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07/08/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 07 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.960


Uso de aplicativo auxilia no manejo do plantio

A plataforma Smart Coop, que conecta 65 estações meteorológicas, a maior rede de monitoramento do Rio Grande do Sul, permite a Vagner Rannow, agricultor de Ibirubá, tomar decisões antecipadas aos caprichos do clima

As cooperativas agropecuárias gaúchas contam com a maior rede privada de estações meteorológicas do Rio Grande do Sul. São mais 65 estações conectadas e plugadas no Smart Coop, com boletins disponíveis na palma da mão de pessoas como Vagner Gabriel Rannow, 29 anos, associado da Cotribá e produtor rural em Ibirubá. É na plataforma Smart Coop que o jovem acessa recomendações da Rede Técnica Cooperativa (RTC). “Tem ajudado bastante, principalmente porque dá para olhar a previsão do tempo e tomar os cuidados para as aplicações. É difícil dar zebra”, diz Vagner, que cultiva 40 hectares na localidade de Linha 3, com foco na produção de leite, junto aos pais, Lauri e Leni, a esposa, Gabriela, 24 anos, grávida de sete meses, e o filho, Victor, de quatro anos.

São 38 vacas em lactação, que produzem de 25 mil a 30 mil litros mensalmente. Vagner seguiu os passos do pai e está associado à Cotribá desde os 18 anos de idade. Recebendo assistência técnica da cooperativa, o produtor utiliza o Smart Coop também para gerir atividades de manejo dos plantios de trigo grão e silagem e pastagem de azevém. E conta com apoio do agrônomo Adriano Scholze Tramontini, consultor técnico da Cotribá há dois anos. No seu dia a dia, Tramontini busca ajudar o associado menos afeito a tecnologias a se familiarizar com o aplicativo.

“É fantástica, uma baita plataforma, mas alguns produtores ainda não o utilizam em sua totalidade, não por problema de conectividade, mas por uma questão cultural”, analisa. O agrônomo diz que uma alternativa em alguns casos é envolver um filho ou neto do produtor que tenha mais prática com tecnologia para auxiliar. “O aplicativo não é tão simples, porque não deve ser simples, mas tende a engrenar”, acredita. Se a dificuldade atrapalha, por outro lado os associados acreditam nas informações técnicas. “Esse é um dos diferenciais das cooperativas”, afirma Tramontini.

Na coordenação da área técnica da Cotribá, uma organização com 9,3 mil associados e R$ 4 bilhões de faturamento, o agrônomo Fernando Müller percebe que existe chance para a melhoria na gestão das propriedades rurais. “A plataforma Smart Coop traz essa oportunidade de o produtor ter mais controle dos investimentos que faz, seja na pecuária de corte e leite e na parte agrícola que envolve grãos”, analisa.

À frente de 85 consultores técnicos da Cotribá distribuídos pelo Estado, Müller fala da preocupação de levar informação atualizada ao meio rural. “As tecnologias mudam muito rápido, e a RTC vem a ser uma grande parceira da Cotribá, junto também com a Embrapa”, destaca.

A atuação da cooperativa levou a RTC a trabalhar fora da região de Cruz Alta, realizando estudos em Arroio Grande e Jaguarão, por exemplo, onde a incidência do caruru (planta daninha) gerou preocupações a associados da Cotribá. “Temos situações diferentes em matéria de clima, solo, doenças, pragas, plantas daninhas, sistema de controle de pragas, que requerem atenção de pesquisa para sermos mais assertivos com a recomendação”, avalia. Müller sabe que a disponibilidade e aplicação de informações técnicas é primordial para a produtividade. “Se formos falar em média, tranquilamente posso falar que o programa em si nos ajuda tranquilamente em 10% de ganhos”, estima.

Para replicar as pesquisas da RTC e avançar nos próprios experimentos, a Cotribá está planejando a implantação de uma área experimental, que deve estar pronta para entrar em operação na próxima safra de verão, mas que contemplará todo o ano agrícola, com culturas de inverno. Será nesta área de sete hectares que a cooperativa pretende construir estações de conhecimento com as mais modernas tecnologias do mercado. “Queremos construir isso junto com a RTC e a Embrapa para trazer muita informação para o produtor”, destaca Müller. (Correio do Povo)


Leite/América do Sul

As temperaturas de inverno nas principais regiões produtoras de leite da América do Sul estão acima das médias sazonais, mas amenas de um modo geral. 

