
Autor: Sindilat
14/11/2019
Porto Alegre, 14 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.109
Encantado discute novas maneiras de rentabilizar o pequeno produtor
Discutir alternativas para o aumento da rentabilidade do produtor local foi o foco da 13º edição do Fórum Tecnológico do Leite realizado na cidade Encantado (RS), nesta quarta-feira (13/11). O evento, que teve o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), da prefeitura da cidade de Estrela (RS) e do colégio Teutônia, teve a participação de 500 pessoas, além de variadas atividades tal como cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira. De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, encontros como esse visam compartilhar conhecimento. “Trouxemos a possibilidade do produtor e da indústria de investir em outro nicho de mercado mais lucrativo, ao invés de priorizar um aumento de consumo. Por exemplo, o investimento na produção do leite orgânico, leite A2/A2 e o leite pasteurizado de longa duração. Esses produtos são o dobro do preço e não são de custeio tão alto, agregando valor à produção”, disse.
Crédito: Tiago Bald - Assessoria de imprensa da Emater/RS-Ascar
Para Palharini, o objetivo do Fórum é trazer alternativas que não demandem grandes investimentos. "Queremos que os pequenos produtores da nossa região saiam daqui sabendo que assim como outros produtores, eles também têm condições de fazer esse movimento de crescimento e reverter o quadro”, acrescentou, ressaltando que esse é o 6º evento realizado em parceria com a Emater RS.
Segundo o gerente técnico adjunto da Emater, Jaime Ries, o plano para o ano que vem é continuar promovendo esses encontros. “Acredito que o evento tenha sido bem relevante para os produtores, com assuntos bem diversificados. Além disso, encerrou com chave de ouro, com o relato de quatro famílias produtoras tocadas por jovens que conseguiram se erguer dentro do meio, servindo de exemplo de como o mercado leiteiro ainda é rentável quando a atividade é bem executada”, afirmou Ries. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Impacto da energia - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu na terça (12), na Câmara Setorial da Cadeia do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, o impacto da Resolução 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que pode interferir no sistema de compensação de energia elétrica atual e trazer prejuízos ao setor produtivo.
Na visão do assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, as recentes inovações dos modelos produtivos e do manejo realizado nas propriedades produtoras de leite no país fizeram com que a produção demandasse um suporte maior de energia elétrica. Assim, vários produtores estão optando pelo uso de fontes alternativas, como a energia solar fotovoltaica.
“De forma geral, a Aneel está propondo uma taxação do sistema de geração própria de energia em até 60%. Atualmente, para cada 1 kWh gerado, o produtor tem a compensação desse mesmo valor, mas com as mudanças essa atratividade irá diminuir”, destacou o assessor.
Em seu lugar, Ronei Volpi, vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA foi indicado para presidir o colegiado. Já com o aval dos membros a formalização dessa indicação aguarda a chancela da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que será formalizada oficialmente.
13/11/2019
Porto Alegre, 13 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.108
CNA e Beba Mais Leite lançam protocolo do A2A2
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, por meio do seu Instituto, e o movimento “#BEBAMAISLEITE” lançaram na terça (5), em Brasília, o Protocolo Vacas A2A2, que vai possibilitar aos produtores brasileiros a agregação de valor ao leite comercializado.
A iniciativa é resultado de um Acordo de Cooperação, cujo objetivo é promover o desenvolvimento de um sistema de rastreabilidade para o controle, execução e garantia das regras estabelecidas pelo protocolo.
O leite A2A2 é proveniente de animais que produzem apenas a beta caseína A2, que tem a digestão mais fácil para algumas pessoas.
Durante o lançamento do protocolo, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, afirmou que o envolvimento da Confederação nesse processo se deu em conformidade ao Decreto 7.623/2011, que regulamenta a Lei de Rastreabilidade e delega a CNA a gestão dos Protocolos de Adesão Voluntária.
A adesão ao protocolo poderá ser feita por produtores rurais e indústrias e envolve o cumprimento das regras estabelecidas em um regulamento aprovado pela certificadora independente Brasil Certificação Ltda (Genesis Inspeções).
O coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Frederico Dias Ribeiro, explicou que com a assinatura do protocolo, a estimativa é que as adequações do Agri Trace demorem cerca de um mês, para então ser homologado pelo #BEBAMAISLEITE e disponibilizado para adesão dos produtores.
“A ideia é que possamos credenciar novos laticínios e expandir o número de produtores certificados. Essa iniciativa é uma oportunidade de acréscimo no valor do leite, pois agrega valor ao produto”, disse Carlos.
A marca Letti A2, da Fazenda Agrindus, localizada no município de Descalvado, em São Paulo, foi a primeira a receber a certificação para a produção de leite com Vacas A2A2 e já comercializa os derivados lácteos com esse diferencial.
Para a médica veterinária e diretora de certificações do #BEBAMAISLEITE, Helena Fagundes Karsburg, a parceria com a CNA é importante para tornar o processo de gestão mais transparente e trazer mais credibilidade perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Para nós é um marco histórico diante de todo o trabalho que já desenvolvemos. Esse tipo de leite está no mercado mundial há 20 anos, então porque não valorizar este produto, uma vez que temos estrutura e produtores capacitados”.
A médica veterinária e uma das idealizadoras do projeto #BEBAMAISLEITE, Flávia Fontes, destacou que o protocolo é a soma de muitos esforços e traz segurança para que os produtores comercializem o leite com o selo Vacas A2A2 sem nenhum risco.
