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21/10/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 21 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.767


Salário mínimo terá reajuste pela inflação
 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que os ajustes fiscais necessários para garantir os recursos para financiar a despesa com a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 ao mês passam pela introdução da tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR) e não por mudanças nas regras de reajuste do salário mínimo ou de vinculação dos valores mínimos dos benefícios da Previdência ao salário mínimo. No início de 2023 haverá reajuste do piso, pelo menos com reposição de inflação, afirmou o ministro. E o menor valor pago pela Previdência será equivalente a essa quantia reajustada. O governo também antecipou o calendário de pagamento do Auxílio Brasil de outubro, com os últimos da lista recebendo o recurso no próximo dia 25. 
 
Pelo primeiro cronograma este calendário terminaria no dia 31. A data do beneficiário é estabelecida conforme o Número de Inscrição Social (NIS). “Estamos com o jogo correndo, não vamos mudar as regras”, afirmou Guedes em entrevista após fazer uma apresentação sobre o cenário econômico durante uma reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na sede da entidade, no Rio. “Em janeiro e fevereiro, os benefícios dos aposentados e o salário mínimo serão corrigidos pelo menos pela inflação”, reiterou. Segundo o ministro, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) está “combinada politicamente” para introduzir a tributação de lucros e dividendos com o Imposto de Renda (IR). 
 
Atualmente, esse tipo de rendimento é isento de IR. O Brasil é um dos poucos países do mundo que não tributa a renda auferida pelas pessoas físicas com o lucro empresarial. Essa nova receita, assinalou, ficaria “bastante acima” dos novos gastos previstos para 2023. Nas contas de Guedes são R$ 69 bilhões em novas receitas contra R$ 52 bilhões de despesas. O ministro não especificou quais novos gastos estão incluídos no segundo valor e se haveria alguma outra despesa além da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 por mês. O custo fiscal das medidas lançadas nos últimos meses pelo governo federal tem sido estimado em torno de R$ 65 bilhões. 
 
Guedes sinalizou também um aumento salarial linear para todo o funcionalismo público federal. Nas contas do ministro, um reajuste de 5,5% para todos elevaria a despesa em R$ 10 bilhões ao longo de um ano. De acordo com ele, a PEC já combinada precisa ser apresentada ao Congresso Nacional e votada o mais rápido ao possível. O objetivo seria garantir os recursos para financiar as novas despesas já no início de 2023. (Correio do Povo)


Produção de leite tem forte desaceleração no Mercosul

A produção de leite nos principais países produtores do Mercosul – Brasil, Argentina e Uruguai – teve forte desaceleração de 2012 a 2022 em comparação com a década anterior. 

Estudo divulgado pelo Rabobank mostra que a produção no campo cresceu 6% no Brasil, 4% na Argentina e 10% no Uruguai entre 2012 e 2022. O trabalho elaborado pelo analista Andrés Padilla não evidencia os volumes em litros, mas apresenta índices gerados a partir de informações de cada país ao longo da década. Entre 2002 a 2012, houve crescimentos de 66% no Brasil, 31% na Argentina e 72% no Uruguai. “Os participantes do mercado não poderiam ter previsto tal desaceleração produtiva de leite cru. 

Há dez anos, a demanda crescia tanto no mercado interno quanto no externo, o crescimento econômico na região foi bastante estável e o interesse internacional por ativos lácteos domésticos estava no auge”, diz Padilla no relatório. Segundo ele, “vários players globais” na Europa e na América do Norte investiram ou planejavam atuar na região. Entre os principais fatores para a queda de produção está a migração de produtores para outras atividades que ofereceram melhor retorno e a desaceleração do crescimento da demanda doméstica, devido a desafios econômicos e mudanças demográficas. (Valor Econômico)

Análise da última queda da Fonterra

É certo que a demanda retraiu pressionando os preços para baixo. Isso se refletiu no último leilão da Fonterra. 
 
A queda não foi maior porque a oferta está restrita. É improvável que tenha algum desempenho positivo nos próximos seis meses em alguma das principais regiões exportadoras.
 
Entrando em detalhes sobre a demanda, é importante observar que não está havendo recuperação. No decorrer do ano (até agosto) as importações mundiais de lácteos diminuíram. Leite fresco caiu 140.772 toneladas (-6%); leite em pó caiu 447.623 toneladas (-13%); iogurte e leites fermentados caíram 85.700 toneladas (-16%); soro caiu 86.343 toneladas (-7%); manteiga aumentou 9.023 toneladas (+1%); e queijos diminuíram 100.221 toneladas (-5%).
 
A demanda de determinados países se manteve baixa: China, Sri Lanka, Bangladesh e Leste Europeu. Outros países estão registrando maiores demandas: Norte da África, Oriente Médio, América do Norte, Sudeste Asiático e também Europa.
 
A situação macroeconômica internacional está dominando o espectro mundial e afetando todos os âmbitos: econômico, social e político. A inflação e a variação cambial são dois dos fenômenos nada desprezíveis na atualidade.
 
Segundo análise da Bolsa de Valores da Nova Zelândia e a opinião dos principais analistas do mercado internacional, o saldo da balança deverá se inclinar para a demanda nos próximos meses. A necessidade de importar mais produtos lácteos começa a ser sentida, dada a diminuição dos estoques que há alguns meses ainda se acumulavam devido ao aumento significativo do comércio em 2021. Há certo consenso de que, em meio à turbulência global, o setor lácteo será impactado, mas será um impacto menor do que em outros setores. (Fonte: Tardaguila – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 41/2022 – SEAPDR
 A previsão é de que, nesta quinta-feira (20/10), ocorrerá a formação de um ciclone extratropical que provocará ventos fortes e chuva significativa principalmente no sul do Estado. Entre a noite de quinta e a sexta-feira (21/10), deve chover valores acima de 50 mm em muitas cidades próximas a Bagé e Dom Pedrito. Até domingo (23/10), a nebulosidade e os ventos devem ser observados em toda a Região Sudeste e Leste do RS em decorrência do deslocamento desse ciclone. Nas demais regiões, deve chover, mas o tempo já firma a partir do sábado (22/10). As temperaturas não devem baixar muito. Porém, na próxima semana, ainda haverá entrada de ventos do leste e do sul, o transporte de umidade do oceano em direção à costa gaúcha e temperaturas mais amenas nas cidades do sul, como Rio Grande, Pelotas e Capão do Leão. No decorrer da semana, o clima será seco e ensolarado na maior parte do Estado. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

 
 

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