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Foi assinado na manhã desta quinta-feira (21/12), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), o decreto que regulamenta a Lei 15.027, de 21 de agosto de 2017, que trata da modernização da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A nova modalidade de inspeção e fiscalização dará mais velocidade ao setor de proteína animal com toda a segurança necessária para a qualidade do produto , conforme explicou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. “A modernização da fiscalização é um marco histórico para o Rio Grande do Sul, ela possibilitará que se alavanque os negócios das nossas indústrias e fará com que o Estado cresça ainda mais”, afirmou.

Segundo o decreto, a fiscalização fica separada da inspeção sanitária e industrial, sendo que as inspeções serão feitas por médicos veterinários habilitados pelo Estado. Além disso, o texto possibilita que todo o sistema seja auditado por órgãos independentes, aumentando a capacidade da vigilância sanitária e garantindo mais qualidade ao produto para o consumidor. O governador José Ivo Sartori afirmou que esse é apenas um primeiro passo e que o trabalho que será realizado no Estado contribuirá para o seu desenvolvimento e servirá de modelo para o país. “Acredito que essas medidas vão ajudar a gerar empregos, renda e receita para o Estado”, declarou Sartori.

O ato também contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e representantes de outras entidades civis e militares.

Foto: Felipe Lopes

Porto Alegre, 21 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.645

 

 Assinado decreto que moderniza inspeção sanitária em produtos de origem animal 

Foi assinado na manhã desta quinta-feira (21/12), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), o decreto que regulamenta a Lei 15.027, de 21 de agosto de 2017, que trata da modernização da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A nova modalidade de inspeção e fiscalização dará mais velocidade ao setor de proteína animal com toda a segurança necessária para a qualidade do produto , conforme explicou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. "A modernização da fiscalização é um marco histórico para o Rio Grande do Sul, ela possibilitará que se alavanque os negócios das nossas indústrias e fará com que o Estado cresça ainda mais", afirmou. 

Segundo o decreto, a fiscalização fica separada da inspeção sanitária e industrial, sendo que as inspeções serão feitas por médicos veterinários habilitados pelo Estado. Além disso, o texto possibilita que todo o sistema seja auditado por órgãos independentes, aumentando a capacidade da vigilância sanitária e garantindo mais qualidade ao produto para o consumidor. O governador José Ivo Sartori afirmou que esse é apenas um primeiro passo e que o trabalho que será realizado no Estado contribuirá para o seu desenvolvimento e servirá de modelo para o país. "Acredito que essas medidas vão ajudar a gerar empregos, renda e receita para o Estado", declarou Sartori.

O ato também contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e representantes de outras entidades civis e militares. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Felipe Lopes

 

Exportações de lácteos 

Os embarques de produtos lácteos estiveram 3,5 vezes maiores em novembro frente ao mês anterior, somando 24,9 milhões de litros em equivalente leite. Os responsáveis por alavancar essa alta são, principalmente, a Argélia e a Suíça, que adquiriram grandes quantidades de leite em pó brasileiro, sendo responsáveis por 43,2% e 32,6%, respectivamente, do total exportado.

A compra do produto por estes países totalizou 18,90 milhões de litros em equivalente leite, volume 150 vezes maior em relação ao mês passado. Além dos leites em pó, outros produtos exportados foram os queijos (com participação de 10,9% do total) e o leite condensado (10,7%). As vendas de leite condensado ao mercado internacional caíram 18,56% entre outubro e novembro. Já as negociações de queijos tiveram aumento de 4,86% do volume exportado, totalizando 2,70 milhões de litros em equivalente leite. Quanto às importações, em novembro, as compras brasileiras cresceram 5,8%, com total de 76,5 milhões de litros em equivalente leite. O volume de leite em pó adquirido pelo País se elevou em 15,9% em relação ao mês anterior, representando 75,9% do total de lácteos importados em novembro. Esse produto teve como principal origem a Argentina, que vendeu ao Brasil 28,3 milhões de litros em equivalente leite, participando com 48,7%, do volume total de leite em pó importado. Após ter as importações suspensas por seis dias em novembro, o Uruguai exportou ao Brasil 22,3 milhões de litros de equivalente leite de leite em pó no mês, alta de 79,9% de um mês para o outro e representatividade de 38,4% em relação ao total de leite em pó importado. 

Mesmo com queda de 20,4% nas importações, os queijos continuam no posto de segundo principal lácteo comprado pelo Brasil. Em novembro, o total foi de 16,8 milhões de litros de equivalente leite em queijos, e o principal fornecedor foi a Argentina (49% do total de queijos), seguido do Uruguai (34% do total). Queijos mais elaborados também foram importados de países europeus em quantidades consideráveis, como a Itália, França, Países Baixos e Dinamarca. O faturamento obtido com as importações foi de US$ 29,6 milhões, 1,7% superior ao de outubro. Em relação às exportações, a receita somou US$ 12,45 milhões, 2 vezes maior que a do mês anterior, mas 47,8% abaixo da obtida em novembro do ano passado. (Cepea)

 

Custo de produção de leite cai quase 8% em um ano

O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira ficou praticamente estável em dezembro, registrando ligeiro aumento de 0,1% em relação a novembro deste ano.

Os custos da atividade estão em alta desde agosto. O aumento nos preços dos combustíveis/lubrificantes, dos fertilizantes e dos alimentos energéticos promoveu o aumento do custo. Já os suplementos minerais, os alimentos proteicos, defensivos e produtos para sanidade contrabalancearam o índice.

Apesar da alta, os custos de produção da atividade estão 7,8% abaixo na comparação com igual período do ano passado. O aumento nos custos de produção e as seguidas desvalorizações no preço do leite pago ao produtor estão estreitando a margem da atividade. (Scot Consultoria)

Figura 1. Variação mensal do Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira nos últimos treze meses.