O diretor presidente da Agrindus, Roberto Hugo Jank Junior, disse que o leite A2A2 traz diversas vantagens, pois é um produto ganha-ganha. “Produtor, indústria e consumidor só têm a ganhar. Inclusive, muitas indústrias de leite em pó estão interessadas nesse tipo de produto para crianças”. (Assessoria de Comunicação CNA)
A Cooperativa Languiru comemora 64 anos de história nesta quarta-feira (13/11). Atualmente, conta com mais de 6 mil associados, 2,8 mil colaboradores, envolvendo mais de 40 mil pessoas direta ou indiretamente. As unidades industriais da cooperativa estão situadas em 12 municípios do Rio Grande do Sul. Seus produtos são distribuídos para 23 estados brasileiros e são exportados para mais de 40 países.
Ocupando o posto de 2ª maior cooperativa de produção do RS, a Languiru também figura na 46ª posição entre as maiores empresas do Estado, cooperativas ou não. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, ter a Languiru como associada é de suma importância, visto a tradição da cooperativa. ‘’Estamos todos de parabéns por este marco em nossa história, gerando riquezas e benefícios sociais e econômicos a inúmeras comunidades, com muito trabalho e empenho” destacou o presidente da Languiru, Dirceu Bayer.''(Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)
Leite: produtividade média anual por vaca aumentou 1.000 litros de 2006 a 2017
A produção brasileira de leite cresceu 46,62% entre 2006 e 2017, passando de 20,57 bilhões de litros para 30,16 bilhões de litros, segundo o último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. Vale destacar que, no mesmo período, o país perdeu 12,92% das propriedades leiteiras e 9,47% do plantel de vacas. A produtividade média saltou mais de 1.000 litros por fêmea ao ano, saindo de 1.618 para 2.621 litros.
A Bahia é o maior produtor de leite nordestino. Segundo o censo de 2017, foram ordenhados 936,99 milhões de litros, crescimento de 19,07% ante o levantamento anterior (786,89 milhões de litros). O aumento de 52,59% na produtividade anual, que hoje é estimada em 1.440 litros por vaca, foi essencial para o resultado, já que o estado perdeu 8,87% das propriedades e 21,97% do plantel.
Rondônia lidera no Norte, com captação de 899,98 milhões de litros, alta de 40,75% frente os 639,44 milhões de litros de 2006. O número de fazendas cresceu 11,26%; o de vacas, 2,75%; e a produtividade chegou a 1.530 litros por vaca ao ano. (Canal Rural)
O governo autorizou o Ministério da Agricultura a prorrogar 269 contratos por tempo determinado de médico veterinário, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. A autorização consta de Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 7. Segundo o texto da MP, a prorrogação pode ser pelo período de dois anos e é aplicável aos contratos firmados a partir de 20 de novembro de 2017, vigentes até hoje. (As informações são do Estadão)
12/11/2019
Porto Alegre, 12 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.107
Brasil quer diversificar pauta do agronegócio na China
Principal parceiro comercial do Brasil, a China mantém, há anos, uma pauta de importações focada em itens do agronegócio, notadamente commodities como a soja. Outros produtos vêm ganhando espaço cada vez maior nos últimos anos, como carnes. Além disso, há expectativa de ampliar o comércio de lácteos.
Mas a participação brasileira na segunda edição da China International Import Expo, megafeira de importações iniciada na terça-feira e que se encerra neste domingo (10) em Xangai, foi marcada pela exposição de alimentos industrializados, mas que ainda estão fora da pauta ou com vendas incipientes.
Café, cachaça, mel, pão de queijo, açaí, pimenta, vinho e até erva mate foram expostos no estande do Brasil, no pavilhão dos países na Expo. De olho no avanço do processo de urbanização e na mudança de hábitos alimentares dos chineses, a estratégia foi promover o agronegócio no setor de alimentos e bebidas, para diversificar a pauta e abrir novas frentes de exportação, explica o gerente de agronegócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Igor Brandão.
Assim, foram selecionadas a participar do estande do Brasil empresas com essas características e que já estavam com a ida garantida para a feira de Xangai. Além de palestras diárias sobre os produtos, as degustações logo causavam aglomeração no espaço - no momento em que a reportagem do Jornal do Comércio esteve no estande do Brasil, havia fila para experimentar café e muito interesse pelo mel que era servido.
O gaúcho Rodrigo Affonso Pereira, da empresa SP Prospekt com sede em Porto Alegre, é o responsável pela marca Moon Mel - Brazilian Honey. Ele aposta em ganhar o mercado da China gradativamente, com um trabalho de marketing no gigante asiático. Para isso, tem a parceria da empresa brasileira China Invest, cujo gerente geral, Leonardo Arend, estava ao lado de Pereira na feira. Falando mandarim fluente, Arend explicava aos chineses os benefícios do mel, enquanto o público provava curioso.
Pereira está animado depois da venda do primeiro pallet de mel (equivalente a cerca de duas toneladas) aos chineses neste ano. O mel é feito no Rio Grande do Sul, em Bagé e Dom Pedrito, e envasado por uma cooperativa.
Outra empresa otimista e que também fechou o primeiro negócio na China em 2019 é a marca de pimenta Sabor das Índias. O diretor comercial, Gustavo Moreira de Aquino, que esteve na Expo em Xangai no ano passado, vê uma receptividade cada vez maior ao produto. Mas observa que o resultado não vem de uma hora para outra. "O brasileiro acha que vai ficar rico na primeira feira internacional, mas tem uma série de ajustes que precisamos aprender até ganhar dinheiro neste mercado", adverte.
O chefe do setor de Promoção Comercial e Investimentos do Consulado do Brasil em Xangai, Jean Taruhn, observa que feiras como a Expo são importantes para buscar parceiros locais e boas para fechar negócios. Mas ressalva que quem obtém resultados no megaevento da China são as empresas já estabelecidas no gigante asiático e em condições de fornecer o produto, já que o governo chinês incentiva compradores a sair com pedidos firmes - no ano passado, a Expo movimentou US$ 57,8 bilhões. "Essa feira é boa para quem já deu o primeiro passo e quer fortalecer sua presença na China." Para quem ainda está ingressando no mercado, Taruhn aconselha iniciar por feiras setoriais, melhores para achar um parceiro local.
