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12/01/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.820


Governo do RS atualizará plano de enfrentamento à estiagem

Informação foi confirmada durante fórum que debate ações para combater a seca no Estado

O governo do Estado confirmou, na tarde desta quarta-feira (11/1), durante a primeira reunião de 2023 do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, que realizará um plano atualizado de enfrentamento à estiagem. O projeto, ainda sem data definida, será apresentado ao governador Eduardo Leite pelos secretários estaduais que tratam do assunto.

A informação foi dada pelo secretário da Casa Civil, Artur Lemos, durante o encontro, que teve a participação de outros representantes do governo e de entidades ligadas ao agro.

“Alguns pontos prioritários levados em conta para elaborar o novo plano é o combate à fome e ao desabastecimento de água, assim como a distribuição de cestas básicas e a aquisição, por parte do governo, de produtos da agricultura familiar em cestas básicas, para fomentar a produção das famílias do campo. Outros tópicos que vamos trabalhar é reforçar os investimentos do programa Avançar e dar mais celeridade aos projetos que já estão em andamento”, detalhou Lemos.

No fórum, também foram debatidas propostas que amenizem os efeitos econômicos e sociais desencadeados pela falta de chuva no Rio Grande do Sul. Entre as proposições, estão questões relacionadas ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 1 mil para famílias de pequenos agricultores, a construção de novas cisternas, recursos para a manutenção e ampliação do número de caminhões-pipa para o abastecimento humano, financiamento com juros subsidiados e renegociação de dívidas, entre outros. 

Além de Lemos, estiveram presentes os titulares das pastas que integram o Fórum: Giovani Feltes (Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação), Ronaldo Santini (Desenvolvimento Rural), Marjorie Kauffmann (Meio Ambiente e Infraestrutura), Claudio Gastal (Planejamento, Governança e Gestão) e coronel Luciano Boeira (Casa Militar), além do diretor técnico da Emater, Alencar Paulo Rugeri.

Integram o Fórum a Assembleia Legislativa, a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do RS (FecoAgro/RS), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do RS (Fetraf-RS), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Ocergs Organização Sindical, a União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e o Sindicato da Indústria de Latícinios e Produtos Derivados do Estado do RS (Sindilat/RS).

Tema prioritário
Antes do fórum, foi realizada uma reunião entre o governador Eduardo Leite e os titulares das secretarias envolvidas com o enfrentamento à estiagem. O encontro serviu para monitorar o andamento dos projetos do governo. Na ocasião, Leite pediu celeridade na execução das iniciativas em apoio aos produtores, como perfuração de poços e construção de açudes, microaçudes e cisternas, entre outras. 

O governador também reforçou a necessidade de ampliar a integração entre as áreas técnicas para monitoramento da seca e das medidas de auxílio. Ele ressaltou que, a exemplo da pandemia, a estiagem merece que o governo agregue dados e informações para ter o "dedo no pulso" e acompanhar de perto a situação. Também foram discutidas alternativas para otimizar a execução de recursos para convênios e projetos de combate à estiagem. 

O investimento previsto no programa Avançar para projetos e ações que reduzam o impacto da seca no Rio Grande do Sul é R$ 320 milhões – parte desse valor foi executada no ano passado e outra será em 2023. 

Algumas ações realizadas
Auxílio Emergencial – SOS Estiagem

Implementado em setembro de 2022, o auxílio paga R$ 1 mil a indivíduo ou núcleo familiar de dois perfis:

- Famílias de povos e comunidades tradicionais e assentados de reforma agrária, cerca de 12,9 mil pessoas beneficiadas: 89% deste público já recebeu o auxílio. Investimento de R$ 12.977.000.

- Agricultores familiares, aproximadamente 67,4 mil famílias: cerca de 70% resgataram seu benefício. Investimento de R$ 67.455.000.

