Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 29 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.948

     Fim da isenção de ICMS para insumos deve gerar impacto de R$ 40 bi

A ameaça de governos estaduais em situação de emergência fiscal de cancelar o Convênio 100 do Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz), que desde 1997 isenta ou reduz o ICMS para diversos insumos agropecuários, provocaria um impacto de R$ 39,9 bilhões no custo de produção de 11 cadeias agropecuárias de nove Estados, segundo estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No próximo dia 5 de abril, o Confaz, que reúne os 27 secretários estaduais de Fazenda, votará se prorroga ou cancela esse benefício fiscal, que já é oferecido por 22 anos para defensivos, fertilizantes e rações animais, que vence em 30 de abril. A área técnica do Confaz recomenda a prorrogação. O convênio concede reduções na base de cálculo de ICMS nas operações interestaduais que variam de 30% a 60%, envolvendo a venda de inseticidas, fungicidas, herbicidas e também sobre farelo de soja, canola e milho quando utilizados para a fabricação de ração animal. 

O setor sempre conseguiu convencer os governadores a renovarem o convênio tributário, que geralmente tem validade de seis meses ou, no máximo, um ano. Desta vez, porém, há um temor de que a crise fiscal mais acentuada nos Estados possa levar à não prorrogação do convênio e o consequente fim das isenções de ICMS. Da última vez que o benefício foi prorrogado, no fim de 2017, somente o Rio de Janeiro havia decretado calamidade financeira. Contudo, agora já há sete Estados nessa situação, incluindo Mato Grosso e Rio Grande do Sul, tradicionais polos de produção agropecuária e que já vêm sinalizando nos bastidores serem contrários à prorrogação dos benefícios. Além dos Estados em calamidade pública, o governo de São Paulo também está apoiando o fim do benefício. 

Renato Conchon, coordenador do Núcleo de Estudos Econômicos da CNA, explica que o estudo feito pela entidade conclui que a cobrança de impostos sobre esses insumos pode levar o produtor a repassar o custo para o preço final de seus produtos, com potencial de gerar um efeito inflacionário em alimentos e matérias-primas agrícolas. Nas contas da confederação, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), indicador oficial de inflação no país, pode sofrer um aumento de 9,5% caso o benefício seja abolido. “O Convênio 100 vai vencer em abril e, se não for prorrogado, o custo de produção vai subir de 8% a 11% para os agricultores. Para o pecuarista, representa um aumento de custo de 14%. Por isso a gente defende a manutenção do benefício e sua prorrogação por um período até maior, de três anos”, afirmou Conchon, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara para debater o tema. 

O secretário-executivo do Confaz, Bruno Pessanha, que não tem poder de voto no colegiado, disse que os secretários de Fazenda têm consciência da necessidade de continuar incentivando a agricultura no país, mas lembrou que as decisões do conselho precisam ser unânimes e dependem de análise técnica dos Estados. “Como é um convênio que já tem 22 anos, às vezes precisa de um aperfeiçoamento. Então é só definir um prazo novo, mas a análise será técnica”, declarou.

O deputado José Mário Schreiner (DEM-GO), que também é vice-presidente da CNA, lembrou que integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vêm mobilizando os secretários de Fazenda e governadores de seus Estados para que o benefício seja renovado. “Imagina se o agronegócio começar a não dar as respostas que o país espera?”, disse. (Valor Econômico)
                 

Mercado estuda criação de seguro para pescados, leite e arroz

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intermediou reunião realizada nesta última quinta-feira (28), em São Paulo, entre resseguradoras e companhias seguradoras com os setores de pesca e aquicultura, pecuária de leite e arroz.

O objetivo do encontro, de acordo com o diretor de Gestão de Risco do Mapa, Pedro Loyola, “foi aproximar os produtores das seguradoras visando aperfeiçoar e criar produtos de seguros rurais com coberturas para os principais riscos dessas atividades”. O secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jorge Seif, falou da importância da criação de seguro para a atividade da pesca. "O potencial produtivo do setor precisa de suporte, infraestrutura e serviços. Os seguros são fundamentais para segurança dessa cadeia produtiva que, mais do que nunca, está em franca expansão. Essa aproximação com as seguradoras é importante para levar as demandas do setor, que só tem a crescer em um país de águas como o Brasil".

Para Joaquim Cesar Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), “as seguradoras que atuam no seguro rural, principalmente, no agrícola, pecuário, florestal e aquícola têm apoiado o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR/Mapa), que tem sido o grande motivador de crescimento desse segmento. E é muito importante manter esse diálogo com o setor para identificar necessidades e melhorias a serem desenvolvidas, de forma a atendermos plenamente o agronegócio brasileiro”.

Participaram da reunião nove seguradoras e quatro resseguradoras, o secretário de Pesca e Aquicultura, Jorge Seif Jr, além do diretor de Gestão de Riscos, Pedro Loyola e o coordenador-geral de Seguro Rural do Mapa, Diego Almeida. Representou a Federarroz, Alexandre Velho e o setor de pecuária de leite, Thiago Rodrigues, técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). (As informações são do Mapa)

Ministra vai instalar comitê permanente para implantar sistema de autocontrole

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, vai instalar o Comitê Técnico Permanente de Autocontrole, na próxima terça-feira (2), em Brasília. A medida (portaria nº 24) é um dos passos previstos para estabelecer mudanças no sistema de controle de inspeção de qualidade da produção agropecuária. Nesse novo sistema o fabricante é responsabilizado pela mercadoria que coloca no mercado.

Em seminário realizado em fevereiro sobre o assunto, Tereza Cristina defendeu a adoção de procedimentos de fiscalização e auditoria mais modernos no setor produtivo que deverão garantir maior segurança e qualidade para o consumidor. “O autocontrole nada mais é do que a responsabilidade de ambos os lados. O setor privado tem que cumprir sua parte e nós precisamos ir lá e ver se os protocolos estão sendo seguidos”, explicou na abertura do evento.
O comitê que será instalado na próxima semana deverá propor a implementação, monitoramento e avaliação dos programas de autocontrole, identificar atos normativos que serão necessários, apoiar a articulação de ações conjuntas, como troca de experiência e capacitação, e sugerir subcomitês para temas específicos.

Os avanços nos modelos de autocontrole seguem a tendência crescente do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade e muitos países da União Européia já criaram normatizações sobre isso.

Além do seminário já realizado, o sistema também foi discutido em reunião com representantes estaduais e o Distrito Federal, que integram o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa).

Segundo Guilherme Leal, secretário de Defesa Agropecuária (SDA) é importante pensar em autocontrole não somente na inspeção de produtos de origem animal, mas também nos vegetais, bebidas e insumos (adubos e defensivos). O secretário explica que o comitê vai estruturar o programa de autocontrole no ministério e nos órgãos regionais ligados ao Mapa, com a participação do setor privado nas discussões.

“Precisamos delimitar bem a responsabilidade do setor público e do privado para avançar de forma tranquila. A área pública vai continuar com a elaboração das normas, auditorias, fiscalização e a certificação”, explica o secretário. E alerta que “as empresas terão que aprimorar seus processos. A inspeção ante e post mortem (antes e depois do abate) continuará sendo feita por auditores fiscais do ministério, informou.

O secretário adjunto da SDA, Fernando Mendes acrescenta que “estão sendo incluídos novos pontos de checagem no processo produtivo, que serão conduzidos por médicos veterinários, engenheiros de alimentos e outros”.

Mendes lembra que inexiste risco zero na produção e, por isto, os estabelecimentos têm que estar sempre prontos a identificar os riscos. “A responsabilidade sobre o produto é de quem produz”, explica. “Mas muitas vezes esse papel é transferido ao Estado, que, na verdade, tem de ser responsável pela verificação, aplicação de medidas punitivas e retirada do mercado quando identifica problema em determinado produto”.

Atualmente, a fiscalização do ministério acompanha o fluxo produtivo até o final e, com o autocontrole, esta tarefa será compartilhada com o setor privado. A inspeção ante e post mortem terá parâmetros modernizados para que seja feita de modo mais inteligente, de acordo com a realidade produtiva atual. Para tornar a fiscalização mais eficiente e viabilizar o autocontrole o Mapa vai acelerar a informatização e automatização de todos os processos.

Guilherme Leal adiantou que a implantação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), fará com que algumas responsabilidades que são executadas pelo governo federal, sejam executadas pelas agências de defesa estaduais, dependendo de treinamento de pessoal, sistemas informatizados e recursos.