Essa peculiaridade do mercado chinês talvez explique a diferença de retorno obtido pelas 80 empresas brasileiras que participaram da Expo em 2018. Segundo o gerente de agronegócios da Apex, várias tiveram bons resultados - as vendas foram estimadas em US$ 400 milhões - mas outras não saíram satisfeitas.
Neste ano, a participação do Brasil é menor: são 15 empresas com exposição e outras 20 que participaram de missão da Fiesp. Entre as companhias com estande próprio em Xangai, estão Vale, JBS, Marfrig e Minerva. (Jornal do Comércio)
Com a finalidade de dar apoio às formulações de política agrícola e decisões estratégicas da administração pública, foi aprovado o regimento interno do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA).
"Já existia uma expectativa muito grande de revisitar o CNPA, com suas Câmaras Setoriais e Temáticas já previstos na Lei Agrícola. Esse conselho teve uma certa dificuldade de se estabelecer nos diversos governos, pelas amarras em sua conformação regimental. O Consagro (Conselho do Agronegócio), criado por decreto, foi revogado juntamente com outros conselhos criados por decretos, dando a oportunidade de se renovar o CNPA e a criar um regimento interno pelo ministério, reorganizando em uma lógica contemporânea o seu funcionamento", explica o diretor de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Agrícola, Luís Eduardo Pacifici Rangel.
O conselho, presidido pela ministra Tereza Cristina, será composto por representantes dos ministérios da Agricultura, Economia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, além de técnicos do Banco do Brasil, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e dos setores econômicos privados abrangidos pela Lei Agrícola, como entidades de crédito, pesquisa e assistência técnica. A secretaria executiva do CNPA será exercida pelo secretário de Política Agrícola. (MAPA)
No último Informativo Conjuntural da Emater/RS, publicado no dia 07/11, foi divulgado que os rebanhos leiteiros, nas diversas regiões do Estado, encontram-se em bom estado físico e sanitário. Durante a última semana, a ocorrência de chuvas persistentes provocou excesso de umidade ou até mesmo inundações, em áreas mais baixas. Essa situação causou, prejuízo ao manejo e ao pastoreio, nessas áreas. Em alguns casos, chegou inclusive a dificultar o recolhimento do leite.
Os campos nativos estão rebrotando e crescendo com mais intensidade, melhorando suas condições alimentares e nutricionais para os rebanhos. As pastagens cultivadas perenes de verão também apresentam um bom desenvolvimento. Já, as pastagens cultivadas anuais de verão, em grande parte, estão em fase de implantação. Esta implantação está sendo mais lenta, em função do clima chuvoso que vem ocorrendo. As pastagens cultivadas de inverno, em período final de seu ciclo produtivo, apresentam-se cada vez mais fibrosas, com diminuição de sua qualidade nutricional. Confira o Informativo Conjuntural na íntegra aqui. (Emater/RS.)
11/11/2019
Porto Alegre, 11 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.106
O que é uma propriedade da agricultura familiar
O IBGE utiliza como base a Lei 11.326/2006, que estabeleceu a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, e o decreto 9.064/2017, que instituiu o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar. Neste sentido, são levados em consideração quatro aspectos:
A área da propriedade deve ter até quatro módulos fiscais. No Rio Grande do Sul, cada módulo pode equivaler de cinco a 40 hectares, dependendo do município. Os valores exatos para cada localidade são determinados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
- No mínimo, metade da força de trabalho utilizada na produção e na geração de renda deve ser familiar.
Pelo menos metade da renda familiar deve ser proveniente de atividades desenvolvidas na propriedade rural.
A gestão do estabelecimento precisa ser estritamente familiar. (Zero Hora)
O preço médio do leite pago ao produtor da União Europeia (UE) em setembro passado foi de € 0,3439/kg, o que representa 2,3% mais do que agosto, mas é menor do que o pago um ano atrás, € 0,3483/kg, segundo o Observatório Lácteo da UE.
Conforme está no gráfico seguinte, o preço de setembro é menor do que o valor de setembro de 2017, mas, é maior do que o preço de 2016, que foi realmente muito baixo.
Na análise por países observa-se que os preços aumentaram nos Estados Membros em comparação com agosto de 2019, salvo na Dinamarca que diminuiu, e na Holanda que ficou estável. A perspectiva é de que em outubro de 2019 o preço médio na UE caia para € 0,3439/kg.
No caso da Espanha, o preço em setembro foi de € 0,3165/kg, ou seja, 3 centavos mais que em agosto. Para outubro o preço deverá ser igual ao de setembro.
O preço do leite nos Estados Unidos vem subindo desde o início do ano e agora está em € 0,417/kg, que é o mesmo valor alcançado no final de 2014. Na Nova Zelândia o preço do leite subiu em setembro, € 0,294/kg, mas é 14% menor do que em julho de 2017. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)
Austrália
O relatório sobre as Perspectivas do Setor Lácteo da Austrália para o primeiro trimestre da temporada, encerrado em outubro, mostra que os altos preços do leite nas fazendas continuam a ser afetados pelos elevados custos de insumos e um clima seco persistente. Outro inverno quente e seco afetou o custo e a disponibilidade de alimentos, enquanto o preço da água para irrigação continuou aumentando para os agricultores da região de Murray. A expectativa é de que a alimentação animal continuará restrita, e de que o resto do ano seja de seca, para algumas regiões. A produção de leite da Austrália caiu 6,9% até agosto, como resultado de pressões ao custo, baixa pluviosidade e redução do tamanho dos rebanhos.
