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18/12/2017

Porto Alegre, 18 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.643

 

Índices IFCN do preço do leite e custos de produção - novembro/2017

Índices IFCN - A relação entre os Índices IFCN do preço do leite/custo da ração, no mês de novembro de 2017 ficou em 1,74, caindo 6% em relação à rentabilidade do mês anterior. É 5% acima do índice obtido em novembro de 2016, constituindo o décimo quinto mês de resultado positivo. 

Foi uma condição positiva vivida pelos produtores de leite desde o início da série dos índices IFCN, em 2006, até maio de 2008, quando o setor começou a viver períodos de grande volatilidade. Agora o produtor de leite experimenta esse período positivo, embora em níveis mais baixos do que os ocorridos entre 2006 e 2008. A avaliação do IFCN é hipotética, e as regiões produtoras de leite não possuem o benefício por igual. O produtor de leite no Brasil não está se beneficiando desse período de insumos baixos e de recuperação da demanda, principalmente, de manteiga. "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", diz a análise do Cepea.  

 

Isto está de acordo com o Índice FAO de cereais, que vem apresentando tendência de queda ou estabilidade neste período. Entretanto, do lado dos preços, começou a haver queda nas cotações dos lácteos, principalmente da manteiga, que vinha sustentando os elevados preços do leite ao produtor. No último relatório do LTO Nederland, haverá inversão da tendência, e as indústrias já anunciam redução nos próximos meses.

 

- O Índice IFCN dos preços do leite, é uma combinação dos preços médios de uma cesta de commodities lácteas negociadas no mercado mundial.

Representa o quanto uma indústria poderia, teoricamente, remunerar seus produtores, se os produtos lácteos fossem vendidos com as cotações vigentes no período.

O indicador IFCN é elaborado da seguinte forma: 1 - Leite em pó desnatado & Manteiga (35%); 2 - Queijos e Soros de leite (45%); e 3 - Leite em pó integral (20%).

- O Índice IFCN dos custos da alimentação representa o nível dos preços no mercado mundial de insumos para ração, farelo de soja e milho.

A relação entre o preço do leite e a cotação da ração, indica a rentabilidade. De uma forma simplificada, mostra quantos quilos de ração o produtor pode comprar com a venda de um quilo de leite. A relação leite/ração maior que 1,5 é considerada favorável. Se o aumento da produção se dá via utilização de concentrados, e a razão continua subindo, o sistema é recomendável. (IFCN - Elaboração: Terra Viva)

Queda de preço deve desestimular produção de leite em 2018, diz Cepea

Preço Cepea - A difícil crise enfrentada pelo setor leiteiro neste ano pode ser um fator de grande desestímulo à produção em 2018. A queda drástica dos preços no segundo semestre do ano prejudicou as margens dos produtores, informa a pesquisadora Natália Grigol, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em artigo para o Boletim do Leite, divulgado na sexta-feira (15/12).

Conforme ela, em 2017, dois fatores dissonantes protagonizaram a dinâmica do setor: consumo enfraquecido e aumento da produção. O resultado dessa incompatível combinação foi uma contínua queda de preço no campo. De janeiro a novembro, a baixa atingiu 18,2% na "média Brasil" do Cepea (que inclui BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS, sem frete e impostos). "Vale destacar que o preço de novembro (R$ 1,0003/litro) foi o menor desde fevereiro de 2010", ressalta Natália.

Para uma parcela mais vulnerável, os preços do leite em baixos níveis acabam estimulando o abate de fêmeas e a gradual transição para o mercado de corte, por meio da mudança de padrão genético do rebanho e cria de bezerros. Para outra parcela, a menor receita se traduz em diminuição dos investimentos direcionados à produção. Segundo a pesquisadora, com a receita limitada neste ano, muitos pecuaristas não fizeram a reforma das pastagens, o que pode contribuir para a perda de volume e qualidade da produção no ano que vem.

Assim, tem-se instaurado a "montanha russa" de preços na cadeia láctea nos últimos anos: com sucessivos desencontros entre oferta e demanda e poucas medidas para diminuir as fragilidades do setor. Muitos assuntos devem entrar na pauta de discussão do setor em 2018, como a ampliação das negociações com o mercado externo; a necessidade de se elevar a qualidade da matéria-prima; as políticas de pagamento por qualidade; a transparência das negociações entre os elos da cadeia; a necessidade de se elevar o nível de gestão de fazendas e indústrias; a importância de se estimular o consumo de lácteos e a criação de políticas públicas de longo prazo para o setor.

"O caminho, com certeza, é árduo, mas o contínuo processo de organização e profissionalização do setor (resultado das dificuldades enfrentadas nos últimos anos) dá bons sinais de que a mudança começou", pondera Natália. (Globo Rural)

Organização Mundial de Saúde Animal investe 108 mil euros em São Paulo

O laboratório de viroses de bovídeos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura de São Paulo, recebeu o aporte de 108 mil euros da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), para desenvolvimento do "twinning project", que visa transformar a unidade em referência na América do Sul para a virose que provoca a doença conhecida como "língua azul". Infecciosa, essa doença geralmente é fatal para os animais, mas não é transmitida ao homem. Os bovinos infectados normalmente não apresentam sinais clínicos, por isso a importância das análises laboratoriais. Os laboratórios-referência da OIE têm o objetivo de explorar todos os problemas relacionados à enfermidade. Além disso, desenvolvem projetos de pesquisa e fornecem assistência científica e técnica em temas relacionados ao Fonte:Bruna Essig/Canal Rural diagnóstico e controle da doença. "Ser reconhecido pela OIE como referência permitirá que o IB trabalhe de forma mais próxima com outros países da América do Sul, como Chile, Paraguai e Bolívia, entre outros", afirma a pesquisadora Edviges Maristela Pituco, do IB. 

Língua azul A língua azul é uma doença infecciosa, a princípio não contagiosa e transmitida pela picada do mosquito infectado do gênero Culicoides spp. Os bovinos são considerados reservatórios da doença e, normalmente, não apresentam sinais clínicos - daí a importância das análises laboratoriais. "Os ovinos e animais silvestres, diferentemente dos bovinos, ficam doentes e desenvolvem quadro hemorrágico que geralmente é fatal", explica Liria Okuda, pesquisadora do Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico (IB). Em 2017, o IB realizou 40 mil testes de bovinos brasileiros que foram exportados vivos para o Egito. Apesar de não ser livre da virose, o Egito só importa animais vivos que passaram pelo teste de PCR para detecção do vírus da Língua Azul como forma de evitar a entrada de novos sorotipos da virose. "O Instituto Biológico tem uma atuação estratégica para o estado de São Paulo e para o Brasil. Os diagnósticos gerados em seus laboratórios são fundamentais para a exportação dos produtos agropecuários. A capacitação constante das equipes e a melhoria dos serviços prestados é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin", afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. (Canal Rural)

SOLICITAÇÃO FEITA PARA AJUDAR A ENXUGAR A OFERTA DE LEITE NO MERCADO INTERNO, A COMPRA DO PRODUTO EM PÓ PELA COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO FOI FORMALIZADA NA SEXTA-FEIRA. TRINTA E UMA COOPERATIVAS PARTICIPARÃO DO PROCESSO, QUE CONTOU COM A LIBERAÇÃO DE R$ 13,7 MILHÕES VIA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. O DINHEIRO PERMITIRÁ A AQUISIÇÃO DE CERCA DE MIL TONELADAS. A MEDIDA É CONSIDERADA POSITIVA, AINDA QUE O VOLUME SEJA PEQUENO. (Zero Hora)

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