
Oficinas técnicas abordam exportação, gestão e nutrição animal

Sindilat
Porto Alegre, 21 de novembro de 2017 Ano 11- N° 2.625
Potencialidades do setor em pauta no 5º Fórum Itinerante do Leite
Crédito: Bruna Karpinski
A potencialidade do setor lácteo para avançar na exportação foi o tema central do 5º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen (RS). Cerca de 600 pessoas, entre estudantes, produtores, dirigentes de entidades e representantes do governo estadual e municipal participaram do evento, que ocorreu no salão de atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus Frederico Westphalen.
Com indústrias habilitadas à exportação, o setor precisa ampliar a sua competitividade e fortalecer as relações comerciais. "Precisamos trabalhar juntos, cada um dentro do seu espaço, buscando o mesmo foco", disse o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ressaltou a importância de produtores, indústrias e governos trabalharem juntos para avançar. E este é um dos objetivos do evento. "O Fórum Itinerante do Leite tem dado eco, tem ultrapassado fronteiras e tem mostrado a importância de trabalharmos unidos e focados", disse Guerra, destacando que o setor precisa ser otimista, pois tem todas as possibilidades e condições de avançar.
O agrônomo João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que falou sobre o potencial e os desafios da cadeia brasileira de lácteos, acredita que o setor tem capacidade de evoluir. "O Brasil pode manter suas vacas na pastagem quase dez meses no ano, condição semelhante à Nova Zelândia", descreveu Resende, chamando a atenção para a possibilidade de aproveitar este recurso natural para desenvolver a produção.
Outra oportunidade, segundo Resende, é o consumo, que saltou de 68 litros de leite por pessoa ao ano, em 1974, para 171 litros em 2016, em média. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda que cada pessoa consuma 220 litros por ano. E com o aumento da população mundial até 2050, a demanda tende a aumentar ainda mais, ampliando as possibilidades de mercado. A baixa produtividade é um dos problemas da falta de competitividade do setor, avalia Resende. Entre os entraves da atividade também está a flutuação de preços, a produção pulverizada e a escala de produção.
O secretário adjunto da Agricultura, André Petry, destacou o trabalho que vem sendo feito pelo Conselho de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), bem como a importância de ações em conjunto, citando a parceria da Seapi com outras instituições como a Embrapa, Emater e secretaria de Desenvolvimento Rural. Petry comentou ainda sobre a necessidade de rever as regras para importação e exportação de produtos lácteos no Mercosul para que se tenha competitividade e maior renda para quem produz e para a indústria, favorecendo o desenvolvimento regional do setor.
"O futuro é ser competitivo", afirma o agrônomo Airton Spies, secretário adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. "O potencial de produção é gigantesco, temos que aproveitá-lo na medida em que formos fazendo o dever de casa", disse, ressaltando que o setor precisa se tornar um player competitivo e conquistar o mercado global. Para avançar, considera, é necessário atenção a três aspectos: produto de qualidade, custo competitivo e cadeia organizada. Sobre a logística do processo de produção, Spies cita como exemplo que no Brasil são transportados 47 litros por quilômetro, em média, enquanto na Nova Zelândia são 220 litros por quilômetro.
O assessor de Política Agrícola da Fetag, Marcio Langer, destacou que o produtor vem fazendo o seu papel, junto com a indústria, por meio do melhoramento do rebanho, além de melhorias no manejo e sanidade para melhorar a qualidade do leite. Entretanto, reconhece que tais ações não têm sido suficientes, destacando que o setor precisa de políticas de Estado e de incentivo à atividade. O dirigente aproveitou o Fórum para solicitar proteção ao produtor e à indústria local para que o setor possa ter desenvolvimento. A reivindicação refere-se às importações de leite, solicitando revisão do processo ao governo federal.
Novo laboratório em Frederico Westphalen
Na abertura do evento, a professora Silvia Regina Canan, diretora da URI campus Frederico Westphalen, anunciou que em janeiro de 2018 a universidade terá um laboratório oficial de análise da qualidade do leite. Segundo ela, em dezembro, uma comissão de técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) fará a última auditoria. A medida irá beneficiar o setor como um todo, em especial os produtores e indústrias da região. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Políticas públicas e comprometimento são essenciais para avançar nas exportações
Crédito: Bruna Karpinski
O segundo painel do 5º Fórum Itinerante do Leite - Os Caminhos para Exportação, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen, abordou os desafios para indústrias e produtores. "Um dos problemas é que não temos uma política nacional para o setor", avalia o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Avançar rumo à exportação, acrescenta o dirigente, implica em uma equação que ajude a superar os desafios sem impacto social à atividade.
"Passamos por um processo de seleção dos produtores, mas também por um cenário de especialização", disse o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, referindo-se à redução do número de produtores na atividade. Em sua apresentação, Ries listou seis desafios para atingir a eficiência: incremento o mix de produtos para remunerar melhor o produtor; cooperação para abertura de novos mercados; melhoria da qualidade; produção com custo compatível; sanidade; e prestação de assistência técnica e gerencial para os produtores.
O supervisor do Senar Herton Lima, que participou do fórum representando a Farsul, relatou o caso e um produtor que em 2008 produzia 200 litros de leite por dia e que, em 2018, chegará a 1500 litros por dia. Após contar a história, pontuou que comprometimento do produtor e envolvimento da família são alguns dos segredos para avançar. "Está na nossa mão esta transformação. Essa é a semente, é o princípio do caminho da exportação", afirma.
O presidente da Apil, Wlademir Dall'Bosco, questionou a competitividade frente aos menores custos de produção dos principais países produtores de lácteos. Um dos caminhos, aponta o dirigente, é a inovação por meio do investimento em tecnologia do processo produtivo, além da revisão das cargas tributárias que eleva os custos.
"Acreditamos que o caminho seja a exportação, mas não podemos ficar limitados a um único mercado. Para não correr o risco de ficar dependentes", opinou o presidente da Cotrifred, Elio Pacheco. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Oficinas técnicas abordam exportação, gestão e nutrição animal
Crédito: Bruna Karpinski
Gerenciar custos, aumentar a produtividade e implantar uma política de remuneração por sólidos aos produtores são alguns dos passos necessários para avançar na exportação de produtos lácteos. Os temas foram debatidos na tarde desta terça-feira (21/11), durante a oficina Caminhos para a exportação, ministrada pelo agrônomo João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, e coordenada pelo secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. A capacitação, que ocorreu na URI campus Frederico Westphalen, integra a programação do 5º Fórum Itinerante do Leite.
O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assinala para a necessidade de encontrar alternativas de produtos com valor agregado para exportação, citando o queijo, a manteiga e o leite condensado. Resende destacou também a importância de ampliar o mix de produtos lácteos e para a oportunidade que se tem com a mudança dos hábitos de consumo.
"Temos que ser eficientes em todas as pontas se quisermos competir no mundo", opinou o produtor de leite Amauri Miotto, de Taquaruçu do Sul. Participante da oficina, Miotto acrescentou que é preciso encontrar um caminho para eliminar despesas desnecessárias.
