem trabalho, é preciso valorizar o trabalho. Nós às vezes assistimos uma situação onde o trabalhador tem que trabalhar 16 horas por dia, 14 horas por dia, para poder levar o leite para casa, o pão, enfim. Uma jornada de escravidão. O trabalhador não pode ser escravo do trabalho. O trabalhador precisa ser valorizado para que ele possa, na sua remuneração, no seu trabalho, na sua dedicação diária, ele possa ter condições de sustentar a sua família — salientou, Marinho.

Embora destaque a importância do envolvimento dos trabalhadores com os sindicatos, Luiz Marinho descartou o retorno do imposto sindical obrigatório, que tornou-se facultativo após a reforma trabalhista.

Valorização do salário mínimo
Uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era a valorização real salário mínimo. De acordo com Marinho, isto será feito com o retorno da vinculação dos reajustes ao crescimento do PIB. Não há prazo para o retorno desta política — que foi adotada na primeira gestão de Lula —, mas uma proposta neste sentido deve ser apresentada nos primeiros seis do governo, segundo o ministro. Atualmente, o reajuste do mínimo é feito com base no INPC, um indicador da inflação.

— Certamente será vinculado ao crescimento do PIB (o reajuste). É preciso dar sustentabilidade ao crescimento do salário mínimo para não haver uma distorção, que era o medo lá atrás. Quando implementamos lá em 2005, nós fizemos o processo de negociação, a área econômica do governo à época era radicalmente contra fazê-lo, e nós criamos dois movimentos naquele momento, que foi a correção da tabela do Imposto de Renda. Portanto, nos oito anos do governo Lula, ele não deixou nenhuma defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda, e juntos implementamos a política de valorização do salário mínimo.

Ouça a entrevista na íntegra clicando aqui. (Zero Hora) 

 


Jogo Rápido 

Ex-governador do Acre Jorge Viana é nomeado presidente da Apex
Nome já tinha sido anunciado no fim de dezembro pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin. Apex promove produtos brasileiros no exterior. O ex-governador do Acre Jorge Viana foi nomeado nesta terça-feira (3) como o novo presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex). O órgão ficará vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. A Apex atua na promoção comercial dos produtos brasileiros no exterior. Jorge Viana foi prefeito de Rio Branco; governador do Acre por dois mandatos seguidos, de 1999 a 2006; e depois, em 2011, senador.  Em 2013, Viana foi escolhido como primeiro vice-presidente do Senado, pelo PT. Na época, Renan Calheiros (MDB-AL), presidia a Casa. Ele é engenheiro florestal formado pela Universidade de Brasília (UnB) e professor de gestão pública. Segundo a equipe do governo eleito, Viana "é um defensor de projetos de desenvolvimento sustentável e atuará para fortalecer a competitividade do Brasil nas novas fronteiras da economia, como a bioeconomia e a indústria 4.0". (G1) 


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.816


GDT: preços internacionais dos lácteos iniciam o ano em queda – parte 02

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Para entendermos o impacto das negociações do evento GDT no mercado nacional, podemos considerar o câmbio desta terça-feira (03/01/2022) — R$ 5,37 — e o valor do leite em pó integral internacional (US$ 3.208 /tonelada), para chegarmos ao preço equivalente de um leite importado colocado no Brasil, que seria de R$ 2,09 /litro. 

Esse valor está abaixo, se comparado com o leite pago ao produtor no mês de dezembro – fechado na média de R$ 2,53 /litro (CEPEA/ESALQ) – e também inferior se comparado ao preço do leite spot da segunda quinzena de dezembro (R$ 2,36 /litro – média Brasil).

Bom destacar que, apesar de o GDT ser o principal balizador de preços de lácteos do mundo, nos últimos meses os nossos principais fornecedores de lácteos para importações (Argentina e Uruguai) têm praticados preços superiores aos do GDT.

