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04/10/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.999


Importações de produtos lácteos derrubam preços da matéria-prima
 
Pecuarista recebeu R$ 2,25 pelo litro do produto captado pelos laticínios em agosto, queda de quase 7% em relação a julho
 
Enquanto os produtores de leite aguardam ações do governo federal para frear as importações de lácteos, a grande oferta desses itens no mercado derrubou o preço da matéria-prima pelo quarto mês consecutivo.
 
O pecuarista recebeu R$ 2,25, em média, pelo litro do produto captado pelos laticínios em agosto, queda de quase 7% em relação a julho, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Em um ano, a cotação média do país caiu quase 30%.
 
“Esse movimento de desvalorização é atípico, porque começou durante a entressafra, mas se explica devido ao aumento da disponibilidade interna”, afirma Natalia Grigol, pesquisadora do Cepea.
 
A redução das chuvas durante o inverno diminui a oferta de pastagens e, consequentemente, a produção de leite no país, o que faz os preços ao produtor subirem. Este ano, no entanto, a indústria elevou as importações de lácteos para cobrir o buraco deixado pela oferta nacional, déficit ainda maior devido a uma queda na captação de leite em 2022.
 
De janeiro a agosto, o Brasil importou US$ 617,5 milhões em lácteos, o equivalente a 159,4 mil toneladas desses produtos, mostra a plataforma ComexStat. No mesmo período do ano passado, as aquisições somavam US$ 253,4 milhões e 64,4 mil toneladas.
  
Agora, o setor deve começar a ver aumentos mais significativos na oferta nacional, com a volta do período chuvoso. A captação de leite no país subiu 3,2% de julho para agosto, motivada sobretudo pela queda dos custos de produção em meses anteriores, segundo acompanhamento do Cepea.
 
No entanto, a pesquisadora já vê uma reação dos preços dos insumos, que subiram, em média, 0,25% de julho para agosto. Além disso, o preço do leite tem recuado mais que o do milho (um dos principais itens da alimentação dos animais) desde julho, reduzindo o poder de compra do pecuarista.
 
Na outra ponta, o consumidor final tem resistido a aumentos nos preços dos lácteos. De acordo com Grigol, os derivados importados chegam ao país com um preço mais competitivo, forçando a cadeia a reduzir seus valores para conseguir competir.
 
A pesquisadora do Cepea diz que esse cenário deve continuar no curto prazo, já que a indústria relatou que, em setembro, a negociação com os canais de distribuição continuou bastante complicada. “Neste momento, não existe nenhum fator que nos mostre uma possibilidade de reversão desta tendência de queda”, afirma Natalia Grigol. (Globo Rural)

Colômbia: Produtores de leite terão apoio econômico para a produção e comercialização de seus produtos

O Governo destinou 5.000 milhões de pesos que beneficiarão o setor lácteo do sudoeste do país afetado pelos protestos e pela onda de inverno registrada no início do ano

No seu esforço para apoiar o setor lácteo do sudoeste do país afetado pela onda de inverno do início do ano, o governo nacional destinou mais de 5.000 milhões de pesos aos departamentos de Cauca, Nariño e Putumayo para impulsionar este importante setor, atingido pelos protestos do início do ano do setor de transportes e, além disso, pela saída do departamento de Popayán de diversas empresas do setor de laticínios, como a Alpina.

No caso de Cauca afetado pela onda de inverno, foi favorecida a proposta apresentada pelo centro regional de produtividade e inovação de Cauca (Crepic), que vem avançando na execução do projeto “empresas lácteas inovadoras com enfoque étnico e feminino” (Lactem), que financia a unidade nacional de gestão de risco de desastres (Ungrd), com o apoio do ministério da ciência, tecnologia e inovação.

Mauricio Sandoval é pesquisador do projeto Lactem e Crepic que afirmou que: “O objetivo desta iniciativa é fortalecer a cadeia láctea do Cauca com processos de inovação e agregação de alto valor para melhorar a rentabilidade e a sustentabilidade de duas associações de pequenos produtores sob uma abordagem étnica e de gênero relevante que ajuda a melhorar as condições de milhares de agricultores na região.”

Os beneficiários do projeto são a associação de produtores de leite de Pitayó – Aprolac do município de Silva e a rede de empresários de Popayán, através das microempresas.

“Entre os escopos esperados do Lactem estão a redução do desperdício de leite cru, o fortalecimento da cadeia produtiva e a diversificação de produtos. “Neste momento já estamos trabalhando em diversos protótipos inovadores que serão apresentados durante o congresso gastronômico da cidade de Popayán”, disse Sandoval.

Por outro lado, o projeto aprovado pelo governo nacional irá trabalhar na adaptação de uma unidade de produção em Popayán para as organizações leiteiras beneficiárias da rede de empresários onde poderão industrializar os seus processos, uniformizar a produção e ter acesso à saúde. registros e certificação Invima que garantem a comercialização desses produtos e seus derivados no país para que o resultado denote alta demanda do consumidor.