Na avaliação do pesquisador da Embrapa, apesar das dificuldades, o setor lácteo vem crescendo e respondendo com produção. Um dos fatores que dificulta, entretanto, é a pulverização da produção. Em sua apresentação sobre competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos, Resende pontuou a necessidade de reduzir o volume de leite importado, medida que depende dos governos.
Durante a tarde, foram realizadas outras duas oficinas. A maior delas, que ocorreu no salão de atos do campus, abordou Gestão e sucessão na produção de leite e contou com a participação de mais de 500 pessoas, incluindo produtores que fizeram relatos pessoais de melhorias em suas propriedades. A outra oficina, sobre Nutrição da vaca leiteira: saúde do animal e qualidade do leite, foi realizada no auditório da universidade e contou com a presença de dezenas de pessoas, na maioria estudantes. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
GDT: último leilão de novembro mantém queda nas cotações
O leilão GDT realizado nesta terça-feira (21/11), indicou queda de 3,4% no preço médio dos lácteos, fechando em US$2.970/tonelada, valor mais baixo do ano até o momento - desde outubro de 2016 o valor médio não fechava em preços abaixo de US$ 3.000/ton. O produto que apresentou maior queda nesse leilão foi o leite em pó desnatado, com média de preço de US$1.701/tonelada, queda de 6,5%. O segundo produto com maior queda foi o queijo cheddar, com recuo de 4,2% e valor final de US$3.831/tonelada. O leite em pó integral desacelerou o movimento de quedas nos últimos leilões, e neste leilão foi o produto que apresentou menor queda entre todos os que desvalorizaram, recuo de 2,7% e valor final de US$2.778/tonelada. O descolamento entre o leite em pó integral e desnatado ficou em US$1.077/tonelada. (GDT/MilkPoint)
O segundo painel do 5º Fórum Itinerante do Leite – Os Caminhos para Exportação, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen, abordou os desafios para indústrias e produtores. “Um dos problemas é que não temos uma política nacional para o setor”, avalia o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini. Avançar rumo à exportação, acrescenta o dirigente, implica em uma equação que ajude a superar os desafios sem impacto social à atividade.
“Passamos por um processo de seleção dos produtores, mas também por um cenário de especialização”, disse o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico da Emater, referindo-se à redução do número de produtores na atividade. Em sua apresentação, Ries listou seis desafios para atingir a eficiência: incremento o mix de produtos para remunerar melhor o produtor; cooperação para abertura de novos mercados; melhoria da qualidade; produção com custo compatível; sanidade; e prestação de assistência técnica e gerencial para os produtores.
O supervisor do Senar Herton Lima, que participou do fórum representando a Farsul, relatou o caso e um produtor que em 2008 produzia 200 litros de leite por dia e que, em 2018, chegará a 1500 litros por dia. Após contar a história, pontuou que comprometimento do produtor e envolvimento da família são alguns dos segredos para avançar. “Está na nossa mão esta transformação. Essa é a semente, é o princípio do caminho da exportação”, afirma.
O presidente da Apil, Wlademir Dall’Bosco, questionou a competitividade frente aos menores custos de produção dos principais países produtores de lácteos. Um dos caminhos, aponta o dirigente, é a inovação por meio do investimento em tecnologia do processo produtivo, além da revisão das cargas tributárias que eleva os custos.
“Acreditamos que o caminho seja a exportação, mas não podemos ficar limitados a um único mercado. Para não correr o risco de ficar dependentes”, opinou o presidente da Cotrifred, Elio Pacheco.
Sobre o 5º Fórum Itinerante do Leite
O 5º Fórum Itinerante do Leite é promovido pelo Sindilat em conjunto com Fundesa, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), URI e Canal Rural. Também apoiam o evento AGL, Apil, Cotrifred, Creluz, Emater-RS, Embrapa, Famurs, Ocergs, Prefeitura de Frederico Westphalen, Senai-RS e Sicredi.
A potencialidade do setor lácteo para avançar na exportação foi o tema central do 5º Fórum Itinerante do Leite, realizado nesta terça-feira (21/11), em Frederico Westphalen (RS). Cerca de 600 pessoas, entre estudantes, produtores, dirigentes de entidades e representantes do governo estadual e municipal participaram do evento, que ocorreu no salão de atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus Frederico Westphalen.
Com indústrias habilitadas à exportação, o setor precisa ampliar a sua competitividade e fortalecer as relações comerciais. “Precisamos trabalhar juntos, cada um dentro do seu espaço, buscando o mesmo foco”, disse o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. O dirigente ressaltou a importância de produtores, indústrias e governos trabalharem juntos para avançar. E este é um dos objetivos do evento. “O Fórum Itinerante do Leite tem dado eco, tem ultrapassado fronteiras e tem mostrado a importância de trabalharmos unidos e focados”, disse Guerra, destacando que o setor precisa ser otimista, pois tem todas as possibilidades e condições de avançar.
Foto: Bruna Karpinski
O agrônomo João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, que falou sobre o potencial e os desafios da cadeia brasileira de lácteos, acredita que o setor tem capacidade de evoluir. “O Brasil pode manter suas vacas na pastagem quase dez meses no ano, condição semelhante à Nova Zelândia”, descreveu Resende, chamando a atenção para a possibilidade de aproveitar este recurso natural para desenvolver a produção.
Outra oportunidade, segundo Resende, é o consumo, que saltou de 68 litros de leite por pessoa ao ano, em 1974, para 171 litros em 2016, em média. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda que cada pessoa consuma 220 litros por ano. E com o aumento da população mundial até 2050, a demanda tende a aumentar ainda mais, ampliando as possibilidades de mercado. A baixa produtividade é um dos problemas da falta de competitividade do setor, avalia Resende. Entre os entraves da atividade também está a flutuação de preços, a produção pulverizada e a escala de produção.
O secretário adjunto da Agricultura, André Petry, destacou o trabalho que vem sendo feito pelo Conselho de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), bem como a importância de ações em conjunto, citando a parceria da Seapi com outras instituições como a Embrapa, Emater e secretaria de Desenvolvimento Rural. Petry comentou ainda sobre a necessidade de rever as regras para importação e exportação de produtos lácteos no Mercosul para que se tenha competitividade e maior renda para quem produz e para a indústria, favorecendo o desenvolvimento regional do setor.
Foto: Bruna Karpinski
“O futuro é ser competitivo”, afirma o agrônomo Airton Spies, secretário adjunto de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. “O potencial de produção é gigantesco, temos que aproveitá-lo na medida em que formos fazendo o dever de casa”, disse, ressaltando que o setor precisa se tornar um player competitivo e conquistar o mercado global. Para avançar, considera, é necessário atenção a três aspectos: produto de qualidade, custo competitivo e cadeia organizada. Sobre a logística do processo de produção, Spies cita como exemplo que no Brasil são transportados 47 litros por quilômetro, em média, enquanto na Nova Zelândia são 220 litros por quilômetro.