A Dairy Australia mantém a previsão de queda entre 3 e 5% da produção nacional de leite nesta temporada, em comparação com a anterior. “Os produtores de leite australianos entraram em uma temporada de preços recordes, mas a produção de leite continuou a se contrair devido os elevados custos de produção e a seca em muitas áreas”, disse o analista do setor lácteo, John Droppert. “A percepção dos agricultores em todo país são divergentes. No Sul da Austrália, as boas chuvas no início da temporada proporcionaram boas pastagens e estoque suficiente de forrageiras, e há otimismo. No Norte, a seca que persiste pela segunda temporada consecutiva provoca desânimo”. O elevado preço do leite ao produtor é sustentado pelas voláteis cotações internacionais das commodities lácteas, e intensa concorrência entre as indústrias, principalmente as exportadoras, diante da baixa oferta de matéria-prima.
O diretor da Dairy Australia, David Nation, disse que as perspectivas de clima seco para o restante da temporada são preocupantes: “As condições climáticas continuarão pressionando os custos. Mesmo que o clima seja favorável em algumas áreas, estamos pedindo aos agricultores que monitorem cuidadosamente e façam o planejamento da alimentação contando com os recursos locais disponíveis”. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
O volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil de janeiro a setembro deste ano cresceu 6% frente ao mesmo período de 2018, atingindo quantidade recorde, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Esse aumento esteve atrelado ao crescimento das vendas de carnes, milho, algodão, etanol e café. (Fonte: Notícias Agrícolas)
08/11/2019
Porto Alegre, 08 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.105
Alterações nas regras são voto de confiança para produtor de leite que melhorou qualidade
Ministério da Agricultura atendeu parte das solicitações por mudanças nas instruções normativas 76 e 77
Parte das solicitações de produtores de leite em relação às regras que trazem parâmetros de qualidade do leite — as instruções normativas 76 e 77 — foi atendida. O Ministério da Agricultura publicou na quinta-feira (7) modificações no texto.
Uma das principais é a do critério para exclusão quando os parâmetros para contagem de células bacterianas não forem atingidos. Na versão anterior, a indústria deveria deixar de recolher o leite quando a média geométrica trimestral ficasse acima das 300 mil unidades formadoras de colônia por mililitros. Isso mesmo se o produtor atingisse a meta no último mês de análise.
— Se a última coleta foi boa, tecnicamente, é porque o produtor melhorou. Então não tem razão para que seja excluído — observa Leonardo Werlang Isolan, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da superintendência regional do Ministério da Agricultura.
Mas é preciso ficar atento. Porque terá de manter o resultado abaixo do padrão até a próxima média. Para a indústria, as mudanças trazidas são positivas.
— Dão segurança para o produtor permanecer com a indústria, sem prejudicar a continuidade da entrega do leite — explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat-RS).
A medida deve ajudar sobretudo pequenos produtores. Para Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), embora não atendam a todas as solicitações feitas, mas devem reduzir a quantidade de agricultores que não terão condições de se adequar às regras:
— Nessa questão da contagem das células bacterianas, a situação ficou melhor.
As novas instruções normativas foram publicadas no ano passado e entraram em vigor no final de maio de 2019. Antes, foram submetidas a consultas públicas para o recebimento de sugestões. O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do ministério reforça que as regras são “de inclusão, e não de exclusão”.
— Vêm para dar padrão mínimo de qualidade do leite. E as alterações feitas mostram que o ministério está aberto para modificações — completa Palharini.
No mês passado, o tema foi debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa e também motivou protesto em frente ao Piratini, na Capital. (Zero Hora)
Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa
A menor produção sazonal de leite na União Europeia (UE) ocorre em novembro. Um fator que pode reduzir a queda é o menor abate do rebanho leiteiro, já que a demanda por lácteos e os preços do leite estão incentivando a produção.
Alguns produtores aumentaram a suplementação alimentar do rebanho para elevar a produção de leite.
Os fabricantes de queijo estão se esforçando para atender os pedidos já confirmados, especialmente na Alemanha. Novos pedidos estão sendo recusados. A maioria dos estoques de queijos em maturação estão abaixo do limite desejável. O lado positivo é que a forte demanda junto com os baixos estoques estão sustentando os preços e a lucratividade.
Na Polônia, o maior produtor de leite do Leste Europeu até setembro de 2019, o volume aumentou 2% em relação ao ano passado. No entanto, no mesmo período a produção de manteiga caiu 0,2%, a de leite em pó desnatado -3,2%. A produção de queijo, no entanto, aumentou 1,1%. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Chuvas irregulares nas duas últimas semanas ajudaram a melhorar a qualidade das pastagens, o que, por sua vez, ajudou os produtores a obter melhores lucros e margens, ao reduzir os custos da alimentação. Ao nível industrial, os volumes de leite e creme estão adequados na maioria dos países do Cone Sul, excluindo o Brasil.
O engarrafamento de leite, produção de queijo e iogurte, bem como a fabricação de leite condensando estão muito ativos, pois as festas de fim de ano se aproximam, e o consumo desses produtos aumentam.
O estado de hoje da Série Terra Viva Dados Estaduais é Minas Gerais. Liderando o ranking brasileiro da produção de leite 2018 com 26,4% da produção nacional. Para a criação do panorama foram analisados os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal - IBGE e Censo Agropecuário 2017 (IBGE). Confira aqui o panorama completo do leite em Minas Gerais. (Terra Viva)
07/11/2019
Porto Alegre, 07 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.104
Indenizações do Fundesa somam R$ 1,7 mi para o setor leiteiro no 3º trimestre
Em Assembleia Geral Ordinária de Prestação de Contas do 3º trimestre, realizada em outubro, o Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Estado do Rio Grande do Sul (FUNDESA), divulgou o valor aprovado para pagamento dos pedidos de indenização de produtores de leite. As indenizações se referem aos meses de julho, agosto e setembro. Ao todo, são 212 pedidos de indenização, totalizando 1.113 animais, com testes positivos para tuberculose ou brucelose, destinados ao abate sanitário, no valor de R$ 1.780.031,76 (um milhão, setecentos e oitenta mil, trinta e um reais e setenta e seis centavos). O acumulado no ano de 2019, até setembro, totaliza R$ 4.652.761,89.
