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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.904


Produtor vende créditos de soja sustentável para Europa e abre caminho para outras propriedades

Ao chegar à Fazenda Pau Furado, em Teixeira Soares (PR), a 20 minutos de Ponta Grossa, já é possível perceber que se está em uma propriedade diferenciada. Em pouco mais de 800 hectares, a organização de cada espaço chama a atenção.

É dali que foi efetivada a primeira venda de créditos de soja sustentável de um cooperado da Frísia para empresas da Dinamarca e da Alemanha, em janeiro deste ano.

Essa foi a primeira vez que a cooperativa intermediou a venda de créditos, por meio de um programa interno denominado Fazenda Sustentável.

A iniciativa visa ampliar a sustentabilidade e competitividade dos cooperados e o produtor Fabiano Gomes, proprietário da Pau Furado, foi o primeiro a obter a certificação da Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS – do inglês Responsible Table Round Soybean).

Dos 2.281 créditos ofertados na plataforma da RTRS, o primeiro lote – com a metade dos créditos -, foi vendido a US$ 2,50 cada para a empresa dinamarquesa, duas semanas após a oferta. Logo em seguida, o segundo lote com o restante da produção, disponibilizado a US$ 2,80, foi adquirido pela empresa alemã.

Cada tonelada de soja certificada é equivalente a um crédito, o que resultou em uma renda extra de R$ 31 mil ao proprietário.

“Nosso foco não era a rentabilidade, nem tínhamos vislumbrado isso”, comenta Gomes. A propriedade, que pertenceu ao seu avô e que hoje é dele e de dois irmãos, tem seis décadas e vem sendo preparada para a certificação há pelo menos quatro anos.

Critérios
Para atingir o padrão RTRS de produção de soja responsável, é necessário atender a princípios referentes a cumprimento da legislação e boas práticas empresariais, condições de trabalho responsáveis, relações com a comunidade, responsabilidade ambiental e boas práticas agrícolas.

A repetição do termo “responsável” não é à toa. No que diz respeito às condições de trabalho, por exemplo, são verificados aspectos referentes à inexistência de trabalho infantil, trabalho forçado, discriminação e assédio, com a garantia de que todos os filhos de colaboradores diretos e residentes na fazenda tenham acesso à escola.

Além disso, é preciso assegurar a saúde e a segurança dos trabalhadores. Tarefas potencialmente perigosas devem ser realizadas apenas por pessoas capazes e competentes e o vestuário e equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados devem ser fornecidos e utilizados.

Do ponto de vista ambiental, o proprietário precisa comprovar que os impactos sociais e ambientais – dentro e fora da área – foram avaliados e, também, que foram tomadas medidas para minimizar e mitigar quaisquer impactos negativos.

Além de apontar esforços para reduzir as emissões e aumentar o sequestro de Gases de Efeito Estufa (GEE) na fazenda, com monitoramento do carbono no solo e plano de gestão de resíduos.

A área deve ter vegetação nativa preservada, o manejo integrado de culturas (MIC) e a qualidade do solo devem ser priorizados, com uso responsável de agroquímicos. Ao todo, são 106 indicadores obrigatórios e progressivos de conformidade, conforme informações disponíveis no site da RTRS.

“Duas coisas são mais difíceis: a mudança da estrutura, porque requer recursos, e a mudança de mentalidade dos colaboradores – é importante que eles abracem a causa”, ressalta Gomes, que afirma dar liberdade aos funcionários.

Alimentação entregue por um motoboy particular durante o trabalho na lavoura e salão de festas exclusivo para eles na propriedade são alguns dos diferenciais. “Queremos que eles trabalhem felizes”, diz.

Para adequar a estrutura, foi preciso instalar o posto de combustível para as máquinas agrícolas e o ambiente para estoque e manipulação dos defensivos agrícolas a uma distância segura das casas dos funcionários, assim como da lavoura.

O agricultor acredita que a maior riqueza da propriedade é o solo, o que garante a produção de um grão de qualidade, com alta produtividade aliada ao uso de pouco fertilizantes químicos.

Ele avalia a certificação de maneira positiva, com visibilidade e retorno financeiro à propriedade, tendo em vista que a negociação pode chegar a US$ 10 por crédito de soja sustentável.

Esse é o futuro, não tem mais volta, pois a gente trabalha com alimento e as exigências serão cada vez maiores. Deixo as porteiras da propriedade abertas para visitação para que mais pessoas venham conhecer nosso processo e vejam que é possível.
— Produtor Fabiano Gomes
A fazenda conta com cinco colaboradores que atuam diretamente no campo e dois gerentes – um operacional e um administrativo. São cultivados na propriedade soja, milho e feijão, como culturas de verão, e aveia, cevada e trigo como culturas de inverno.

A Pau Furado já é certificada para a cultura da cevada – que também conta com outras fazendas certificadas na região e ganhará impulso para a comercialização com a inauguração da Maltaria Campos Gerais.

Com relação à soja sustentável, entretanto, a propriedade de Gomes é pioneira na certificação e comercialização de créditos.

Apoio da cooperativa
Em 2021, já com a certificação, o proprietário havia feito uma negociação inicial dos créditos de soja sustentável por meio de uma operação intermediada pela própria certificadora, a US$ 0,76. Na sequência, ele aceitou a proposta da Frísia de partir para a negociação apenas com respaldo da cooperativa.

Segundo Jean Cesar Andrusko, especialista em Meio Ambiente da Frísia, desde 2012 a cooperativa vem atuando para capacitar os produtores quanto às práticas de produção responsável e sustentável.

A demanda surgiu dos próprios clientes, inicialmente da cadeia do leite, por meio da solicitação de implantação de processos de rastreabilidade e de controle de qualidade.

Em seguida, foram os compradores de trigo e de milho, e os produtores buscaram a certificação. Foi feita uma experiência por meio de consultoria especializada oferecida como bônus por uma das gigantes do setor de defensivos agrícolas em algumas das modalidades de compra, com padrões CRS (Certified Responsible Soya) e também RTRS.

Depois de conhecer o processo, a Frísia decidiu assumir a mentoria para os cooperados do Paraná e do Tocantins. Com o programa Fazenda Sustentável em andamento, Andrusko conta que já são 15 propriedades integradas às ações.

“A Fazenda Sustentável é um guarda-chuva em que todos os programas voltados ao cooperado nas áreas de suíno, bovino e agrícola estão alocados, como segurança do trabalho, treinamento aos colaboradores, gestão de processos, financeiro e de pessoas, sucessão familiar, certificação, entre outros”, explica.

O especialista revela que, em relação à soja, a expectativa é certificar um grupo de fazendas até o fim deste ano. “Já temos propriedades habilitadas para cevada, milho e trigo sustentável. A soja é a mais restrita, mas estamos fazendo essa escada e prospectando áreas com potencial para a certificação”, comenta.

Entre as fazendas cotadas estão áreas de 300 a 2.000 hectares. Andrusko explica que a certificação não é o foco principal: “o intuito é deixar as propriedades seguras e, ao mesmo tempo, atender os nossos clientes”. A bonificação para o produtor, que recebe um valor diferenciado pelo grão sustentável é, segundo ele, a cereja do bolo.

Transformação
Ao assumir a consultoria no processo pela busca da certificação, a Frísia disponibiliza apoio técnico para todas as etapas da transformação da propriedade. Documentação, adequação do espaço físico, adoção de EPIs, estrutura para os colaboradores, cumprimento de direitos trabalhistas, respeito à biodiversidade, processo de rastreabilidade e criação de um código de compliance estão entre os pontos destacados.

Andrusko também observa que o cooperado sente-se mais seguro, uma vez que não está expondo todos os seus dados a uma consultoria terceirizada.

Após a certificação, há duas modalidades de venda da soja sustentável – a comercialização do grão (soja física), que vai para a fábrica, ou a negociação dos créditos, por meio da qual a empresa compradora remunera a produção e usa o selo no produto fabricado por ela.

Essa venda é feita por meio de uma plataforma on-line aberta a diversas empresas do mundo. Aquela que comprar pode atestar que adquiriu soja certificada, ou seja, sustentável.

O nosso objetivo é agregar valor à produção tendo em vista que haverá a rastreabilidade e a comprovação da sustentabilidade.
— Jean Cesar Andrusko, especialista em Meio Ambiente da Frísia
O cooperado não é obrigado a participar, mas, assim que apresenta interesse, assina um contrato simbólico e a cooperativa inicia a mentoria, que inclui visita à propriedade, diagnóstico e criação de plano de ação. “O produtor adequa a propriedade na velocidade dele”, completa o especialista.

Vantagens ao produtor

Segundo a RTRS, o processo é aplicável à produção de soja para finalidades múltiplas: consumo humano, ração para animais, biocombustível.

Entre as vantagens para o produtor apontadas pelas certificadoras está a implantação de uma ferramenta de gestão e estratégia sustentável, o que significa estar preparado para atender aos requisitos do mercado global. Além de uma demonstração do compromisso dele com as responsabilidades ambiental e social. (Globo Rural Por Carolina Mainardes — Teixeira Soares)


Campanha busca transformar o agro em uma paixão nacional

Recém-lançado, o Marca Agro do Brasil pretende promover ações de comunicação em escolas, hospitais e veículos de imprensa para aproximar a cidade do campo

Transformar o agro em uma paixão nacional é a meta da campanha de aproximação entre campo e cidade que será conduzida pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA). A primeira partida na busca pelo “título” de integração entre os dois públicos já tem data  para ocorrer. Em julho, começam a ser captados os recursos para o desenvolvimento de peças para divulgação em veículos de comunicação e também por meio da distribuição de folders.

— A gente quer que o agro seja uma paixão nacional, como são o Carnaval e o futebol propõe Ricardo Nicodemos, presidente da ABMRA.

A proposta da iniciativa tem como base umaa pesquisa feita pela associação no ano passado. O levantamento Percepções Sobre o Agro. O Que Pensa O Brasileiro ouviu 4.215 pessoas em todas as regiões do país, de diversas faixas etárias e diferentes classes sociais. Um dos apontamentos foi o de que, sete a cada 10 pessoas entrevistadas, têm uma percepção positiva sobre o setor. O que indica ainda que três em cada 10 não têm. E é nesse público que a iniciativa quer focar, com ações de comunicação que aproximem os universos e desmitifiquem informações. 

— O Brasil precisa conhecer o Brasil. O setor nunca investiu em comunicação como deveria e, por isso, não tem o apoio da opinião pública. O agro precisa ser tratado como uma marca, um produto — salienta o dirigente.

No momento, 10 conselhos trabalham com 19 eixos estratégicos — temas que influenciam positiva ou negativamente o agro. Com os materiais prontos, o objetivo será alcançar as principais capitais brasileiras, indo do público infantil ao adulto, com os mais diferentes hábitos alimentares. (Zero Hora)

Leite desnatado e leite integral hidratam mais que água, segundo estudo

Leite - Cientistas da Universidade de St. Andrews investigaram qual líquido hidrata mais o corpo humano e descobriram que a água não é a bebida que melhor nos hidrata. 

Eles compararam a água a outras bebidas comuns e observaram que a presença de açúcar, gordura ou proteína em outros líquidos faz com que eles hidratem melhor o corpo. O volume consumido e a composição nutricional da bebida são fatores importantes na hidratação. O leite (sendo o desnatado o que melhor hidrata e o integral p terceiro líquido que mais hidrata), por exemplo, contém lactose, proteínas e gordura, o que retarda a eliminação de fluidos do estômago, mantendo o processo de hidratação mais longo. Soluções de reidratação oral, como soro, também são eficazes devido à presença de açúcar, sódio e potássio.

O estudo revelou que bebidas com mais açúcar concentrado, como sucos de fruta e refrigerantes, não hidratam tanto quanto bebidas com menos açúcares. Bebidas com muito açúcar permanecem no estômago por mais tempo, mas quando chegam ao intestino delgado, a alta concentração de glicose é diluída por osmose, levando a água do corpo para o intestino.