De acordo com o levantamento do MilkPoint Mercado, os preços praticados no Mercosul na segunda quinzena de dezembro passaram por elevações, fechando em US$ 3.823 /tonelada. Considerando o dólar a R$5,37, chegamos ao preço equivalente de um leite importado colocado no Brasil, que seria de R$ 2,49 /litro – valor acima ao praticado no mercado spot brasileiro da segunda quinzena de dezembro, e próximo do valor do leite pago ao produtor.

Em meio a alta volatilidade, o dólar voltou a ganhar força frente ao real. Devido ao cenário de transição política, e de anúncios que trazem a incerteza do mercado, a moeda-norte americana passou por variações positivas, atingindo o maior valor desde 28/11.

No mercado interno, os preços dos derivados lácteos fecharam o ano com variações positivas, porém seguem em patamares baixos. O mercado de derivados lácteos encerrou o ano dando sequência as variações positivas registradas na terceira semana de dezembro. Após passar por um período de quedas entre setembro e início de dezembro, devido a demanda enfraquecida e aumento da oferta de leite matéria-prima, o ciclo de baixas se encerrou. Os preços em patamares baixos e festividades de fim de ano agiram no sentido de elevar a demanda pelos produtos, o que ocasionou as altas nos preços.

Um ponto da atenção para os próximos dias segue sendo a covid-19 na China. Com a evolução dos casos, o desdobramento da pandemia na China permanece no radar.

Desta forma, mesmo com os preços internacionais do leilão GDT recuando, os preços do mercado interno, a elevação nos preços do Mercosul e o dólar em alta, agem no sentido contrário, e atuam como protagonistas para diminuir a competitividade dos produtos internacionais. Para o próximo mês, as importações tendem a perder força. (Milkpoint)


Ministério da Agricultura e Pecuária confirma nomes de 5 secretários

Veja quem são os cinco profissionais que irão se reportar ao ministro Carlos Fávaro

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou na quarta-feira (4), por meio de nota, os cinco nomes que irão comandar as secretarias da pasta. Carlos Goulart assumirá a Secretaria de Defesa Agropecuária; Wilson Vaz de Araújo comandará a Secretaria de Política Agrícola; Irajá Lacerda estará à frente da Secretaria Executiva; Renata Miranda liderará a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação, Cooperativismo; Roberto Perosa assumirá a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Carlos Goulart
Até então diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do ministério, é auditor fiscal federal, servidor de carreira especializado em defesa e certificação fitossanitária. Era um dos nomes favoritos pelo setor produtivo para o posto, que é considerada uma das secretarias mais estratégicas da pasta. Ele havia sido nomeado adido agrícola na China, cargo qual assumiria nas próximas semanas.

Wilson Vaz de Araújo
É ex-secretário adjunto da Secretaria de Política Agrícola. É servidor de carreira do ministério, tendo já ocupado também os postos de secretário interino de Política Agrícola e de diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário. Ele retorna ao comando da pasta responsável pela estruturação do Plano Safra e do Seguro Rural.

Roberto Perosa
Empresário do setor sucroenergético paulista. Atualmente, é CEO da Organização das Associações dos Produtores de Cana do Brasil (Orplana). Seu nome foi indicação do vice-presidente Geraldo Alckmin. Perosa já havia informado a empresários paulistas sobre a nomeação no último fim de semana.

Renata Miranda
Chefe de Gabinete da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do ministério. Ela é servidora de carreira da Embrapa e atuava no Ministério da Agricultura e Pecuária desde fevereiro de 2019. Renata Miranda deve ser responsável pela coordenação de programas como o da recuperação de pastagens degradadas. Renata acompanhou o ministro Carlos Fávaro na tarde de quarta-feira (4) na posse de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente.