No ano de 2018, o montante das indenizações pagas aos produtores foi de R$ 4.252.814,15, o que significa que os produtores rurais do Estado estão trabalhando no controle das zoonoses. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, isso mostra que os produtores e indústrias do Rio Grande do Sul estão se preparando para os novos mercados, porém, a principal preocupação ainda é o mercado brasileiro. "O nosso mercado é responsável por 99% do destino da produção brasileira", aponta.
Segundo Palharini, o que dá segurança ao produtor de leite é que as indenizações não são somente para vacas em lactação, mas, também, para terneiras a partir do seu nascimento e para o vazio sanitário da propriedade. "É preciso lembrar que, no caso de indenização por tuberculose, o produtor ainda recebe uma complementação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)". (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
As exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado do ano até outubro de 2019 caíram ligeiramente em valores (-0,08%), embora tenha crescido mais de 10% em volume.
As variações de outubro 2019 em relação a outubro de 2018 foram pequenas.
As exportações, em outubro, representaram 13% das importações, em valores, e 18,7% em volume. No acumulado do ano, os percentuais foram, respectivamente 11,8% e 16,2%.
Em valores, as importações de outubro deste ano caíram 76% em relação a outubro do ano passado, e 89% em volume. No acumulado do ano a queda é de 4% em valores, e 2,8% em volume. O leite em pó é o maior produto importado, tanto em valores como em volumes, vindo a seguir os queijos. Mantendo a tendência de queda, 2019 poderá ser o ano com menor valor importado de lácteos NCM 04, desde 2010.
A Argentina (37,7%) e o Uruguai (22,6%) continuam dominando o mercado brasileiro de lácteos importados, totalizando 60,3% em divisas, e 71% em volume, principalmente com leite em pó e queijos. O terceiro país colocado é a Nova Zelândia, que participa com 3,4% em valores, e 2,8% em volume.
Preços/NZ
Ainda é bastante cedo, mas as chances estão aumentando de que a cooperativa de laticínios, Fonterra, possa pagar, confortavelmente, aos produtores mais de NZ$ 7/kgMS, [R$ 1,37/litro], nesta temporada.
Em termos globais as notícias tendem a melhorar cada vez mais, e o mais recente GlobalDairyTrade mostrou isso.
O Índice GDT atingiu o maior nível desde maio deste ano. O preço do leite em pó integral (WMP) subiu para US$ 3.254 a tonelada, a mais alta cotação desde abril deste ano. O preço do leite em pó desnatado (SMP) subiu para US$ 2.924 a tonelada, o maior valor desde março de 2015.
Economistas dos quatro grandes bancos estão prevendo preços entre NZ$ 6,80 a NZ$ 7,15/kgMS.
O maior preço pago pela Fonterra, NZ$ 8,40, [R$ 1,64/litro], foi em 2014, enquanto que os preços também superaram os NZ$ 7,50/kgMS, [R$ 1,46/litro], em 2008 e 2011.
Qualquer preço desta temporada acima de NZ$ 7, seria, portanto, o quarto maior valor pago pela Fonterra. Isso dará à cooperativa um tempo para respirar, e adotar sua estratégia de retornar ao básico, se livrando das dívidas contraídas para a expansão global.
Desde que anunciou o prejuízo de NZ$ 605 milhões para o exercício financeiro encerrado em julho, em 26 de setembro de 2019, a Fonterra viu o preço de suas ações se recuperarem rapidamente, saindo de NZ$ 3,24 para NZ$ 4,30, no último dia de outubro.
Os economistas do banco ASB estão entre os mais otimistas (corretamente). No momento, suas previsões para a temporada estão em NZ$ 7,00.
“A produção desta temporada até setembro está 2% acima da temporada anterior, mas até agosto o volume era 3,8% maior. Além disso, avaliações preliminares mostram desaceleração da produção em outubro e novembro. A projeção inicial era de aumento zero nesta temporada, em relação à anterior. Se o crescimento da produção continuar desacelerando, como previsto, os preços globais dos lácteos se manterão firmes pelo menos até o final de 2019”.
Penny diz que o ASB agora colocou, oficialmente, sua previsão de preço do leite para 2019/20 de NZ$ 7,00/kgMS em revisão.
“De fato, existe potencial de revisarmos para mais nossas previsões se os preços continuarem subindo nos próximos leilões. Existe esta probabilidade”. (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)
06/11/2019
Porto Alegre, 06 de novembro de 2019 Ano 13 - N° 3.103
Uruguaia Conaprole fechou venda de 500 ton de leite em pó para a China
A Cooperativa Nacional de Produtores de Leite (Conaprole), do Uruguai, fechou a exportação de 500 toneladas de leite em pó com uma das três principais indústrias de produção de laticínios da China, a Bright Dairy & Foods, confirmou Enzo Benech, Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca.
O acordo se concretizou no âmbito de uma visita oficial, liderada pelo Ministério da Pecuária do Uruguai, por países da Ásia (China, Mongólia e Vietnã) com o objetivo de visitar laticínios, indústrias frigoríficas e aprofundar os laços comerciais. A visita aos laticínios contou com a presença de várias empresas privadas nacionais, incluindo Conaprole, Claldy, Estancias del Lago e Granja Pocha.
O ministro Benech enfatizou a importância dos negócios e que era um caso "privado" em que o governo "acompanhava, fornecia a estrutura e assegurava aspectos de segurança, qualidade e saúde" dos produtos.
