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O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) aprovou alterações no Programa de Indenização por Abate ou Sacrifício Sanitário de Animais Positivos da Pecuária Leiteira por Brucelose ou Tuberculose. A partir de agora, a indenização será aplicada levando em consideração a idade dos animais. A medida, proposta pelo Conselho Técnico Operacional da Pecuária de Leite, presidido por Darlan Palharini, foi atendida pelo Conselho Deliberativo em assembleia geral realizada no dia 15 de dezembro, em Porto Alegre, e entrou em vigor de imediato.

A expectativa é valorizar os animais que possuem capacidade produtiva mais elevada. Terneiras de até 12 meses, novilhas de 13 a 24 meses, vaca jovem de 25 a 36 meses, vaca adulta de 37 a 60 meses e acima de 60 meses correspondem a diferentes valores que variam de R$ 972,00 (para as sem registro) a R$ 2.700,00 (animais puro de origem, que são comprovados através do registro do animal nas associações de gado). O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, alertou, no entanto, que o produtor precisa comprovar a sua situação de contribuinte para receber a indenização em caso de sacrifício sanitário, quando é feito dentro do estabelecimento rural, ou de abate, quando o animal é encaminhado a um abatedouro que reúne as condições sanitárias necessárias.

O abate ou sacrifício é feito somente após os testes terem apontado reação positiva para Brucelose ou Tuberculose, as enfermidade mais impactantes para o rebanho leiteiro. A indicação é de que, quando houver alguma suspeita por parte dos produtores, a situação clínica seja informada à Inspetoria de Defesa Agropecuária da localidade para que possa ser avaliada por um médico veterinário. “Existe o direito do pagamento de indenização, porque é feita a retenção do animal, mas o direito é do produtor contribuinte”, alerta. O criador deve solicitar a indenização antes mesmo de ocorrer o abate, que tem prazo de 30 dias para ser realizado. Posteriormente, é feita a comprovação da contribuição e o pedido para pagamento é repassado ao Fundesa.

Durante a assembleia, também foi realizada a eleição da nova diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2017/2018. Segue na presidência do Fundesa Rogério Kerber acompanhado do vice-presidente Carlos Sperotto. Para o conselho, foram eleitos como membros titulares Alexandre Guerra, Ladislau Boes e Nestor Freiberger. Como suplentes estão Carlos Joel da Silva, Valdecir Folador e José Eduardo dos Santos. A posse acontece em 1º de fevereiro de 2017.

Confira os novos valores das indenizações:

 
 
 

ATÉ 12 MESES

TERNEIRA

13 A 24 MESES

NOVILHA

25 A 36 MESES

VACA JOVEM

37 A 60 MESES

VACA ADULTA

VACA ACIMA DE 60 MESES

Puro Origem

R$ 1.620 R$ 2.025 R$ 2.700 R$ 2.295 R$ 2.025

Puro Cruza Origem Conhecida

R$ 1.377 R$ 1.721 R$ 2.295 R$ 1.950 R$ 1.721
Puro Cruza Origem Desconhecida R$ 1.215 R$ 1.518 R$ 2.025 R$ 1.721 R$ 1.518
Sem Registro R$ 972 R$ 1.215 R$ 1.620 R$ 1.377 R$ 1.215

 

Crédito: Tais D'ávila

 

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.416

 

​​Fundesa muda regras para indenização de rebanho leiteiro

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) aprovou alterações no Programa de Indenização por Abate ou Sacrifício Sanitário de Animais Positivos da Pecuária Leiteira por Brucelose ou Tuberculose. A partir de agora, a indenização será aplicada levando em consideração a idade dos animais. A medida, proposta pelo Conselho Técnico Operacional da Pecuária de Leite, presidido por Darlan Palharini, foi atendida pelo Conselho Deliberativo em assembleia geral realizada no dia 15 de dezembro, em Porto Alegre, e entrou em vigor de imediato.

A expectativa é valorizar os animais que possuem capacidade produtiva mais elevada. Terneiras de até 12 meses, novilhas de 13 a 24 meses, vaca jovem de 25 a 36 meses, vaca adulta de 37 a 60 meses e acima de 60 meses correspondem a diferentes valores que variam de R$ 972,00 (para as sem registro) a R$ 2.700,00 (animais puro de origem, que são comprovados através do registro do animal nas associações de gado). O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, alertou, no entanto, que o produtor precisa comprovar a sua situação de contribuinte para receber a indenização em caso de sacrifício sanitário, quando é feito dentro do estabelecimento rural, ou de abate, quando o animal é encaminhado a um abatedouro que reúne as condições sanitárias necessárias. 

O abate ou sacrifício é feito somente após os testes terem apontado reação positiva para Brucelose ou Tuberculose, as enfermidades mais impactantes para o rebanho leiteiro. A indicação é de que, quando houver alguma suspeita por parte dos produtores, a situação clínica seja informada à Inspetoria de Defesa Agropecuária da localidade para que possa ser avaliada por um médico veterinário. "Existe o direito do pagamento de indenização, porque é feita a retenção do animal, mas o direito é do produtor contribuinte", alerta. O criador deve solicitar a indenização antes mesmo de ocorrer o abate, que tem prazo de 30 dias para ser realizado. Posteriormente, é feita a comprovação da contribuição e o pedido para pagamento é repassado ao Fundesa.

Durante a assembleia, também foi realizada a eleição da nova diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2017/2018. Segue na presidência do Fundesa Rogério Kerber acompanhado do vice-presidente Carlos Sperotto. Para o conselho, foram eleitos como membros titulares Alexandre Guerra, Ladislau Boes e Nestor Freiberger. Como suplentes estão Carlos Joel da Silva, Valdecir Folador e José Eduardo dos Santos. A posse acontece em 1º de fevereiro de 2017. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
 
 
Vacas selecionadas para tolerância ao calor perdem menos produção de leite no verão, segundo pesquisa
As vacas selecionadas para seu DNA para tolerância ao calor perdem menos produção de leite durante o clima quente e se recuperam melhor, de acordo com um estudo recente. O estudo, liderado pela pesquisadora, Josie Garner, demonstrou a validade das predições baseadas em testes de DNA para tolerância ao calor em vacas leiteiras.

Dois grupos de vacas com pesos similares, com rendimento similar de produção foram expostas a eventos de calor suave a moderado - de até 33oC - por quatro dias por duas horas à tarde, imitando as flutuações de temperatura e umidade que ocorrem em um dia de verão. Ambos os grupos tiveram redução na produção, mas as vacas selecionadas usando marcadores de DNA genômicos para tolerância ao calor se saíram melhor. Essas vacas perderam 5% menos produção de leite do que as vacas que era susceptíveis ao calor, e as vacas susceptíveis ao calor se recuperaram mais lentamente dentro do período medido de duas semanas.

Durante o período de calor de quatro dias, as vacas tolerantes ao calor registraram declínio de 12% na produção de leite, com as vacas susceptíveis ao calor reduzindo em 18%. As vacas tolerantes ao calor voltaram a seu estado fisiológico e ingestão de alimentos de antes do desafio do calor em seis dias, enquanto o outro grupo retornou no nono dia. Garner disse que embora as vacas tolerantes ao calor tenham sido mais rápidas em retornar ao seu estado fisiológico normal - estado antes do desafio do calor - nenhum grupo retornou ao nível de produção pré-desafio durante as duas semanas em que foram monitoradas. Mas os resultados mostraram que as vacas tolerantes ao calor foram menos afetadas pelo desafio.

Garner disse que ambos os grupos tinham a mesma temperatura corporal - 39ºC -, mas as vacas tolerantes ao calor foram melhores em dissipar o calor durante o desafio e uma média de meio grau mais frio do que as vacas susceptíveis ao calor. As vacas tolerantes ao calor se livraram de mais calor por respiração e também através da pele do que as vacas sensíveis ao calor.

A validação da tolerância ao calor para as predições de DNA levou 18 meses, com o trabalho inicial para estabelecer as previsões genômicas para tolerância ao calor em vacas leiteiras combinando 11 anos de dados de estações meteorológicas e dados de produção de leite de mais de 366.000 vacas, bem como dados genômicos. Um Australian Breeding Value para a tolerância ao calor está sendo desenvolvido por cientistas do Centro AgriBio.

Garner, que cresceu na região leiteira de Bega, NSW, e agora vive em uma fazenda leiteira vacinando vacas com seu parceiro, aproveitou a oportunidade para completar o estudo enquanto trabalhava como pesquisadora no Ellinbank. Foi uma oportunidade para seu PhD e ela estava "intrigada", de forma que incluiu uma avaliação em profundidade de fisiologias e genéticas das vacas. Garner também compreendeu o impacto que o calor tem na indústria.