O assessor de Política Agrícola da Fetag, Marcio Langer, destacou que o produtor vem fazendo o seu papel, junto com a indústria, por meio do melhoramento do rebanho, além de melhorias no manejo e sanidade para melhorar a qualidade do leite. Entretanto, reconhece que tais ações não têm sido suficientes, destacando que o setor precisa de políticas de Estado e de incentivo à atividade. O dirigente aproveitou o Fórum para solicitar proteção ao produtor e à indústria local para que o setor possa ter desenvolvimento. A reivindicação refere-se às importações de leite, solicitando revisão do processo ao governo federal.
Novo laboratório em Frederico Westphalen
Na abertura do evento, a professora Silvia Regina Canan, diretora da URI campus Frederico Westphalen, anunciou que em janeiro de 2018 a universidade terá um laboratório oficial de análise da qualidade do leite. Segundo ela, em dezembro, uma comissão de técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) fará a última auditoria. A medida irá beneficiar o setor como um todo, em especial os produtores e indústrias da região.
Sobre o 5º Fórum Itinerante do Leite
O 5º Fórum Itinerante do Leite é promovido pelo Sindilat em conjunto com Fundesa, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), URI e Canal Rural. Também apoiam o evento AGL, Apil, Cotrifred, Creluz, Emater-RS, Embrapa, Famurs, Ocergs, Prefeitura de Frederico Westphalen, Senai-RS e Sicredi.
Foto: Bruna Karpinski
Porto Alegre, 20 de novembro de 2017 Ano 11- N° 2.624
Alternativas ao impasse
Para especialistas em comércio internacional, o impasse que envolve a circulação de produtos agropecuários no Mercosul está longe de ser resolvido em definitivo por meio de restrições aos demais países-membros. As alternativas, na avaliação deles, passam por reforçar a competitividade dos produtos brasileiros frente aos parceiros comerciais. "A saída para esse processo é mais ganhos de produtividade", defende o professor Marco Antonio Montoya, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade de Passo Fundo (UPF). Na avaliação dele, as medidas de barreiras protecionistas são transitórias e costumam ser adotadas em momentos de crise. Montoya toma como exemplo a cadeia do leite no Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, a produtividade é alta e o setor tem condições de competitividade.
Mas, na média estadual, percebe-se que ainda há muito por fazer. "O que é preocupante é que não exista uma política concreta de qualificação do leite, que busque incorporar o produto permanentemente na merenda escolar, por exemplo, já que ele tem um componente social nas cadeias produtivas", lamenta Montoya. Segundo o professor Charles Pennaforte, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o embate deve-se a uma questão estrutural de um bloco econômico onde todos os países são exportadores de produtos agrícolas. Com seus 207 milhões de habitantes, o Brasil é visto como um "gigante" pelos seus vizinhos, que tentam comercializar seus produtos neste mercado. "Para o Uruguai, o que justifica estar no Mercosul é justamente o acesso aos mercados brasileiros e argentino. Essa troca de produtos sempre vai existir", detalha Pennaforte. Um dos fatores que mais prejudicam a competitividade brasileira é a carga tributária, que, segundo ele, deveria ser readequada.(Correio do Povo)
Argentina - A "febre da manteiga" amortece, mas os preços continuam elevados
Neste mês de novembro a filial argentina da Saputo declarou exportações de 173 toneladas de manteiga a granel pelo valor médio ponderado de US$ 5.885/tonelada, tendo o valor máximo chegado a US$ 5.955/tonelada. Os destinos forma Iêmen, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Malásia. Segundo dados da alfândega, em novembro de 2016 foram registradas vendas de 209 toneladas de manteiga a granel, ao preço médio de US$ 4.908/tonelada, enquanto no mesmo mês de 2015, as exportações declaradas foram de 469 toneladas ao valor médio de US$ 2.790/tonelada. O preço FOB médio da manteiga exportada pelos países da Europa Ocidental começou a ceder nas últimas semanas, mas ainda continuam sendo muito elevados em termos históricos. Atualmente - segundo dados do USDA - se encontra na faixa de US$ 5.750 a US$ 6.100/tonelada, depois de haver alcançado o máximo anual de US$ 7.875 a US$ 8.400/toneladas na primeira quinzena de setembro de 2017. Uma queda da produção europeia de leite - incentivada por um programa comunitário para evitar desequilíbrio nos preços internos - fez com que as indústrias privilegiassem a elaboração de queijos (produto mais rentável) em detrimento de outros (como o leite em pó desnatado) que resulta no aumento da disponibilidade de creme e de manteiga.
"Na França o setor supermercadista está quase completamente concentrado em cinco grandes cadeias, as quais, tradicionalmente, negociam contratos de preços uma vez ao ano, usualmente em fevereiro", diz um recente boletim do USDA. Essa metodologia, da lei francesa foi criada com o propósito de conter pressões inflacionárias, mas, gera transtornos quando produtos exportáveis registram grandes variações de preços. "As indústrias de laticínios francesas pediram às cadeias a possibilidade de renegociar os contratos quando os valores internacionais da manteiga começaram a registrar altas no segundo trimestre de 2017, mas as redes de distribuição negaram", explica o boletim. Resultado: as indústrias de laticínios privilegiaram a exportação de manteiga em detrimento do mercado interno. "Muitos consumidores franceses, alarmados pelas notícias sobre a baixa disponibilidade de manteiga, incrementaram as compras para congelar o produto e armazená-lo. Além disso, confeitarias e restaurante compraram grandes volumes de manteiga nos supermercados, a preços regulados, o que agravou o problema do abastecimento do produto", acrescenta o relatório do USDA.
Se bem que a França importe grandes volumes de manteiga de outros países europeus, as cadeias de supermercados se negaram a realizar operações em grande escala e aceitar os elevadíssimos preços. Atualmente estão sendo negociados acordos de preços com as indústrias de laticínios para evitar agravar a escassez da oferta. A manteiga está sendo substituída pela margarina em diversos processos industriais, dado que este último produto (elaborado usualmente com óleo de palma hidrogenado) está sendo cada vez mais percebido como prejudicial para a saúde em diversas regiões do mundo. (valorsoja - Tradução Livre: Terra Viva)
Dispositivo criado na USP analisa qualidade de leite e evita desperdício na produção
O grupo desenvolveu um dispositivo de baixo custo para coleta e análise de amostras de leite durante a ordenha. Estudantes que integram uma startup iniciada na Universidade São Paulo (USP), em São Carlos, viajam para Índia neste fim de semana para fazer um estudo de mercado e tentar fechar parcerias. O grupo, que desenvolveu um dispositivo de baixo custo para coleta e análise de amostras de leite durante a ordenha, venceu em 1º lugar o prêmio Social Impact Award Switzerland (SIA Summit 2017), na Suiça, no mês passado.
Após arrecadarem cerca de R$ 2,6 mil em uma "vaquinha virtual" para custear parte da viagem, os alunos da USP receberam um prêmio no valor de R$ 13 mil, que será investido no projeto. A estimativa é que o protótipo esteja pronto até abril do ano que vem e disponível aos produtores no primeiro semestre de 2019. O projeto, que teve o apoio da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, concorreu no SIA Summit com outras inovações tecnológicas de 18 países, sendo que 13 finalistas foram escolhidos em Genebra.