Representantes da Frente Parlamentar da Agricultura e do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) apresentarão, na terça-feira, resultados de reuniões técnicas que realizaram sobre o novo sistema. (MAPA)

 
Mapa Leite 
O SENAR-RS está realizando uma série de consultorias do programa MAPA Leite na serra gaúcha. Nesta semana, até o dia 29 de março, propriedades rurais em Ilópolis, Paraí, Nova Prata, Nova Araçá e Serafina Correa receberão Instrutores do Senar para dar consultorias sobre nutrição e qualidade do leite, com foco em manejo de pastagens. Produtores que estão cadastrados no programa poderão acompanhar as visitas. O Programa MAPA Leite está atendendo 1.163 propriedades nas regiões da Serra, Noroeste e Vale do Taquari. A intenção é qualificar a produção e a gestão, conjugando a boa qualidade do leite com a eficiência de produção e custos. (Senar/RS)

Porto Alegre, 28 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.947

      Sindilat estuda ações para esclarecer produtores sobre as novas instruções normativas do Mapa

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS) estuda ações para levar ao campo conhecimento e esclarecimento sobre o que preconizam as novas instruções normativas do Ministério da Agricultura (Mapa) para garantir a qualidade do leite, as INs 76 e 77. A primeira delas será a realização de seminários e debates nas principais regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul, como Passo Fundo, Lajeado, Ijuí, Santa Rosa, Erechim e Pelotas.

A decisão atende à orientação do próprio Mapa, exposta na última reunião da Câmara Setorial do Leite. De acordo com o presidente do Sindilat-RS, Alexandre Guerra, a intenção é que os produtores possam tirar suas dúvidas e as normas possam ser operacionalizadas a pleno. “Em abril, voltaremos ao Ministério da Agricultura para alinhar a execução destes seminários”, revela. A reunião, prevista para a segunda quinzena de abril, poderá contar com dois representantes por indústria associada ao sindicato.

O assunto foi abordado na reunião de associados do Sindilat, realizada nesta quarta-feira (27/03), em Porto Alegre. Na ocasião, o grupo também tratou sobre a competitividade do setor e ações de marketing para fomentar o consumo do leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Foto: Letícia Breda

                 

Produção/UE 

Os produtores de leite da União Europeia (UE) registraram queda em suas rendas líquidas em quase todos os sistemas de produção. A causa está no preço do leite, que permanece estável de um ano para o outro, enquanto os custos aumentam. Não somente subiram os preços dos insumos, energia, e ração, mas também houve queda na produção de forragens, causada pela longa seca sazonal, de acordo com o boletim do Instituto da Pecuária da França. 

A meteorologia também afetou a produção de leite de muitos pecuaristas, inclusive os países mais dinâmicos, como Irlanda e Polônia, foram afetados. Diante da escassez de forragens, os agricultores reduziram o número de vacas. A desaceleração na captação de leite na Europa no segundo semestre de 2018 facilitou o retorno do leite em pó desnatado ao mercado, com as vendas dos estoques de intervenção pela Comissão Europeia.

Confirma-se assim, o papel central desempenhado pela UE no panorama mundial dos produtos lácteos, desde o final das cotas, ainda que a Nova Zelândia compensasse, parcialmente, a queda na Europa, em decorrência das condições meteorológicas favoráveis no final de 2018.

Boas perspectivas no começo de 2019
Ao nível da UE, não parece haver dúvida de que a produção de leite será recuperada na primavera, especialmente se as condições meteorológicas forem muito favoráveis. Mas, existem favores que ameaçam estas boas perspectivas: as incertezas do Brexit e o impacto no comércio europeu, a deterioração das relações diplomáticas e comerciais entre os principais blocos: UE, Estados Unidos, China e Rússia. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 
 

FrieslandCampina 

O preço garantido do leite cru da FrieslandCampina para o mês de abril de 2019 foi estabelecido em € 36,00/100 kg, [R$ 1,61/litro, queda de € 0,50/100 kg, em relação ao mês anterior, havendo uma correção a menor de € 0,23/100 kg. A expectativa das principais indústrias de laticínios europeias é de que o preço do leite cru continue caindo ligeiramente, em decorrência da queda nas cotações dos lácteos.


 
O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico em abril de 2019 permaneceu com o mesmo valor de março, € 48,50/100 kg [R$ 2,12/litro], e incluiu uma correção a maior de €0,26/100 kg. A expectativa de preços das principais indústrias de referência é de estabilidade.      
 

 O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.

Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

Lácteos/AR
A queda na produção de leite na Argentina e ajustes das indústrias nas últimas semanas, está refletindo na menor oferta de lácteos para os consumidores. O Governo atribuiu a escassez a problemas de entrega de algumas empresas com marcas de preços mais baixos. O Centro da Indústria de Laticínios (CIL) – que tem como membro as principais empresas do país – reconheceu em um comunicado que “efetivamente existe, atualmente, menor oferta de lácteos”. Informou que a captação de leite dos laticínios associados foi 12,5% menor nos primeiros dois meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Desde dezembro de 2018, a queda sazonal acumulada chega a 23% (até fevereiro).  A menor oferta de lácteos ao consumidor – especialmente de produtos frescos, como leite fluido – “se explica pela queda sazonal da produção de matéria prima, agravada, este ano, por fatores climáticos adversos (chuvas excessivas e ondas de calor), as dificuldades econômicas-financeiras sofridas pela cadeia no ano passado e a acumulação de compromissos comerciais que modificaram, sensivelmente o quadro anual da demanda de leite”, explica o CIL. O grupo Mastellone – representa 13% da compra de leite do país – informou que está recebendo, em média, 15% menos que em igual período de 2018. Isto representa 400.000 litros diários a menos de matéria prima para a elaboração de seus produtos. A firma destacou que, para melhorar o abastecimento do mercado interno, decidiu suspender exportações de leite em pó que havia negociado com o Brasil, em torno de 5.000 toneladas. A consultoria Ieral destacou que os problemas enfrentados por indústrias como SanCor e outras. Em 2018 o setor operou com 48% de sua capacidade instalada, bem abaixo de 62% registrado pelas outras indústrias de alimentos. (El Observador – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 27 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.946

      Custos de produção do leite apresentaram deflação de -0,06% em fevereiro

Pelo segundo mês consecutivo produzir leite ficou mais barato. Apesar de apresentar queda não muito significativa, a redução do custo de produção de leite em fevereiro foi de -0,06%, em relação aos custos apurados para janeiro de 2019.

Quando ocorre uma variação nos custos como o apresentado, configura-se um quadro conjuntural de deflação, ou seja, o inverso da inflação. Este resultado tem por base o Índice de Custos de Produção de Leite – ICPLeite/Embrapa, calculado pela Embrapa Gado de Leite. O grupo Energia e combustível foi o que apresentou maior deflação, -2,18%, os demais apresentaram quedas inferiores a 1 ponto percentual ou ainda, leve aumento em seus preços. Em ordem crescente, os grupos apresentaram as seguintes variações: Sal mineral, -0,58%, Produção e compra de volumosos, -0,57%, Sanidade, -0,16%. Mão de obra e Reprodução não variaram. Já Qualidade do leite e Concentrado apresentaram variações positivas, respectivamente, 0,44% e 0,53%. O resumo dos dados encontra-se na Tabela 1.

No acumulado do ano o ICPLeite/Embrapa registra uma redução de custos de -0,62%. A maior queda acumulada foi registrada no grupo Energia e combustível, -2,53%. Entretanto, as variações verificadas nos grupos referentes a alimentação do rebanho é que mais impactaram o índice. Os grupos Produção e compra de volumosos e Concentrado apresentaram respectivamente variações de - 1,80% e -0,85%. Sal mineral variou -0,73% e Sanidade -0,28%. O grupo que apresentou maior inflação Mão de obra, 1,36%, seguido por Qualidade do leite, 0,92%. O grupo Reprodução não apresentou variação. Os dados encontram-se na Tabela 2.


 
No acumulado de doze meses o ICPLeite/Embrapa registra valores elevados, acumulando 11,28%. Só o grupo Qualidade do leite apresentou variação negativa, -0,14%. Todos os outros apresentaram inflação. Os grupos que puxaram o índice acumulado foram Concentrado, Sal mineral e Energia e combustíveis, cujas variações superaram a do indicador. Produção e compra de volumosos também contribuiu, já que possui peso considerável na ponderação do ICPLeite/Embrapa. Os dados encontram-se na Tabela 3. (Embrapa)

                 
 
Embrapa busca recursos para tentar retomar investimentos

Encarada como positiva para o país pelo governo Bolsonaro, a possível entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - fortalecida agora com o apoio dos EUA -, poderá dificultar a estratégia da nova gestão da Embrapa de ampliar a captação de recursos externos junto a organismos ou instituições internacionais como a FAO e o Banco Mundial para financiar suas pesquisas.