 

Poucas chances neste ano
O projeto de lei que altera o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite/RS) tem pouca chance de ser apreciado nesta semana, antes do recesso da Assembleia Legislativa. De acordo com o líder do governo, deputado Gabriel Souza, o texto só iria à votação se houvesse acordo de líderes na sessão extraordinária desta sexta-feira. Mas a proposta concorre com outras mais urgentes, como a da recuperação fiscal do Estado, e dificilmente entrará na pauta. Diversas entidades ligadas ao setor leiteiro contribuíram com sugestões para o texto de consenso com o poder Executivo. Mesmo assim, o projeto já recebeu emendas. O deputado Edson Brum protocolou duas. Uma torna facultativa a contribuição ao Fundoleite e outra transfere a gestão do fundo da Secretaria da Agricultura (Seapi) para a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). O parlamentar argumenta que grande parte do leite provém das pequenas propriedades e da agricultura familiar, mais ligadas à SDR do que à Seapi. O deputado Zé Nunes também pretende apresentar emenda sugerindo uma nova distribuição dos recursos, que, pelo projeto, vão para a manutenção do Instituto Gaúcho do Leite (10%), ações de desenvolvimento da cadeia produtiva (20%) e assistência técnica (70%). (Correio do Povo)

Porto Alegre, 20 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.645

 

Sobretaxa uruguaia constrange Mercosul

Uma preferência dada pelo Uruguai ao México, no âmbito do acordo de livre comércio entre os dois países, tornou-se motivo de forte irritação do Brasil e da Argentina na reunião de cúpula presidencial do Mercosul, que ocorre amanhã em Brasília. Para o governo brasileiro, muito mais do que a perda de competitividade das exportações ao pequeno mercado vizinho, preocupa a violação de uma das "cláusulas pétreas" do bloco e a abertura de um precedente perigoso. A confusão gira em torno de uma "taxa consular" aplicada pelo Uruguai, desde a década passada, sobre todas as suas importações - com exceção de bens de capital e petróleo. O governo local vinha cobrando um adicional tarifário de 2% na entrada de produtos estrangeiros, independentemente de sua origem. Até agora, os sócios do Mercosul vinham fazendo vista grossa à medida, por causa da necessidade uruguaia de aumentar sua arrecadação. A sobretaxa tem gerado receitas de US$ 100 milhões anuais. Com um déficit fiscal superior a 3% do PIB em 2017, pior resultado nas contas públicas em três décadas, o presidente Tabaré Vásquez autorizou uma recalibragem da "taxa consular" e a tolerância dos dois parceiros maiores no bloco chegou ao limite. As novas alíquotas entram em vigência no dia 1º de janeiro. Sobem para 3% no caso de produtos oriundos do Mercosul e para 5% no caso de bens provenientes de terceiros países. Há duas exceções que irritam o Itamaraty e o Palácio San Martín (sede da chancelaria argentina). Uma é o tratamento dado ao México, único a receber isenção da "taxa consular", que o Uruguai alega ser fruto do tratado de livre comércio entre as duas partes. 

Outra é que veículos automotores (carros, utilitários, ônibus e caminhões), mesmo fabricados no Brasil ou na Argentina, vão pagar a mesma alíquota de 5% aplicada a outros fornecedores. Segundo o governo uruguaio, a indústria automotiva dos vizinhos receberá esse tratamento por estar fora do ACE-18, o acordo de complementação econômica que estabelece as normas para o livre comércio dentro do Mercosul. Na avaliação de autoridades brasileiras, essa diferença pode acarretar em avanço dos carros mexicanos no Uruguai. "É inaceitável", afirma, reservadamente, um experiente negociador de Brasília. Terminaram sem sucesso, ontem, as tentativas em reuniões técnicas de levar os uruguaios a desistir da medida. A questão deve ser discutida agora entre os ministros de Comércio e de Relações Exteriores do Mercosul. Também não se descarta uma conversa informal dos presidentes Michel Temer e Mauricio Macri com Tabaré Vásquez. O ponto levantado nas discussões é que a "taxa consular" representaria, na verdade, um aumento unilateral das tarifas de importação no Uruguai. Em uma união aduaneira, como é o caso do Mercosul, as alíquotas são aplicadas em conjunto e não podem ser alteradas ao gosto de cada país-membro. Pior: a isenção dada para um parceiro comercial fora do bloco, como o México, deixa os sócios do bloco em condições inferiores de competição. Já houve menções sobre estender o benefício à Bolívia.

A postura do Brasil e da Argentina tem sido a de manifestar discretamente sua insatisfação aos uruguaios, em reuniões técnicas e sem expor uma falha evidente no funcionamento ideal do Mercosul, mas o atrito sobe um degrau e vai para o nível de ministros. Para evitar problemas de caixa ao Uruguai, que faz projeções de levantar mais US$ 95 milhões por ano com a medida, foi apresentada uma sugestão. Se a sobretaxa for um ponto percentual maior, para produtos importados de terceiros fornecedores, o país vizinho alcançaria esse mesmo reforço na arrecadação sem aumentar a cobrança no Mercosul. De janeiro a novembro deste ano, segundo estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou US$ 2,154 bilhões ao Uruguai. Petróleo em bruto, automóveis e carne suína foram os principais produtos. (Valor Econômico)

Uruguai - O setor leiteiro melhorou seus números

Em 2017 foi um ano em que houve melhorar para o setor leiteiro e o clima deu uma boa contribuição, destacou o presidente do Instituto Nacional do Leite (Inale), Ricardo de Izaguirre, explicando que a produção cresceu 7,8% nos últimos 12 meses, embora não tenha conseguido cobrir a queda de 2016.

 Até outubro a produção chegou a 1.550 milhões de litros. De Izaguirre disse também que o produtor, agora, está recebendo preços melhores, perto de US$ 0,33 por litro, mas continua com dificuldades financeiras graves. Este ano as exportações subiram um pouco, em decorrência da melhora de preços. Em valor de tonelada está entre 6 e 7% acima dos valores do ano anterior. Por outro lado, o presidente do Inale aguarda com expectativa o debate parlamentar sobre o Fundo de Garantia que reestrutura as dívidas agrícolas, e que ele cumpra seus objetivos, e que ainda tenha US$ 100 milhões adicionais para que o setor possa superar os problemas com maior produção. 