Além de manter a saúde e a produção em um clima mais quente, esta pesquisa também foi considerada uma vitória para o bem-estar animal, porque as vacas são criadas para ser mais resistentes em condições mais quentes. A pesquisa de Garner foi publicada recentemente na revista científica internacional Nature-Scientific Reports. (Informações são do The Weekly Times)

Lutando com a oferta de leite para incentivar aumentos de preços em 2017

O último relatório trimestral do Rabobank diz que a expectativa é de que os preços dos produtos lácteos continuem se recuperando no ano novo devido as dificuldades com os volumes mundiais de produção de leite. A distribuição de leite na UE provavelmente não se recuperará até a segunda metade de 2017, devido aos incentivos financeiros para cortar a produção, bem como o aumento das taxas de abate em várias regiões importantes. Os meses de pico da Oceania foram afetados pelos baixos preços do leite e pelo clima ruim, então é improvável uma recuperação de volume significativa até que comece a nova temporada em meados de 2017.

O aumento da demanda por importações na China também deve ajudar a aumentar os preços, embora em menor grau do que a redução da oferta. No entanto, o aumento dos preços das commodities poderia, por sua vez, diminuir a demanda de outras significativas regiões importadores, o que pode, em parte, autolimitar a pressão crescente sobre os preços. Também se espera que os níveis de estoque dificultem os preços de alguns produtos, levando a uma maior divergência nos preços de diferentes commodities. Os preços do leite em pó desnatado (SMP), provavelmente, continuarão baixos em decorrência dos elevados estoques, enquanto os das manteigas subirão em 2017, segundo as previsões do Rabobank. (AHDB Dairy - Tradução Livre: Terra Viva)

Compradores de lácteos chineses estão menos satisfeitos com seu leite

A satisfação dos clientes está em uma espiral de baixa entre os consumidores de lácteos chineses, de acordo com o último relatório de pesquisa nacional sobre as atitudes dos compradores com relação ao leite fluido, que também destacou como o público está agora demandando produtos de maior qualidade. Os resultados da pesquisa, feita pela Associação para Qualidade da China (CAQ), que monitora os padrões, podem ser divididos nas áreas de satisfação, formato e distribuição.

O primeiro se refere à satisfação, imagem da marca e qualidade percebida - com todos caindo com relação ao ano anterior, segundo o relatório. Apesar dessa tendência de baixa nas opiniões ser apenas marginal, ainda deve ser vista como um alerta claro aos processadores e fornecedores de leite, escreveram os autores.

De acordo com o analista de mercado chinês, CCM, os consumidores de leite são sensíveis ao preço, embora, ao mesmo tempo, atribuam maior valor à qualidade e procedência e respondam pouco à atividade promocional. Cada vez que os preços aumentaram, os níveis de satisfação caíram. O relatório também mostrou a maior popularidade do leite fresco e do leite UHT. O leite UHT, em particular, ganhou popularidade porque seu processo de esterilização de alta temperatura garante aos consumidores preocupados que não há mais bactérias presentes no produto.

Um pouco mais de 30% do mercado agora prefere o leite UHT, segundo a pesquisa do CAQ, enquanto a segunda maior preferência pertence ao leite fresco, principalmente por seus valores nutricionais em relação aos leites aromatizados. O terceiro ponto chave refere-se a uma preferência substancial pelo leite líquido sobre o leite em pó, que os analistas atribuem a uma consciência das propriedades nutricionais no leite líquido.

E o último ponto lida com as preferências de distribuição: os supermercados ainda representam os lugares mais convenientes para comprar leite. De acordo com a pesquisa, quase 90% dos entrevistados preferiram os supermercados, enquanto o comércio eletrônico representou apenas 2% do mercado de compra de leite. Lojas de conveniência e entrega direta foram o segundo e terceiro canais mais populares após as vendas de supermercados.

Como defensora do potencial que o mercado de lácteos da China tem para os fornecedores internacionais de leite, a CCM disse que as mudanças nas preferências dos consumidores vêm criando novos mercados de lácteos que estão abertos para novos fornecedores. Esses mercados atuariam como contrapeso para a queda gradual no crescimento da demanda de leite líquido que a indústria viu nos últimos anos, acrescentou. (Informações são do Dairy Reporter)

 
Emater tem orçamento de R$ 229 milhões aprovado para o próximo ano no Estado
Os conselhos técnico e administrativo da Emater (CTA) e administrativo da Ascar (Conad) aprovaram o Plano Anual de Trabalho e o Orçamento da Instituição para 2017, com a presença de representantes de 21 entidades que integram os conselhos. Para o próximo ano, a Emater/RS-Ascar vai aplicar R$ 229 milhões no desenvolvimento de atividades socioassistenciais de natureza jurídica e constitucional, "compromisso mantido com o Estado há quase 62 anos, no fortalecimento e na qualificação dos agricultores familiares e demais públicos assistidos pela nossa instituição", avalia o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn. Os recursos provêm de convênios com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e com as prefeituras, além de chamadas públicas, dos serviços prestados de Classificação e Certificação, de Assistência Técnica e Crédito Rural e da elaboração de Proagro. De acordo com o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, "foi muito boa a compreensão dos conselheiros quanto aos resultados positivos apresentados pela gestão da Emater que, apesar de enxuta e da redução orçamentária, manteve o nível de atendimento das ações econômicas e técnico-sociais desenvolvidas por todos os colegas extensionistas no campo", disse. O diretor também ressalta os elogios recebidos por vários conselheiros, que manifestaram uma expectativa positiva quanto à execução da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) pela Emater/RS-Ascar, apesar da atual situação de dificuldades por que passa o Estado. "Estamos otimistas, pois nossa atuação comprometida com o bem-estar de milhares de famílias que vivem no meio rural é reconhecida por representantes de muitas entidades parceiras da Extensão Rural", observa Moura. (Jornal do Comércio)

 

Porto Alegre, 21 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.415

 

​​ Renegociação das dívidas dos Estados sem contrapartidas passa na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou ontem o projeto de lei da renegociação das dívidas dos Estados com a União, com a exclusão de quase todas as contrapartidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sob o argumento de que o desgaste de aprovar medidas que congelarão salários e cortarão benefícios dos servidores estaduais cabia os governadores e assembleias legislativas. No capítulo que afetará todos os Estados em troca do alongamento do prazo para pagar as dívidas com a União, além das reduções nas parcelas até 2018, restou apenas a regra que limitará por dois anos o crescimento das despesas gerais dos Estados à inflação. Na prática será um congelamento dos gastos, a exemplo do que ocorrerá com a União, mas por um período bem mais curto ¬ o governo federal estará sujeito à regra por pelo menos dez anos. Já o Regime de Recuperação Fiscal, versão da Lei de Falências para os Estados, suspenderá o pagamento das dívidas por três anos.

O Rio de Janeiro, por exemplo, reduzirá seus custos em R$ 7 bilhões por ano com a medida, que visa também Rio Grande do Sul e Minas Gerais, hoje os com maior dificuldade financeira. Em troca do alívio maior, o projeto estabelecia regras mais duras que o regime geral. Quem aderisse teria que suspender reajustes salariais já acertados ¬ os demais Estados só estariam proibidos de dar novos aumentos ¬ e reduzir incentivos fiscais e tributários ¬ que os outros só não poderiam ampliar. Praticamente todas saíram da lei. As contrapartidas dependerão agora da negociação individual de cada Estado com a União, jogando o desgaste e as pressões sobre o acordo para o governo federal e governadores que já demonstram dificuldade de aprovar o ajuste fiscal. O ministro da Fazenda pediu calma nas avaliações sobre o resultado da votação e disse que ainda estuda se recomendará a sanção ou o veto ao presidente Michel Temer. "Estou vendo comentários sobre como 'perdemos oportunidade histórica'. Também não é assim. Não há dúvida de que, do nosso ponto de vista, se a lei já dissesse o que o Estado tem que cumprir, seria mais fácil", disse. Mas ponderou que caberá à Fazenda recomendar ou não a aprovação do plano dos Estados e ao presidente aceitar. Em nota, a Fazenda ressaltou dois pontos excluídos pelos deputados que considerava importantes ¬ a definição de qual seria a situação dos Estados para torná¬los elegíveis ao regime de recuperação fiscal e as condições que teriam que cumprir para readquirir a solvência fiscal e financeira ¬, mas destacou que só serão aceitos os planos "que, de fato, viabilizem esse equilíbrio". 