"Se o Brasil entrar na OCDE, teremos muito menos chance de conseguir esse tipo de recurso. Estaremos entre os países ricos e, a partir daí, os países doadores, que têm cada dia menos recursos, vão se concentrar nos países mais carentes", afirmou Sebastião Barbosa, presidente da Embrapa, em entrevista ao Valor.

No cargo há cinco meses, Barbosa, pesquisador aposentado da estatal, tem larga experiência internacional. Foi consultor da FAO por 17 anos em escritórios da agência da ONU para agricultura e alimentação em Roma, na Itália, e em Santiago, no Chile, e assumiu com a expectativa de aproveitar essa experiência para otimizar parcerias para complementar as escassas fontes de recursos disponíveis. Pesquisadores da Embrapa já chegaram a desenvolver projetos de pesquisas bancados por editais de entidades internacionais, mas a ideia inicial de Barbosa era expandir esse foco.

Célio Porto, ex-secretário de Relações Internacionais do Ministério Agricultura e consultor do instituto Pensar Agro, diz que, normalmente esses organismos internacionais têm como critério investir em países pobres, como os da África, ou em desenvolvimento, como Índia e China, grupo do qual o Brasil avalia se retirar sob a gestão Bolsonaro. A linha de atuação desses organismos, observa Porto, de fato é financiar projetos de países que "mais precisam".

Enquanto o futuro no campo internacional não se define, a Embrapa, que não será privatizada pelo menos por ora, segue com seu plano de reestruturação administrativa e em busca de outras alternativas para se financiar, no momento sobretudo por meio de fundos - privados, como os de private equity, ou estaduais, como os da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Temos que nos acostumar com esses fundos", disse Barbosa.

O fato é que a Embrapa continua às voltas com um orçamento praticamente estagnado - são R$ 3,6 bilhões previstos para 2019 - e engessado com gastos com pessoal. Sebastião Barbosa entende que é preciso gastar de forma mais racional essas verbas orçamentárias da empresa pública e reconhece, não sem pesar, que um aumento de orçamento não está "no nosso horizonte imediato".

"Agora precisamos esperar que o Brasil cresça. Também vamos precisar investir no treinamento das pessoas novas que vão chegar à Embrapa e renovar nosso parque de máquinas. Para isso, vamos precisar de investimentos, o que não temos tido nos últimos cinco anos", revela o presidente da empresa, que no passado foi fundamental para a o desenvolvimento da agricultura no Cerrado, entre outros feitos.

Nesse contexto, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vem articulando a contratação da consultoria Falconi, especializada em gestão, para avaliar o modelo jurídico da Embrapa, que cria amarras para o recebimento de royalties, por exemplo. A contratação está em estudo.

Nesse contexto, talvez a estatal brasileira também desista de outra antiga aposta: avançar com a criação da Embrapatech, subsidiária proposta em projeto de lei que ainda tramita no Congresso e alçada como prioridade na gestão do presidente anterior, Maurício Lopes. A assessoria jurídica da empresa vem reavaliando o tema a partir de uma nova leitura de que a legislação atual sobre inovação científica já permite parcerias de negócios com o setor privado. (Jornal Valor Econômico)

 

Minas Gerais registra aumento de vacinação contra brucelose em 2018

O índice de vacinação contra a brucelose nos rebanhos de Minas Gerais alcançou 77,1% em 2018, percentual próximo a 80% estabelecido como meta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foram imunizadas no ano passado 1,7 milhões de fêmeas bovinas e bubalinas de corte e de leite, em um cenário de 2,2 milhões de animais em todo o território mineiro. 

O IMA é o responsável pela execução do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) e pela gestão do programa de vacinação em Minas Gerais. A vacinação contra a brucelose e a sua declaração ao IMA são obrigatórias desde 1989, estando o produtor inadimplente passível a multa de 25 Ufemgs por animal não imunizado, o que equivale a R$ 89,83/animal. Já o produtor que deixar de declarar a vacinação contra brucelose poderá ser multado em 5 Ufemgs por animal (R$ 17,96/animal).

A cobertura vacinal contra a brucelose no estado tem crescido gradativamente. Para se ter uma ideia, em 2015 o índice era de 66,6%, valor 10% abaixo do registrado em 2018. A coordenadora do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose no IMA, fiscal agropecuária Luciana Faria de Oliveira, reforça aos produtores rurais a importância da vacinação contra a doença. “A eficiência da vacina contra brucelose é de 65 a 75%, garantindo que com uma só dose as fêmeas bovídeas estarão protegidas até a fase adulta”.

A fiscal ressalta a importância de o produtor rural procurar um médico veterinário regularmente cadastrado no IMA para vacinar de forma adequada o rebanho. “Minas Gerais conta com mais de quatro mil médicos veterinários cadastrados para vacinação contra a brucelose. Vacinar o rebanho contra doenças que causem impacto na saúde pública e na economia do estado é essencial para manter a sanidade de nossos rebanhos e a qualidade dos produtos de origem animal, colaborando assim, para a segurança alimentar e desenvolvimento do setor”, argumenta.

Cuidados com a vacinação
A compra da vacina contra brucelose somente é permitida mediante apresentação do receituário, emitido por médico veterinário cadastrado no IMA, que fica retido no estabelecimento comercial. A vacina adquirida deve ser mantida em temperatura entre dois e oito graus centígrados do momento da compra até a vacinação dos animais. “E além de providenciar um veterinário para vacinar suas bezerras, o produtor deve se lembrar que é necessário procurar o escritório do IMA mais perto de sua propriedade, levando o atestado emitido pelo médico veterinário e declarar a vacinação por ele efetuada”, alerta a fiscal agropecuária.

Propriedades certificadas
Minas Gerais possui atualmente 19 propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose bovina, doenças consideradas impactantes para o setor agroprodutivo do estado. Mais 14 propriedades encontram-se em processo de certificação ou renovação para obterem o status de livres dessas doenças.

A certificação é uma das ações voluntárias do PNCEBT.  Tem como vantagens a melhora dos índices reprodutivos e produtivos do rebanho livre de brucelose e tuberculose, além da isenção da obrigatoriedade de apresentação de atestados de realização de exames negativos quando da emissão e transporte dos animais para fora do estado e para eventos agropecuários. O interessado em certificar sua propriedade deve ter um médico habilitado no PNCEBT, que atuará como responsável técnico do processo de certificação. Após esta etapa, o produtor rural deve procurar o escritório do IMA que atende o município em que está localizada a propriedade.

Desde a publicação do novo Regulamento Técnico do PNCEBT serão necessários dois exames negativos consecutivos para brucelose e tuberculose em todo o rebanho, tendo como intervalo o prazo de seis a doze meses entre os resultados. O certificado de propriedade livre tem validade de um ano, a partir do último resultado negativo do rebanho. A manutenção do status depende da renovação anual do certificado por meio da realização de um exame negativo para brucelose e tuberculose de todo o rebanho.

A doença
A brucelose é uma das causas de perdas econômicas na produção pecuária em todo o território brasileiro, já que pode provocar aborto nas fêmeas bovinas, queda na produção de leite e ganho de peso, diminuição na taxa de natalidade e aumento de natimortalidade. A doença é causada pela bactéria Brucella abortus, sendo classificada como uma zoonose, pois pode ser transmitida do animal doente para o ser humano. (Assessoria de Comunicação do IMA)

 
Abraleite: “Não queremos protecionismo, mas condições para sermos competitivos”
No programa Direto ao Ponto, o presidente da entidade, Geraldo Borges, discute a decisão do governo de não renovar tarifa antidumping para leite em pó importado e fala sobre as demandas do setor no Brasil. Em fevereiro passado, o Ministério da Economia decidiu não renovar as tarifas antidumping sobre leite em pó importado da União Europeia e da Nova Zelândia. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, a medida foi tomada por acreditar-se que não haveria risco imediato de que esses exportadores de lácteos adotassem práticas de mercado em desacordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), concedendo subsídios aos produtores locais, por exemplo.
“Mas entendemos que o risco não precisa ser momentâneo. Não queremos correr riscos nem agora, nem no curto, médio ou longo prazo”, disse Borges, em entrevista ao programa Direto ao Ponto. O presidente da Abraleite lembra que o mais recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que há no país 1,171 milhão de propriedades que produzem leite. A pecuária leiteira, diz o estudo, está presente em 98% dos municípios brasileiros. “A atividade tem um papel socioeconômico muito grande”, diz. (Canal Rural)

Porto Alegre, 26 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.945

      Preço do leite se mantém estável no Rio Grande do Sul em março
 
O mês de março está sendo marcado pela estabilidade no preço do leite padrão produzido no Rio Grande do Sul. Segundo indexador projetado para este mês pelo Conseleite, o valor de referência ao produtor é de 1,1365, pouco abaixo do preço consolidado em fevereiro/2019 (1,1366). Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26), pelos integrantes do Conseleite, durante reunião na Casa da Emater, na Expoagro Afubra, em Rio Pardo.