É importante ressaltar que a água ainda é essencial para a saúde, pois os rins precisam dela para eliminar toxinas e a pele também se beneficia de sua hidratação. Estar bem hidratado é fundamental para diversas funções do corpo.

A seguir, listamos em ordem as bebidas que mais hidratam, segundo o estudo:

Fonte: Um estudo randomizado para avaliar o potencial de diferentes bebidas para afetar o estado de hidratação: desenvolvimento de um índice de hidratação da bebida 

Autores: Ronald J Maughan, Filipe Watson , Philip AA Cordery , Neil PWalsh , Samuel J Oliver , Alberto Dolci , Nidia Rodriguez-Sanchez , Stuart DR Galloway

The American Journal of Clinical Nutrition , Volume 103, edição 3, março de 2016
Acesse aqui: https://doi.org/10.3945/ajcn.115.114769


Jogo Rápido

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2023 é estimado em R$ 1,216 trilhão
OValor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023, com base nas informações de safras de abril, é estimado em R$ 1,216 trilhão, 4,7% superior em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,161 trilhão. As lavouras têm previsão de faturamento de R$ 868,96 bilhões, que é o maior VBP desde 1989. O crescimento real do VBP das lavouras é de 8% em relação a 2022.  A previsão para a pecuária é de faturamento de R$ 347,9 bilhões, com retração de 2,6% em relação ao ano passado. As informações são do MAPA, adaptadas pelo SINDILAT/RS


 
 
 

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Porto Alegre, 16 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.903


Global Dairy Trade - GDT 

Fonte: GDT, adaptado pelo Sindilat/RS


Agroindústrias gaúchas ao gosto do freguês

O Rio Grande do Sul é conhecido pelo número significativo de agroindústrias, em grande parte familiares. Essas pequenas empresas têm à frente o desafio de se adequar às demandas do consumidor para se estabelecerem e crescer. Uma pesquisa recém-concluída pelo Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde (itt Nutrifor) da Unisinos e pelo Sebrae RS mapeou as principais tendências de mercado e buscou saber em que patamar os negócios do gênero no Estado estavam para se ajustar a essas perspectivas.- As agroindústrias precisam atender as novas tendências principalmente em relação à clareza de informações prestadas ao consumidor e práticas sustentáveis - diz o coordenador do instituto, Valmor Ziegler.O trabalho se dedicou especialmente às cadeias da carne, leite e frutas. As conclusões são de que crescerá a busca por alimentos saudáveis e sustentáveis. Como os pequenos negócios não têm como concorrer com os grandes em preços, há a necessidade de encontrar o seu nicho e desenvolver e comunicar bem os atributos de seus produtos, para que consigam boa colocação no mercado. Para isso, observa Ziegler, tanto o instituto pode auxiliar em relação à formulação dos alimentos, quanto o Sebrae tem condições de ajudar nas questões de gerenciamento do empreendimento, subsídios e outros tipos de consultoria. Há o entendimento de que, em regra, as agroindústrias gaúchas estão em um bom caminho.

Do universo pesquisado, 60% é do ramo de produtos vegetais. Quase um terço trabalha no segmento de orgânicos. O faturamento anual de 42% das empresas analisadas chega a até R$ 60 mil. A fatia de quem fatura de R$ 60 mil a R$ 120 mil é equivalente a 32%. A principal preocupação das agroindústrias gaúchas é lançar novas soluções e produtos no mercado, mas também há inquietação com os altos custos para investir e contratar mão de obra. 

Cenário do consumo

Veja, abaixo, as principais tendência para cada uma das cadeias.

CARNES
A venda de produtos cárneos processados no Brasil deve crescer em média 10% ao ano. Em 2026, movimentará R$ 24,5 bilhões.

Preços altos de carnes in natura vão empurrar os consumidores para produtos processados.

LATICÍNIOS
A venda de iogurtes no varejo nacional deve crescer 9% até 2027. Para os queijos, a alta tende a ser de 18%. A procura por queijos artesanais vai subir, assim como a demanda por novos ingredientes e formatos previstos para venda.

FRUTAS
Lanches à base de frutas, que subiram 17% no ano passado, tendem a seguir em alta.
Lanches à base de barras proteicas e energéticas também continuarão em alta.

As informações são da Zero Hora. 

 

 

 

Formatação de Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul está na reta final

Até o final deste primeiro semestre do ano, o Rio Grande do Sul deverá lançar sua agência de desenvolvimento, ainda sem nome definido, para alavancar novos negócios e agilizar o empreendedorismo gaúcho. Direto de Nova York, onde acompanha a missão liderada pelo governado Eduardo Leite, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, revelou que a iniciativa está em fase final de estudo para implantação.

Segundo ele, a formatação dessa estrutura integrará os setores público e privado, constituindo uma iniciativa construída junto com os mais diferentes setores.

“Estamos buscando e procurando dar apoio aos mais diferentes setores da economia para simplificar processos. Nesse sentido, estamos trabalhando para a criação de uma agência para a promoção de projetos e prospecção de investimentos”, disse Polo.

Segundo o secretário, o objetivo desse projeto de criação da agência visa formatar uma grande proposta de desenvolvimento voltado aos diferentes setores, conectando-os com outras agências semelhantes do País e internacionais.

Sobre a programação da missão gaúcha nos Estados Unidos, que encerra nesta sexta-feira (12), Polo avaliou que as agendas voltadas à tecnologia e à inovação permitirão ao Rio Grande do Sul agilizar parcerias que busquem fortalecer o Estado como importante polo no ecossistema de inovação.

“Muitas oportunidades tivemos aqui a partir dos encontros realizados, temas que fazem parte do nosso dia a dia como a Inteligência Artificial (IA), e como usar a tecnologia para aprimorar processos para aumentar estratégias, ter mais eficiência e agilidade”, destacou o secretário.

Ele destacou ainda que a programação em Nova York é uma oportunidade de o Estado se inserir na rota de investimentos de grandes corporações. “São oportunidades junto a fundos de investimento e empreendedores da área de inovação e de energia renovável, nos quais o Estado se destaca”, conclui Polo. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Frases e personalidades 
“Precisamos melhorar a competitividade do leite e, ao mesmo tempo, preservar e permitir a ampliação do que é produzido pela indústria nacional. Um caminho é o enfrentamento das diferenças em termos de subsídios concedidos por Argentina e Uruguai e quem vêm produzindo desigualdades no mercado de leite no Mercosul, penalizando, sobretudo a indústria.” Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 13 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.902


Novo Superintendente do MDA no RS quer reunir estados do sul para debater pauta do leite

Na semana em que tomou posse como novo Superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Rio Grande do Sul, Milton Bernardes confirmou que está trabalhando na organização de um encontro com seus pares, dos estados de Santa Catarina e Paraná, para discutir o cenário leiteiro no contexto do fortalecimento do segmento rural. “Por região, o Sul tem importância fundamental na produção nacional e no abastecimento interno de leite e derivados. A proposta é, neste encontro, tirarmos entendimentos e premissas que são comuns aos estados, para aí, poder avançar, em nível de Governo Federal, na construção de alternativas e propostas”, assinalou.Outra iniciativa na condução da pasta, confirmada por Bernardes durante reunião na manhã de sexta-feira (12/05) com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), Darlan Palharini, é buscar a realização de estudos e uma análise dos subsídios e seus impactos para o Brasil frente às concessões que vem sendo feitas aos lacticínios pela Argentina e pelo Uruguai. “Somos parceiros para iniciar um debate junto ao Ministério a fim de entendermos os mecanismos fiscais que vêm sendo adotados pelos países vizinhos e o impacto da entrada de produtos lácteos vindos do prata. Precisamos olhar os contratos bilaterais tendo em mente a importância da defesa da nossa cadeia produtiva”, assinalou, ao lembrar que o RS já foi o segundo maior produtor, antes de perder posições, e enfrenta uma diminuição, pela metade, no número de famílias nos tambos.Conforme Palharini, o novo Superintendente ainda se demonstrou parceiro na luta de outras pautas do sindicato, como a manutenção dos recursos do Programa Mais Leite Saudável – PMLS, para a execução de ações de fomento da cadeia e de mais políticas públicas que aumentem a competitividade do leite gaúcho.(Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)


Fundopem fomenta expansão de agroindústrias

Em outubro de 2023, a Lei Nº 6.427, que criou o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem), completará 51 anos. No mês de junho, a Lei Nº 11.916, que implementou a utilização do incentivo via apropriação de crédito presumido de Imposto sobre Circulação Mercadorias e Serviços (ICMS), fará 20 anos. O regramento prevê o incentivo tributário do governo gaúcho a todos os setores da indústria que pretendam ampliar seus negócios a partir de investimentos, com recursos próprios ou tomadas em financiamento bancário. Em 2021, o Estado sancionou um novo regramento reformulando o programa, a Lei Nº 15.642. Um dos segmentos que pode acessar o benefício é o das agroindústrias que processam produtos da agropecuária. Em outubro do ano passado, o fundo completou 50 anos. “Nossas agroindústrias podem usufruir muito mais do Fundopem e não o fazem por não saber como funciona. Por isso estamos fazendo uma campanha para divulgar o fundo”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Segundo Polo, a lei que disciplina o fundo determina a seleção por projetos apresentados pelas agroindústrias. Por exemplo: uma empresa quer ampliar sua produção de salames. Para isso, necessita comprar mais máquinas e aumentar sua estrutura física, o que demanda a contratação de um financiamento. Se aprovada no processo de seleção, a empresa pode abater do crédito adquirido em até 90% do que deveria pagar de ICMS Incremental (aquele devido ao Estado correspondente às saídas dos produtos fabricados que sejam acima da média que a empresa tinha antes do projeto).De acordo com o secretário, o sistema é vantajoso tanto para o empreendedor, que diminui sua dívida com a instituição financeira ou tem de volta parte dos recursos próprios que investiu, e para o Estado que consegue fomentar a economia local e gerar empregos. “Queremos ampliar o acesso às cooperativas e cerealistas. É um sistema que podemos chamar de ganha-ganha”, observa Ernani Polo.

Levantamento feito pela assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico indica que, entre 2012 e 2022 foram aprovados para uso do Fundopem 154 projetos de agroindústrias, gerando cerca de 4,9 mil empregos e representando um aporte financeiro na casa dos R$ 3,3 bilhões. O setor campeão na geração de empregos em indústrias beneficiadas pelo fundo foi o do leite, com 1.296 vagas, seguido por produtos alimentícios (1243), carnes (1133), alimentos (577), biocombustíveis, grãos e cereais (418), vitivinicultura (226) e arroz. Um total de 83 municípios foram favorecidos no período, com empresas de micro a grande porte.

O diretor técnico da secretaria, Gustavo Rech, esclarece os critérios para a seleção dos projetos. “O produtor deve apresentar uma carta-consulta à secretaria solicitando o benefício e apresentado seu projeto”, diz. Depois disso, são analisados quesitos como o posicionamento do empreendedor em relação ao fomento da cadeia produtiva local, como a aquisição de insumos e serviços de fornecedores gaúchos; respeito às diferenças regionais, com pontuação adicional para municípios localizados na Metade Sul e Fronteira do Estado; e compromisso ambiental, na forma de investimento em renováveis de energia.

Pela lei aprovada em 2021, também é possível a utilização de uma modalidade do fundo mais ágil e menos burocrática: o Fundopem Express. Neste caso, o produtor não precisa ter financiamento e nem apresentar garantias podendo abater do ICMS Incremental correspondente ao que investir em equipamentos. Esse modelo é adequado para atender indústrias de pequeno e médio porte, com faturamento anual até R$ 300 milhões. (Correio do Povo)

Atacarejos avançam sob novo perfil e já somam quase 40% do varejo alimentar no RS

Unidades de grande porte ampliam serviços e se aproximam dos centros urbanos

Modelo emergente de mercado que combina atacado e varejo, o chamado atacarejo se expande em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul impulsionado por um novo perfil de atuação. Além de ampliar a quantidade de lojas, marcadas por espaços amplos, variedade de produtos e oferta de descontos, o setor vem adquirindo novas características como uma maior proximidade dos centros urbanos e a incorporação de serviços de açougue e padaria.