De Izaguirre afirmou que o leite que sai das fazendas e das indústrias é que poderão liquidar o endividamento. Em novembro a dívida era de US$ 327 milhões com os bancos, de US$ 20 milhões com as indústrias no conceito de insumos para produzir cultivos forrageiros, mais algumas dívidas com rações. De Izaguirre afirmou que o país gasta de US$ 60 a US$ 70 milhões em ração para vacas e uns US$ 50 milhões em pastagens. Isto mostra o que deve ser investido, anualmente, para manter a atividade produtiva nas fazendas. Consultado sobre as negociações para melhorar o projeto do Fundo de Garantia com vistas a atender um número maior de pequenos produtores, lembrou que existem demandas já encaminhadas por entidades de classe. Disse que os pequenos produtores respondem por 20% das dívidas, das quais 34% são com os bancos. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Desaceleração da produção de leite no 3º trimestre

O IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Trimestral do Leite para o terceiro trimestre do ano, apontando uma produção de 6,16 bilhões de litros de leite no Brasil. O crescimento em relação ao mesmo período de 2016 foi de 5,4% e, no acumulado entre janeiro e setembro, o Brasil produziu 17,7 bilhões de litros de leite, elevação de 4,3% na produção deste ano em relação à do ano passado. Relevante na informação divulgada pelo IBGE é a desaceleração do crescimento da produção no terceiro trimestre do ano, como mostra o gráfico 1. 

Gráfico 1: Variação de captação brasileira em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 


 
Esta desaceleração tem relação direta com a queda na rentabilidade do produtor de leite brasileiro. O gráfico 2 mostra a evolução do Receita Menos Custo da Ração (RMCR), que tem relação direta com a margem de lucro dos produtores de leite e com os volumes de produção. É possível verificar que, no primeiro semestre deste ano, o indicador foi bem mais favorável se comparado a 2016; no entanto, as quedas de preço de leite ao produtor e o aumento de preços do farelo de soja e do milho pioraram drasticamente a situação no segundo semestre, o que explica a desaceleração no crescimento da produção verificada pelo IBGE. 

Gráfico 2: Evolução do RMCR mensal nos últimos anos. Fonte: MilkPoint Mercado. 

 

Entre os principais estados produtores do país (observe o gráfico 3), destaca-se o crescimento da produção no trimestre em Santa Catarina (+17,7% em relação ao terceiro trimestre de 2016), Rio Grande do Sul (+8,1%) e Goiás (+7,5%). O estado de São Paulo também apresenta crescimento expressivo no trimestre (+9,8% em relação a 2016) - mas, como a estatística do IBGE trata do leite formal "adquirido" pela indústria, é possível que, no caso paulista, o crescimento de volume venha não exclusivamente do crescimento da produção local, mas também de mais leite comprado por fábricas paulistas de fora do estado para processamento nestas plantas industriais.

Gráfico 3: Variação da captação no 3º semestre de 2017 em relação ao mesmo trimestre de 2016. Fonte: IBGE. Elaboração: MilkPoint Mercado. 


 

A perspectiva é de que esta desaceleração no crescimento da produção continue no quarto trimestre do ano. Isto porque, além das quedas de preços ao produtor que continuaram em outubro e novembro (redução de quase 10 centavos/litro na soma dos dois meses), tivemos o atraso do início do período das chuvas em Minas Gerais e Goiás (que, no mês de outubro, trouxe uma reação temporária nos preços do leite spot e do leite UHT no "atacado"). (Milkpoint)

 

Redução no preço do leite ao produtor à medida que as cotações enfraquecem

O segundo maior processador de leite do país revisa a projeção do pagamento do leite ao produtor nesta temporada, diante do enfraquecimento das cotações dos produtos lácteos. A Open Country Dairy enviou mensagem aos seus fornecedores no mês passado, ajustando o preço do leite nos próximos dois períodos. Para o leite fornecido entre dezembro e fevereiro houve redução de 35 centavos/kgMS, e de 40 centavos/kgMS para a captação de março a maio do próximo ano. O valor nos dois períodos irá variar de NZ$ 6,10 a NZ$ 6,40/kgMS. A revisão nos preços não irá alterar o adiantamento que está sendo feito aos produtores de leite. O diretor executivo da Open, Steven Koekemoer, disse que situação mudou rapidamente nos dois últimos meses. "Na última rodada comercial a oferta e a demanda andaram juntas, mas, a reação da União Europeia (UE) para os preços elevados do leite gera incertezas. O que aconteceu desde então é o aumento de 4,3% na oferta, e recentemente, a previsão é de que possa chegar ao crescimento de 5% no quarto trimestre.

Com base nesse cenário global decidimos adotar ajustes prudentes. Os principais bancos compartilham desse ponto de vista. Os compradores estão adotando uma atitude cautelosa, e não estão com urgência em comprar, pois, avaliam que a oferta adicional terá impacto nos preços". Koekomoer disse que no último leilão viu os preços do leite em pó se recuperar um pouco, "o que foi um bom sinal e poderia ver novas melhorias se os volumes de leite na Nova Zelândia continuarem baixando a manteiga de seus preços recordes e o índice caindo 11%, enquanto que o índice do leite em pó desnatado subia 4,7%".

No último mês, a Fonterra cortou 35 centavos na previsão de seu preço ao produtor, e na temporada 2017/18 a previsão inicial de NZ$ 6,75/kgMS caiu para NZ$ 6,40/kgMS. Mas, o economista do Banco ASB, Nathan Penny, disse que a revisão da Fonterra foi "conservadora". O banco ASB acredita que poderá chegar a NZ$ 6,50/kgMS. Ele lembra que o presidente da Fonterra, John Wilson disse que a previsão refletia "uma atitude prudente" diante da volatilidade do mercado global de lácteos. "Eles optaram pela cautela", disse Penny ao Rural News. "Depois eles falam a respeito do pagamento aos agricultores. Dizem que estão sendo conservadores, mas, demonstram uma discreta confiança, de que poderão melhorar os preços, posteriormente". (Rural News - Tradução livre: Terra Viva)