Nesse sentido, Benech destacou o potencial de produção de laticínios do Uruguai, embora tenha reconhecido que "é necessário vender para mais mercados" e ele não duvida que "é uma oportunidade de aumentar o comércio na China".
Por fim, explicou que o Uruguai tem uma "possibilidade de explorar" o país asiático, que ano após ano aumenta o consumo de laticínios e há uma produção relevante e de qualidade de leite fluido, iogurte, sorvete e queijo. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
Manual orienta sobre processo para avaliação de inovações tecnológicas de produtos de origem animal
Está disponível no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o Manual para Submissão de Requerimento de Inovações Tecnológicas ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Ao adotar novos métodos, as empresas devem submeter ao Mapa o pedido de aceitação dos processos. Para conceder ou não o certificado, o Ministério avalia a adequação aos requisitos de inocuidade, identidade e qualidade dos alimentos, podendo acompanhar o seu desenvolvimento e suspendê-lo, caso não atenda aos requisitos previstos.
A avaliação de uma nova tecnologia é estabelecida pela Instrução Normativa SDA nº 30/2017, que define os critérios para análise de proposta, avaliação, validação e implementação de inovações na fabricação de produtos de origem animal em estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF).
São consideradas inovações aquela que é inédita em relação ao produto no qual é aplicada ou à finalidade proposta; aplicada em algum outro país, mas ainda não têm respaldo na legislação nacional e que não se sabe exatamente como se comportaria nas condições de produção dos estabelecimentos brasileiros; amparada legalmente e utilizada no país para um processo de fabricação ou produto específico, diferente daquele no qual se deseja aplicar; e utilizada no país, mas que sofreu adaptação, alteração ou aperfeiçoamento, ao ponto de modificar significativamente as características esperadas para o processo de fabricação ou do produto acabado.
Com esse serviço, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal pretende valorizar e estimular parcerias entre as indústrias de alimentos e as instituições de pesquisas e universidades, visando o desenvolvimento de tecnologias de produção inovadoras, seguras, e que possam aumentar a oferta de alimentos e a competitividade das empresas brasileiras. (MAPA)
Mercado financeiro prevê leve crescimento da economia este ano
A previsão de instituições financeiras para o crescimento da economia neste ano subiu levemente. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 0,91% para 0,92%.
As projeções para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022. Essas estimativas são de pesquisa a instituições financeiras, elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC). De acordo com o boletim Focus, instituições financeiras mantiveram a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,29% em 2019, 3,60%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50% em 2022.
As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Taxa Selic
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 e 2020 em 4,50% ao ano.
Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano. A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 para o final de 2019 e 2020. (Agência Brasil)
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) terá nesta semana na China uma série de reuniões com representantes do governo e setor privado chinês com o objetivo de prospectar mercados para produtos do agro brasileiro. A superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, e a assessora técnica Camila Tabet, participam de encontros em Pequim e Xangai. Na segunda (4), primeiro dia de compromissos, a agenda foi na capital chinesa. Elas se reuniram com dirigentes do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e com representantes da Embaixada do Brasil no país asiático. Também se encontraram com executivos de empresas de comércio chinesas. Na terça, as representantes da Confederação têm programação em Xangai, por meio de encontros no consulado brasileiro naquele país e reuniões com o setor privado chinês. A China é o principal parceiro comercial do Brasil para produtos do agro, sendo um importante comprador de soja, carne de frango e outros itens brasileiros. Uma das propostas da CNA é diversificar a pauta e, em um primeiro momento, o foco é voltado para cinco cadeias produtivas: lácteos, peixe, mel, café e fresh (frutas, flores e hortaliças). (CNA)
05/11/2019
Sindilat estuda integrar Programa de Exportação da Apex- Brasil
Crédito: Letícia Breda
O Sindilat vem estudando a possibilidade de integrar o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) oferecido pela Apex-Brasil, responsável por auxiliar empresas no processo de exportação de forma planejada e segura. O programa oferece um consultor especializado que acompanha, durante seis meses, os processos internos das empresas na adequação necessária para integrar esse mercado. O projeto foi apresentado nesta terça-feira (05/11) pelo assessor da Gerência de Gabinete da Presidência da Apex-Brasil, Márcio Rodrigues, e pelo coordenador de operações, Márcio Guerra, em reunião com a diretoria do Sindilat.
De acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a competitividade do setor é um dos fatores que influencia a baixa demanda de exportação de laticínios. "Possuímos diversos desafios que devem ser trabalhados para melhorar a produtividade da cadeia do leite no mercado, que começa na propriedade. Temos condições de crescer e imprimir qualidade ao nosso produto, mas ainda não somos competitivos o suficiente para nos colocarmos à frente no mercado", destacou.
A Apex-Brasil atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior, movimentando cerca de US$ 100 milhões ao ano. Segundo Rodrigues, a agência vem trabalhando com o intuito de incluir de forma mais ativa o mercado lácteo nesse contexto. "Nós entendemos essa demanda e queremos trabalhar junto com as entidades representativas e indústrias do setor", afirmou.
O tema voltará a ser debatido na próxima reunião de associados do Sindilat. O objetivo é iniciar um processo de inclusão no PEIEX através da região de Passo Fundo e São Leopoldo, cidades onde a agência já possui uma equipe de consultores. Além de Guerra, estiveram presentes no encontro o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini e o diretor-secretário do sindicato, Angelo Paulo Sartor. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
GDT
Mercado LTO - A oferta de leite na União Europeia (UE) aumentou 1% em agosto em comparação com o mês anterior.
No acumulado, do ano, até agosto, houve crescimento de 0,4%, em comparação com 2018. Alemanha, França e Holanda apresentaram volumes maiores de leite depois de um longo tempo.