O grupo de São Carlos faz parte agora de uma rede global que apoia empreendedores de impacto social e, por meio de um programa do governo suíço em parceria com universidades e instituições do Brasil e da Índia, os estudantes vão para Bangalore em busca de expansão. A Índia é o segundo produtor de leite no mundo, mas possui problemas muito parecidos com os enfrentados no Brasil, que é o 5º maior produtor.
Qualidade do leite
Um dos objetivos da Thinkmilk é exibir informações sobre a qualidade do leite, traços de antibióticos e possíveis doenças do animal. Com isso, é possível aumentar a produtividade de pequenos fazendeiros, ajudar na redução do desperdício e no combate à mastite, um dos maiores problemas da pecuária de leite brasileira.
Segundo o estudante Bruno Azevedo, equipamentos baseados em sensores de baixo custo podem explorar um vasto mercado que ainda não tem acesso a alta tecnologia.
"Com produtos de maior qualidade, o Brasil pode aumentar a exportação para mercados bastante exigentes, como o europeu. Isso melhora a competitividade e a renda de nossos pequenos fazendeiros, reduzindo a pobreza em regiões rurais e democratizando o acesso a alimentos de qualidade", avaliou.
O estudante participou de um intercâmbio na Suíça durante um ano e essa experiência gerou possibilidades para a tecnologia iniciada em São Carlos. "Os consultores e pesquisadores que nos apoiam têm experiência de anos trabalhando com outras startups que desenvolveram sensores e sistemas inovadores e, o que é mais importante, souberam transformá-los em produtos, levando-os para o mercado", ressaltou Azevedo.
Aprimoramento
Aperfeiçoar o sensor e integrá-lo ao sistema que monitora os sinais e processa os dados é o próximo passo da startup nos meses seguintes. "Temos uma expectativa de preço baseada no custo do protótipo, mas ainda é cedo para afirmar", disse o estudante. O grupo pesquisa as instituições brasileiras que têm contato direto com fazendeiros, pois precisa de dados mais precisos sobre o tamanho do mercado e as reais necessidades do produtor.
"Queremos oferecer uma solução completa por um preço menor que as existentes e que se pague em pouquíssimo tempo, gerando resultados visíveis ao fazendeiro logo nas primeiras semanas de uso", ressaltou Azevedo.
Além dele, fazem parte do grupo o doutorando Rodrigo Duarte Pechoneri, o servidor do Grupo de Óptica do IFSC João Marcelo Pereira Nogueira, além de outros parceiros suíços. Eles recebem orientação do professor de engenharia mecânica Daniel Varela Magalhães e têm como mentor o professor de engenharia de produção Daniel Capaldo Amaral. (G1)
Porto Alegre, 17 de novembro de 2017 Ano 11- N° 2.623
Edital - Eleições Sindicais
Edital publicado no Jornal Correio do Povo, no dia 17/11/2017, sexta-feira, página 18. CLIQUE AQUI para abrir o arquivo. (Correio do Povo/Sindilat)
A OMS publica um guia para prevenir a propagação da resistência antimicrobiana
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as actividades de agro-pecuária, piscícola e alimentar deixem de utilizar sistematicamente antibióticos para estimular o crescimento e prevenir doenças em animais saudáveis.
As novas recomendações da OMS têm como finalidade preservar a eficácia dos antibióticos importantes para a medicina humana reduzindo o seu uso desnecessário nos animais. Nalguns países, aproximadamente 80% do consumo total de antibióticos de importância médica dá-se no sector animal, principalmente para estimular o crescimento em animais saudáveis.
O abuso e o uso indevido de antibióticos em animais e em humanos estão a contribuir para o aumento da ameaça que representa a resistência aos antimicrobianos. Alguns tipos de bactérias causadoras de infecções humanas graves já são resistentes à maioria ou à totalidade dos tratamentos disponíveis, e há muito poucas alternativas prometedoras em fase de investigação.
Numa revisão sistemática publicada no The Lancet Planetary Health conclui-se que as intervenções que restringem o uso de antibióticos em animais destinados à produção de alimentos reduzem as bactérias resistentes aos antibióticos nestes animais até 39%. Esta investigação serviu de base, directamente, para produzir as novas directrizes da OMS.
A OMS recomenda firmemente uma redução geral do uso de todas as classes de antibióticos de importância médica nos animais destinados à produção de alimentos, incluindo a restrição completa destes fármacos para estimular o crescimento e prevenir doenças sem diagnóstico prévio. Só se deverá administrar antibióticos a animais saudáveis para prevenir uma doença se esta foi diagnosticada noutros animais do mesmo efectivo ou da mesma população de peixes.
Sempre que seja possível, devem-se realizar análises aos animais doentes para determinar o antibiótico mais eficaz para tratar, de maneira prudente, a sua infecção específica. Os antibióticos utilizados em animais deverão eleger-se de entre os que, de acordo com a OMS, são «de menor importância» para a saúde humana, e não de entre os classificados como «de importância crítica e de máxima prioridade». Estes antibióticos costumam ser o tratamento de último recurso ou fazem parte de uma série limitada de tratamentos dos que se dispõe para tratar infecções bacterianas graves em humanos.
Muitos países já adoptaram medidas para reduzir o uso de antibióticos em animais destinados à produção de alimentos. Por exemplo, em 2006 a União Europeia proibiu o uso de antibióticos para estimular o crescimento. Os consumidores também estão a impulsionar a procura de carne produzida sem o uso sistemático de antibióticos, pelo que algumas importantes cadeias alimentares estão a adoptar a política de «ausência de antibióticos» para a compra de carne. CLIQUE AQUI para acessar a versão em inglês. (http://www.who.int)
Recuperação da produção de leite na China deve conter importações em 2018
A China verá "importações restritas" tanto de leite em pó desnatado quanto de leite em pó integral em 2018, com as compras diminuídas por uma recuperação da produção leiteira do país, reforçada pela modernização da indústria.
A agência de Pequim do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em sua primeira previsão para oferta e demanda de produtos lácteos da China do ano que vem - visto como uma influência fundamental nos preços mundiais - previu que a produção de leite será de 36,5 milhões de toneladas, um aumento de 2,8% com relação ao ano anterior.
O aumento, bem acima da previsão de 1,5% do Rabobank, recuperaria cerca de metade do mercado perdido durante o declínio da produção em 2016 e 2017. E isso reflete, além de uma queda nos custos de silagem de milho, melhorias na produtividade incentivadas pela genética aprimorada e pela melhora das práticas de criação, o que deverá manter a melhora da produção de leite no país. "A China continuará vendo uma maior produção como resultado de investimentos de longo prazo na genética de gado leiteiro e da consolidação e modernização das instalações lácteas", disse a agência.
No entanto, o aumento da produção deverá afetar a demanda de importação de produtos lácteos da China, com a agência dizendo que o "aumento da produção doméstica irá restringir as importações, encerrando uma tendência de crescimento de importações de vários anos".
