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15/12/2016

Porto Alegre, 15 de dezembro de 2016 .                                               Ano 10- N° 2.411

 

​​    Setor de serviços é determinante para os principais ganhos do PIB dos municípios gaúchos em 2014

A Fundação de Economia e Estatística (FEE), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quarta-feira, 14, o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios para 2014. O maior setor de atividade no Rio Grande do Sul é o serviços, que gerou um total de R$ 208,6 bilhões em 2014 (58,3% do PIB do estado), seguido pela indústria (20,2%) e a agropecuária (8,1%). O município com maior PIB segue sendo Porto Alegre (R$64,0 bilhões), seguida por Caxias do Sul, Gravataí, Canoas, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Rio Grande, São Leopoldo e Pelotas.
Os dez maiores municípios do estado representaram 42,2% do PIB total do RS (ante 42,7% em 2013). Dentre as características dessas 10 cidades está a população expressiva (população superior a 100.000 habitantes) e o setor de serviços como a atividade econômica mais importante. Em 111 municípios a agropecuária é a principal atividade. Já em outros 23 municípios a indústria é o principal setor. Os serviços se destacam em 363 municípios. Segundo o economista da FEE, Guilherme Risco, são vários município em que a atividade agropecuária é o maior setor, mas são cidades pequenas no geral e com isso, no todo do RS, a agropecuária acaba tendo um tamanho geral menor. "Já o setor serviços está presente em todos os municípios de uma  maneira geral, porque tem uma relação mais forte com as outras atividades", explica.

O maior Valor Adicionado Bruto (VAB) da agropecuária no Estado foi gerado no município de Cachoeira do Sul (1,6% do VAB da agropecuária gaúcha). Já o município de Caxias do Sul teve o maior VAB industrial do estado (9,8% do setor). Enquanto que Porto Alegre se destaca por ser o maior VAB de serviços do estado (22,8% do setor).

O PIB per capita do Rio Grande do Sul foi de R$ 31.927 em 2014. O município com maior valor no Estado continua sendo Triunfo (R$ 184.668,72), devido às atividades do polo petroquímico. Na sequência, destacam-se os Municípios de Muitos Capões (R$ 119.432,80), devido a produção de soja, Horizontina (R$ 103.535,12), em que predominam atividades de fabricação de máquinas agrícolas, e Pinhal da Serra (R$ 98.696,07), que possui uma usina hidroelétrica. Já os menores níveis de renda per capita são: Alvorada (R$ 10.637,61), Ametista do Sul (R$ 10.701,15), Caraá (R$ 10.935,27), Amaral Ferrador (R$ 11.110,28), Dezesseis de Novembro (R$ 11.382,48) e Benjamin Constant do Sul (R$ 11.385,67).

Da esquerda para direita: os economistas da FEE Guilherme Risco, Roberto Rocha, Martinho Lazzari (Diretor Técnico) e Juarez Meneghetti (Supervisor do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais) divulgam os dados para a imprensa e pesquisadores

No comparativo com 2013, o PIB do RS apresentou, em 2014, um crescimento nominal de 7,7%. Resultado de uma queda de 0,3% no volume produzido e um de um aumento de 8,0% nos preços. O setor que mais contribuiu para esse desempenho foi o de serviços, que cresceu nominalmente 11%. Os setores de indústria e agropecuária também apresentaram variações positivas de 4% e 0,42% respectivamente. Os cinco municípios que apresentaram maior crescimento relativo do PIB nominal foram: Candiota (82,8%), Nova Araçá (49,3%), Lindolfo Collor (37,2%), Santa Clara do Sul (35,4%) e Erval Grande (34,2%).

Os municípios que tiveram maior ganho de participação no PIB do Estado foram: Porto Alegre (0,45p.p), Santa Cruz do Sul (0,21 p.p), Guaíba (0,18 p.p), São Leopoldo (0,12 p.p), Santa Maria (0,08 p.p), Sapiranga (0,07 p.p), Horizontina (0,07 p.p), Pelotas (0,06 p.p), Novo Hamburgo (0,059 p.p) e Bento Gonçalves (0,058 p.p).

Em 2014 os municípios que tiveram a maior queda de participação no PIB do Estado foram: Canoas (-0,58 p.p), Rio Grande (-0,39 p.p), Triunfo (-0,34 p.p), Caxias do Sul (-0,19 p.p), Passo Fundo (-0,11 p.p), Aratiba (-0,11 p.p), Erechim (-0,08 p.p), Cruz Alta (-0,05 p.p), Ijuí (-0,04 p.p) e Tupanciretã (-0,039 p.p).