Irajá Lacerda
Escolhido para a Secretaria Executiva, já foi chefe de gabinete de Fávaro no Senado. Lacerda concorreu a deputado federal pelo PSD em Mato Grosso nas eleições de 2022, mas não se elegeu para o posto. Ele é advogado especializado em direito agrário, fundiário e ambiental. Já presidiu a Comissão de Direito Agrário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT). (Canal Rural)

 


Jogo Rápido 

SETOR DO LEITE EM DEBATE
Venha assistir e participar da live DIÁLOGOS SETORIAIS que será transmitida pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Dia 26/01/2023 às 9h os representantes estarão, em conjunto com Auditores da Receita Estadual, analisando e comentando os INDICADORES ECONÔMICOS do leite. Agende-se e participe pelo canal do YouTube da Secretaria da Fazenda. Essa é uma grande oportunidade para ficar bem atualizado sobre o que vem acontecendo com o nosso setor e discutir alternativas! Os indicadores apresentados na live estão disponíveis na Revista Digital RS 360, na edição nº 03, que estará disponível no site a partir do dia 20/01, que pode ser acessada através do site Receita.Doc. (SEFAZ RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.815


GDT: preços internacionais dos lácteos iniciam o ano em queda – parte 01

Nesta primeira semana do ano foi realizado o 323º evento do leilão Global Dairy Trade (03/01), e o cenário baixista observado no último leilão prevaleceu. O primeiro evento do ano de 2023 da plataforma GDT apresentou um recuo de -3,7% na média de seus preços, fechando em US$ 3.365 /tonelada.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

Nesta quinzena, ocorreu um significativo avanço no volume negociado. Foram negociadas 33.478 toneladas de lácteos, volume 16,55% superior em relação ao último leilão. O comportamento dos volumes negociados está na contramão dos últimos anos, que registraram quedas, e é o maior valor para o período desde 2015. 

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/01/2023.

Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 03/01/2023.
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2023.

O preço médio do leite em pó integral seguiu recuando, passando de US$ 3.246 /tonelada para US$ 3.208 /tonelada. O resultado é o menor desde dezembro de 2020. Analisando o comportamento dos preços com uma base 100 em 1º de março, quando os preços atingiram um pico de US$ 4.757 /tonelada, nota-se que nos últimos meses os preços do leite em pó integral vêm enfrentando um cenário baixista, acumulando um recuo de aproximadamente 33% no período.

Alguns dos fatores que contribuíram para manter o cenário baixista nessa primeira quinzena de janeiro foram a covid-19 na China e um maior volume negociado neste leilão. Cidades chinesas como Pequim, Xangai, Chengdu e Wenzhou vem investindo em novos centros de tratamentos para doentes, o que reforça o cenário de descontrole da disseminação do vírus, e um possível aumento dos casos nos próximos dias.

Outro ponto que contribuiu para as quedas nos preços internacionais foi o aumento expressivo de 16,55% no volume negociado, sendo o maior valor desde 2015. Este fator ocasionou uma pressão de baixa nos preços praticados.

Em relação aos contratos futuros de leite em pó integral no GDT e na Bolsa de Futuros da Nova Zelândia (NZX Futures), ambas as projeções apontam caminhos distintos. O GDT aponta um cenário estável, com os preços operando na casa dos US$ 3.200 / tonelada, enquanto o NZX Futures projeta um cenário altista, com os preços atingindo US$ 3.520 /tonelada em abril de 2023.  

Confira a parte 02/02 na notícia na newsletter do Sindilat/RS de amanhã. 

As informações são do Milkpoint 


Estiagem avança pelo RS e derruba produção de milho, soja e leite

Sem chuvas regulares sobre o território do Rio Grande do Sul, os produtores rurais voltam a enfrentar uma situação que se repete nos últimos anos. A estiagem que castiga o Estado já provocou perdas de lavouras inteiras de milho, além de queda na produtividade. A situação compromete também áreas de soja e a produção leiteira. Pelo menos 30 municípios já decretaram situação de emergência, conforme a Defesa Civil.

A situação preocupa especialistas em climatologia. Embora tenha chovido em todas as regiões entre domingo e segunda-feira, a precipitação foi muito irregular e com grande variabilidade de volumes de um ponto para outro, avalia a Metsul Meteorologia.