O governo tentou, ao longo de todo o dia, impedir a aprovação, articulada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM¬RJ), juntamente com líderes da base e da oposição, além de governadores. A avaliação era que se a votação ocorresse em fevereiro, com quórum mais alto, seria possível manter algumas contrapartidas. O líder do governo, André Moura (PSC¬SE), recomendou a deputados governistas que não registrassem presença e, por mensagens aos partidos, orientou o esvaziamento da sessão. Pela manhã, após reunião com Meireles, ele disse que as alterações "realmente inviabilizariam o projeto" e resolveriam apenas pontualmente o problema, que voltaria a ocorrer mais tarde. Parte da base, em especial a bancada da bala, que era contrária às contrapartidas e tentava impedir a votação, mudou de postura quando percebeu a estratégia do governo. "Suplico aos partidos em obstrução que desistam. Não vamos deixar para fevereiro porque aí o governo vem com o bloco para arrebentar e aprovar o projeto do Senado", afirmou o deputado Major Olímpio (SD¬SP). O Senado atuou na contramão dos deputados e, além de reincluir as contrapartidas excluídas pela Câmara, ainda apresentou outras dentro do regime especial. Maia insistiu na votação e, após acordo com a oposição para retirar mais contrapartidas, como a responsabilização dos gestores públicos que descumprirem as regras do Regime de Recuperação Fiscal e regras mais específicas para privatização de estatais dos Estados, conseguiu aprovar o texto. Moura, que é desafeto do presidente da Câmara, foi um dos 296 deputados que votaram a favor ¬ apenas 12 foram contrários ¬, mas não discursou nem manifestou a posição do governo em plenário. 

O presidente da Câmara chegou a criticar, enquanto presidia a sessão, a postura do ministro da Fazenda e a possibilidade de os deputados aprovarem, na última sessão antes do recesso, um aumento na contribuição previdenciária dos servidores estaduais, como estava proposto. "Estamos ouvindo o Ministério da Fazenda, mas não precisamos dizer amém", afirmou. Ele consultou o presidente Michel temer, que teria liberado a votação. Relator do projeto, o deputado Esperidião Amin (PP¬SC) afirmou que o texto da Câmara avançava sem invadir direitos de servidores ou prerrogativas dos entes federados. "Se formos derrotados, o governo haverá de dar outra solução, mas sem a cumplicidade do Congresso Nacional", disse. "A versão do Senado é draconiana", criticou. À noite, Meirelles negou que tenha trabalhado, junto com o líder do governo, para não aprovar o texto. "Não fiz reunião com líderes, não é o papel do ministro da Fazenda, e não negociei nada. Fizemos uma recomendação, [pois] julgamos adequado o projeto aprovado pelo Senado", disse. Além das dívidas com a União, o texto permitirá alongar R$ 9 bilhões em débitos de companhias habitacionais com o FGTS. Questionado se o resultado não mostra que o governo terá dificuldade para aprovar a reforma dá Previdência, Maia afirmou que a proposta será aprovada porque é necessária para garantir o pagamento dos benefícios no futuro. (Colaboraram Rafael Bittencourt, de Brasília, e Rafael Moro Martins, para o "Valor", de Curitiba). (Valor Econômico)

 
 
 
Leite/Austrália

A produção de leite na Austrália atingirá, nesta temporada, o menor volume em vinte anos, devido à queda dos preços do leite fazendo com que os agricultores reduzissem seus rebanhos, disseram autoridades norte-americanas. O escritório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de Canberra disse que a produção australiana ficou sob pressão devido ao efeito conjunto das secas prolongadas e dos preços baixos. A produção para 2017 foi estimada em 9,3 milhões de toneladas, graças ao "rebanho leiteiro menor e à saída de indústrias". "A renda média das fazendas leiteiras caiu significativamente durante 2016 devido aos menores preços do leite ao produtor e à menor produção de leite por fazenda", disse o departamento. O USDA projeta a produção de leite em 2016 em 9,5 milhões de toneladas, abaixo da previsão oficial de 9,7 milhões de toneladas.

Preços baixos diminuem a produção
"Nos últimos anos, a indústria foi afetada por condições climáticas adversas e baixos preços internacionais dos produtos lácteos", disse o departamento. A queda internacional dos preços do leite começa a ceder, com os cortes na produção de leite. "A indústria de laticínios da Austrália foi parcialmente protegida pela queda dos preços internacionais, uma vez que cerca de 60% da produção é consumida no mercado interno." "No entanto, em abril de 2016, os principais processadores cortaram os preços do leite dentro da porteira", disse o departamento. "Após os cortes nos preços do leite, alguns dos quais foram retroativos, muitos produtores tornaram-se não rentáveis e em resposta abateram os bovinos leiteiros e removeram as vacas da produção."

Melhoria das perspectivas de pastagem
Mas o departamento observou uma "tendência mais positiva" para a produção leiteira, graças a um clima melhor e ao crescimento das pastagens desde meados de 2016. "As fortes chuvas em grande parte do leste da Austrália puseram fim à seca em algumas regiões e reduziu a necessidade de suplementos alimentares. A previsão de chuva para três meses até dezembro de 2016 também é positiva, apesar da intensa chuva em algumas regiões e alagamentos poderem afetar a produção de leite", disse o departamento. "Espera-se que o crescimento das pastagens seja significativo e consistente em Victoria, que responde por 60% do rebanho leiteiro nacional". O USDA disse que as melhores condições eram "suscetíveis de reduzir o abate do rebanho em 2017 e pavimentar o caminho para a recomposição gradual do rebanho". (AgriMoney - Tradução Livre: Terra Viva)

Produção/UE

A produção mundial de leite deverá ter um crescimento moderado nos próximos dez anos segundo o último boletim de previsões a médio prazo da Comissão Europeia (CE). O aumento será impulsionado por contínuos incrementos no consumo de produtos lácteos. A queda na renda e o crescimento demográfico nos faz pensar que a demanda mundial crescerá a um ritmo relativamente mais lento, de 1,8% ao ano (equivalente a 16 milhões de toneladas adicionais por ano). O crescimento da produção na União Europeia (UE) é estimado em média de 1,3 milhões de toneladas por ano (1,4%) nos próximos 10 anos. O aumento do consumo interno, em particular queijos, que absorverá parte deste crescimento. No entanto, o excedente será destinado ao mercado externo. Sendo assim, a previsão é de que a UE se transforme no maior exportador mundial de produtos lácteos até 2026, ficando à frente da Nova Zelândia. Os preços deverão continuar pressionados para baixo no curto prazo, diante dos elevados estoques de intervenção do leite em pó desnatado. A expectativa é de que os preços fiquem acima de € 32/100 kg na segunda metade do período de projeção, ou seja, entre 2021-2026. Apesar do atraso na chegada do aumento de preços. A CE estima que a rentabilidade das fazendas se manterão estáveis graças ao menor custo da alimentação animal. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Ministério da Agricultura negocia recursos externos para fortalecer defesa agropecuária

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está negociando junto ao Ministério do Planejamento pedido de linha de crédito de R$ 1,2 bilhão, junto ao Banco Mundial (Bird) ou ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os recursos serão destinados à implementação do Plano de Defesa Agropecuária.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, os recursos deverão ser repassados em três parcelas anuais de R$ 400 milhões. É a primeira vez que o Mapa busca recursos internacionais para realizar projetos de estruturação da defesa agropecuária.

O dinheiro será destinado ao fortalecimento dos laboratórios oficiais; reforço dos sistemas de defesa agropecuária; projetos de controle das moscas das frutas; gestão das áreas de fronteira; programas de controle da aftosa, da peste suína clássica e da tuberculose e brucelose bovinas. Também será direcionado para a melhoria do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e a revisão das normas da defesa agropecuária.

Conforme Rangel "esse é o momento de novos investimentos na defesa, para que o Mapa faça frente aos desafios dos próximos dez anos, entre eles o de ocupar 10% do mercado agrícola mundial". (As informações são do Mapa)

Leite/China

A satisfação do cliente está caindo entre os consumidores de lácteos chineses. De acordo com o último relatório de pesquisa nacional sobre as atitudes dos shoppers de leite líquido, o público está exigindo produtos de maior qualidade. Os resultados da pesquisa realizada pela Associação Chinesa para Qualidade (CAQ), um monitor de normas, podem ser divididos nas principais áreas: satisfação, formato e distribuição. A primeira diz respeito à satisfação, à imagem de marca e à qualidade percebida - cada uma das quais, segundo o relatório, diminuiu no último ano. Apesar desta tendência declinante em opiniões ser apenas marginal, ainda deveria ser vista como aviso claro para os fabricantes de leite e fornecedores, escreveram os autores.

De acordo com o CCM, analista do mercado chinês, os consumidores de leite são sensíveis ao preço, embora, ao mesmo tempo deem cada vez mais valor à qualidade e proveniência e respondam pouco à atividade promocional. Cada vez que os preços se elevam, consequentemente os níveis de satisfação diminuem, detectou o CCM. O relatório também destacou o aumento da popularidade do leite fresco e do leite UHT. O UHT, em particular, ganhou apoiadores, porque seu processo de esterilização de alta temperatura garante aos consumidores temerosos que as bactérias foram tratadas. Pouco mais de 30% do mercado prefere o leite UHT, constatou a pesquisa do CAQ, enquanto a segunda maior preferência pertence ao leite fresco, devido, principalmente, aos seus valores nutricionais em relação ao leite processado.