Em apenas dois anos, a participação desse tipo de autosserviço nas vendas do varejo alimentar, que inclui ainda mercados de menor porte, súper e hipermercados, saltou de 32% para 38% no Estado, de acordo com um levantamento da consultoria NielsenIQ.

O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, diz ser difícil mensurar com exatidão o número de atacarejos – denominação derivada do fato de atenderem tanto comerciantes intermediários quanto o consumidor final – porque ainda não contam com uma classificação de atividade econômica própria. Mas um monitoramento nacional feito pela NielsenIQ revela que a Região Sul se consolidou como principal foco de crescimento desse tipo de negócio em todo o Brasil no último biênio, com uma disparada de 53%, à frente de outros polos de expansão localizados no Sudeste onde houve uma média de 47% de avanço.

Os dados da consultoria indicam que a quantidade de empreendimentos localizados no Sul saltou de 131, no começo de 2021, para 200, agora. A pesquisa não detalha os dados específicos do Estado, mas informações sobre a abertura de novas unidades confirmam que o Rio Grande do Sul é um dos pontos mais cobiçados pelas marcas atualmente: na semana passada, o grupo catarinense Pereira – o quinto maior do país, com faturamento de R$ 11,2 bilhões no ano passado, conforme ranking da Associação Brasileira dos Atacarejos (Abaas) – inaugurou sua primeira loja em Canoas e tem planos de abrir pelo menos outras cinco até o ano que vem sob a bandeira Fort Atacadista. Viamão e Caxias devem ser contempladas ainda em 2023, e Novo Hamburgo, Gravataí e Porto Alegre nos meses seguintes.

– Um centro de distribuição em São Leopoldo vai atender o Estado, onde também vai funcionar nosso centro administrativo e comercial. Só não viemos antes porque seguimos uma estratégia de nos estabelecermos bem nas praças onde já atuamos antes de chegar a outra – revela o gerente nacional de marketing do Fort Atacadista, Gustavo Petry Custódio, referindo-se à presença anterior em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Maior rede nacional do ramo, com uma receita de R$ 74 bilhões no ano passado, o Carrefour já conta com 28 unidades de autosserviço sob o nome Atacadão no Rio Grande do Sul. Destas, 13 foram abertas desde o começo do ano por meio da integração com o Grupo Big. A marca não confirma oficialmente os planos de crescimento para os próximos anos por Estado, mas informa que prevê passar de 341 lojas em todo o país, no ano passado, para 470 até 2026.

A onda do setor também conhecido por cash & carry (ou "pague e leve") chegou com tanta força que moveu até uma das marcas mais tradicionais do ramo supermercadista. O Grupo Zaffari lançou a marca Cestto especificamente para ingressar no universo dos atacarejos e inaugurou seu primeiro estabelecimento do tipo no final do mês passado, em Gravataí. Uma nova unidade deverá ser entregue no ano que vem na Zona Sul de Porto Alegre, na Avenida Wenceslau Escobar, e pelo menos outras quatro já estão no horizonte: mais uma na Capital, em Novo Hamburgo, Canoas e, expandindo-se para fora do Estado, em São Paulo.

Ainda entre os comerciantes gaúchos, o grupo Imec, com sede em Lajeado e responsável pela bandeira Desco, lançou duas unidades no ano passado e tem outras duas novas unidades previstas para este ano (Campo Bom e Sapiranga).

– É mais um formato que chega, caracterizado por uma compra mais demorada, um tíquete (compra média) superior, com mais cara de hipermercado, e que passa a dividir espaço com as lojas de proximidade (que atendem a um público mais local), em que se consegue fazer compras em 10 minutos – avalia Longo. (Zero Hora)


Jogo Rápido

Lançada a Festiqueijo 2023
Para marcar junto à comunidade o lançamento do Festiqueijo, a organização promoveu, na sexta-feira, 12 de maio, o Filó do Festiqueijo, um evento voltado aos costumes e tradições da região, com alegria, música e gastronomia no calçadão de Carlos Barbosa. Idealizado como um pré-lançamento do Festiqueijo 2023, o Filó do Festiqueijo teve entrada franca e comercialização de comes e bebes durante o evento. Estiveram presentes onze expositores com seus respectivos produtos para garantir o sabor da festa e dar uma prévia do que será o Festiqueijo 2023. Para comer e beber, além dos queijos, vinhos e espumantes, o Filó contaou com opções gastronômicas: polenta com molho, grostoli, pão de queijo, espetinho de queijo e frango e massa ao molho quatro queijos. A animação ficou por conta dos shows da noite, com a Banda Zo Garrafon e Ragazzi Dei Monti. Para mais informações sobre a Festiqueijo, acesse o site clicando aqui. (Rádio Garibaldi - Adaptado pelo Sindilat/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 12 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.901


Índices & Variação Anual

Na quarta edição do Stone Varejo, analisamos o status da atividade econômica em abril de 20234. Os resultados da variação anual mostram que, os sinais iniciais de recuperação  vistos em março não se consolidaram e o varejo apresentou piora disseminada em abril, mantendo níveis de atividade inferiores aos de 2022. Examinando apenas o índice geral, a queda no comparativo anual foi de 7,7%. Essa queda já vinha sendo identificada em relatórios anteriores, mas o fato de o varejo ter registrado crescimento no índice restrito e na variação mensal em março suscitou a uma expectativa de melhora. Tais resultados, no entanto, não se repetiram em abril: o índice restrito6 caiu 6,1% no comparativo anual e o comparativo mensal sazonalmente ajustado registrou queda de 1,7%. Sendo assim, a atividade econômica se mantém num nível inferior ao visto no ano passado e não apresenta sinais de melhora. Cabe ressaltar que foi um mês com maior número de feriados não comerciais prolongados, o que tende a afetar os resultados do comércio varejista. (Instituto Propague)

Startup cria colar que 'traduz' estado das vacas de leite para elevar produtividade
 
Equipamento usa inteligência artificial para acompanhar dados de saúde e período fértil de animais
 
Coleiras que avisam quando as vacas estão ofegantes ou no cio e registram quantas vezes e por quanto tempo elas comeram são o ponto de partida de uma tecnologia criada para elevar a produção de leite em fazendas no Brasil e outros cinco países. Criada em 2010 dentro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM , pelos irmãos Leonardo Guedes, 37, engenheiro eletricista, e Thiago Martins, 35, engenheiro mecânico, a startup Cowmed saiu da incubadora e entrou no mercado em 2016. 
 
Com sede na cidade gaúcha, a empresa ajuda a monitorar mais de 40 mil animais em 444 fazendas de todas as regiões do país. "Em um rebanho com aproximadamente 200 vacas, você não consegue monitorar uma por uma a olho nu. Agora, de manhã cedo, eu já olho os animais que o sistema alertou de um possível comportamento diversificado", diz Marjori Ghellar, 33,  Que implantou o sistema em sua propriedade para acompanhar os ciclos reprodutivos dos animais.
 
Capturadas pelo colar, as informações são enviadas para a nuvem e analisadas pelo VIC (interpretador virtual de vacas, na sigla em inglês), uma ferramenta de inteligência artificial "O sistema ajuda a identificar o cio desse animal, ajuda a saber que horas o produtor tem que dar banho nas vacas, porque a coleira sabe os horários que as vacas estão mais ofegantes, se elas estão comendo, e a coleira consegue identificar que horas e o número de vezes que elas comem", diz Guedes.
 
A utilização dos colares pode aumentar a produtividade de leite de 15% a 20%. Contudo, os resultados dependem da situação sanitária  de cada propriedade, conforme um dos fundadores
da Cowmed, Leonardo Guedes. "É uma média. Depende muito do desafio de cada fazenda, pois uma fazenda que tem problemas sanitários graves vai ter um impacto muito maior que uma que não tem tantos problemas."
 
O  objetivo do monitoramento é, basicamente, melhorar a qualidade de vida das vacas, fazendo a produtividade crescer. "Costumamos falar que o monitoramento traduz a opinião da vaca. É como se o produtor tivesse um funcionário por vaca relatando tudo que o animal faz. Isso quer dizer que esse mesmo produtor vai perder muito menos vacas porque ele vai saber precocemente que ela vai ficar doente. É uma vaca que muitas vezes poderia ficar pior, não iria dar leite e ele consegue antecipar o tratamento para que essa vaca produza mais", diz Guedes. Em Tuparendi (RS), na propriedade de Ghellar, o sistema de monitoramento foi adquirido em 2017, com o objetivo de antecipar problemas antes que eles se traduzissem em prejuízo. "Tivemos problemas de tristeza parasitária bovina na fazenda e demorava para detectar a doença. Quando a gente via, já estava bem complexo e acabamos perdendo algumas vacas", conta.
 
O  doutor em produção animal e professor da Faculdade de Agronomia e Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo César de Faccio Carvalho, diz que esse tipo de tecnologia integra o que hoje se chama de pecuária de precisão. "Ajudam no objetivo de fazer uma produção animal de excelência e permitem acompanhar os animais de uma forma mais efetiva e com bem mais riqueza de informações dos rebanhos."
 
Carvalho acredita que o impacto é diferente para a pecuária de leite, a depender da escala e do volume de leite produzido. Assim, a aquisição e a operacionalidade acabam sendo mais difíceis para o pequeno produtor, até por uma questão de preço —cada coleira da Cowmed custa em torno de R$ 20/mês por animal. "Sempre tem os que conseguem se adaptar muito bem e que já estão usando essa tecnologia. Acredito que são impactos diferentes e que o pequeno produtor pode sentir mais no bolso." Contudo, o especialista observa que tecnologias como a das coleiras são equipamentos e não o processo de produção. "É importante a boa alimentação, a genética, a sanidade, esses são os processos pelos quais podemos atingir uma produção de alta qualidade."
 
O secretário executivo do Sindilat-RS (Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul) , Darlan Palharini, diz que a tecnologia dos colares é importante para a cadeia produtiva. "Além de verificar o período fértil, um aspecto que auxilia muito é o calórico. Principalmente aqui na região Sul, que o gado é basicamente europeu, e no verão, quando o animal ultrapassa 37 graus, ele já tem uma perda de produção e de fertilidade. Toda essa carga tecnológica que hoje está sendo disponibilizada na atividade leiteira vem no sentido de ganho de produtividade, mas o principal é conseguir ofertar aos animais um bem-estar."
 
A Cowmed começou com capital próprio e, em 2016, foi realizado o primeiro investimento pelo Criatec3 do BNDES. Depois, houve uma segunda rodada em 2019 com investidores locais. Por último, em 2022, a empresa fez uma oferta pública de ações em bolsa secundária via Captable (plataforma de investimentos em startups), onde foram ofertadas ações preferenciais, isto é, qualquer usuário poderia comprar ações sem direito a voto, podendo comprar e vender a qualquer momento. A empresa foi a primeira do Brasil a inaugurar essa fase no país. Essa última
captação foi de aproximadamente R$ 6 milhões. 
 
Os fundadores projetam, agora, aumentar a participação no mercado, chegando a 70 mil animais monitorados até o final deste ano. Além disso, a tecnologia pode impactar a cadeia como um todo, fazendo com que os benefícios cheguem até o consumidor final. "A partir do momento que tem mais leite no mercado, há uma oferta e demanda mais estável, e o comprador vai pagar um preço cada vez mais justo, é uma cadeia virtuosa", completa o fundador.
 
 
 
Preços da soja no Brasil voltam a ficar em baixa com pressão externa
 
Soja - O mercado brasileiro de soja registrou negócios em ritmo moderado nesta quarta-feira (10). Os preços, em sua maioria, caíram nas principais praças de comercialização do país, acompanhando os movimentos do dólar e da bolsa de Chicago.
 