No Oeste, no Centro e no Sul gaúchos, deve ocorrer pouca chuva até a metade de janeiro. Na Metade Oeste, ainda haverá o agravante da temperatura alta, com tardes de forte calor se somando à baixa umidade e escassez de precipitação, também de acordo com a Metsul.

No campo, o ano de 2023 começa com prejuízos à cultura do milho. Segundo a Emater-RS, nas áreas mais impactadas, a escassez hídrica coincidiu com as fases de florescimento e enchimento de grãos do cereal, o que comprometeu a produtividade. Os danos já estão consolidados nas regiões Norte, Central, Campanha e Fronteira Oeste.

Na região de Ijuí, Coronel Barros e Bozano, com chuvas irregulares, variando entre 5 milímetros e 50 milímetros na semana passada, as perdas no milho são de 100%, em muitas lavouras. E a redução na produção de leite redução chega a 60%.

Já na região das Missões, os prejuízos vão de 25% a 70% na safra. “Algumas lavouras estão com 100% de perda. Isso vai gerar impacto negativo na produtividade estadual, que antes do Natal era calculada em 15% e, agora, com certeza, já é maior. E os problemas são ainda maiores para quem depende do milho para fazer silagem, destinada à alimentação animal”, diz o coordenador da área de Culturas e de Defesa Sanitária da Emater-RS, Elder Dal Prá.

Levantamento feito pelas regionais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag) a pedido do Jornal do Comércio aponta quadro de dificuldades por todo o Rio Grande do Sul. No Alto Jacuí, produtores de praticamente todos os municípios da região fizeram pedidos de cobertura do Proagro, por conta das perdas.

No Alto Uruguai, as chuvas são irregulares, com variação de 10 milímetros a 60 milímetros. Ainda não há registro de falta de água para dessedentação animal e humana, mas alguns municípios já fazem levantamento de perdas nas lavouras, e alguns, igualmente, buscam o ressarcimento dos prejuízos por meio do seguro agrícola.

Na região do município de Jóia, falta água para consumo humano em algumas localidades, assim como em pequenas áreas de irrigação de agricultura familiar, embora as chuvas sejam muito irregulares, com grandes volumes apenas em determinadas áreas e nada mais. As estimativas de perdas são elevadas na bacia leiteira da região. Isso sem falar na produção de milho, e replantio de soja, além de áreas não plantadas ainda, por pouca umidade.

Em Augusto Pestana, o cenário é semelhante. As lavouras de milho do cedo foram perdidas, com mais de 80 % de quebra. A soja, com as pancadas de chuva, ainda se mantém verde. 
Em Condor, o milho sequeiro do cedo foi perdido, e os agricultores estão cortando para uso como silagem, embora de baixa qualidade. A produção de leite também caiu muito. Cruz Alta vê as perdas no milho para silagem chegarem a 80%, assim como os grãos cultivados fora das áreas de pivô. E na soja, o prejuízo ronda a casa dos 40%.

Em Catuípe, o milho safra teve lavouras com até 100 % de perda. A soja do cedo perdeu bastante porte, e ainda faltam algumas áreas a serem semeadas.

Em Santo Augusto, são 3,5 mil hectares de milho plantados por agricultores familiares. E as perdas variam de 80% a 100%, descontadas as áreas com pivô central de irrigação. A seca se iniciou no começo de setembro e segue castigando a região, com precipitações irregulares e em pouca quantidade. No município, a previsão é de plantio de 33 mil hectares de soja, e a semeadura está atrasada em algumas localidades. As perdas são grandes com o leite, devido ao não crescimento e rebrote de pastagens e, consequentemente, a queda na lactação dos ventres.

“Imaginávamos que a situação não seria tão complicada como nos últimos anos. Mas está aí, mais uma vez, essa estiagem. O pessoal vai sofrer”, diz Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag.

Analista de milho da Safras & Mercado, Paulo Molinari revela que a empresa reduziu a projeção da safra do Rio Grande do Sul de 6,3 milhões de toneladas para 5,8 milhões de toneladas por conta da situação climática. E provavelmente haverá nova redução nos números em janeiro.