Mudanças de posição
As principais mudanças de posição em relação a 2013, nos maiores municípios, são: Gravataí sobe uma posição. Canoas cai uma. Santa Cruz do Sul vai de 8º para 5º. Novo Hamburgo sobe uma. Passo Fundo cai de 6º para 7º. Rio Grande cai de 5º para 8º. Pelotas cai uma posição. Dentre os 10 maiores, entra São Leopoldo (vai de 11º para 9º) e sai Triunfo (vai de 10º para 15º).

"Em 2014 não teve um evento mais extraordinário como quebra de safra, fatores climáticos ou mesmo recuperação expressiva de algum setor, sobretudo no agronegócio. Como a indústria cresceu pouco em termos nominais, o setor de serviços acabou se destacando e  com isso foi determinante para os municípios com melhor desempenho", explica Risco. (FEE)
 
 
IBGE: captação de leite no Brasil cai pelo 8º trimestre consecutivo
O IBGE divulgou nesta quinta-feira (15/12), os dados de captação brasileira de leite para o terceiro trimestre deste ano. O volume de leite captado no período foi de 5,8 bilhões de litros, 2,6% inferior quando comparado a este mesmo trimestre do ano de 2015. 

 

No acumulado de janeiro a setembro, a captação de leite apresentou queda de 4,9% em relação ao mesmo período de 2015, com um total de 16,9 bilhões de litros de leite captados, uma queda de cerca de 867 milhões de litros em relação ao ano passado. 

Os dados mostram que, devido às altas de preços que ocorreram na metade do ano, a captação de leite apresentou um cenário de menor retração do que nos 2 primeiros trimestres do ano. Enquanto a queda na captação deste terceiro trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2015 foi de 2,6%, as quedas no primeiro e segundo trimestres do ano haviam sido de, respectivamente, 4,5% e 7,8%. 

Com mais este trimestre de queda, a captação de leite do Brasil completou 8 trimestres consecutivos em retração, como pode ser conferido no gráfico 2 abaixo.

Gráfico 2 - Captação brasileira de leite - variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. 
  

Ao analisar o desempenho de captação das regiões brasileiras, em uma comparação a este mesmo trimestre do ano passado, apenas a região Sul apresentou leve alta, de 0,8%. As regiões Nordeste e Centro-oeste, por outro lado, apresentaram quedas mais significativas, de 10,7% e 6,6% respectivamente.

Gráfico 3 - Variação da captação de leite por região (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE. 

 

Como observa-se no gráfico 3, a região Sul foi a única que apresentou altas no seu leite captado para o 3º semestre. Em relação a este mesmo trimestre de 2015, as quedas foram de 4% em Minas Gerais, 0,8% em São Paulo, 0,2% no Paraná, 5,2% no Rio Grande do Sul e -4% em Goiás. Santa Catarina foi o único estado que apresentou alta, de 10,9% em relação ao 3º trimestre de 2015. 

Gráfico 4 - Variação da captação de leite nos principais estados (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015). Fonte: IBGE. 

 

Ideas for Milk: conheça a equipe vencedora do desafio!

O Ideas for Milk é o primeiro desafio de startups exclusivo para um dos maiores setores do agronegócio brasileiro: o leite, que reúne quatro milhões de trabalhadores, com 1,3 milhões de produtores atuando em 99% dos municípios brasileiros. O desafio foi idealizado como uma oportunidade para desenvolver um novo mercado, que associa o conhecimento disponível em instituições de pesquisa e ensino ao conhecimento em tecnologias da informação e comunicação, reunindo profissionais dos dois universos. A iniciativa abre caminho para uma visão sobre a pesquisa e a inovação no agronegócio, explorando o ambiente colaborativo e de respostas rápidas para os usuários finais. Os movimentos em curso no país e no exterior mostram que esse caminho é imprescindível na busca de desenvolvimento e competitividade para o mercado brasileiro.
Equipe vencedora: 

Uma plataforma que acompanha e gerencia a rota do leite desde o produtor até a indústria foi a iniciativa vencedora da final nacional do desafio de startups Ideas for Millk. A equipe SCL Rota - Sistema de Coleta de Leite é de Belo Horizonte (MG) e apresentou a plataforma que automatiza e integra os dados do processo de coleta e captação de leite de laticínios e cooperativas de ponta a ponta. 

 
O segundo lugar ficou para a equipe Sytech Feeder (finalista de Juiz de Fora - MG), que desenvolveu um sistema integrado hardware/software que monitora em tempo real o consumo de concentrados de bezerras, com o objetivo de definir o momento do desaleitamento, otimizar tempo e mão de obra, promover ganho em desempenho e reduzir custo alimentar. 

E o terceiro lugar ficou com a equipe SysLar - UFSC (finalista de Porto Alegre - RS), que apresentou um sistema para o monitoramento e controle em tempo real do percentual de gordura no leite, empregado na etapa de padronização, a fim de aumentar a eficiência da produção de leite e a qualidade dos produtos derivados.