Os produtores, de modo geral, seguem reticentes em negociar nos atuais patamares. O lado comprador, por sua vez, não cede. Os preços devem seguir baixos até o escoamento de boa parte da safra, melhorando a partir do segundo semestre.
 
Veja as cotações da casa de 60kg nas principais praças de comercialização:
 
● Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 135
● Região das Missões: estabilizou em R$ 134
● Porto de Rio Grande: decresceu de R$ 143,50 para R$ 143
● Cascavel (PR): passou de R$ 130 para R$ 129
●  Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 141 para R$ 140
● Rondonópolis (MT): caiu de R$ 121,50 para R$ 120
● Dourados (MS): baixou de R$ 126 para R$ 125
● Rio Verde (GO): passou de R$ 122,50 para R$ 121,50
 
Soja em Chicago: Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos para o grão e o óleo; o farelo subiu. A sessão foi bastante volátil, com o grão oscilando entre os territórios positivo e negativo, dentro de pequenas margens. A instabilidade nos mercados internacionais, como o petróleo, pesou sobre as cotações. Além disso, os operadores se posicionam frente ao relatório mensal do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA). O Departamento deve elevar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. Além disso, é esperada nova redução na projeção de safra da Argentina. O relatório de maio do Departamento será divulgado nesta sexta (12), às 13h. Serão divulgados ainda os primeiros números para a safra 2023/24, tanto nos Estados Unidos como em nível mundial.
 
Contratos futuros: Os contratos da soja em grão com entrega em julho de 2023 fecharam com baixa de 10,25 centavos de dólar por bushel ou 0,72% a US$ 14,04 por bushel. A posição agosto/23 teve cotação de US$ 13,36 3/4 por bushel, com recuo de 10,75 centavos ou 0,79%. Nos subprodutos, a posição julho/23 do farelo fechou com alta de US$ 0,50 ou 0,11% a US$ 419,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 52,05 centavos de dólar, recuo de 0,99 centavos ou 1,86%.
 
Câmbio: O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,74%, sendo negociado a R$ 4,9490 para compra e a R$ 4,9510 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9360 e a máxima de R$ 4,9910. (Canal Rural)

Jogo Rápido

Próxima semana será de tempo seco e temperaturas baixas no RS
A próxima semana permanecerá com tempo seco e temperaturas baixas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 19/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (12/05), a presença de uma massa de ar frio e seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões. Somente no Nordeste, a circulação de umidade do mar para o continente poderá provocar chuviscos isolados. No sábado (13/05) e domingo (14/05), a presença do ar frio manterá as temperaturas baixas, com possibilidade de geadas no Planalto e Campos de Cima da Serra. Entre segunda (15/05) e quarta-feira (17/05), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com sol, nebulosidade variável e grande amplitude térmica em todo o Estado. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.900


Italac é a 5ª marca preferida dos brasileiros

A indústria goiana se destaca no ranking elaborado pela Brand Footprint, da Kantar, com base nas vendas feitas em 2022.

A indústria goiana Italac é a quinta marca preferida dos brasileiros. Segundo revela a edição 2023 do relatório Brand Footprint, da Kantar, com base nas vendas feitas em 2022. A Coca-Cola lidera este ranking, seguida por Ypê, Perdigão e Seara. As cinco mais escolhidas pelos brasileiros em 2022 são as mesmas de 2021. A marca Piracanjuba, do Laticínios Bela Vista, ficou na 11ª posição.

Segundo a pesquisa, a Coca-Cola foi escolhida 555 milhões de vezes pelos consumidores. Em seguida, com 552 milhões, vem Ypê. Perdigão (443 milhões), Seara (398 milhões) e Italac (379 milhões) completam o ranking.

Fundada em 1996 no município de Corumbaíba (GO), com o nome de Goiasminas, A Italac começa produzindo queijo muçarela. Hoje, com capacidade de processamento de 7 milhões de litros de leite/dia, a indústria vende mais de 100 produtos em cerca de 20 mil pontos no País.

A Piracanjuba, uma das marcas do Laticínios Bela Vista, nasceu em 1955 no interior de Goiás. Está presente em 78% dos lares brasileiros. No ambiente digital, é a 2ª entre as preferidas pelos consumidores, conforme pesquisa Kantar (Ranking Brand Footprint), divulgada em 2022.

Levantamento
Para chegar aos resultados desta edição, a consultoria visitou 11.300 lares em sete regiões do País. Nos mercados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e nas capitais e interior do Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo cobriu 82% da população domiciliar, o que equivale a 90% do potencial de consumo.

Realizado anualmente, o relatório Brand Footprint mede a presença das marcas dentro dos lares em escala local. Para isso, usa uma métrica que mensura quantas famílias compram produtos de determinadas empresas e com que frequência isso ocorre. Nesta edição, analisou 350 marcas no Brasil com inclusão de três novas categorias: carnes suínas, mortadelas e salsichas

Canais de compra
A Coca-Cola lidera com 555 milhões de CRPs. Mesmo com queda de 14 CRPs frente ao ano anterior, por conta do aumento de preço acima da média e queda na frequência de compras. Em seguida, quase empatada, com 552 milhões de CRPs, vem Ypê. Na sequência, aparecem Perdigão, com 443 milhões de CRPs; Seara com 398 milhões de CRPs; e Italac, com 379 milhões de CRPs. Essas últimas utilizando a estratégia de maior mix de canais e menor repasse de preços. (Empreender em Goiás)


A média de preço do leite pago aos produtores pelas principais indústrias europeias caiu em março

O preço médio do leite padrão pago pelas principais indústrias de laticínios europeias em março de 2023 foi de € 48,97/100 kg, [R$ 2,25/litro]. Isto representou queda de € 2,81 em comparação com o mês anterior. Comparando com março de 2022, a média de preços foi € 5,12/100 kg maior ou 11,7%.

A diferença positiva da média mensal em comparação com o mesmo mês do ano anterior declinou pelo quarto mês consecutivo.

Essa redução em sequência é decorrente da fraqueza dos mercados internacionais. A exceção ficou por conta de algumas indústrias do sul da Europa e a Valio da Finlândia, que mantiveram os preços praticamente estáveis.

VARIAÇÃO DOS PREÇOS EM MARÇO DE 2023 E INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Milcobel

O preço inclui a bonificação de sustentabilidade que é, em média, € 0,69.

DMK

O preço da DMK caiu novamente em março, - € 7,2.

O preço inclui em média o bônus de € 0,50 por participação no programa Milkmaster de sustentabilidade e de € 1 por produção livre de organismos geneticamente modificados (OGM).

Hoschwald

O preço do leite inclui bônus de sustentabilidade (programa Cool Farm Tool) de € 0,60 e € 1,00 por 100 kg para quem obtém o certificado de alimentos livres de OGM. Em janeiro a Hochwald iniciou o pagamento do bônus por redução das emissões de CO2, o que ainda não foi incluído no cálculo do preço do leite.

Arla

O preço do leite da Arla inclui bônus de € 1 para participantes do programa Climate Check e outro bônus de € 1,50 por alimentos livres de OGM.

Os preços das empresas Capsa Food, Valio, Danone e Lactalis ficaram estáveis. 

Savencia, Sodiaal e Glanbia, fizeram reduções moderadas, menos de € 1,5/100 kg.

Já a Saputo, a Darygold, a Kerry e a FrieslandCampina, optaram por reduções consideráveis que variaram entre € 4 e € 5,2 por 100 kg.

A suíça Emmi, fez um ajuste bem moderado, -€ 0,5.

Fonterra

Para a temporada 2022/23 a Fonterra reduziu novamente o intervalo do preço do leite ao produtor, no dia 04 de abril, passando o ponto médio de NZ$ 8,50 para NZ$ 8,30/kgMS, [R$ 2,00/litro]

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o preço do leite Classe III expresso em dólar subiu de US$ 17,78/cwt, [R$ 2,00/litro], em fevereiro, para US$ 18,09/cwt, [R$ 2,03/litro], em março.   

Análise do mercado

Cotações oficiais dos lácteos no mercado holandês.

Recuperação tímida da oferta global de leite

A oferta de leite na UE mostrou crescimento de 0,5% em fevereiro. Desde setembro do ano passado, o volume vem crescendo lentamente, depois de um longo período de declínio, mas não é um aumento exuberante. O quadro permanece diversificado. De um lado, existe um forte crescimento nos países do norte da Europa Ocidental (Bélgica, Alemanha e Holanda) e de outro quedas no sul europeu, França, Itália e Espanha, em decorrência da seca. A Irlanda também registrou declínio. A oferta de leite nos países membros da UE aumentou 0,7% nos dois primeiros meses de 2023.

Em outras regiões produtoras de leite, e importantes países exportadores também a situação é diversa. Enquanto na Nova Zelândia houve recuperação da produção e aumentou 2%, a produção nos EUA sobe pouco, apenas 1%. Mas a Austrália continua com declínio acentuado, e na comparação interanual a Argentina e Uruguai registraram quedas de -1% e -9%, respectivamente.

Em suma, a produção conjunta dos principais exportadores de lácteos, incluindo a UE, subiu em janeiro e fevereiro, 0,9%, em relação ao mesmo período de 2022. Deve-se levar em consideração, portanto, que o atual crescimento deve ser visto como apenas uma recuperação parcial.

Preços baixos

Depois de um curto período de recuperação do mercado, em fevereiro e início de março, a pressão voltou. Isso se deveu à demanda decepcionante combinada com o aumento da oferta sazonal de primavera no hemisfério norte. Em particular, houve queda na cotação do leite em pó desnatado (SMP) em março e abril. Depois de ligeira recuperação na segunda quinzena de abril, o nível de preço caiu para € 235/100 kg, no início de maio. A cotação da manteiga que vinha relativamente bem, passou a sentir os efeitos da pressão no final de março. Em meados de abril os preços estabilizaram em torno de € 460 por 100 kg. E assim permanece nesse início de maio. (Terra Viva)

Trimestrais da pecuária - primeiros resultados: abate de bovinos, suínos e de frangos cresce no 1º trimestre de 2023

Produção Trimestral/IBGE - Os primeiros resultados da produção animal no 1º trimestre de 2023 apontam que, ante o mesmo período de 2022, o abate de frangos cresceu 4,8%, o de bovinos aumentou 4,7%, e o de suínos teve alta de 3,5%. Frente ao 4º trimestre de 2022, o abate de frangos teve aumento de 2,2%, o de bovinos caiu 2,4% e o de suínos cresceu 1,8%

Foram adquiridos 5,85 bilhões de litros de leite, 1,5% a menos do que no 1º trimestre de 2022 e 7,0% a menos do que no trimestre imediatamente anterior. Já a aquisição de peças de couro pelos curtumes cresceu 6,4% frente ao 1º tri de 2021 e recuou 0,4% ante o 4° tri de 2022, somando 7,59 milhões de peças inteiras de couro cru. Foram produzidos 1,02 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 1º trimestre deste ano, com alta de 2,8% na comparação anual e queda de 1,9% no trimestre.

Abate de bovinos sobe 4,7% no ano e cai 2,4% frente ao trimestre anterior

No 1º trimestre de 2023, foram abatidos 7,32 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade representou uma alta de 4,7% em comparação com o 1º trimestre de 2022 e queda de 2,4% em relação ao 4º trimestre de 2022.

Foi produzido 1,90 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 1º trimestre de 2023, com incremento de 3,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, porém redução de 6,5% em relação ao apurado no 4º trimestre de 2022.

Abate de suínos cresce 3,5% na comparação anual e 1,8% no trimestre

O abate de suínos somou 14,14 milhões de cabeças no 1° trimestre de 2023, representando aumento de 3,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e acréscimo de 1,8% em comparação ao 4° trimestre de 2022.