"Temos mais um ano de La Niña e seus efeitos conhecidos. é uma perda menor em relação aos últimos dois anos. Mas os números ainda estão abertos, e as chuvas precisam retornar em janeiro".

Molinari observa que o plantio ocorreu normalmente, as chuvas chegaram cedo e o produtor viabilizou a semeadura dentro de uma boa janela. Mas, a falta de precipitação nas fases de polinização e pendoamento é decisiva para a produção. E, por isso, o desenvolvimento das lavouras está mesmo comprometido.

"A tecnologia aplicada nas lavouras de milho gaúchas não ajuda muito a evitar estas perdas de produção. Devemos considerar uma queda de produtividade de 5,5 mil quilos por hectare para 4,8 mil quilos, por enquanto. Mas, apesar das perdas de produção, o volume a ser colhido deverá ser suficiente para atender a demanda regional até a metade do ano, quando a safrinha de 2023 de outros estados pode abastecer o RS".

Já para o analista de soja Luiz Fernando Roque, a commodity preocupa, mas nem tanto como há um ano. O mês de janeiro será decisivo para a cultura. Ele lembra que o plantio atrasou nesta safra, mas isso acabou se tornando um fator positivo, caso o La Niña realmente perca intensidade.

“Se chover regularmente, ainda poderemos colher uma safra boa. Não será mais do tamanho que poderia ser, mas ainda há chance de termos uma produção interessante”, diz Roque.
Embora tenha chovido em Uruguaiana nos últimos dias, a esperança de precipitações mais consistentes está mais para meados do mês. Até lá, o produtor olha para o céu com expectativa e ansiedade. (Jornal do Comércio)

Uruguai: Fundo de reconversão do setor lácteo foi aprovado pelos deputados

Por unanimidade, a  Câmara dos Deputados  converteu  em Lei o Fundo de Reconversão da Indústria Láctea , Projeto de Lei que o Poder Executivo havia enviado ao Parlamento, como forma de socorrer indústrias em dificuldades financeiras. O objetivo, além de dar-lhes uma tábua de salvação, é manter as fontes de emprego neste setor.

Assim que foi votado, o subsecretário do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, Ignacio Buffa, lembrou em sua conta no Twitter que a iniciativa "gera um fundo de competitividade para as indústrias de laticínios e fornece as bases para o desenvolvimento de um sistema anticíclico fundo para o setor".

O auxílio será construído com US$ 13 milhões, destinados a financiar projetos que devem ser apresentados por empresas em dificuldades econômicas e não sujeitas a crédito. Eles devem apresentar um redesenho industrial, produtivo e um plano de negócios, que serão apreciados por uma Comissão Técnica independente, conforme detalhou dias atrás o ministro Fernando Mattos.

O fundo aprovado será financiado com US$ 6 milhões do Fundo do Laticínio, com compromisso de quitação. Também serão utilizados US$ 3 milhões do Fundo Tecnológico, mais igual valor que será fornecido pela Receita Geral. A expectativa é que, para repor esses US$ 6 milhões do Fundo do Laticínio, dure além do que estava previsto na Lei, que era de 24 de novembro.

“Era urgente tomar uma decisão com aquelas indústrias que estavam à beira do abismo. Estamos trabalhando há meses e encontramos uma fórmula perto do final do ano para tentar colocar essas indústrias de laticínios em uma situação crítica”, explicou o responsável do MGAP na semana passada.