Pelo segundo mês consecutivo a oferta de leite holandês melhora. Em setembro, o volume aumentou quase 2% em relação ao ano anterior, quando o suprimento de leite foi influenciado, negativamente, pelas grandes secas.
A Oferta de leite na Irlanda aumentou também, embora, o crescimento de 2% tenha sido significativamente menor do que nos primeiros sete meses de 2019. A produção de leite em outras regiões exportadoras foi mista em agosto. A oferta de leite na Argentina cresceu 2%, e na Nova Zelândia 1%. Enquanto isso o volume de leite, em agosto, nos Estados Unidos permaneceu no mesmo nível do registrado no ano anterior. Na Austrália houve queda de 6% e no Uruguai de 4%. As taxas de crescimento de valor agregado nos maiores exportadores, (incluindo a União Europeia) continuou no campo negativo, 0,2%, no período, embora a diferença em relação ao ano anterior venha sendo reduzida, gradualmente.
Os preços da manteiga começaram a subir lentamente a partir da segunda quinzena de agosto, para se estabilizarem na segunda metade de outubro. Apesar os produtos europeus estarem com preços favoráveis no mercado mundial, isso não resultou em crescimento adicional de demanda por exportações. A cotação do leite em pó desnatado (SMP) aumentou nos últimos meses dado à demanda consistente e oferta limitada. O mercado é positivo e estável. Mesmo com o aumento da competição com a América do Norte, especialmente na Ásia, um possível aumento de preços no curto prazo é pouco provável. Os negócios no mercado de leite em pó integral (WMP) estão fracos. As cotações, no entanto, acompanham a evolução do mercado da manteiga e do SMP, e estão em crescimento desde meados de agosto. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
O 10º Encontro Baiano de Laticinistas reuniu diversas entidades, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), a fim de debater o cenário lácteo brasileiro e a abertura de novos mercados. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, participou da cerimônia de abertura, ao lado do vice-governador, João Leão, e do secretário da Agricultura da Bahia, Lucas Costa, e do presidente do Sindileite, Paulo Cintra. Na ocasião, Guerra se manifestou sobre a importância dos sindicatos de todo o país estarem trabalhando de forma integrada, visto que todos buscam o mesmo objetivo.
"As Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estão aí para melhorar a qualidade do leite, primar pela saúde dos rebanhos e assistência técnica, além de visar a exportação de lácteos", afirmou o presidente do Sindilat. Para Guerra, é primordial que tais temas sejas discutidos para que eles contribuam nos resultados positivos de todas as entidades. "Foram dois dias de muito trabalho, dedicação e troca de conhecimento, que contou com a participação de sindicatos e empresas associadas", disse, ressaltando que a reforma tributária também foi pauta do encontro. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
04/11/2019
O papel da indústria na produção de lácteos é tema de debate na Ufrgs
Crédito: Stéphany Franco
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) marcou presença durante o painel "O papel da indústria na produção de lácteos", promovido pelo Programa de Pós-graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), na tarde da última sexta-feira (01/11), em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou dados sobre qualidade, consumo, exportação e cenário lácteo mundial. "O trabalho realizado pela cadeia busca um resultado futuro. É importante investir na qualidade para que possamos nos tornar mais competitivos em outros mercados", disse.
O produtor rural enfrenta muitos desafios no dia a dia da atividade leiteira, principalmente no que se refere à eletrificação e qualidade das estradas. Para Palharini, as Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 servem para dividir a responsabilidade entre a cadeia e o poder público. "Precisamos achar uma válvula de escape para escoar a produção de leite excedente, do contrário, não adianta abrir novos mercados". Na mesma linha, o supervisor técnico da Cooperativa Santa Clara e presidente da Associação Gaúcha de Laticínios, Amado Mendes, ressaltou que a indústria faz questão da melhoria do leite, pois para concorrer no mercado internacional é preciso ter matéria prima de boa qualidade.
A sanidade dos rebanhos também foi alvo de discussão no encontro, visto que o estado do RS, tem intensificado o controle e a certificação de propriedades livres de tuberculose e brucelose, e o valor investido em indenizações tem aumentado e totalizado, até 30/09/2019, o montante de R$ 4.652.761,89. De acordo com Mendes, a assistência técnica é fundamental. "A indústria precisa oferecer o suporte necessário para que os produtores consigam produzir mais e melhor", refletiu. Segundo Palharini, as INs 76 e 77 garantem o que nenhuma outra instrução normativa assegurava, que as empresas tenham um plano de qualificação ao fornecedor.
Para a aluna do PPG em Zootecnia da Ufrgs, Tatiana de Souza, as palestras serviram para mostrar o outro lado da moeda. "Não temos a visão da indústria no nosso cotidiano. Temos apenas o feedback que vem dos produtores, através da assistência técnica, e é importante ver que existe uma parceria entre ambos para alcançar o mesmo objetivo, a qualidade do leite". A professora Vivian Fischer, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Pecuária Leiteira e Comportamento Animal (NUPLAC) da Ufrgs, acredita que o principal objetivo do evento é compartilhar conhecimento. "Esses temas normalmente não são debatidos em sala de aula e, por isso, criamos o painel para que os nossos alunos tenham um conhecimento geral, pois eles serão formadores de opinião e precisam explorar todas as vertentes". (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Encantado recebe a 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite
A 13ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, evento com caráter itinerante, será realizado na cidade de Encantado (RS) no dia 13 de novembro. O encontro, que tem o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) como um dos apoiadores, ocorrerá no Auditório Itália, na sede da prefeitura de Encantado. Entre as atividades estão a apresentação de cases, palestras e debates voltados à cadeia leiteira.
Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o encontro busca promover discussões e trocas de experiência entre os participantes. “Neste evento o público poderá entender um pouco mais sobre o atual mercado lácteo, as oportunidades com abertura dos novos mercados, como exportar e voltar a crescer a produção no campo", conta.