Produtores uruguaios dizem que estão cada vez 'mais caros' e menos competitivos
O presidente da Sociedade de Produtores de Leite da Flórida, no Uruguai, Horacio Rodríguez, disse que o setor continua exigindo a criação de um fundo de garantia para contemplar a situação dos produtores de leite endividados e de todo o setor rural. Ele também comentou que com o aumento dos impostos que entrarão em vigor em janeiro, a situação dos produtores de leite ficará ainda pior. "Todos os dias somos mais caros e menos competitivos", disse ele. "Os produtores estão extremamente preocupados. Trabalhamos há mais de dois anos pela criação do fundo", disse Rodríguez. Em declarações ao jornal local El Heraldo, o produtor e sindicalista acrescentou que o aumento dos impostos os preocupa, porque cada vez que há um aumento desse tipo "ou que o setor perde competitividade", a situação "é mais séria" para o setor leiteiro. Rodriguez lembrou que ao Ministério da Pecuária apresentou uma nova lei sobre a criação de um fundo de 30 milhões de dólares, um fundo de garantia para trabalhar com a questão do endividamento, de modo que os produtores endividados possam usá-lo - já que facilitaria para melhorar suas garantias e administrar o endividamento de dois para oito anos". "Concordamos com o projeto, embora acreditemos que teríamos que fazer algumas mudanças e foi o que todos os sindicatos leiteiros fizeram", disse ele. "Na quinta-feira (da semana passada), fomos até a Comissão de Pecuária do Parlamento com uma abordagem muito interessante. Mencionamos a injustiça deste projeto, porque está contemplando todos os produtores que têm dívidas, mas não produtores que por várias razões, seja porque venderam capital, ou porque não queriam entrar em dívida, não foram contemplados. Nossa proposta é que estes também sejam incluídos neste fundo de garantia", acrescentou. (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

A última reunião mensal dos associados em 2017 ocorreu na tarde desta terça-feira (19/12) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em Porto Alegre. Durante o encontro, os participantes falaram sobre qualidade do leite e discutiram sobre ações previstas para o primeiro semestre de 2018.

Na ocasião, o professor Carlos Bondan, coordenador do Serviço de Análise de Rebanho Leiteiro (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou dados sobre coleta e análises de amostras. “Nos últimos seis anos, tivemos uma evolução fantástica na melhoria da qualidade microbiológica do leite”, afirmou Bondan, referindo-se aos índices de CBT e CPP. O avanço, explica o pesquisador, deve-se às melhorias na higiene durante a ordenha e no processo de armazenagem da matéria-prima na propriedade.

Entretanto, ainda é necessário conscientizar os produtores sobre a importância do controle leiteiro – estima-se que menos de 1% das propriedades gaúchas tem como hábito a prática, que consiste na coleta de uma amostra de leite por vaca uma vez por mês ao custo de R$ 1,60 cada. Segundo Bondan, nos países que já apresentam melhorias dos níveis de CCS, como Holanda e Canadá, 98% e 100% das propriedades, respectivamente, fazem o controle leiteiro.

“O monitoramento da qualidade, por meio do controle leiteiro, melhora a questão da competitividade”, comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Na reunião mensal, os representantes da indústria também falaram sobre pleitear mudança na nomenclatura do teste de álcool etílico. O setor defende que a análise, exigida pelo Ministério da Agricultura, mapeia outros tipos de substâncias além do álcool. “Precisamos protocolar no Ministério um documento para mostrar que a presença de álcool no leite, muitas vezes, pode ser falso positivo”, disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.

O argumento está fundamentado em trabalho do veterinário Cristian Nied, mestrando da UFRGS, que está pesquisando o tema. Segundo ele, a presença de álcool no leite pode ser ocasionada por desequilíbrios nutricionais do rebanho ou ainda por problemas metabólicos de animais que apresentam má qualidade fermentativa da silagem. Nied coletou amostras de 50 animais de três propriedades. A defesa do trabalho, feito a partir da avaliação de mais de mil repetições de análises, está prevista para março.

Foto: Bruna Karpinski

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) e as entidades por ele representadas deliberaram, em reunião nesta terça-feira (19/12), na sede da Fetag, por emitir orientação aos produtores de redução de 10% na produção do Rio Grande do Sul. A decisão deve-se ao fato da falta de reação do mercado nacional, que opera a preços muito abaixo do razoável, inviabilizando a atividade de produtores e indústrias. “É consenso que a situação está péssima para o setor, tanto para a indústria quanto para o produtor”, pontuou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Presente no encontro, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, concordou.

A decisão veio na mesma reunião em que o Conseleite anunciou projeção de queda no valor de referência para dezembro. Depois de registrar aumento em novembro como reflexo da suspensão das importações de leite do Uruguai, o projetado para dezembro é de R$ 0,8369, - 3,83% abaixo do consolidado de novembro (R$ 0,8702). Segundo Guerra, que também preside o Sindilat, o resultado reflete o período de festas de fim de ano, quando o consumo de lácteos também enfrenta retração. Contudo, neste ano, a queda agrava-se devido à crise generalizada do setor e à decisão do governo de reabrir o mercado para os produtos uruguaios sem o sistema de cotas para leite em pó e queijos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, a queda do valor de referência foi puxada pelo leite UHT (-6,51%) e em pó (-2,31%), os dois itens mais importante na composição do mix das indústrias gaúchas.

Novo Parâmetro

No encontro, também foram aprovados novos parâmetros de cálculo para o valor de referência do leite. A atualização, que demandou dois anos de pesquisa por parte da Câmara Técnica do Conseleite (Camatec), se fez necessária em função de mudanças tecnológicas e revisão de custos de produção na indústria e nos tambos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, o novo levantamento atualiza parâmetros de 2005 para base 2016 e traz mudança substancial de rendimento na indústria e na participação da matéria prima (leite) em cada derivado produzido no RS. Representantes dos laticínios e dos produtores decidiram que os novos padrões entrarão em vigor em janeiro de 2018, colocando o valor de referência do RS mais alinhado com o dos estados de Santa Catarina e Paraná, que já implementaram os ajustes. A Câmara Técnica do Conseleite é formada por dois representantes da indústria e dois dos produtores, além da equipe técnica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contratada para tabulação e análise dos dados divulgados mensalmente.

Tabela 1: Valores Finais da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Novembro de 2017.