 

“Vemos um início de ano com cotações mais estáveis e acredito que esse cenário deve perdurar nos próximos meses”, afirmou o professor da UPF, Marco Antonio Montoya.  Para este mês, o levantamento apresentado pelo Conseleite indica uma valorização de 0,84% no UHT no confronto com março/2018, indicador que sobe para 22,54% no caso do leite em pó. “Estamos em um período de manutenção do preço do leite e, ao mesmo tempo, ingressamos em uma época de baixa captação no Estado que vai se estender até abril”, destaca o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Para o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, os próximos 30 dias devem indicar o cenário mais consolidado do comportamento do mercado após um período com cinco meses de queda seguido pela alta de fevereiro e, agora, diante do cenário de estabilidade de preços.

 
Foto: Luciana Radicione

O setor ainda debateu a necessidade de adequação dos produtores às INs 76 e 77, que entram em vigor ao final do mês de maio. De acordo com Guerra, a cadeia leiteira também está atenta e na expectativa quanto à prometida sobretaxação ao leite em pó da União Europeia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
Japão recebe autorização para exportar produtos lácteos para a UE

O Japão foi adicionado à lista de países que podem exportar produtos lácteos para a União Europeia (UE). O país asiático solicitou à Comissão Europeia autorização para exportar leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

De acordo com um documento divulgado pela UE, do ponto de vista da saúde animal, o Japão é um país listado pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre de febre aftosa onde a vacinação não é praticada e, portanto, cumpre os requerimentos de saúde animal da UE.

A Comissão realizou recentemente controles veterinários no Japão e afirmou que os resultados demonstram que a autoridade competente do Japão fornece garantias adequadas no que diz respeito ao cumprimento dos requisitos em matéria de importação para a saúde animal.

O documento da UE afirma que, à luz das garantias adequadas fornecidas pelo Japão e da situação favorável da saúde animal no que se refere à febre aftosa no Japão, é adequado incluir o Japão no anexo I do Regulamento (UE) no 605/2010, a lista de países terceiros ou partes de países terceiros autorizados para a introdução na UE de remessas de leite cru, produtos lácteos, colostro e produtos à base de colostro.

Os novos regulamentos entraram em vigor ontem (25 de março). (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Fabricantes de embalagens investem com projeção de melhora do consumo

As empresas de embalagens investem na capacidade de produção e buscam atender ao aumento da demanda por produtos de maior valor agregado – principalmente em alimentos – diante da perspectiva de melhora do consumo.

“As expectativas são boas. O ano passado já não foi ruim, frente a realidade econômica do País. Para 2019, a perspectiva é melhor, principalmente em termos de cenário econômico e mercado”, afirma o diretor de negócios da Camargo Cia de Embalagens, Felipe Toledo. O principal segmento de atuação da empresa é a indústria alimentícia. “É um setor que tem ligação imediata com o aumento de consumo.”

Em 2018, a empresa obteve crescimento de 14% no volume de produção. Para este ano, investiu em uma nova impressora, que irá entrar em operação no segundo semestre. A previsão é de que a capacidade produtiva terá um incremento de 20%. “Esse investimento é voltado para o serviço de acabamento, que a empresa não fazia. Faz parte de uma estratégia para abranger toda a cadeia e oferecer mais opções ao cliente”, explica. Toledo conta que o mercado tem demandado produtos não convencionais e de maior valor agregado. “A embalagem impacta o consumidor por várias razões, seja pelo design diferenciado, pela sua clareza nas informações sobre o produto, por sua praticidade de uso e até mesmo por serem ecologicamente corretas.”

A Camargo espera atingir novos mercados, como o farmacêutico e o de cosméticos, e um 2019 de maior estabilidade em termos de custos. “Sofremos no último ano com a volatilidade muito alta do câmbio e das resinas usadas como matéria-prima”, conta Toledo.

Ele destaca que a empresa tenta repassar os custos para preservar as margens, mas que isso costuma levar tempo. “Não é possível fazer o repasse no mesmo momento do impacto, sempre há um atraso.”

O diretor da divisão de serviços da Tetra Pak para as Américas, Edison Kubo, declara que a companhia ampliou a operação da sua divisão de serviços — voltada para a oferta e desenvolvimento de soluções em unidades industriais — para atender qualquer empresa, mesmo aquelas que utilizam máquinas e embalagens fornecidas por concorrentes.

De acordo com o executivo, a ideia é ganhar maior capilaridade e entrar em novos segmentos do mercado. “Trabalhamos para ampliar essa área para atender toda a indústria de alimentos e bebidas. Avançamos em nosso portfólio de componentes e soluções para linhas de produção, além de serviços de automação.”

Kubo assinala que, em função da queda de mercado durante a crise, a ociosidade é alta na produção no segmento de bebidas e que os fabricantes têm colocado foco na redução de custos. “A partir desse ano, estamos vendo sinais positivos de alguns clientes, se preparando para um aquecimento da economia.” O executivo tem expectativa de que esse movimento de recuperação se consolide nos próximos meses. “Depende do cenário político e econômico, mas há perspectivas de novos negócios.” Ele afirma que, mesmo que a economia não cresça, a indústria tem demanda de serviços para melhorar seus equipamentos.

Kubo projeta que a área de serviços tenha crescimento próximo a 10%. “A indústria tem essa necessidade de melhorar a eficiência e reduzir custos. O setor de serviços trouxe um crescimento considerável para a Tetra Pak.”

Projeções
De acordo com um estudo realizado pela consultoria Euromonitor para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), o valor bruto da produção de embalagens em 2018 movimentou um total de R$ 78,5 bilhões, alta de 10,4% em relação a 2017. A produção física cresceu 2,5% na mesma base. Já as exportações movimentaram US$ 573,3 milhões, um crescimento de 7% em relação a 2017.

O estudo prevê recuperação para todas as indústrias de bens de consumo nos próximos anos, com efeitos positivos para as embalagens primárias (que ficam em contato direto com o produto), gerando crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo. (DCI)

 
Produção/Uruguai
A captação de leite em fevereiro foi de 112,6 milhões de litros, 11,8% menor do que em fevereiro de 2018, e o menor volume desde 2012 quanto a captação totalizou 109 milhões de litros.
Nos dois primeiros meses do ano a captação de leite caiu 9% em relação ao mesmo período de 2018. No acumulado de 12 meses (março de 2018 a fevereiro de 2019) a captação ficou 1,9% acima do período anterior (março de 2017 a fevereiro de 2018).
Captações em: fevereiro de 2011: 109.087 milhões de litros; fevereiro de 2012: 134.329 milhões de litros; fevereiro de 2013: 121.003 milhões de litros; fevereiro de 2014: 122.755 milhões de litros; fevereiro de 2015: 129.015 milhões de litros; fevereiro de 2016: 114.978 milhões de litros; fevereiro de 2017: 118.734 milhões de litros; fevereiro de 2018: 127.721 milhões de litros; fevereiro de 2019: 112.608 milhões de litros. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 25 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.944

      Recálculo de imposto engorda balanços

Após uma leva de julgamentos recentes de ações individuais de empresas sobre a exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de PIS/COFINS, várias companhias abertas estão fazendo seus cálculos para registrar vultuosas receitas com crédito fiscal neste ano. 

Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, com alcance geral, que era ilegal a inclusão do ICMS na base de cálculo desses impostos federais. O assunto ainda está pendente de julgamento de embargos de declaração movidos pela União. 

Apesar disso, companhias que estão tendo decisões individuais favoráveis transitadas em julgado em instâncias inferiores do judiciário estão tendo aval dos auditores para registrar ganhos nos seus resultados. Foi o caso da Braskem, que já registrou receita extraordinária de R$ 520 milhões no quarto trimestre.

Em fevereiro, em evento subsequente ao fechamento do seu ano fiscal, a petroquímica obteve o trânsito em julgado de ação própria, que retroage ao ano de 2004, e determina a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS. "O registro desse crédito extemporâneo será feito no resultado da companhia assim que for possível realizar uma estimativa confiável", afirmou a companhia. 

Além da Braskem, a Petrobras também obteve decisão favorável e está apurando valores. A estatal ajuizou ações contra a União para pleitear a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS no período de agosto de 2001 até dezembro de 2017.

A estatal obteve decisão favorável no Tribunal Regional Federal da 2ª Região em agosto de 2018, aplicando o mesmo entendimento fixado pelo STF. Em janeiro, foi dado provimento integral ao recurso da petroleira para abranger o período pleiteado na ação contra a União. "A companhia está realizando o levantamento dos valores relacionados à matéria [mudança na cobrança do imposto], principalmente em virtude do longo período abrangido, portanto, o ativo contingente ainda não foi razoavelmente estimado até apresente data”, informou a Petrobras, nas notas explicativas do seu balanço. 

