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03/11/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.533


Gdt - Global Dairy Trade



Fonte: GDT - adaptado Sindilat/RS

Mapa, setor leiteiro e supermercados lançam 1ª Semana do Leite

A semana reforça o valor nutricional do alimento e os derivados em campanha educativa

Para valorizar ainda mais o potencial do segmento leiteiro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realiza a 1ª Semana do Leite, evento nacional com o mote “Leite e Derivados: Alimentos que fazem o Brasil crescer”. Com produção de 34 bilhões de litros de leite por ano, o Brasil se destaca como o 3º maior país produtor do alimento e seus derivados do mundo.

Além de mostrar os benefícios nutricionais do leite, a campanha tem como objetivo apresentar para quem mora na cidade o trabalho do produtor rural, reforçou a ministra Tereza Cristina, no lançamento da campanha nesta terça-feira (4) na sede do Mapa, em Brasília. 

“Às vezes, a criança conhece só a caixinha do leite, mas não sabe de onde veio. Não sabe que alguém acordou cedo, apartou o bezerro da vaca, tirou o leite, pôs no refrigerador, buscou, entregou e depois a indústria transformou e aí chegou ao supermercado. É muito importante que essa campanha seja educativa em todos os aspectos”, destacou a ministra, lembrando que essa será a primeira de muitas campanhas sobre o setor.

O objetivo é compartilhado pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que disse que a ação transcende o foco das vendas promocionais. “A campanha tem como essência uma agenda abrangente e educativa, traduzida pelo objetivo de trabalharmos em importantes mensagens sobre a qualidade da produção brasileira de lácteos e seus benefícios à saúde”.

Segundo ele, ao longo do mês de novembro as associações estaduais de supermercados estarão engajadas em reverberar essas mensagens em todas as partes do país.

Mercado do leite

Atualmente, 99% dos 5.570 municípios brasileiros são produtores de leite e, entre os mais de 1 milhão de produtores nacionais, a maioria é da agricultura familiar.

“Esse é um momento ímpar dentro da nossa história, da nossa cadeia produtiva do leite nacional. Esta campanha tem uma importância muito grande para que a gente possa mostrar para a sociedade o quanto esses alimentos são importantes para a saúde humana, mas também a importância dessa cadeia sob todos os pontos de vista, em relação a emprego e renda, colocando o Brasil como 3º maior produtor do mundo”, defendeu o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges.

O leite é fonte de nutrientes, de cálcio, proteínas e de renda: movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano, gerando mais de 4 milhões de empregos no campo e na indústria. A produção é responsável pelo sustento de diversas famílias do campo e geração de riqueza para economia do país. 

Os produtos brasileiros também são apreciados no exterior. México e China abriram seus mercados para o leite e seus derivados, sendo que o primeiro embarque para o país asiático (leite em pó) se deu em outubro de 2021 como teste de acordo firmado há dois anos, conforme anunciou o diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios - Viva Lácteos, Gustavo Beduschi.

“Essa campanha reconhece a importância econômica, social e nutricional desse setor para o Brasil. Todos temos a certeza de que este é apenas o primeiro ano de muitos desta campanha de valorização dos lácteos brasileiros. Esta e as demais ações do Ministério estão em linha com a missão da Viva Lácteos para tornar a cadeia brasileira do leite mundialmente competitiva”, declarou.

Integração do setor

Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes, o principal objetivo da campanha é a integração do setor. “O desenvolvimento que a gente faz em um setor, uma região, um estado, uma nação não é só pela pujança econômica, é pela capacidade das pessoas de se organizarem. E aqui estamos tendo uma demonstração de que a organização da cadeia é possível, com boa vontade”.

O presidente Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, Ronei Volpi, destacou que a meta é aproximar o setor do consumidor. “Temos o objetivo de chegar ainda mais perto dos nossos consumidores levando os alimentos que sempre foram e continuarão sendo muito saudáveis, muito sustentáveis e vitais para as pessoas”, complementou o representante do colegiado, que representa 35 instituições do setor lácteo. Assista a live e o vídeo da campanha clicando aqui. (MAPA) 




Daqui quanto tempo é o futuro?

Caros leitores, é com prazer que lhes informo: o futuro é agora! Hoje é o futuro de um passado distante ou não. Temos a ideia de que o futuro é sempre daqui há alguns bons anos, mas esquecemos que nem sempre, e mais que isso: o tempo passa muito rápido!

Vejam só, a virada do ano de 2000 era algo muito esperado e simbólico. Porém, já se passaram 21 anos. Parece que foi ontem, não é? Você já pensou quantas coisas mudaram neste tempo? O que deixou de fazer? O que poderia ter planejado melhor? O que poderia ter feito diferente? O fato é: costumamos deixar para depois mudanças que são invitáveis, mas o futuro sempre chega!

Se o futuro sempre chega, planejamento é fundamental. Embora não saibamos exatamente o que nos espera, é possível — com boas informações — traçarmos cenários e tendências. É possível nos planejarmos com maior embasamento. O sucesso de amanhã é uma ação estratégica assertiva que foi tomada e planejada com antecedência.