De fato, as importações de leite em pó integral deverão aumentar em 50.000 toneladas, para 500.000 toneladas, sustentadas pela preferência dos consumidores por produtos estrangeiros, após uma série de escândalos no início desta década pela contaminação do produto doméstico. "Os produtos de leite em pó integral importados continuam sendo vistos pelos consumidores chineses como sendo mais seguros e mais confiáveis. Eles também têm um prazo de validade de mais de dois anos - geralmente o dobro dos produtos chineses similares".
No entanto, as compras de leite em pó integral - dos quais a China é o principal importador, consumidor e produtor - permanecerão bem abaixo do recorde de 671 mil toneladas de 2014, devido ao armazenamento em meio aos medos relacionados ao aumento dos preços. E as importações chinesas de leite fresco cairão para o menor volume em três anos, de 520 mil toneladas. Enquanto isso, as importações de leite em pó desnatado cairão em 25.000 toneladas para o menor volume em três anos, de 200.000 toneladas, informou a agência, prevendo uma recuperação nos preços relativos dos do leite em pó integral.
"A indústria relata que os fabricantes de produtos lácteos chineses usaram relativamente mais leite em pó desnatado para substituir o leite em pó integral, porque os preços do leite em pó desnatado eram baixos o suficiente para compensar a diferença de qualidade. No entanto, à medida que o preço leite em pó desnatado se recupera em 2018, as importações e o uso provavelmente diminuirão para os níveis anteriores".
Na verdade, os preços do leite em pó desnatado aumentaram no último leilão GlobalDairyTrade, na semana passada, mostrando crescimento de 1,2%, em comparação com uma redução de 5,5% do leite em pó integral. "Isso foi uma surpresa, porque a Fonterra aumentou o volume de suas ofertas de leite em pó desnatado nos próximos 12 meses, uma indicação de amplas ofertas", disse o Conselho de Produtores de Leite dos EUA. (As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
O 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação contará com uma série de oficinas que busca contribuir para a qualificação dos processos produtivos na prática. Ministradas na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), elas ocorrerão a partir das 14h. Desta vez, os grupos de trabalho pretendem realizar uma avaliação aprofundada dos temas propostos, com interlocução e apresentação de cases.
Serão três oficinas ao todo. A primeira falará de “Gestão e sucessão na produção de leite” e será coordenada pelo engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal –da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti. Ainda participam o zootecnista Fábio Eduardo Schlick e o professor da URI Leandro Bittencourt de Oliveira. A programação inclui apresentação de case das famílias Castelli, de Iraí, e Cansian, de Taquaruçu do Sul.
A segunda oficina da tarde abordará a “Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite” O trabalho será coordenado pelo doutor em Produção e nutrição animal e professor da URI Sandro Paixão. O médico veterinário Abílio Galvão Trindade Ferreira falará sobre a alimentação no pré parto e o colega Thiago Caetano Schmidt Cantarelli sobre mastite bovina. Por fim, a professora doutora Rosselei Caiél da Silva abordará a importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados.
A terceira oficina dará sequência ao tema central do fórum ao tratar dos “Caminhos para a exportação”. Com coordenação do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini,o grupo contará com apresentação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite João Cesar de Resende.
O 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. Para participar basta solicitar credenciamento por meio dos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br), do Sindilat-RS (www.sindilat.com.br) ou da URI- Frederico Westphalen (www.fw.uri.br)
PROGRAMAÇÃO DAS OFICINAS
1 – Gestão e sucessão na produção de leite
Local: Salão de Atos da URI – 700 vagas
Coordenação da oficina: Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção animal – Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, RS.
14h – Abertura
14h05min – 1º painel: Planejamento forrageiro – Fábio Eduardo Schlick, zootecnista, mestre e doutor em Zootecnia - ATR de Sistemas de Produção Animal, Escritório Regional da Emater de Bagé. (Exemplo prático de planejamento – projeto SisLeite da Emater).
14h35min – 2º painel: Manejo de plantas forrageiras – Leandro Bittencourt de Oliveira, professor doutor – URI de Frederico Westphalen, RS (Exemplo prático de manejo – aluno do curso de Tecnólogo em Agropecuária da URI)
15h05min – Programa de gestão sustentável da agricultura familiar – Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo – ATR de SPA e Gestão Rural do Escritório Regional da Emater de Frederico Westphalen, RS.
15h20min – Case de sucesso no PGS – O trabalho da família Castelli de Iraí,RS - Equipe da Emater de Iraí e família Castelli.
15h45min – Case de sucesso na gestão da atividade leiteira – O trabalho da família Cansian – Taquaruçu do Sul – Família Cansian e URI.
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
2 – Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite
Local: Auditório da URI – 125 vagas
Coordenação da oficina: Sandro Paixão, zootecnista Sandro José Paixão – Dr. em Produção e nutrição animal e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Frederico Westphalen, RS.
14h05min – 1° painel: Alimentação no pré parto: reflexo na produção, sanidade e na qualidade do leite - Abílio Galvão Trindade Ferreira, médico veterinário, mestre em Produção Animal, consultor na área de nutrição e reprodução animal pela empresa NUTRE Saúde e Produção Animal, instrutor do Senar-PR.
14h55min – 2º painel: Técnicas de controle e medidas preventivas da mastite bovina - Thiago Caetano Schmidt Cantarelli - Médico veterinário, pós-graduação em Clínica e Técnica Cirúrgica Veterinária, médico veterinário da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Câmpus de Frederico Westphalen)
15h05min – 3° painel: Importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados - Rosselei Caiél da Silva, professora doutora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus de Frederico Westphalen)
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
3 – Caminhos para a exportação
Local: Sala de aula da URI – 50 vagas
Coordenação da oficina: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS
14h – Abertura
14h15min – Competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos - João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
14h45min – Caio Vianna, presidente da CCGL – Exportação
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
Vivendo uma das maiores crises de sua história recente, a produção leiteira precisa urgentemente ganhar competitividade para, com isso, galgar novos clientes para os produtos brasileiros no exterior. Esta é a tônica central do 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação, que será realizado no próximo dia 21 de novembro (terça-feira), em Frederico Westphalen. Promovido pelo Sindilat, em conjunto com Fundesa, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), URI e Canal Rural, o evento reunirá lideranças, pesquisadores, representantes da indústria e produtores para debater as mudanças que precisam ser implementadas no processo produtivo. “Precisamos, todos juntos, achar um caminho para que o setor leiteiro do Brasil conquiste maior estabilidade e dê a produtores e indústria condições de seguir na atividade”, frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O fórum também tem o apoio AGL, Apil, Cotrifred, Creluz, Emater-RS, Embrapa, Famurs, Ocergs, Prefeitura de Frederico Westphalen, Senai-RS e Sicredi.