Matéria-prima

Valores Projetados Novembro /17

Valores Finais

Novembro /17

Diferença

(Final – projetado)

I – Maior valor de referência

0,9951

1,0008

0,0056

II – Valor de referência

0,8653

0,8702

0,0049

III – Menor valor de referência

0,7788

0,7832

0,004

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Tabela 2: Valores Projetados da Matéria-Prima (Leite) de Referência1, em R$ – Dezembro de 2017.

Matéria-prima

Dezembro /17 *

I – Maior valor de referência

0,9625

II – Valor de referência

0,8369

III – Menor valor de referência

0,7532

(1) Valor para o leite posto na plataforma do laticínio com Funrural incluso (preço bruto - o frete é custo do produtor)

 

Foto: Carolina Jardine

 

Porto Alegre, 19 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.644

 

Associados debatem qualidade do leite na reunião mensal

A última reunião mensal dos associados em 2017 ocorreu na tarde desta terça-feira (19/12) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em Porto Alegre. Durante o encontro, os participantes falaram sobre qualidade do leite e discutiram sobre ações previstas para o primeiro semestre de 2018. Na ocasião, o professor Carlos Bondan, coordenador do Serviço de Análise de Rebanho Leiteiro (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou dados sobre coleta e análises de amostras. "Nos últimos seis anos, tivemos uma evolução fantástica na melhoria da qualidade microbiológica do leite", afirmou Bondan, referindo-se aos índices de CBT e CPP. O avanço, explica o pesquisador, deve-se às melhorias na higiene durante a ordenha e no processo de armazenagem da matéria-prima na propriedade.

Entretanto, ainda é necessário conscientizar os produtores sobre a importância do controle leiteiro - estima-se que menos de 1% das propriedades gaúchas tem como hábito a prática, que consiste na coleta de uma amostra de leite por vaca uma vez por mês ao custo de R$ 1,60 cada. Segundo Bondan, nos países que já apresentam melhorias dos níveis de CCS, como Holanda e Canadá, 98% e 100% das propriedades, respectivamente, fazem o controle leiteiro.
"O monitoramento da qualidade, por meio do controle leiteiro, melhora a questão da competitividade", comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Na reunião mensal, os representantes da indústria também falaram sobre pleitear mudança na nomenclatura do teste de álcool etílico. O setor defende que a análise, exigida pelo Ministério da Agricultura, mapeia outros tipos de substâncias além do álcool. "Precisamos protocolar no Ministério um documento para mostrar que a presença de álcool no leite, muitas vezes, pode ser falso positivo", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O argumento está fundamentado em trabalho do veterinário Cristian Nied, mestrando da UFRGS, que está pesquisando o tema. Segundo ele, a presença de álcool no leite pode ser ocasionada por desequilíbrios nutricionais do rebanho ou ainda por problemas metabólicos de animais que apresentam má qualidade fermentativa da silagem. Nied coletou amostras de 50 animais de três propriedades. A defesa do trabalho, feito a partir da avaliação de mais de mil repetições de análises, está prevista para março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite orienta redução de 10% na produção do RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) e as entidades por ele representadas deliberaram, em reunião nesta terça-feira (19/12), na sede da Fetag, por emitir orientação aos produtores de redução de 10% na produção do Rio Grande do Sul. A decisão deve-se ao fato da falta de reação do mercado nacional, que opera a preços muito abaixo do razoável, inviabilizando a atividade de produtores e indústrias. "É consenso que a situação está péssima para o setor, tanto para a indústria quanto para o produtor", pontuou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Presente no encontro, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, concordou. 

A decisão veio na mesma reunião em que o Conseleite anunciou projeção de queda no valor de referência para dezembro. Depois de registrar aumento em novembro como reflexo da suspensão das importações de leite do Uruguai, o projetado para dezembro é de R$ 0,8369, - 3,83% abaixo do consolidado de novembro (R$ 0,8702). Segundo Guerra, que também preside o Sindilat, o resultado reflete o período de festas de fim de ano, quando o consumo de lácteos também enfrenta retração. Contudo, neste ano, a queda agrava-se devido à crise generalizada do setor e à decisão do governo de reabrir o mercado para os produtos uruguaios sem o sistema de cotas para leite em pó e queijos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, a queda do valor de referência foi puxada pelo leite UHT (-6,51%) e em pó (-2,31%), os dois itens mais importante na composição do mix das indústrias gaúchas.  

Novo Parâmetro
No encontro, também foram aprovados novos parâmetros de cálculo para o valor de referência do leite. A atualização, que demandou dois anos de pesquisa por parte da Câmara Técnica do Conseleite (Camatec), se fez necessária em função de mudanças tecnológicas e revisão de custos de produção na indústria e nos tambos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, o novo levantamento atualiza parâmetros de 2005 para base 2016 e traz mudança substancial de rendimento na indústria e na participação da matéria prima (leite) em cada derivado produzido no RS. Representantes dos laticínios e dos produtores decidiram que os novos padrões entrarão em vigor em janeiro de 2018, colocando o valor de referência do RS mais alinhado com o dos estados de Santa Catarina e Paraná, que já implementaram os ajustes. A Câmara Técnica do Conseleite é formada por dois representantes da indústria e dois dos produtores, além da equipe técnica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contratada para tabulação e análise dos dados divulgados mensalmente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT: aumento na oferta de leite mundial pressiona preços

O último leilão GDT, realizado nesta terça-feira (19/12), voltou a apresentar variação negativa no preço médio. Essa queda, de 3,9%, foi a segunda maior variação negativa do ano e trouxe o preço médio para US$ 2,969/tonelada.