O peso acumulado das carcaças foi de 1,29 milhão de toneladas no 1º trimestre de 2023, com alta de 3,5% em relação ao 1º trimestre de 2022 e incremento de 1,3% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Abate de frangos cresce 4,8% na comparação anual e 2,2% no trimestre

No 1º trimestre de 2023, foram abatidos 1,60 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou um acréscimo de 4,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e aumento de 2,2% frente ao 4º trimestre de 2022.

O peso acumulado das carcaças foi de 3,43 milhões de toneladas no 1º trimestre de 2023. Esse total significou aumento de 6,4% em relação ao 1º trimestre de 2022 e incremento de 3,1% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Aquisição de leite cai 1,5% na comparação anual e 7,0% no trimestre

No 1º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 5,85 bilhões de litros. Houve redução de 1,5% em comparação ao volume registrado no 1º trimestre de 2022 e queda de 7,0% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior.

Aquisição de couro fica 6,4% acima do 1° trimestre de 2022

Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 7,59 milhões de peças inteiras de couro cru no 1º trimestre de 2023. Essa quantidade representa um aumento de 6,4% em comparação à registrada no 1º trimestre de 2022 e queda de 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Produção de ovos de galinha sobe 2,8 no ano e cai 1,9% frente ao trimestre anterior

A produção de ovos de galinha foi de 1,02 bilhão de dúzias no 1º trimestre de 2023. O resultado representou um acréscimo de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e redução de 1,9% em comparação ao 4º trimestre de 2022.

 


Jogo Rápido

Jovem produtora de Salvador do Sul investe no bem-estar do rebanho para garantir boa produtividade no leite
"Pode parecer diferente, mas se eu coloco uma música mais calminha aqui no galpão, as vacas relaxam e produzem mais". Por mais que as pesquisas com musicoterapia como parte da análise da eficiência da produção leiteira ainda engatinhem no País, de alguma maneira este fato pode dar uma dimensão dos cuidados que a agricultora Juliana Löff, de Salvador do Sul, dispensa com o seu rebanho. "Animais agitados, com calor excessivo, estressados, mantidos em locais desconfortáveis podem sim ser impactados negativamente. O ambiente é importante, afinal. A ordenha, então, que é o local onde as vacas escutam música, nem se fala", ressalta Juliana. Repousando em um amplo e bem ventilado free stall, as 27 vacas em lactação dispõem de todo o alimento necessário para uma dieta equilibrada. O mesmo valendo para a água, que é reservada em dois compartimentos, um de 20 mil e outro de 15 mil litros. E para a cama, limpa e seca. Na estrutura, usada para o confinamento de animais produtores de leite, estão dispostos ainda quase uma dúzia de grandes ventiladores, tudo para que haja um mínimo de conforto para os dias excessivamente quentes. Todos esses elementos somados possibilitam uma produção diária de cerca de 440 litros de leite. Um volume que representa o dobro daquele produzido em 2012, quando por muito pouco a família não parou. Na época, com um rebanho bem menor, os pais optaram por comprar a parte que pertencia ao tio de Juliana. Para Juliana, esse foi um caminho natural, que contou ainda com o apoio da Emater/RS-Ascar, especialmente na condução de projetos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), como no caso do próprio free stall. Outros investimentos como em maquinário, em estrutura de calhas para a captação de água e mesmo em painéis de energia solar dão uma dimensão da atenção da família - completada pelos pais Adair e Jacinta - ao trabalho. "Somos a terceira geração produtora de leite, tudo começou com o meu avô", lembra Juliana. A jovem projeta aumentar o rebanho para cerca de 50 animais, que juntos poderão produzir até mil litros de leite por dia. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Lajeado)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.896


“Não tenho nenhuma dúvida de que a Languiru tem condições de se recuperar”

Governador do RS em exercício, Gabriel Souza, recebe comitiva da Cooperativa Languiru e G7
 
Na tarde desta segunda-feira, dia 08 de maio, representantes da Cooperativa Languiru e de municípios do G7 estiveram reunidos com o governador do Estado em exercício, Gabriel Souza. O encontro ocorreu no gabinete do Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, oportunidade em que foram apresentados os novos integrantes do Conselho de Administração da Languiru. O presidente Paulo Birck e vice-presidente Fábio Secchi atualizaram o Governo do Estado sobre o momento de dificuldade da Cooperativa.
 
Souza desejou sucesso e serenidade ao novo Conselho de Administração na condução da Languiru. “Eu acompanho de perto a questão e não tenho nenhuma dúvida de que a Cooperativa tem condições de se recuperar. Como tenho dito desde janeiro, a Languiru necessita de um profundo plano de recuperação com profissionais de mercado”, frisou, valorizando as ações em curso pela Cooperativa. As negociações com parceiros de negócios e com instituições financeiras também foram mencionadas, com Souza se colocando à disposição para auxiliar.
 Birck agradeceu pela oportunidade e pelo apoio dos prefeitos do G7 na interlocução com o Governo do Estado. “Estamos nos propondo a desenvolver um trabalho a muitas mãos, unindo esforços, cientes de que hoje a Languiru não é mais apenas dos associados, mas de toda sociedade. O apoio das diferentes esferas políticas também é muito importante nesse momento”, frisou.Sobre as negociações de parceria, comentou que portas estão se abrindo. “Precisamos avaliar o melhor cenário. Ouvindo nossos associados, novos passos serão dados.”Secchi falou em reforçar vínculos com o Estado, inclusive com parcerias em termos de consultoria no trabalho de planejamento da Cooperativa. “Precisamos e queremos contar com todo auxílio.”
 
O prefeito de Imigrante, Germano Stevens, reforçou a necessidade de recursos financeiros. “São essenciais para colocar em prática o planejamento da Languiru. O Vale do Taquari como um todo é impactado pela Cooperativa. O G7 está junto e engajado, numa demonstração de apoio político em busca de auxílio do Governo do Estado, dentro das suas possibilidades.”
 
A prefeita de Poço das Antas e presidente do G7, Vânia Brackmann, avaliou o encontro como positivo. “Saímos muito satisfeitos da reunião. Pudemos ver que o governador em exercício está de fato envolvido, já nos demonstrou que tem conhecimento da situação da Languiru e, há mais tempo, vem participando dessas negociações. Foi um momento muito valioso, envolvendo prefeitos e Conselho de Administração da Languiru, para expor as necessidades da Cooperativa. Estamos ao lado da Languiru para ajudar no que for possível. Os municípios, principalmente os que contam com plantas industriais, dependem muito da Cooperativa. São 67 anos de história e não podemos perdê-la.”

A Languiru ainda esteve representada pelo membro efetivo do Conselho de Administração, Fábio Weber. Pelo G7 também participaram o prefeito de Westfália, Joacir Antônio Docena; de Fazenda Vilanova, Amarildo Luís da Silva; de Teutônia, Celso Aloísio Forneck, e de Colinas, Sandro Herrmann; e o vice-prefeito de Paverama, João Edson de Oliveira Moraes. O secretário adjunto da Agricultura do RS, Márcio Madalena, também recepcionou a comitiva. (Languiru)


Balança comercial de lácteos: queda nas importações em abril

Apesar do recuo nas importações de abril em relação ao mês anterior, é possível observar que o volume total importado ainda se encontra em um alto patamar, principalmente quando comparado com os últimos dois anos, sendo que os altos preços praticados no mercado interno, por conta da diminuição da oferta do leite no campo que está ocorrendo de forma sazonal, segue sendo o principal fator a estimular as importações para o Brasil, mesmo que a demanda tenha encerrado o último mês com fortes sinais de retração.

Sobre as categorias importadas, somente um produto registrou variação mensal positiva, o doce de leite, com um aumento de 21%, enquanto as demais categorias passaram por recuo. A maior queda mensal observada foi nas importações de leite em pó desnatado, que somou aproximadamente 1,42 milhões de quilos, 62% a menos do que o importado em março, enquanto o recuo observado no leite em pó integral foi menor, em 23%, com 11,38 milhões de quilos importados. A categoria de queijos passou por uma variação negativa de 21%, e para o UHT, não foi registrado nenhum volume importado neste último mês.

Já sobre as categorias exportadas, o principal produto seguiu sendo o leite condensado, que passou por uma variação mensal de 8%. Porém, a maior variação observada foi na categoria de leites modificados, que aumentou em 120% no mês de abril. Os queijos, cremes de leite e manteigas também registraram avanços nas exportações de abril, em 45%, 7% e 4%, respectivamente, enquanto o maior recuo ficou por conta do leite em pó desnatado, que teve um total de somente 20 quilos sendo exportados no mês, segundo dados da SECEX, uma queda mensal de 96%.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de abril e março deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em abril de 2023.

Tabela 2. Balança comercial láctea em março de 2023.

O que podemos esperar para o próximo mês?

Para o mês de maio as expectativas são de uma nova queda no total importado, mas que deve ocorrer de forma mais sutil em comparação ao recuo observado em abril. Isso porque, apesar do período da entressafra do leite brasileiro, a produção de leite na Argentina e Uruguai, principais fornecedores, seguem limitadas.

Além disso, outro aspecto importante é a quantidade de dias úteis no mês de maio (22 dias) em comparação com abril (18 dias). Dessa forma, mesmo que na média diária as importações apresentem diminuição, no total do mês o volume de maio pode vir em linha com o resultado de abril.

Outro ponto que precisa ser levado em consideração é discrepância entre o período de entressafra do leite produzido na região Sul do Brasil e das demais regiões. Para maio, a entressafra da região Sul do Brasil deverá estar próxima do fim, começando a aumentar o abastecimento de leite advindo dessa região. E como o Sul é atualmente a maior região produtora do Brasil, o aumento da sua captação deve limitar as perdas observadas na captação de leite total do país.

Mas é preciso salientar que os preços internacionais ainda seguem competitivos frente aos preços praticados no mercado interno, mesmo com as recentes desvalorizações observadas nos principais derivados lácteos desde a segunda quinzena de abril, o que deve manter as importações de maio em um patamar ainda elevado em relação a 2021 e 2022.

Já para as exportações, não há evidências de uma abertura de janela exportadora para o mercado brasileiro. Apesar da demanda interna não demostrar sinais de reação, a produção continua limitada, e o real valorizando frente ao dólar também dificulta essa comercialização.

As informações são do Milkpoint adaptado pelo Sindilat/RS

América Latina tem 72 milhões sem internet de qualidade no campo, diz estudo

Cerca de 72 milhões de pessoas que vivem em zonas rurais na América Latina e no Caribe não possuem acesso à internet de qualidade. Dessas, 13 milhões estão no Brasil, mostra um levantamento realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em parceria com Banco Mundial, Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Microsoft e a Syngenta.

O estudo, divulgado nesta segunda-feira (8/5), contém dados coletados em 26 países da região entre 2020 e 2022. De acordo com o documento, 79% da população urbana dos países latinos e caribenhos analisados contam com serviços de conectividade significativa. Para a população rural, esse índice é de 43,4%.

Alguns países, como Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Panamá e Costa Rica, mostraram avanços em relação ao levantamento anterior, mas ainda estão atrasados em termos de conectividade rural. "Essa diferença entre a conectividade rural e urbana mina um imenso potencial social, econômico e produtivo no âmbito estratégico no qual está em jogo a segurança alimentar e nutricional de boa parte do planeta", disse, em nota, o diretor-geral do IICA, Manuel Otero.

No Brasil, a diferença entre quem tem acesso à internet de qualidade nas cidades e no campo é um pouco menor que a média regional. A conectividade significativa urbana brasileira é 1,5 vez mais abrangente do que nas zonas rurais, enquanto nos demais países o índice médio é de 1,8 vez. "Enquanto nas zonas urbanas do Brasil o índice de Conectividade Urbana (ICSu) é 0,821, o Índice de Conectividade Rural (ICSr) é 0.542. Na América Latina e Caribe, o ÍSCu médio é 0,794, e o ICSr é 0,434", diz o IICA.