Um dos palestrantes mais esperados da programação, que começa às 9h no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), é o pesquisador da Área de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, João Cesar de Resende. “Falar de competitividade exige que se trate de custos de produção, que no Brasil ainda são muito elevados”. Segundo ele, entre os principais entraves para o desenvolvimento estão uma produção altamente pulverizada que eleva despesas de captação, produtividade baixa, problemas de logística e alta carga tributária, que, além de corroer os lucros, eleva o preço dos insumos. A solução, alerta ele, passa por incentivo do poder público seja com melhores condições de escoamento da produção, seja por meio de subsídio para a aquisição de tanques e melhoria da nutrição animal.
Enquanto isso, alerta Resende, há muito a ser feito pelos próprios elos da cadeia do leite, como investimento em genética para obtenção de vacas com mais potencial produtivo e em modelos mais eficientes de gestão. Só assim, acredita ele, será possível fazer frente a países como o Uruguai e a Argentina, que exportam seu leite exatamente por terem custo menor.
Apesar dos constantes alertas de que os pequenos produtores estão em risco de deixar a atividade, Resende argumenta que ”ser pequeno” não é sinônimo de baixa competitividade. Muito pelo contrário. De acordo com o especialista, propriedade familiares podem ter excelentes índices de desempenho exatamente por utilizarem mão de obra familiar e terem um custo operacional menor. “Não é o porte do produtor que define sua competitividade. Temos que buscar boa produtividade por meio de animais e de mão de obra qualificada”, recomendou. A garantia de qualidade do produto entregue é outro ponto fundamental para achar o caminho da exportação. “O mercado busca muita qualidade e isso inclui controle de índices como CCS e CBT”. Para melhorar essas questões, a sugestão é o trabalho em equipe. “Os setores não podem ser isolados. É preciso olhar a produção leiteira como um todo e pensar em um sistema de integração, talvez como o adotado na avicultura, onde todos ganhem mais”.
O 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. Pela manhã, estão previstos dois painéis de debate. O primeiro tratará de "Mercado externo de lácteos e políticas públicas" e o segundo se propõe e analisar os "Desafios para indústrias e produtores". À tarde, três oficinas promoverão discussão técnica e apresentação de cases de produtores e empresas que trabalham rumo à excelência. Para participar basta solicitar credenciamento por meio dos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br), do Sindilat-RS (www.sindilat.com.br) ou da URI- Frederico Westphalen (www.fw.uri.br)
PROGRAMAÇÃO
8h – Credenciamento e welcome milk
8h30min – Boas-vindas
9h – Painel: Mercado externo de lácteos e políticas públicas (ao vivo)
João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
Ernani Polo, secretário da Agricultura - RS
Moacir Sopelsa, secretário da Agricultura - SC
Norberto Ortigara, secretário da Agricultura - PR
Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS
Debate e perguntas
10h30min – Painel: Desafios para indústrias e produtores (ao vivo)
Jaime Ries, assistente técnico da Emater-RS
Caio Vianna, presidente da CCGL
Rogério Kerber, presidente do Fundesa
Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul
Wlademir Dall’Bosco, presidente da Apil
Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS
11h20min – Debate e perguntas
12h – Encerramento da transmissão ao vivo
12h15min – Almoço
12h35min – M&Cia
14h – Oficinas técnicas
1 – Gestão e sucessão na produção de leite
Local: Salão de Atos da URI – 700 vagas
Coordenação da oficina: Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção animal – Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, RS.
14h – Abertura
14h05min – 1º painel: Planejamento forrageiro – Fábio Eduardo Schlick, zootecnista, mestre e doutor em Zootecnia - ATR de Sistemas de Produção Animal, Escritório Regional da Emater de Bagé. (Exemplo prático de planejamento – projeto SisLeite da Emater).
14h35min – 2º painel: Manejo de plantas forrageiras – Leandro Bittencourt de Oliveira, professor doutor – URI de Frederico Westphalen, RS (Exemplo prático de manejo – aluno do curso de Tecnólogo em Agropecuária da URI)
15h05min – Programa de gestão sustentável da agricultura familiar – Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo – ATR de SPA e Gestão Rural do Escritório Regional da Emater de Frederico Westphalen, RS.
15h20min – Case de sucesso no PGS – O trabalho da família Castelli de Iraí,RS - Equipe da Emater de Iraí e família Castelli.
15h45min – Case de sucesso na gestão da atividade leiteira – O trabalho da família Cansian – Taquaruçu do Sul – Família Cansian e URI.
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
2 – Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite
Local: Auditório da URI – 125 vagas
Coordenação da oficina: Sandro Paixão, zootecnista Sandro José Paixão – Dr. em Produção e nutrição animal e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Frederico Westphalen, RS.
14h05min – 1° painel: Alimentação no pré parto: reflexo na produção, sanidade e na qualidade do leite - Abílio Galvão Trindade Ferreira, médico veterinário, mestre em Produção Animal, consultor na área de nutrição e reprodução animal pela empresa NUTRE Saúde e Produção Animal, instrutor do Senar-PR.
14h55min – 2º painel: Técnicas de controle e medidas preventivas da mastite bovina - Thiago Caetano Schmidt Cantarelli - Médico veterinário, pós-graduação em Clínica e Técnica Cirúrgica Veterinária, médico veterinário da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Câmpus de Frederico Westphalen)
15h05min – 3° painel: Importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados - Rosselei Caiél da Silva, professora doutora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus de Frederico Westphalen)
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
3 – Caminhos para a exportação
Local: Sala de aula da URI – 50 vagas
Coordenação da oficina: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS
14h – Abertura
14h15min – Competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos - João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
14h45min – Caio Vianna, presidente da CCGL – Exportação
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.16h30min – Encerramento da programação
Porto Alegre, 16 de novembro de 2017 Ano 11- N° 2.622
Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Novembro de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Outubro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Novembro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Novembro de 2017 é de R$ 2,1173/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
Brasil precisa de competitividade para conquistar mercados
Vivendo uma das maiores crises de sua história recente, a produção leiteira precisa urgentemente ganhar competitividade para, com isso, galgar novos clientes para os produtos brasileiros no exterior. Esta é a tônica central do 5º Fórum Itinerante do Leite - Caminhos da Exportação, que será realizado no próximo dia 21 de novembro (terça-feira), em Frederico Westphalen. Promovido pelo Sindilat, em conjunto com Fundesa, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), URI e Canal Rural, o evento reunirá lideranças, pesquisadores, representantes da indústria e produtores para debater as mudanças que precisam ser implementadas no processo produtivo. "Precisamos, todos juntos, achar um caminho para que o setor leiteiro do Brasil conquiste maior estabilidade e dê a produtores e indústria condições de seguir na atividade", frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O fórum também tem o apoio AGL, Apil, Cotrifred, Creluz, Emater-RS, Embrapa, Famurs, Ocergs, Prefeitura de Frederico Westphalen, Senai-RS e Sicredi.
Um dos palestrantes mais esperados da programação, que começa às 9h no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), é o pesquisador da Área de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, João Cesar de Resende. "Falar de competitividade exige que se trate de custos de produção, que no Brasil ainda são muito elevados". Segundo ele, entre os principais entraves para o desenvolvimento estão uma produção altamente pulverizada que eleva despesas de captação, produtividade baixa, problemas de logística e alta carga tributária, que, além de corroer os lucros, eleva o preço dos insumos. A solução, alerta ele, passa por incentivo do poder público seja com melhores condições de escoamento da produção, seja por meio de subsídio para a aquisição de tanques e melhoria da nutrição animal.