O terceiro ponto importante diz respeito a uma preferência considerável pelo leite líquido sobre o leite em pó, que os analistas relacionam à consciência das propriedades nutricionais do leite líquido. E o último lida com as preferências de distribuição: os supermercados ainda representam os lugares mais convenientes para a compra de leite. Segundo a pesquisa, quase 90% dos entrevistados preferiram supermercados, enquanto o comércio online foi responsável por apenas 2% do mercado de leite comprado. Lojas de conveniência e entrega direta foram os segundo e terceiro canais mais populares após as vendas nos supermercados.

Como um defensor do potencial que o mercado de lácteos da China tem para fornecedores de leite internacionais, o CCM disse que a mudança nas preferências dos consumidores tem criado novos mercados de lácteos abertos para recém-chegados abastecerem. Estes mercados agiriam como um contrapeso para o baixo crescimento da demanda de leite líquido que a indústria tem visto nos últimos anos, acrescentou. (Dairy Reporter - Tradução Livre: Terra Viva)

 
Frase do dia
"Certos números e comparações financeiras feitos por ex-dirigentes de empresas e fundações não são comprovados por dados concretos, são apenas opiniões. A CEEE tem muitos milhões em ações trabalhistas e tem previsão de déficit de R$ 300 milhões em 2017." Carlos Búrigo (PMDB), secretário-geral de Governo. (Jornal do Comércio)

Reunidos no final da manhã desta terça-feira (20/12), representantes dos principais laticínios que atuam no Rio Grande do Sul avaliaram o impacto do pacote de ajustes financeiros proposto pelo governo José Ivo Sartori. A principal medida de impacto no setor é a aprovação do PL 214, que dá a possibilidade de o governo cortar em até 30% os créditos presumidos concedidos ao setor laticinista. O projeto estava com o relator, deputado Elton Weber, para análise e teve debate retomado em função das propostas de ajustes emergenciais encaminhadas pelo Executivo. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, argumentou que a retirada dos créditos presumidos inviabiliza a produção láctea no Rio Grande do Sul, uma vez que serve apenas como correção de diferenças fiscais com outros estados.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

Porto Alegre, 20 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.414

 

​​2016 termina com preço do leite estabilizado no Rio Grande do Sul

Depois de um ano de pico histórico e consequente redução, o preço de referência do leite termina 2016 em estabilidade no Rio Grande do Sul. O valor consolidado de novembro ficou em R$ 0,9457, acima do projetado de R$ 0,9362. Para dezembro, o preço de referência estimado é de R$ 0,9407, apenas 0,53% abaixo do mês anterior. Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, além da sazonalidade normal da safra, os números refletem o momento econômico de contenção das importações. Isso porque, além do aumento dos preços do leite em pó nos últimos leilões no mercado internacional, a questão cambial tornou menos atrativa a importação pelo Brasil, o que garante maior estabilidade de preços no mercado interno. "As indústrias estão trabalhando na ribanceira. Tivemos um ano todo de inflação e estamos vendendo o leite UHT no mesmo preço do ano passado", pontuou Guerra. A posição é compartilhada pelo assessor da Fetag, Márcio Langer. "Tivemos alguns meses em 2016 que até achamos que as coisas estavam boas, mas agora estamos pior do que antes", lamenta, alertando para desestímulo no campo em função do aumento dos custos de produção. Entre as metas do Conseleite para 2017, foram alinhados dois pontos principais a serem pleiteados: a garantia de restrições à reidratação de leite em pó importado e políticas de apoio do governo através de compra governamentais

O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, disse que muitos produtores estão trabalhando no vermelho em função de endividamento para aquisição de maquinários e insumos. Segundo ele, a previsão é que muitos deixem a atividade nos próximos anos. "Levamos um baque com a importação do Uruguai, mas temos que ter claro que vivemos em um cenário globalizado. Se nosso preço estiver acima, vamos ter novamente esse baque", frisou, lembrando que o que determina preço ao produtor é o mercado.

Os dados tabulados pela Universidade de Passo Fundo (UPF) foram apresentados na manhã desta terça-feira (20/12) em reunião mensal do Conseleite pelo secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O encontro, realizado na sede do Sindilat, em Porto Alegre, contou com a presença de diversos representantes do setor industrial e dos produtores.

Exportações - Palharini ainda fez análise dos dados referentes à balança comercial dos lácteos. Em 2016, houve aumento de importações e redução de exportações, principalmente puxada pela menor aquisição de lácteos pela Venezuela. Nos primeiros 11 meses de 2016, os embarques brasileiros de lácteos somaram 51,2 mil toneladas frente a aquisições de 222,1 mil toneladas. . (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Carolina Jardine

 
 
Laticínios avaliam pacote do governo Sartori

Reunidos no final da manhã desta terça-feira (20/12), representantes dos principais laticínios que atuam no Rio Grande do Sul avaliaram o impacto do pacote de ajustes financeiros proposto pelo governo José Ivo Sartori. A principal medida de impacto no setor é a aprovação do PL 214, que dá a possibilidade de o governo cortar em até 30% os créditos presumidos concedidos ao setor laticinista. O projeto estava com o relator, deputado Elton Weber, para análise e teve debate retomado em função das propostas de ajustes emergenciais encaminhadas pelo Executivo. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, argumentou que a retirada dos créditos presumidos inviabiliza a produção láctea no Rio Grande do Sul, uma vez que serve apenas como correção de diferenças fiscais com outros estados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Carolina Jardine
 
 
Leilão GDT: Após 2 meses de alta, preços apresentam estabilidade

O leilão GDT, que ocorreu nesta terça-feira (20/12) apresentou relativa estabilidade de preços. O preço médio dos lácteos ficou em US$3.656/tonelada, queda de -0,5%. O leite em pó integral apresentou queda de -0,8%, fechando a US$3.568/ton. O leite em pó desnatado não teve variações, fechando seu preço a US$2.621ton. O queijo cheddar teve alta de 1,9%, com preço de US$3.826/ton. Nos 4 leilões anteriores, os preços de lácteos haviam apresentado alta. Tais variações eram justificadas pelas quedas de produção em importantes regiões produtoras, como Nova Zelândia, Austrália e Europa. (MilkPoint/GDT)

 
 
 
 
Aprovado decreto italiano que obriga a indicação da origem dos produtos lácteos

O Ministro italiano da Agricultura, Mauricio Martina, acaba de sancionar o decreto para constar obrigatoriamente nos rótulos a origem da matéria-prima dos produtos lácteos, uma vez que foi aprovado pela Câmara e pelo Senado italiano.
 Afetará muitos produtos lácteos como leite UHT, manteiga, iogurte, queijo, mussarela, etc. o decreto se aplica a leite de vaca, cabra, ovelha e búfala. O decreto italiano estabelece que o leite e seus derivados deverão obrigatoriamente indicar no rótulo a origem da matéria-prima enumerando:

a)"País de ordenha": nome do país no qual o leite foi ordenhado;
b) "País de embalagem ou transformação": nome do país em que o produto foi embalado ou industrializado.
Se as fases do processamento e embalagem for realizado em vários países, com exceção da Itália, pode utilizar para indicar a origem do leite as seguintes expressões:
 
Leite de países da UE = se a ordenha foi realizada em um dos vários países da UE.
Leite embalado e transformado em países da UE = se estas fases forem realizadas em um ou vários países da UE.
Se a operação foi realizada fora da UE se dirá "países não UE".
Estão excluídos da obrigação do decreto os produtos de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).
Segundo o Ministério italiano, 67% dos consumidores do país estão dispostos a pagar entre 5 e 20% a mais por um produto lácteo italiano. Além disso, 9 em cada 10 italianos querem conhecer a origem dos ingredientes dos alimentos.(Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)
 