Nesse leilão, todos os produtos desvalorizaram. Os queijos foram os que apresentaram a maior variação negativa, fechando em US$ 3.389/tonelada (-7,9%). Os leites em pó também perderam força; ao cair 4,8%, o desnatado fechou seu preço em US$ 1.675/tonelada, enquanto o integral teve a menor queda relativa (-2,5%), e fechou a US$ 2.755/tonelada. Historicamente valorizada ao longo do ano, a manteiga apresentou a menor queda entre os produtos, de 2,3%, e seu preço fechou o leilão em US$ 4.474/tonelada. (GDT/MilkPoint)

Agricultura aprova política de qualidade na produção e transporte de leite cru
Transporte de leite cru - A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Programa de Qualidade na Produção, no Transporte e na Comercialização de Leite. O texto obriga que transportadores de lei cru sejam vinculados formalmente às empresas de processamento ou refrigeração do produto e que recebam treinamento sobre a legislação sanitária brasileira. A intenção é reprimir fraudes, como a adulteração do leite cru no seu transporte, e vedar a intermediação da compra e venda do leite por transportadores autônomos.O relator, deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), diz que a proposta elimina o vazio legal sobre a atuação dos transportadores. "Os transportadores têm agido praticamente sem controle, por não possuírem qualquer vínculo formal com o restante da cadeia produtiva. Desta forma, a inovação legislativa proposta será um importante passo na qualificação e no ordenamento dos processos do setor", disse. Pela proposta, apenas propriedades que estiverem regularizadas com suas obrigações sanitárias poderão ser fornecedoras de leite cru. Além disso, o produto que não estiver conforme os padrões estabelecidos por lei não poderão ser enviados aos postos de refrigeração e aos estabelecimentos de processamento. O descumprimento da lei será punido com multa de R$ 350 mil, que poderá ser dobrado no caso de reincidência. Tramitação: A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-6420/2016 
(Agência Câmara)

Porto Alegre, 18 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.643

 

Índices IFCN do preço do leite e custos de produção - novembro/2017

Índices IFCN - A relação entre os Índices IFCN do preço do leite/custo da ração, no mês de novembro de 2017 ficou em 1,74, caindo 6% em relação à rentabilidade do mês anterior. É 5% acima do índice obtido em novembro de 2016, constituindo o décimo quinto mês de resultado positivo. 

Foi uma condição positiva vivida pelos produtores de leite desde o início da série dos índices IFCN, em 2006, até maio de 2008, quando o setor começou a viver períodos de grande volatilidade. Agora o produtor de leite experimenta esse período positivo, embora em níveis mais baixos do que os ocorridos entre 2006 e 2008. A avaliação do IFCN é hipotética, e as regiões produtoras de leite não possuem o benefício por igual. O produtor de leite no Brasil não está se beneficiando desse período de insumos baixos e de recuperação da demanda, principalmente, de manteiga. "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", diz a análise do Cepea.  

 

Isto está de acordo com o Índice FAO de cereais, que vem apresentando tendência de queda ou estabilidade neste período. Entretanto, do lado dos preços, começou a haver queda nas cotações dos lácteos, principalmente da manteiga, que vinha sustentando os elevados preços do leite ao produtor. No último relatório do LTO Nederland, haverá inversão da tendência, e as indústrias já anunciam redução nos próximos meses.

 

- O Índice IFCN dos preços do leite, é uma combinação dos preços médios de uma cesta de commodities lácteas negociadas no mercado mundial.

Representa o quanto uma indústria poderia, teoricamente, remunerar seus produtores, se os produtos lácteos fossem vendidos com as cotações vigentes no período.

O indicador IFCN é elaborado da seguinte forma: 1 - Leite em pó desnatado & Manteiga (35%); 2 - Queijos e Soros de leite (45%); e 3 - Leite em pó integral (20%).

- O Índice IFCN dos custos da alimentação representa o nível dos preços no mercado mundial de insumos para ração, farelo de soja e milho.

A relação entre o preço do leite e a cotação da ração, indica a rentabilidade. De uma forma simplificada, mostra quantos quilos de ração o produtor pode comprar com a venda de um quilo de leite. A relação leite/ração maior que 1,5 é considerada favorável. Se o aumento da produção se dá via utilização de concentrados, e a razão continua subindo, o sistema é recomendável. (IFCN - Elaboração: Terra Viva)

Queda de preço deve desestimular produção de leite em 2018, diz Cepea

Preço Cepea - A difícil crise enfrentada pelo setor leiteiro neste ano pode ser um fator de grande desestímulo à produção em 2018. A queda drástica dos preços no segundo semestre do ano prejudicou as margens dos produtores, informa a pesquisadora Natália Grigol, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em artigo para o Boletim do Leite, divulgado na sexta-feira (15/12).

Conforme ela, em 2017, dois fatores dissonantes protagonizaram a dinâmica do setor: consumo enfraquecido e aumento da produção. O resultado dessa incompatível combinação foi uma contínua queda de preço no campo. De janeiro a novembro, a baixa atingiu 18,2% na "média Brasil" do Cepea (que inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS, sem frete e impostos). "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", ressalta Natália.

Para uma parcela mais vulnerável, os preços do leite em baixos níveis acabam estimulando o abate de fêmeas e a gradual transição para o mercado de corte, por meio da mudança de padrão genético do rebanho e cria de bezerros. Para outra parcela, a menor receita se traduz em diminuição dos investimentos direcionados à produção. Segundo a pesquisadora, com a receita limitada neste ano, muitos pecuaristas não fizeram a reforma das pastagens, o que pode contribuir para a perda de volume e qualidade da produção no ano que vem.

Assim, tem-se instaurado a "montanha russa" de preços na cadeia láctea nos últimos anos: com sucessivos desencontros entre oferta e demanda e poucas medidas para diminuir as fragilidades do setor. Muitos assuntos devem entrar na pauta de discussão do setor em 2018, como a ampliação das negociações com o mercado externo; a necessidade de se elevar a qualidade da matéria-prima; as políticas de pagamento por qualidade; a transparência das negociações entre os elos da cadeia; a necessidade de se elevar o nível de gestão de fazendas e indústrias; a importância de se estimular o consumo de lácteos e a criação de políticas públicas de longo prazo para o setor.

"O caminho, com certeza, é árduo, mas o contínuo processo de organização e profissionalização do setor (resultado das dificuldades enfrentadas nos últimos anos) dá bons sinais de que a mudança começou", pondera Natália. (Globo Rural)

Organização Mundial de Saúde Animal investe 108 mil euros em São Paulo

O laboratório de viroses de bovídeos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura de São Paulo, recebeu o aporte de 108 mil euros da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), para desenvolvimento do "twinning project", que visa transformar a unidade em referência na América do Sul para a virose que provoca a doença conhecida como "língua azul". Infecciosa, essa doença geralmente é fatal para os animais, mas não é transmitida ao homem. Os bovinos infectados normalmente não apresentam sinais clínicos, por isso a importância das análises laboratoriais. Os laboratórios-referência da OIE têm o objetivo de explorar todos os problemas relacionados à enfermidade. Além disso, desenvolvem projetos de pesquisa e fornecem assistência científica e técnica em temas relacionados ao Fonte:Bruna Essig/Canal Rural diagnóstico e controle da doença. "Ser reconhecido pela OIE como referência permitirá que o IB trabalhe de forma mais próxima com outros países da América do Sul, como Chile, Paraguai e Bolívia, entre outros", afirma a pesquisadora Edviges Maristela Pituco, do IB. 