A Romi, que vinha sendo mais conservadora no registro dos efeitos da decisão do STF até o ano passado, anunciou na semana passada que vai registrar o crédito fiscal após vitória de ação individual na Justiça. O impacto no lucro líquido do balanço do primeiro trimestre deste ano será de R$ 89 milhões, estima a empresa.

Outras companhias ainda estão aguardando julgamento de suas ações individuais, mas já fazem estimativas de ganhos. A varejista Renner estima uma receita potencial de R$ 1,3 bilhão, embora destaque que, no momento, não tem como assegurar a realização desses créditos. A Magazine Luiza, também aguardando julgamento, estima ganho potencial de R$ 640 milhões. 

Os créditos fiscais inflaram lucros e até reverteram prejuízos no ano passado. Na varejista Marisa, o reconhecimento de créditos referente à exclusão do ICMS no PIS e COFINS, no montante de R$ 801 milhões, permitiu à companhia reverter prejuízo de R$ 60 milhões em 2017 e lucrar R$ 28 milhões em 2018. A varejista Pernambucanas registrou R$ 443 milhões em receitas extraordinárias no quarto trimestre, após obter o trânsito em julgado de uma ação individual sobre o assunto. O ganho extraordinário permitiu à Pernambucanas um avanço de 170% no lucro líquido, para quase R$ 550 milhões no trimestre. 

Assim como no caso da Braskem e da Pernambucanas, o registro no balanço desse crédito fiscal está sendo feito de uma vez só, explica Sílvio Takahashi, sócio da Ernst & Young, especialista em gerenciamento de risco. O crédito vai se realizando aos poucos, conforme a empresa vai compensando no pagamento de outros tributos à União. 

Mesmo sem definição de suas ações individuais, a decisão do STF pode afetar os balanços. Algumas empresas reverteram provisão para perdas judiciais, depois que seus advogados avaliaram que a probabilidade de mudança de entendimento do STF é remota, ainda que haja modulação dos efeitos. 

No entanto, ainda há controvérsia relevante sobre o assunto. Um dos principais pontos questionados no STF pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) é o método de apuração do crédito. O voto da ministra Carmen Lúcia em 2017 foi de que este deveria ser valor bruto do ICMS descontado na nota. Só que a Receita Federal emitiu posteriormente uma resolução indicando que o montante deve ser o do saldo devedor do ICMS, também chamado "valor líquido", que é substancialmente menor. Diante disso, Pedro Anders, sócio-líder de impostos corporativos da KPMG no Brasil, prevê mais um contencioso tributário em relação ao assunto. A priori, diz, as empresas estão fazendo os cálculos com base no entendimento do STF, mais favorável a elas. 

Além da metodologia de puração dos valores, e a sua forma de liquidação, a União questiona ainda aplicação do efeito retroativo da decisão do STF, que teria impacto elevado nas contas públicas. A Receita Federal estima, na lei de diretrizes orçamentárias, uma despesa de R$ 229 bilhões para cinco anos retroativos e de R$ 45,8 bilhões ao ano, considerando valores de 2018.
 
Professora de direito tributário da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Tathiane Piscitelli, diz que esses montantes não estão provisionados nas contas da União. Para ela, não está clara a metodologia de cálculo desses valores. "A impressão que passa é que o valor pode inflado para pressionar o STF a modular a sua decisão", afirma. "O argumento de que o impacto para as contas públicas seria desastroso é válido, mas ele tem que ser verdadeiro", diz. 

Não há previsão para julgamento dos embargos. Enquanto isso, empresas do ramo de serviços estão pegando carona na decisão do STF para obter créditos fiscais a partir da exclusão do ISS da base de cálculo de PIS e COFINS. Carlos André Pereira Lima, do escritório Da Fonte Advogados, diz que muitas estão obtendo vitória na Justiça, ainda que a decisão da Corte não inclua ISS. "A tese para exclusão do ISS é muito parecida com a do ICMS", disse o advogado. (Valor Econômico) 

                 
 

Gadolando: programa Web+Leite garante controle eficaz na produção

A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) disponibiliza um sistema de controle da produção dentro da propriedade leiteira que permite o monitoramento da qualidade do leite. O programa Web + Leite  pode ser acessado no SITE da entidade, onde o criador associado direto e  indireto que é aquele que usa o sistema cooperativo, preenche o seu código e senha. A partir deste momento são permitidas várias ações que irão ajudá-lo a ter uma radiografia completa do sistema de produção. A primeira delas é a realização do cadastro dos animais com informações como data de nascimento, coberturas, mortes, prenhez e ocorrências (secagem, aborto, natimorto, parto, desmame). 

O superintendente Técnico da Gadolando, José Luiz Rigon, afirma que é muito importante que seja lançado no sistema tudo que acontece dentro da propriedade por meio deste cadastro que possui sete itens. Explica que a partir do cadastramento das informações, será possível fazer dentro do sistema consultas e ter acesso a relatórios. “Nas consultas é possível saber sobre plantel, touros, índice genético, índice leiteiro, além de dados como prenhez das vacas, pai, mãe, crias, coberturas, lactação, produção de leite, prêmios, entre outros”, observa Rigon, lembrando que existe também um cadastro para o médico-veterinário que trabalha na propriedade leiteira.

O sistema também gera relatórios com base nas informações do cadastro, como controle leiteiro, classificação linear, listagens (animais a secar, a parir, coberturas, animais no rebanho), pontos críticos (contagem de células somáticas) e gráficos (percentual de gordura, média de produção de leite). Rigon ressalta que a porta de entrada para utilizar o Web+Leite é fazer o registro dos animais. “O registro identifica o animal. A sua pelagem se equivale a impressão digital do homem, isso está no DNA. Não existe nenhum animal igual ao outro. Portanto, registro e controle do rebanho já são uma rastreabilidade perfeita”, destaca.

O superintendente técnico da Gadolando lembra que a entidade está debatendo a criação de um aplicativo para que os dados relativos aos animais sejam alimentados no local de trabalho, sem a necessidade de lançar as informações no sistema somente quando chegar na sede da propriedade, evitando assim a duplicidade de informações. Conforme Rigon, a disponibilização do aplicativo para o produtor ajudaria a amenizar questões como problemas com energia elétrica e sinal de internet.

“O produtor que usar o Web+Leite em sua integralidade vai ter informações sobre reprodução, alimentação, morfologia, controle de rebanho. O sistema é uma ferramenta que monitora a produção visando a qualidade do leite, e todas essas informações vão chegar na ponta final do consumidor que irá adquirir um produto melhor”, sinaliza. (Gadolando) 

 

Languiru bonifica associados com incremento na produção leiteira

Na busca pela manutenção e valorização da cadeia produtiva, a Cooperativa Languiru instituiu prêmio de produtividade para os produtores de leite associados. A iniciativa foi apresentada pelo presidente Dirceu Bayer no mês de março e bonifica o incremento de produção em R$ 0,25 por litro, sempre tomando por base comparativa o volume produzido no mês anterior. O programa contempla os meses de março, abril, maio e junho, com pagamento do bônus, que será cumulativo, em julho, na forma de vale-compras.
 
O benefício é extensivo a todos os produtores de leite associados à Languiru, independente do volume produzido. “É um grande estímulo para os nossos produtores de leite, ninguém será excluído, seja ele pequeno ou grande produtor, ao contrário de programas semelhantes desenvolvidos por outras empresas, que privilegiam essencialmente os maiores produtores. Como cooperativa, vemos como justa essa possibilidade de todos se beneficiarem desse programa de bonificação”, destaca Bayer.

Valorização 
“É uma iniciativa inédita na história da cooperativa. A Languiru vive um novo momento e essa decisão do Conselho de Administração leva em consideração as dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite nos últimos tempos. Se a Languiru vai bem, o associado também precisa ir bem”, justifica Bayer.
 
Diante desse cenário, o presidente adianta o desempenho econômico da Languiru em 2018, cujos números serão apresentados em Assembleia Geral Ordinária no dia 29 de março. “Apesar de um ano de extrema dificuldade para a economia nacional, especialmente para o mercado das carnes, ainda assim a Languiru registrou o seu segundo melhor desempenho histórico, possibilitando a distribuição de sobras do exercício ao quadro social. A Languiru valoriza o trabalho de seus associados”, acrescenta.
 