Retrospectiva 2016 Nova Zelândia
Depois de duas temporadas miseráveis, existe a esperança de que os produtores de leite finalmente serão capazes de sair do prejuízo. O GlobalDairyTrade teve quatro aumentos consecutivos significativos, e os produtores de leite da Fonterra podem esperar um pagamento total em 2016/17 de NZ$ 6,50- $ 6,60 /kgMS, [R$ 1,18 a R$ 1,20/litro], antes das retenções, um salto enorme em relação aos NZ$ 4,30, [R$ 0,78/litro], de 2015/16. A expectativa é de que outras indústrias de laticínios cheguem ao mesmo nível. Não é bem um retorno aos dias de glória - o que seria NZ$8,50/kgMS, [R$ 1,55/litro], da Fonterra em 2013/14 - mas está bem à frente da estimativa inicial de NZ$ 5,05, [R$ 0,91/litro], do DairyNZ/kgMS. Não está tudo bom: o clima úmido da primavera reduziu a produção e o Reserve Banco [Banco Central] não equalizou a montanha de dívidas do setor lácteo - NZ$39 bilhões, pois os produtores pegaram mais empréstimos para passar pelos anos de baixa produção. Mas enquanto aguardam mais algumas boas temporadas para reparar os danos causados, ao menos as coisas estão prosperando. Chris Lewis, presidente da Federated Farmers Waikato, [Federação de Agricultores de Waikato], deu uma resposta apropriadamente cautelosa em novembro: "Estamos numa fase em que estamos quase começando a acreditar nisso", disse ele. (The Country - Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Depois de um ano de pico histórico e consequente redução, o preço de referência do leite termina 2016 em estabilidade no Rio Grande do Sul. O valor consolidado de novembro ficou em R$ 0,9457, acima do projetado de R$ 0,9362. Para dezembro, o preço de referência estimado é de R$ 0,9407, apenas 0,53% abaixo do mês anterior. Segundo o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, além da sazonalidade normal da safra, os números refletem o momento econômico de contenção das importações. Isso porque, além do aumento dos preços do leite em pó nos últimos leilões no mercado internacional, a questão cambial tornou menos atrativa a importação pelo Brasil, o que garante maior estabilidade de preços no mercado interno. “As indústrias estão trabalhando na ribanceira. Tivemos um ano todo de inflação e estamos vendendo o leite UHT no mesmo preço do ano passado”, pontuou Guerra. A posição é compartilhada pelo assessor da Fetag, Márcio Langer. “Tivemos alguns meses em 2016 que até achamos que as coisas estavam boas, mas agora estamos pior do que antes”, lamenta, alertando para desestímulo no campo em função do aumento dos custos de produção. Entre as metas do Conseleite para 2017, foram alinhados dois pontos principais a serem pleiteados: a garantia de restrições à reidratação de leite em pó importado e políticas de apoio do governo através de compra governamentais

O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, disse que muitos produtores estão trabalhando no vermelho em função de endividamento para aquisição de maquinários e insumos. Segundo ele, a previsão é que muitos deixem a atividade nos próximos anos. “Levamos um baque com a importação do Uruguai, mas temos que ter claro que vivemos em um cenário globalizado. Se nosso preço estiver acima, vamos ter novamente esse baque”, frisou, lembrando que o que determina preço ao produtor é o mercado.

Os dados tabulados pela Universidade de Passo Fundo (UPF) foram apresentados na manhã desta terça-feira (20/12) em reunião mensal do Conseleite pelo secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini. O encontro, realizado na sede do Sindilat, em Porto Alegre, contou com a presença de diversos representantes do setor industrial e dos produtores.

Exportações – Palharini ainda fez análise dos dados referentes à balança comercial dos lácteos. Em 2016, houve aumento de importações e redução de exportações, principalmente puxada pela menor aquisição de lácteos pela Venezuela. Nos primeiros 11 meses de 2016, os embarques brasileiros de lácteos somaram 51,2 mil toneladas frente a aquisições de 222,1 mil toneladas.

 

Crédito: Carolina Jardine

 

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.413

 

​​Irlanda: pesquisa aponta que leite de vacas criadas a pasto produz lácteos de melhor qualidade

Pesquisadores da Irlanda disseram que há evidências de que vacas criadas a pasto produzem produtos melhores. A maioria das vacas do mundo são criadas em confinamento, diferente do que ocorre na Irlanda, onde a indústria de lácteos é quase totalmente baseada em pastagem - algo que é promovido globalmente por meio da campanha Origin Green, promovida pelo Bord Bia, órgão responsável pelo setor alimentício irlandês.

Além disso, os consumidores geralmente associam que o leite e os produtos lácteos produzidos por vacas mantidas a pasto são "mais saudáveis" do que os de vacas confinadas (que consomem ração e concentrados). Pesquisadores da cidade irlandesa de Cork disseram que têm evidências científicas que mostram os benefícios do leite produzido a pasto em termos de propriedades nutricionais, aparência, sabor e cor.

A pesquisa foi liderada pelo Teagasc e por pesquisadores da University College Cork (UCC), incluindo a professora Catherine Stanton, do APC Microbiome Institute, e pelo professor Paul Ross, da UCC. Os estudos foram publicados em dois trabalhos publicados no Journal of Dairy Science neste mês. Esse estudo é parte de um grande programa colaborativo no Centro de Pesquisa Teagasc Moorepark e no APC Microbiome Institute, chamado "Profiling Milk From Grass" ("Perfil do leite produzido a pasto", em uma tradução livre), que é financiado pelo Teagasc, pela Science Foundation Ireland e pelo Dairy Research Trust.

O estudante de PhD da Teagasc, Tom O'Callaghan, que é primeiro autor de ambos os estudos, disse que os resultados mostram que o leite e os produtos lácteos de vacas criadas a pasto têm concentrações maiores de gordura, proteína e caseína. "Em particular, o leite de vacas criadas a pasto tem concentrações significativamente maiores de ácidos graxos saudáveis". Ele disse que as diferenças são refletidas na manteiga produzida por vacas criadas a pasto e que ela é superior em aparência, sabor e cor - conforme confirmado por dados de um painel sensorial.

"A manteiga produzida com leite oriundo de vacas criadas no pasto também é nutricionalmente superior para o coração, pois apresenta menores escores de aterogenicidade e contém concentrações significativamente maiores de CLA (ácido graxo saudável) e betacaroteno, que dá à manteiga a cor dourada".

Stanton destacou que a manteiga feita de leite de vacas criadas a pasto era muito mais amarela na cor e mais cremosa do que a feita com leite de animais criados em confinamento. O próximo passo é mostrar que isso tem uma influência positiva de longo prazo na saúde humana por meio de estudos clínicos.

O professor, Pat Dillon, chefe do programa de Pesquisa e Inovação Animal e de Pastagem do Teagasc, disse que a pesquisa confirma a qualidade superior dos produtos lácteos produzidos a pasto. Ele disse que também há benefícios financeiros, já que os sistemas de confinamento seriam 15 a 20 centavos por litro mais caros do que o sistema a pasto. (Informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Menos sobressaltos no mercado de lácteos 
Depois de um ano marcado por uma nova retração na produção de leite no Brasil, aumento das importações de lácteos ¬ o que elevou o déficit da balança comercial do setor ¬ e instabilidade nos preços internacionais, analistas esperam um cenário menos turbulento em 2017. A notícia positiva é que as condições para produzir leite no país devem ser mais favoráveis que no ano que passou, com uma menor pressão de custos. Esse fator somado à perspectiva de preços internacionais mais altos deve limitar as importações brasileiras, reduzindo o déficit da balança. Entre janeiro e novembro deste ano, o déficit da balança brasileira de lácteos ficou em US$ 436 milhões, mais de três vezes o saldo negativo registrado em todo o ano de 2015. O volume importado no período teve alta significativa (100 mil toneladas a mais) em relação ao janeiro a novembro de 2015, somando 225,5 mil toneladas. Tudo isso em decorrência, sobretudo, da menor oferta de leite no mercado interno. Mas a tendência é de que as importações de lácteos percam força, reduzindo o déficit, avalia Valter Galan, analista da MilkPoint, consultoria especializada no segmento. Uma das principais razões é que os preços internacionais devem desestimular as compras no exterior no ano que vem. "Com preços internacionais mais altos e dólar mais valorizado, a importação pelo Brasil deve cair 25% a 30%", estima. 

 

A perspectiva de alta nos preços internacionais se ampara em três fatores, segundo o analista: a produção de leite está em queda na União Europeia ¬ após um período de preços baixos em decorrência do fim do sistema de cotas, que estimulou a produção no bloco. A oferta também está sendo afetada pelo clima na Nova Zelândia e na Austrália. Além disso, a recente alta do petróleo no mercado internacional ¬ resultado da decisão de países produtores de reduzirem a produção ¬ deve estimular a demanda por lácteos nesses países. Para Galan, a valorização nos últimos leilões da plataforma Global Dairy Trade (GDT) já reflete esse novo cenário. Embora sempre haja incertezas em relação à China, a expectativa também é de alguma recuperação na demanda, já que houve abate de vacas leiteiras este ano no país, em decorrência de preços baixos aos produtores. A China é um dos maiores importadores mundiais de lácteos, mas seu apetite perdeu força este ano. Até outubro, o país importou 516,3 mil toneladas, 9,2% acima de igual período do ano passado. 

Esse ritmo de crescimento, porém, já foi maior. "Se esse cenário se confirmar, os preços devem ficar nos níveis atuais ou mais altos", diz Galan. No último leilão GDT, cujos preços são referência para o mercado internacional, a tonelada do leite em pó integral ficou em US$ 3.593, já acima dos níveis históricos de US$ 3.300 por tonelada. Ainda que considere que não deva ocorrer "nada de extraordinário" em relação à demanda internacional no próximo ano, Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria, afirma que o início da recuperação da demanda da China é um dos fatores que devem fazer os preços internacionais [do leite em pó integral] ficar entre US$ 3.500 e US$ 4.000 mil tonelada. 