Língua azul A língua azul é uma doença infecciosa, a princípio não contagiosa e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Culicoides spp. Os bovinos são considerados reservatórios da doença e, normalmente, não apresentam sinais clínicos - daí a importância das análises laboratoriais. "Os ovinos e animais silvestres, diferentemente dos bovinos, ficam doentes e desenvolvem quadro hemorrágico que geralmente é fatal", explica Liria Okuda, pesquisadora do Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico (IB). Em 2017, o IB realizou 40 mil testes de bovinos brasileiros que foram exportados vivos para o Egito. Apesar de não ser livre da virose, o Egito só importa animais vivos que passaram pelo teste de PCR para detecção do vírus da Língua Azul como forma de evitar a entrada de novos sorotipos da virose. "O Instituto Biológico tem uma atuação estratégica para o estado de São Paulo e para o Brasil. Os diagnósticos gerados em seus laboratórios são fundamentais para a exportação dos produtos agropecuários. A capacitação constante das equipes e a melhoria dos serviços prestados é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin", afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. (Canal Rural)

SOLICITAÇÃO FEITA PARA AJUDAR A ENXUGAR A OFERTA DE LEITE NO MERCADO INTERNO, A COMPRA DO PRODUTO EM PÓ PELA COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO FOI FORMALIZADA NA SEXTA-FEIRA. TRINTA E UMA COOPERATIVAS PARTICIPARÃO DO PROCESSO, QUE CONTOU COM A LIBERAÇÃO DE R$ 13,7 MILHÕES VIA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. O DINHEIRO PERMITIRÁ A AQUISIÇÃO DE CERCA DE MIL TONELADAS. A MEDIDA É CONSIDERADA POSITIVA, AINDA QUE O VOLUME SEJA PEQUENO. (Zero Hora)

Cooperativas gaúchas da agricultura familiar assinaram nesta sexta-feira (15/12), em Porto Alegre (RS), um termo de aquisição de leite em pó, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a distribuição na rede assistencial. A medida, formalizada em cerimônia no Palácio Piratini, foi alinhada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com um investimento do governo federal de R$ 13,7 milhões para 31 cooperativas do Rio Grande do Sul. O investimento total do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o país foi de R$ 17 milhões.

A compra representa mil toneladas, o que para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, não é o suficiente para tirar a pressão do mercado, mas simboliza um alento para os produtores. “A partir do momento que existe uma compra governamental que traz para as cooperativas um benefício e se consegue fazer a venda para o governo por um valor que seja, de fato, condizente e justo, porque foi a R$ 13,94 ao quilo, isso faz com que também se contribua para regular a questão de preços e fazer com que se possa beneficiar o produtor de forma direta”, afirmou. “Não importa quem está vendendo, o importante é que se tire a pressão do mercado”, frisou.

Guerra ainda apontou que as conquistas, como a compra do leite em pó, reajuste do valor do quilo do leite em pó, abertura de linhas de crédito para comercialização e industrialização com taxas máximas de 12% a.a., é uma mostra da maneira inédita da organização do setor. "Foi uma demanda iniciada pelo Sindilat e articulada com outras entidades do Estado, como Fetag, Farsul, Famurs, IGL, Secretaria da Agricultura, SDR, Casa Civil, teve o envolvimento do próprio governador, além de diversos deputados estaduais e federais, além de entidades dos estados de SC, PR, MG e GO", pontuou.

A partir de agora, o MDS repassará o valor, com um teto de até R$ 500 mil para cada cadastrada, para a Conab efetuar o pagamento às cooperativas mediante comprovação de entrega do produto, de forma imediata. O leite em pó adquirido poderá ser incluído em cestas básicas doadas para Banco de Alimentos e Ceasas, além de entidades assistenciais, como APAEs. “O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu o investimento, o que mostra a organização das cooperativas gaúchas”, afirmou o ministro Osmar Terra. Na ocasião, ele reconheceu, no entanto, que as compras não solucionam o problema de mercado e ressaltou a importância do setor para o Estado. O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, concentra 13% da produção nacional e possui 65 mil famílias que entregam o alimento para a indústria.

Foto: Jézica Bruno

Porto Alegre, 15 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.642

 

  Cooperativas da agricultura familiar vão vender leite em pó para a Conab
 
Cooperativas gaúchas da agricultura familiar assinaram nesta sexta-feira (15/12), em Porto Alegre (RS), um termo de aquisição de leite em pó, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a distribuição na rede assistencial. A medida, formalizada em cerimônia no Palácio Piratini, foi alinhada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com um investimento do governo federal de R$ 13,7 milhões para 31 cooperativas do Rio Grande do Sul. O investimento total do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o país foi de R$ 17 milhões. O termo de aquisição foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e o governador José Ivo Sartori.

A compra representa mil toneladas, o que para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, não é o suficiente para tirar a pressão do mercado, mas simboliza um alento para os produtores. "A partir do momento que existe uma compra governamental que traz para as cooperativas um benefício e se consegue fazer a venda para o governo por um valor que seja, de fato, condizente e justo, porque foi a R$ 13,94 ao quilo, isso faz com que também se contribua para regular a questão de preços e fazer com que se possa beneficiar o produtor de forma direta", afirmou. "Não importa quem está vendendo, o importante é que se tire a pressão do mercado", frisou. 

Guerra ainda apontou que as conquistas, como a compra do leite em pó, reajuste do valor do quilo do leite em pó, abertura de linhas de crédito para comercialização e industrialização com taxas máximas de 12% a.a., é uma mostra da maneira inédita da organização do setor. "Foi uma demanda iniciada pelo Sindilat e articulada com outras entidades do Estado, como Fetag, Farsul, Famurs, IGL, Secretaria da Agricultura, SDR, Casa Civil, teve o envolvimento do próprio governador, além de diversos deputados estaduais e federais, além de entidades dos estados de SC, PR, MG e GO", pontuou.