Paralelamente a isso, a cooperativa ainda estima incremento no valor do litro de leite pago ao seu produtor neste mês de março, apesar do recuo do preço do leite longa vida nos supermercados. “Independentemente dessa realidade, asseguramos aumento no valor pago ao associado. É um tratamento diferenciado que deve ser valorizado pelo quadro social, assim como os demais benefícios oferecidos pela cooperativa”, alerta Bayer. 

Prêmio produtividade
Os valores do benefício exclusivo pago aos produtores de leite associados à Languiru serão acumulados durante o semestre e liberados em cota única no mês de julho, em forma de vale-compras, a ser usufruído em até um ano em qualquer unidade da cooperativa (supermercados, lojas agrocenter, fábrica de rações e postos de combustíveis Languiru).
 
“Importante destacar que nos meses em que a produção não registrar incremento no seu volume, não há o pagamento do bônus, mas o associado não perde o benefício já acumulado, podendo voltar a ser bonificado no mês seguinte. É uma maneira de estimularmos a sustentabilidade da produção”, explica o coordenador do Setor de Leite do Departamento Técnico da Languiru, Fernando Staggemeier.
 
Mais informações sobre o programa podem ser obtidas com os profissionais técnicos do Setor de Leite da Languiru ou junto ao Departamento Técnico, fone (51) 3762-5642. (Assessoria de Imprensa Languiru) 

 
Interleite Sul 2019
Seminário técnico tem como tema deste ano “Sistemas de Produção e Eficiência Econômica para o Sul do Brasil” e também a atualidade econômica, científica e mercadológica em seis painéis, com 20 palestrantes. Inscrições no SITE.
Datas: 8 e 9 de maio.
Local: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nés, em Chapecó (SC). (Correio do Povo)

Porto Alegre, 22 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.943

      CNA discute impactos da tributação no setor lácteo

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na terça (19) da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, para discutir os impactos da tributação ao setor lácteo.

De acordo com o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, um grupo técnico foi criado para avaliar quais os impostos que mais oneram a cadeia produtiva e solicitar ao Ministério da Economia a retirada deles. “O objetivo principal é reduzir os custos de produção do pecuarista e de comercialização da indústria e consequentemente, melhorar a competitividade do setor”, disse. Segundo ele, a primeira reunião do grupo, que será coordenado pela Embrapa Gado de Leite, acontecerá na próxima semana, em São Paulo. “Esse tema também está sendo discutido dentro do plano de melhoria da competitividade do leite, pois é uma das prioridades do setor”.

Durante a reunião, também foi debatida, no âmbito do plano, a necessidade de criação de um seguro específico para o produtor de leite.

“É uma demanda que diz respeito à mitigação de risco. Alguns modelos de seguros, como de renda, produção e faturamento já estão sendo avaliados para atender melhor o produtor e serão debatidos na próxima semana entre o Mapa, a CNA e um grupo de seguradoras”. (Alfonsin)
                 
 

Conseleite/MS 

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de março de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de fevereiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de março de 2019. (Famasul)

 

Leite também pode sofrer com queda nos preços

O relatório sobre perspectivas do Rabobank indicou que a oferta elevada de leite pode acabar limitando os preços do produto no Brasil. De acordo com a publicação, os bons preços adquiridos no primeiro semestre do ano podem fazer com que os produtores se sintam confiantes para aumentar a oferta. 

“De acordo com o indicador do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os produtores receberam R$1,41/litro (preço médio líquido) em fevereiro de 2019, comparado com R$1,06/litro em fevereiro de 2018 (preço corrigido pela inflação). Isso significa que o preço de fevereiro de 2019 foi 33% superior ao preço de fevereiro de 2018 em termos reais”, diz o relatório. 

Com custos de produção levemente superiores aos registrados no início de 2018, as margens do produtor de leite estão em território positivo no final do primeiro trimestre de 2019 e devem ajudar a estimular a produção no segundo trimestre do ano durante o período de entressafra, segundo o Rabobank. "Com a produção aquecida e a chegada da safra de inverno na região Sul do país, é provável um aumento significativo na oferta de leite no segundo trimestre”, completa. 

Levando em consideração o comércio internacional, as importações de lácteos “têm aumentado nos dois primeiros meses do ano, elevando o déficit comercial do Brasil”. Com preços ao produtor no Brasil comparativamente superiores aos praticados no Mercosul, “o leite importado da Argentina e do Uruguai está em patamares competitivos e as importações podem se manter em níveis elevados no segundo trimestre de 2019”. (Agrolink)

 

Mapa: acesso à internet no campo deve ter proposta para ampliação neste ano

O Secretario de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, deve entregar a ministra Tereza Cristina neste ano proposta para ampliar a conectividade no campo. Atualmente, informou, é possível acessar a internet em qualquer ponto do país por meio de satélite, “mas a um custo proibitivo para pequenos e médios produtores rurais”.

O secretário e equipe têm discutido alternativas de acesso à rede com empresas públicas e privadas do setor, com representantes do Ministério da Ciência, Te cnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), universidades, como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP.

A necessidade de ampliar o acesso à rede de internet foi um dos assuntos que o secretário tratou na XX Reunião da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, no Mapa, na última quarta-feira (20). “É um recurso que pequenos e médios produtores do agronegócio precisam para a melhoria da sustentabilidade, da competitividade e para a motivação da sucessão familiar no campo”, disse o secretário. Também foi discutida a importância de fazer o acompanhamento e dar suporte técnico ao Projeto de Lei 355/19 de autoria da ministra Tereza Cristina, que institui a Política Nacional de Incentivo à Agricultura de Precisão. (MAPA)

 

Estabilidade nos preços dos lácteos na UE

O último boletim do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), de 21 março, ressaltou:

- Em comparação com a semana anterior, os preços médios da manteiga, do leite em pó e do queijo cheddar na UE se mantiveram relativamente estáveis. Os preços do Emmental caíram 2,5%.
- Na semana passada houve ligeira queda no preço do leite no mercado spot da Itália (€ 0,41/kg)
- Os custos da alimentação animal caíram 3%, e os de energia subiram 1,5%, em relação à média das quatro semanas anteriores.
- Tendências divergentes nas cotações mundiais dos produtos lácteos expressas em dólar norte-americano.
- Os preços do leite em pó desnatado na UE e nos Estados Unidos encontram-se em nível similar, mas, 20% abaixo dos preços da Oceania.
- Aumento geral dos preços dos produtos lácteos na Oceania: manteiga (+5,9%), leite em pó integral (+5,8%), e queijo cheddar (+6,8%).
- Queda nos preços da manteiga na UE (-2,4%), do cheddar nos Estados Unidos (-4,3%) e do leite em pó desnatado nos Estados Unidos (-2,1%).
- O preço do leite em pó integral na UE, e na Oceania, agora estão no mesmo nível.
- A captação de leite na UE caiu 1,5% em janeiro de 2019 em relação a janeiro de 2018, o que resultou em 196.000 toneladas a menos de leite.
- A UE reduziu em janeiro sua produção de leite em pó desnatado (-8,5%), leite em pó integral (-6,4%), manteiga (-1,9%), queijo (-1%), e leite de consumo (-1%).
- A produção de leite da Nova Zelândia em janeiro (oitavo mês da campanha 2018/19) aumentou 7,7% em comparação com janeiro de 2018 (totalizando 4,9% de aumento entre junho e janeiro).
- Os Estados Unidos também começaram 2019 com aumento da produção de leite em comparação com o ano anterior (0,9%).
- A produção de leite da Austrália em janeiro (sétimo mês da campanha 2018/19) diminui 11,3% em comparação com janeiro de 2018 (acumulando perda de 6% de julho a janeiro). (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

UE – O uso do leite pelos europeus está mudando

As tendências nas preferências dos consumidores mudaram a forma como o leite está sendo processado na Europa. Nas últimas perspectivas da União Europeia (UE) para os lácteos, no curto prazo, houve deslocamento na utilização do leite fluido para diferentes produtos lácteos com maior valor agregado.
Entre 2007 e 2017, a produção de leite cru nos 28 países da UE cresceu 17%, o que representou 22,5 milhões de litros adicionais. Nesse mesmo período, o uso do leite para a produção do “leite de consumo” caiu, enquanto a produção de “outros produtos lácteos” cresceu. Incluídos nesta categoria estão produtos como fórmulas infantis, leite em pó Fat Filled, [leite em pó desnatado acrescido de gorduras vegetais], e outros produtos voltados para o mercado de saúde e nutrição.

A parcela de leite direcionada para produtos lácteos tradicionais, como creme, iogurte, queijo e manteiga permanece estável. (Dairy AHDB – Tradução livre: Terra Viva)
 
A PREVISÃO de El Niño de fraca intensidade para os próximos meses promete favorecer a concentração de umidade, com chuva pouco acima do normal no sul e no oeste do Estado. Essa variação, não deve, no entanto, ter maior influência sobre as culturas de inverno, segundo boletim do departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do RS.