À parte a oferta mais ajustada na Europa, o analista da Scot cita ainda a queda na produção nos Estados Unidos como fator que deve sustentar as cotações internacionais. Já para o Brasil, a expectativa é de que a produção comece a se recuperar após um ano em que os custos mais altos pressionaram as margens do setor durante a maior parte do período, avalia Ribeiro. Os preços mais baixos de milho e soja devem estimular o investimento em alimentação do gado leiteiro pelos pecuaristas. O menor custo dos grãos também deve permitir uma "recomposição de margens" pelos produtores, afirma o analista. Nesse cenário, "a produção no primeiro semestre do ano que vem deve ser maior que no primeiro semestre de 2016", avalia Galan. Neste ano, pelas estimativas da MilkPoint, a produção de leite inspecionada no Brasil deve ter caído cerca de 4% a 5% em relação ao volume de 24,05 bilhões de litros de 2015, conforme dados do IBGE em 2015. As previsões também são de clima "mais normal" no segundo semestre do próximo ano ¬ período de safra do leite ¬, acrescenta Ribeiro. Esse também é um fator favorável à produção. Em relação à demanda doméstica, porém, persistem incertezas em decorrência da crise econômica, e a expectativa é de que os preços aos produtores tenham variações mais próximas à inflação em 2017 após fortes altas neste ano, concordam Ribeiro e Galan. Em termos nominais, os preços aos produtores subiram 17,4% entre janeiro e novembro, segundo a Scot. 

Para Rafael Ribeiro, os volumes de venda de leite longa vida devem seguir crescendo, mas produtos de maior valor agregado, como iogurtes e queijos, devem continuar "patinando". Ao mesmo tempo em que há perspectiva de recuperação da produção de leite no Brasil, a menor disponibilidade da matéria¬prima na Argentina e no Uruguai ¬ principais fornecedores de lácteos para o Brasil ¬ também deve contribuir para o país importar menos, acredita Marcelo Costa Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos, que reúne laticínios brasileiros. E se os preços internacionais mais elevados são um fator de desestímulo às importações, podem dar alguma competitividade ao produto brasileiro no exterior, observa Martins. Segundo ele, algumas empresas já sinalizam que preços perto de US$ 4 mil a tonelada para o leite em pó integral, ao câmbio atual, criam um cenário mais favorável à exportação pelo Brasil. (Valor Econômico) 

REDUÇÃO DE INCENTIVOS E GRUPO DE PROTEÍNA ANIMAL

Após propor a redução de benefícios fiscais a indústrias, dentro do pacote que será votado a partir de hoje na Assembleia Legislativa, o governo do Estado pretende se debruçar sobre o setor de proteína animal. Um grupo de trabalho, formado por três secretarias e coordenado pelo presidente do BRDE, Odacir Klein, pretende identificar os gargalos que envolvem a produção de carnes e de leite. Uma das principais preocupações é não deixar que a perda de competitividade afaste investimentos tudo o que um Estado com as finanças em colapso não precisa.

- Queremos detalhar e aprofundar todo o setor de proteína animal. Sabemos que existem dificuldades na cadeia, como no abastecimento e na distância dos grandes centros consumidores - afirma Fábio Branco, secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Nos últimos anos, com a redução da área plantada com milho no Rio Grande do Sul, indústrias de aves e suínos optaram por ampliar seus investimentos em outros Estados - como Mato Grosso e Paraná, onde a safrinha responde por boa parte da produção do cereal no país.

Embora a relação da frente de trabalho com o pacote seja negada pelo governo, o grupo será uma forma de se reaproximar de empresários do agronegócio - após o projeto de lei de redução dos créditos presumidos ter sido desengavetado.

Além do Desenvolvimento Econômico, irão formar a frente de proteína animal as secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural. A escolha de Odacir Klein para coordenar os trabalhos se deu pela proximidade com o setor - acumulada em cargos anteriores de secretário da Agricultura e de presidente de entidades como a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

A próxima reunião do grupo está marcada para a primeira semana de janeiro, quando entidades representativas de indústrias já serão convidadas a participar. O clima do encontro dependerá do resultado da votação do pacote nesta semana - especificamente do projeto de lei que prevê a redução de até 30% dos incentivos fiscais.

Com testes a campo em diversas estações experimentais do Brasil, a Monsanto prepara a terceira geração de soja transgênica. A nova tecnologia, ainda sem nome, promete maior controle de lagartas e resistência a mais um herbicida, o dicamba - além do tradicional glifosato.

- A previsão de lançamento comercial é para 2020, mas isso vai depender da avaliação de agências regulatórias no país - informou Rodrigo dos Santos, presidente da Monsanto na América do Sul.

No último dia 8, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de um dos eventos da nova semente de soja desenvolvida pela Monsanto no Brasil. Como a tecnologia envolve mais de um evento, ainda serão necessárias outras liberações comerciais do órgão. Em entrevista à coluna, o executivo explicou que a terceira geração transgênica, antecedida pela RR1 e Intacta RR2, terá como principal diferencial o controle a plantas daninhas que criaram algum tipo de resistência ao glifosato - herbicida mais usado no mundo.

Comprada pela alemã Bayer há três meses, em uma transação histórica de US$ 66 bilhões, a Monsanto aguarda a análise de agências de regulação de mercado. A negociação, que resultará na maior fornecedora de sementes e químicos do mundo, precisa passar pelo crivo de diversos países.

- A pré-aprovação de Brasil, China, Índia, União Europeia e Estados Unidos é a mais relevante - destaca Santos, prevendo o fim do processo de análise regulatória para o final de 2017. ((Zero Hora)

Mais leite no RS

Em quatro anos, as pequenas indústrias lácteas do Rio Grande do Sul investirão R$ 130,4 milhões. Após aplicar cerca de R$ 70 milhões entre 2015 e 2016, o setor planeja outros R$ 60,8 milhões entre 2017 e 2018, segundo a Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil-RS).

O presidente da entidade, Wlademir Dall'Bosco, informa que os recursos serão aplicados na ampliação de plantas, modernização de equipamentos e assistência técnica para 9,4 mil produtores que fornecem a essas indústrias. Somente em qualificação, os investimentos mais do que duplicaram entre 2015 e 2016, chegando a R$ 5 milhões.

- Temos a preocupação em atender os pequenos produtores, por isso ampliamos este investimento em assistência e capacitação - ressaltou Dall'Bosco.

As empresas associadas processaram 730 milhões de litros de leite em 2016, representando 18% da produção gaúcha. Com os investimentos, devem chegar a 837 milhões de litros em 2018. Hoje, são cerca de 2,5 mil empregos, com previsão de chegar a 3 mil postos em dois anos. (Zero Hora)

 
Embrapa analisa oscilação do preço do leite nacional para produtores e consumidores (G1/Triângulo Mineiro)

 

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.412

 

​​Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 15 de Dezembro de 2016 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Novembro de 2016 e a projeção dos preços de referência para o mês de Dezembro de 2016. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)

  
  
 
Encontro da Atividade Leiteira é realizado em Vila Maria

Na última sexta-feira dia (09/12), foi realizado o 9º Encontro da Atividade Leiteira, no município de Vila Maria. O evento promovido pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura, e Associação Comercial, Serviços e Agropecuária de Vila Maria (ACIVI), aconteceu no Auditório Municipal Félix Rocco Cristan. E teve por objetivo contribuir para o conhecimento dos produtores de leite do município de Vila Maria e região. 

Os participantes conferiram palestras como Momento Sicredi, com o gerente da unidade do Sicredi de Vila Maria, Jair Ávila e alternativas forrageiras e nutrição de bovinos de leite, com a zootecnista e doutoranda pela Universidade de Passo Fundo (UPF), Valéria Biazus. 

O Encontro teve o apoio da Câmara de Vereadores, Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Vila Maria, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Maria, Cooperativa Santa Clara, Cooperativa Piá, Laticínios Princesul e da Faculdade de Medicina Veterinária da UPF, com patrocínio da Sicredi e da Gráfica Vila Maria. (Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Passo Fundo)

Cone Sul 

A chegada do verão na Argentina e no Uruguai aumenta gradualmente as temperaturas, provocando estresse nas vacas leiteiras. Embora o volume de leite esteja em declínio, existem suprimentos suficientes para as necessidades atuais da indústria. Os sólidos do leite (creme e proteína) estão em queda. De modo geral, os volumes de leite destinados ao processamento de leite fluido de consumo estão menores, em decorrência das férias escolares de verão. Portanto há mais leite disponível para industrialização. O processamento de queijo e de iogurte está muito ativo, com forte demanda por parte dos varejistas e foodservices. As condições das pastagens estão de razoáveis a boas na Argentina e no Uruguai. 