A partir de agora, o MDS repassará o valor, com um teto de até R$ 500 mil para cada cadastrada, para a Conab efetuar o pagamento às cooperativas mediante comprovação de entrega do produto, de forma imediata. O leite em pó adquirido poderá ser incluído em cestas básicas doadas para Banco de Alimentos e Ceasas, além de entidades assistenciais, como APAEs. "O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu o investimento, o que mostra a organização das cooperativas gaúchas", afirmou o ministro Osmar Terra. Na ocasião, ele reconheceu, no entanto, que as compras não solucionam o problema de mercado e ressaltou a importância do setor para o Estado. O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, concentra 13% da produção nacional e possui 65 mil famílias que entregam o alimento para a indústria. O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Caio Rocha, também prestigiou o evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Jézica Bruno 

 

Após recuperação, preço do leite volta a cair, avalia Conseleite/SC

Os preços pagos ao produtor de Santa Catarina devem cair 1,7%, segundo o Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite/SC). Em reunião nesta semana em Joaçaba (SC) para definir os valores de referência para o mês, o Conseleite disse que o produto entregue em dezembro a ser pago em janeiro pelos laticínios terá uma redução de quase dois centavos por litro nos valores de referência.

"No mês passado, o mercado sinalizava uma lenta recuperação nos preços pagos ao produtor rural, depois de seis meses de quedas decorrentes da redução generalizada de consumo de leite e derivados. O otimismo durou pouco", disse a entidade em nota, se referindo aos 5,2% de reajuste nos preços em novembro. 

Conforme a projeção, o leite acima do padrão deve ser negociado a R$ 1,1271/litro; leite padrão a R$ 0,9801 e abaixo do padrão a R$ 0,8910. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso. O Conseleite disse que em novembro a recuperação parcial de preço estava fundada na leve melhoria do consumo interno e na suspensão das maciças importações do Uruguai. "O recuo deste mês de dezembro decorre do excesso de produção e do baixo consumo, reflexo da queda de renda do brasileiro". Santa Catarina é o quarto produtor de leite do Brasil. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo e FAESC)

 

Preços/UE 

Os preços dos produtos lácteos caíram novamente em novembro, embora em diferentes degraus nos mercados físicos e futuros. Os preços da manteiga e do leite em pó desnatado (SMP) no mercado físico estiveram sob pressão em novembro, tanto em decorrência do aumento do nível da produção, como pela baixa atividade comercial. 

No entanto, os mercados futuros responderam discretamente ao aumento da produção. Os preços dos contratos de manteiga e SMP para março de 2018 declinaram em decorrência do alinhamento com as perspectivas de oferta sazonal mais elevada. Isso teve o efeito de reduzir o valor médio do leite (FMPE) em pouco menos de 8% em relação aos preços futuros de fevereiro de 2018. Já os mercados físicos (spot) foram impactados com maior intensidade pelo recuo da demanda. A queda nos preços da manteiga reduziu em 13% o valor médio do leite (AMPE). Após o alto valor negativo de outubro, o indicador FMP* para novembro continuaram negativos, indicando que os comerciantes esperam maior flexibilização dos preços na primavera, o que não é surpreendente, já que estará perto do pico de produção, aumentando a oferta.

 
*Desempenho do Mercado Futuro (FMP, sigla em inglês) é um indicador de mercado do AHDB Lácteos que monitora a diferença entre os preços correntes do mercado e os preços futuros negociados em contratos. O objetivo é fornecer alguma indicação da expectativa dos negócios futuros em relação à oferta e à demanda que deverá ocorrer nos próximos meses. A comparação é entre um Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) e o Preço Equivalente do Preço do Leite Futuro (FMPE). Ambos são cotados em Euros para anular as variações cambiais, pois não existe preços futuros em Libras. O FMPE é calculado da mesma forma que o AMPE, mas, usando os preços futuros da Bolsa de Valores Europeia de Energia e Commodities (EEX). O FMPE é calculado quatro meses antes do AMPE, pois geralmente é quando a maior parte dos negócios já foram realizados. O FMP é a relação entre o AMPE e o FMPE. Conforme mencionado, trata-se das posições comerciais, sobre a expectativa da oferta/demanda futuras. Portanto, um valor negativo indica que aqueles envolvidos no mercado futuro no mês acham que pode haver uma oferta relativamente alta e que o mercado estará focado na oferta nos próximos meses. Um resultado positivo significa que os comerciantes esperam uma oferta futura apertada, e demanda forte, fazendo com que o mercado fique mais focado na demanda.

 
FMP não é para nós quanto o preço do leite irá variar, mas, combinado com outros aspectos do mercado, pode indicar um movimento potencial, ou tendências dos preços. É também importante lembrar, até o presente, a quantidade de produtos negociados pelo mercado futuro é pequeno.

Nota:
Os preços Futuros são da EEX, indicando qual a expectativa em relação aos preços futuros, mas que estão sujeitos a mudanças constantemente. Esta página é atualizada semanalmente, segunda ou terça-feira. O comércio no mercado futuro é muito reduzido, e, portanto, esses números devem ser vistos como indicadores das tendências do mercado. O Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) é um indicador de mercado para o setor de produtos lácteos, estimando resultados. O valor dos indicadores de mercado é a base para identificar tendências e usá-las para fins mais precisos, tendo ciência dos limites do alcance e precisão. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva) 

Senado aprova a negociação do Funrural
O Senado aprovou ontem o projeto de lei que trata do programa de regularização dos produtores com dívidas com o Funrural. Ficou estabelecido que quem aderir ao "Refis" do Funrural terá que quitar 2,5% do total da dívida consolidada como entrada e o restante em 176 parcelas mensais, sem incidência de multas, juros e encargos. O texto segue agora para a sanção presidencial. (Correio do Povo)

Veja as imagens da confraternização do fim de ano realizado no dia 07 de dezembro de 2017.   

Galeria de Fotos

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