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21/12/2017

Porto Alegre, 21 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.645

 

 Assinado decreto que moderniza inspeção sanitária em produtos de origem animal 

Foi assinado na manhã desta quinta-feira (21/12), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), o decreto que regulamenta a Lei 15.027, de 21 de agosto de 2017, que trata da modernização da inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. A nova modalidade de inspeção e fiscalização dará mais velocidade ao setor de proteína animal com toda a segurança necessária para a qualidade do produto , conforme explicou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. "A modernização da fiscalização é um marco histórico para o Rio Grande do Sul, ela possibilitará que se alavanque os negócios das nossas indústrias e fará com que o Estado cresça ainda mais", afirmou. 

Segundo o decreto, a fiscalização fica separada da inspeção sanitária e industrial, sendo que as inspeções serão feitas por médicos veterinários habilitados pelo Estado. Além disso, o texto possibilita que todo o sistema seja auditado por órgãos independentes, aumentando a capacidade da vigilância sanitária e garantindo mais qualidade ao produto para o consumidor. O governador José Ivo Sartori afirmou que esse é apenas um primeiro passo e que o trabalho que será realizado no Estado contribuirá para o seu desenvolvimento e servirá de modelo para o país. "Acredito que essas medidas vão ajudar a gerar empregos, renda e receita para o Estado", declarou Sartori.

O ato também contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, e representantes de outras entidades civis e militares. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Felipe Lopes

 

Exportações de lácteos 

Os embarques de produtos lácteos estiveram 3,5 vezes maiores em novembro frente ao mês anterior, somando 24,9 milhões de litros em equivalente leite. Os responsáveis por alavancar essa alta são, principalmente, a Argélia e a Suíça, que adquiriram grandes quantidades de leite em pó brasileiro, sendo responsáveis por 43,2% e 32,6%, respectivamente, do total exportado.

A compra do produto por estes países totalizou 18,90 milhões de litros em equivalente leite, volume 150 vezes maior em relação ao mês passado. Além dos leites em pó, outros produtos exportados foram os queijos (com participação de 10,9% do total) e o leite condensado (10,7%). As vendas de leite condensado ao mercado internacional caíram 18,56% entre outubro e novembro. Já as negociações de queijos tiveram aumento de 4,86% do volume exportado, totalizando 2,70 milhões de litros em equivalente leite. Quanto às importações, em novembro, as compras brasileiras cresceram 5,8%, com total de 76,5 milhões de litros em equivalente leite. O volume de leite em pó adquirido pelo País se elevou em 15,9% em relação ao mês anterior, representando 75,9% do total de lácteos importados em novembro. Esse produto teve como principal origem a Argentina, que vendeu ao Brasil 28,3 milhões de litros em equivalente leite, participando com 48,7%, do volume total de leite em pó importado. Após ter as importações suspensas por seis dias em novembro, o Uruguai exportou ao Brasil 22,3 milhões de litros de equivalente leite de leite em pó no mês, alta de 79,9% de um mês para o outro e representatividade de 38,4% em relação ao total de leite em pó importado. 

Mesmo com queda de 20,4% nas importações, os queijos continuam no posto de segundo principal lácteo comprado pelo Brasil. Em novembro, o total foi de 16,8 milhões de litros de equivalente leite em queijos, e o principal fornecedor foi a Argentina (49% do total de queijos), seguido do Uruguai (34% do total). Queijos mais elaborados também foram importados de países europeus em quantidades consideráveis, como a Itália, França, Países Baixos e Dinamarca. O faturamento obtido com as importações foi de US$ 29,6 milhões, 1,7% superior ao de outubro. Em relação às exportações, a receita somou US$ 12,45 milhões, 2 vezes maior que a do mês anterior, mas 47,8% abaixo da obtida em novembro do ano passado. (Cepea)

 

Custo de produção de leite cai quase 8% em um ano

O Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira ficou praticamente estável em dezembro, registrando ligeiro aumento de 0,1% em relação a novembro deste ano.

Os custos da atividade estão em alta desde agosto. O aumento nos preços dos combustíveis/lubrificantes, dos fertilizantes e dos alimentos energéticos promoveu o aumento do custo. Já os suplementos minerais, os alimentos proteicos, defensivos e produtos para sanidade contrabalancearam o índice.

Apesar da alta, os custos de produção da atividade estão 7,8% abaixo na comparação com igual período do ano passado. O aumento nos custos de produção e as seguidas desvalorizações no preço do leite pago ao produtor estão estreitando a margem da atividade. (Scot Consultoria)

Figura 1. Variação mensal do Índice Scot Consultoria de Custo de Produção da Pecuária Leiteira nos últimos treze meses.


 

Poucas chances neste ano
O projeto de lei que altera o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite/RS) tem pouca chance de ser apreciado nesta semana, antes do recesso da Assembleia Legislativa. De acordo com o líder do governo, deputado Gabriel Souza, o texto só iria à votação se houvesse acordo de líderes na sessão extraordinária desta sexta-feira. Mas a proposta concorre com outras mais urgentes, como a da recuperação fiscal do Estado, e dificilmente entrará na pauta. Diversas entidades ligadas ao setor leiteiro contribuíram com sugestões para o texto de consenso com o poder Executivo. Mesmo assim, o projeto já recebeu emendas. O deputado Edson Brum protocolou duas. Uma torna facultativa a contribuição ao Fundoleite e outra transfere a gestão do fundo da Secretaria da Agricultura (Seapi) para a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). O parlamentar argumenta que grande parte do leite provém das pequenas propriedades e da agricultura familiar, mais ligadas à SDR do que à Seapi. O deputado Zé Nunes também pretende apresentar emenda sugerindo uma nova distribuição dos recursos, que, pelo projeto, vão para a manutenção do Instituto Gaúcho do Leite (10%), ações de desenvolvimento da cadeia produtiva (20%) e assistência técnica (70%). (Correio do Povo)

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