De acordo com o Instituto Nacional do Leite (INALE), em outubro, os volumes de leite das fazendas no Uruguai enviados para os processadores foram de 191,9 milhões de litros, 11,0% acima do mês anterior, mas 7,0% menor do que ano passado. De janeiro a outubro de 2016, a captação de leite pelas fábricas totalizou 1.427 milhões de litros, queda de 11,4% em relação ao mesmo período em 2015. O preço do leite pago ao produtor, em outubro, foi de UYU$ 8,93 por litro, 1,6% a mais do que mês anterior e 18,0% a mais do que no mesmo mês do ano passado, e equivale a US$0,31/litro ou cerca de US$13,83/cwt. A produção de leite na fazenda é desigual no Brasil, uma vez que prevalecem grandes chuvas no estado leiteiro de Minas Gerais. No entanto, com estas condições meteorológicas, muitos produtores estão antecipando a renovação de pastagens. A demanda de leite fluido de consumo por mercearias e restaurantes é boa, mas menor nas instituições de ensino. 

 
O volume excedente de leite está sendo destinado para a fabricação de leite em pó integral, porque a demanda da indústria de processamento de alimentos é forte. O engarrafamento de leite UHT está menos ativo esta semana. Houve ligeiro aumento nas cotações do leite no mercado spot nestas duas últimas semanas, saltando de R$1,09 para R$1,11 ou US$0,33. Esta semana, o preço médio do litro de leite UHT é de R$2,04 ou US$ 0,60. De acordo com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (CEPEA), o Índice de Captação de Leite (ICAP-L / Cepea) no Brasil, em outubro, foi de 187,65, um aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, porém 4,2% menor do que ano passado. O preço médio bruto recebido pelos produtores de leite no Brasil, em novembro, foi de R$1,34 por litro, o que representa queda de 10,9% em relação ao mês anterior, mas aumento de 27,3% em relação ao ano passado. Este montante é igual a US$0,42/ litro ou em torno de US$18,48/cwt. (USDA - Tradução livre: Terra Viva)

Tetra Pak lança nova embalagem assética de cartão

A Tetra Pak lançou uma nova versão da embalagem Tetra Brik Aseptic 1000 Edge, uma embalagem com sistema de abertura LightCap 30 de origem biológica. De acordo com a empresa, " a nova embalagem é produzida com uma película plástica e tampa fabricadas a partir de polímeros derivados da cana-de-açúcar. Em combinação com o cartão, a fração de materiais provenientes de fontes renováveis na embalagem eleva-se para mais de 80%, o limiar para a certificação quatro estrelas da Vinçotte, agência de acreditação, com sede na Bélgica, mundialmente reconhecida por avaliar o conteúdo renovável de embalagens."

Para além disso, segundo a Tetra Pak, esta nova versão "apresenta uma pegada de carbono 17% inferior comparativamente com a embalagem convencional, de acordo com uma análise de ciclo de vida independente conduzida pelo IVL - Instituto de Investigação Ambiental sueco."

"Aumentar o uso de materiais renováveis, definidos como recursos naturais que podem ser repostos ao longo do tempo, desempenha um papel cada vez mais importante na mitigação da escassez de recursos e nas alterações climáticas", refere Philippe Dewolfs, Presidente do Comité de Certificação da Vinçotte. "Esta é a única embalagem assética de cartão que certificámos, até ao momento, e qualificou-se para uma certificação de quatro estrelas." Já Charles Brand, Vice-presidente Executivo de Gestão de Produto e Operações Comerciais da Tetra Pak, explica que "há uma tendência crescente de consumidores que querem fazer mais pelo planeta e que querem que as marcas os ajudem. Com a certificação da Vinçotte, a nossa nova embalagem dá aos clientes informações credíveis para comunicarem com os consumidores, além de os ajudar a diferenciar os seus produtos." (Fonte: Distribuição Hoje)
 
Eleição do Fundesa
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), em reunião realizada ontem, reelegeu Rogério Kerber para o sétimo mandato à frente da entidade. Na assembleia, o fundo deliberou sobre os novos valores a serem pagos em indenização para criadores de gado leiteiro em caso de tuberculose e brucelose. Os valores variam de R$ 972,00 para animais sem registro - que representam 90% do gado leiteiro do estado - até R$ 2,7 mil para exemplares puros de origem. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 15 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.411

 

​​    Setor de serviços é determinante para os principais ganhos do PIB dos municípios gaúchos em 2014

A Fundação de Economia e Estatística (FEE), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quarta-feira, 14, o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios para 2014. O maior setor de atividade no Rio Grande do Sul é o serviços, que gerou um total de R$ 208,6 bilhões em 2014 (58,3% do PIB do estado), seguido pela indústria (20,2%) e a agropecuária (8,1%). O município com maior PIB segue sendo Porto Alegre (R$64,0 bilhões), seguida por Caxias do Sul, Gravataí, Canoas, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Rio Grande, São Leopoldo e Pelotas.
Os dez maiores municípios do estado representaram 42,2% do PIB total do RS (ante 42,7% em 2013). Dentre as características dessas 10 cidades está a população expressiva (população superior a 100.000 habitantes) e o setor de serviços como a atividade econômica mais importante. Em 111 municípios a agropecuária é a principal atividade. Já em outros 23 municípios a indústria é o principal setor. Os serviços se destacam em 363 municípios. Segundo o economista da FEE, Guilherme Risco, são vários município em que a atividade agropecuária é o maior setor, mas são cidades pequenas no geral e com isso, no todo do RS, a agropecuária acaba tendo um tamanho geral menor. "Já o setor serviços está presente em todos os municípios de uma  maneira geral, porque tem uma relação mais forte com as outras atividades", explica.

O maior Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária no Estado foi gerado no município de Cachoeira do Sul (1,6% do VAB da agropecuária gaúcha). Já o município de Caxias do Sul teve o maior VAB industrial do estado (9,8% do setor). Enquanto que Porto Alegre se destaca por ser o maior VAB de serviços do estado (22,8% do setor).

O PIB per capita do Rio Grande do Sul foi de R$ 31.927 em 2014. O município com maior valor no Estado continua sendo Triunfo (R$ 184.668,72), devido às atividades do polo petroquímico. Na sequência, destacam-se os Municípios de Muitos Capões (R$ 119.432,80), devido a produção de soja, Horizontina (R$ 103.535,12), em que predominam atividades de fabricação de máquinas agrícolas, e Pinhal da Serra (R$ 98.696,07), que possui uma usina hidroelétrica. Já os menores níveis de renda per capita são: Alvorada (R$ 10.637,61), Ametista do Sul (R$ 10.701,15), Caraá (R$ 10.935,27), Amaral Ferrador (R$ 11.110,28), Dezesseis de Novembro (R$ 11.382,48) e Benjamin Constant do Sul (R$ 11.385,67).

Da esquerda para direita: os economistas da FEE Guilherme Risco, Roberto Rocha, Martinho Lazzari (Diretor Técnico) e Juarez Meneghetti (Supervisor do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais) divulgam os dados para a imprensa e pesquisadores

No comparativo com 2013, o PIB do RS apresentou, em 2014, um crescimento nominal de 7,7%. Resultado de uma queda de 0,3% no volume produzido e um de um aumento de 8,0% nos preços. O setor que mais contribuiu para esse desempenho foi o de serviços, que cresceu nominalmente 11%. Os setores de indústria e agropecuária também apresentaram variações positivas de 4% e 0,42% respectivamente. Os cinco municípios que apresentaram maior crescimento relativo do PIB nominal foram: Candiota (82,8%), Nova Araçá (49,3%), Lindolfo Collor (37,2%), Santa Clara do Sul (35,4%) e Erval Grande (34,2%).

Os municípios que tiveram maior ganho de participação no PIB do Estado foram: Porto Alegre (0,45p.p), Santa Cruz do Sul (0,21 p.p), Guaíba (0,18 p.p), São Leopoldo (0,12 p.p), Santa Maria (0,08 p.p), Sapiranga (0,07 p.p), Horizontina (0,07 p.p), Pelotas (0,06 p.p), Novo Hamburgo (0,059 p.p) e Bento Gonçalves (0,058 p.p).

Em 2014 os municípios que tiveram a maior queda de participação no PIB do Estado foram: Canoas (-0,58 p.p), Rio Grande (-0,39 p.p), Triunfo (-0,34 p.p), Caxias do Sul (-0,19 p.p), Passo Fundo (-0,11 p.p), Aratiba (-0,11 p.p), Erechim (-0,08 p.p), Cruz Alta (-0,05 p.p), Ijuí (-0,04 p.p) e Tupanciretã (-0,039 p.p).