Enquanto isso, alerta Resende, há muito a ser feito pelos próprios elos da cadeia do leite, como investimento em genética para obtenção de vacas com mais potencial produtivo e em modelos mais eficientes de gestão. Só assim, acredita ele, será possível fazer frente a países como o Uruguai e a Argentina, que exportam seu leite exatamente por terem custo menor.
Apesar dos constantes alertas de que os pequenos produtores estão em risco de deixar a atividade, Resende argumenta que "ser pequeno" não é sinônimo de baixa competitividade. Muito pelo contrário. De acordo com o especialista, propriedade familiares podem ter excelentes índices de desempenho exatamente por utilizarem mão de obra familiar e terem um custo operacional menor. "Não é o porte do produtor que define sua competitividade. Temos que buscar boa produtividade por meio de animais e de mão de obra qualificada", recomendou. A garantia de qualidade do produto entregue é outro ponto fundamental para achar o caminho da exportação. "O mercado busca muita qualidade e isso inclui controle de índices como CCS e CBT". Para melhorar essas questões, a sugestão é o trabalho em equipe. "Os setores não podem ser isolados. É preciso olhar a produção leiteira como um todo e pensar em um sistema de integração, talvez como o adotado na avicultura, onde todos ganhem mais".
O 5º Fórum Itinerante do Leite - Caminhos da Exportação tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. Pela manhã, estão previstos dois painéis de debate. O primeiro tratará de "Mercado externo de lácteos e políticas públicas" e o segundo se propõe e analisar os "Desafios para indústrias e produtores". À tarde, três oficinas promoverão discussão técnica e apresentação de cases de produtores e empresas que trabalham rumo à excelência. Para participar basta solicitar credenciamento por meio dos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br), do Sindilat-RS (www.sindilat.com.br) ou da URI- Frederico Westphalen (www.fw.uri.br)
Oficinas técnicas focam em qualidade e novos mercados
O 5º Fórum Itinerante do Leite - Caminhos da Exportação contará com uma série de oficinas que busca contribuir para a qualificação dos processos produtivos na prática. Ministradas na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), elas ocorrerão a partir das 14h. Desta vez, os grupos de trabalho pretendem realizar uma avaliação aprofundada dos temas propostos, com interlocução e apresentação de cases.
Serão três oficinas ao todo. A primeira falará de "Gestão e sucessão na produção de leite" e será coordenada pelo engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção Animal -da Emater de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti. Ainda participam o zootecnista Fábio Eduardo Schlick e o professor da URI Leandro Bittencourt de Oliveira. A programação inclui apresentação de case das famílias Castelli, de Iraí, e Cansian, de Taquaruçu do Sul.
A segunda oficina da tarde abordará a "Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite" O trabalho será coordenado pelo doutor em Produção e nutrição animal e professor da URI Sandro Paixão. O médico veterinário Abílio Galvão Trindade Ferreira falará sobre a alimentação no pré parto e o colega Thiago Caetano Schmidt Cantarelli sobre mastite bovina. Por fim, a professora doutora Rosselei Caiél da Silva abordará a importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados.
A terceira oficina dará sequência ao tema central do fórum ao tratar dos "Caminhos para a exportação". Com coordenação do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini,o grupo contará com apresentação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite João Cesar de Resende.
O 5º Fórum Itinerante do Leite - Caminhos da Exportação tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. Para participar basta solicitar credenciamento por meio dos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br), do Sindilat-RS (www.sindilat.com.br) ou da URI- Frederico Westphalen (www.fw.uri.br). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
PROGRAMAÇÃO 5º FÓRUM ITINERANTE DO LEITE
8h - Credenciamento e welcome milk
8h30min - Boas-vindas
9h - Painel: Mercado externo de lácteos e políticas públicas (ao vivo)
João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
Guilherme Portella, diretor da Lactalis
Ernani Polo, secretário da Agricultura - RS
Moacir Sopelsa, secretário da Agricultura - SC
Norberto Ortigara, secretário da Agricultura - PR
Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS
Debate e perguntas
10h30min - Painel: Desafios para indústrias e produtores (ao vivo)
Jaime Ries, assistente técnico da Emater-RS
Caio Vianna, presidente da CCGL
Rogério Kerber, presidente do Fundesa
Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul
Wlademir Dall'Bosco, presidente da Apil
Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS
11h20min - Debate e perguntas
12h - Encerramento da transmissão ao vivo
12h15min - Almoço
12h35min - M&Cia
14h - Oficinas técnicas
1 - Gestão e sucessão na produção de leite
Local: Salão de Atos da URI - 700 vagas
Coordenação da oficina: Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção animal - Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, RS.
14h - Abertura
14h05min - 1º painel: Planejamento forrageiro - Fábio Eduardo Schlick, zootecnista, mestre e doutor em Zootecnia - ATR de Sistemas de Produção Animal, Escritório Regional da Emater de Bagé. (Exemplo prático de planejamento - projeto SisLeite da Emater).
14h35min - 2º painel: Manejo de plantas forrageiras - Leandro Bittencourt de Oliveira, professor doutor - URI de Frederico Westphalen, RS (Exemplo prático de manejo - aluno do curso de Tecnólogo em Agropecuária da URI)
15h05min - Programa de gestão sustentável da agricultura familiar - Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo - ATR de SPA e Gestão Rural do Escritório Regional da Emater de Frederico Westphalen, RS.
15h20min - Case de sucesso no PGS - O trabalho da família Castelli de Iraí,RS - Equipe da Emater de Iraí e família Castelli.
15h45min - Case de sucesso na gestão da atividade leiteira - O trabalho da família Cansian - Taquaruçu do Sul - Família Cansian e URI.
16h05min - Debate - perguntas aos painelistas, por escrito.
2 - Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite
Local: Auditório da URI - 125 vagas
Coordenação da oficina: Sandro Paixão, zootecnista Sandro José Paixão - Dr. em Produção e nutrição animal e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Frederico Westphalen, RS.
14h05min - 1° painel: Alimentação no pré parto: reflexo na produção, sanidade e na qualidade do leite - Abílio Galvão Trindade Ferreira, médico veterinário, mestre em Produção Animal, consultor na área de nutrição e reprodução animal pela empresa NUTRE Saúde e Produção Animal, instrutor do Senar-PR.
14h55min - 2º painel: Técnicas de controle e medidas preventivas da mastite bovina - Thiago Caetano Schmidt Cantarelli - Médico veterinário, pós-graduação em Clínica e Técnica Cirúrgica Veterinária, médico veterinário da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Câmpus de Frederico Westphalen)
15h05min - 3° painel: Importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados - Rosselei Caiél da Silva, professora doutora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus de Frederico Westphalen)
16h05min - Debate - perguntas aos painelistas, por escrito.
