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19/12/2017

Porto Alegre, 19 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.644

 

Associados debatem qualidade do leite na reunião mensal

A última reunião mensal dos associados em 2017 ocorreu na tarde desta terça-feira (19/12) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em Porto Alegre. Durante o encontro, os participantes falaram sobre qualidade do leite e discutiram sobre ações previstas para o primeiro semestre de 2018. Na ocasião, o professor Carlos Bondan, coordenador do Serviço de Análise de Rebanho Leiteiro (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF), apresentou dados sobre coleta e análises de amostras. "Nos últimos seis anos, tivemos uma evolução fantástica na melhoria da qualidade microbiológica do leite", afirmou Bondan, referindo-se aos índices de CBT e CPP. O avanço, explica o pesquisador, deve-se às melhorias na higiene durante a ordenha e no processo de armazenagem da matéria-prima na propriedade.

Entretanto, ainda é necessário conscientizar os produtores sobre a importância do controle leiteiro - estima-se que menos de 1% das propriedades gaúchas tem como hábito a prática, que consiste na coleta de uma amostra de leite por vaca uma vez por mês ao custo de R$ 1,60 cada. Segundo Bondan, nos países que já apresentam melhorias dos níveis de CCS, como Holanda e Canadá, 98% e 100% das propriedades, respectivamente, fazem o controle leiteiro.
"O monitoramento da qualidade, por meio do controle leiteiro, melhora a questão da competitividade", comentou o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

Na reunião mensal, os representantes da indústria também falaram sobre pleitear mudança na nomenclatura do teste de álcool etílico. O setor defende que a análise, exigida pelo Ministério da Agricultura, mapeia outros tipos de substâncias além do álcool. "Precisamos protocolar no Ministério um documento para mostrar que a presença de álcool no leite, muitas vezes, pode ser falso positivo", disse o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O argumento está fundamentado em trabalho do veterinário Cristian Nied, mestrando da UFRGS, que está pesquisando o tema. Segundo ele, a presença de álcool no leite pode ser ocasionada por desequilíbrios nutricionais do rebanho ou ainda por problemas metabólicos de animais que apresentam má qualidade fermentativa da silagem. Nied coletou amostras de 50 animais de três propriedades. A defesa do trabalho, feito a partir da avaliação de mais de mil repetições de análises, está prevista para março. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Conseleite orienta redução de 10% na produção do RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite) e as entidades por ele representadas deliberaram, em reunião nesta terça-feira (19/12), na sede da Fetag, por emitir orientação aos produtores de redução de 10% na produção do Rio Grande do Sul. A decisão deve-se ao fato da falta de reação do mercado nacional, que opera a preços muito abaixo do razoável, inviabilizando a atividade de produtores e indústrias. "É consenso que a situação está péssima para o setor, tanto para a indústria quanto para o produtor", pontuou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Presente no encontro, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, concordou. 

A decisão veio na mesma reunião em que o Conseleite anunciou projeção de queda no valor de referência para dezembro. Depois de registrar aumento em novembro como reflexo da suspensão das importações de leite do Uruguai, o projetado para dezembro é de R$ 0,8369, - 3,83% abaixo do consolidado de novembro (R$ 0,8702). Segundo Guerra, que também preside o Sindilat, o resultado reflete o período de festas de fim de ano, quando o consumo de lácteos também enfrenta retração. Contudo, neste ano, a queda agrava-se devido à crise generalizada do setor e à decisão do governo de reabrir o mercado para os produtos uruguaios sem o sistema de cotas para leite em pó e queijos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, a queda do valor de referência foi puxada pelo leite UHT (-6,51%) e em pó (-2,31%), os dois itens mais importante na composição do mix das indústrias gaúchas.  

Novo Parâmetro
No encontro, também foram aprovados novos parâmetros de cálculo para o valor de referência do leite. A atualização, que demandou dois anos de pesquisa por parte da Câmara Técnica do Conseleite (Camatec), se fez necessária em função de mudanças tecnológicas e revisão de custos de produção na indústria e nos tambos. Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, o novo levantamento atualiza parâmetros de 2005 para base 2016 e traz mudança substancial de rendimento na indústria e na participação da matéria prima (leite) em cada derivado produzido no RS. Representantes dos laticínios e dos produtores decidiram que os novos padrões entrarão em vigor em janeiro de 2018, colocando o valor de referência do RS mais alinhado com o dos estados de Santa Catarina e Paraná, que já implementaram os ajustes. A Câmara Técnica do Conseleite é formada por dois representantes da indústria e dois dos produtores, além da equipe técnica da Universidade de Passo Fundo (UPF), contratada para tabulação e análise dos dados divulgados mensalmente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

GDT: aumento na oferta de leite mundial pressiona preços

O último leilão GDT, realizado nesta terça-feira (19/12), voltou a apresentar variação negativa no preço médio. Essa queda, de 3,9%, foi a segunda maior variação negativa do ano e trouxe o preço médio para US$ 2,969/tonelada.

Nesse leilão, todos os produtos desvalorizaram. Os queijos foram os que apresentaram a maior variação negativa, fechando em US$ 3.389/tonelada (-7,9%). Os leites em pó também perderam força; ao cair 4,8%, o desnatado fechou seu preço em US$ 1.675/tonelada, enquanto o integral teve a menor queda relativa (-2,5%), e fechou a US$ 2.755/tonelada. Historicamente valorizada ao longo do ano, a manteiga apresentou a menor queda entre os produtos, de 2,3%, e seu preço fechou o leilão em US$ 4.474/tonelada. (GDT/MilkPoint)

Agricultura aprova política de qualidade na produção e transporte de leite cru
Transporte de leite cru - A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Programa de Qualidade na Produção, no Transporte e na Comercialização de Leite. O texto obriga que transportadores de lei cru sejam vinculados formalmente às empresas de processamento ou refrigeração do produto e que recebam treinamento sobre a legislação sanitária brasileira. A intenção é reprimir fraudes, como a adulteração do leite cru no seu transporte, e vedar a intermediação da compra e venda do leite por transportadores autônomos.O relator, deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), diz que a proposta elimina o vazio legal sobre a atuação dos transportadores. "Os transportadores têm agido praticamente sem controle, por não possuírem qualquer vínculo formal com o restante da cadeia produtiva. Desta forma, a inovação legislativa proposta será um importante passo na qualificação e no ordenamento dos processos do setor", disse. Pela proposta, apenas propriedades que estiverem regularizadas com suas obrigações sanitárias poderão ser fornecedoras de leite cru. Além disso, o produto que não estiver conforme os padrões estabelecidos por lei não poderão ser enviados aos postos de refrigeração e aos estabelecimentos de processamento. O descumprimento da lei será punido com multa de R$ 350 mil, que poderá ser dobrado no caso de reincidência. Tramitação: A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-6420/2016 
(Agência Câmara)

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