Mudanças de posição
As principais mudanças de posição em relação a 2013, nos maiores municípios, são: Gravataí sobe uma posição. Canoas cai uma. Santa Cruz do Sul vai de 8º para 5º. Novo Hamburgo sobe uma. Passo Fundo cai de 6º para 7º. Rio Grande cai de 5º para 8º. Pelotas cai uma posição. Dentre os 10 maiores, entra São Leopoldo (vai de 11º para 9º) e sai Triunfo (vai de 10º para 15º).

"Em 2014 não teve um evento mais extraordinário como quebra de safra, fatores climáticos ou mesmo recuperação expressiva de algum setor, sobretudo no agronegócio. Como a indústria cresceu pouco em termos nominais, o setor de serviços acabou se destacando e  com isso foi determinante para os municípios com melhor desempenho", explica Risco. (FEE)
 
 
IBGE: captação de leite no Brasil cai pelo 8º trimestre consecutivo
O IBGE divulgou nesta quinta-feira (15/12), os dados de captação brasileira de leite para o terceiro trimestre deste ano. O volume de leite captado no período foi de 5,8 bilhões de litros, 2,6% inferior quando comparado a este mesmo trimestre do ano de 2015. 

 

No acumulado de janeiro a setembro, a captação de leite apresentou queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2015, com um total de 16,9 bilhões de litros de leite captados, uma queda de cerca de 867 milhões de litros em relação ao ano passado. 

Os dados mostram que, devido às altas de preços que ocorreram na metade do ano, a captação de leite apresentou um cenário de menor retração do que nos 2 primeiros trimestres do ano. Enquanto a queda na captação deste terceiro trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2015 foi de 2,6%, as quedas no primeiro e segundo trimestres do ano haviam sido de, respectivamente, 4,5% e 7,8%. 

Com mais este trimestre de queda, a captação de leite do Brasil completou 8 trimestres consecutivos em retração, como pode ser conferido no gráfico 2 abaixo.

Gráfico 2 - Captação brasileira de leite - variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. 
  

Ao analisar o desempenho de captação das regiões brasileiras, em uma comparação a este mesmo trimestre do ano passado, apenas a região Sul apresentou leve alta, de 0,8%. As regiões Nordeste e Centro-oeste, por outro lado, apresentaram quedas mais significativas, de 10,7% e 6,6% respectivamente.

Gráfico 3 - Variação da captação de leite por região (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE. 

 

Como observa-se no gráfico 3, a região Sul foi a única que apresentou altas no seu leite captado para o 3º semestre. Em relação a este mesmo trimestre de 2015, as quedas foram de 4% em Minas Gerais, 0,8% em São Paulo, 0,2% no Paraná, 5,2% no Rio Grande do Sul e -4% em Goiás. Santa Catarina foi o único estado que apresentou alta, de 10,9% em relação ao 3º trimestre de 2015. 

Gráfico 4 - Variação da captação de leite nos principais estados (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE. 

 

Ideas for Milk: conheça a equipe vencedora do desafio!

O Ideas for Milk é o primeiro desafio de startups exclusivo para um dos maiores setores do agronegócio brasileiro: o leite, que reúne quatro milhões de trabalhadores, com 1,3 milhões de produtores atuando em 99% dos municípios brasileiros. O desafio foi idealizado como uma oportunidade para desenvolver um novo mercado, que associa o conhecimento disponível em instituições de pesquisa e ensino ao conhecimento em tecnologias da informação e comunicação, reunindo profissionais dos dois universos. A iniciativa abre caminho para uma visão sobre a pesquisa e a inovação no agronegócio, explorando o ambiente colaborativo e de respostas rápidas para os usuários finais. Os movimentos em curso no país e no exterior mostram que esse caminho é imprescindível na busca de desenvolvimento e competitividade para o mercado brasileiro.
Equipe vencedora: 

Uma plataforma que acompanha e gerencia a rota do leite desde o produtor até a indústria foi a iniciativa vencedora da final nacional do desafio de startups Ideas for Millk. A equipe SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite é de Belo Horizonte (MG) e apresentou a plataforma que automatiza e integra os dados do processo de coleta e captação de leite de laticínios e cooperativas de ponta a ponta. 

 
O segundo lugar ficou para a equipe Sytech Feeder (finalista de Juiz de Fora - MG), que desenvolveu um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras, com o objetivo de definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão de obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar. 

E o terceiro lugar ficou com a equipe SysLar - UFSC (finalista de Porto Alegre - RS), que apresentou um sistema para o monitoramento e controle em tempo real do percentual de gordura no leite, empregado na etapa de padronização, a fim de aumentar a eficiência da produção de leite e a qualidade dos produtos derivados.

De 137 inscrições selecionadas a oito finalistas
O processo de seleção durou cerca de cinco meses. Após o primeiro filtro seletivo, de 137 iniciativas foram escolhidas 40 para participar das finais regionais em oito cidades brasileiras: Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Viçosa (MG), Lavras (MG), Campinas (SP), São Carlos (SP), Piracicaba (SP) e Porto Alegre (RS).

Na etapa final do desafio, 31 profissionais de referência na pesquisa agropecuária, no mercado e em negócios de TI (tecnologia da informação) avaliaram os oito finalistas quanto: ao tamanho do problema a ser resolvido (relacionado ao tamanho do público-alvo e/ou mercado); à expectativa de longo prazo para o produto ser melhorado e expandido; quanto à dificuldade de implantação e execução da solução proposta: e quanto ao estágio de desenvolvimento do produto no momento do desafio. A Equipe MilkPoint parabeniza todos os participantes e o vencedor do concurso! Para mais informações, acesse: http://www.cnpgl.embrapa.br/ideasformilk. (Milpoint)

 
 
Rotulagem de alimentos 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Nacional de Saúde Pública do México (INSP) divulgaram em novembro um relatório defendendo a implementação da rotulagem nutricional na parte da frente da embalagem de alimentos para facilitar a compreensão do consumidor e prevenir a obesidade em crianças e adolescentes.  

O Idec apoia a iniciativa e defende que ela seja incluída nas normas de rotulagem nutricional no Brasil, em revisão pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O relatório contempla uma análise feita pelas organizações com mais de dois mil produtos alimentícios em quatro países da América Latina (Argentina, Chile, Costa Rica e México). A pesquisa constatou que 49% dos alimentos continham pelo menos uma alegação nutricional (uma frase no rótulo que destaca características positivas do produto) e 21% tinham personagens infantis. Cereais matinais e produtos lácteos, que contêm grande quantidade de açúcar, foram os que mais utilizam alegações nutricionais positivas, com 70% e 73%, respectivamente, de acordo com o levantamento. 

Para as entidades, a rotulagem de alimentos e bebidas ultraprocessados dirigidos a crianças e adolescentes deveria enfatizar os nutrientes que contribuem para o excesso de peso e para doenças crônicas não-transmissíveis, como açúcares adicionados, gorduras, sódio e energia. Além disso, elas defendem que os países devem regular os diferentes elementos da embalagem que podem influenciar na escolha de um produto, como personagens, alegações e ofertas promocionais. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, a prevalência de sobrepeso e obesidade infantil na América Latina é de 25% em crianças e adolescentes. "A promoção e publicidade de alimentos e bebidas contribuem significativamente para o aumento da obesidade nessa faixa etária e para o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis na idade adulta", destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

Melhorias no rótulo
As organizações também avaliaram a preferência dos consumidores entre modelos diferentes de apresentação da informação nutricional do rótulo. O relatório aponta que mais de 95% dos entrevistados com menor escolaridade preferiram o sistema de "semáforo", que indica por meio de cores o teor de nutrientes críticos para a saúde (açúcar, sódio e gorduras). Durante os meses de junho e julho deste ano, o Idec realizou uma pesquisa semelhante com consumidores brasileiros que apontou que 93,3% apoiavam a proposta de rotulagem frontal, e 71,2% dos consumidores preferiram o sistema de "semáforo", em relação aos outros.

O Idec defende que a revisão das normas de rotulagem de alimentos seja realizada o mais rápido possível, e apoia a adoção de informações frontais que destaquem os riscos que o alimento oferece à saúde. "O Brasil precisa avançar urgentemente na revisão das normas de rotulagem nutricional para que essa informação possa de fato ser utilizada para a promoção da alimentação adequada e saudável", afirma Bortoletto. (Idec)

 
 
Faturamento com as exportações de lácteos aumentou em novembro na comparação mensal
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Brasil exportou US$23,22 milhões em produtos lácteos em novembro deste ano. Na comparação com o mês anterior, o faturamento aumentou 80,0%. O volume embarcado também cresceu, mas em menor proporção. Passou de 4,96 mil toneladas em outubro para 6,19 mil toneladas em novembro, alta de 24,8%. O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 5,02 mil toneladas e US$20,64 milhões em faturamento. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela (67,3%), os Estados Unidos (7,8%) e Arábia Saudita (3,5%). Na comparação com novembro do ano passado, porém, o volume e o faturamento caíram 28,6% e 35,8%, respectivamente. (Scot Consultoria)