Por sua vez, o Fundo Anticíclico protegerá os produtores das oscilações bruscas de preços no mercado mundial de lácteos, dando-lhes segurança para produzir. (Fonte: Rurales El País, via Portal Lechero)


Jogo Rápido 

Emater dará prioridade à tecnologia
Com orçamento de R$218 milhões para o ano de 2023, a Emater/RSAscar planeja investimentos em tecnologia de informação (TI) para facilitar o trabalho dos técnicos e garantir mais agilidade nos serviços prestados às propriedades rurais. A empresa de assistência técnica também pretende priorizar projetos voltados à irrigação e ampliar a oferta de cursos de capacitação em todas as áreas atendidas, das boas práticas agrícolas à criação de agroindústrias, afirma o novo presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Christian Wyse Lemos. Para Lemos, que assumiu o cargo em 8 de dezembro deste ano, a modernização resolverá um grande gargalo da assistência rural. “Hoje, (os técnicos) fazem as visitas de campo, fazem todas as análises, as anotações para desenvolverem os projetos e, depois, precisam abastecer dois, três, quatro sistemas de TI diferentes. É algo que não condiz com o potencial de trabalho da Emater”, diz. Se, inicialmente, a integração tecnológica significará mais eficiência nos processos internos, em uma segunda etapa trará benefícios também para os produtores atendidos. “Não quero gerar falsa expectativa, não sei se a gente consegue concluir isso dentro do ano de 2023. Mas temos uma face desse sistema para o produtor, para que ele tenha o acompanhamento histórico da sua propriedade, da quantidade que colheu”, explica Lemos. (Correio do Povo, adaptado pelo Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.814


GDT - Global Dairy Trade
 
 

As informações são do Global Dairy Trade, adaptadas pelo Sindilat/RS


Previsão meteorológica para áreas agrícolas na primeira quinzena do ano

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas significativas em grande parte do País (tons em vermelho e rosa), além da faixa desde o noroeste da Região Norte, passando por áreas da parte central do País até o leste da Região Sudeste, ocorridos principalmente devido à formação de um canal de umidade que contribui para ocorrência das chuvas (figura 1).

Por outro lado, na costa leste do Nordeste e o estado do Ceará, além de áreas da Região Sul, a previsão é de pouca chuva (tons em azul no mapa).
 
Previsão por região (2/01/2023 até 09/01/2023)

No Norte do Brasil, podem ocorrer volumes de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em grande parte da região, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm em áreas centrais do Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins. Nas demais áreas, os volumes será menor (cerca de 30 mm). 

No Nordeste, os maiores acumulados de chuva devem se ocorrer na região do MATOPIBA (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) além do extremo sul da Bahia e de Sergipe, com volumes maiores que 50 mm. Enquanto na costa leste da região até o estado do Ceará, há previsão de baixos acumulados de chuva, podendo ser menor que 30 mm.

No Centro-Oeste, há previsão de grandes volumes de chuva, maiores que 80 mm, e que podem ultrapassar 150 mm em grande parte de Goiás e norte do Mato Grosso. No leste do Mato Grosso do Sul, os volumes não devem passar de 70 mm.

Já no Sudeste, as chuvas mais volumosas ficarão concentradas em áreas do centrossul de Minas Gerais, norte de São Paulo e Rio de Janeiro, com volumes que podem ultrapassar os 150 mm. No noroeste de Minas Gerais, Espírito Santo e áreas centrais de São Paulo, os volumes podem ser maiores que 60 mm. No entanto, no nordeste de Minas Gerais, haverá baixos acumulados de chuva no início da semana.

Por fim, no Sul do País, no início da semana, uma massa de ar quente e úmida provocará chuvas na região, maiores que 50 mm principalmente no noroeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Entre segunda-feira (2/1) e Terça-feira (3/1) um sistema frontal se configura e se desloca em direção ao oceano Atlântico, com possibilidade de pancadas de chuva na região, e, predomínio de tempo seco e sem chuvas nos dias seguintes.

Figura 1: Previsão de chuva para 1ª semana (2 e 9/01/2023).

Ainda conforme o Inmet, entre os dias 10 e 18 de janeiro de 2023, a previsão indica acumulados de chuva significativos, maiores que 50 mm, em grande parte da Região Norte, Centro-Oeste, centrossul do Maranhão e Piauí, na costa leste e faixa norte da Região Nordeste, além do sul da Região Sudeste. Já no leste do Amapá, os volumes de chuva podem ultrapassar 100 mm (figura 2). Já no interior das regiões Nordeste e Sul, são previstos volumes abaixo de 40 mm. 