De acordo com o diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert, um dos responsáveis pela organização do evento, a instituição forma técnicos em agropecuária e, desta forma, o ensino sempre foi pensado para além dos muros. "Nossa região é uma grande produtora de alimentos e a atividade leiteira é bastante intensa, por isso a extensão rural é tão importante", afirma Rückert, ressaltando que o objetivo do Fórum é gerar conhecimento e estreitar laços com a comunidade.
Na oportunidade, o assistente técnico rural da área de Bovinocultura de Leite da Emater de Lajeado Martin Schmachtenberg, apresentará uma pesquisa com o panorama do leite no RS. "Esse levantamento é atualizado todos os anos e o resultado será divulgado durante o evento". Segundo Schmachtenberg, a ideia é que o Fórum siga de maneira itinerante, sendo realizado nos anos pares em Teutônia (RS) e nos anos ímpares nas demais cidades do Estado.
Interessados devem se inscrever até o dia 08 de novembro, no site www.colegioteutonia.com.br/forumdoleite ou diretamente nos escritórios municipais da Emater.
Confira a programação completa:
08h às 09h – Recepção com degustação de lácteos;
09h – Palestra “Produtor de leite: um estilo de vida!”, palestrante Vilnei Varzim;
10h20min – Debate com foco na sanidade animal – “Programa Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa”, com Fernando Groff, e “Panorama da Brucelose e da Tuberculose Bovina no RS”, com Ana Cláudia Groff;
11h30min – Apresentação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite dos Vale do Taquari e do Caí, com Martin Schmachtenberg;
11h45 - Cenário lácteo atual e como exportar, com Darlan Palharini
12h – Almoço e Concurso do Leite em Metro (valor do almoço com direito a buffet livre para inscritos no Fórum: R$ 10,00);
13h30min – Abertura Oficial do Fórum Tecnológico do Leite – 13ª Edição;
14h – Cases de modelos e realidades de produção leiteira apresentados por produtores, com painéis sobre Compost Bar, Free Stahl e Produção à Base de Pasto, tendo a mediação de Jaime Eduardo Ries;
15h – Debate sobre os sistemas de produção apresentados;
15h30min – Encerramento.
Preço do leite em pó brasileiro no mercado asiático é até 40% mais alto
A exportação de laticínios pode crescer, mas para isso é preciso aumentar a competitividade do produto brasileiro. A afirmação foi feita pelo representante da Associação Brasileira de Laticínios, Marcelo Costa Martins, na audiência pública da Subcomissão Permanente do Leite, da Comissão de Agricultura da Câmara, nesta terça-feira, 29. O evento debateu o acordo com os chineses e a situação dos produtores lácteos brasileiros. Segundo Marcelo Martins, a expectativa é de aumentar as exportações de queijos, leite em pó e leite condensado em R$ 17 milhões.
“Recebemos semanalmente demandas de traders que querem importar produtos lácteos brasileiros e, quando as empresas passam os valores de cotação de leite em pó, o nosso não é competitivo”, diz ele.
O mercado de leite e derivados tem 1,4 bilhão de consumidores. Só de leite em pó, a China importa 800 milhões de toneladas por ano – mais do que toda a produção brasileira, que é de 600 milhões de toneladas. Havia um acordo com os chineses, fechado há 12 anos, para negociar produtos lácteos, mas só em julho deste ano, 24 produtores brasileiros tiveram permissão da China para exportar. Mas, na prática, o Brasil ainda não começou a enviar os produtos aos chineses.
O Representante da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, lamentou a ausência do Ministério da Economia no debate. Segundo ele, o leite em pó brasileiro custa, no mercado asiático, 20% a 40% mais caro.
Controle de preços
Para Paulo do Carmo Martins, da Embrapa, as políticas de controle do preço do leite em governos anteriores levaram a uma estagnação dos investimentos no setor. Na avaliação dele, o acordo de exportações também pode ajudar a controlar os preços no mercado interno, gerando mais estabilidade ao produtor e à indústria na hora de definir seus investimentos.
Recém-chegado de uma viagem à Ásia, o representante do Ministério da Agricultura Leandro Diamantino Feijó disse que os chineses estão atentos à qualidade do produto brasileiro. Segundo ele, não houve questionamentos da China sobre a situação ambiental do Brasil.
“A gente não pode se enganar que nós vamos produzir de qualquer jeito e colocar isso no mercado chinês. Eles estão de olho no nosso trabalho. Então, se faz necessário que o governo brasileiro e que o setor privado se mantenham vigilantes no cumprimento daquilo que foi acordado”, disse Feijó.
Papel da Câmara
O autor do pedido para a realização da audiência, o deputado Celso Maldaner (MDB-SC), acredita que a Câmara tem papel importante na melhoria de competitividade. “Temos que sensibilizar o governo para ter uma política de mais apoio, principalmente na área de assistência técnica e infraestrutura, e dar mais apoio ao nosso produtor de leite.”
Outras oportunidades
Outra janela de oportunidade está no acordo entre Mercosul e União Europeia, que, embora só deva ser assinado no segundo semestre do ano que vem, serve de horizonte para a preparação de diferentes setores econômicos.
Para o representante do Ministério das Relações Exteriores Alexandre Ghisleni, com o devido investimento e apoio governamental, quando o acordo estiver plenamente válido, o setor lácteo poderá estar muito diferente e talvez até ter subido na posição entre os maiores produtores e consumidores de laticínios. Hoje, estamos entre os cinco maiores. (Canal Rural)
O Canal Terraviva realizou o “Milk Day”. O programa que foi ao ar na última quinta-feira (31), surgiu com propósito de levar informações corretas para o público, sobre o setor leiteiro no país. Assista o programa com a participação do Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, clicando aqui. (Uol)