De 137 inscrições selecionadas a oito finalistas
O processo de seleção durou cerca de cinco meses. Após o primeiro filtro seletivo, de 137 iniciativas foram escolhidas 40 para participar das finais regionais em oito cidades brasileiras: Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Viçosa (MG), Lavras (MG), Campinas (SP), São Carlos (SP), Piracicaba (SP) e Porto Alegre (RS).

Na etapa final do desafio, 31 profissionais de referência na pesquisa agropecuária, no mercado e em negócios de TI (tecnologia da informação) avaliaram os oito finalistas quanto: ao tamanho do problema a ser resolvido (relacionado ao tamanho do público-alvo e/ou mercado); à expectativa de longo prazo para o produto ser melhorado e expandido; quanto à dificuldade de implantação e execução da solução proposta: e quanto ao estágio de desenvolvimento do produto no momento do desafio. A Equipe MilkPoint parabeniza todos os participantes e o vencedor do concurso! Para mais informações, acesse: http://www.cnpgl.embrapa.br/ideasformilk. (Milpoint)

 
 
Rotulagem de alimentos 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Nacional de Saúde Pública do México (INSP) divulgaram em novembro um relatório defendendo a implementação da rotulagem nutricional na parte da frente da embalagem de alimentos para facilitar a compreensão do consumidor e prevenir a obesidade em crianças e adolescentes.  

O Idec apoia a iniciativa e defende que ela seja incluída nas normas de rotulagem nutricional no Brasil, em revisão pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O relatório contempla uma análise feita pelas organizações com mais de dois mil produtos alimentícios em quatro países da América Latina (Argentina, Chile, Costa Rica e México). A pesquisa constatou que 49% dos alimentos continham pelo menos uma alegação nutricional (uma frase no rótulo que destaca características positivas do produto) e 21% tinham personagens infantis. Cereais matinais e produtos lácteos, que contêm grande quantidade de açúcar, foram os que mais utilizam alegações nutricionais positivas, com 70% e 73%, respectivamente, de acordo com o levantamento. 

Para as entidades, a rotulagem de alimentos e bebidas ultraprocessados dirigidos a crianças e adolescentes deveria enfatizar os nutrientes que contribuem para o excesso de peso e para doenças crônicas não-transmissíveis, como açúcares adicionados, gorduras, sódio e energia. Além disso, elas defendem que os países devem regular os diferentes elementos da embalagem que podem influenciar na escolha de um produto, como personagens, alegações e ofertas promocionais. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, a prevalência de sobrepeso e obesidade infantil na América Latina é de 25% em crianças e adolescentes. "A promoção e publicidade de alimentos e bebidas contribuem significativamente para o aumento da obesidade nessa faixa etária e para o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis na idade adulta", destaca Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Idec.

Melhorias no rótulo
As organizações também avaliaram a preferência dos consumidores entre modelos diferentes de apresentação da informação nutricional do rótulo. O relatório aponta que mais de 95% dos entrevistados com menor escolaridade preferiram o sistema de "semáforo", que indica por meio de cores o teor de nutrientes críticos para a saúde (açúcar, sódio e gorduras). Durante os meses de junho e julho deste ano, o Idec realizou uma pesquisa semelhante com consumidores brasileiros que apontou que 93,3% apoiavam a proposta de rotulagem frontal, e 71,2% dos consumidores preferiram o sistema de "semáforo", em relação aos outros.

O Idec defende que a revisão das normas de rotulagem de alimentos seja realizada o mais rápido possível, e apoia a adoção de informações frontais que destaquem os riscos que o alimento oferece à saúde. "O Brasil precisa avançar urgentemente na revisão das normas de rotulagem nutricional para que essa informação possa de fato ser utilizada para a promoção da alimentação adequada e saudável", afirma Bortoletto. (Idec)

 
 
Faturamento com as exportações de lácteos aumentou em novembro na comparação mensal
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o Brasil exportou US$23,22 milhões em produtos lácteos em novembro deste ano. Na comparação com o mês anterior, o faturamento aumentou 80,0%. O volume embarcado também cresceu, mas em menor proporção. Passou de 4,96 mil toneladas em outubro para 6,19 mil toneladas em novembro, alta de 24,8%. O produto mais exportado foi o leite em pó, que somou 5,02 mil toneladas e US$20,64 milhões em faturamento. Os principais compradores dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela (67,3%), os Estados Unidos (7,8%) e Arábia Saudita (3,5%). Na comparação com novembro do ano passado, porém, o volume e o faturamento caíram 28,6% e 35,8%, respectivamente. (Scot Consultoria)

 

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