Previsão por região (10/01/2023 até 18/01/2023)

Para o Norte, são previstos acumulados maiores que 50 mm em praticamente toda a região, com exceção do leste do Amapá, onde há previsão de grandes volumes de chuvas, podendo superar os 100 mm. 

No Nordeste, a chuva mais volumosa ficará concentrada em áreas do Maranhão e Piauí, além da costa leste e faixa norte da Região Nordeste, com acumulados que superiores a 50 mm. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos volumes de chuva (menor que 40 mm).

No Centro-Oeste, a previsão é de volumes de chuva maiores que 50 mm em grande parte da região, podendo ultrapassar 90 mm no norte do Mato Grosso e de Goiás.

Já no Sudeste, os maiores acumulados de chuva podem ocorrer em grande parte de São Paulo e centrossul de Minas Gerais, com valores superiores a 90 mm. Nas demais áreas, os volumes de chuva não devem ultrapassar 60 mm.

No Sul, a previsão indica maiores volumes de chuva no nordeste do Paraná, com volumes chegando a 90 mm. Nas demais áreas, baixos acumulados de chuva, que não deve ultrapassar 50 mm.

Figura 2: Previsão de chuva para 2ª semana (10 e 18/01/2023).

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia, adaptadas pela equipe MilkPoint.

CBQL | Diretor da Epagri é eleito para a presidência do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite
 
O diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Epagri, Vagner Miranda Portes, é o presidente eleito do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL).
 
A eleição se deu em assembleia geral da instituição, realizada nesta quarta-feira, 28. Ele assume o cargo para o mandato 2023/24.
 
O CBQL é uma entidade civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, de caráter representativo e não governamental. Congrega pessoas físicas e jurídicas que trabalham ou têm interesse pelo setor de leite e derivados no Brasil. Foi fundado em 1999 por pesquisadores, representantes da indústria, professores universitários e outros profissionais interessados em promover a qualidade dos lácteos produzidos no território nacional.
 
Vagner explica que a missão do CBQL é promover a qualidade do leite e derivados no Brasil, “dentro de um rigor científico, com muita responsabilidade social”. Assim, a entidade se propõe a ser um fórum permanente para fornecer e motivar o estabelecimento de mecanismos para promoção da qualidade do leite e derivados no País, sempre zelando pela sanidade dos alimentos lácteos e pela sustentabilidade da cadeia produtiva.
 
Ao compor a chapa que concorreu à diretoria 2023/23 do CBQL, Vagner afirma que primou pela representatividade, tanto em termos de distribuição geográfica, como em termos dos elos da cadeia produtiva do leite. Assim, a nominata da nova diretoria, que pode ser conferida ao final desta matéria, dispõe de representantes de vários Estados, bem como de membros da indústria, de empresas, de universidades e pesquisadores. “Tentamos trazer todos os elos da cadeia produtiva do leite, com representatividade dentro dessa nova gestão”, declara Vagner.
 
Além de Vagner, a nova diretoria do CBQL conta com outros nomes de Santa Catarina. André Thaler Neto, diretor da UDESC/CAV, vai assumir a vice-presidência. Para o cargo de primeiro diretor de apoio à gestão foi indicado Leonardo Cardozo Leite, que representa a Ordemilk, empresa catarinense que produz equipamentos para esta cadeia produtiva. Por fim, Tiago Celso Baldissera, pesquisador da Epagri, é um dos novos conselheiros suplentes da instituição.
 
Vagner avalia que ter novamente o CBQL sob a presidência de um catarinense representa muito para o Estado, já que Santa Catarina tem uma das maiores bacias leiteiras do país, além de o alimento ser o quarto em importância na composição do nosso Valor Bruto de Produção (VBP). O novo presidente lembra ainda da importância social do leite para Santa Catarina, cujo meio rural é composto basicamente por pequenas propriedades. “Então, o leite promove distribuição de renda para a maioria dos municípios”, descreve.
 