Desafios
O documento aponta que as dificuldades para aumentar o acesso à conectividade rural mais rapidamente na maioria dos países passam por "obstáculos persistentes no emprego dos fundos de acesso universal, problemas na implementação de novas instalações devido à infraestrutura elétrica e de rodovias, elevados custos de investimento e menor custo-efetividade para as companhias operadoras, além de escassez de estímulos que incentivem os investimentos no âmbito rural".

Para Gabriel Delgado, coordenador da região Sul do IICA e representante no Brasil, apesar da melhora da conectividade nas áreas rurais, é preocupante que 72 milhões não tenham acesso a conectividade de qualidade nas áreas rurais da América Latina e do Caribe, sendo que 13 milhões estão nas áreas rurais brasileiras.

“Assim como em outros momentos da história, trens, rodovias e estradas foram muito importantes para o desenvolvimento, o divisor de águas agora entre se desenvolver e ficar para trás é ter acesso à internet”, disse.

Caminhos

O estudo sugere a implementação de algumas políticas públicas para desenvolver as habilidades digitais na população rural e maximizar as oportunidades oferecidas pela conectividade nas zonas rurais. O levantamento aponta a necessidade, por exemplo, de "garantir conectividade acessível e significativa para fins educativos e, juntamente com o hiato de acesso, abordar o uso das novas tecnologias entre a população".

Outros apontamentos são a necessidade de estabelecer estratégias diferenciadas de formação para os jovens que estão nas escolas e a população economicamente ativa, de criar oportunidades de imersão em tecnologias, de adequar o ensino nos cursos de formação voltados à agropecuária com os processos de digitalização da atividade, de promover a chegada da tecnologia digital por meio da educação formal, de garantir acesso universal à internet nas escolas rurais e capacitar os jovens digitalmente, apoiando estudos sobre habilidades digitais na região.

"Superar a diferença de conectividade e de habilidades digitais na ruralidade requer a concordância de políticas públicas, a participação do setor privado e a cooperação internacional. Os países da região, embora estejam encarando ações em termos de atualização de estruturas regulatórias e desenvolvimento de agendas e políticas digitais, ainda não conseguiram implementar soluções em grande escala e apresentam requisitos significativos em termos de investimentos em infraestrutura", destacou, em nota, Sandra Ziegler, pesquisadora do IICA que liderou a elaboração do trabalho.

As informações são do Valor Econômico.


Jogo Rápido

Vendas na internet caem 4,3%
As vendas do comércio on-line no mercado brasileiro somaram R$ 40 bilhões entre janeiro e março deste ano. Isso significa uma queda real de 4,3% em relação ao resultado do primeiro trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Para o Dia das Mães, que ocorre no próximo domingo (14 de maio), a entidade projeta crescimento de 3% nas vendas em relação à data comemorativa do ano passado. Mas a associação também observa que o crescimento mais representativo nas vendas ficará para o segundo semestre. No acumulado de 2023, a expectativa da ABComm é de que as vendas on-line somem R$ 172 bilhões, um avanço tímido de 1,5% sobre o ano passado. “A redução no faturamento de empresas que enfrentaram problemas no balanço [ como a Americanas], a questão fiscal que afetou companhias estrangeiras e a manutenção dos juros, que prejudicou as vendas a prazo, são alguns dos motivos por trás dessa queda”, disse Mauricio Salvador, presidente da associação, em comunicado. “Apesar dos desafios, acreditamos que haverá recuperação nos próximos meses”, completou o presidente da entidade sem fins lucrativos que reúne 9 mil associados. Entre eles estão representantes de lojas virtuais, fornecedores de serviços de tecnologia, mídia e meios de pagamento. (Valor Econômico)


 
 
 

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Porto Alegre, 08 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.895


Extremos climáticos: quais foram os prejuízos causados no campo?

Eventos climáticos extremos causaram prejuízos de R$ 287 bilhões à agropecuária brasileira entre 2013 e 2022, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), feito com base em dados do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.As secas foram responsáveis por 87% dos prejuízos na agropecuária no intervalo considerado no levantamento. Ao todo, os eventos causaram perdas em 6,8 milhões de hectares de lavouras, uma área que equivale à soma dos territórios dos Estados do Rio de Janeiro e Alagoas.

No período, 4.624 municípios publicaram 14.635 decretos de anormalidade, e 3.384 informaram os dados à base do governo federal. A seca é o evento que mais prejudica o produtor rural: essa foi a razão de mais de 12 mil decretos municipais de situação de emergência ou estado de calamidade pública. A falta de chuvas foi responsável por 87% dos prejuízos na agropecuária no intervalo que a CNM considerou no estudo.

A agricultura sofreu danos que somaram R$ 216,6 bilhões, ou 65% do total. A estiagem causou 86% das perdas agrícolas (R$ 186,2 bilhões), e as chuvas em excesso, 14% (R$ 30,3 bilhões).

Segundo a CNM, houve perdas em 6,8 milhões de hectares de lavouras entre 2013 e 2022. O número corresponde a 1,6% da área média de cultivo no país nesse período, mas, em alguns Estados, as perdas foram mais expressivas, como em Pernambuco (20,1%), Sergipe (16,4%) e Rio Grande do Norte (13,8%). Na pecuária, os prejuízos foram de R$ 70,4 bilhões. A falta de chuvas foi responsável por 92% das perdas na atividade, de quase R$ 65 bilhões.

Outros setores da economia, como indústria e serviços, também tiveram prejuízos com eventos extremos entre 2013 e 2022. Ao todo, as perdas foram de R$ 320,1 bilhões nesse intervalo. O impacto sobre a agricultura e a pecuária, no entanto, correspondeu a 90% dos danos que a iniciativa privada sofreu.

A maior parte dos danos ocorreu no ano passado. As perdas de agricultores e pecuaristas somaram R$ 85 bilhões em 2022, ou quase 22% de todo o prejuízo acumulado nos últimos dez anos.

A Confederação Nacional de Municípios diz que as perdas com os eventos climáticos têm um “efeito deletério” sobre as economias locais, já que os recursos deixam de circular nos municípios. A CNM apontou ainda que, proporcionalmente, o crescimento das perdas na agropecuária foi mais acelerado que o do Valor Bruto da Produção (VBP) no mesmo período.

Segundo a entidade, o clima adverso não teve impacto sobre a economia do campo em 2013 e 2014. Em 2015, os danos representaram 2,7% do VBP da agricultura. Já no ano passado, a fatia passou a ser de 8,7%.

As regiões mais afetadas pelos eventos climáticos foram Nordeste e Sul. Elas sofreram 36% e 33% dos prejuízos à agropecuária entre 2013 a 2022, respectivamente.

Na agricultura, o Rio Grande do Sul foi o Estado mais prejudicado nos dez anos, com R$ 38,5 bilhões em perdas, o que equivale a 21% do total; na sequência ficaram o Paraná, com R$ 26,3 bilhões, e Minas Gerais, com R$ 24,8 bilhões. Na pecuária, as secas concentraram 56% das perdas do Nordeste. Na região, os maiores danos ocorreram na Bahia, com R$ 14,73 bilhões. Minas Gerais contabilizou os maiores prejuízos da atividade no país, com R$ 16,58 bilhões.

O excesso de chuvas afetou mais os produtores de Centro-Oeste e Sul. Na pecuária, as chuvas afetaram especialmente Mato Grosso do Sul (R$ 1,3 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,5 bilhão).

“O efeito negativo do excesso ou falta das chuvas sobre as lavouras é bastante evidente no Rio Grande do Sul, que nos últimos anos teve perdas significativas com a seca. O aumento dos prejuízos resultou na queda do valor da produção agrícola”, diz o documento da confederação, obtido pelo Valor.

Segundo a entidade, o impacto dos prejuízos correspondeu a quase 30% do VBP gaúcho em 2022. Nos dez anos considerados no levantamento, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte tiveram, em alguns casos, perdas econômicas superiores ao valor da produção estimado pelo Ministério da Agricultura.

A CNM também mediu o impacto dos eventos climáticos sobre a atividade agrícola dos principais municípios do agro, aquele com Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) entre 0,6 e 1. Segundo a entidade, as 500 cidades que lideram o ranking concentram 66% do VBP da agricultura e 38% dos danos às lavouras. Já os 500 municípios com menor pontuação representam 1% do valor bruto da produção agrícola e 9% dos prejuízos.

“Em 487 municípios brasileiros, toda a riqueza que a agricultura gerou nos últimos dez anos se perdeu com o excesso ou falta de chuvas, afetando 537.934 estabelecimentos e 1.489.432 pessoas ocupadas. Essa situação indica a necessidade de melhoria no processo produtivo com foco em culturas mais adaptadas ao clima da região e resistentes à seca”, aponta a entidade.

A CNM diz que é preciso fortalecer os mecanismos de convivência com a seca, por meio da construção de barragens e cisternas, por exemplo, além de incentivar o uso da irrigação na produção agropecuária e o seguro rural. “Para minimizar os danos, as ações de prevenção e gestão de riscos devem passar a integrar a ação coordenada e articulada dos entes da federação”, diz a CNM.

As informações são do Valor Econômico.


Custas de processos trabalhistas superam o PIB de nove estados

Estudo da Neoway, empresa de inteligência de dados, revela que despesas processuais de cinco estados brasileiros custaram R$ 94,5 bilhões

São Paulo – Processos trabalhistas de cinco estados brasileiros custaram R$ 94,5 bilhões para empresas de cinco estados. O valor equivale a mais de duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) de Sergipe e supera toda a riqueza gerada em outros oito estados.

É o que revela um estudo da Neoway, empresa de inteligência de dados, com base em informações dos sistemas de Justiça do País.

Atualmente, cerca de 1 milhão de empresas brasileiras respondem a, pelo menos, um processo trabalhista.

São Paulo concentrou 64% das ações, e as custas processuais atingiram cerca de R$ 61 bilhões, quase o equivalente ao PIB de Alagoas.

Seguem na lista Rio de Janeiro (R$ 13,4 bilhões), Minas Gerais (R$ 9,5 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 5,4 bilhões) e Bahia (R$ 5,2 bilhões).

Apesar da liderança em valores, São Paulo fica atrás do Rio de Janeiro em número de processos — cerca de 4,7 milhões, no Rio, ante 345 mil.

As causas mais comuns envolvem pedidos de indenização por danos morais, contestação do aviso prévio, e reclamações por adicional de hora extra.

Ainda segundo o estudo, empresas do varejo são as mais acionadas, concentrando 41% dos processos. (Diário do Comercio)

Leite/América do Sul

Existem melhorias nas tendências climáticas recentes na América do Sul, especialmente no que se refere à precipitação tão necessária.

Embora as temperaturas estejam acima da média em algumas áreas, são boas as perspectivas de produção de leite.

Os relatórios sugerem que os padrões climáticos do La Niña estão diminuindo, deixando no lugar os padrões climáticos do El Niño, que trazem um tempo chuvoso para a safra de milho atual.

O preço do leite ao produtor está firme em grandes países produtores de leite, como Uruguai e Argentina, para tentar aumentar a produção, notavelmente limitada, no momento.

Entretanto, relatórios indicam que muitos produtores venderam suas vacas para abate, pois a melhora das condições climáticas que proporcionam maior conforto animal e reduz os custos da alimentação chegaram tarde demais.

As exportações de commodities lácteas continuam se movendo da Argentina e Uruguai para o Brasil.

As importações de queijo pelo maior mercado do continente continuam fortes, mas também as remessas de leite em pó, especialmente leite em pó integral (WMP).