3 - Caminhos para a exportação
Local: Sala de aula da URI - 50 vagas
Coordenação da oficina: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS
14h - Abertura
14h15min - Competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos - João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
14h45min - Caio Vianna, presidente da CCGL - Exportação
15h05min - Case Lactalis
16h05min - Debate - perguntas aos painelistas, por escrito.
16h30min - Encerramento da programação
Porto Alegre, 14 de novembro de 2017 Ano 11- N° 2.621
Propostas colocam Mercosul à prova
As sugestões que vêm sendo apresentadas para resolver o desequilíbrio causado em setores do agronegócio brasileiro por conta da concorrência - considerada desleal - do Mercosul, em tese, não podem ser aplicadas. Essa é a avaliação de Mauro Laviola, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil.
A mais recente é projeto de decreto legislativo protocolado pelos deputados Sergio Souza (PMDB-PR) e Evair Vieira de Melo (PV-ES). O texto propõe a reintrodução da "cobrança de direitos alfandegários na circulação de alguns produtos agropecuários" no âmbito do bloco. Os itens são leite (fluído, em pó e soro de leite), arroz, trigo e maçã.
- O que o Legislativo está fazendo é absolutamente contrário ao Mercosul e não é possível do ponto de vista legal. Não se pode retirar preferências do bloco e nem aplicar salvaguardas - afirma Laviola.
Ele acrescenta que, nos anos 2000, a Argentina tentou, sem sucesso, ações semelhantes.
Assessor de Souza, Luciano Carvalho não concorda. Para ele, a medida não "detona o Mercosul".
- Estamos trabalhando com quatro produtos sensíveis, assim como a Argentina fez com o nosso açúcar. É uma medida de defesa comercial sensata - defende.
Souza é deputado pelo Paraná, segundo maior produtor de leite do país, e montou o projeto com base nas mesmas razões apresentadas por entidades gaúchas: a crise causada no setor, que viu os preços do produto despencarem neste ano.
- Li as justificativas do decreto e dentro do regulamento do Mercosul diz que deve haver simetria entre produtos negociados - reforça Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados.
Ontem, o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) protocolou no Parlamento do Mercosul documento de entidades sobre o tema. Ele lamentou a baixa participação do Brasil no órgão:
- De 30 proposições na pauta, tinha apenas uma brasileira. O governo brasileiro também está dando muito pouco valor. Aprovam aqui o que interessa para eles.
A crise também pautou reunião de entidades, parlamentares e representantes de ministérios ontem em Brasília. (Zero Hora)
Queijo artesanal faz leite render mais
Nova Bassano hoje tem mais vacas do que habitantes. Maior produtora de leite na Serra, com 57 milhões de litros gerados por ano, o município de 8,8 mil pessoas conta com 10,5 mil cabeças de gado leiteiro. A produção ganhou musculatura nos últimos anos e ocasionou profunda mudança no perfil econômico do local. Diversas famílias de agricultores trocaram os hortifrutigranjeiros pelo leite. E parte agregou valor ao produto gerado pelos rebanhos.
É o caso da produtora Rejane Tessaro. Seu avô começou na atividade rural com o plantio de frutas e verduras, como repolho, pimentão e tomate. A criação de vacas leiteiras era uma atividade secundária. Oito anos atrás, o perfil de produção se transformou.
Resultado Turbinado
O baixo preço das frutas e verduras e o desgaste na saúde da família em razão do uso de agrotóxicos no plantio fizeram com que os Tessaro optassem apenas pelo leite. A partir daquela época, o plantel cresceu. Passou de 30 para 50 vacas em lactação, sendo 40 da raça holandesa e 10 da jersey.
A maior mudança, entretanto, ocorreu em 2011, quando Rejane liderou a implantação de uma queijaria. Desde então, o foco é a fabricação de queijos. A produtora toca o negócio ao lado do marido e seus pais, além de dois funcionários. O novo produto garantiu incremento significativo na renda familiar.
- Meu sonho sempre foi ter algo próprio. E queríamos agregar valor à matéria-prima que produzíamos. Arriscamos com a queijaria e deu certo. Nossa renda anual é 30% maior do que se só vendêssemos leite - explica Rejane.
Os 1,2 mil litros captados diariamente são transformados em cerca de três toneladas de queijo colonial a cada mês. A venda ocorre principalmente em pontos localizados em Nova Bassano e na vizinha Serafina Corrêa. A estrutura ainda tem condições de produzir manteiga e iogurte. (Zero Hora)
Novo aplicativo gratuito do Mapa ajuda a agir rápido para assegurar saúde de rebanhos
"Saúde Animal" é o novo aplicativo gratuito que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizará para veterinários, criadores e pessoas interessadas em saúde e bem-estar animal. O envio de notificações às autoridades sanitárias sobre suspeitas de ocorrências de doenças ou focos será mais rápido e fácil, assim como também será mais simples e imediato o acesso às informações, manuais e legislação federal e estadual, e aos códigos sanitários da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Compatível com os sistemas operacionais Android e IOS, o "Saúde Animal" foi desenvolvido em colaboração com a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), e será lançado durante o Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal (Endesa), em Belém do Pará, de 4 a 8 de dezembro.
Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal (DAS) do Mapa, disse que o aplicativo atende a necessidades de mercado e de competitividade, como "agilidade, acesso fácil e rápido à informação, interatividade e soluções colaborativas". Ele observa que "o uso do aplicativo pelos diferentes públicos vai gerar aprimoramentos e atualizações frequentes, muitas delas realizadas automaticamente. Quanto às notificações de suspeitas de doenças ou focos, o uso da ferramenta permitirá ação rápida e dirigida, favorecendo a sanidade e segurança dos rebanhos"
Em curto prazo, o app deverá ser utilizado por 1 milhão de usuários, com base nas estimativas atualizadas de que há no Brasil aproximadamente 5 milhões de propriedades rurais e 120 mil veterinários.
O app dispõe de atendimento virtual para responder perguntas dos usuários em português, inglês e espanhol, em áudio e texto. (As informações são do Mapa)
Novacki e entidades sindicais discutem modelo de inspeção
O Ministro Interino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, reuniu-se, nesta segunda-feira (13), com representantes de entidades de classe de fiscais agropecuários (ANFFA e Asfagro), para tratar do novo modelo de inspeção sanitária que está em estudo.
Novacki recebeu dos sindicalistas sugestões de metodologia e de procedimentos a serem avaliados na construção do modelo de inspeção que visa modernizar o sistema brasileiro e adequá-lo a padrões internacionais para aumentar a participação brasileira no agronegócio mundial.
A reunião ocorreu em ambiente de colaboração, sendo sugerida a realização de um seminário para ampla discussão do modelo de inspeção a ser implantado. Novacki disse ainda que o novo sistema não está definido ainda. "Temos que prosseguir analisando. Tudo será discutido e apresentado a todos", assegurou.
Representantes das entidades da categoria consideraram importante a capilarização do sistema de inspeção no país, com apoio dos estados, e se mostraram defensores da meritocracia no serviço público. (As informações são do Mapa)