Porto Alegre, 21 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.942

      Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Março de 2019 na cidade de Florianópolis, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Fevereiro de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Março de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.


1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Janeiro/2019: De 31/12/2018 a 03/02/2019
Mês de Fevereiro/2019: De 04/02/2018 a 03/03/2019
Decêndio de Março/2019: De 04/03/2019 a 17/03/2019

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sindileite/SC)

                 
 

INSTRUÇÃO NORMATIVA N º 3, DE 14 DE MARÇO DE 2019

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe conferem os art. 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019, tendo em vista o disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, na Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, no Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, e o que consta do Processo nº 21000.026650/2018-92, resolve:

Art. 1º Ficam estabelecidos os procedimentos de aprovação prévia de projeto, reforma e ampliação, registro de estabelecimento, alterações cadastrais e cancelamento de registro de estabelecimento junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA, e relacionamento de estabelecimentos junto ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SIPOA, na forma desta Instrução Normativa. (MAPA/Diário Oficial da União)

ACESSE A IN NA ÍNTEGRA

 

Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados 

O lançamento do livro ‘Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados’, coordenado por Adriano Gomes Cruz, editado pela Setembro Editora, acontecerá no Simpósio sobre Inovações e Avanços em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados, no Ital/Campinas, no dia 28 de março de 2019. Os participantes inscritos receberão um exemplar da obra. 

O livro traz artigos sobre vários temas relacionados à inovação no setor de produção de lácteos e aspectos fundamentais para serem observados nas indústrias de leite derivados. Os artigos escritos por pesquisadores e especialistas do setor abordam temas, tais como sistemas de qualidade no processamento de leite e derivados – novas abordagens; Limpeza e sanitização no processamento de leite e derivados; gestão ambiental no processamento de leite e derivados; tratamento de efluentes das indústrias de leite e derivados; análise térmica no processamento de leite e derivados; RMN no domínio do tempo na caracterização; tratamento ôhmico e campo elétrico pulsado no processamento de leite e derivados; emprego do processo de separação de membranas em leite e derivados; princípios e aplicações da crioconcentralção de leite e derivados; inovações no desenvolvimento de derivados lácteos probióticos, prebióticos e simbióticos; técnicas utilizadas para microencapsulação de bactérias probióticas; técnicas utilizadas para microencapsulação de bactérias probióticas; caracterização de microcápsulas probióticas e uso em derivados lácteos, entre outros. (Revista Indústria de Laticínios)

 

Preços/NZ

O aumento dos preços dos lácteos no mercado mundial aumenta as chances de a Fonterra ficar apta a pagar o preço do leite ao produtor pelo valor maior da faixa de previsão atual.

Ainda que a cooperativa esteja lutando para equilibrar seus negócios, existe uma boa notícia para os agricultores. Com as cotações mundiais dos lácteos em alta, é provável que o preço do leite nesta temporada seja pago a NZ$ 6,60/kgMS pela Fonterra.

Tanto os economistas do banco ASB, como do BNZ revisaram para cima o preço do leite na temporada, depois dos ganhos registrados nos leilões GDT da Fonterra. E, as perspectivas para a próxima temporada são, potencialmente, mais positivas. O economista Nathan Penny, do ASB aumentou NZ$ 0,35 em suas expectativas, prevendo o preço de NZ$ 6,60/kgMS nesta temporada, e de NZ$ 7/kgMS na abertura da próxima.

O economista Doug Steel do BNZ, projeta NZ$ 6,50/kgMS nesta temporada e NZ$ 6,70/kgMS no início de 2019/2020.

Penny ressalta que o preço do leite em pó integral subiu 10,2% desde que o ASB apresentou sua previsão em fevereiro, e as cotações se elevaram por oito leilões consecutivos.

“O aumento de preços, no entanto, pode ser uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que elevamos a previsão do preço do leite, também projetamos queda no crescimento da produção, que era de 5%, e agora passou para 3%. Com base no lucro líquido, as mudanças são positivas para o setor lácteo como um todo. Estimamos que elas representarão aumento de NZ$ 450 milhões de renda a mais no setor lácteo. No entanto, é preciso observar que os efeitos da mesma forma. O tempo seco e o clima quente prejudicaram de forma diferente, cada região”, explicou Penny.

Steel do BNZ também informou que o banco revisou para menos a produção de leite da Nova Zelândia, para um ganho entre 1 e 2% em relação à safra anterior. A última previsão era que haveria crescimento de 4%.“A queda de produção faz os preços subirem. O impulso dos preços tem sido maior do que em alguns meses atrás”. (interest.co.nz – Tradução livre: Terra Viva)

 
Mais de 2,7 mil propriedades de leite encerraram operações nos EUA em 2018
Propriedades leiteiras/EUA - Mais de 2,7 mil propriedades leiteiras nos Estados Unidos encerraram as operações em 2018, segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA).
A agência disse que produtores enfrentam preços mais baixos de leite e custos mais altos de produção. A maior parte das propriedades fica na região de Wisconsin e Alasca.
O consumo vem se desacelerando nos últimos anos, embora a produção global de leite tenha subido constantemente, deixando a indústria mais dependente das exportações, acrescenta o USDA. A agência estima que o país tenha 37,4 mil propriedades leiteiras licenciadas. O dado foi atualizado no fim de 2018. (Globo Rural)

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe conferem os art. 21 e 63 do Anexo I do Decreto nº 9.667, de 02 de janeiro de 2019, tendo em vista o disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, na Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, no Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, e o que consta do Processo nº 21000.026650/2018-92, resolve:

Art. 1º Ficam estabelecidos os procedimentos de aprovação prévia de projeto, reforma e ampliação, registro de estabelecimento, alterações cadastrais e cancelamento de registro de estabelecimento junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal - DIPOA, e relacionamento de estabelecimentos junto ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal - SIPOA, na forma desta Instrução Normativa.

...continuar lendo "INSTRUÇÃO NORMATIVA N º 3, DE 14 DE MARÇO DE 2019"

Porto Alegre, 20 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.941

      Edital de convocação – Assembleia Geral Extraordinária

Edital publicado na página 9 do Jornal Correio do Povo, em 16/03/2019. (Correio do Povo) 

 
                 
 

Com leite em pó integral valorizado, GDT sobe 1,9%

Ontem (19/03) o leilão GDT apresentou sua oitava alta consecutiva, com uma valorização de 1,9% em relação ao último evento. Todavia, as 21.713 toneladas representaram queda de 2.217 toneladas em relação ao leilão realizado no começo do mês, associado, por outro lado, a uma maior demanda pelo leite em pó integral e manteiga, o que resultou no aumento verificado. O preço médio dos produtos negociados no leilão foi de US$ 3324/ton. 

Com uma alta de 4% em relação ao índice anterior e um preço médio de US$ 3317/ton, a maior demanda pelo leite em pó integral puxou a alta do leilão GDT, com o integral correspondendo, sozinho, por mais da metade do volume negociado no leilão. A manteiga (+9,3%), o queijo (+3,9%) e a caseína (+9,7%) também ajudaram a puxar a alta do leilão.

Por outro lado, o leite em pó desnatado, que correspondeu a cerca de 25% do volume negociado no leilão, teve desvalorização de 2,4%, com um preço médio de US$ 2405/ton, o que “segurou” maiores elevações no preço médio do leilão. Além do desnatado, a gordura de leite anidra (-3,1%) e a lactose (-1,0%) também tiveram uma desvalorização em seu índice de preços.

As recentes elevações de preços no GDT têm relação com a desaceleração da produção nos principais mercados exportadores do mundo, notadamente nos Estados Unidos, na Austrália e na União Europeia.

Essa menor produção na União Europeia nos dois últimos meses de 2018 e um aumento na demanda por leite em pó explicam o quase esgotamento dos estoques públicos de leite em pó desnatado da União Europeia, com apenas pouco mais de 1000 toneladas estocadas em fevereiro de 2019, em contrataste com as 220.000 toneladas estocadas em nov/18. Este cenário explica a valorização de 24% do leite em pó desnatado esse mês em relação a mar/18. (Milkpoint/GDT)

 




Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Março de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2019 é de R$ 2,2916/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 

Nutrição infantil no País passará por uma análise

A Universidade Federal do Rio de Janeiro inicia a primeira etapa do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). O estudo é voltado para crianças de até cinco anos de idade e tem o apoio do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e Tecnológico (CNPq). 

A coleta de dados vai até dezembro próximo, com a divulgação dos resultados a partir de fevereiro de 2020. A primeira fase do estudo, inédito no Brasil com a abrangência e o detalhamento propostos em âmbito nacional, vai percorrer 123 municípios e todas as regiões do Brasil. O objetivo é coletar informações de cerca de 15 mil domicílios, o que pode significar obter informações de até 17 mil crianças menores de cinco anos de idade. 