Os importadores chineses e argelinos continuam presentes na região, mas a parcela mais significativa das commodities segue para o Brasil. Os preços de WMP e SMP na região permaneceram estáveis ou continuam subindo. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido

Sindilat/RS é parceiro da Prefeitura de Estrela para implantação de Escola Laticinista
Confira aqui a entrevista com o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, na Rádio Tirol. A fim de implementar aquela que será a primeira Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, aconteceu recentemente a instalação do Comitê Gestor. O grupo, que congrega representantes da prefeitura de Estrela, Univates, entidades de ensino e da indústria leiteira, já definiu entre as diretrizes a oferta de vagas para todas as cidades do Estado. O secretário também falou das dificuldades enfrentadas pelo setor. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.894


Estado lança metas da agricultura de baixo carbono durante Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas
 
O Rio Grande do Sul lançou, nesta quinta-feira (4/5), as metas do Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+ RS), com as diretrizes para promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária gaúcha, visando ao aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos.  O lançamento aconteceu durante a 4ª edição do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), no auditório do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS).
 
Segundo o governador Eduardo Leite, que participou do evento, esse tipo de projeto tem como intenção fazer com que o Estado seja um exemplo em relação aos compromissos climáticos. “Precisamos ter a consciência de que a preocupação com o meio ambiente deve estar alinhada com os aspectos econômicos e sociais. E nosso governo tem a compreensão que é a partir deste posicionamento que poderemos ter um Estado verdadeiramente sustentável”.
 
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, explicou que o Plano ABC+ RS tem como objetivo promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de GEE na agropecuária do RS. “Com a publicação do plano pretendemos expandir em 4,6 milhões de hectares até 2030, o que resultará na redução de cerca de 75 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. E para atingir essas metas a Secretaria da Agricultura vai estimular políticas públicas que incentivem a adoção das tecnologias do Plano ABC+”, enfatizou.
 
O FGMC foi presidido pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann. “Nós temos certeza de que esse ambiente, promovido pelo Governo do Estado, vai trazer importantes avanços porque traz a sociedade e as práticas factíveis para a redução, mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, reforçou a secretária durante a abertura.
 
O diretor substituto do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros), Gustavo dos Santos Goretti, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), afirmou que o "RS é o terceiro Estado a lançar seu plano. Incluímos novas linhas de tecnologia e uma delas é a irrigação que faz muita diferença ao Estado, para mitigar os efeitos da estiagem. Precisamos mostrar aos produtores as tecnologias que a gente conhece para que eles possam diminuir as perdas que possam ter na produção".
 
O ABC+ RS é considerado uma política pública que promove o engajamento ativo do setor produtivo e da sociedade, integrando produtividade, adaptação e mitigação efetiva, ao cenário da agropecuária brasileira.
 
Ao longo dos anos, mais de 50 milhões de hectares já adotaram tecnologias ABC como o Sistema Plantio Direto, Fixação Biológica de Nitrogênio, Florestas Plantadas e Sistemas de Integração, a Integração Lavoura-Pecuária, Integração Lavoura-Floresta, Integração Pecuária Floresta ou mesmo a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O novo ciclo do ABC+ inclui novas tecnologias adaptadoras e mitigadoras, como o Sistema Plantio Direto com hortaliças, a Terminação Intensiva, e os Sistemas Irrigados, além de dar um destaque maior aos Sistemas Agroflorestais. Também prevê o fortalecimento das estratégias de adaptação à mudança do clima e incorpora o conceito de Abordagem Integrada da Paisagem (AIP) à gestão do uso do solo nas propriedades rurais, microrregiões e territórios.
 
Para o coordenador do Comitê Gestor do ABC+ RS e pesquisador da Seapi, Jackson Brilhante, a publicação das metas é um marco para o Estado do Rio Grande do Sul e sinaliza para os mercados o compromisso do Estado com a produção agropecuária sustentável. “O produtor gaúcho é referência no cenário nacional e mundial em termos de adoção das tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono, pois ele está cada vez mais convencido da necessidade de produzir mais, com menor custo e menor impacto ambiental. Esse plano foi construído a várias mãos em conjunto com representantes do setor agropecuário, de instituições de pesquisa, ensino e extensão”, afirmou. 
 
Fórum de Mudanças Climáticas
 
Além do Plano ABC+ RS, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura Seapi, será feito pela Sema, com a condução da Assessoria do Clima, um inventário de emissões de GEE, assim como uma análise de riscos e vulnerabilidades climáticas.
 
“Tudo isso levará à criação do plano de mitigação, que vai zerar o balanço das emissões de GEE nas diversas cadeias produtivas do Estado. A Sema ainda conta com projetos como o EstimaGás, que faz a mensuração dos GEE em aterros sanitários; o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), instrumento econômico que recompensa e incentiva serviços ambientais; e o Agrigooders, programa de recompensa por boas práticas ambientais”, reforçou Marjorie.
 
Durante o evento, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Estado e federações, que objetiva a promoção do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do RS. Assinaram o documento o governador Eduardo Leite, a secretária Marjorie, o secretário Feltes, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, juntamente com os representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS), e da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
 
Também fizeram parte da mesa o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, a Delegada Nadine Anflor, vice-presidente da Assembleia Legislativa, o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP, Daniel Martini.
 
Fazem parte do fórum representantes do governo do Estado, sociedades civil e científica. As próximas reuniões estão previstas para acontecer nos dias 29 de agosto e 21 de dezembro.
 
Metas do RS até 2030
 
Ao todo são oito metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável, com compromissos até 2030:
 
● Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
● Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
● Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais;
● Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
● Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de Bioinsumos;
● Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
● Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
● Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
 
As informações são do Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Piracanjuba apresenta novidades na linha Whey

Whey - De acordo com a Recommended Dietary Allowance (RDA), o valor de referência para consumo de proteínas é de 75g, em uma dieta padrão de 2000 kcal diárias. Esses índices, no entanto, estão abaixo das necessidades diárias de alguns indivíduos, como é o caso daqueles que se exercitam, por exemplo.

Pensando em apoiar os consumidores na rotina da alimentação, com a ingestão apropriada de nutrientes, a Piracanjuba expandiu a linha de produtos Whey que, agora, passa a contar com 10 produtos. As novidades são os Piracanjuba Whey 15g, na versão 250ml, nas opções Chocolate, Morango e Coco, e, em embalagens de 1L, nos sabores Coco e Chocolate. A versão de 23g, já existente no portfólio da marca, continua disponível em 5 sabores: Cacau, Banana, Baunilha, Frutas Vermelhas e Pasta de Amendoim.

“Piracanjuba Whey é para quem treina de forma mais leve, ou para que se exercita em atividades de alto impacto. É uma opção leve e saborosa para lanches e para quem busca aumento diário da ingestão de proteínas. Ao desenvolver as versões com 15g de proteínas, queremos atender novos públicos, levando ainda mais opções para atender variadas necessidades”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

Além da quantidade de proteínas por porção, os novos Piracanjuba Whey 15g possuem embalagens exclusivas, com layout único, destacado pelas cores que remetem à força e à robustez. Os produtos são apresentados em embalagens assépticas Tetra Pak, assegurando a qualidade e a conservação dos nutrientes.

“Variamos sabores, para atender diferentes paladares, e pensamos ainda nos públicos que possuem intolerância à lactose ou com restrição ao consumo de açúcares. Além disso, para trazer maior dulçor, sem, contudo, aumentar as calorias, utilizamos stevia nas versões 23g, e sucralose, nas de 15g. Piracanjuba Whey é para quem quer manter o corpo em movimento, sem abrir mão do sabor e qualidade”, complementa Lisiane.

Dentro de alguns dias, os novos produtos estarão disponíveis nos principais pontos de vendas de todo o Brasil e nos canais de e-commerce. (Piracanjuba)

Indústria do queijo: como o foco em digitalização e sustentabilidade contribuem para o crescimento

Indústria do queijo tem taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025. Fernanda Rocha, da Tetra Pak Brasil, explica o potencial deste mercado global e no Brasil.

Com sua origem estipulada em mais de 10 mil anos, o queijo é um dos alimentos mais apreciados em todo o mundo. Seja o Cheddar, da Inglaterra, o Feta, da Grécia, ou até a famosa Mussarela, originada na Itália e adaptada para o que conhecemos hoje como pizza-cheese, o queijo faz parte da culinária de diversos países, incluindo o Brasil.

E com uma taxa de crescimento global que deve alcançar 6,8% entre 2020 e 2025, segundo dados levantados pela Mondor Intelligence, a indústria queijeira tem potencial para sua consolidação em âmbito global, e sem dúvida possibilidade de expansão e fortalecimento no mercado brasileiro.

Hoje, já temos uma indústria forte em território nacional, mas que ao mesmo tempo possui potencial para crescer, seja por meio de aumento de capacidade ou por otimização de sua base instalada. Por exemplo, ainda há muito a ser explorado quando falamos em padronização dos produtos, na digitalização do pátio fabril e na produção com foco na sustentabilidade.

Padronização e digitalização
Pensando um pouco sobre a questão da padronização, temos que entender as variações encontradas nos processos da indústria, o que consequentemente impactam na variabilidade do produto entregue ao consumidor.

Há muito o que se explorar dentro do universo fabril, por exemplo, quando olhamos para o volume de dados existentes em cada lote fabricado. Esta abordagem cabe em todos os cenários, sejam desde os menores até grandes volumes, e é importante entender o tamanho do impacto dessa variação do processo nas características finais do produto e como isso afeta a rentabilidade do negócio.

E isso se conecta ao ponto da digitalização do pátio fabril. Ao permitir que a tecnologia adentre ao chão de fábrica, ela otimizará a produção, trazendo padronização do produto e, consequentemente, entregando melhores resultados ao produtor.

Desde a recepção do leite, passando por todo o processo de produção da coalhada até a salga e resfriamento final, é possível investir na indústria queijeira para que traga uma constante na produção do queijo, com equipamentos que mantenham a qualidade e características iniciais do queijo. E isso permitirá inclusive o desenvolvimento dos colaboradores, que poderão se especializar e focar nas etapas mais técnicas e estratégicas da produção, deixando o restante da operação dentro de uma realidade mais tecnológica e digitalizada.

Sabemos que uma mudança como essa acontece a longo prazo e precisa ser avaliada sob diversos pontos de vista, mas é importante iniciar essa discussão, mostrando o quanto esse novo mindset irá beneficiar o setor, tornando-o cada vez mais forte e consolidado no Brasil.

Sustentabilidade
Com isso, chegamos a um terceiro ponto necessário para a indústria queijeira quando pensamos em seu fortalecimento: a sustentabilidade. Hoje o tema já está presente em todos os setores, e devemos colocar em pauta quando pensamos não só em novos projetos, mas também em como adequar linhas existentes. Dentro do processamento de queijos, existem oportunidades para otimizar o uso dos recursos hídricos, e a indústria pode, e deve, pensar em alternativas para que toda a produção do alimento seja mais sustentável e com o menor impacto para nosso planeta.

Quando pensamos no processo da mussarela, por exemplo, é necessário promover o aquecimento da coalhada para realizar a etapa de filagem, promovendo a estrutura de fibras alongadas características a este queijo. O processo tradicional consiste em manter o equipamento inundado com água quente, consumindo um elevado volume de água e por consequência gerando efluente a ser tratado.

Hoje, máquinas que realizam a filagem a seco do queijo mussarela, por exemplo, são uma inovação no mercado e permitem que no momento de filar a massa, esse procedimento seja feito a seco, ou seja, sem a necessidade de adição de água no processo.

Outra aplicação consolidada e muito presente no mercado são de soluções de filtração por membranas, que podem ser utilizadas com a finalidade de concentrar desde o soro até promover a separação e concentração de proteína do soro e outros componentes.

Nesse processo, por exemplo, milhares de litros de água por dia são recuperados antes que sejam direcionados para a estação de tratamento de efluentes. Com isso, é possível, por exemplo, que a água seja usada na limpeza do pátio fabril e na lavagem dos caminhões, trazendo ainda mais economia para o local.

Como iniciar essas mudanças?
Agora que temos uma ideia de algumas ações que podem se tornar realidade no setor queijeiro, a dúvida que fica é: como fazer tudo isso?