Contatos no Uruguai mudaram as expectativas em relação à produção. Eles dizem que temperaturas mais altas durante o dia e noites mais frias são benéficas para o conforto animal. Relatórios indicam que a produção de leite da Argentina se mantém abaixo das expectativas, já que os produtores sofrem ainda com os efeitos da seca, que reduziram a disponibilidade de volumosos e grãos. 

Os preços do leite na região ficaram estáveis e a expectativa de produção de leite no Brasil permanece inalterada, ou seja, ligeiramente otimista, apesar das variações regionais. A produção chilena de leite e colombiana continua oscilando de acordo com o clima frio e/ou outros eventos logísticos adversos, conforme relatórios setoriais.

Embora tenha havido aumento da produção de leite no Brasil, os importadores continuam importando commodities lácteas dos vizinhos. O mercado internacional pressiona os preços das commodities lácteas na região. Os interesses da Argélia continuam intactos. A demanda do Sudeste Asiático está fraca, de acordo com contatos da região. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Recuperação do Índice FAO dos alimentos em julho de 2023

Índices FAO – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou hoje os preços mundiais dos alimentos. 

Eles registraram alta em julho, em decorrência da extinção do acordo de transporte de grãos pelo Mar Negro e de novas restrições comerciais sobre o arroz.

O recuo dos preços internacionais do milho e do açúcar contrabalançaram, em parte, a importante alta registrada nas cotações do trigo e de óleos vegetais. 

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos cedeu 0,4% em julho e ficou estável em um valor inferior a 20,6% em relação ao índice de julho de 2022. Depois de uma queda brutal, os preços internacionais do queijo sofreram ligeira alta diante dos impactos do tempo quente e consequente declínio sazonal da oferta de leite na Europa.

O índice FAO dos Preços dos lácteos obteve a média de 116,3 pontos em julho, 0,5 pontos menos em relação a junho, registrando o sétimo mês consecutivo de queda. Ficou 30,2 pontos abaixo do valor registrado no mesmo mês do ano passado. O declínio em julho foi puxado pelas baixas cotações do leite em pó desnatado (SMP) e da manteiga, mantidas pelos subsídios da Europa durante as férias de verão. Também as incertezas em relação aos preços futuros estão mantendo um baixo interesse da demanda importadora nos próximos meses. Do outro lado, os preços do leite em pó integral (WMP) tiveram ligeira recuperação, impactados pelas taxas de câmbio, apesar do aumento da produção sazonal na Nova Zelândia. Após cinco meses de quedas acentuadas, as cotações mundiais de queijo tiveram ligeira recuperação, como reflexo do fortalecimento das vendas para o segmento de serviços de alimentos, além do declínio sazonal da oferta de leite na Europa.  


Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura segue ampliando o número de estações meteorológicas
O projeto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) de ampliação da rede de estações automáticas para o monitoramento agroclimático e desenvolvimento de produtos específicos para o setor agropecuário do Rio Grande do Sul segue ativo. Na semana passada, foram instaladas mais três estações meteorológicas: em Uruguaiana, Alegrete e São Francisco de Assis, totalizando 58. As últimas 28 foram com recursos do Programa Avançar. “A ideia é aumentar cada vez mais o número de estações até o fim do ano, entre 25 e 30. E, no início de 2024, concluir esse trabalho, totalizando 100, com as já existentes”, explica o meteorologista e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Seapi, Flavio Varone. Ele conta que, a partir de setembro, com a parceria do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS,serão instaladas mais duas em áreas com plantios. Conforme Varone, para o Simagro, que gera índices agroclimáticos, isso é “extremamente importante, porque vamos conseguir fazer os índices com os dados efetivos do local”. O projeto Simagro-RS visa estabelecer uma relação de proximidade com o setor agropecuário do Rio Grande do Sul, onde a Seapi fornece a estação, e o produtor entra com uma estrutura para fixação do equipamento e internet para envio dos dados coletados. O produtor/parceiro acessa os dados da sua propriedade num aplicativo gratuito, e as informações de todas as estações são disponibilizadas no site simagro.rs.gov.br. Saiba mais sobre o Simagro-RS: https://www.agricultura.rs.gov.br/simagro-rs (SEAPI)


 
 

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