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12/04/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 12 de abril de 2023                                                            Ano 17 - N° 3.879


Sindilat fala sobre cenário do setor lácteo após estiagem em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo

Os impactos da estiagem no setor lácteo gaúcho, a saída de produtores da atividade, a redução da produção e a situação da competitividade foram alguns dos assuntos abordados pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, em entrevista à Rádio Portal da Tradição de Passo Fundo (RS), nesta quarta-feira (12/3). Em conversa com o jornalista Álvaro Damini no Programa Tradição Rural ele elencou os principais fatores que levaram a queda no número de produtores, como a falta de sucessão e a concorrência, em regiões planas como Passo Fundo, com a produção de grãos. 

Em relação aos efeitos da estiagem, Palharini reforçou que os mesmos foram mais sentidos pelas pequenas propriedades, aquelas com produção abaixo de 200 litros de leite dia. “Esses produtores dependem do clima e são os mais impactados. Por não alcançarem a rentabilidade necessária, acabam abandonando a atividade”, acrescentou o executivo. Cenário que, segundo ele, não ocorre em fazendas maiores, com produção acima de 500 litros de leite dia. “Essas propriedades são mais estruturadas e sentem os impactos da estiagem de forma mais amena”, afirmou.    

Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.

(Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


França – Produção de leite cai 2% no início do ano

Produção/França – O recuo da coleta de leite na França chegou a 2% entre o início de janeiro a meados de março de 2023, diz o relatório mensal sobre a conjuntura setorial do Centro Nacional Interprofissional de Economia Leiteira (Cniel). A queda parece estar se acelerando em relação a 2022, ano no qual a redução foi de -1,1%. A produção de leite francesa diminui de forma significativa desde o início do ano, explica o economista Benoît Rouyer no último parágrafo do relatório do Cniel: Depois de cair 1,1% em 2022, as pesquisas do FranceAgriMer destacam que a queda é da ordem de 2% nas primeiras 11 semanas de 2023 (até 19 de março).Em escala mundial, a captação de leite está pouco dinâmica em grandes regiões exportadoras nos últimos 12 meses: ligeiro aumento nos Estados Unidos da América (EUA) e União Europeia (UE) e “baixa significativa” na Nova Zelândia (-2%).

Quanto aos preços dos produtos lácteos industrializados, os valores estratosféricos de 2022 foram acompanhados de fortes decréscimos nos últimos meses, e parecem seguir para estabilização nas últimas semanas. “O preço do leite em pó desnatado está com a média de € 2.500/tonelada, [US$ 2.725/tonelada], nas últimas dez semanas do ano. A manteiga permanece € 1000/tonelada acima da média, com cotação em torno de € 5.300/tonelada, [US$ 5.777/tonelada].

Em condições inversas “estão os produtos de grande consumo que permanecem em um contexto de forte inflação, que deverá permanecer durante todo o primeiro semestre de 2023”, segundo o INSEE – Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos. Em um ano, a alta de preços no varejo atinge 19% para os iogurtes e queijos, 25% para a manteiga e passam de 22% para o leite fluído.

Do lado dos produtores, o índice de preços de compras dos meios de produção agrícola (Ipampa) para o leite de vaca, subiu fortemente (+15% em apenas um ano e 32% em dois anos), lembra Benoît Rouyer, resultado da alta de preços da ração, fertilizantes, energia e lubrificantes.

Deve-se lembrar a alta considerável dos preços das embalagens (plástico: +14% em um ano e 28% em dois; papelão: +17% em um ano e 36% em dois anos) além do aumento da gasolina e diesel.

O Cniel relata enfim um preço padrão de € 470/1000 litros de leite de vaca convencional no mês janeiro, conforme pesquisa mensal da FranceAgriMer. Uma alta de 96€ e de 26% desde janeiro de 2021. O preço do leite padrão foi de € 461/1000 litros no mês de dezembro, ou seja € 101 a mais ou 28% em relação ao mesmo mês do ano anterior. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

A referência dos preços mundiais dos alimentos cai em março, pelo 12º mês consecutivo

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em março, pelo 12º mês consecutivo, em decorrência da redução das cotações mundiais dos cereais e óleos vegetais, segundo informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na sexta-feira (07/abr/23).

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos caiu 0,8% em março, fechando em 130,3 pontos. Caiu 1,1 ponto em relação a fevereiro e ficou 15,6 pontos (10,7%) menor do que o nível registrado em março de 2022. A queda em março foi decorrente das baixas nas cotações de queijo e leite em pó, embora as cotações da manteiga tenham aumentado. A redução ocorrida nos preços do queijo foi consequência do menor volume de compras por parte da maioria dos principais importadores da Ásia, assim como pelo aumento das disponibilidades nos principais países exportadores.

Os preços do leite em pó caíram pelo nono mês consecutivo, refletindo, principalmente, a fraca demanda de importação, especialmente para entregas de curto prazo, e o aumento sazonal da produção de leite na Europa Ocidental. O comércio de manteiga, ao contrário do leite em pó, mantém demanda sólida, especialmente dos países do Norte e Sudeste da Ásia. Com a redução dos excedentes exportáveis na Oceania, devido à redução sazonal na produção de leite, menor do que a projetada, pressionou as cotações da commodity.    

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva

 

Jogo Rápido 

Ministros debatem diretrizes para a elaboração do Plano Safra com foco na sustentabilidade
O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023-2024, que terá como orientação principal a produção sustentável de alimentos. O tema foi debatido nesta segunda-feira (10) pelos ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Paulo Teixeira, em reunião na sede do Mapa. Fávaro explicou que o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Plano ABC+, será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, voltadas para a agropecuária de baixo carbono. “Estamos com as nossas equipes definindo critérios, incentivos e oportunidades para que tenhamos uma agropecuária voltada à produção com baixa emissão de carbono”, disse. Segundo Fávaro, o novo Plano Safra terá um capítulo importante com diretrizes para o financiamento de atividades de agrofloresta e extrativismo. De acordo com a ministra Marina Silva, o objetivo é que o Plano Safra seja a base da transição para a agricultura de baixo carbono. “E que a gente possa, a partir daí, mostrar que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, mas também uma potencia ambiental e florestal”. O ministro Paulo Teixeira disse que o Plano Safra deve incentivar a transição para uma agricultura regenerativa. “Podemos aumentar os estímulos para que a gente possa anunciar um grande Plano Safra para a agricultura do Brasil com esses ingredientes de uma agricultura regenerativa e ecológica”. O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos. (MAPA)

 
 

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