Se queremos um pátio fabril digitalizado e com uma produção padronizada, gerando assim melhores resultados para a indústria, precisamos incorporar a realidade tecnológica nesse processo. Sejam máquinas para prensagem, salga ou drenagem, passando pela inserção de linhas completas de produção, e chegando até aos maquinários com foco na eficiência e sustentabilidade, a digitalização e tecnologia precisam estar presentes em todas as etapas do processo.

E todo esse investimento em inovação também depende de outros fatores, como a manutenção preventiva, fornecimento de peças e insumos, e até mesmo treinamentos de funcionários para adaptação à nova realidade. São iniciativas a médio e longo prazos que fazem a diferença e que tornam a fábrica em si, e a indústria como um todo, competitivas e sólidas o suficiente para se consolidarem diante dos desafios do futuro.

A indústria queijeira é parte fundamental da nossa economia, e aqui na Tetra Pak temos como meta apoiar e sermos uma parceira estratégica em seu desenvolvimento e na busca de oportunidades para os produtores desse alimento que é uma paixão de todos nós.

*Fernanda Rocha é Gerente de Vendas de Processamento em queijos da Tetra Pak Brasil. Técnica em Leite e Derivados pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes e Engenheira de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Fernanda Rocha acumula mais de 10 anos no setor de alimentos. Na Tetra Pak desde 2021, a gerente dedica-se a projetos voltados para o setor do queijo. (Food Conection - via Edairy News)


Jogo Rápido

Chuvas e temperaturas baixas marcam os próximos dias no RS
A próxima semana permanecerá com temperaturas mais baixas e com elevados volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 18/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Entre sexta-feira (05/05) e domingo (07/05), a passagem de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Metade Norte. Na segunda (08/05), o ingresso de uma massa de ar frio e seco afastará a nebulosidade e vai provocar o ligeiro declínio das temperaturas; somente nos setores Norte e Nordeste ainda ocorrerão chuvas fracas e isoladas. Na terça (09/05) e quarta-feira (10/05), a presença do ar frio e seco manterá o tempo firme, com temperaturas amenas em todo o Estado. Os volumes previstos deverão oscilar entre 25 e 60 mm na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Nas demais regiões, os totais esperados serão mais elevados e deverão variar entre 70 e 90 mm, podendo superar 125 mm em municípios das Missões, Vale do Uruguai e do Planalto. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 04 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.893


No lançamento da Expoleite e da Fenasul, indústria cobra acesso a fundo do setor

Representante do Sindilat-RS falou sobre a necessidade de liberação de recursos do Fundoleite para ações de desenvolvimento da produção 

Foi um café da manhã diferente, com o leite (e seus derivados) ganhando o protagonismo à mesa e nos discursos do lançamento da 44ª Expoleite e 17ª Fenasul, realizado no parque Assis Brasil, em Esteio, nesta quarta-feira (3).  Os eventos simultâneos ocorrem de 17 a 21 de maio e têm entrada gratuita. Durante a apresentação oficial, os desafios inerentes à produção também entraram no cardápio. E o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, falou sobre a necessidade de que os cerca de R$ 30 milhões do Fundo Estadual do Leite (Fundoleite) possam ser acessados, para ações de fomento da cadeia. 

— Precisamos resolver esse problema. A Argentina liberou R$ 300 milhões para o setor de lácteos — pontuou, sobre o país vizinho, de onde o Brasil traz parte das importações do produto.

Ao se manifestar, logo depois, o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, falou sobre o assunto. Ele explicou que os projetos aprovados precisam passar por trâmites burocráticos, mas que já está sendo feita a análise jurídica. A questão foi levada à Casa Civil, e, conforme Feltes, agora é preciso aguardar.

Criado em 2013, o Fundoleite é formado por arrecadação compulsória, de partes iguais, entre Estado e indústrias. Inicialmente, os repasses eram feitos com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), mediante a celebração de convênio com a Secretaria da Agricultura. Em 2016, o acordo não foi mais renovado. E em 2021, o acesso ganhou um novo modelo de distribuição: 70% do arrecadado passou a ser destinado para projetos na área de assistência técnica de produtores de leite,  outros 20% para apoio e desenvolvimento do setor e 10% para custeio de atividade administrativa. 

A crise enfrentada pelo setor de lácteos apareceu em outras falas na cerimônia de lançamento. Presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Marcos Tang lembrou que são três anos de condições climáticas adversas:

— O grande desafio do produtor (de leite) é produzir alimento (para o gado). Temos de otimizar o uso das pastagens, porque os silos estão quase vazios.

Representando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), o engenheiro agrônomo Kaliton Prestes disse que é preciso avançar para a colheita de três safras em um ano também na pecuária de leite. Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), destacou que o Brasil é hoje o terceiro maior produtor de lácteos, com a atividade presente em 98% dos municípios brasileiros, acrescentando que é preciso, no entanto, ganhar competitividade. E que é preciso olhar com atenção, entre outras coisas, para os acordos comerciais para além do bloco do Mercosul. 

— A Expoleite e a Fenasul trazem o que há de melhor na genética, que é um dos pilares da competitividade  — acrescentou.

Vice-presidente técnico da Gadolando, José Ernesto Ferreira lembrou que a exposição traz, além de uma disputa saudável, onde se vê a qualidade dos animais perante outros produtores, a possibilidade de que o produtor fique atualizado, faça melhoramento genético e, assim, tenha eficiência melhor na atividade.

— E tem a aproximação do público urbano com o do campo. 

Saiba mais
A 44ª Expoleite e 17ª Fenasul ocorrem de 17 a 21 de maio, no parque Assis Brasil, em Esteio
A entrada no local é gratuita
Além das duas exposições, há ainda a Multifeira de Esteio, que terá mais de 200 expositores, a primeira feira de cutelaria, espaço de inovação e programação cultural, com shows em todas as noites
Há ainda o rodeio artístico de Esteio
A agricultura familiar também marca presença, com 32 empreendimentos
Neste ano, será retomada a Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, marcada para o dia 17 de maio 

As informações são da Zero Hora


Secretaria da Agricultura e setor produtivo alinham apoio à pesquisa de emissões de carbono

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação estuda a formatação de um acordo de estímulo à redução das emissões na pecuária gaúcha. A iniciativa, que já conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente, está sendo costurada junto à Embrapa Pecuária Sul e tem o apoio de Sindilat e Associação Brasileira de Angus. Os encaminhamentos foram tratados em reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena, na manhã desta quinta-feira (4/5), e que contou com chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, com a presidente da Associação Brasileira de Angus, Mariana Tellechea, e o gerente de Fomento, Mateus Pivato.


Foto: Carolina Jardine

Segundo Madalena, o governo tem total interesse em ações focadas em redução das emissões ou que permitam um balanço favorável de gases do efeito estuda. “Precisamos mostrar o que já estamos fazendo em relação à mitigação das emissões do agronegócio. O próprio incremento genético dos rebanhos tem que entrar nessa narrativa porque faz com que o animal fique pronto para produção antes e isso reduz as emissões”, pontuou o secretário adjunto.

Uma das primeiras entidades a levar o tema ao governo ainda na gestão anterior do governador Eduardo Leite, o Sindilat integra o grupo que busca uma parceria com o governo do Estado e Ministério da Agricultura para viabilizar a compra de quatro cochos capazes de aferir as emissões de metano de bovinos a campo. A tecnologia, explica Cardoso, precisa ser importada, mas aumentaria consideravelmente a escala e eficiência dos testes em rebanhos de corte e leite. “Os cochos de medição devem ajudar o Rio Grande do Sul a posicionar-se na linha de frente dos estudos de emissões no Brasil. É um projeto de grande interesse do setor lácteos porque representa um ganho e um diferencial produtivo”, completou Palharini, convicto que o assunto deve ser tratado como política de estado.  

Uma das opções aventadas é que o investimento para aquisição dos cochos possa contar com apoio de recursos do Fundoleite. O fundo, cujas verbas estão paradas no Tesouro do Estado, foi criado exatamente para financiar projetos de pesquisa e fomento ao setor lácteo. “Já somos referência no controle de brucelose e tuberculose. Agora, precisamos avançar para o controle de emissões alinhados com os compromissos ambientais assumidos”, completou Palharini. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Reinstalada a Frente Parlamentar do Cooperativismo

A Frente Parlamentar do Cooperativismo foi reinstalada na manhã desta quarta-feira (3), no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa. A Frente será presidida pelo deputado Elton Weber (PSB).

Em sua fala, Weber destacou que o cooperativismo está presente no Rio Grande do Sul há 121 anos e é um dos principais pilares do desenvolvimento, geração de renda, emprego e qualidade de vida do estado. Segundo o deputado, as cooperativas de crédito, trabalho, agropecuário, transporte, produção de bens e serviços, saúde, consumo e infraestrutura desenvolvem os municípios onde estão presentes, pois o dinheiro permanece na comunidade.

A Frente tem como objetivo desenvolver o processo de difusão e fortalecimento do cooperativismo no solo gaúcho visando o desenvolvimento do estado. “Quero dizer a todos do sistema cooperativo que esta Casa estará à disposição na Frencoop para atender, receber e trabalhar pelo cooperativismo gaúcho. Viva as cooperativas! Viva o cooperativismo gaúcho!”. concluiu Weber.

Manifestações
Ao final do ato, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin (MDB), deu posse aos integrantes da Frente Parlamentar. Ele reforçou a importância da Frente na medida que é a única que tem a assinatura de todos os 55 deputados e destacou o pioneirismo do Rio Grande do Sul no sistema de cooperativismo na América Latina.

Também se manifestaram na cerimônia Darci Pedro Hartmann, presidente da Ocergs, e Ronaldo Santini, secretário de Estado de Desenvolvimento Rural.

Presenças
Estiveram presentes no ato Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil, e Beto Fantinel, secretário de Estado da Assistência Social; além das deputadas Silvana Covatti (PP),  Eliana Bayer (Republicanos) e Delegada Nadine (PSDB) e dos deputados Delegado Zucco (Republicanos), Zé Nunes (PT), Professor Bonatto (PSDB), Paparico Bacchi (PL), Gerson Burmann (PDT), Luciano Silveira (MDB), Airton Lima (Podemos), Guilherme Pasin (PP), Edivilson Brum (MDB), Miguel Rossetto (PT), Felipe Camozzato (Novo), Valdeci Oliveira (PT), Carlos Búrigo (MDB), Capitão Martim (Republicanos), Rafael Braga (MDB), Airton Artus (PDT) e Professor Claudio Branchieri (Podemos). (ALRS)


Jogo Rápido

Uruguai– As exportações de produtos lácteos chegaram ao maior nível desde 2014
Exportações/UR – As exportações de produtos lácteos pelo Uruguai totalizaram US$ 70 milhões em abril de 2023, aumentando 29% na comparação interanual. Ficaram em destaque as exportações de leite para o mercado brasileiro, que passaram de quase US$ 2 milhões em abril de 2022, para US$ 38 milhões em abril de 2023, destacou o boletim mensal do Instituto Uruguai XXI. O Brasil é o destino de 35% das exportações totais de lácteos no acumulado de 2023. O montante total exportado entre janeiro e abril supera os US$ 280 milhões e é o mais alto para os primeiros quatro meses do ano, desde 2014, com incremento de 10% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações do setor lácteo, que representaram em abril de 2022 cerca de 6% das exportações para o mercado brasileiro, passaram a representar 27% em igual mês de 2023, multiplicando por seis o montante de abril de 2022. O Uruguai está vendendo leite para o Brasil a preços muito bons, em um cenário de preços internos elevados e anúncios de Lula que podem aumentar o consumo, como o aumento do salário mínimo, destacou Justino Zavala Muniz, diretor da Agremiação de Produtores de Canelones (ATC) e conselheiro do Instituto Nacional do Leite (Inale). O setor lácteo está otimista e espera que o Brasil mantenha o bom ritmo de compras até a entrada da primavera, quando a produção local se recupera. Por outro lado, as exportações de abril para a Argélia diminuíram 64% em relação ao mesmo mês do ano passado. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)