Microaçudes e poços

Desde 2019, foram executados 572 microaçudes e 513 poços com apoio do governo ou via convênios firmados com municípios. Novos convênios foram e estão sendo firmados. (Governo RS, adaptado pelo Sindilat)


A receita do município tricampeão na produção de suínos e leite do RS

Santo Cristo, no Noroeste, tem a liderança nas duas atividades em três anos consecutivos, segundo dados do IBGE

Localizado no noroeste do Estado, o município de Santo Cristo chegou ao tricampeonato consecutivo na liderança da produção gaúcha de suínos e leite. Foram 64,4 milhões de litros em 2021 (último resultado consolidado), de acordo com o IBGE, o equivalente a 14,5% do total. Nos suínos, são mais de 154 mil animais, fatia de 2,5% do total do Estado. E os ingredientes que alimentaram essa conquista do município que tem 14 mil habitantes vão da aptidão local aos investimentos públicos e privados feitos no desenvolvimento das atividades. 

A região onde fica Santo Cristo, no norte do Estado, é tradicional na pecuária, tanto a de leite quanto a de corte, afirmam Darlan Palharini, secretário-executivo Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat-RS), e Rogério Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips).

— O Noroeste é a região com maior captação de leite. Não é à toa que a partir dos anos 2000 empresas maiores, além dos pequenos laticínios e queijarias que já existiam, começaram a se instalar na região, como a CCGL, a Lactalis e a Italac — acrescenta Palharini.

Os produtores também fizeram a parte deles, investindo em genética na bovinocultura de leite e recebendo incentivo da indústria para aprimorar a criação de suínos, acrescenta Vanderlei Neuhaus, chefe do escritório local da Emater.

Assim como a prefeitura, explica Elton Backes, coordenador da Agricultura da prefeitura do município:

— Nosso município já tinha uma vocação para produção de suínos e leite. Resolvemos facilitar para que o produtor e as empresas investissem ainda mais. Hoje, temos granjas que faturam R$ 400 mil por ano só em leite.

São 80 horas gratuitas de terraplanagem para produtores que desejam montar galpões para criação de animais e cem  horas para empresas se instalarem no município. Incentivos que somaram R$ 500 mil somente em 2022. Por meio da parceria com uma cooperativa, a prefeitura também subsidia parte do valor da inseminação artificial. 

Backes está certo de que Santo Cristo se manterá, novamente, na liderança nos dados de 2022. Já que, mesmo com pelo menos duas estiagens no meio do caminho, de 2019 para 2021, o município seguiu com a produção crescendo. Em 2020, o município produziu 59,2 milhões de litros e 140 mil animais. Em 2019, quando recebeu o título de Campeão Gaúcho pelo governo do Estado, 52,1 milhões de litros e 138 mil animais.

Atualmente, o município soma 500 propriedades rurais com produção de leite e suínos e dois laticínios maiores, o Tchê Milk e o Doceoli. Em Santa Rosa, há um frigorífico da Alibem, que processa a maior parte da criação de suínos de Santo Cristo. (Zero Hora)

CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR: Secretária executiva anunciada 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou Marcela Carvalho como secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado à pasta.

Ela é servidora da carreira, analista de comércio exterior do MDIC, graduada em Relações
Internacionais pela Faculdade Integrada do Recife e mestre em Desenvolvimento e Comércio Internacional pela Universidade de Brasília (UnB).

A servidora foi secretária adjunta de desenvolvimento do MDIC, chefe da assessoria internacional e chefe da área de Comércio Exterior do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Taxa sobre exportação de adubos já entrou em vigor na Rússia 
A Rússia já passou a tributar a exportação de fertilizantes minerais, segundo a agência de notícias russa Tass. O imposto, de 23,5%, incide sobre fertilizantes vendidos ao exterior por mais de US$ 450 a tonelada. A medida entrou em vigor em 1º de janeiro e terá validade até o fim de 2023. O Kremlin também aumentou a cota de exportação de fertilizantes minerais, que passou a ser de 11,8 milhões de toneladas e valerá até maio. Conforme o governo russo, o imposto visa assegurar a oferta do insumo no mercado local. (Valor Econômico)


 
 
 

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