“Também será um momento crucial para o Estado discutir assuntos importantes e pertinentes em relação à qualidade do leite”, pondera Vagner. Ele lembra que Santa Catarina vende leite para outros estados do País, então, é fundamental que esteja à frente nas discussões, mas que também operacionalize a qualidade do leite a nível estadual.
 
“A exportação de lácteos é sempre presente nas discussões do setor em Santa Catarina, porém, a base para que se possa pensar nisso é a qualidade do leite”, declara o diretor da Epagri. Ele entende que ter a gestão do CBQL no estado vai propiciar ações para operacionalizar a qualidade do leite catarinense, para que, num futuro próximo, possamos pensar em exportar leite para outros países. Santa Catarina já vende para outros estados do Brasil entre 40% a 50% de sua produção. “Temos leite disponível para exportação, porém, precisamos evoluir na qualidade, para que possamos ser competitivos no comércio mundial”.
 
Vagner relata que a gestão 2023/24 do CBQL tem o intuito de retomar os comitês técnicos. “Um comité técnico que será instalado o mais breve possível será o de equipamentos e acessórios”, coloca. Ele disse que sua diretoria também vai trabalhar a sustentabilidade dessa cadeia produtiva, pensando em trabalhar o balanço de carbono como indicador da qualidade do leite, por exemplo. Mas, na opinião do novo presidente, o grande desafio da gestão será a realização do X Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite, que acontece no ano de 2024, em Santa Catarina. “Vamos fazer um grande evento”, conclui.
 
Chapa CBQL Gestão 2023-2024
 
Diretoria Executiva:
 
Diretor-Presidente: Vagner Miranda Portes – Epagri (SC)
Vice-Presidente: André Thaler Neto –UDESC/CAV (SC)
1° Diretor de Apoio à Gestão: Leonardo Cardozo Leite – Ordemilk (SC)
2° Diretor de Apoio à Gestão: José Carlos de Figueiredo Pantoja – UNESP/FMVZ (SP)
1° Tesoureiro: José Augusto Horst Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH – PR)
2° Tesoureiro: Alessandro De Sá Guimarães – Embrapa Gado De Leite (MG)
1° Diretor Secretário: Altair Antônio Valloto APCBRH (PR)
2° Diretor Secretário: Vivian Fischer – UFRGS (RS)
 
Conselho Fiscal Efetivo:
 
1. Clarice Gebara M. S. Cordeiro – EVZ/UFG (GO)
2. Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira – UFMG (MG)
3. Rodrigo de Almeida – UFPR (PR)
 
Conselho Fiscal Suplente
1. Selvino Giesel – Aurora/presidente do Sindileite (SC)
2. Tiago Celso Baldissera – Epagri (SC)
3. Adriano Henrique do Nascimento Rangel – UFRN (RN)
 
As informações são do Edairy News


Jogo Rápido 

RS tem 23 municípios em situação de emergência
Até o final de semana, eram 23 os municípios gaúchos que haviam decretado situação de emergência em razão da estiagem, de acordo com dados da Defesa Civil. As prefeituras de Joia e Paraíso do Sul foram as últimas a recorrer à medida, na sexta-feira (30). Do total de cidades, sete já tiveram seus decretos homologados pelo governo do Estado. Entre estas, Tupanciretã, primeira a protocolar o pedido no Sistema Integrado de Informações de Desastres (S2ID) da Defesa, já teve a situação reconhecida pela União. O decreto de emergência é usado quando o município enfrenta algum tipo de desastre que comprometeu parcialmente sua capacidade de resposta. A aprovação do documento nas esferas estadual e federal é necessária para que as prefeituras recebam benefícios de ajuda humanitária. Também é requisito para que agricultores e pecuaristas das regiões atingidas possam refinanciar dívidas relativas a financiamentos agrícolas. (Correio do Povo)


 
 
 

Previsão meteorológica para áreas agrícolas na primeira quinzena do ano | CBQL | Diretor da Epagri é eleito para a presidência do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite | RS tem 23 municípios em situação de emergência

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