Os resultados do “censo de nutrição infantil” permitirão ao Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional de Alimentação e Nutrição, formular políticas públicas baseadas em evidências voltadas para as crianças na faixa etária abaixo de cinco anos. Os primeiros estados a serem visitados são Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, totalizando 23 municípios. 

São eles: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro; Serra e Vitória, no Espírito Santo; Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Lauro de Freitas, Salvador e Simões Filho, na Bahia; Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Gravataí, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rio Grande, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Viamão, no Rio Grande do Sul. 

O coordenador nacional do Enani, Gilberto Kac, do Instituto de Nutrição José de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse que o estudo tem três metas. A primeira é mapear deficiências de micronutrientes (vitaminas e minerais) entre as crianças com menos de cinco anos, em termos de alimentação e nutrição. 

O estudo conseguirá mapear o estado nutricional bioquímico de crianças entre seis meses e 59 meses. O trabalho vai medir também a alimentação das crianças abaixo de 5 anos de idade. O terceiro objetivo é o mapeamento do estado nutricional antropométrico (conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes) que, no caso, inclui medir o peso e a altura das crianças e das mães. (ABR/Jornal do Comércio)

 
Cadastro no PNCBT - Atualização até o dia 31
Os veterinários habilitados que atuam no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCBT) têm até o dia 31 de março para atualizar seus cadastros. Os dados podem ser informados pela Internet ou entregues na Inspetoria de Defesa Agropecuária. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 19 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.940

      Venda do leite do Brasil depende da ampliação da produção e melhora da matéria-prima

Quinto maior produtor mundial de leite, o Brasil exportou em 2017 apenas 0,6% da sua produção inspecionada de lácteos. Mesmo prejudicado pelo baixo consumo interno em decorrência da crise, o setor não ampliou suas vendas externas, tendo fechado os últimos anos com déficit na balança comercial.

No entanto, é justamente o mercado externo que é visto como uma das vias para dois pontos fundamentais para a cadeia de leite: estabilidade nos preços e continuidade da expansão do setor. Estudo feito pela Embrapa Gado de Leite apontou que é a região Sul do país que tem viabilidade para exportar.

Em visita à 20ª Expodireto Cotrijal, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, explicou que não é todo o Brasil que tem condições de embarcar lácteos para outros países. Por isso, defende a elaboração de políticas públicas regionalizadas para os estados considerados mais competitivos. “Na Região Sul estão os municípios que têm produtividade por vaca compatível com a da Europa”, diz Martins. “E há uma densidade maior, já que várias propriedades estão próximas, com boas produtividades, o que facilita e torna mais barata a captação pelas indústrias”, acrescenta.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com mais alta produtividade de leite. Em 2016, a produção anual por vaca foi de 3,1 mil litros, em média, enquanto que a média nacional cai para 1,7 mil litros, segundo o IBGE. Em Não-Me-Toque e Passo Fundo, a produtividade é de 4,4 mil a 4,6 mil litros por vaca ao ano.

Mesmo acreditando que o Brasil não será grande exportador de lácteos, já que conta com a vantagem da alta demanda interna, Martins explica que é importante parte da produção nacional ser vendida para fora. “Todo produto que participa do mercado externo tem maior estabilidade de preços. A cotação da soja, do milho, do frango, por exemplo, é estável porque se traz para o mercado interno a estabilidade internacional”, observa.

Em 2018, segundo o Ministério da Economia, o Brasil exportou 10 mil toneladas de lácteos, enquanto importou 96 mil toneladas. “Toda vez que tivermos excesso de leite aqui e o preço estiver caindo, temos que colocar o produto com mais intensidade no mercado internacional, mas, para isso, tem que haver continuidade, tem que ter política de longo prazo”, argumenta Martins.


(Foto: Guilherme Almeida)

O produtor de leite em Westfália, no Vale do Taquari, Elimar Kalkmann, que visitou a Expodireto na quinta-feira, concorda que o Brasil precisa, pelo menos, equilibrar a balança comercial do leite. Disse ser insustentável, hoje, o produtor receber preços remuneradores durante três, quatro meses no ano e depois sofrer com valores depreciados. Admite que, embora ache rigorosas as normas do Ministério da Agricultura sobre qualidade, desconhece as exigências feitas pelos países. “Só que para nós, pequenos produtores, profissionalizarmos mais ainda a produção precisamos fazer investimentos pesados e aí é que está o problema”, ressalva Kalkmann.

Estudo da Embrapa aponta rumos
Apesar de já estar presente no mercado internacional, o Brasil tem diversos gargalos para resolver e consolidar uma participação mais efetiva. Dentro da porteira, o estudo da Embrapa apontou que é preciso ampliar a produção por propriedade, bem como a qualidade do leite. Fora da porteira, entre os fatores que tiram a competitividade das exportações está a tarifação alta de insumos.

Produtor de leite há 21 anos em Erval Seco, Norte do Estado, Eleandro Volpatto, acredita que sem redução dos custos dos insumos o pequeno produtor não alcançará competitividade. Ele concorda que é necessária a melhoria da qualidade da matéria-prima. “Hoje a qualidade é baixa e para resolver isso o produtor tem que ter acesso à assistência técnica”, pontua.

Outro problema levantado pelo estudo é a guerra fiscal. O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, diz que pelo fato de cada Estado ter uma política tributária diferente dos demais é difícil a existência de grandes plantas de laticínios no país como ocorre, por exemplo, na Nova Zelândia. “A guerra fiscal exige que as empresas façam fábricas em diferentes Estados para explorar as condições tributárias de cada um deles. Isto é muito danoso”, completa. (Correio do Povo)

                 
 

São retomadas as importações brasileiras de lácteos

No primeiro bimestre as importações brasileiras de produtos lácteos terminaram à frente de igual período de 2018, com a Argentina, novamente, liderando as vendas. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, entre janeiro e fevereiro foram importadas 29.954 toneladas de produtos lácteos, um aumento de 58,8% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. Com um preço de compra inferior, o aumento em dólares foi de quase 39%.

No primeiro bimestre as importações da Argentina totalizaram 18.120 toneladas, um salto de 79% em relação às 10.096 toneladas de janeiro e fevereiro de 2018. As compras de lácteos do Uruguai totalizaram 8.082 toneladas, um aumento de 42% em relação ao primeiro bimestre de 2018. O crescimento das importações ocorreu em um cenário de alta nos preços domésticos de leite. Segundo um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em fevereiro o preço do leite ao produtor subiu 10,2% em relação a janeiro. 

O valor médio de fevereiro foi de R$ 1,414 por litro (US$ 0,37, com o dólar cotado a R$ 3,80), um preço 33,8% acima do valor de igual mês do ano anterior. Trata-se do maior valor médio para o mês de fevereiro – em termos reais – desde que começou o levantamento do Cepea, em 2004. 

A intensificação da alta de preços esteve atrelada à oferta limitada da produção, em janeiro, e o aumento da concorrência entre as empresas para assegurar a matéria prima. O volume captado em janeiro foi menor do que as expectativas dos operadores do mercado. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
Estudo brasileiro indica que o kefir melhora a função cardíaca
The Journal of Nutritional Biochemistry publicou na edição de abril de 2019 estudo dirigido pela brasileira Mirian A Silva-Cutini, e que foi premiado em maio do ano passado, indicando que o tratamento com probióticos do kefir controla a pressão arterial, reduz o relaxamento do músculo cardíaco (hipertrofia cardíaca), e melhora a interação proteínas/cálcio, importante mediador da contração cardíaca. O estudo foi realizado em ratos hipertensos, e, deve ser realizado em humanos. “Essas descobertas sugerem que o kefir tem efeitos benéficos sobre a hipertensão e pode ser usado como um coadjuvante na redução da hipertensão”, escreveram os pesquisadores da Universidade de Vila Velha e da Universidade Federal do Espírito Santo no Brasil. 
Kefir no Brasil: A demanda global por kefir está explodindo conforme dados da Innova Marketing mostrando que o lançamento global de produtos de kefir quase triplicaram nos últimos cinco anos, com 140 produtos lançados nos últimos 12 meses. No Brasil, o interesse em kefir está, definitivamente, em ascensão, onde grande parte do kefir é preparado em casa, com porções diárias, com grãos de kefir obtidos por meio de doação, como uma “cadeia de probiótico”. A DuPont lançou recentemente uma linha de cultura de kefir, baseada em grãos de kefir liofilizados reais para ajudar a industrializar a categoria. (Dairy Reporter – Tradução livre: www.terraviva.com.br)