Na cadeia do leite, ações estratégicas para antecipar cenários futuros são ainda mais desafiadoras. O setor lácteo é dinâmico e seus possíveis caminhos são traçados por diversos fatores. Por isso, as indústrias de laticínios que se planejam de antemão, com certeza apresentam vantagem competitiva frente às demais.

Dessa maneira, em um ambiente altamente competitivo, com correntes diretos e indiretos, o planejamento é fator de sobrevivência. São várias as frentes que os agentes tomadores de decisão da indústria láctea podem atuar para planejarem melhor o futuro.

A primeira que podemos citar é a antecipação de cenários de mercado, bem como seus desafios e oportunidades, tanto da indústria global quanto da nacional.

Também é possível e imprescindível que os laticínios atuem nas pautas de consumo mundiais. A sustentabilidade, bem-estar animal e saudabilidade são o foco dos consumidores atuais e com forte tendência de crescimento. Neste ponto, as oportunidades atuais e futuras se voltam para pontos como:
  • Produção de leite e derivados com menor ou nenhuma pegada de carbono;
  • Produtos com menor quantidade ingredientes artificias na formulação, bem como leite e derivados que proporcionem efeitos benéficos para a saúde humana, como óssea, mental e digestiva;
  • Opções plant-based, que dialogam com a vertente de menor consumo de proteína animal;
  • Rastreabilidade por meio de embalagens QR code que permite aos consumidores saber origem dos produtos, bem como o bem-estar animal.
Além disso, dinamismo e inovações são fundamentais para um futuro próspero e sustentável. Os laticínios podem inovar visando a reinvenção e/ou adaptação de portfólio, ou proposta de valor que vão ao encontro as demandas de mercado. Para as empresas tradicionais, sem grandes inovações disruptivas, uma boa opção é apostar em linhas gourmet e artesanais, como queijos, por exemplo.

Já para indústrias de grande porte, as inovações além de gourmetizção, também podem incluir, por exemplo, a ampliação de portfólio em produtos à base de vegetais, fortificados com cálcio e vitaminas, produtos clean label e lácteos com forte indulgência de sabor e textura.

Além disso, na área de desenvolvimento de novos produtos também é possível a utilização de novos conceitos, como a Mind Genomics para uma melhor percepção da mentalidade e preferências dos consumidores.

Contudo, não basta inovar sem comunicar isso ao consumidor. É válido ressaltar que a construção de uma narrativa positiva sobre o consumo de lácteos, bem como da produção de leite no campo, é dever de toda cadeia.

É necessário construir uma comunicação clara que exponha os benefícios à saúde do consumo de derivados — comprovados por diversos estudos ao redor do mundo —, que são historicamente condenados, como a manteiga e queijos, por exemplo.

Além disso, é necessário comunicar ações sustentáveis e de bem-estar animal. Na era da comunicação, usufruir dela de maneira positiva e enérgica é importantíssimo para o futuro do setor de laticínios mundial.

Não é difícil perceber que o futuro dos laticínios é complexo. Essa complexidade precisa ser debatida, entendendo e mitigando as dificuldades para explorar todas as oportunidades possíveis.

Como dito no início deste artigo: o futuro é hoje, e as futuras estratégias competitivas devem ser pensadas, planejadas e trabalhadas com antecedência. Essa é justamente a proposta do Dairy Vision 2021, enxergar oportunidades em um mundo incerto e de mudanças.

Anualmente, desde 2015, o evento reúne profissionais da cadeia láctea mundial para discutirmos tendências, cenários, novos negócios, tecnologia 4.0, sustentabilidade e comportamentos de consumo. Podemos não sair com todas as respostas, mas geramos insights e movimentos que ajudam a direcionar e embasar decisões assertivas, sustentáveis, competitivas e rentáveis.

Este ano, com um olhar voltado para o futuro do setor lácteo, exploraremos em detalhes todas as oportunidades citadas neste texto. Para isso, contaremos com um time de palestrantes de 11 países, totalizando 30 palestras, distribuídas das em 5 painéis temáticos entre os dias 17,18, 23 e 24 de novembro. (Milkpoint)
 

 Jogo Rápido

Alta de preços no exterior abre janela para embarques de lácteos
Com o início da safra de leite no Brasil, as importações de lácteos começam, aos poucos, a desacelerar. Já foi possível perceber esse movimento ao longo desta semana, embora as compras médias diárias de produtos do exterior ainda estejam em patamar 22% acima do registrado em setembro. Segundo a consultoria Milkpoint Mercado, na parcial de outubro, o volume diário de importações alcançou média de 619 toneladas; no mês anterior, a média foi de 505 toneladas. Já as exportações somaram 117 toneladas ao dia na parcial deste mês, volume 8% menor que o de setembro, quando as vendas ao mercado externo alcançaram média de 126 toneladas por dia. Para os analistas da consultoria, com o aumento de oferta de matéria-prima no Brasil, a alta dos preços internacionais e a valorização do dólar, abre-se uma janela para que as exportações do segmento cresçam. A bolsa da Nova Zelândia indica preços em torno de US$ 3,9 mil a tonelada para os próximos três meses. (Valor Econômico)

 

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