Este importante projeto tem uma importante componente de formação através da qual foi desenhado um percurso de aprendizagem sobre questões empresariais, agroindustriais, ambientais e de comunicação que orientará os negócios que o Lactem impacta a nível nacional e regional, respondendo às necessidades dos agricultores.

Da mesma forma, Crepic afirmou que: “Realizamos um estudo de inteligência competitiva que nos permitiu ter uma referência de oferta e demanda para estruturação do modelo de negócio”.

Estudo realizado pela Universidade dos Andes, na Colômbia, o setor lácteo é de extrema importância para a economia nacional, pois representa atualmente 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 24,3% do PIB agrícola, além de gerar mais de 700 mil empregos diretos.

Da mesma forma, a produção leiteira está presente em 22 departamentos do país, sendo Antioquia, Boyacá e Cundinamarca os departamentos mais notáveis, onde estão registradas mais de 395.215 unidades produtoras de leite com cerca de 400.000 fazendas ou fazendas nas quais apenas 20% possuem mais de 15 animais produtores. leite.

Por fim, o consumo de laticínios na Colômbia também é um número relevante, pois segundo as informações detalham que para o ano de 2016, foi registrado alto consumo pelos colombianos com 1.050 milhões de litros de leite e 85.000 toneladas de queijo e leite em pó.

Fonte: Infobae, tradução livre portalechero

 

Dólar opera em leve queda, mas recuperação do real é frágil

O dólar comercial opera em queda frente ao real na sessão desta quarta-feira, em dia de alívio na pressão dos Treasuries sobre ativos e risco. Apesar de os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estarem em queda hoje, a moeda brasileira tem recuperação bamba, tendo já recuado frente ao dólar, mas voltado a avançar. O que pode estar limitando essa retomada são os preços do petróleo, que hoje caem com consistência e pesam sobre moedas ligadas a tal commodity. Não à toa, os piores desempenhos do dia vêm do peso colombiano, coroa norueguesa e dólar canadense.

Perto das 13h15, o dólar comercial era negociado em queda de 0,38%, a R$ 5,1332, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,1246 e tocado a máxima de R$ 5,1787. No mesmo horário, o contrato futuro para novembro da moeda americana exibia depreciação
de 0,66%, a R$ 5,1520. O índice DXY, por sua vez, recuava 0,31%, aos 106,667 pontos.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano operam em queda. Já pela manhã a pressão dos Treasuries era dissipada, mas após a divulgação de dados mais fracos da geração de empregos no setor privado nos EUA em setembro, o movimento se consolidou. Apesar desses números melhores, a economista Ariane Benedito, da Esh Capital, diz que o movimento deve ficar mais certo e determinado após a divulgação do relatório do mercado de trabalho americano ("payroll") na sexta-feira. “Os dados da ADP [de emprego no setor privado] têm ficado bem descolados dos números do payroll. Ao meu ver, os números de sexta-feira devem vir mais em linha com o que vimos no Jolts”, afirma. Os números de vagas não preenchidas (Jolts) mostraram um mercado de trabalho ainda bastante aquecido na sessão de ontem.

A economista da Esh não tem como cenário base mais uma alta de juros pelo Fed, mas diz que vê como provável e que pode mudar sua leitura, dependendo da força do payroll. “Se o Fed optar por uma alta, acho que poderemos ver o dólar chegar a R$ 5,20, mas depois voltar até o fim do ano para R$ 4,80, caso tudo fique mais estável, e sem essa pressão da curva de juros”, afirma.

“Agora tem o elemento China e a questão local que podem pesar também”, pondera. Em relação a hoje, apesar da melhora do humor em relação à curva de juros americana, há incertezas no horizonte. Os preços dos contratos do petróleo caem com força, pesando principalmente sobre as moedas ligadas à commodity. No horário acima, o dólar avançava 1,20% contra o peso colombiano, 0,40% ante a coroa norueguesa e 0,28% ante o dólar canadense. Para o operador de câmbio de uma instituição financeira, a queda do preço do petróleo tem algum peso nas negociações e pode estar limitando a busca por recuperação do real hoje.

Uma causa potencial da queda dos preços dos barris nesta manhã seria uma possível recomendação do comitê da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para que o cartel mantenha sua atual política de produção, sem cortes adicionais que pressionariam para cima os preços. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Programa formação qualidade do leite: Curso é voltado para profissionais
No Dia Dia Rural desta segunda-feira (02), Otávio Ceschi Júnior entrevistou no Conversa Franca o secretário executivo da Sindilat RS, Darlan Palharini. Confira clicando aqui. (Terra Viva)


 

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